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0 [Digite aqui] 1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO A HIDROGRAFIA ................................................................... 3 1.1 Aspectos gerais ........................................................................................ 3 2 BREVE HISTÓRICO DA HIDROLOGIA .......................................................... 7 2.1 DESCRIÇÃO GERAL ............................................................................... 9 3 IMPACTOS SOBRE O CICLO HIDROLÓGICO ............................................ 14 4 USOS DA ÁGUA ........................................................................................... 19 5 CONCEITO DE BACIA HIDROGRÁFICA ..................................................... 19 6 ESCOAMENTO SUPERFICIAL .................................................................... 24 7 CICLO HIDROLÓGICO ................................................................................. 27 7.1 Águas Subterrâneas e o Ciclo Hidrológico ............................................. 27 8 CONSERVAÇÃO DA ÁGUA ......................................................................... 29 9 PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA – PCRA ............ 31 10 DEGRADAÇÃO DO SOLO ........................................................................ 36 10.1 Desertificação ...................................................................................... 37 10.2 Arenização .......................................................................................... 38 11 PROCESSOS EROSIVOS ........................................................................ 39 12 SALINIZAÇÃO ........................................................................................... 40 13 LATERIZAÇÃO .......................................................................................... 41 14 POLUIÇÃO DIRETA E CONTAMINAÇÃO ................................................. 42 15 RECUPERAÇÃO DE SOLOS .................................................................... 42 15.1 Conceitos básicos ............................................................................... 43 16 BASES PARA MELHORAR SISTEMAS DE CULTIVO TRADICIONAIS ... 47 16.1 Insumos ............................................................................................... 49 16.2 Fertilidade e limitações do solo ........................................................... 50 16.3 Considerações sociais ........................................................................ 52 [Digite aqui] 2 16.4 Melhoria gradual versus transformação rápida ................................... 52 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 54 [Digite aqui] 3 1 INTRODUÇÃO A HIDROGRAFIA Fonte:slideshare.net 1.1 Aspectos gerais A Hidrologia pode ser entendida como a ciência que estuda a água, como a própria origem da palavra indica (do grego): hidrologia = hydor (“água”) + logos (“ciência” ou “estudo”). Entretanto, uma boa definição adotada por vários autores é a seguinte: “Hidrologia é a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas e sua reação com o meio ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas” (Definição do U.S. Federal Council of Service and Technology, citada por Chow, 1959, apud Tucci, 2000). [Digite aqui] 4 Como se pode perceber pela definição acima, a hidrologia é uma ciência considera- velmente ampla, cujo escopo de trabalho abrange diversas subáreas mais específi- cas, como por exemplo: Hidrometeorologia: trata da água na atmosfera; Limnologia: estuda os lagos e reservatórios; Potamologia: estuda os rios; Oceanografia: estuda os oceanos; Hidrogeologia: estudas as águas subterrâneas; Glaciologia: trata da ocorrência de neve/gelo na natureza. Fonte:portalacademico.cch.unam Entretanto, cabe salientar que a maioria dos estudos envolve mais de uma das subáreas, já que os fenômenos e processos envolvendo a água na natureza (ocor- rência, distribuição, propriedades físico-químicas, etc.) estão inter-relacionados de tal forma que a explicação e o entendimento dos mesmos só são alcançados mediante a reunião dos conhecimentos das diversas subáreas. Por exemplo, como estudar os processos de deposição de nutrientes e sedimentos em um reservatório (limnologia) [Digite aqui] 5 sem a caracterização do aporte dessas substâncias oriundo do curso d’água (rio) barrado para formar o reservatório (potamologia)? Tornando a análise um pouco mais geral, face ao caráter de escassez atribuído à água atualmente, sendo reconhecida a importância em preservar e usar racional- mente esse recurso, uma vasta gama de profissionais tem se dedicado a estudar a hidrologia, entre eles os engenheiros, economistas, estatísticos, químicos, biólogos, químicos, matemáticos, geólogos, agrônomos, geógrafos, etc. Os problemas relacionados à água geralmente requerem um enfoque multidisciplinar, segundo o qual diversos especialistas contribuem em suas áreas para entender a situação e alcançar a melhor alternativa, sob determinados critérios. Fonte:docplayer.com.br Um exemplo disso é um projeto que vise o barramento de um rio para formação de um reservatório, com o objetivo de captar água para abastecimento humano e irriga- ção. Simplificadamente, poder-se-ia dizer que o hidrólogo seria responsável pela ca- racterização da área contribuinte ao reservatório, estimando a vazão afluente e di- mensionando a barragem; ao especialista em hidráulica caberia projetar o sistema de captação, bombeamento e distribuição da água; o biólogo analisaria o impacto do barramento do rio sobre o ecossistema, em particular sobre a biota aquática, bem [Digite aqui] 6 como no levantamento das espécies que habitam a região a ser alagada; o sociólogo (e psicólogo) estaria envolvido com a remoção da população residente na área ala- gada pela barragem, a qual seria realocada; a vegetação que ficaria submersa com o enchimento do lago iria se degradar, merecendo o devido monitoramento da quali- dade da água, que poderia ser realizado por um especialista na área de sanea- mento/química; o agrônomo iria definir as condições de irrigação das culturas agríco- las atendidas, e assim por diante. Fonte:www.agencia.cnptia.embrapa.br Por outro lado, também cabe salientar que, a despeito dos vários profissionais en- volvidos na problemática da água, os estudos hidrológicos, propriamente ditos, geral- mente envolvem técnicas originárias ou desenvolvidas a partir de conceitos de outras áreas, mas que o profissional que lida com a hidrologia deve estar familiarizado e ser capaz de aplica-las e entender seus resultados. Entre tais técnicas pode-se citar: te- oria estocástica, séries temporais, análise multicritério, teoria das decisões, análise econômica, programação dinâmica, inteligência artificial, otimização, interpretação de imagens de satélite, etc. [Digite aqui] 7 2 BREVE HISTÓRICO DA HIDROLOGIA http://www.igs-hydro.mx/index.php/productos/sistemas/estacion-hidrometrica-y-meteorologica-movil A importância da água na história da humanidade é identificada quando se observa que os povos e civilizações se desenvolveram às margens de corpos d’água, como rios e lagos. A seguir serão listados alguns fatos marcantes da história da hidrologia, de maneira superficial, sendo maiores detalhes encontrados na bibliografia pesqui- sada, citada ao final deste documento. • Diversos autores citam registros de que no Egito Antigo, na época dos fa- raós, existiram obras de irrigação e drenagem. Também na Mesopotâmia, na região conhecida como Crescente Fértil, entre os rios Tigre e Eufrates, a água já era usada para irrigação. • Os filósofosgregos são considerados os primeiros a estudar a hidrologia como ciência. Por exemplo, Anaxágoras, que viveu entre 500 e 428 a. C, tinha conhecimento de que as chuvas eram importantes na manutenção do equilíbrio hídrico na Terra. [Digite aqui] 8 • Mas apenas na época de Leonardo da Vinci é que o ciclo hidrológico veio a ser melhor compreendido. Um fato relevante foi o realizado por Perrault, no século 17, que analisou a relação precipitação-vazão, comparando a precipitação com dados de vazão. • No século 19 dá-se o início de medições sistemáticas de vazão e precipi- tação; • Até a década de 30, prevalece o empirismo, procurando descrever os fe- nômenos naturais, enquanto até a década de 50 é predominante o uso de indicadores estatísticos dos processos envolvidos; • Com o advento do computador em conjunto com o aprimoramento de téc- nicas estatísticas e numéricas, deu-se um grande avanço na hidrologia. Fo- ram desenvolvidos modelos precipitação-vazão e avanços na hidrologia es- tocástica. O escoamento subterrâneo, a limnologia e a modelação mate- mática de processos constituem outros desenvolvimentos importantes. Fonte:www.tma-e.com [Digite aqui] 9 A modelagem ajuda a entender e explicar padrões de ocorrência e possibilita simular cenários futuros, fornecendo subsídios importantes para responder a perguntas do tipo “o que aconteceria se....? ”. Um exemplo de modelagem de processos é a simulação da circulação da água e do transporte de poluentes em um lago ou rio. Com um modelo computacional, é possível inferir sobre o que aconteceria se ocorresse um vazamento de óleo próximo a um lago, em termos de áreas atingidas, tempo de deslocamento da mancha de óleo, etc. Isso tudo sem o processo estar ocorrendo, apenas hipotetica- mente, o que permite prever impactos e traçar alternativas de combate previamente. 2.1 Descrição geral Embora tenham sido estimados os volumes em cada um dos “reservatórios” na Terra, é importante lembrar que a água está em constante movimento, constituindo o que se denomina de ciclo hidrológico. Esse ciclo tem o Sol como principal fonte de ener- gia, através de sua radiação, e o campo gravitacional terrestre como a principal força atuante, apresenta um esquema do ciclo hidrológico, identificando as diversas etapas que o compõem. Ciclo hidrológico (fonte: adaptado de EPA, 1998). [Digite aqui] 10 De maneira simplificada, o ciclo hidrológico pode ser descrito da seguinte forma: Fonte:meioambiente.culturamix.com Ocorre evaporação da água dos oceanos e formação do vapor de água; Sob determinadas condições, o vapor precipita na forma de chuva, neve, granizo, etc. (precipitação); Parte da precipitação não chega nem a atingir a superfície terrestre, sendo evaporada; Boa parte da precipitação atinge diretamente a superfície de lagos e oceanos, daí evaporando parcela; Da precipitação que atinge a superfície terrestre, uma parte é intercep- tada pela cobertura vegetal (interceptação), de onde parte evapora e parte acaba escorrendo até o solo; Da precipitação que chega ao solo, parcela infiltra sub-superficialmente (infiltração), e desta uma parte escoa até corpos d’água próximos, como rios e lagos (escoamento sub-superficial); Uma parte infiltrada percola atingindo os aquíferos (percolação), que escoam lentamente até rios e lagos (escoamento subterrâneo); Ainda quanto à parte da precipitação que atinge o solo, esta vai escoar superficialmente (escoamento superficial), sendo retida em depressões [Digite aqui] 11 do solo, sofrendo infiltração, evaporação ou sendo absorvida pela ve- getação. O “restante” do escoamento superficial segue para rios, lagos e oceanos, governada pela gravidade; A vegetação, que retém água das depressões do solo e infiltrações, eli- mina vapor d’água para a atmosfera (transpiração), através do processo de fotossíntese; A água que alcança os rios, seja por escoamento superficial, sub-su- perficial ou subterrâneo, ou mesmo precipitação direta, segue para la- gos e oceanos, governada pela gravidade. Fonte:www.snet.gob.sv Cabe ressaltar que o ciclo hidrológico não apresenta um “começo” nem um “fim”, já que a água está em movimento contínuo, sendo o início da descrição do ciclo realizado a partir da evaporação dos oceanos apenas por questões didáticas. Outro fato a ser ressaltado é que a evaporação está presente em quase todas as etapas do ciclo. Um termo normalmente usado para denotar a evaporação associada à trans- piração da vegetação é a evapotranspiração. [Digite aqui] 12 Apesar de haver algumas divergências quantos aos valores estimados de au- tor para autor, convém comentar que cerca de 383.000 km3 de água evaporam por ano dos oceanos (Wundt, 1953, apud Esteves, 1988). Isso equivaleria à retirada de uma camada de 106 cm de espessura dos oceanos por ano. Desse total evaporado, estima-se que 75% retornem diretamente aos oceanos sob a forma de precipitação, enquanto os 25% restantes precipitam sobre os continentes. Uma curiosidade evidenciada por Esteves (1988) é que a composição química da precipitação oceânica difere nitidamente da continental, particularmente no que diz respeito à concentração de íons como Na+, Mg2+ e Cl-, maior na precipitação oceâ- nica. Fonte:phmet.com O ciclo hidrológico, como já colocado anteriormente, promove a movimentação de enormes quantidades de água ao redor do planeta. Entretanto, algumas das fases do ciclo são consideradas rápidas e outras muito lentas, se comparadas entre si. A Tabela ilustra esse comentário, ao apresentar alguns períodos médios de renovação da água nos diferentes “reservatórios”. Tais valores dizem respeito ao tempo neces- sário para que toda a água contida em cada um dos reservatórios seja renovada – [Digite aqui] 13 dentro de uma visão bastante simplificada, é claro, da “entrada”, “circulação” e “saída” de água neles. Tabela– Período de renovação da água em diferentes reservatórios na Terra. Fonte: Shiklomanov (1997) apud Setti et al. (2001). Reservatórios Período médio de renovação 2.500 anos Oceanos Águas subterrâneas 1.400 anos Umidade do solo 1 ano Áreas permanentemente congeladas 9.700 anos Geleiras em montanhas 1.600 anos Solos congelados 10.000 anos Lagos 17 anos Pântanos 5 anos Rios 16 dias Biomassa algumas horas Vapor d'água na atmos- fera 8 dias A princípio, as etapas de precipitação e evaporação são consideradas as mais im- portantes dentro do ciclo hidrológico, pensando em termos de volume de água movi- mentado. Entretanto, à medida que se diminui a escala de análise, as demais fases do ciclo se tornam muito importantes. Por exemplo, analisando uma determinada área de dezenas de hectares, a interceptação, infiltração, percolação e escoamento su- perficial são bastante relevantes para entendimento dos processos hidrológicos. [Digite aqui] 14 Fonte: www.lignum.cl 3 IMPACTOS SOBRE O CICLO HIDROLÓGICO Observando a descrição do ciclo hidrológico, é fácil perceber o quanto ele é condici- onado pelas características locais, como clima, relevo, tipo de solo, uso e ocupação do solo, geologia, tipo de cobertura vegetal, rede hidrográfica (rios), etc. Por exemplo, a interceptação que ocorre em uma área com mata nativa é muito superior à de áreas agrícolas, como o cultivo de fumo e arroz. Em áreas com solo tipo argiloso, pouco permeável, a infiltração se dá em menor quantidade do que em áreas com solo are- noso, mais permeável, enquanto que em áreas pavimentadas essa fase já não ocorre praticamente. Como o escoamento se processa movido pela ação da gravidade, em terrenos mais íngremes a tendência é ocorrer menor retenção da água em depres- sões dosolo, com escoamentos mais rápidos do que em terrenos mais planos, onde há maior propensão ao acúmulo de água, facilitando a infiltração. [Digite aqui] 15 Fonte:cyberspaceandtime.com O homem vem modificando o meio em que vive, de modo à “adequá-lo” às suas necessidades, o que repercute em sensíveis alterações do ciclo hidrológico. Por exemplo, pode-se citar o barramento de rios, que modifica o regime de escoamento, aumenta a evaporação e eleva o nível das águas subterrâneas (lençol freático), além de outras consequências sobre a biota aquática. Outro exemplo é a impermeabiliza- ção do solo devido à urbanização, o que diminui a parcela infiltrada e aumenta o escoamento superficial, causando alagamentos. O desmatamento é outro exemplo, na medida em que diminui a interceptação, deixando os solos expostos à ação das gotas de chuva e do escoamento superficial, que erodem o solo e carreiam nutrientes e sedimentos para rios e lagos. Para ilustrar o efeito da substituição da cobertura natural do solo pela urbanização sobre o ciclo hidrológico. Observa-se que, após uma impermeabilização entre 30% e 50% da superfície, o escoamento superficial passa a corresponder a 55% do total precipitado, enquanto esse percentual era equivalente a apenas 10% da precipitação para a situação de cobertura natural do solo. [Digite aqui] 16 Fonte: adaptado de EPA (1998). Além de alterar as fases do ciclo hidrológico, as atividades antrópicas1 têm uma série de repercussões sobre o meio ambiente, tais como: contaminação de corpos d’água, devido ao lançamento de efluentes de origem industrial, agrícola ou doméstico (es- goto das cidades); introdução de espécies exóticas (espécies que não eram encon- tradas na região na região e foram introduzidas pelo homem); ocupação de planícies de inundação; mudanças globais no clima; desmatamento; contaminação do ar, oca- sionando chuvas ácidas, etc. [Digite aqui] 17 Fonte:www.grupoescolar.com http://slideplayer.com.br/slide/342960/ Atividade humana e seus impactos sobre a disponibilidade hídrica. (Fonte: adaptado de Tundisi, 2000). Atividade humana Impacto nos ecossiste- mas aquáticos Valores/serviços em risco Constru- ção de represas Alteração do fluxo dos rios, transporte de nutrientes e sedi- mentos, interferência na migração e reprodução de peixes Habitats, pesca co- mercial e esportiva, deltas e suas economias [Digite aqui] 18 Constru- ção de diques e canais Destruição da conexão do rio com as áreas inundáveis Fertilidade natural das várzeas e controles das enchentes Alteração do canal natural dos rios Danos ecológicos dos rios. Modificação dos fluxos dos rios Habitats, pesca co- mercial e esportiva. Produ- ção de hidroeletricidade e transporte. Drenagem de áreas alaga- das Eliminação de um compo- nente fundamental dos ecossiste- mas aquáticos. Biodiversidade. Fun- ções naturais de filtragem e reciclagem de nutrientes. Habitats para peixes e aves aquáticas. Desmata- mento/uso do solo Mudança de padrões de drenagem, inibição da recarga na- tural dos aquíferos, aumento da sedimentação Qualidade e quanti- dade da água, pesca co- mercial, biodiversidade e controle de enchentes. Poluição não controlada Prejuízo da qualidade da água Suprimento de água. Custos de tratamento. Pesca comercial. Biodiversidade. Sa- úde humana. Remoção excessiva de bio- massa Diminuição dos recursos vivos e da biodiversidade Pesca comercial e esportiva. Ciclos naturais dos organismos. Introdução de espécies exóti- cas Supressão das espécies nativas. Alteração dos ciclos de nu- trientes e ciclos biológicos Habitats, pesca co- mercial. Biodiversidade natu- ral e estoques genéticos. Poluentes do ar (chuva ácida) Perturbação da composi- ção química de rios e lagos Pesca comercial. Bi- ota aquática. Recreação. Saúde humana. [Digite aqui] 19 Agricultura Mudanças globais no clima Alteração drástica do vo- lume dos recursos hídricos, dos padrões de distribuição da precipi- tação e evaporação, riscos de en- chente Suprimento de água, transporte, produção de energia elétrica, produção agrícola, pesca. Cresci- mento da popula- ção e padrões ge- rais do consumo humano Aumento na pressão para construção de hidroelétricas, da poluição da água, da acidificação de lagos e rios. Modificação do ciclo hidro- lógico. Praticamente todas as atividades econômicas que dependem dos serviços dos ecossistemas aquáti- cos. 4 USOS DA ÁGUA Os setores usuários das águas são diversos, utilizando-as para diferentes fins. De- pendendo do uso, há a necessidade de derivação da água e ocorre um consumo (uso consuntivo), retornando determinada parcela da água aos corpos d’águas. Outros usos, como a navegação, por exemplo, são considerados não consuntivos, pois não alteram a quantidade deste recurso na natureza. 5 CONCEITO DE BACIA HIDROGRÁFICA A expressão bacia hidrográfica é usada para denotar a área de captação natural da água de precipitação que faz convergir os escoamentos para um único ponto de sa- ída, que é chamado de exutório. A bacia é constituída por um conjunto de superfícies vertentes – terreno sobre o qual escoa a água precipitada – e de uma rede de drena- gem formada por cursos d’água que confluem até resultar um leito único no exutório. [Digite aqui] 20 Fonte:www.google.com.br Relembrando os processos envolvidos no ciclo hidrológico, a bacia hidrográfica pode ser considerada como um sistema físico, cuja entrada é o volume de água precipitado e cuja saída é o volume de água escoado pelo exutório. Entretanto, esse é um sis- tema aberto, já que nem toda a precipitação (entrada de água) se torna escoamento no exutório (saída) ou fica armazenada na própria bacia. Há perdas intermediárias, relativas aos volumes evaporados, transpirados (pela vegetação) ou infiltrados pro- fundamente. Tais volumes de água representam parcela da entrada no sistema que é “perdida” para a atmosfera ou para camadas profundas do subsolo. Mesmo com esse aspecto de sistema aberto, o estudo hidrológico se dá a nível de bacia hidrográfica, cujo papel hidrológico é entendido como sendo o de transformar uma entrada de volume de água concentrada no tempo (que é a precipitação) em uma saída de água de forma mais distribuída no tempo (escoamento pelo exutório). Nesse meio termo, ou seja, entre a ocorrência da precipitação e a vazão de saída da bacia, decorrem todos os processos descritos, compondo o Ciclo Hidroló- gico. Há interceptação pela vegetação, erosão do solo, evaporação, transpiração, ar- mazenamento da água em depressões do solo, infiltração sub-superficial e profunda, etc. Re de de Dre- nagem [Digite aqui] 21 Fonte:tyba.com.br Ocorrem também os diversos usos da água pela população residente na bacia, como captação de água para abastecimento doméstico, uso para lazer, banho, lan- çamento de esgotos e efluentes industriais, entre outros. Entretanto, como acontece cada processo do ciclo ou cada uso da água e em que intensidade vai variar conforme as características da bacia, como relevo, topografia, cobertura vegetal, tipo de solo, geologia, presença de áreas urbanas, atividades agropecuárias ou industriais, etc. Na Figura abaixo são apresentados dois gráficos, denominados de hietograma e hidrograma. O primeiro se refere à representação da precipitação ocorrida ao longo do tempo, enquanto o hidrograma retrata o comportamento da vazão ao longo do tempo. Tais gráficos são apenas exemplos típicos e serão discutidos em mais deta- lhes no Capítulo referente aoEscoamento Superficial, mas permitem visualizar o pa- pel hidrológico da bacia, transformando a entrada de água concentrada no tempo em uma saída mais distribuída. [Digite aqui] 22 (Hidrograma) Figura. Exemplo de gráficos da precipitação ao longo do tempo (hietograma) e da vazão (hidrograma), ilustrando o papel hidrológico de uma bacia hidrográfica. Simplificadamente, pode-se descrever o processo de transformação da precipitação em vazão do seguinte modo: a precipitação que cai sobre as vertentes (superfícies que contribuem para os cursos d’água da rede de drenagem) infiltra-se totalmente no solo até saturá-lo. Nesse instante, decresce a taxa de infiltração, que passa a ser inferior à precipitação e aumenta o escoamento superficial, que segue até a rede de drenagem e daí até o exutório da bacia. Esse processo de formação do escoamento superficial é geralmente caracterizado como uma “produção de água” pelas vertentes. [Digite aqui] 23 Fonte: conceito.de/vertente À medida que se processa o escoamento superficial nas vertentes, ocorre também o transporte de partículas do solo (sedimentos), devido à força erosiva das gotas da chuva e à própria ação do escoamento. Isso é referido como “produção de sedimen- tos” pelas vertentes, de forma análoga à produção de água, e será melhor discutido no Capítulo referente ao Transporte de Sedimentos. Importante ressaltar que as superfícies vertentes e a rede de drenagem são indissociáveis, visto que estão em constante interação. Durante a precipitação, as vertentes contribuem para os arroios e rios com água e sedimentos carreados. Entre- tanto, quando ocorre cheia no rio, este extravasa da sua calha principal, alcançando a planície de inundação, ocorrendo fluxo inverso de água e sedimentos (agora no sentido calha do rio para planície de inundação). [Digite aqui] 24 “Produção” de escoamento superficial nas superfícies vertentes de uma bacia hi- drográfica. Fonte: pt.clipart.me 6 ESCOAMENTO SUPERFICIAL Fonte:www.ebah.com.br http://pt.clipart.me/premium-science/the-water-cycle-showing-evaporation-transpiration-condensation-precipitation-run-off-infiltra [Digite aqui] 25 Uma das etapas do ciclo hidrológico compreende o escoamento superficial, cuja princi- pal origem é a precipitação. Notadamente, dentre as várias formas de precipitação (gra- nizo, neve, chuva, etc.), ao se estudar o escoamento superficial o maior interesse e pra- ticamente o único se resume à chuva, pela própria capacidade de gerar escoamento superficial. Relembrando o ciclo hidrológico, a precipitação que atinge o solo vai sendo armazenada nas depressões do solo e infiltrando até saturá-lo, quando então o escoa- mento superficial fica mais intenso. Esse é o chamado escoamento superficial “livre”, que ocorre sobre as diversas superfícies que compõem a bacia hidrográfica. Tal escoa- mento passa, então, a constituir a micro rede de drenagem, formando pequenos cana- letes de água que procuram seguir caminhos preferenciais no solo, conforme a topogra- fia (relevo), a presença de obstáculos, como rochas, raízes, plantas, etc. Fonte:carlosdionata.wordpress.com Sob ação da gravidade. Ocorre, então, a formação de pequenos cursos d’água, os cór- regos, que também vão confluindo uns aos outros até alcançarem os rios. Nota-se, por- tanto, que há um longo caminho da água precipitada na bacia até o curso d’água princi- pal, escoando inicialmente sobre o solo nas superfícies vertentes e daí seguindo o dire- cionamento da rede de drenagem, dos menores filetes de água até os maiores rios. A rigor, há ainda a parcela da precipitação que cai diretamente sobre a superfície dos rios, [Digite aqui] 26 mas que é geralmente desprezível, se for considerada relativamente às demais contri- buições. Resumindo, em um corpo d’água o escoamento tem como origem as seguintes componentes: Precipitação direta sobre a superfície do corpo d’água; Escoamento superficial nas vertentes da bacia; Escoamento sub-superficial; Escoamento subterrâneo. Fonte:slideplayer.com.br [Digite aqui] 27 7 CICLO HIDROLÓGICO 7.1 Águas Subterrâneas e o Ciclo Hidrológico Física: fisica.ufpr.br O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, é o movimento contínuo da água presente nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse movimento é alimentado pela força da gravidade e pela energia do Sol, que provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos continentes. Na atmosfera, forma as nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações, na forma de chuva, granizo, orvalho e neve. Nos continentes, a água precipitada pode seguir os diferentes caminhos: • Infiltra e percola (passagem lenta de um líquido através de um meio) no solo ou nas rochas, podendo formar aquíferos, ressurgir na superfície na forma de nascentes, fontes, pântanos, ou alimentar rios e lagos. • Flui lentamente entre as partículas e espaços vazios dos solos e das rochas, podendo ficar armazenada por um período muito variável, formando os aquíferos. • Escoa sobre a superfície, nos casos em que a precipitação é maior do que a capacidade de absorção do solo. [Digite aqui] 28 • Evapora retornando à atmosfera. Em adição a essa evaporação da água dos solos, rios e lagos, uma parte da água é absorvida pelas plantas. Essas, por sua vez, liberam a água para a atmosfera através da transpiração. A esse conjunto, evaporação mais transpiração, dá-se o nome de evapotranspiração. Congela formando as camadas de gelo nos cumes de montanha e geleiras. Apesar das denominações água superficial, subterrânea e atmosférica, é impor- tante salientar que, na realidade, a água é uma só e está sempre mudando de condição. A água que precipita na forma de chuva, neve ou granizo, já esteve no subsolo, em icebergs e passou pelos rios e oceanos. A água está sempre em movimento; é graças a isto que ocorrem: a chuva, a neve, os rios, lagos, oceanos as nuvens e as águas subter- râneas. http://www.osmais.com/?ver=MTM5MTY= [Digite aqui] 29 8 CONSERVAÇÃO DA ÁGUA O conceito de conservação da água segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, Environmental Protection Agency – EPA, representa qualquer re- dução benéfica nas perdas de água, desperdício ou uso. A limitação de reservas de água doce no planeta, o aumento da demanda de água para atender, principalmente, o consumo humano, agrícola e industrial, a prioridade de utilização dos recursos hídricos disponíveis para abastecimento público e as restrições que vêm sendo impostas em relação ao lançamento de efluentes no meio ambiente, torna necessária a adoção de estratégias que visem racionalizar a utilização dos recur- sos hídricos e reduzir os impactos negativos relativos à geração de efluentes pelas in- dústrias. Neste contexto, as práticas conservacionistas como o uso eficiente e o reuso d’água constituem uma maneira inteligente de ampliar o número de usuários de um sis- tema de abastecimento, sem a necessidade de grandes investimentos na ampliação ou na instalação de novos sistemas de abastecimento de água. Contudo, de modo geral a atuação dos programas de conservação da água, se restringe basicamente a três níveis: a conservação da água na Bacia Hidrográfica, a conservação nos Sistemas Públicos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário e a conservação nos Sistemas Prediais. [Digite aqui] 30 Fonte:slideplayer.com As ações de conservação da água nos Sistemas de Abastecimento de Água ob- jetivam minimizar as perdas em tais sistemas. Conceitualmente, estas perdas podem ser referentes as representadas pela parcela não consumida de água, ou seja as físicas, e as perdas não físicas, aquelasque correspondem à água consumida e não registrada. Conforme Borges (2003) podem ser de caráter operacional ou por vazamentos, e ocor- rem no trecho compreendido entre a captação de água bruta e o cavalete da economia. Por sua vez, as práticas conservacionistas nos Sistemas de Esgotamento Sanitá- rio, envolvem a concepção do saneamento ecológico. Segundo Gonçalves (2006), o Eco saneamento fundamenta-se na separação das diferentes formas de águas residuais nas suas origens e, através da reciclagem de água e de nutrientes, promove a redução no consumo de água e energia em atividades de saneamento. Para Mancuso; Santos (2003) o reuso pode ser definido como o aproveitamento de águas anteriormente utiliza- das, para atender demandas de outras atividades ou de seu uso original. [Digite aqui] 31 Fonte: slideshare.net 9 PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA – PCRA Um Programa de Conservação e Reuso de Água - PCRA é composto por um conjunto de ações específicas de racionalização do uso da água na unidade industrial, que devem ser detalhadas a partir da realização de uma análise de demanda e oferta de água, em função dos usuários e atividades consumidoras, com base na viabilidade téc- nica e econômica de implantação das mesmas. A implantação de Programas de Conservação e Reuso de Água pelo setor indus- trial, reverte-se em benefícios econômicos que permitem aumentar a eficiência produtiva, tendo como consequência direta a redução do consumo de água, a redução do volume http://pt.slideshare.net/daviddiarty/voc-j-pensou-se-a-gua-acabar-hoje [Digite aqui] 32 de efluentes gerados e, como consequências indiretas, a redução do consumo de ener- gia, de produtos químicos, a otimização de processos e a redução de despesas com manutenção. http://odia.ig.com.br Na maior parte dos casos, os períodos de retorno envolvidos são bastante atrati- vos. Ações desta natureza têm reflexos diretos e potenciais na imagem das empresas, demonstrando a crescente conscientização do setor com relação à preservação ambi- ental e responsabilidade social, bem como sobre o aumento da competitividade empre- sarial, em função dos seguintes fatores: Aumento do valor agregado dos produtos. Redução dos custos relativos aos sistemas de captação, abastecimento, tratamento, operação e distribuição de água, o mesmo valendo para os efluentes gerados; refletindo de forma direta nos custos de produção e re- duzindo custos relativos à cobrança pelo uso da água; [Digite aqui] 33 Redução de custos de manutenção corretiva, uma vez que a implantação de um sistema de gestão da água implica no estabelecimento de rotinas de manutenção preventiva. Por outro lado, para a obtenção dos máximos benefícios, um PCRA deve ser im- plantado a partir de uma análise sistêmica das atividades onde a água é utilizada e, naquelas onde ocorre a geração de efluentes, com intuito de otimizar o consumo e mini- mizar a geração de efluentes. Fonte:www.istockphoto.com As ações devem seguir uma sequência lógica, com atuação inicial na demanda de água e, em seguida, na oferta, destacando-se a avaliação do potencial de reuso de efluentes em substituição às fontes tradicionais de abastecimento. Embora qualquer ini- ciativa, que busque o melhor aproveitamento dos recursos naturais, entre os quais a água, deva ser priorizada, é importante enfatizar que cada caso requer uma análise es- pecífica, realizada por profissionais devidamente capacitados, para garantia dos resulta- dos técnicos, econômicos e ambientais da implantação de programas dessa natureza e para preservar a saúde dos usuários, o desempenho dos processos, a vida útil dos equi- pamentos e o meio ambiente. Quanto às ações de conservação da água nos sistemas prediais, referem-se às práticas de gerenciamento do uso da água nas edificações. Tais práticas incluem o uso racional através de: aparelhos economizadores de água, das práticas de manutenção [Digite aqui] 34 predial e da adoção de sistemas de medição setorizada para habitação coletiva. Ainda contempla o uso de fontes alternativas de abastecimento de água para fins não potáveis como: a água cinza e a água de chuva. Fonte:usosustentaveldaagua.tripod.com Gonçalves (2006) apresenta um modelo de gerenciamento com linhas diferencia- das para o suprimento de água potável e não potável. Destacam-se as linhas de produ- ção de águas residuárias domésticas para fins não potáveis: Águas Negras: trata-se das águas residuárias procedentes das bacias sa- nitárias, as quais apresentam em seu conteúdo fezes, urina e papel higiê- nico; Águas Amarelas: refere-se às águas residuárias oriundas dos dispositivos processos separadores de urina e fezes, como os mictórios e as bacias sanitárias separadoras; Águas Cinza: são as águas servidas, oriundas de pontos de consumo como os lavatórios, chuveiros, banheiras, pias de cozinha, máquinas de lavar rou- pas e tanques. [Digite aqui] 35 Fonte:multietnicadot.com Cumpre salientar que, nos sistemas prediais, prioritariamente aplicam-se as ações de uso raciona para posteriormente, então, adotarem-se as fontes alternativas de abas- tecimento. Ressalta-se que as fontes alternativas de água, classificam-se como fontes opcionais à água potável. Em se tratando de reciclagem das águas servidas e uso da água de chuva, podem ser aplicadas para finalidades não nobres, como: descarga sani- tária, descarga de mictórios, limpeza de pátios e veículos, irrigação de jardins, desde que devidamente tratadas. https://multietnicadotcom.wordpress.com/ [Digite aqui] 36 Fonte:slideshare.net 10 DEGRADAÇÃO DO SOLO O processo de degradação do solo pode ocorrer de várias maneiras diferentes, geralmente resultantes de seu mau uso e conservação por parte das atividades huma- nas. A ocorrência dessas situações pode estar associada ao esgotamento de nutrientes ou à remoção da vegetação, entre outros inúmeros fatores. As principais formas de degradação do solo, isto é, os tipos com que esse pro- blema se apresenta, são: [Digite aqui] 37 10.1 Desertificação A desertificação consiste no processo de degradação e esgotamento dos solos que ocorre em regiões de clima árido, semiárido e sub-úmido, onde a pluviosidade não é maior do que 1400mm anuais e, portanto, a evaporação é maior do que a infiltração. A desertificação recebe esse nome porque provoca uma mudança da paisagem para algo próximo à paisagem de um deserto, embora não necessariamente a área formada possa ser considerada como tal. Embora esse problema apresente algumas causas naturais, como o clima e a predisposição para a sua ocorrência, os seus principais determinantes estão associados às práticas antrópicas, tais como o desmatamento, as queimadas, o uso intensivo do solo pela agropecuária, mineração, irrigação incorreta, entre outros. Fonte:bibocaambiental.blogspot.com.br http://brasilescola.uol.com.br/geografia/desertificacao.htm [Digite aqui] 38 10.2 Arenização A arenização é, muitas vezes, confundida com a desertificação, mas se trata de fenômenos diferentes. A arenização consiste na formação de bancos de areia em solos já de consistência arenosa em regiões que, diferentemente das áreas que se desertifi- cam, apresentam climas mais úmidos e com maiores volumes de chuva, onde a infiltra- ção e o escoamento da água são superiores aos índices de evaporação. As causas para o processo de arenização estão, sobretudo, relacionadas com a remoção da vegetação, que protege e firma os solos. Assim, as chuvas vão gradativa- mente lavando o terreno e removendo os seus nutrientes em um processo que pode ser ainda mais intensificado pela prática exaustiva da agricultura ou da pecuária. No Bra- sil, esse processo é bastante comum na região Sul. Fonte:www.ufrgs.br http://brasilescola.uol.com.br/brasil/desertificacao-no-sul.htm[Digite aqui] 39 11 PROCESSOS EROSIVOS A erosão é um dos mais conhecidos tipos de degradação dos solos. Trata-se de um processo natural que pode ser intensificado pelas práticas humanas e que consiste no desgaste dos solos e das rochas com posterior transporte e deposição do material sedimentar que é produzido. Os processos erosivos, além de alterarem a forma do relevo formando crateras que podem ocupar grandes áreas, também são responsáveis pela retirada de nutrientes dos solos. Em alguns casos, a lavagem excessiva da camada superficial pela água das chuvas – processo chamado de lixiviação ou erosão laminar – torna os solos mais áci- dos ou improdutivos. Além disso, as erosões também estão associadas a problemas de movimentação de massas e desabamento de encostas. Fonte:impactosbotucatucicilia.xpg.uol.com.br http://brasilescola.uol.com.br/geografia/erosao.htm [Digite aqui] 40 12 SALINIZAÇÃO A salinização consiste no processo de aumento dos sais minerais existentes, a ponto de afetar a produtividade dos solos de uma determinada região. Esses sais mine- rais apresentam-se na forma de íons, tais como o Na+ e o Cl-, sendo mais comuns em áreas de clima árido e semiárido, onde as taxas de evaporação são muito acentuadas. Resumidamente, a ocorrência da salinização está relacionada com a prática da irrigação que se utiliza de água com elevado teor de sais (lembrando que os sais minerais estão sempre presentes na água, a exemplo do potássio e muitos outros). Assim, com a evaporação da água, os sais acumulam-se no solo e aumentam a sua salinidade. Outras causas possíveis para a salinização são a elevação acentuada do nível freático e a eva- poração de águas salgadas ou salobras acumuladas de mares, lagos e oceanos. Fonte:www.robertomoraes.com.br http://brasilescola.uol.com.br/geografia/salinizacao-solo.htm [Digite aqui] 41 13 LATERIZAÇÃO A laterização consiste no acúmulo de hidróxidos de ferro e alumínio, alterando a composição e a aparência dos solos. Esse processo é resultante, principalmente, da alteração da camada superficial pelo intemperismo químico associado à sua lavagem exaustiva pela lixiviação. O processo de laterização é mais comum em áreas úmidas e quentes de climas tropicais e pode ser intensificado por queimadas e desmatamentos, pois a vegetação ajuda a proteger os solos do elevado desgaste proporcionada pela água das chuvas. Apesar de ser importante para a formação dos latossolos, a laterização pode ser consi- derado um problema de degradação ambiental, pois dificulta a penetração de raízes e diminui a fertilidade. Fonte:www.portaldetecnologia.com.br [Digite aqui] 42 14 POLUIÇÃO DIRETA E CONTAMINAÇÃO A poluição direta ou contaminação consiste na alteração química da composição dos solos, tornando-os, muitas vezes, inférteis. Trata-se de um problema eminentemente antrópico e causado pelo uso excessivo de agrotóxicos, defensivos e fertilizantes na agricultura e também pela infiltração de materiais orgânicos poluentes em áreas de li- xões, aterros sanitários e até em cemitérios, onde há uma elevada taxa de formação de chorume. Além de tornar os solos improdutivos e afetar a qualidade de vida da população que vive sobre eles, esse tipo de contaminação pode afetar o lençol freático, a vegetação de uma determinada localidade e até a fauna, predicamento o funcionamento dos ecos- sistemas. Para isso, é preciso haver uma maior conscientização social e a adoção de medidas de diminuição da poluição dos solos e de seus recursos naturais. 15 RECUPERAÇÃO DE SOLOS O manejo sustentável de recursos naturais envolve o conceito de “usar, melhorar e res- taurar” a capacidade produtiva e os processos de suporte da vida do solo, o mais básico de todos os recursos naturais. O objetivo não é só minimizar a degradação do solo, mas reverter às tendências através de medidas de recuperação do solo e manejo de culturas. A qualidade do solo e a sua capacidade produtiva devem ser incrementadas além da preservação através de medidas de reconstrução do solo, por exemplo, prevenindo a erosão do solo e melhorando a profundidade de enraizamento do solo, “reabastecendo” o solo com nutrientes extraídos durante as colheitas de culturas ou produção animal através do uso correto de adubos minerais e orgânicos e práticas efetivas de ciclagem de nutrientes, incrementando a atividade biológica da fauna do solo, e melhorando o conteúdo de matéria orgânica do solo. O uso da terra e o sistema de manejo adotado devem ser “restauradores ou recuperadores do solo” ao invés de “esgotadores do solo”, “esgotadores de fertilidade” e “degradadores do solo”. Além disto, o solo não deve ser utilizado como uma área para depósito de lixo tóxico. Apesar de o solo apresentar uma resiliência intrínseca, existe um limite de abuso que o solo pode suportar. http://brasilescola.uol.com.br/biologia/poluicao-solo.htm [Digite aqui] 43 15.1 Conceitos básicos Algumas áreas densamente povoadas do planeta têm severa escassez de terras. Estas regiões são caracterizadas por problemas severos de degradação do solo e degradação ambiental. Terras marginais e inviáveis para a agricultura, utilizadas para a produção de alimentos devido à fome pela terra, estão sendo degradadas até a degradação irrever- sível. Para estas regiões onde o recurso terra é insuficiente para atender as demandas, apesar do uso de insumos externos e técnicas conservacionistas, é necessário melhorar o recurso básico solo através da recuperação das terras degradadas. Para fins de recu- peração, solos degradados podem ser classificados em três categorias (Figura 8). Al- guns solos são inviáveis para o uso agrícola devido à falta de disponibilidade de insumos essenciais, por exemplo, falta de água em regiões secas, falta de calcário para solos ácidos, falta de nutrientes essenciais em solos altamente intemperados. Tecnicamente, a produtividade destes solos pode ser recuperada providenciando os insumos necessá- rios, por exemplo, uso da irrigação, adubos e fertilizantes, escolha de culturas e varie- dades adequadas, etc. No entanto, a disponibilidade econômica destes insumos e os problemas logísticos podem ser impedimentos maiores. Existem outros solos com pro- priedades restritivas à produção de culturas que limitam o seu uso para a produção agrí- cola. Alguns exemplos destes solos incluem: solos excessivamente úmidos, pH baixo, e alta fixação de P. Finalmente, existem os solos que estão degradados em função do mau uso, por exemplo solos erodidos ou compactados, e com toxicidade devido à disposição de lixo, solos afetados por sais, minas abandonadas, etc. As estratégias de recuperação são diferentes para as diferentes categorias de solos degradados. [Digite aqui] 44 Fonte:ciclovivo.com.br Entendendo processos, fatores e as causas da degradação do solo são pré-requisitos básicos para o sucesso na recuperação da produtividade de solos degradados. É ne- cessário estabelecer uma relação causa-efeito, porque a eliminação dos fatores causa- tivos pode reverter a tendência de degradação e colocar em funcionamento os proces- sos de recuperação. É também importante estabelecer e definir níveis críticos para as propriedades do solo para adaptar usos da terra e sistemas de cultivo/manejo apropria- dos, uma vez que o solo está em processo de ser recuperado. Por exemplo, conheci- mento de níveis toleráveis de salinidade, acidez, ou toxicidade por alumínio das diferen- tes culturas e cultivares pode ser necessário para obter benefícios econômicos utilizando culturas toleráveis e acelerar o processo de recuperação. Conhecendo a categoria de degradação do solo é uma etapa importante porque o processo de recuperação depende desta categoria. Entendendo os níveis críticos de matéria orgânica do solo, e adotando sistemasde ma- nejo do solo/cultura para atingir estes níveis é uma estratégia importante para a melhoria da estrutura do solo. Melhorando a atividade e a diversidade da fauna do solo é outra estratégia útil. O conceito de manejo zonal, limitando a compactação da maquinaria à [Digite aqui] 45 zona de trafego, e adotando um manejo conservacionista do solo e da água, vão reduzir os riscos de compactação do solo. Fonte:colheitademadeira.com.br O manejo de nutrientes em solos com problemas de fertilidade é crucial para uma pro- dução sustentável. Informação confiável e quantitativa da capacidade dos solos para fornecer nutrientes (fatores de capacidade e intensidade) e funções de resposta de dife- rentes culturas, cultivares, e sistema de manejo/cultivo são necessários para o bom uso de nutrientes inerentes e aplicados. Usos da terra intensivos e altas produtividades em solos de baixa fertilidade só podem ser atingidos aumentando os níveis de nutrientes. O uso excessivo de adubos sintéticos pode ser evitado diminuindo as perdas (erosão, lixiviação, volatilização) e melhorando a ciclagem de nutrientes. Um nível adequado de atividade e diversidade de espécies da fauna do solo é também essencial para a recu- peração da estrutura do solo e o melhoramento da ciclagem de nutrientes. Os efeitos da fauna do solo sobre as propriedades do solo não são bem conhecidos, em especial aqueles relacionados com os diferentes sistemas de manejo/cultivo. [Digite aqui] 46 Fonte:meioambiente.culturamix.com Existe a necessidade de que pedólogos e ecólogos trabalhem juntos para entender as interações entre a fauna e as propriedades do solo. O conhecimento de processos bási- cos e das relações causa-efeito é também necessário para a recuperação de solos com características restritivas inerentes. Recuperação de áreas erodidas, e a prevenção da degradação por novos processos erosivos são cruciais para o manejo sustentável do recurso solo. Tirando a pressão das áreas marginais pela criação de empregos fora da propriedade e desenvolvendo opor- tunidade de geração de renda são políticas importantes. Pesquisa também é necessária sobre medidas de prevenção da erosão e sobre sua efetividade nas mais diversas agro- eco-regiões. A produtividade de solos erodidos é afetada pela perda de matéria orgâ- nica, argila e complexos coloidais, diminuição da profundidade de crescimento de raízes, e redução da capacidade de água disponível para as plantas. Exposição de subsolos improdutivos é outro fator da erosão acelerada. A pesquisa agronômica é necessária para desenvolver técnicas de práticas culturais para aliviar estes problemas. [Digite aqui] 47 Solos afetados por sais, totalizando 323 milhões de hectares, estão amplamente distri- buídos nas regiões áridas e semiáridas do planeta. A predominância de sódio no com- plexo de troca pode afetar de forma negativa a estrutura do solo e as taxas de infiltração e percolação. Além das medidas físicas de remoção de sais (lixiviação e raspado), a pesquisa de sistemas de cultivo, com novas espécies e cultivares melhorados, é crucial para aliviar os problemas de produção. Os problemas de toxicidade e deficiência de nu- trientes podem também ser abordados através do uso correto de produtos químicos, adoção de sistemas que melhoram o manejo do solo e das culturas, e do crescimento de culturas e cultivares adaptado. Cada vez mais o solo está sendo utilizado e abusado para o depósito de lixo industrial e urbano. O depósito indiscriminado de lixo tóxico é pouco inteligente e antiético. Medidas legislativas são necessárias para assegurar mé- todos seguros de eliminação de lixo industrial. 16 BASES PARA MELHORAR SISTEMAS DE CULTIVO TRADICIONAIS Os princípios básicos de manejo de solos e recursos naturais são semelhantes para diferentes sistemas ecológicos, apesar de que pacotes tecnológicos baseados nestes princípios variam dependendo de problemas locais específicos e considerações socioe- conômicas. Para alcançar uma produção alta e sustentável, preservando a estabilidade ecológica e a base do recurso natural, é imperativo que as mudanças no uso da terra e a conversão das florestas incluam: [Digite aqui] 48 Fonte: anav.com.br A preservação do equilíbrio ecológico delicado entre vegetação-clima-solo Manter um fornecimento adequado e regular de matéria orgânica na superfície do solo Melhorar a atividade da fauna do solo e o revolvimento do solo por processos naturais Manter uma boa condição física do solo, viável para o uso da terra atual Fornecer os nutrientes removidos pelas plantas Criar um equilíbrio nutricional desejável e a reação do solo Evitar o desenvolvimento de pragas e/ou plantas daninhas Adaptar um mecanismo natural de ciclagem de nutrientes para evitar a lixiviação e consequente perda de nutriente Preservar a diversidade ecológica. O cultivo itinerante ou a rotação de culturas cumprem a maior parte destes requisitos, sendo por isso o sistema tradicional, evoluído durante milênios e usado no mundo inteiro, compatível ecologicamente. Os requerimentos básicos para um sistema estável listado acima são cumpridos se o sistema tradicional permite curtos períodos de cultivo seguido por longos períodos de pousio. A falta de terra arável, no entanto, tem eliminado ou [Digite aqui] 49 drasticamente diminuído o período de pousio. A mudança e portanto inevitável. Para pequenos agricultores nos trópicos com capacidade limitada de capital e escassa dispo- nibilidade de insumos comerciais, portanto, qualquer mudança no sistema tradicional deve tomar em conta os seguintes fatores. 16.1 Insumos http://www.producerta.agr.br/component/k2/item/6-revenda-insumos A melhoria no cultivo itinerante ou na rotação de uso do solo deve ser baseada num sistema autossustentável e com baixa tecnologia. Isto não implica que o uso de adubos sintéticos ou outros condicionadores do solo estão proibidos. No entanto, sistemas de manejo do solo e das culturas devem ser desenvolvidos para minimizar a necessidade destes. A necessidade de nutrientes pode ser su- prida em parte pela diminuição das perdas e aumento da eficiência, em parte pela [Digite aqui] 50 fixação simbiótica de nitrogênio e reciclagem de resíduos orgânicos, e se houver diferença utilizar-se-ia adubos sintéticos. O total de entrada de energia deve ser regulado para que a razão saída: entrada seja alta. A agricultura com altos insu- mos praticada na Europa e nos Estados Unidos deixa muito a desejar. Por exem- plo, a necessidade de agroquímicos soma 2,5 milhões de kcal ou 38,9% do total de insumos necessários para produzir 1ha de milho nos Estados Unidos. Apesar da produção ser baixa, atualmente a agricultura no Terceiro Mundo é mais efici- ente em termos energéticos que a agricultura dos países do Primeiro Mundo. A bibliografia cita que sistemas tradicionais da Nova Guinea produzem 104MJ por pessoa por dia e 1500MJ por pessoa por dia nos Estados Unidos, umas 150 vezes mais na agricultura norte-americana. Devido ao fato de deixar várias áreas em pousio no sistema tradicional para a restauração da fertilidade e a limitações para o uso intensivo da terra, a produção por unidade de área por unidade de tempo e por pessoa é baixa. A estratégia é incrementar a produção por unidade de insumo. Em Latossolos e Podzólicos nas regiões tropicais da América a quantidade de adubo requerido para produzir 80% do máximo ou produção ótima é considera- velmente inferior que a quantidade necessária para alcançar o ponto máximo ou ótimo. Com uma pequena diminuição nos níveis de produtividade desejados, as necessidades de insumos químicos podem ser drasticamente diminuídas. 16.2 Fertilidade e limitações do solo [Digite aqui] 51 http://irmaosgreen.com.br/O objetivo não é maximizar a produção, mas atingir níveis altos e desejá- veis de produção causando a mínima degradação da qualidade do solo. A quali- dade do solo deve ser preservada evitando a compactação do solo, a erosão do solo, e minimizando outros processos de degradação do solo. Um critério para avaliar uma técnica restaurativa seria maximizar produtividade por unidade de perda de solo, ou por unidade de diminuição do conteúdo de matéria orgânica, pH, ou CTC. Os sistemas de depleção de fertilidade não tem espaço neste es- quema. A forma mais simples de incrementar a produção seria plantar cultivares e espécies que estão naturalmente adaptados a limitações específicas do solo, por exemplo, culturas de raiz em solos ácidos, arroz para toxicidade de Fe, cow- pea para toxicidade de Mn, etc. http://geoconceicao.blogspot.com.br/2012/06/santa-catarina-solos.html [Digite aqui] 52 16.3 Considerações sociais Para os pequenos agricultores das regiões tropicais do Terceiro Mundo o desenvolvimento local e manutenção de uma tecnologia simples e barata que uti- liza menos mão de obra especializada e capital pode ser mais atrativo que inves- timentos em maquinaria pesada cuja eficiência é desconhecida e os seus efeitos são quase sempre indesejáveis. É alta a probabilidade de rejeição de uma inova- ção que traz mudanças drásticas nos hábitos de plantio, desencorajando o cultivo misto, diminuindo a flexibilidade do sistema tradicional. 16.4 Melhoria gradual versus transformação rápida Para um pequeno agricultor que vive da subsistência, um impacto dura- douro pode ser alcançado introduzindo melhorias graduais durante uma ou duas décadas no seu sistema tradicional ao invés de mudanças bruscas pela introdu- ção de tecnologias para as quais ele não está preparado psicológica, e fisica- mente, além de financeiramente incapacitado. Uma vez que o agricultor ganha confiança na adoção de inovações simples, mas produtivos, como tem acontecido na Europa e na Ásia, a adoção de alta tecnologia prossegue naturalmente. [Digite aqui] 53 Fonte: sites.google.com [Digite aqui] 54 BIBLIOGRAFIA ANA, 2004. Agência Nacional de Águas. Página eletrônica (www.ana.gov.br), acessada em novembro/2004. ANTONIO JOSÉ TEIXEIRA GUERRA (antoniotguerra@gmail.com) é doutor em Geogra- fia pela Universidade de Londres, com pós-doutorado em Erosão dos Solos pela Univer- sidade de Oxford, pesquisador 1A do CNPq e professor titular do Departamento de Ge- ografia da UFRJ. EDEMAR VALDIR STRECk (streck@emater.tche.br) é engenheiro agrônomo pela UFSM, doutor em Ciências do Solo pela UFRGS e assistente técnico estadual em Solos da EMATER/RS. EPA, 1998. Stream Corridor Restoration – principles, processes and practices. Environ- mental Protection Agency, EUA. ESTEVES, F., 1988. Fundamentos de Limnologia. Ed. Interciência/FINEP, Rio de Ja- neiro. HOBECO, 2003. Catálogo eletrônico de instrumentos e telemetria de Hidrometeorogia. Hobeco Sudamericana Ltda, Rio de Janeiro. IPH, 2001. Plano Diretor de Drenagem Urbana de Caxias do Sul, Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH/UFRGS), SAMAE. JONAS OTAVIANO PRAÇA DE SOUZA (jonasgeoufpe@yahoo.com.br) é mestre em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco, doutorando em Geografia pela UFPE e pesquisador do Grupo de Estudos do Quaternário do Nordeste Brasileiro/GE- QUA/UFPE. LAIANE ADy WESTPhALEN (laianeady@yahoo.com.br) é mestre em Geografia pela UFPR e professora da rede estadual de ensino. LEONARDO José CORDEIRO SANTOS (santos@ufpr.br) é doutor em Geografia Física pela USP, pesquisador 1D do CNPq e professor adjunto do Departamento de Geografia da UFPR. [Digite aqui] 55 LUCIMAR DE FÁTIMA DOS SANTOS VIEIRA (luci.ze@terra.com.br) é mestre em Geo- grafia pela UFRGS e doutoranda do PPG em Geografia pelo Instituto de Geociências da UFRGS. MÉTODOS Numéricos em Recursos Hídricos, vol. 1, ABRH. MMA, 1999. III Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Secretaria de Recursos Hídricos (SRH). PAN-Brasil, 2004. 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Introdução ao Gerenciamento de Re- cursos Hídricos. Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) – Agência Nacional de Águas (ANA). SILVA, F.; Paz, A.; Gomes, R.; Souza, E.; Silans, A., 2000. Estudo Experimental da In- teração Solo Vegetação Atmosfera na Região dCariri. Anais do V Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, ABRH, Natal. [Digite aqui] 56 SILVIO CARLOS RODRIGUES (silgel@ufu.br) é doutor em Geografia Física pela USP, pesquisador 1C do CNPq e professor- associado do Instituto de Geografia da UFU. SPIELGER, M., 1972. Estatística. Coleção Schaum, Ed. McGraw-Hill do Brasil. STURDATt, T. Apostila da Disciplina de Hidrologia Aplicada, Universidade Federal do Ceará. TUCCI, C. 2000. (org.) Hidrologia – ciência e aplicação. Editora da Universidade, ABRH, Porto Alegre. TUCI, C., 1998. Modelos Hidrológicos. Editora da Universidade, ABRH, Porto Alegre. TUNDISI, J., 2000. Limnologia e Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos. VILELA, S., 1976. Hidrologia Aplicada. Ed. 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