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NEOPLASIAS Neo = novo + plasia = formação) é o termo que designa alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado destas células, ou seja, proliferação celular anormal, sem controle, autônoma, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequência de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celular. A neoplasia pode ser definida como um tumor que surge devido ao aumento anormal do número de células, ou seja, caracteriza-se como proliferação anormal do tecido. O termo tumor refere-se a um aumento do volume de uma parte do organismo, entretanto, é comumente usado como sinônimo de neoplasia. As neoplasias podem ser consideradas benignas ou malignas usando como critério o seu comportamento biológico. A neoplasia pode ser maligna ou benigna. Nos organismos multicelulares a taxa de proliferação de cada tipo celular é controlada por um sistema que permite a replicação em níveis homeostáticos. As replicações contínuas servem para restaurar perdas celulares decorrentes do processo de envelhecimento celular, é uma atividade essencial para o organismo, porém, deve seguir um equilíbrio. Essa divisão leva em conta a capacidade da célula de se diferenciar, tempo e forma como elas levam para crescer e capacidade de dar metástases (disseminar além do sítio de origem). Uma característica principal das neoplasias é justamente o descontrole dessa proliferação. A reprodução celular é fundamental e em geral existe uma correlação inversa entre a sua diferenciação e multiplicação. Quanto mais complexo é o estado de diferenciação menor é a taxa de reprodução. Já nas neoplasias, ocorre paralelamente ao aumento do crescimento, a perda da diferenciação celular. Ou seja, as células neoplásicas perdem progressivamente as características de diferenciação e se tornam atípicas. A célula neoplásica sofre alteração nos seus mecanismos regulatórios de multiplicação, adquire autonomia de crescimento e se torna independente de estímulos fisiológicos. TIPOS DE NEOPLASIAS As neoplasias podem ser classificadas em benignas e malignas. As neoplasias benignas, também chamadas de tumores benignos, apresentam limites nítidos, possuem crescimento lento, não invadem tecidos adjacentes e não são capazes de provocar metástases. As neoplasias malignas, também chamadas de tumores malignos ou câncer, apresentam limites pouco definidos, crescem rapidamente e são capazes de invadir tecidos e provocar metástase. Como exemplo de neoplasias benignas podemos citar: · Condroma: tumor benigno que possui origem na cartilagem. · Lipoma: tumor benigno que se origina a partir do tecido adiposo. · Mioma: tumor benigno que possui origem no tecido muscular. · Adenoma: tumor benigno do tecido glandular Exemplos de neoplasias malignas: · Carcinoma basocelular de face – tumor maligno da pele; · Adenocarcinoma de ovário – tumor maligno do epitélio do ovário; · Condrossarcoma - tumor maligno do tecido cartilaginoso; · Lipossarcoma - tumor maligno do tecido gorduroso; · Leiomiossarcoma - tumor maligno do tecido muscular liso; · Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido hepático jovem; · Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem. ESTÁGIOS DO CÂNCER Os estágios (ou estádios) são numerados de 0 a IV de acordo com a facilidade de remover em cirurgia com sucesso: Estágio 0: Carcinoma in situ, ou seja, restritos a área inicial. É um tipo de displasia. Estágio I: Tumor restrito a uma parte do corpo, sem comprometimento linfático. Estágio II: Localmente avançando com comprometimento do sistema linfático ou espalhado por mais de um tecido. Estágio III: Localmente avançado, espalhado por mais de um tecido e causando comprometimento linfático. Estágio IV: Metástase a distância, ou seja, espalhando para outros órgãos ou todo o corpo. TRATAMENTO Várias neoplasias são passíveis de cura, principalmente quando diagnosticadas precocemente. O primeiro passo é identificar a região, o tipo e o estágio em que o tumor se encontra. No caso das neoplasias benignas, muitos quadros são resolvidos pela remoção do tumor, não sendo necessários outros tratamentos. Enquanto isso, o câncer pode ser tratado por meio de intervenções cirúrgicas, quimioterapia ou imunoterapia (medicamentos que destroem as células tumorais), radioterapia (radiação ionizante que elimina o tumor ou impede seu crescimento) e, quando necessário, transplante. SINTOMAS Os sintomas de uma neoplasia irão variar de acordo com a localização, estágio da doença e tamanho das lesões. Por exemplo: neoplasias de mama podem apresentar como sintomas: nódulo na mama e vermelhidão. Neoplasias de pulmão podem ser caracterizadas por: tosse e falta de ar. Neoplasias de intestino podem causar: alteração do hábito intestinal e sangramento nas fezes. Entretanto, muitas neoplasias, especialmente nos estágios iniciais, podem apresentar poucos sintomas e inespecíficos, até mesmo, nenhum. Por isso, em alguns casos, os exames de rastreamento para diagnóstico precoce são essenciais. Além disso, realizar exames ginecológicos preventivos é fundamental para cuidar da saúde da mulher e evitar complicações. Existem múltiplas causas para essas células neoplásicas ou tumorais perderem o controle de crescimento e de morte programada. Estímulos externos, como: sol, tabagismo, álcool, vírus e radiação, que podem causar danos no nosso DNA, que é quem controla esse crescimento e morte. Mutações hereditárias, ou seja, mutações que o indivíduo já nasce com ela, que facilitam o dano no DNA ou no processo que corrige danos quando algo errado ocorre. O envelhecimento também é uma causa, pois com o avançar da idade esse processo de correção pode ficar menos eficaz, facilitando que falhas não sejam corrigidas e se perpetuem. De uma maneira geral não existe uma única causa. O surgimento de uma neoplasia é multifatorial e envolve fatores externos, envelhecimento, predisposição, estilo de vida e etc. DIAGNÓSTICO O diagnóstico das neoplasias é feito por intermédio da observação de um tumor (se suas características clínicas). São feitos exames complementares, como exames imagenológicos (radiografia, tomografia), bioquímico e histopatológico. Para concluir, as neoplasias podem crescer no seu local de origem, dito crescimento primário ou in situ. Porém, em um desenvolvimento neoplásico maligno, observa-se um crescimento secundário, ou s eja, distante do seu local de origem. Os crescimentos secundários se desenvolvem de duas maneiras: - Invasão: quando as células anatômicas penetram no tecido vizinho, mantendo continuidade anatômica com a massa neoplásica de origem. - Metástase: constitui um crescimento à distância sem continuidade anatômica, sendo que para isso é necessário à invasão, a circulação destas e implantação em outro local onde ocorra proliferação celular. Se um câncer retorna após ter estado em remissão, é chamado de recidiva ou recorrência. image1.jpeg image2.jpeg image3.png image4.jpeg