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PATOLOGIA 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Tatiana Zuccolotto 
2 
 
 
CONVERSA INICIAL 
A saúde e a doença sempre andaram muito próximas, e têm suas 
condições intimamente influenciadas por características do próprio indivíduo e 
do meio ambiente em que ele vive. Nesse sentido, para que os conceitos de 
saúde e doença sejam entendidos e aplicados ao indivíduo, torna-se necessário 
o estudo de duas ciências: a patologia e a histopatologia. É por meio delas que 
se pode identificar as alterações estruturais, bioquímicas e funcionais das 
células, proporcionando o melhor entendimento das funções orgânicas e das 
patologias. Mas, para que isto se torne possível, é necessário conhecer a célula, 
seus componentes e as moléculas responsáveis por passar as informações, bem 
como associá-los à etiologia das doenças e as transformações orgânicas. 
TEMA 1 – HISTÓRICO DA PATOLOGIA 
O termo patologia deriva do grego, da união dos termos pathos, que 
significa “doença” ou “sofrimento”, e logia, que significa “estudo”. Sendo assim, 
a patologia é um ramo da biologia que se dedica ao estudo das alterações 
estruturais, bioquímicas e funcionais das células, as quais provocam alterações 
no organismo, sendo a causa do surgimento de muitas doenças (Kumar et al., 
2013). 
O início exato da patologia ainda é um mistério, porém, existem achados 
de pinturas rupestres que mostram homens das cavernas lambendo suas 
feridas, em uma semelhança com os animais, ou bebendo muita água e ficando 
próximos às fogueiras quando tinham febre (Vasconcelos, 2000). 
Durante o processo evolutivo, esta ciência passou por cinco fases 
distintas, as quais tinham explicações diferentes para as doenças e suas causas, 
dependendo do conhecimento disponível naquele determinado período. São 
elas: 
• Fase humoral (Antiguidade – final da Idade Média): durante esse período 
a explicação para o aparecimento das doenças era o desequilíbrio dos 
líquidos do corpo, como água, sangue e linfa, sendo o tratamento mais 
comum, as sangrias. 
• Fase orgânica (séculos XV-XVI): nesta fase, os “médicos” buscavam o 
conhecimento sobre as doenças por meio da necropsia dos pacientes que 
3 
 
 
vinham ao óbito; trata-se de uma fase muito bem representada pela 
pintura A Lição de Anatomia do Dr. Tulp, de Rembrandt (Figura 1). 
Figura 1 – A Lição de Anatomia do Dr. Tulp, de Rembrandt 
 
Créditos: Kruit/Shutterstock. 
• Fase tecidual (séculos XVI-XVIII): nesse período, tiveram início os 
estudos sobre as alterações morfológicas ligadas às doenças. 
• Fase celular (século XIX): iniciou-se a utilização do microscópio, 
possibilitando o estudo das alterações morfológicas e funcionais das 
células que não eram visíveis sem auxílio das lentes. 
• Fase ultracelular (século XX): é a fase em que nos encontramos, marcada 
por grandes avanços científicos e tecnológicos, que possibilitam uma 
evolução muito mais rápida do conhecimento (SBP, 2016). 
Bem, dito isto, é claro que não podemos continuar falando em patologia 
sem compreender os sentidos de saúde e doença, embora estes variem de 
acordo com o entendimento e as características de cada população. De acordo 
com Brasileiro-Filho (2016, p. 15), saúde é: 
um estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou 
social em que vive, de modo que o indivíduo se sente bem (saúde 
subjetiva) e não apresenta sinais ou alterações orgânicas (saúde 
objetiva)”. Já a doença, toma um sentido contrário, definido como: “um 
estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no 
qual o indivíduo se sente mal (tem sintomas) e/ou apresenta alterações 
orgânicas evidenciáveis objetivamente (sinais clínicos). 
4 
 
 
Conforme as definições vistas e, a partir de agora, compreendendo os 
significados de saúde e doença, podemos dizer que a doença é uma alteração 
orgânica que provoca um estado de alteração no indivíduo. Essa alteração pode 
ser provocada por uma disfunção desde o nascimento (congênita), ou uma 
disfunção adquirida durante sua vida, as quais podem ter diversas origens, 
conhecidas como fatores etiológicos. Estes fatores, então, são os causadores 
das doenças, e podem ser divididos em quatro seções: os fatores biológicos, 
entre os quais encontram-se as bactérias e vírus; as forças físicas, entre as quais 
estão os traumatismos, as radiações e as queimaduras; os agentes químicos, 
que incluem venenos e outras substâncias; e os fatores nutricionais, que 
englobam todos os excessos ou carências relacionadas à nossa nutrição. 
Existem, entretanto, algumas doenças em que os agentes etiológicos estão a 
nível molecular, como é o caso da fibrose cística, anemia falciforme e 
hipercolesterolemia familiar. Nestes casos, os efeitos nocivos são causados por 
uma alteração genética em um aminoácido, em uma proteína de transporte ou 
em uma proteína receptora (Porth, 2010). 
A etiologia de uma doença é apenas um dos seis fatores básicos da 
patologia, sendo os outros cinco: a patogenia, as alterações morfológicas, as 
manifestações clínicas (sinais e sintomas), o diagnóstico e a evolução clínica. 
Em geral, os transtornos agudos apresentam maior gravidade e são os 
mais autolimitantes, impedindo o paciente de exercer suas atividades normais. 
Quanto às doenças crônicas, estas se caracterizam por serem processos 
prolongados e contínuos, os quais podem apresentar três tipos de 
comportamento quanto à sua evolução: evolução contínua, agravamento 
temporário ou não dos sintomas, e sinais ou melhora temporária ou não dos 
sintomas e sinais. Já os casos subagudos estão entre os agudos e crônicos, 
caracterizam-se por não apresentarem sintomas tão graves como os agudos e 
por não serem tão prolongados quanto os crônicos (Porth, 2010; Kumar et al., 
2013). 
TEMA 2 – A CÉLULA 
Os processos patológicos, em geral, causam alterações teciduais, as 
quais ocorrem a nível morfológico, molecular e/ou funcional, e surgem após um 
determinado tipo de agressão ao organismo. Estes processos patológicos são 
dinâmicos e têm como característica o desencadeamento de inúmeros eventos 
5 
 
 
que ocorrem em sequência. Normalmente, o início se dá com a lesão celular ou 
tecidual, seguindo para uma evolução do quadro, que pode levar à cura ou à 
cronificação da doença. Após a ocorrência da lesão, os mecanismos de defesa 
são acionados, e estes têm a função de promover a defesa dos organismos às 
condições adversas. 
 Na maioria dos mecanismos de defesa, há a participação celular, que 
também constitui os tecidos lesionados. Esse fato torna importante 
conhecermos, ou relembrarmos, a estrutura de uma célula, para que possamos 
compreender os mecanismos de defesa do nosso organismo. 
 As células são as menores unidades funcionais e estruturais dos seres 
vivos. Elas podem ser únicas (organismos unicelulares) ou formadas por arranjos 
ou conjuntos (organismos pluricelulares), a partir dos quais originam-se os tecidos 
e os órgãos. As células são classificadas em procariontes e eucariontes, e 
conforme podemos observar na figura a seguir, as células procariontes são mais 
primitivas e as suas principais características são a ausência do envoltório 
nuclear, a presença de DNA circular, sem associação com proteínas das histonas, 
e a ausência de organelas membranosas. Já as células eucariontes são mais 
complexas, e apresentam uma melhor organização estrutural e funcional 
(Junqueira; Carneiro, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
Figura 2 – Célula eucarionte e célula procarionte 
 
Créditos: VectorMine/Shutterstock. 
 
7 
 
 
2.1 Principais componentes celulares 
 Nas células eucariontes há uma divisão morfológica fundamental, que é o 
núcleo e o citoplasma. O núcleo contém o material genético, e o citoplasma é 
composto pelo hialoplasma e as organelas, responsáveis pelas funções celulares 
de manutenção do seu equilíbrio, bem como do equilíbrio do organismo. A 
delimitaçãodestas regiões é feita pela presença de uma membrana denominada 
de membrana plasmática para o citoplasma e envoltório nuclear para o núcleo 
(Junqueira; Carneiro, 2012). 
2.1.1 Núcleo 
O núcleo foi descrito pela primeira vez no século XVII, tendo sido a 
primeira estrutura celular descrita e estudada. É uma organela que pode 
apresentar formatos variados, os quais vão de arredondados a alongados 
dependendo do formato da célula, e medir cerca de 5 a 10 μm. Geralmente as 
células possuem apenas um núcleo, entretanto, algumas, como é o caso das 
fibras musculares esqueléticas, podem ser multinucleadas. Existem, ainda, as 
células que depois de maduras não apresentam núcleo, como é o caso dos 
eritrócitos. 
O núcleo é composto por: envoltório nuclear, nucleoplasma, cromatina, 
cromossomos e nucléolo; e contém 99,7 % do DNA celular, sendo considerado 
o centro de controle das atividades e do metabolismo celular. 
O envoltório nuclear, ou carioteca, delimita o núcleo, separando o seu 
interior do citoplasma. Este é formado por duas membranas, uma mais interna e 
outra mais externa ligada à membrana do retículo endoplasmático granular ou 
rugoso. Na estrutura do envoltório nuclear estão presentes os poros, os quais 
tem por função regular passagem de proteínas e RNAs entre núcleo e 
citoplasma. O nucleoplasma ou cariolinfa é a região interna, delimitada pelo 
envoltório nuclear, onde se encontram o material genético e as macromoléculas 
associadas ao controle da expressão gênica. Nesta região estão presentes a 
cromatina, os cromossomos e o nucléolo. A cromatina é uma estrutura formada 
pela associação entre o DNA e as histonas, sendo a responsável pela 
condensação do DNA como cromossomos. Os cromossomos, que são 
encontrados durante a mitose do ciclo celular, são de extrema importância 
durante esta fase, garantindo que que o material genético seja distribuído 
8 
 
 
uniformemente para as células filhas. O nucléolo é uma estrutura esférica, 
desprovida de membrana, onde estão localizados os genes que codificam o RNA 
ribossomal (RNAr). Sua função é garantir a adequada produção de ribossomos 
e organelas relacionadas à síntese de proteínas (Carvalho, 2013; Junqueira; 
Carneiro, 2012; Junqueira; Carneiro, 2013; Montanari, 2016). 
2.1.2 Membrana plasmática 
A membrana plasmática (ou celular) é uma estrutura semipermeável e 
seletiva, cuja função é a manutenção da integridade física e funcional da célula, 
por meio do controle de entrada e saída de substâncias. Esse processo pode 
acontecer de três formas diferentes, dependendo das características da 
substância em questão: difusão simples, difusão facilitada e transporte ativo. Ao 
microscópio eletrônico esta estrutura é visualizada como uma estrutura 
trilaminar, denominada unidade de membrana. 
Embora a membrana seja composta por duas camadas de lipídeos, a 
composição química entre as duas superfícies é diferente. Existem dois tipos 
principais de lipídeos que compõem a membrana celular dos animais: os 
fosfolipídeos e o colesterol, este último com a função de conferir estabilidade 
mecânica à membrana, além de funcionar como uma barreira à passagem da 
maioria dos íons e moléculas hidrofílicas. A concentração de cada um deles é 
variável na constituição da dupla camada. (Carvalho, 2013; Junqueira; Carneiro, 
2012; Junqueira; Carneiro, 2013; Montanari, 2016). 
2.1.3 Citoplasma 
Foi a partir de 1714 que os cientistas apresentaram os primeiros indícios 
da existência do citoplasma, observando um líquido viscoso presente em 
diversas células animais. No entanto, somente em 1835 é que o naturalista 
francês Felix Dujardin associou a presença deste líquido viscoso a todas as 
células de seres vivos, e deu a esta substância viscosa o nome de sarcódio, que 
mais tarde passaria a protoplasma e, então, a citoplasma (Neves, 2016). 
O citoplasma é o espaço correspondente à região interna à membrana 
plasmática, sendo formado por organelas celulares (retículo endoplasmático, 
complexo de Golgi, lisossomos, mitocôndria, peroxissomos, centríolo e 
ribossomos, estes não são considerados organelas por muitos autores), 
9 
 
 
citoesqueleto e núcleo, e o espaço existente entre as organelas é preenchido pelo 
citosol (hialoplasma ou matriz citoplasmática), um líquido viscoso com aspecto de 
um gel formado por, aproximadamente, 80% de água, proteínas dissolvidas, 
carboidratos, lipídios, íons e metabólitos secundários (Junqueira; Carneiro, 2013). 
2.1.3.1 Retículo endoplasmático 
O retículo endoplasmático (RE) é uma rede de túbulos contínuos ligados 
ao envoltório celular. Essa organela faz parte do sistema de endomembranas, 
um conjunto de membranas e organelas membranosas que exercem um papel 
fundamental nos processos de secreção, reciclagem de membranas e ciclo 
celular, além de que modificar, empacotar e transportar lipídios e proteínas. 
Fazem parte deste sistema de endomembranas, também, o complexo de Golgi 
e os lisossomos, além da membrana plasmática e do envoltório nuclear. 
Este sistema de endomembranas é um sistema contínuo e interconectado, no 
qual o retículo endoplasmático exerce a função de fonte inicial do processo de 
produção das membranas. Dependendo da presença ou não de ribossomos 
aderidos à membrana do RE, este pode ser classificado em: retículo 
endoplasmático rugoso ou granuloso (RER), quando há ribossomos aderidos à 
membrana; e retículo endoplasmático liso ou agranular (REL), quando os 
ribossomos não estão presentes. (Carvalho, 2013; Junqueira; Carneiro, 2012; 
Junqueira; Carneiro, 2013; Montanari, 2016). 
2.1.3.2 Complexo de Golgi 
Estruturalmente, o complexo de Golgi é uma pilha polarizada de sacos 
membranosos ou cisternas arranjadas em duas faces: a face de formação ou 
cis, com as cisternas mais espessas, é a que recebe os túbulos ou vesículas 
provenientes do retículo endoplasmático; e a de maturação ou trans é a que 
exibe as cisternas mais achatadas e finas e inclui a rede tubular denominada 
rede trans-Golgi, a qual é responsável pela segregação final das substâncias 
que por ali passam. Entre as duas faces há a presença de cisternas achatadas, 
este espaço constitui as cisternas medianas ou mediais, locais onde acontecem 
as modificações. A face cis encontra-se em associação com regiões 
especializadas do retículo endoplasmático, enquanto a face trans encontra-se 
mais próxima das vesículas secretoras. 
10 
 
 
 O complexo de Golgi é responsável por inúmeras funções celulares, entre 
as quais podemos citar as modificações, armazenamento e exportação das 
proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso, além de sintetizar os 
lisossomos e os acrossomos dos espermatozoides (Junqueira; Carneiro, 2012; 
Junqueira; Carneiro, 2013). 
2.1.3.3 Lisossomos 
Os lisossomos são organelas esféricas e delimitadas por uma membrana 
lipoproteica. São formados de vesículas oriundas do complexo de Golgi. 
 Estas organelas contêm inúmeras hidrolases, entre as quais: as 
peptidases, nucleases e lipases, que lhes permite degradar uma ampla 
variedade de compostos (Junqueira; Carneiro, 2012; Junqueira; Carneiro, 2013). 
2.1.3.4 Mitocôndria 
As mitocôndrias são organelas ovaladas ou alongadas, menores que os 
plastídeos, atingindo cerca de 0,5 a 1,0 µm de diâmetro e 1,0 a 10 µm de 
comprimento. São envolvidas por duas membranas lipoproteicas que delimitam 
a matriz mitocondrial, uma externa e outra mais interna, a qual forma 
invaginações voltadas para a matriz, que nada mais são do que dobramentos ou 
túbulos com a função de aumentar a superfície disponível para as proteínas e a 
realização de reações associadas a elas. Estas invaginações são denominadas 
de cristas mitocondriais. 
 A principal função, entre tantas, das mitocôndrias, é a respiração aeróbica 
celular, responsável pela produção de ATP. Entretanto, atualmente, sabe-se que 
a mitocôndria está envolvida, também, em muitos outros processos catabólicospara a obtenção de energia, como a β-oxidação de ácidos graxos e o Ciclo de 
Krebs (Junqueira; Carneiro, 2012; Junqueira; Carneiro, 2013). 
2.1.3.5 Peroxissomos 
Os peroxissomos são organelas arredondadas, delimitadas por uma 
bicamada lipídica, a qual contém proteínas de transporte associadas à sua 
estrutura, e cuja função está relacionada ao armazenamento de enzimas que 
degradam o peróxido de hidrogênio, uma substância tóxica ao organismo. 
11 
 
 
 Nos vertebrados, estas organelas estão presentes em grande número nas 
células hepáticas e renais, onde são responsáveis pela eliminação de 
substâncias absorvidas pelo sangue (Junqueira; Carneiro, 2013). 
2.1.3.6 Centríolo 
Os centríolos são pequenas estruturas cilíndricas ocas, presentes, 
exclusivamente, em células eucarióticas. São formados por nove conjuntos de 
três microtúbulos cada, os quais são unidos por proteínas adesivas. Estas 
organelas são importantes durante o processo de divisão celular, quando 
auxiliam na formação do fuso mitótico, agindo com um organizador celular 
durante a reprodução. Estes ainda são os responsáveis pela formação de cílios 
e flagelos (Junqueira; Carneiro, 2013). 
2.1.3.7 Ribossomos 
Alguns autores consideram os ribossomos como organelas não 
membranosas, outros não os consideram uma organela justamente por não 
serem delimitados por uma membrana completa. 
São estruturas encontradas em células procariontes e eucariontes, 
estando presentes em maior quantidade naquelas com intensa síntese de 
proteínas, sendo esta sua principal função. Os ribossomos podem estar tanto 
dispersos no citoplasma celular quanto associados ao retículo endoplasmático, 
originando o retículo plasmático rugoso. São originados no nucléolo e, 
posteriormente, transferidos ao citoplasma (Junqueira; Carneiro, 2013). 
TEMA 3 – RECEPTORES CELULARES 
Em organismos multicelulares, as informações recebidas precisam ser 
repassadas entre as células, como uma forma de garantir a comunicação entre 
o sistema interno e externo, e a continuidade do funcionamento do organismo. 
Assim, para assegurar que isso aconteça, as células dispõem de alguns 
mecanismos, entre os quais, a transmissão de sinais elétricos e/ou químicos, 
que controlam os potenciais elétricos, e a atividade gênica, responsável pela 
divisão, replicação e morte celular. Estão presentes, ainda, os mensageiros 
químicos, os quais exercem seus efeitos ao se ligarem a receptores de 
12 
 
 
membrana, que podem ter seu número aumentado ou diminuído dependendo 
das respostas celulares. 
 Os receptores de membrana fazem parte de um sistema de sinalização 
que está ligado à superfície externa da membrana celular, são denominados de 
receptores de superfície. Existem, ainda, os receptores intracelulares, proteínas 
que estão localizadas no interior das células, em geral no citoplasma ou núcleo. 
Os hormônios tireoidianos e os hormônios esteroidais ligam-se a receptores 
intracelulares (Rang; Dale, 2012). 
3.1 Receptores de superfície 
Esse conjunto de receptores é específico para cada linhagem celular, 
permitindo que estas respondam aos mediadores químicos, também, de maneira 
específica e pré-programada. Os receptores de membrana são proteínas 
ancoradas à membrana que se ligam a substâncias na superfície celular externa, 
conforme ilustrado a seguir. Estes não precisam, necessariamente, atravessar a 
membrana para exercer sua função. Não são receptores estáveis, pois podem 
variar seu número de acordo com a necessidade celular, em processos 
conhecidos como infrarregulação (down-regulation) e suprarregulação (up-
regulation) (Porth, 2010; Brunton, 2012). 
Figura 3 – Receptores de superfície 
 
Créditos: Juan Gaertner/Shutterstock. 
13 
 
 
 Os receptores de superfície são classificados em três famílias: receptores 
de superfície ligados à proteína G, receptores ligados às enzimas e receptores 
ligados aos canais iônicos. 
• Receptores de superfície ligados à proteína G (GPCRs): constituem a 
maior família de receptores da superfície celular. Os GPCRs possuem um 
local de ligação aos mensageiros primários na superfície externa da 
membrana celular. Todos estes receptores compartilham de uma 
estrutura e um sistema de sinalização comuns, e eles atuam convertendo 
os mensageiros primários, que podem ser, entre outros: hormônios, 
neurotransmissores, fatores de crescimento e fótons de luz, em 
mensageiros secundários. 
• Receptores ligados às enzimas: assim como os GPCRs, os receptores 
ligados às enzimas são proteínas transmembrana que, também, possuem 
um local de ligação na superfície externa da membrana celular. No 
entanto, esses receptores possuem um domínio intracelular ligado a uma 
enzima, e não à uma proteína G. 
• Receptores ligados aos canais iônicos: esses receptores estão 
envolvidos na sinalização sináptica, que é mediada por 
neurotransmissores com a capacidade de abrir ou fechar os canais (Porth, 
2010; Brunton, 2012; Rang; Dale, 2012). 
TEMA 4 – METABOLISMO CELULAR E OS PROCESSOS ADAPTATIVOS 
CELULARES 
Vimos anteriormente que, para a manutenção das funções orgânicas e 
celulares, todas as informações recebidas pela célula precisam ser repassadas 
umas às outras, bem como entre os compartimentos interno e externo. E essa 
intercomunicação é feita por meio dos receptores celulares, que, após ativados, 
liberam sinais específicos, os quais ativam ou inibem o metabolismo celular, um 
processo necessário de conversão de moléculas simples, como carboidratos, 
proteínas e gorduras, em energia na forma de ATP. 
Quando algo sai do controle, como quando a célula sofre um estímulo que 
ocasione um estresse e pode colocar em risco sua estrutura e funcionamento ou 
algum mecanismo deixa de funcionar adequadamente, entram em ação os 
14 
 
 
processos adaptativos, a partir dos quais a célula é capaz de realizar mudanças 
adaptativas em sua estrutura, a fim de se manter viável. 
4.1 Metabolismo celular 
O metabolismo celular envolve um conjunto de reações químicas que tem 
o objetivo de manter o funcionamento fisiológico por meio da produção de 
energia. Esse processo metabólico acontece por meio de dois mecanismos: a 
via glicolítica anaeróbica, que acontece no citoplasma sem a presença de 
oxigênio, e a via aeróbica, que acontece na mitocôndria na presença de oxigênio. 
 
Figura 4 – Metabolismo celular 
 
Créditos: Gstraub/Shutterstock. 
4.1.1 Metabolismo anaeróbico 
O primeiro processo pelo qual a célula passa para obtenção de ATP é a 
glicólise. Esta acontece no citoplasma da célula e é dividida em duas fases: a 
fase de investimento de energia e a fase de rendimento de energia. 
15 
 
 
Na fase de investimento de energia a molécula de glicose (C6H12O6) é 
convertida a gliceraldeído 3-fosfato (C3H5O3P) e di-hidroaxetona fosfato 
(C3H5O3P), esta última sofre rearranjo e origina outra molécula de gliceraldeído 
3-fosfato. Nesta etapa há gasto de ATP. Na segunda etapa, de rendimento de 
energia, as duas moléculas de gliceraldeído 3-fosfato dão origem ao 
fosfoenolpiruvato, que por sua vez cede um fosfato a uma molécula de ADP, 
originando duas moléculas de ATP e duas de piruvato. 
Assim, o ganho final de energia após a glicólise, a partir de uma molécula 
de glicose, são duas moléculas de ATP (Nelson; Cox, 2019). 
4.1.2 Metabolismo aeróbico 
O metabolismo aeróbico é o que acontece na presença de oxigênio e 
envolve o ciclo do ácido cítrico, que ocorre na matriz mitocondrial, e a cadeia 
transportadora de elétrons, que acontece na membrana interna da mitocôndria. 
Durante o ciclo de Krebs, também conhecido como ciclo do ácido cítrico 
ou ciclo do ácido tricarboxílico, há a conversão do piruvato, proveniente da 
glicólise, em acetil coenzima A (acetilCoA), a qual reage com o oxaloacetato 
formando o citrato, ou ácido cítrico. Este ciclo é um conjunto fechado de oito 
reações sequenciais, em que a última reação do ciclo dá origemà molécula 
usada na primeira reação, o oxaloacetato. Em cada volta, do ciclo do ácido 
cítrico, são produzidas duas moléculas de CO2, 3 NADH, 1 FADH2 e 1 ATP ou 
GTP. Contudo, devemos lembrar que cada molécula de glicose, que entra na 
glicólise, forma dois piruvatos e, portanto, duas moléculas de acetilCoA, 
possibilitando duas voltas do ciclo. 
Até o momento, essas reações tornaram os elétrons da glicose e de outros 
substratos alimentares disponíveis para oxidação. 
Terminado o ciclo do ácido cítrico, os elétrons disponíveis entram para 
cadeia transportadora de elétrons, um grupo de proteínas e moléculas 
orgânicas, organizadas em quatro complexos inseridos na membrana interna da 
mitocôndria. Durante a passagem pela cadeia transportadora de elétrons o 
NADH e o FADH2 transferem seus elétrons (H+) para a cadeia de transporte, 
voltando a ser NAD+ e FAD, nas suas formas oxidadas, as quais poderão ser, 
novamente, utilizadas na glicólise e no ciclo de ácido cítrico. Além disso, forma-
se um gradiente de prótons na membrana mitocondrial interna, com uma 
concentração maior de H+ no espaço intermembranar e uma concentração 
16 
 
 
menor na matriz. Esse gradiente representa uma forma armazenada de energia 
utilizada para produzir ATP. No final do processo aeróbico, o rendimento líquido 
é de 36 moléculas de ATP, que provêm de uma molécula de glicose (2 da 
glicólise, 2 a partir do ciclo do ácido cítrico e 32 da cadeia de transportes de 
elétrons) (Nelson; Cox, 2019). 
4.2 Processos adaptativos celulares 
Da mesma forma que o organismo se adapta às variações ambientais, as 
células são capazes de se adaptar às mudanças ocorridas no meio interno ou 
meio externo por meio de alterações no volume celular (atrofia ou hipertrofia), 
alterações na taxa de divisão celular (hiperplasia ou hipoplasia), alterações na 
diferenciação celular (metaplasia) e alteração no crescimento e na diferenciação 
celular (displasia) (Rubin et al., 2005; Porth, 2010; Kumar et al., 2013). 
4.2.1 Alterações no volume celular 
As alterações no volume celular correspondem às alterações relacionadas 
ao aumento ou redução no volume celular, decorrentes da redução ou aumento 
no seu metabolismo, nutrição e/ou na renovação de suas estruturas. Nestes 
casos, diz-se que ocorreu uma hipertrofia ou uma atrofia, respectivamente. 
A hipertrofia ocorre em células que possuem capacidade limitada de se 
dividir, portanto, não há aumento no número de células, mas sim, um aumento 
no tamanho celular e, consequentemente, um aumento no tamanho do órgão, 
geralmente causado por condições fisiológicas ou patológicas como: pelo 
aumento na demanda funcional, por fatores de crescimento ou por estimulação 
hormonal. Um exemplo de hipertrofia por condição fisiológica acontece durante 
a gestação, quando há um aumento do útero, por consequência da hipertrofia 
associada à hiperplasia do músculo liso, pelo estímulo do estrogênio. Já uma 
condição patológica acontece na insuficiência cardíaca congestiva, quando o 
músculo cardíaco aumenta de tamanho para compensar a lesão no tecido 
cardíaco. Neste caso, há influência de dois tipos de sinais: os desencadeantes 
mecânicos e os desencadeantes tróficos, que ativam as vias de transdução de 
sinais levando à indução de vários genes, estimulando a síntese de proteínas 
celulares, incluindo os fatores de crescimento e as proteínas estruturais. 
17 
 
 
 Na atrofia ocorre a diminuição do tamanho da célula e, 
consequentemente, do órgão, em função da perda de substância celular. 
Embora essas células tenham sua capacidade funcional reduzida, elas não 
estão mortas. Em geral, as principais causas de atrofia estão relacionadas com 
a redução da carga de trabalho, perda de inervação, redução do suprimento 
sanguíneo, nutrição insuficiente ou inadequada e envelhecimento. E, embora 
haja redução no tamanho celular, um novo estado de equilíbrio é atingido entre 
o tamanho da célula e a diminuição do suprimento sanguíneo, da nutrição ou da 
estimulação trófica. Mesmo que algumas destas causas sejam fisiológicas e 
outras patológicas, as alterações celulares no processo de atrofia são iguais 
(Porth, 2010; Kumar et al., 2013; Varella, 2014; UFRGS, 2015). 
Em geral, os mecanismos envolvidos nesse processo são uma 
combinação entre a diminuição da síntese proteica ocasionada pela redução da 
atividade metabólica e o aumento da degradação de proteínas nas células. 
Muitas vezes a atrofia celular está acompanhada pela autofagia, visando a busca 
de nutrientes e a sua sobrevivência. 
4.2.2 Alterações na taxa de divisão celular 
Na alteração da taxa de divisão celular as células podem ter a proliferação 
celular aumentada ou diminuída ocasionando a hiperplasia, muito mais comum, 
e a hipoplasia, respectivamente. 
 A hiperplasia pode acontecer em células que são capazes de entrar em 
divisão mitótica, como as células da epiderme, do epitélio intestinal e o tecido 
glandular, e pode ser induzida por estímulos fisiológicos ou não fisiológicos. A 
hiperplasia fisiológica pode ser hormonal, como acontece com o aumento do 
volume uterino e das glândulas mamárias induzidos pelo estrogênio; ou 
compensatório, como a regeneração do fígado que ocorre após hepatectomia 
parcial. Na hiperplasia não fisiológica, ou patológica, há uma proliferação celular 
desencadeada por: uma hiperestimulação hormonal, como na Síndrome de 
Cushing; uma ação reacional como na cicatrização de feridas, em que há 
proliferação de fibroblastos e vasos sanguíneos; e pode ser congênita, como 
acontece na macrossomia fetal, em que há excesso nutricional e hiperplasia 
compensatória das ilhotas de Langerhans em fetos de mães diabéticas. 
Embora a hipertrofia e a hiperplasia sejam processos distintos, podem 
ocorrer simultaneamente, e são geralmente induzidos pelo mesmo mecanismo. 
18 
 
 
Os casos de hipoplasia também podem ser fisiológicos ou patológicos. 
Os fisiológicos incluem a involução do timo a partir da puberdade, e das gônadas 
no climatério. Já a hipoplasia patológica acontece nos casos de anemia 
aplástica, causada pela redução na formação de células sanguíneas pela 
medula óssea, ou na Aids, em que há hipoplasia de órgãos linfoides (Porth, 2010; 
Kumar et al., 2013; Varella, 2014; UFRGS, 2015). 
4.2.3 Alterações na diferenciação celular 
Nas alterações na diferenciação celular ocorrem substituições entre as 
células adultas (diferenciadas) de uma mesma linhagem, esse processo é 
conhecido como metaplasia. Em geral, a metaplasia costuma ocorrer como 
resposta aos processos irritativos crônicos e inflamatórios, pois permite que 
células mais resistentes ocupem o lugar de tipos celulares mais frágeis àquela 
agressão. O processo mais comum acontece no sistema respiratório com a 
substituição adaptativa de células do epitélio escamoso estratificado por células 
epiteliais colunares ciliadas, como uma forma de proteção da traqueia e grandes 
vias respiratórias a um agente irritante crônico como o cigarro (Porth, 2010; 
Kumar et al., 2013; Varella, 2014). 
4.2.4 Alterações no crescimento e na diferenciação celular 
Este tipo de alteração que acontece como forma de adaptação à irritação 
crônica ou inflamação é denominado de displasia. Na displasia há o crescimento 
desorganizado de um tecido específico, o qual resultará em células com 
tamanho, forma e aspecto diferenciados. Contudo, em alguns casos este 
processo pode ser revertido com a supressão do agente irritativo. No entanto, 
em outros, há o desenvolvimento de células neoplásicas, sendo a displasia 
considerada como uma forma precursora do câncer (Porth, 2010; Kumar et al., 
2013). 
TEMA 5 – HISTOPATOLOGIA 
Para começarmos a falar sobre histopatologia, precisamos entender o que 
é a histologia. Então, vamos lá! 
19 
 
 
A histologia é uma ciência que tem por objetivo estudar os tecidos animais 
ou vegetais, formados por grupos celulares com funções e característicassemelhantes. 
O organismo humano é formado por uma série de tecidos: 
• Epitelial – cuja função principal é fornecer proteção ao organismo contra 
micro-organismos, substâncias químicas ou agressões físicas. 
• Conjuntivo – está localizado logo abaixo do tecido epitelial, e sua função 
é proporcionar o adequado espaçamento entre os órgãos. 
• Sanguíneo – sua função é o transporte de substâncias, além de regular e 
proteger o organismo. 
• Muscular – responsável pelo movimento, pois suas células são capazes 
de se contrair. 
• Nervoso – tem por função primordial, transmitir aos órgãos e glândulas as 
informações recebidas. 
 Nesse sentido, a histopatologia veio para completar o estudo da 
histologia. A histopatologia também é uma ciência, entretanto, estuda os tecidos 
animais ou vegetais que apresentam condições patológicas. 
 Em geral, estes tecidos doentes são provenientes de biópsias ou amostragem 
cirúrgica, e são estudados por meio da observação em microscópio. A partir 
desta observação é possível identificar alterações ou lesões teciduais que 
auxiliam o clínico quanto à natureza, gravidade, extensão, evolução e 
intensidade de uma determinada patologia. Além disso, é possível sugerir ou até 
mesmo confirmar a origem de uma patologia. 
 Na histopatologia, um ponto importante é a coleta da amostra, pois pode 
interferir no resultado. Para garantir uma coleta adequada, os profissionais 
devem passar por treinamentos, uma vez que as amostras podem ter um 
tamanho muito reduzido, além de serem retiradas de locais bastante sensíveis. 
Para garantir a qualidade do material, este deve ser coletado de forma muito 
precisa, por meio de cortes rápidos, com instrumentos extremamente afiados e 
com cuidado para não danificar o material. 
 Após a coleta do material, este fica privado de vascularização e 
oxigenação, o que leva a um comprometimento das membranas, que por sua 
vez liberam enzimas responsáveis pela destruição dos tecidos. Por isso, a 
manutenção da amostra é outro aspecto importante, e esta deve ser feita com o 
auxílio de soluções químicas, denominadas fixadores, os quais impedem essa 
20 
 
 
degradação tecidual (Montanari, 2016; Junqueira; Carneiro, 2013; Anticorpos 
Laboratório, 2019). 
NA PRÁTICA 
De acordo com o que estudamos nesta aula, vimos a evolução do 
desenvolvimento da patologia e a sua relação com os diversos processos 
celulares. 
 Com base no conhecimento adquirido, e com o auxílio de literatura 
especializada, monte um fluxograma do processo de preparo da amostra para 
análise histopatológica de um tumor de mama, incluindo uma breve explicação 
de cada etapa (coleta do material, fixação, desidratação, clarificação, inclusão, 
microtomia e coloração). 
FINALIZANDO 
Como vimos, o início de determinada doença precisa de um estímulo, que 
pode ser congênito ou adquirido e externo ou interno. A partir deste estímulo, a 
informação é repassada pelos receptores, e o organismo desenvolve um 
mecanismo de defesa, buscando a cura ou a adaptação à uma condição 
adversa. Entre os mecanismos de defesa, além das barreiras próprias do 
organismo, ele ainda é capaz de promover ações contra os agentes agressores. 
Já nos processos de adaptação, o organismo estimula a modificação de suas 
funções dentro de uma faixa de normalidade, para que possa se ajustar às 
modificações impostas pelo estímulo, por exemplo, a adaptação dos organismos 
a elevadas altitudes. Entretanto, para que as células atinjam este estado de 
equilíbrio são necessárias algumas respostas adaptativas: hipertrofia, 
hiperplasia, atrofia e metaplasia. Quando não é possível esta adaptação, seja 
por exceder a capacidade adaptativa ou por um estímulo externo excessivo, há 
o desenvolvimento de uma lesão celular, a qual pode ser reversível e a célula 
volta ao seu estado de equilíbrio, ou irreversível, ocorrendo a morte celular, que 
pode ser resultante de inúmeros motivos, entre os quais: redução do fluxo 
sanguíneo, infecções (bacterianas, virais ou parasitárias), toxinas e reações 
imunes ou autoimunes. 
Dependendo da situação em que o paciente se encontra, são necessários 
os testes histológicos, os quais auxiliam na análise das lesões teciduais, sendo 
21 
 
 
possível com a observação da natureza dessas lesões. Em muitos casos, a 
histopatologia possibilita o diagnóstico de inúmeras doenças, como as 
inflamações, infecções e, sobretudo, os casos de câncer. 
 
 
 
22 
 
 
REFERÊNCIAS 
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Koogan, 2016. 
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McGraw-Hill, 2012. 2112 p. 
CARVALHO, H. F.; RECCO-PIMENTEL, S. M. A célula. 3. ed. São Paulo: 
Manole, 2013. 606 p. 
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 9. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013. 
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<http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/livrodehisto.pdf>. Acesso em: 24 set. 
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NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 7. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2019. 1272 p. 
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ed. Santa Maria: Editora UFSM, 2016. 274 p. 
O QUE É o diagnóstico histopatológico e qual sua importância? Anticorpos 
Laboratório, 15 abr. 2019. Disponível em: 
<https://www.anticorpos.com.br/artigos/o-que-e-o-diagnostico-histopatologico-
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PORTH, C. M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
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TRÊS mil anos de estudo: a história da patologia. SBP. Sociedade Brasileira 
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VARELLA, M. Noções de patologia. Técnico em enfermagem. Instituto 
Formação: cursos técnicos profissionalizantes, 2014. Disponível em: 
<http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/18-20-54-
apostilapatologia.pdf>. Acesso em: 24 set. 2021.

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