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1 
 
 
Quatro a seis 
 
EDUCAÇÃO PSICOMOTORA COMO INSTRUMENTO DE 
INCLUSÃO 
 2 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho 
de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma 
entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de co-
nhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na 
sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos 
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, 
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publi-
cações e/ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, 
de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, ex-
celência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar 
o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de quali-
dade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 5 
2. DISTÚBIOS E ALTERAÇÕES PSICOMOTORAS .......................... 7 
2.1 Distúrbios psicomotores ................................................................. 8 
2.1.1 Instabilidade psicomotora ........................................................ 8 
2.1.2 Debilidade psicomotora ........................................................... 9 
2.1.3 Inibição psicomotora ................................................................ 9 
2.1.4 Lateralidade cruzada ............................................................... 9 
2.1.5 Imperícias.................................................................................. 10 
2.2 Quadros nos quais podem surgir alterações psicomotoras ......... 10 
2.2.1 Estupor (ou acinesia) ............................................................. 10 
2.2.2 Agitação e Inibição Psicomotora ........................................... 11 
2.2.3 Maneirismos .......................................................................... 11 
2.2.4 Ecopraxia............................................................................... 11 
2.2.5 Estereotipias .......................................................................... 11 
3.2.6 Negativismo ........................................................................... 12 
2.1.7 Obediência automática .......................................................... 12 
2.1.8 Catalepsia, Pseudo-Flexibilidade Cérea ................................ 12 
2.1.9 Extravagâncias cinéticas ....................................................... 12 
3. EDUCAÇÃO PSICOMOTORA...................................................... 13 
4. O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO PSICOMOTORA.. 18 
5. INCLUSÃO E PSICOMOTRICIDADE ........................................... 19 
6. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL .......................... 23 
7. TRABALHO PSICOMOTOR COM PESSOAS COM PARALISIA 
CEREBRAL 27 
 4 
 
 
8. EDUCAÇÃO PSICOMOTORA: UMA PRÁTICA POSSÍVEL? ...... 30 
8.1 A Avaliação .................................................................................. 30 
Avaliação Global ................................................................................ 30 
Avaliação diagnóstica ........................................................................ 31 
8.2 Intervenção prática para contribuição da aprendizagem da pessoa 
com deficiência ............................................................................................. 33 
9. REFERÊNCIAS: ........................................................................... 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A a Psicomotricidade é a ciência que trabalha o desenvolvimento motor 
das crianças, relacionando-o ao seu mundo interno e externo. Ela busca 
trabalhar, através do corpo e sua interação com o meio, o desenvolvimento não 
só motor, mas afetivo, cognitivo e social do indivíduo. 
Teve seu início no século XIX, fundada sob a tradição médica e balizada 
a partir da dicotomia cartesiana que distinguia a mente e o corpo como partes 
que poderiam pertencer ao mesmo corpo, mas que eram compostas de 
substâncias diferenciadas. 
Enquanto ciência, a Psicomotricidade está relacionada ao processo de 
maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e 
orgânicas, sendo, deste modo, sustentada por três conhecimentos básicos: o 
movimento, o intelecto e o afeto. 
Nunca é demais frisarmos tais entendimentos, uma vez que nosso olhar 
se dá em torno dos benefícios oferecidos pelo trabalho psicomotor, certo? 
Serão dois momentos para trabalharmos a educação e reeducação 
psicomotora e reflexões sobre sua aplicação em portadores de necessidades 
especiais. Nesse primeiro momento veremos alterações e distúrbios 
psicomotores que levam à educação/reeducação psicomotora. No próximo 
,omento veremos uma bateria de exames e atividades para a 
educação/reeducação psicomotora e aplicação em outros portadores de 
necessidades especiais. 
A educação psicomotora surge com Pierre Vayer e Le Boulch. Para eles, 
a educação psicomotora é uma ação pedagógica e psicológica que utiliza os 
meios da educação física com o fim de normalizar ou melhorar o comportamento 
da criança, ou seja, a educação física era um meio de se trabalhar a 
 6 
 
 
psicomotricidade no contexto educacional com o intuito, a priori, de promover na 
criança inadaptada uma educação motriz (coordenação, equilíbrio etc.) e 
psicomotriz (memória e consciência). 
Le Boulch (1983) propõe uma educação baseada no desenvolvimento de 
qualidades dos indivíduos, proporcionando uma relação melhor com seu meio, 
a psicocinética. Atualmente, a educação psicomotora vem sendo enfatizada em 
instituições escolares e pré-escolares, clubes, espaços de recreação etc. 
Através de variadas estratégias, os trabalhos multiplicam-se promovendo uma 
revisão da noção de infância e da práxis educativa. 
 
 
Figura: 01 
Possibilidades da educação psicomotora 
 
 A Educação Psicomotora pode ser entendida como uma metodologia de 
ensino que instrumentaliza o movimento humano enquanto meio pedagógico 
para favorecer o desenvolvimento da criança. 
É através da Educação Psicomotora que a criança descobre suas 
possibilidades cinestésicas, expressando-se com seu corpo e em seu corpo, 
 7 
 
 
com os movimentos iguais aos que fazem com a escrita e a leitura. Atividades 
sensoriais, motoras, de equilíbrio, de agilidade, de lateralidade, de coordenação 
motora, jogos, memória e percepção espaço-temporal são “aspectos” 
trabalhados na Psicomotricidade, atuando diretamente nas áreas emocionais, 
psicológicas, intelectuais e sociais de cada criança. 
Na educação escolar, a psicomotricidade precisa ser trabalhada em um 
planejamento organizado e interdisciplinar com o objetivo de desenvolvimento 
integral da criança, observando o contexto não só escolar, mas social e familiar 
e tudo aquilo que se refere à vivência e à realidade na qual a criança está 
inserida. 
 
2. DISTÚBIOS E ALTERAÇÕESPSICOMOTORAS 
 
É acertado dizermos que nas relações psicomotoras podemos observar 
um estado de vontade do ser humano, o que é correspondido pela execução dos 
movimentos, os quais podem ser voluntários ou involuntários, ainda subdivididos 
em inatos e adquiridos, chamados de automatismos elementares. 
Os inatos são aqueles que nascem conosco e são representados pelos 
reflexos, que são respostas caracterizadas pela invariabilidade qualitativa de sua 
produção e execução. Estes reflexos podem ser agonistas, antagonistas ou 
deflexos (alternantes) que são mais hierarquizados que os reflexos puros, 
permitindo certo grau de variabilidade, conforme a adaptabilidade individual. 
Refere-se a necessidades orgânicas. Influindo nestas respostas temos os 
instintos, responsável pela auto conservação individual. No homem ele é 
misturado com o afeto produzindo tendências ou inclinações (LOUREIRO 
FILHO, 2002). 
Os automatismos adquiridos são os reflexos condicionados, que ocorrem 
devido a aprendizagem e nos forma hábitos, que, quando bons, nos poupam 
tempo e esforço, porém se exagerados, eliminam nossa criatividade e nos 
 8 
 
 
deixam embotados. Os hábitos podem ser passivos (adaptação biológica ao seu 
ecossistema) ou ativos (comer, andar, tocar instrumentos, etc..). Os reflexos 
condicionados são produzidos desde as primeiras semanas de vida. Esses 
reflexos condicionados geralmente começam como uma atividade voluntária e 
depois, por já estarem aprendidos, são mecanizados (LOUREIRO FILHO, 2002). 
Antes de vermos os quadros nos quais podemos encontrar alterações de 
psicomotricidade, é importante sabermos que qualquer distúrbio psicomotor tem 
ligação com problemas que envolvem o indivíduo em sua totalidade. 
 
2.1 Distúrbios psicomotores 
Distúrbios psicomotores e afetivos estão intimamente associados, razão 
porque o diagnóstico não é fácil de ser feito. Os sintomas mais comuns desses 
distúrbios estão associados à área do ritmo, da atenção, do comportamento, 
esquema corporal, orientação espacial e temporal, lateralidade e retardos. 
Esses distúrbios podem ser classificados em quatro grupos, segundo 
Grünspun (1999 apud JOSÉ; COELHO, 2002): 
2.1.1 Instabilidade psicomotora 
É o tipo mais complexo e causa uma série de transtornos pelas reações 
que o portador apresenta, com o predomínio de uma atividade muscular contínua 
e incessante. Essas crianças revelam: 
a)Instabilidade emocional e intelectual; 
b)Falta de atenção e concentração; 
c)Atividade muscular contínua (não terminam tarefas iniciadas); 
d)Falta de coordenação geral e coordenação motora fina; 
e)Hiperatividade e equilíbrio prejudicado; 
 9 
 
 
f)Deficiência na formulação de conceitos e no processo de percepção 
(discriminação de tamanho, figura-fundo, orientação espaço-temporal); 
g)Alteração da palavra e da comunicação (atraso na linguagem e 
distúrbios da palavra); 
h)Alterações emocionais (são impulsivas, explosivas, sensíveis, frustram-
se com facilidade, destruidoras); 
i)Alterações do sono (terror noturno, movimentos enquanto dormem); 
j)Alterações no processo do pensamento abstrato; 
k)Dificuldades de escolaridade (leitura, escrita, aritmética, lentidão nas 
tarefas, dificuldade de copiar da lousa, entre outras manifestações. 
2.1.2 Debilidade psicomotora 
A debilidade psicomotora é caracterizada por PARATONIA, ou seja, 
limitação nas quatro extremidades do corpo (ou apenas em duas) – 
“deselegância” ao correr – limitações e rigidez nas mãos e nas pernas; e 
SINCINESIA – Participação de músculos em movimentos aos quais eles não são 
necessários – descontinuidade de gestos; imprecisão nos movimentos dos 
braços e das pernas; dificuldade de realizar os movimentos finos dos dedos, etc. 
2.1.3 Inibição psicomotora 
Além das características da DEBILIDADE PSICOMOTORA, neste caso a 
ansiedade é presença constante – a criança apresenta sobrancelha franzida; 
cabeça baixa; problemas de coordenação motora; distúrbios de conduta, dentre 
outros. 
2.1.4 Lateralidade cruzada 
A maioria dos autores acredita que existe no cérebro um hemisfério 
predominante responsável pela lateralidade do indivíduo – desta maneira, de 
acordo com a ordem enviada pelo cérebro dominante, teremos o destro ou o 
 10 
 
 
canhoto. No entanto, segundo José e Coelho (2002), além da dominância da 
mão, existe também a do pé, do olho, do ouvido. 
Quando essas dominâncias não se apresentam do mesmo lado diz-se 
que o indivíduo tem lateralidade cruzada – os distúrbios psicomotores são 
evidentes e resultam em deformação do esquema corporal. São algumas das 
formas mais comuns desse distúrbio: mão direita dominante X olho esquerdo 
dominante; mão direita dominante X pé esquerdo dominante e o inverso. 
Geralmente essas crianças apresentam alto índice de fadiga; quedas frequentes; 
coordenação pobre; atenção instável; problemas de linguagem (dislalias, língua 
enrolada…). 
2.1.5 Imperícias 
É um distúrbio de menor gravidade no qual a criança apresenta 
inteligência normal, apesar de uma certa frustração pela dificuldade de realizar 
certas tarefas que exijam apurada habilidade manual. Apresentam dificuldades 
na coordenação motora fina; quebra constante de objetos; letra irregular; 
movimentos rígidos; alto índice de fadiga (GRÜNSPUN, 1999 apud JOSÉ; 
COELHO, 2002). 
 
2.2 Quadros nos quais podem surgir alterações psicomotoras 
Pois bem, quando há alterações de psicomotricidade, podemos encontrar 
os quadros abaixo: 
2.2.1 Estupor (ou acinesia) 
É a perda da atividade espontânea englobando simultaneamente, a fala, 
a mímica, os gestos, a marcha etc... Vem e vai bruscamente em crises de 
agitação psicomotora. É o caso do estupor catatônico (nos esquizofrênicos) e o 
depressivo (na depressão). 
 11 
 
 
2.2.2 Agitação e Inibição Psicomotora 
São graus de determinado estado psicomotor. Quando há pequeno 
aumento ou diminuição dos movimentos são designados como inquietação e 
lentificação psicomotoras, respectivamente. Quando são alterações mais 
acentuadas, representam a agitação e inibição motora, propriamente ditos. 
Podem ocorrer alterações da psicomotricidade em indivíduos normais, como por 
exemplo, após experimentar forte tensão emocional ou preocupações que levam 
a vontade de andar ou levam a imobilidade. A agitação patológica pode ocorrer 
com caráter uniforme e estruturado como na mania, ou desordenadamente e de 
forma improdutiva como na catatonia esquizofrênica, epilepsia e psicoses 
infecciosas e tóxicas (como no delirium tremens). A inibição ocorre, por exemplo, 
na depressão, estupor, estados confusionais e amenciais. Um grau ainda mais 
elevado de agitação é o furor, que se caracteriza por uma extrema agitação 
necessitando intervenção imediata para impedir danos aos outros ou ao próprio 
paciente. 
2.2.3 Maneirismos 
Os maneirismos correm em esquizofrênicos, oligofrênicos e histéricos, e 
são caracterizados por gestos artificiais, ou linguagem e escrita rebuscada, com 
uso de preciosismo verbal, floreados estilísticos e caligráficos, etc. 
2.2.4 Ecopraxia 
A Ecopraxia também ocorre em esquizofrênicos, oligofrênicos e histéricos 
(principalmente nos primeiros), onde há imitação de um comportamento, sem 
propósito (gestos, atitudes etc.). Pode haver ecolalia (sons), ecomimia (mímica) 
e ecografia (escrita). 
2.2.5 Estereotipias 
As estereotipias são as características do catatonismo onde há repetição 
automática de movimentos, frases e palavras (verbigeração), ou busca de 
posições e atitudes, sem nenhum propósito. As estereotipias cinéticas são 
confundidas com os tiques nervosos, porém esses são elementares, de fundo 
 12 
 
 
neurótico. É mais difícilde distingui-las dos cerimoniais compulsivos, porém 
estes são atos complicados que servem para aliviar a tensão nervosa da pessoa 
que a realiza. Alguns acham que as estereotipias cinéticas são atos que eram 
compreensíveis e motivados, que perderam sua causa. 
3.2.6 Negativismo 
Negativismo é a oposição ativa ou passiva às solicitações externas. Na 
passiva a pessoa simplesmente deixa de fazer o que se pede sendo 
característico o mutismo e a sitiofobia (medo de se comprometer, de ser 
internado, de ser envenenado). Na ativa, a pessoa faz tudo ao contrário do que 
se pediu, e às vezes quando desistimos, eles o fazem sendo isso a “reação de 
último momento”. O negativismo verbal pode se apresentar na forma das 
pararespostas (ou seja, o paciente entende a pergunta do entrevistador, porém 
não responde algo compatível com a pergunta, e sim algo “ao lado”, ou próximo). 
O negativismo faz parte da série catatônica e representa ação imotivada e não 
deliberada. 
2.1.7 Obediência automática 
Obediência Automática que é o oposto ao negativismo, onde o paciente 
tem extrema sugestionabilidade e faz tudo o que é mandado. Ocorre na 
esquizofrenia e quadros demenciais. 
2.1.8 Catalepsia, Pseudo-Flexibilidade Cérea 
Catalepsia, Pseudo-Flexibilidade Cérea ocorre devido a hipertonia do 
tônus postural. Ocorre na histeria, esquizofrenia e parkinsonismo. A flexibilidade 
cérea é a conservação de uma posição, ocorrendo no parkinsonismo, enquanto 
que nos esquizofrênicos e histéricos há pseudo-flexibilidade cérea, devido a 
influência de fatores psicogênicos. 
2.1.9 Extravagâncias cinéticas 
As extravagâncias cinéticas são comuns da conduta esquizofrênica. Pode 
ser descrito como a perda da gracilidade, ou seja, da naturalidade, 
 13 
 
 
espontaneidade, proporcionalidade dos gestos e atitudes; como a rigidez facial 
(o pregueamento da testa em “M” é característico da catatonia); paratimias (a 
mímica não está em concordância com o pensamento verbalizado); focinho 
catatônico (protusão permanente dos lábios); interceptações cinéticas 
(interrupção brusca de um gesto apenas esboçado), etc. (LOUREIRO FILHO, 
2002). 
Por fim, sobre os atos voluntários, também chamados de volitivos, 
relacionados e dependentes da inteligência e do afeto, eles acontecem em 
quatro etapas, sendo as seguintes: 
1.negativismo ou propósito – inclinações e tendência que fazem com que 
surja interesse em determinado objeto; 
2.Deliberação – onde ponderamos os motivos (razões intelectuais) e os 
móveis (atração ou repulsão, vindas do plano afetivo); 
3.Decisão – demarca o começo da ação, inibindo os móveis e motivos 
vencidos; 
4.Execução – há os movimentos físicos (LOUREIRO FILHO, 2002). 
 
3. EDUCAÇÃO PSICOMOTORA 
 
Abaixo estão dois conceitos muito interessantes de Psicomotricidade: 
A Psicomotricidade baseia-se em uma concepção unificada da pessoa, 
que inclui as interações cognitivas, sensório-motoras e psíquicas na 
compreensão das capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, 
em um contexto psicossocial (Costa, 2002). 
Ela se constitui em um conjunto de conhecimentos psicológicos, 
fisiológicos, antropológicos e relacionais que permitem, utilizando o corpo como 
mediador, abordar o ato motor humano com o intento de favorecer a integração 
desse sujeito consigo e com o mundo dos objetos e outros sujeitos (Costa, 2002). 
 14 
 
 
 
Figura: 02 
 
Geralmente a educação psicomotora é dirigida às crianças consideradas 
“normais”, atuando como parte integrante da educação básica durante a fase 
pré-escolar e escolar. 
Inúmeros autores interessam-se pela corrente educativa da 
Psicomotricidade. Destacam-se entre eles o professor Jean Le Boulch, que na 
segunda metade da década de 1960, buscando o reconhecimento dos valores 
da educação psicomotora influenciou na decisão ministerial de incluí-Ia nos 
cursos primários da França. 
Algumas aquisições fundamentais que viabilizam a aprendizagem devem 
ser adquiridas pelas crianças. 
 São elas: 
 1) até 3 anos: andar, correr, pular, falar, se expressar e jogar; 
 2) de 3 anos a 7 ou 8 anos: ter consciência do próprio corpo, afirmação 
da dominância lateral e orientação sobre si, bem como se adaptar ao ambiente 
(ALVES, 2008, p. 129). 
 15 
 
 
Ainda segundo Alves (2008, p. 131-132), o movimento e a sua 
aprendizagem abrem um espaço para: 
 ►Desenvolvimento de habilidades motoras que levem a criança a 
aprender a conhecer seu próprio corpo e a se movimentar expressivamente; 
 ►Promoção de um saber corporal que deve incluir as dimensões do 
movimento, as quais indiquem estados afetivos até representações de 
movimentos mais elaborados e sentidos e ideias, oferecendo um caminho 
para troca de afetividades; 
►Facilitação da comunicação e da expressão de ideias; 
► Apropriação da imagem corporal; 
► Percepção rítmica, por meio de jogos corporais e danças; 
► Desenvolvimento de habilidades motoras finas, por meio de diversas 
atividades que facilitem a e scrita. 
Nesse sentido, a educação psicomotora deve trabalhar na escola: 
1) a atividade tônica, por meio da tonicidade e do equilíbrio; 
 2) a atividade psicofuncional, por meio da lateralidade, do esquema 
corporal e da orientação espaço-temporal; e 3) a atividade de relação, por meio 
da memória corporal (ALVES, 2008, p. 134). 
O psicomotricista deve ter um olhar atento em relação ao 
desenvolvimento das habilidades fundamentais para a aprendizagem da 
criança de forma global, tanto aquelas com desempenho normal quanto as 
que podem possuir algum comprometimento e, devido a isso, ser mais lentas. 
A função é viabilizar o desenvolvimento dos aspectos socioafetivo (autoimagem 
positiva), cognitivo e psicomotor (esquema corporal, imagem corporal, 
lateralidade e relações tempo-espaço) (ALVES, 2008, p. 135). 
 16 
 
 
 
Figura: 03 
Educação psicomotora 
 
 
 
 
A Educação Psicomotora vem sendo enfatizada em várias instituições 
escolares e em outras que fazem trabalhos relacionados à recreação infantil. 
Através de uma série de atividades, principalmente exercícios e jogos, procura 
promover o completo desenvolvimento físico, mental, afetivo e social, evitando, 
segundo Lapierre e Aucouturier (1988), as desviações, demasiado neuróticas da 
personalidade. 
De acordo com Piaget (1977), a ação psicomotora é considerada como 
precursora do pensamento representativo e do desenvolvimento cognitivo. Ele 
ainda afirma que a interação da criança em ações motoras, visuais, táteis e 
auditivas sobre os objetivos do seu meio é essencial para o desenvolvimento 
integral. A atividade sensório-motora é importante para o desenvolvimento de 
conceitos espaciais e na habilidade de utilizar termos linguísticos. Contudo o 
jogo tem papel fundamental para o desenvolvimento fisio-motor, devendo ser 
aproveitado num trabalho integrado com outras áreas do desenvolvimento. 
Assim pode-se dizer que o desenvolvimento motor não acontece pela 
 17 
 
 
padronização das ações, mas sim: pela complexidade, diversidade, 
variabilidade, constância e consistência dos jogos a serem trabalhados. 
Os argumentos usados para justificar a educação psicomotora na 
educação colocam em evidência seu papel na prevenção das dificuldades 
escolares. Mas antes de tudo deve ser uma experiência ativa de confrontamento 
com o meio. Portanto os exercícios corporais e as atividades despertadoras 
visam especialmente assegurar o desenvolvimento harmonioso dos 
componentes corporais, afetivo e intelectual, objetivando a conquista de uma 
relativa autonomia. A conscientização e domínio do corpo, a apropriaçãodo 
esquema corporal, a coordenação psicomotora, as noções de tempo-espaço são 
objetivos importantes que precisam ser trabalhados antes do aprendizado da 
escrita e leitura (BORGES; RUBIO, 2013). 
Ao profissional que atua no campo da Educação Psicomotora cabe, a 
partir de uma busca constante do conhecimento das necessidades e interesses 
das crianças, propor experiências que produzam a adequada estimulação e que 
venham ampliar o vivido corporal, que é o responsável pelos inúmeros 
esquemas que serão transferidos às situações vivenciadas no futuro. Deve-se 
acrescentar que a falta de adequada estimulação no decorrer da infância pode 
produzir inúmeras perturbações psicomotoras. 
Qualquer que seja a experiência proposta e o método adotado, o 
educador deverá levar em consideração as funções psicomotoras 
(coordenações globais, lateral idade, equilíbrio etc.) que pretende reforçar nas 
crianças com as quais está trabalhando. 
Mesmo levando em conta que, em qualquer exercício ou atividade 
proposta, uma função psicomotora sempre se encontra associada a outras, ele 
deverá estar consciente do que, exatamente, está almejando. 
O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a 
formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e 
psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades 
lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através dessas atividades lúdicas a 
criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do 
comportamento psicomotor (ROSSI, 2011). 
 
 
 18 
 
 
4. O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO 
PSICOMOTORA 
 
 
Na Educação Infantil os professores estabelecem regras de tempo, se 
preocupam demasiadamente com o ensino das letras e números, deixando as 
experiências que poderiam ser vivenciadas de forma corporal e lúdica na sala 
de aula muitas vezes de lado, com isso diminui o prazer da criança em aprender, 
o processo de ensinoaprendizagem muitas vezes torna-se repetitivo, cansativo, 
sem despertar na criança muitas expectativas, privando-as da vivência corporal, 
do movimento e das atividades lúdicas. Acredita-se que para o desenvolvimento 
e a aprendizagem das crianças ocorrerem de forma favorável é necessário que 
aconteça um equilíbrio entre os fatores psicoemocional, cognitivo e corporal. 
Desta forma, a falta do desenvolvimento dos esquemas psicomotores, 
vem se destancando de forma recorrente como uma das causas das dificuldades 
de aprendizagem das crianças. 
Muitos professores em geral ainda estão retidos na preocupação do 
desenvolvimento motor das mãos, esquecendo que é através do corpo como um 
todo que as crianças se deslocam, manipulam, experimentam, sentem, fazem e 
aprendem, uma vez que não sendo possibilitadas tais vivências corporais as 
crianças mal conseguirão segurar um lápis ou colocar uma letra dentro de uma 
linha de um caderno. O que se percebe, muitas vezes, é que muitas crianças 
chegam ao primeiro ano do ensino fundamental sem o conhecimento do seu 
próprio corpo. 
O conhecimento, por parte dos professores, da importância de se 
trabalhar o desenvolvimento psicomotor constitui-se em uma ação preventiva, 
que colocada em prática diminuiria de forma expressiva as intervenções 
remediadoras relacionadas às questões de dificuldades de aprendizagem. Desta 
forma a prática psicomotora se torna imprescindível dentro do cotidiano escolar, 
cabendo ao professor trabalhar a parte cognitiva e a psicomotricidade de 
maneira que estejam interligadas entre elas; atribuindo relevância as atividades 
que envolvam o corpo e o movimento. 
 19 
 
 
O desenvolvimento de um esquema corporal adequado permite a criança 
um conhecimento adequado de seu corpo para poder então utilizá-lo, pois sem 
esse conhecimento não consegue realizar nenhum movimento que exija 
coordenação e equilíbrio. O esquema corporal, portanto, é a base para todo 
conhecimento que a criança tem do mundo, pois se não se conhecer dificilmente 
irá reconhecer o mundo que a rodeia, tal conhecimento é fundamental para que 
a criança tenha uma aprendizagem plena e possa se orientar no tempo e no 
espaço. 
A exploração do corpo através do movimento é de fundamental 
importância para o desenvolvimento infantil, mas para muitos professores 
priorizar tal encaminhamento no cotidiano pedagógico, muitas vezes significa 
bagunça, turbulência, sendo apenas tolerado nos momentos de recreio e das 
aulas de Educação Física. 
A atividade motora, como aspecto que influencia o desenvolvimento 
infantil, tem recebido pouca atenção por parte dos professores, mesmo sendo 
este um dos motivos visíveis relacionados à questão das dificuldades de 
aprendizagem, assim mesmo o movimento ainda é visto como parte 
desnecessária ao desenvolvimento humano. 
Para que ocorra a aprendizagem da criança, ou seja, para que seu 
desenvolvimento ocorra de forma global e harmoniosa, é necessário oferecer 
condições favoráveis no ambiente escolar. Cabendo, portanto, aos educadores 
a disponibilização desses recursos. 
 
 
5. INCLUSÃO E PSICOMOTRICIDADE 
 
A Psicomotricidade é de fundamental importância na Educação Inclusiva 
para o desenvolvimento das crianças com deficiência, já que as áreas cognitivas, 
afetivas e/ou motoras podem estar afetadas e causando limitações que a 
deficiência implica. Trabalhar com atividades específicas que atuam diretamente 
nessas áreas contribui e muito no desenvolvimento psicomotor e social das 
crianças com deficiência. 
 20 
 
 
A Educação Psicomotora deve ser considerada como uma educação 
básica para o Ensino Fundamental. A Educação Psicomotora proporciona 
atividades escolares que não podem ser conduzidas se a criança não tiver 
alcançado a consciência do seu corpo, lateralizar-se, e se não tiver adquirido 
habilidades e coordenação de seus gestos e movimentos (Le Boulch, 1987, p. 
11). 
 
 
Figura: 04 
 
Enquanto a educação socializa e permite conhecer cada etapa do mundo 
com finalidade de reunir conhecimento e potenciais de cada um de nós para se 
tornar um ser, a inclusão, acesso de pessoas com deficiência à educação e 
demais espaços sociais é um direito de todos, portanto, nada mais pertinente do 
que lançarmos algumas reflexões acerca dessa relação 
inclusão/psicomotricidade. 
Vamos fazer um recorte no tempo e nos situarmos no período pós 
Segunda Guerra Mundial (1945) quando, de fato, aconteceram algumas atitudes 
positivas em relação às Pessoas com Deficiências, onde iniciaram-se 
primeiramente seus atendimentos em hospitais, programas de reabilitação 
 21 
 
 
dirigidos aos lesionados das guerras como possibilidade para reintegrá-los ao 
mundo. (RECHINELI; PORTO; MOREIRA,2008). A importância desses fatos é 
para que hoje possamos olhar essas pessoas com outros olhares, dar 
oportunidades e acreditar no seu desempenho, potencialidades e habilidades 
que vai além de suas limitações, seu desenvolvimento e crescimento na 
sociedade. 
Mas focando na criança, o ato mental se desenvolve a partir do ato motor 
na medida em que o ato motor é responsável por propiciar as interações do 
sujeito com o meio. A psicomotricidade, com suas contribuições no estudo do 
homem em movimento e sua relação consigo, nos proporciona resultados 
satisfatórios nas dificuldades apresentadas no processo de ensino 
aprendizagem, possibilitando a criança o desenvolvimento motor, afetivo e de 
relacionamento, além de preparar as crianças para aprendizagem futuras, 
favorecendo consideravelmente a alfabetização e prevenindo distúrbio de 
aprendizagem. (WALLON apud BESSA, 2011, p.123). 
A educação psicomotora deve abarcar todos os alunos, promover a 
inclusão de maneira efetiva e sendo a Psicomotricidade umaciência da saúde e 
da educação que independente das diversas escolas, psicológica, condutista, 
evolutista, genética etc., ela visa à representação e a expressão motora, através 
da utilização psíquica e mental do indivíduo. E é a partir daí que a 
Psicomotricidade adquire sua especificidade e autonomia, ao se diferenciar de 
outras disciplinas trazendo alternativas para as pessoas com deficiências, 
utilizando atividades lúdicas através do corpo de maneira eficiente e prazerosa, 
apesar das possíveis limitações e dificuldades. 
Sendo educação infantil a primeira experiência de educação escolar 
vivenciada pela criança, é de fundamental importância que esse processo 
educativo esteja voltado para seu desenvolvimento integral, evidenciando suas 
características cognitivas, sócio afetiva e psicomotora. 
 22 
 
 
 
Figura: 05 
Inclusão escolar 
 
 O ponto de partida e de chegada de uma prática está na ação e estas se 
traduzem na intenção educativa de ampliar a capacidade do aluno em relação a: 
expressar-se através de múltiplas linguagens posicionar-se diante da 
informação, interagir de forma crítica e ativa com meio físico social. 
Busca-se alcançar com a educação psicomotora: a criança brincar com o 
objeto e entre si, expressar-se com o corpo, construir-se no tempo e no espaço. 
Nas atividades lúdicas extraclasse experiências corporais são vivenciadas 
brincadeiras, jogos, danças que exploram lateralidade, agilidade, atenção, 
memória, coordenação motora global, equilíbrio e percepção espaço-temporal. 
Os resultados obtidos relacionam se as descobertas que as crianças 
fazem com seu próprio corpo, do corpo dos outros e do meio que estão inseridos, 
a capacidade de execução de movimento, a construção de novos conceitos 
prevenindo assim dificuldades de aprendizagem e preparando os educandos 
para as etapas seguintes. 
Seja um aluno com deficiência intelectual, motora, auditiva, visual ou 
outras, eles também têm direito à educação motora, devendo ser estimulado de 
forma adequada e partindo sempre do princípio básico: a consciência corporal. 
Para que assim possa ter todas as oportunidades necessárias que um indivíduo 
precisa para construir o conhecimento. 
Nicola (2004) salienta que a primeira etapa do desenvolvimento motor da 
criança vai do nascimento aos dois anos de idade e a segunda etapa dos dois 
anos de idade aos cinco anos de idade, onde a preensão é cada vez mais precisa 
 23 
 
 
e a locomoção mais coordenada, assim como o equilíbrio. Vale lembrar que a 
elaboração do esquema corporal prossegue até os doze anos de idade 
Assim o trabalho da psicomotricidade vai além da motricidade, existindo 
uma preocupação maior com os sentimentos da criança, na criação do vínculo 
afetivo entre professor e aluno, como também na formação geral (emocional, 
psicológica, moral e intelectual) do aluno (SILVA, 2011). 
O currículo deveria ser adaptado às necessidades das crianças, e não 
vice-versa. Escolas deveriam, portanto, prover oportunidades curriculares que 
sejam apropriadas à criança com habilidades e interesses diferentes. Crianças 
com necessidades especiais deveriam receber apoio instrucional adicional no 
contexto do currículo regular, e não um currículo diferente (Declaração de 
Salamanca, 1996, 26, 27). 
 
6. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
 
 
Populações com necessidades especiais, neste caso a deficiência 
intelectual, são compostas de indivíduos cujas características físicas, mentais 
e/ou emocionais interferem no seu desenvolvimento e/ou desempenho ótimos 
(TRITSCHLER, 2003). 
No geral, uma pessoa portadora de uma deficiência, isto é, de uma 
diminuição de adaptabilidade provocada por uma perda, de caráter permanente, 
de certa(s) capacidade(s), apresenta diferentes características quanto ao 
desenvolvimento do seu esquema corporal, da organização espacial, do 
equilíbrio, da agilidade e da força, entre outras, que podem ser consideradas, 
em certos casos, patológicas, isto é, desenvolvendo-se com particularidades e 
sequências distintas do desenvolvimento considerado “normal”, e noutros 
simplesmente atrasadas, isto é, quando se verifica uma evolução em tudo 
semelhante ao desenvolvimento normal, mas defasada em relação à idade 
cronológica (GORLA; ARAÚJO; CARMINATO, 2004). 
No Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-5), a deficiência 
intelectual (DI) está inserida no que denominam de transtornos do 
neurodesenvolvimento. Esta condição se caracteriza por déficits em 
 24 
 
 
capacidades mentais genéricas e resulta em prejuízo no funcionamento 
adaptativo. Como consequência, há comprometimento na independência 
pessoal, participação social e funcionamento acadêmico e profissional. 
Do ponto de vista legal, indivíduos com DI devem estar incluídos no 
ensino regular e, paralelamente, têm o direito assegurado de participar de 
atividades complementares em Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). Como 
regra, estas devem ter profissionais especializados que saibam lidar não só com 
as necessidades dos alunos, mas também que sejam capazes de utilizar 
procedimentos, equipamentos e materiais específicos, de modo a complementar 
ou suplementar as atividades desenvolvidas na sala regular (BRASIL, 2006). 
Nós sabemos há muito tempo que a motricidade é imprescindível para o 
acesso aos processos superiores de pensamento. Mediante a ação, o indivíduo 
se relaciona com seu ambiente (físico e social) e nesta relação desenvolve, entre 
outras coisas, capacidades perceptivas, estruturação espaço temporal, 
capacidade de simbolização e regulação da própria ação. Psicomotricidade, 
então, é essencial no contexto escolar (RODRIGUES et al, 2018). 
Como indivíduos com DI apresentam déficit concomitante em funções 
motoras e intelectuais, há necessidade primeiramente de se identificar o perfil 
psicomotor destes indivíduos, de modo que se possa elaborar programa 
interventivo adequado às suas necessidades. 
Algumas crianças encontram dificuldades em habilidades motoras tais 
como escrever, desenhar, manipular e construir, ao passo que outras têm 
dificuldades em recreação, jogos de correr, saltar, saltitar, arremessar, no 
equilíbrio, nas orientações espaciais e temporais, na lateralidade, nos esportes 
e até dificuldades na locomoção e nas atividades da vida diária Influências 
genéticas e ambientais têm sido consideradas por autores como Krebs (1997), 
Pereira, Sobral e Silva (1997), Gallahue e Ozmun (2001), entre outros, cuja 
preocupação se centra no atual estilo de vida das pessoas, sejam elas normais 
ou deficientes, e nas consequências que a falta de oportunidades de exploração 
dos movimentos naturais pode causar. 
Uma vez que a coordenação corporal é um dos componentes importantes 
no desenvolvimento da criança, Gorla, Araújo e Carminato (2004) 
desenvolveram um estudo objetivando analisar esta coordenação à luz do teste 
chamado teste salto monopedal (SM) que faz parte da bateria de testes de 
 25 
 
 
coordenação motora para crianças KTK, de Kiphard e Schilling (1974), em 
pessoas portadoras de deficiência intelectual. 
O referido estudo veio reforçar as preocupações, que sempre estiveram 
presentes ao longo de vários anos trabalhando com população especial, mais 
precisamente com a deficiência mental, quanto às dúvidas por parte de alguns 
profissionais sobre a importância de avaliar a referida população. 
Outro fator importante que analisaram, também pela pouca informação, 
foi o desconhecimento dos instrumentos avaliativos por parte de alguns 
profissionais, levando-os a indagar se efetivamente as baterias de testes usuais 
estão disponíveis para a população com deficiência mental. 
Ao mesmo tempo em que as informações são relativamenteescassas, 
nota-se um grande problema quando se observa na literatura a compilação ou 
utilização de testes padronizados aplicados com populações que não 
apresentam características de deficiência mental, o que pode levar a uma 
preocupação de caráter metodológico para algumas variáveis apresentadas 
pelas pessoas portadoras de deficiência mental. 
As análises e as ponderações feitas pelos pesquisadores acima levaram 
à conclusão de que o assunto avaliação e intervenção é relevante, devendo ser 
estimulado na educação especial, pois certamente haveria benefícios às 
pessoas com deficiência mental e ao próprio profissional no desenvolvimento de 
seus planejamentos. 
Dada a diversidade de suas dificuldades, ponderam que não foi fácil 
identificar com precisão as medidas dentro do Programa de Educação Física 
Orientado para melhorar as habilidades motoras das pessoas com deficiência 
mental, bem como que tipos de testes deveriam ser aplicados. 
Observaram que os resultados das avaliações no pós-teste foram 
significativos para ambas as pernas – esquerda e direita –, o que demonstra uma 
interferência das atividades desenvolvidas durante o Programa de Educação 
Física Orientado. 
Entretanto, alguns sujeitos não tiveram rendimento satisfatório no pós-
teste, indicando uma necessidade de mais tempo para as intervenções e 
análises mais profundas sobre outros comportamentos. 
Levando-se em conta estas limitações, e para que haja aquisição ou 
melhora da coordenação corporal no teste salto monopedal entre pessoas 
 26 
 
 
portadoras de deficiência mental, torna-se necessário observar alguns princípios 
gerais, tais como: 
•Estímulo tanto quantitativo como qualitativo das atividades motoras; 
•Elaboração de atividades adaptadas às dificuldades específicas dos 
sujeitos; 
•Redução da influência dos problemas de comportamento (ansiedade, por 
exemplo) nas habilidades motoras; 
•Redução da influência das dificuldades no tocante às habilidades 
motoras sobre outras funções tais como a motivação; 
•Estimulação do desenvolvimento perceptivo-motor. 
Os autores ainda ponderaram ser necessário também estimular e 
desenvolver estudos dentro desse tópico geral, como, por exemplo: a verificação 
de quais os tipos de tarefas motoras planificadas, e de quais testes 
correspondam a tipos específicos de tarefas de habilidades da vida cotidiana; 
estudos sobre populações de crianças com problemas específicos, uma vez que 
são diferentes em níveis e graus de deficiência, tentando associar estes aos 
comportamentos adaptativos e não apenas e simplesmente à deficiência mental. 
Recomendaram ao final da pesquisa, também para futuros estudos 
semelhantes, que haja avaliações antropométricas em conjunto com a testagem, 
pois o peso corporal pode ter sido um fator de interferência nos resultados, não 
tendo sido, contudo, controlada esta variável. 
Em trabalho mais recente, Rodrigues et al (2018) avaliaram o perfil 
psicomotor de 15 escolares do ensino fundamental, em uma escola pública, com 
diagnóstico de DI, usando as seguintes variáveis: a) frequência (ou não) em sala 
de recursos multifuncional (SRM); b) classificação da DI; c) idade; c) raça/cor; d) 
série escolar. 
Para avaliação do perfil psicomotor foram utilizados os seguintes 
instrumentos: Teste de Proficiência Motora de Bruininks-Oseretsky (BOT-2), 
versão breve; Avaliação Psicomotora 
Os dados obtidos mostraram que a maioria dos sujeitos apresentou 
desempenho “muito abaixo do esperado” em todos os subtestes que compõem 
o BOT-2. Do mesmo modo, desempenho inferior à idade cronológica foi 
identificado na Avaliação Psicomotora. Não foram encontradas diferenças 
estatisticamente significativas nos subtestes do BOT-2 quando se analisou 
 27 
 
 
frequência (ou não) em SRM, gênero e raça/cor. Contrariamente, melhor 
desempenho em algumas habilidades psicomotoras foi encontrado em função 
da idade, série escolar e classificação da DI. 
As autoras discutem a relação entre desenvolvimento psicomotor e 
aprendizagem e chamam a atenção para a necessidade de se utilizar os 
pressupostos da Psicomotricidade no contexto escolar, principalmente na SRM. 
Com isso, pode-se auxiliar as crianças com deficiência intelectual a maximizar 
as suas potencialidades e, como resultado, possibilitar melhora no seu 
desenvolvimento global (cognitivo, afetivo, social). 
Ambos os trabalhos apresentados deixam claro a importância de se 
conhecer a criança, os déficits, as avaliações, a SEM e como o trabalho 
psicomotor contribui para melhorar a aprendizagem e a interação social desses 
sujeitos. 
 
7. TRABALHO PSICOMOTOR COM PESSOAS COM 
PARALISIA CEREBRAL 
 
 
Segundo Souza e Ferraretto (2001), a Paralisia Cerebral foi descrita pela 
primeira vez em 1843 por um ortopedista inglês chamado William John Litle 
como uma rigidez espástica. O termo “Paralisia Cerebral” foi introduzido por 
Freud para diferenciá-la da Paralisia Infantil causado pelo vírus da Poliomielite. 
As pessoas com paralisia cerebral, assim como qualquer outra condição 
de saúde, necessitam de uma rede de cuidados devidamente articulada, na 
perspectiva do compartilhamento do cuidado entre as equipes de Saúde e a 
família, e nas melhores estratégias para o desenvolvimento de um projeto 
terapêutico de qualidade envolvendo todos os aspetos de sua saúde, não 
centrado apenas nas condições atreladas à paralisia cerebral. 
Como a paralisia cerebral se caracteriza por lesão persistente e não 
progressiva cujas deficiências e habilidades mudam com o tempo, em uma 
mesma pessoa, pode-se observar melhora devido à maturação de regiões do 
sistema nervoso que permaneceram intactas, além do fenômeno da 
 28 
 
 
neuroplasticidade associado à estimulação e ao trabalho terapêutico da 
fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Quanto menor o tempo para 
iniciar a estimulação, maior será o aproveitamento da plasticidade cerebral e 
menor o atraso do desenvolvimento. Porém pode haver piora do quadro devido 
ao advento de convulsões, às vezes incontroláveis, assim como a degeneração 
osteoarticular decorrente de posturas anômalas (HERNÁNDEZ-MUELA et al., 
2004). 
Para Bobath e Bobath (1978), a pessoa com paralisia cerebral, é uma 
sequela de uma agressão encefálica, que se caracteriza por um transtorno 
persistente, do tono, da postura e do movimento do sujeito, uma agressão não 
progressiva, mas geralmente mutável, quando nos referimos as suas sequelas. 
Em muitos casos a inteligência do portador é normal, a não ser que a lesão tenha 
afetado áreas responsáveis pelo pensamento ou pela memória. Portanto, uma 
pessoa com paralisia cerebral não pode ser classificado, exclusivamente, como 
uma pessoa com deficiência intelectual. 
Machado (1981) enfatiza que o sistema nervoso dá vida de relação a 
todas as partes do corpo, relacionando o organismo com o meio, os quais são 
conduzidos do cérebro por neurônios sensitivo através da medula ou tronco 
encefálico a todos os receptores do corpo, portanto, a coordenação de todos os 
movimentos do corpo é feita pelo cérebro, e no caso da pessoa com paralisia 
cerebral, esses estímulos foram de alguma forma bloqueados, causando aos 
seus portadores sequelas, como ausência de coordenação motora, dificuldades 
na fala, em alguns casos paraplegias, tetraplégicas, e assim sucessivamente. 
Acredita-se que estímulos ao SNC, aplicados de formas coerentes 
apresentam resultados satisfatórios, onde as células nervosas (neurônios) 
vizinhas a da lesão, acabam por se adaptar e assumirem, em partes, a função 
da célula afetada. 
Marchean et al (1996, p. 171) cita que através de um estudo derivado de 
uma lesão central do córtex, onde região afetada foi a da coordenação fina do 
sujeito, mais precisamente nos dedos, eapós estímulos sensoriais: “a função do 
tecido destruído foi assimilado pelo tecido nervoso vizinho intacto à custa de uma 
assimilação da sensibilidade...”. Dessa forma podemos dizer que através de 
estímulos adequados, pode-se ao menos minimizar sequelas na pessoa com 
paraliasia cerebral. 
 29 
 
 
Mais uma vez, partiram da premissa que o desenvolvimento completo do 
sujeito se dá por aspectos motores, cognitivos, psicológicos e neurológicos e 
tendo como base, o BPM (Bateria Psicomotora) idealizada por Fonseca (1992), 
procurou-se identificar a influência do equilíbrio, da tonicidade, da lateralização, 
da noção do corpo e das praxias global e fina no resultado motor final, utilizando-
se de uma abordagem transversal para analisar as alterações psicomotoras em 
pessoas com paralisia cerebral utilizando como instrumento o teste BPM (Bateria 
Psicomotora) de Vitor da Fonseca. 
De acordo com os resultados, puderam verificar que as tarefas de 
execução voluntária, tiveram respostas imperfeitas ou incompletas, sendo 
realizadas com dificuldade. Conforme Fonseca (1992), a pessoa com paralisia 
cerebral pode falhar em muitas tarefas da bateria. Encontraram maior dificuldade 
na realização das tarefas de equilíbrio, de praxia fina e global, pois a própria 
lesão cerebral já é caracterizada pelo encurtamento e atrofia dos flexores 
dificultando a noção de respostas motoras dos sujeitos. 
De acordo com o escore final, a média dos avaliados foi boa, mas com 
dificuldades na realização e com falta de controle. O teste não pode ser utilizado 
como identificação de um possível déficit da lesão cerebral, mas somente como 
um fator que indica uma disfunção psicomotora da aprendizagem e na 
coordenação motora. 
Os resultados mostraram a área onde o sujeito tem um maior 
comprometimento ou atraso psicomotor, e reconhecendo a extensão do 
problema, o profissional saberá onde trabalhar e como aplicar o estímulo a 
pessoa com paralisia cerebral, bem como fazer um desenvolvimento global de 
sua coordenação motora. 
A pessoa com paralisia cerebral depende em grande parte de um estímulo 
externo para conseguir desenvolver sua coordenação motora. A Educação 
Física desenvolve um papel importante nessa estruturação motora oferecendo 
recursos para tais estímulos. 
Os autores perceberam que a BPM pode ser utilizada como forma de 
identificação das capacidades motoras e psicomotoras, desde que utilizada 
como uma avaliação individual, pois a lesão cerebral determina a diferenciação 
dos afetados. Inferem que deve-se considerar a importância de estudos nessa 
área, pois a coordenação motora influencia diretamente no desenvolvimento 
 30 
 
 
global da criança, como o falar, o caminhar, o físico, mental e o social, fatores 
importantes para um bom relacionamento dentro da sociedade. 
 
 
8. EDUCAÇÃO PSICOMOTORA: UMA PRÁTICA 
POSSÍVEL? 
 
8.1 A Avaliação 
 
É bastante comum que crianças em trajetória acadêmica encontrem 
algumas dificuldades na realização das atividades propostas pelos professores. 
Porém, as possibilidades que tais problemas caracterizem alguma dificuldade 
de aprendizagem necessitam de avaliação global para esclarecer a dúvida e 
orientar um trabalho de auxilio à aprendizagem da criança. 
 
Assim, destacaremos três tipos impor tantes de avaliação a serem 
realizadas: 
 
Avaliação Global 
 
A avaliação global tem como característica a localização precisa do 
estabelecimento da dificuldade de aprendizagem. Trata-se de um processo 
capaz de avaliar se as causas das dificuldades suspeitas podem ser 
encontradas ou não, pois são avaliadas especificamente. 
 
A avaliação em questão deve contar com profissionais como: 
 
• psicólogo educacional; 
• pediatra; 
• fonoaudiólogo; 
 31 
 
 
• fisioterapeuta; 
• terapeuta educacional. 
 
Avaliação diagnóstica 
 
A avaliação diagnóstica é realizada por um psicólogo e o pediatra da 
criança. De acordo com Selikowitz (2001, p. 17), ela ocorre em quatro estágios: 
 
 
Figura: 06 
Estagios da avaliação diagnóstica 
 
 
 32 
 
 
 
Figura: 07 
Como fazer uma avaliação 
 
 
A avaliação da criança – o papel do psicólogo 
Após a anamnese, o psicólogo deverá passar um tempo com a criança a 
fim de familiarizar-se com ela, visando a melhor eficácia do teste. 
Posteriormente, aplicará testes psicométricos que têm como objetivo estimar as 
habilidades da criança, estabelecendo comparações a partir de parâmetros com 
crianças da mesma faixa etária. 
É impor tante que a família assista ao teste da sua criança, pois, além de 
compreendê-lo, podem contribuir com os resultados informando ao psicólogo se 
o desempenho da criança está coeso ao seu padrão normal. Só se deve tomar 
cuidado para a família não intervir durante a aplicação do teste, comprometendo-
o. 
 
 
 33 
 
 
8.2 Intervenção prática para contribuição da aprendizagem da 
pessoa com deficiência 
 
Aprender não é tarefa fácil e com a aprendizagem podem aparecer 
dificuldades, problemas, insucessos e tantas outras coisas. Nenhum aluno 
está isento a dificuldades de aprendizagem, mas quando aparecem, é 
necessário estar preparado para lidar com elas e promover a aprendizagem. 
Diagnosticar se um indivíduo tem ou não, esta ou aquela dificuldade de 
aprendizagem não é tarefa fácil, depende de características apresentadas, de 
condições de aprendizagem, entre outros aspectos. 
A seguir, algumas causas de deficiência de aprendizagem que devem ser 
excluídas antes do diagnóstico de dificuldade específica, principalmente no 
ambiente escolar: 
 
• dano visual ou auditivo; 
• incapacidade intelectual; 
• incapacidade física, como caso de paralisia cerebral; 
• falta de familiaridade com a língua de instrução; 
• falta de apoio familiar; 
• falta de motivação; 
• ausência frequente; 
• dano cerebral, como traumatismo craniano ou meningite; 
• epilepsia de petitmal; 
• medicamentos e drogas que prejudiquem a aprendizagem. 
 
Quando uma dificuldade de aprendizagem é diagnosticada, é preciso 
que o especialista, a família e a escola contribuam na intervenção a fim de 
sanar o problema, mas destacaremos como é possível realizar esse trabalho 
dentro da escola, principalmente no que se refere a pontos específicos e 
passíveis de intervenção no ambiente escolar. 
 
 
 
 34 
 
 
 
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