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SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................................. 04
2. Reservatórios subterrâneos de água ................................................................... 06
3. Quais os principais aquíferos existentes? ........................................................... 07
 3.1. Aquíferos porosos ........................................................................................ 08
 3.2. Aquíferos fissurais ........................................................................................ 08
 3.3. Aquíferos cársticos ...................................................................................... 08
4. Qual o maior aquífero do mundo? ....................................................................... 09
5. Tipos de lençóis freáticos ....................................................................................... 11
 5.1. Lençóis empoleirados ................................................................................ 12
 5.2. Lençóis artesianos ....................................................................................... 12
 5.3. Lençóis freáticos .......................................................................................... 12
6. Tipos de nascentes .................................................................................................. 13
 6.1. Nascentes de contato ................................................................................. 13
 6.2. Nascentes de depressão ............................................................................ 13
7. Características da nascente perfeita .................................................................... 14
8. Técnicas para conservação e recuperação de nascentes ............................... 15
 8.1. Cobertura vegetal em encostas e morros ............................................... 16
 8.2. Conservação do estado vegetativo da pastagem ................................. 16
 8.3. Manejo agrícola adequado ........................................................................ 16
 8.1. Uso de barreira de contenção ................................................................... 16
9. Conservação e recuperação de nascentes na seca .......................................... 17
 9.1. Remover espécies vegetais freatófitas .................................................... 18
 9.2. Ocupar a área com espécies vegetais rasteiras ..................................... 18
 9.3. Adotar o pastejo rotacionado .................................................................... 18
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10. Principais causas para uma nascente secar ..................................................... 19
 10.1. Vegetação inadequada ............................................................................ 20
 10.2. Reflorestamento ........................................................................................ 20
 10.3. Desmatamento ........................................................................................... 20
 10.4. Queimadas .................................................................................................. 20
 10.5. Atividades agrícolas .................................................................................. 21
 10.6. Atividades pecuárias ................................................................................. 21
 10.7. Construção de loteamentos e estradas ................................................ 21
11. Importância da preservação das nascentes .................................................... 22
12. Dicas de preservação de nascentes .................................................................. 23
 12.1. Regeneração natural ................................................................................. 24
 12.2. Plantio de mudas ....................................................................................... 24
 12.3. Recomendações para plantar as mudas ............................................... 24
 12.4. Construção de cercas ............................................................................... 25
 12.5. Controle do uso de defensivos ............................................................... 25
 12.6. Conservação do solo e da água .............................................................. 25
SUMÁRIO
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Você já parou para pensar na imensa importância da água? Se ainda não, 
saiba que ela é um recurso natural de valor incalculável, não apenas do 
ponto de vista econômico, mas também estratégico e social. 
Sabe por quê? Por que a água é essencial para a sobrevivência de todas as 
formas de vida na terra, inclusive a nossa. É nosso dever coletivo priorizar a 
sua preservação.
Introdução1
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Um compromisso de todos para todos. Uma responsabilidade compartilhada. 
Somente assim, poderemos garantir o acesso à água, limpa e de qualidade, 
às gerações futuras.
E por que devemos nos preocupar com as nascentes? Simples. Elas 
nos oferecem água de boa qualidade, de vazão abundante e contínua. 
Porém, nossas ações inconsequentes prejudicam esses tesouros naturais. 
Queimadas, descarte de lixo, uso de defensivos agrícolas e pastejo animal 
são alguns dos fatores que podem comprometer a qualidade da água e a 
integridade das nascentes. A poluição dos mananciais e o uso indiscriminado 
da água também devem ser evitados a todo custo. 
Acabou? Não, ainda não. Alterações climáticas severas, como longas 
estiagens, também representam ameaças reais às nascentes. O resultado? 
Crise hídrica que vai além da escassez de água para consumo, desencadeando 
outras crises, como a energética e a de alimentos. 
O que fazer, então? Conservar as nascentes limpas e recuperar as que já 
estão prejudicadas. Esta é a chave para a manutenção da vida em nosso 
planeta. Uma situação que exige ações efetivas e imediatas por parte do 
governo federal, das empresas privadas e de toda a sociedade. 
Mas não é tão simples quanto parece. Manter ou recuperar uma nascente 
requer conhecimento especializado, capaz de criar condições favoráveis 
para que a água das chuvas se infiltre no solo e abasteça os reservatórios 
subterrâneos, garantindo, assim, o fluxo dos cursos de água ao longo do 
ano, inclusive durante a época de seca. 
A nossa participação nesse processo é fundamental. Devemos tratar a água 
com carinho, evitando o desperdício e os gastos excessivos e descontrolados. 
A ação começa com cada um de nós e é fundamental agir agora!
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Para chover, a água da atmosfera deve condensar, como pesadas gotas, até 
atingirem o solo. Quando úmido, o solo supre as plantas com água que, sob 
condições ideais de temperatura, devolvem-na à atmosfera, por processo de 
transpiração. Nesse ciclo contínuo, a água percola no solo através dos poros 
e das aberturas existentes nas rochas sedimentares.
Com isso, são formados os reservatórios subterrâneos, locais preenchidos 
com água das chuvas, que desce ao interior do solo, de cima para baixo, até 
alcançar a camada impermeável. Ao se acumular gradualmente nos poros do 
solo, a água percolada os preenche parcial ou totalmente. Esses aquíferos 
podem abranger volumes gigantescos de água quando comparadosaos das 
águas superficiais de rios.
Reservatórios subterrâneos 
de água2
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Os armazenamentos subterrâneos de água percolada, ou aquíferos 
subterrâneos, podem ser classificados como porosos, fissurais e cársticos.
Quais os principais aquíferos 
existentes?3
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Nos aquíferos porosos, a água percolada circula nos poros do solo e nos 
grãos das rochas sedimentares ou sedimentos.
3.1 Aquíferos porosos
Nos aquíferos fissurais, a água percolada circula por fissuras, fendas, fraturas 
e falhas nas rochas sedimentares.
3.2 Aquíferos fissurais
Nos aquíferos cársticos, a água percolada circula por aberturas originadas 
da dissolução das rochas, em especial as constituídas de calcário.
3.3 Aquíferos cársticos
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O Aquífero Guarani é o maior do mundo e abrange uma área de 1,2 milhões 
km². Desse total, 840.000 km² correspondem ao subsolo do Centro – Sudeste 
do Brasil; 225.500 km² (Nordeste da Argentina); 71.700 km² (Sudeste do 
Paraguai); e 58.500 km² (Nordeste do Uruguai). No território nacional, essa 
gigantesca reserva de água doce passa por São Paulo, Minas Gerais, Goiás, 
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do 
Sul.
Qual o maior aquífero do 
mundo?4
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O Aquífero Guarani: 
É o maior reservatório de água subterrânea do mundo;
É constituído de rochas sedimentares com cerca de 190 milhões de 
anos; 
Apresenta volume total de água doce com 55.000 km³ de extensão; 
Apresenta capacidade de recarga de 166 km³ por precipitação anual;
Conta com água doce suficiente para abastecer a população mundial 
por dois séculos;
Apresenta profundidade de 1.800 metros;
Permite que sua água chegue a 100 metros da superfície por pressão;
Apresenta vazão de 500 m³/h graças à alta permeabilidade do solo. 
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A forma como a água subterrânea preenche o interior do solo determina os 
tipos de reservatórios de água, que podem ser classificados como lençóis 
empoleirados, lençóis artesianos e lençóis freáticos. 
Vejamos cada um deles:
Tipos de lençóis freáticos5
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Quando entre a superfície do solo e a camada impermeável se forma uma 
camada de solo compactado ou camada impermeável intermediária, que 
impede parcialmente ou totalmente a percolação da água até a camada 
impermeável, chamamos lençóis empoleirados.
5.1 Lençóis empoleirados
Quando a água atravessa as camadas mais profundas com certa 
permeabilidade e se acumula entre uma camada e outra, chamamos lençóis 
artesianos. Isso significa que a água subterrânea pode se acumular no interior 
ou abaixo da camada impermeável, não apenas acima dela.
5.2 Lençóis artesianos
Quando a água percolada se acumula entre a camada impermeável e a 
linha freática, chamamos lençol freático. Quando essa camada impermeável 
cruza com a superfície do terreno, surgem as nascentes. Sendo assim, são 
os lençóis freáticos que originam e alimentam as nascentes.
5.3 Lençóis freáticos
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Além de serem formadas por lençóis freáticos, as nascentes podem ser 
originadas de lençóis artesianos. Nos primeiros, a água percolada pode se 
acumular sobre as camadas impermeáveis; já nos segundos, a água pode ser 
depositada entre duas camadas impermeáveis. Ela pode aflorar de lençóis 
em depressões no terreno, por falhas geológicas ou por canais cársticos. No 
Brasil, as nascentes mais comuns são as de contato e as de depressão.
Tipos de nascentes6
Originadas de lençóis freáticos, as nascentes de contato (ou nascentes de 
encosta) geralmente afloram na base dos morros.
6.1 Nascentes de contato
As nascentes de depressão (ou nascentes difusas) afloram, em locais 
chamados olhos d’água, ou em vazamentos superficiais (charcos ou brejos). 
Pouco a pouco, a água se acumula e forma os olhos d’água.
6.2 Nascentes de depressão
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A nascente perfeita deve apresentar vazão ininterrupta de água ao longo do 
ano. Além disso, ela deve estar situada, em terreno elevado, para facilitar 
a condução da água por gravidade. Entretanto, a bacia deve garantir que 
parte da água da chuva, precipitada em sua superfície, penetre no solo o 
mais rápido possível. Para isso, o solo deve ser permeável para levar a água 
até o lençol subterrâneo, que abastece a nascente. Daí a urgência em se 
preservar as bacias hidrográficas para recarga das nascentes.
Dessa forma, garante-se o padrão quantitativo e qualitativo da água. Nesse 
contexto, o respeito aos recursos naturais renováveis, como as nascentes, 
torna-se uma questão vital. Em diversas regiões do mundo, a água tornou-se 
um recurso escasso, o que impacta negativamente na sobrevivência de todos 
os seres vivos. Vale ressaltar que a manutenção da vida na Terra depende 
da forma como o homem trata o meio ambiente.
Considerada um recurso natural de sumo valor econômico e social, a 
água tornou-se o foco principal de estudos e pesquisas concernentes à 
hidrologia florestal e ao manejo de bacias hidrográficas. Desde então, órgãos 
governamentais e não governamentais têm desenvolvido programas de 
conscientização para uso racional da água e conservação de nascentes e 
mananciais.
Características da nascente 
perfeita7
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As técnicas para conservação e recuperação de nascentes são fundamenta-
das em procedimentos, que relacionam solo-água-planta. Os objetivos prin-
cipais são: proteger a superfície do solo; criar condições favoráveis, para que 
a água penetre no solo; e reduzir a taxa de evapotranspiração. 
Para que a nascente (com ou sem vegetação nos arredores) flua ao longo 
do ano, ela deve ser preservada e protegida para que não seque. Em outras 
palavras, deve-se garantir a manutenção do fluxo de água da bacia, ou seja, 
da água da área de recarga (bacia hidrográfica) até a área de descarga 
(olho d’água). 
Em algumas regiões, como na Amazônia, as condições climáticas são favo-
ráveis ao equilíbrio e à continuidade do fluxo de água da nascente. Mesmo 
com a evaporação da água e a transpiração realizada pelas espécies vege-
tais nativas, da nascente jorra água em abundância.
Já em regiões com contínuas alterações climáticas, a nascente tende 
a apresentar vazão irregular. Nesse caso, ela requer a ação do homem 
para preservá-la, preferencialmente com uso de técnicas vegetativas de 
conservação. Normalmente, plantam-se espécies vegetais nativas na área 
da bacia de descarga da nascente. 
Técnicas para conservação e 
recuperação de nascentes8
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Para evitar que uma nascente “morra”, uma das técnicas utilizadas promove 
a manutenção da cobertura vegetal em encostas e topos de morros. Devem 
ser escolhidas espécies arbóreas, que favoreçam a infiltração de água no 
solo e não percam água excessiva por evapotranspiração. 
8.1 Cobertura vegetal em encostas e morros 
Outra forma de garantir o abastecimento do lençol freático de recarga da 
nascente é com a conservação do estado vegetativo da pastagem. Isso pode 
ser feito, por meio da implantação de sistemas silvipastoris, que aumentam 
a infiltração de água no solo e conservam sua microfauna.
8.2 Conservação do estado vegetativo da pastagem
O manejo agrícolaadequado proporciona efetivamente a proteção do solo. 
Dentre as principais técnicas, temos o plantio direto, capinas em faixas, ou 
mesmo a preservação da vegetação de cobertura entre fileiras da lavoura.
8.3 Manejo agrícola adequado 
Outra técnica eficiente é o uso de barreira natural de contenção, por meio 
de uma fileira de vegetação permanente, ao longo da superfície da encosta, 
com o objetivo de melhorar a infiltração da água no solo. 
8.4 Uso de barreira de contenção
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Quando chega o período de estiagem, normalmente a vazão de água da 
nascente é reduzida. Em algumas regiões, a água pode secar por completo 
caso não haja vegetação no entorno da bacia de recarga. Mesmo com 
vegetação, se a maior parte das espécies vegetais forem freatófitas, ou seja, 
absorverem água do lençol freático, haverá redução do fluxo de água ou 
esgotamento da nascente.
Conservação e recuperação 
de nascentes na seca9
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Para impedir que a nascente tenha seu fluxo de água reduzido ou esgotado, 
devem ser implementadas algumas medidas essenciais e urgentes, como 
remoção da vegetação freatófita, nos arredores da nascente, e reflorestamento 
nos cumes de morros e das seções convexas. Nesse caso, o plantio deve 
começar no pico da encosta e se estender até um terço desta. 
Com isso, durante a seca, a água confinada no lençol freático não será 
absorvida pelas freatófitas e a vazão da nascente voltará ao normal. Se for 
comprovado que a floresta esgotou uma determinada nascente, deve-se 
manter apenas um terço das árvores no local.
9.1 Remover espécies vegetais freatófitas
As pastagens também são um perigo para as nascentes, pois podem causar a 
compactação do solo nas áreas da encosta. Quando isso ocorre, a superfície 
do solo perde sua capacidade natural de infiltração das águas. Uma medida 
interessante é ocupar essas áreas com espécies vegetais rasteiras.
Com isso, além de aumentar o volume de matéria orgânica no solo, a água da 
chuva conseguirá penetrá-lo facilmente. Da mesma forma, essa água retida 
no solo percolará, até a primeira camada impermeável, e será confinada no 
lençol freático, que abastece a nascente.
9.2 Ocupar a área com espécies vegetais rasteiras
Outra alternativa é o pastejo rotacionado, com subdivisão do pasto em 
piquetes e isolamento da área. Assim, consegue-se não apenas aproveitar 
melhor o pasto como também reduzir o pisoteio dos animais no solo, o que 
impede a sua compactação. 
9.3 Adotar o pastejo rotacionado 
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Como vimos anteriormente, uma nascente seca, porque a superfície do solo 
perde sua capacidade de infiltração da água da chuva. Mas o que, de fato, 
favorece o esgotamento das nascentes?
Principais causas para uma 
nascente secar10
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Como o lençol freático está próximo da superfície do solo, se a vegetação no 
entorno da nascente for inadequada, ela pode absorver a água armazenada 
no lençol freático. Como mencionado acima, existem espécies vegetais com 
elevada capacidade de absorção de água, como as plantas freatófitas (daí 
o nome). Portanto, essas espécies vegetais devem ser removidas da área.
10.1 Vegetação inadequada
Ao contrário do que muitos imaginam, o reflorestamento pode gerar resultados 
desfavoráveis no caso de conservação e recuperação de nascentes. Nem 
todas as espécies vegetais podem ser plantadas próximas aos olhos d’água. 
Principalmente porque algumas delas retiram água do lençol freático. Sendo 
assim, para que essa técnica surta o efeito desejado, ela deve ser bem 
planejada antes de sua execução.
10.2 Reflorestamento
O desmatamento ocorre essencialmente pela exploração intensiva das 
florestas quando inúmeras espécies arbóreas são cortadas com fins 
comerciais. Entretanto, ele também pode ocorrer por falta de planejamento 
urbano, bem como por atividades agropecuárias, que exploram extensas 
áreas, sem projetar quais impactos podem ocorrer no meio ambiente. 
10.3 Desmatamento 
As queimadas podem ocorrer por uma série de fatores, desde a limpeza de 
restos vegetais de culturas até focos de incêndio causados por negligência, ou 
mesmo ação criminosa. Além de dizimar a fauna e a flora, o fogo destrói a matéria 
orgânica e os microrganismos benéficos presentes no solo. Com isso, o solo 
torna-se infértil, por perda de nutrientes, e impermeável, com rápido escoamento 
da água das chuvas, o que compromete a sua capacidade de absorção.
10.4 Queimadas
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As atividades agrícolas, praticadas de forma indevida, são amplamente 
prejudiciais às nascentes. Quando lavouras substituem parte da vegetação 
nativa, próxima a encostas de morros, o agricultor deve garantir um bom 
manejo agrícola, com técnicas de conservação do solo, que previnam a 
erosão, bem como a compactação do solo por máquinas agrícolas. O plantio 
direto é um bom exemplo, pois mantém o solo em boas condições físicas, 
químicas e biológicas.
10.5 Atividades agrícolas
Do mesmo modo que as práticas agrícolas, as atividades pecuárias podem 
causar impactos negativos nas nascentes. Quando são implantados pastos 
em áreas próximas às fontes naturais de água, estas sofrem seriamente com 
essas ações. Principalmente porque áreas onde se concentram bacias de 
recarga (cabeceiras) são exploradas sem a preocupação em se conservar o 
solo. Com isso, ele é contaminado e compactado por pisoteio excessivo dos 
animais.
10.6 Atividades pecuárias 
No Brasil, por falta de fiscalização adequada, em algumas regiões, loteamentos 
e estradas são construídos, próximos a encostas, sem autorização e/ou 
planejamento. No caso das edificações, como não são planejadas nem 
coordenadas por profissionais especializados, o crescimento não é controlado 
nem monitorado. Com isso, ocorrem danos à natureza incalculáveis, desde 
o assoreamento das nascentes até a perda da capacidade de absorção do 
solo.
10.7 Construção de loteamentos e estradas
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No Brasil, as nascentes existentes são protegidas por lei criteriosa, que 
submete o infrator a multas e outras penalidades. Seu monitoramento contínuo 
impede impactos negativos provindos da ação irresponsável e inconsequente 
do homem no meio ambiente. Entretanto, ainda assim, existem pessoas que 
não se preocupam em conservar as nascentes. 
Algumas delas pensam apenas em aproveitar a natureza como se esta fosse 
um recurso inesgotável, infindável, perpétuo. E, assim, removem espécies 
nativas de locais próximos a olhos d’água, lançam lixo não degradável em suas 
águas, além de outras ações lamentáveis. Sem falar das práticas agrícolas e 
pecuárias indevidas, que destroem a vegetação nativa e contaminam o solo. 
Como resultado, muitas nascentes fenecem, com o esgotamento total de suas 
águas. Sendo assim, torna-se vital proteger as nascentes e os mananciais 
para impedir que esse quadro se repita ao longo dos anos. A preservação 
desse recurso tão valioso deve partir de cada um de nós. Não somente de 
órgãos ambientalistas e governamentais. O momento é agora! Antes que 
seja tarde demais!
Importância da preservação 
das nascentes11
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A preservação das nascentes apresenta caráter de extrema urgência e deve 
envolver toda a sociedade. Com isso, a qualidade e quantidade de água 
para consumo não mais serão um problema para os governantes nem para 
a população. Respeitar os recursos naturais e o meio ambiente deve ser 
uma constante na vida das pessoas. Afinal, a sobrevivência humana e dabiodiversidade dependem da manutenção de bens tão preciosos, como as 
nascentes. Mas quais as formas de preservá-las?
Dicas de preservação de 
nascentes12
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A natureza é algo surpreendente! Por si só, a vegetação nativa consegue se 
regenerar. Espécies vegetais nativas, como monjoleiro, jetirana, carnaubeira, 
mangabeira, aroeira, jerivá, araçá, cambucá, bocaiuva, jequitirana, 
cajueiro, jaborandi, embaúba, entre outras, são capazes de se desenvolver 
naturalmente. Todas elas são benéficas à manutenção das nascentes, até 
mesmo para recuperá-las. Para proteger uma nascente, a área no entorno 
deve ser isolada com cerca a uma distância de, pelo menos, 50 metros. 
12.1 Regeneração natural
A vegetação nos arredores das nascentes age como uma barreira natural, 
principalmente contra enxurradas. Após análise de um especialista, se houver 
necessidade, devem ser plantadas espécies pioneiras, que vivem cerca de duas 
décadas, como amoreira e bracatinga. Ambas as árvores produzem sementes, 
em grande número, o que permite que a vegetação natural se renove em um ciclo 
contínuo (inclusive pela ação de abelhas e pássaros). Igualmente importantes 
são as plantas clímax, capazes de viver por um século, como o ipê e o cedro. O 
plantio dessas espécies vegetais deve ser alternado (plantas pioneiras e plantas 
clímax) em um total de 100 árvores (ou menos).
12.2 Plantio de mudas 
12.3 Recomendações para plantar as mudas
O plantio de mudas deve ter início com a chegada da estação das águas; 
As covas devem apresentar as seguintes proporções: 30x30x30 
centímetros; 
Em áreas com solo compactado, as proporções das covas aumentam 
para 50x50x50 centímetros;
Em cada cova, devem ser adicionados 5 litros de esterco de gado 
curtido, com coroamento de 50 centímetros, em volta da muda; 
Após o plantio, cada muda deve ser irrigada com 5 litros de água (ao 
passarem 7 dias, deve-se realizar nova irrigação).
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No raio de abrangência da nascente, devem ser construídas cercas a uma 
distância de 30 a 50 metros do olho d’água. Com isso, a área se mantém 
protegida do pisoteio de pessoas e animais, o que causaria a compactação 
do solo e a destruição das espécies vegetais locais. Além disso, deve-se 
fazer aceiros, ou seja, limpeza contínua do terreno, em torno da cerca, para 
prevenção de incêndios.
12.4 Construção de cercas 
O uso desmedido de defensivos agrícolas, sem recomendações de 
profissionais, como engenheiro agrônomo, causam a contaminação do solo 
e da água. Sendo assim, torna-se indispensável o controle criterioso da 
comercialização desses produtos por órgãos governamentais específicos. Já 
os agricultores devem receber orientação técnica para a adequada aplicação 
desses agroquímicos nas lavouras. Vale lembrar que as embalagens devem 
ser devidamente descartadas.
12.5 Controle do uso de defensivos 
Além do uso racional de defensivos, outra medida eficiente para a conservação 
do solo e da água é a prevenção de queimadas, o inimigo número um das 
florestas. O fogo varre por completo a vegetação e extermina a microfauna 
presente no solo. Com isso, o solo enrijece, o que torna impossível a infiltração 
da água das chuvas. Consequentemente, surgem as enxurradas, pois a água 
escoa rapidamente pela superfície do terreno. 
Outro método recomendado por especialistas é o uso da palhada, pois 
conserva não apenas o solo e a água, como também garante a manutenção 
dos microrganismos responsáveis pela fertilidade do solo. Além disso, a 
prática retém a água no solo e reduz o impacto da chuva em sua superfície.
12.6 Conservação do solo e da água
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