Prévia do material em texto
T r i c o l o g i a T r i c o l o g i a Imagens: https://calviciebh.com.br/o-que-e-tricologia-capilar/ Tricologia — 2 — Sobre a Faculdade Propósito • Transformar a vida do profissional da Saúde para o melhor. Missão • Nossa missão é impulsionar o desenvolvimento pessoal e profissional desses espe- cialistas, capacitando-os com conhecimentos avançados e técnicas inovadoras. Visão • Proporcionar educação de excelência nos campos da Saúde, Estética e Bem-Es- tar e Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e inter- nacional. Valores • Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e influenciando mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora. • Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da empresa, diferenciando nossos beneficiários no mercado competitivo. • Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as regu- lamentações e legislações vigentes. • Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons relacionamentos. • Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e capazes de justificar as nossas ações e decisões. Copyright© Nepuga – 2022 - Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada, reproduzida ou armazenada em qualquer forma ou meio, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc, sem a permissão por escrito da Instituição. Tricologia — 3 — Su m ár io 1. Introdução e Historia ......................................................................................................................4 2. Estrutura da haste Capilar e Couro Cabeludo ............................................................ 7 4. Curvatura do cabelo ................................................................................................................... 15 5. Ciclo do crescimento Capilar ............................................................................................... 18 6. Aspectos gerais do fio de cabelo ....................................................................................... 21 7. Principais doenças do couro cabeludo ......................................................................... 22 8. Tratamentos de Terapia Capilar .......................................................................................28 8.1 Microagulhamento ..............................................................................................................28 8.2 Fotobiomodulação ou LEDterapia .............................................................................29 8.3 Argiloterapia ............................................................................................................................. 32 8.4 Ozonioterapia Capilar ......................................................................................................34 8.5 Mesoterapia Capilar ...........................................................................................................35 8.6 Carboxiterapia Capilar .....................................................................................................35 FICHA DE AVALIAÇÃO CAPILAR .................................................................................................... 37 Referências bibliográficas ............................................................................................................39 Tricologia — 4 — 1. Introdução e Historia Pesquisa realizada pela Internacional Society of Hair Restoration Surgery (ISRHRS), aponta que o cabelo é um dos atributos estéticos que mais afeta a auto estima. Alguns dados interessantes podem ser observados neste estudo, tal como 75% dos homens que têm perda capilar sentem-se menos confiantes, principalmente nas questões de relacionamento amoroso, e 62% relatam que o cabelo “feio” ou a inexistência dele, afe- ta a carreira. Muitas pessoas dizem que os cabelos, são a moldura da face, contam um pouco sobre você a depender de como os utiliza, fazendo com que sinalizem formas de en- carar a vida e, muitas vezes são indicadores importantes nas mudanças do compor- tamento pessoal. Além de estar associados à beleza de uma pessoa, a autoestima e bem-estar; também podem servir de parâmetro para diagnostico de doenças, seja por sua obser- vação macroscópica ou microscópica. São responsáveis pela proteção da pele contra a radiação solar, além de ajudar a diminuir o atrito com a pele, a proteger orifícios e, em algumas áreas do corpo, têm função tátil, de percepção de sensibilidade. Em razão disso, apesar de não apresentarem importância maior para a sobrevi- vência do indivíduo, os cabelos têm valor indiscutível como ornamento pessoal. Em al- gumas culturas, o aspecto dos cabelos assinala diferenças sociais ou profissionais; já em outras, atende a exigências religiosas ou até mesmo a posicionamentos políticos. Cortá-los, penteá-los, pintá-los de acordo com os próprios desejos são maneiras que cada um tem de demarcar sua individualidade. Contribuindo para uma imagem clássica ou radical, os cabelos são repletos de significados associados a conceitos de ousadia, juventude, liberdade, sedução e poder. Constituem-se na característica mais marcante e variável dos seres humanos, tornando-se ingredientes fundamentais da identidade pessoal. Para muitos, perdê-los é um desfiguramento grave como citamos acima. Muito embora sua origem do grego signifique thricos (cabelo) e logia (estudo), a tricologia possui uma abordagem mais ampla, esse ramo da ciência paramédica es- tuda e trata pelos, barba, cabelos e couro cabeludo; além de se ocupar de doenças, tais como a queda de cabelo e o comprometimento do couro cabeludo, e obviamente aborda recursos para melhorar o aspecto estético. As primeiras tentativas de se analisar a haste capilar capilar com finalidade diag- nostica, foram feitas e publicadas por Hoppe em 1858, o estudo consistia em analisar substancias no cabelo de cadáveres exumados 11 anos após o sepultamento, e surpre- endentemente acabaram por determinar substancias ainda existentes. Tricologia — 5 — A tricologia nasceu na Europa no ano de 1902. Um grupo de médicos, cientistas e cabeleireiros ingleses se reuniram para estudar as doenças de couro cabeludo, e para facilitar e socializar as informações e achados resolveram fundar o College of Disea- ses of Hair (Faculdade das Enfermidades do Cabelo), dessa forma poderiam promo- ver estudos e compartilhar conhecimentos por vias confiáveis do mundo cientifico. E vinte anos depois, 1925, criou-se o Institute of Trichologist, que até hoje é um dos cen- tros de referência sobre questões ligadas a saúde capilar, graças a seu trabalho sério é prestigiado. Mas esses eram estudos mais fenotípicos e macroscópicos. Nos anos de 1928, Sr. Francis Law, funda o Hospital Scalp and Hair (Hospital do Ca- belo e Couro Cabeludo). Esta instituição prestou diversos serviços públicos e se tornou muito respeitada. E assim o conceito de Tricologia começou a se solidificar, no entanto ainda era muito superficial. Flesch (1945) propõe o uso da haste capilar como material biológico de analise para a identificação de oligominerais, infelizmente não obteve grande sucesso por dois motivos, primeiro porque a urina e sangue já se apresentavam consagradas como material de analise, e segundo somente no final da década de 30, a chamada era da medicina industrial é que se começa a privilegiar os exames como base para diagnostico. Goldblum (1954), ou seja, após 96 anos após os estudos preliminares com cadá- veres, é que se conseguiu isolar anfetamina de pelos de ratos. Neste momento obser- vasse uma divisão entre o estudo acadêmico investigativo e o clinico desenvolvido pelos tricologistas. Nos anos 60 e 70, pesquisadores da área de nutrição, começaram a investir na análise e estudo da haste capilar para avaliar o nível nutricional de seus pacientes. Somente em 1974, uma associaçãosem fins lucrativos foi criada na Califórnia, Es- tados Unidos, a International Association of Trichologist (IAT) está presente em todo o mundo e promove o estudo, a pesquisa e a prática legítima, em todos aspectos, do tratamento e cuidados do cabelo e do couro cabeludo. Nos dias de hoje sua sede fica na cidade de Sydney, Austrália, onde é presidida pelo renomado e internacionalmente reconhecido tricologista, Mr. David Salinger. Em 1979, de Baumgartner determinou a concentração de opiáceos no cabelo hu- mano, através de extração com metanol e radioimunoensaios (RIA). Uma curiosidade que merece nota é a respeito da morte de Napoleão Bonaparte, muitos acreditam que ele tenha sido envenenado, a verdade é que por meio da aná- lise de sua haste foi observada elevados níveis de arsênio, o que não era incomum para a época pois essa substancia era usada para tratamento de várias doenças. Tricologia — 6 — O mesmo é feito hoje em dia para detecção de níveis de mercúrio (Hg) na popu- lação de um vilarejo do Iraque, que utilizou um defensivo agrícola nas plantações de trigo utilizado para o pão. Com o desenvolvimento da técnica de espectrofotometria de absorção atômica, em 1980, a detecção de elementos traço pode ser feita com certa facilidade. Atualmente existem muitos dados disponíveis na literatura, mas há dificuldade de se diferenciar entre contaminação exógena e endógena. Procedimentos de coleta e preparo da amostra, além de fatores como sexo, ori- gem étnica, hábitos alimentares, localização geográfica do indivíduo e características morfológicas do cabelo, requerem muitos parâmetros comparativos, mesmo assim a análise da haste é bastante utilizada em criminalística seja para identificação do indivíduo por meio do DNA, ou como no caso de Napoleão Bonaparte, observar traços de substancias suspeitas e ingestão inadequada de agrotóxicos ou drogas ilícitas. Os elementos traço (oligominerais) ainda auxiliam no diagnóstico de distúrbios de aprendizagem, problemas emocionais e nutricionais; detecção de doenças e dis- túrbios metabólicos entre outros No Brasil, a análise de cabelo é solicitada principalmente por profissionais orto- molecular, como forma de avaliação nutricional (elementos essenciais presentes em baixa ou alta concentração) e possíveis contaminações por metais pesados, acre- ditasse que as concentrações encontradas na haste, refletem os percentuais dessas substancias no organismo, e a importância é que esses elementos traço são impor- tantíssimos para a formação das proteínas quaternárias que ao fim formam nossa parte estética. Citam-se como exemplo os elementos Cr, Co, Cu, Mn, Mo, Ni, Se, Sn, V e Zn que são essenciais ao organismo, mas se estiverem presentes em excesso podem provocar várias doenças ou até mesmo a morte. Elementos tais como Tl, As, Sb, Bi e Hg não são essenciais26, sendo sempre inde- sejáveis em qualquer concentração. Em 2009, grupos acadêmicos envolvidos com a formação em visagismo convida a IAT para uma apresentação sobre a possibilidade da realização de uma Formação Internacional em tricologia com certificação, ministrado em língua inglesa. Por meio da tricologista Sandra Rojas, e a Academia Brasileira de Tricologia (ABT) iniciou-se um movimento para a criação do Congresso de Tricologia Hair Brasil. No ano de 2018, Mr. David Salinger resolve organizar uma publicação com 57 pro- fissionais de 24 países do mundo, incluindo os brasileiros Sandra Rojas e Ademir Car- valho Leite Junior, presidente IAT/Brasil, intitulada “HAIRY TALES – trichologists from around the world tell their Stories” Tricologia — 7 — O estudo da haste capilar, auxilia a solucionar vários problemas de ordem estéti- ca e saúde. Existe, no Brasil hoje uma gama grande de profissionais, do laboratório á clinica que se dedicam a desvendar os mistérios escondidos no fio de cabelo e, assim como em outros países, há um interesse crescente pelos tratamentos alternativos e preventivos. Vamos conhecer mais sobre o Cabelo e o Couro??? 2. Estrutura da haste Capilar e Couro Cabeludo Fonte: https://encurtador.com.br/nENV0 O couro cabeludo é uma estrutura tegumentar (epiderme + derme + hipoderme), como qualquer outra do corpo. A diferença é que está repleta de pelos e/ou cabelos. Essas estruturas designadas hastes capilares, são invaginações do estrato córneo que além de dar suporte para o fio de cabelo, também revestem externamente a glândula sebácea (A) como podemos observar na figura acima. Outra peculiaridade que merece destaque é que no couro cabeludo além das tradicionais camadas da epiderme (camada basal, camada espinhosa, camada granulosa e estrato córneo) podemos observar uma camada que é própria de regiões que não possuem penu- gem, pelos e cabelo, estamos falando da camada Lúcida. Essa camada é responsá- vel pela produção de uma substância viscosa chamada eleidina. A função da eleidi- na ainda não está totalmente esclarecida, mas fisiologicamente falando, parece que se apresenta como um substituto a secreção sebácea, já que a ausência de pelos e cabelos também faz com que a secreção dessa glândula fique prejudicada por ser intimamente ligada ao folículo piloso. Afim de fazer uma revisão da estrutura arquitetônica da pele, e melhor compre- ender essas camadas preparamos a tabela a seguir. Tricologia Camada Características Es tr at o C ór ne o É a camada mais externa da epiderme. Nele estão presentes células mortas, com grande quantidade de queratina, que se descamam continuamente. A espessu- ra do estrato córneo é determinada de acordo com o estímulo que recebe. A sola dos pés, por exemplo, apresenta uma maior camada quando comparada com a região da barriga. Os calos são resultados do estímulo constante dessa região da epiderme. Es tr at o Lú ci do Localiza-se imediatamente abaixo do estrato córneo. É observada em locais onde a pele é mais fina, pouco espessada, e sem pelos, cabelos ou penugem. Essa re- gião detém células mortas, anucleadas e achatadas em fase de degeneração. Não se observa a existência de glândula sebácea, por esse motivo as células desse estrato secretam a eleidina, uma substância graxa gordurosa responsável por lubrificar e hidratar as estruturas da pele. Es tr at o G ra nu lo so Formada por células que acumulam grânulos de melanina. Ao serem expostos a luz os grânulos que são fotossensíveis se rompem e formam uma camada na porção apical da célula afim de proteger os orgânulos citoplasmáticos e impedir que os raios ultra violetas danifiquem, seja de forma perene ou episódica, a pele e assim abrir a possibilidade de desenvolvimento de uma neoplasia. Es tr at o Es pi nh os o Apresenta células de forma poliédrica, unidas em virtude da presença de pro- jeções citoplasmáticas, da grande quantidade de desmossomos e de uma substância encontrada entre as células que é formada principalmente por glico- proteínas e lipoproteínas. Es tr at o G er m in at iv o O u Ba sa l É a camada mais interna da epiderme. É nela que se encontram as células que sofrem divisão celular, portanto, é essa a camada responsável pela formação das camadas mais superiores e, consequentemente, pela renovação da epider- me. No estrato germinativo ou basal estão também os melanócitos, responsáveis pela produção de melanina, pigmento que atua na proteção contra os raios ul- travioletas, além de dar a cor a pele. Uma característica importante a respeito das células epidérmicas é que, à me- dida que elas se afastam do estrato germinativo, elas aumentam sua quanti- dade de queratina. Consequentemente, a resistência mecânica das células da epiderme é maior nas camadas superficiais. Os pelos desenvolvem-se em inva- ginações da epiderme denominadas de folículos pilosos. Essas invaginações re- pousam na derme, mas são por essência estruturas epidérmicas. Podemos notar que o folículo é a estrutura epidérmica que mais recebe vascularização, inerva- ção, nutrição e hidratação dérmica. No fundo desse folículo, células sãoprodu- zidas, empilhando-se e queratinizando-se. Essas células originam a conhecida haste capilar. Tricologia — 9 — Podemos perceber que a camada basal ou estrato germinativo, faz parte como primeiro estrato da epiderme e ao mesmo tempo como limite da derme. Além de suas células de queratina e melanina, o estrato basal está em intima ligação com elementos da derme e da epiderme. Essa faixa de elementos não tem um limite de- finido visualmente, mas é designado como Junção Dermoepidérmica, é uma região onde a epiderme e a derme têm sido objetos frequentes de estudo. Engloba desde a membrana inferior do queratinócito basal até a derme superficial. Poderíamos resumir como uma zona de transição com os queratinócitos basais e fibroblastos dérmicos, composta por glicoproteínas, colágeno e fibras. À medida que envelhecemos perdemos essas proteínas de sustentação e con- sequentemente um “afrouxamento” da junção. Com essa falta de rigidez a junção dermoepidérmica fica flácida e perde a capacidade de manter suas invaginações, ou seja, os folículos e assim notamos que com a idade há uma diminuição sensí- vel de volume capilar, obviamente outros fatores como o hormonal também es- tão relacionados, mas o que queremos chamar atenção é que o déficit existente é conjunto ou seja não podemos envelhecer ou preservar apenas um aspecto da involução. Na figura a seguir observamos “A” uma pele jovem e “B” a pele envelhecida com comprometimento da junção. A Pele Jovem Pele Madura B Fonte: google.imagens Logo abaixo da epiderme, está a derme, camada responsável por nutrir a epi- derme, entre outras funções. Ela é formada por tecido conjuntivo e, diferentemente da epiderme, é vascularizada e contém nervos, além dos folículos pilosos e glându- las sudoríparas e sebáceas. Essa camada é rica em fibras de colágeno e elastina, o Tricologia — 10 — que garante rigidez e elasticidade para a pele como um todo. A derme, assim como a epiderme, apresenta camadas. A camada papilar é a mais superior e apresenta depressões que aumentam a superfície de contato entre a derme e a epiderme. A camada mais inferior é a reticular, nela estão localizados os vasos sanguíneos e lin- fáticos, bem como as terminações nervosas, glândulas e os folículos pilosos. O COURO CABELUDO LOCALIZA-SE NO TECIDO CONJUNTIVO DENSO É importante para o revestimento e proteção do crânio humano Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Meninges-ca.svg O couro cabeludo refere-se à parte da pele que cobre o crânio. Este revestimento contínuo, flexível e resistente é composto por várias camadas. É a parte viva do ca- belo que é implantada na sua camada superficial. Em adultos sem queda de cabelo, o couro cabeludo mede entre 600 e 700 cm2. Com 2.500 receptores por centímetro quadrado, é uma parte extremamente sensível do nosso corpo. Normalmente os in- divíduos possuem em média de 100.000 a 150.000 fios de cabelo ou haste capilar. Este número varia de pessoa para pessoa pois é uma herança genética, mas vale res- saltar que o número de hastes determinadas pelo patrimônio genético do indivíduo; o acompanhará por toda a vida, não existe forma para se desenvolver mais fios de cabelo do que foi herdado. Como dissemos anteriormente é constituído por um tecido protetor na superfície (a epiderme) e um tecido de suporte nutritivo profundo (a derme), que contém inú- meros vasos sanguíneos dos quais a raiz do cabelo (o folículo piloso) desenvolveu uma zona de troca para retirar nutrientes importantes para a saúde do fio, porem também a superfície do couro cabeludo também deve ser bem hidratada e refrige- rada para que se observe não somente um fio saudável, desempenhando as suas funções de barreira física e isolante térmico, como também deve ser bonito e esteti- camente agradável. Tricologia — 11 — 1. Massa encefálica 2. Osso crânio 3. Aponeurose 4. Periósteo 5. Tecido subcutâneo 6. Derme 7. Epiderme 8. Pelo 1 3 2 4 5 6 8 7 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Couro_cabeludo CURIOSIDADE O cabelo do feto começa a se formar por volta de dois meses a dois meses e meio de gestação. A epiderme emite um sinal para a derme que se modifica fazendo pequenos ‘beliscos” nas células da camada basal, puxando um botãozinho que se tornara a invaginação em que encontraremos a papila dérmica. A papila apre- sentara nervos e receptores de hormônios. A inclinação do folículo vai determinar mediante a epiderme irá determinar forma do fio no pós nascimento: • Fios perpendiculares = grossos e lisos • Fios inclinados = cacheados • Fios paralelos = muito enovelados O couro cabeludo é uma estrutura bastante enervada e vascularizada da qual surgem os pelos. Uma de suas funções é proteger o sistema imunológico, promover isolamento térmico e servir de barreira física contra possíveis lesões. No início do nosso texto dissemos que o couro cabeludo é um segmento de pele como outro qualquer, no entanto há uma pequena diferença em sua regeneração. Tecidos como a pele se renovam em média a cada 28 dias e quando lesionados e obrigados a reparar e cicatrizar podem levar mais tempo, já o couro cabeludo produz novas células no período de 14 dias ou até em menos tempo, em caso de inflamação no folículo piloso. Ao se renovarem, os componentes fisiológicos des- Tricologia — 12 — sa região são descartados em forma de escamas, eliminadas em forma de uma hiperdescamação ou inflamação, e assim tornam-se visíveis a vista desarmada (olho nu), sendo chamadas popularmente de caspa, o que não é necessariamente verdade. Alguns autores defendem que o termo caspa seja utilizado quando a des- camação seja provocada por um agente etiológico, por exemplo o estreptococo ou estafilococo que quando presentes no couro cabeludo formam crostas amareladas ou avermelhadas em áreas mais ou menos extensas, ou ainda a proliferação anor- mal de um microrganismo da família Malassezia (Pityrosporum ovale), que é uma levedura (fungo), obriga as células da epiderme se renovem muito rapidamente. Já outros autores chamam de caspa, qualquer descamação, seja ela por uma ex- posição excessiva ao sol provocando uma queimadura, ou a água muito quente no banho ou ainda a substancias químicas utilizadas nos cabelos para coloração ou alteração da curvatura. Produtos inadequados ao couro cabeludo como fixado- res ou gel modelador podem também provocar reações alérgicas com posterior descamação. Logo nem toda a descamação do couro é caspa. A caspa, também chamada de dermatite seborreica ou seborreia, é caracterizada pelas manchas vermelhas no couro cabeludo, provocando descamações e irritação no local. Esse fenômeno, de uma descamação visível, pode ocorrer também devido à influência de hormônios no crescimento dos pelos, podendo ser evitado com terapêuticas acertadas graças a uma boa avaliação. Outros motivos como baixa imunidade, ou, doenças auto imunes também provocam descamações indesejáveis. Seja lá o motivo que for e qual dos autores você pretenda seguir, a descamação ou caspa é um problema de furo do bloqueio de defesa de nosso organismo além de oferecer um aspecto estético nada desejável. Falaremos sobre essas e outras patologias do couro cabeludo e da haste capilar, mais adiante. Socialmente falando, é muito desagradável essas estruturas brancas na roupa Utilização inadequada de cosméticos Tricologia — 13 — Psoríase – Doença auto imune Vermelhidão e descamação em couro cabeludo por exposição ao sol em área com cabelos raspados A função fisiológica dos cabelos, nos primórdios da humanidade, era intimamen- te ligada a sobrevivência e proteção, principalmente aos raios solares e demais in- temperes da natureza. Hoje em dia, os cabelos não são mais necessários para a so- brevivência, apesar de ainda servir como isolante térmico para o couro cabeludo. A boa aparência dos cabelos está atualmente relacionada com o bem estar psicológi- co e um bom convívio social. Possuir um cabelo esteticamente agradável, ou seja, sedoso,com movimento e brilho, é o objetivo da maioria das pessoas. Mas o que o público em geral desco- nhece, e que você profissional esteta não pode ignorar, é que apenas tratar a haste visível não é o suficiente. Nossa haste capilar é dividida em estame (parte livre que surge da superfície da pele) e raiz (implantada abaixo da capa córnea até o folículo piloso), e um tratamento adequado deve considerar o comportamento de cada uma dessas regiões. Já falamos bastante sobre o couro cabeludo, mas aqui gostaríamos de te cha- mar a atenção para a haste capilar, que curiosamente divide com o couro cabeludo um mesmo componente químico que é a queratina, apesar de apresentarem dife- renças estruturais. Analise química do cabelo revela que 85% em media da massa do cabelo consiste em queratina e os outros 15% são denominados substancias não queratinosas. O principal aminoácido da queratina é a cisteina, os outros elementos químicos são basicamente formados por carbono (C = 51%), oxigênio (O = 21%), hidrogênio (H = 6%), nitrogênio (N = 17%) e enxofre (S = 5%), sendo estes os principais elementos da pele e do cabelo. Estame Raiz Fo nt e: h tt ps :// en cu rt ad or .c om .b r/ nA FJ V O ESTAME nada mais é que o chamado vulgarmente “fio de cabelo”, e é composto por 3 estruturas, cutícula, córtex e medula, que se estendem até aparte dita RAIZ, que também possui suas porções veja na ilustração seguinte todas as partes que compõe essa região mais interna. Tricologia — 14 — CURIOSIDADE Você já deve ter ouvi- do falar que o cabelo é uma fibra morta, não é mesmo? E é verdade! Se dividir- mos o fio em 3 partes, apenas o primeiro ter- ço possui atividade fi- siológica, sendo que os outros dois terços são mortos. 3º 1/3 2º 1/3 1º 1/3 Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/sistema-tegumentar/glandula-sebacea-bulbo-capilar/ A saúde de uma haste depende muito das regiões que possui. Vejamos abaixo: Porção Característica Bulbo Capilar Trata-se da base do folículo piloso, é formado pela matriz e papila dérmica, simplesmente é o que vulgarmente chamamos de raiz do seu cabelo, onde células de crescimento ativas são responsáveis pela produção dos fios e seu crescimento saudável Papila Dérmica Possui a capacidade de especificar a morfologia do cabelo e regular o reinício da fase de crescimento do ciclo capilar. Ao declínio da síntese dos elementos dérmicos, decorrente do envelhecimento do couro cabe- ludo, soma-se o declínio funcional folicular, com alterações da querati- nogênese do fio de cabelo. Matriz Capilar É a matriz do cabelo, a área onde a divisão celular está ativa. Um verda- deiro órgão em miniatura, produz constantemente células cuja acumu- lação e queratinização dão origem ao fio de cabelo. Bainha Radicular Divide-se em duas camadas: externa determina se o fio será liso ou encaracolado, e a interna que se apresenta como camada cilíndrica e dura de queratinócitos Músculo Eretor Do Pelo Ligados aos folículos, sua contração faz com que os pelos se arrepiem, conhecido como piloereção. Além disso, é o responsável por contrair a glândula sebácea. Glândula Sebácea Secreção rica em lipídios, como os triglicerídeos, ácidos graxos, é uma essa substância que garante a lubrificação da pele, evita o resseca- mento de pelos e impede a perda de água de maneira excessiva. Tricologia — 15 — O fio de cabelo é a parte livre e visível do cabelo. O seu diâmetro varia entre 70 a 100 microns e nessa espessura que encontramos 3 porções definidas, são elas: Medula Córtex Cutícula O córtex é a região mais importante do fio e é responsável por definir a forma, a cor, a resistên- cia, a elasticidade, a quantidade natural de umi- dade dos fios e a força. Fonte: https://www.loreal-paris.com.br A medula é a camada mais profunda do fio de cabelo e suas funções são direcionar o crescimento de novos fios de cabelo e auxiliar na termorregulação. Ela é a única camada da fibra capilar que se encontra em contato direto com o bulbo e apenas é encontrada nos fios mais grossos e fios brancos. Fonte: https://acquaflora.com.br Cutícula, entre as camadas é a mais externa e protege o fio. Na estrutura do fio de cabelo, a cutícula em seu estado normal é responsável por criar o brilho e a textura suave natural do cabelo. Além disso, ela reduz a fricção entre os fios. Fonte: https://pantene.com.br Fonte imagem: https://fitocosmetic.comunidades.net/morfologia-e-estrutura-macromolecular-dos-cabelos 4. Curvatura do cabelo Até a bem pouco tempo atrás, aproximadamente década de 2000, os cabelos eram classificados em três categorias, com nomes bastante peculiares. Cabelos mongólicos ou mongoloides, cabelos caucasoides ou caucasianos e os cabelos ne- groides. Esses nomes foram dados como uma espécie de homenagem aos grupos que os representava. A Mongólia por exemplo, é um país localizado na região centro- -leste da Ásia, fica entre a Rússia, ao norte do país, e a China, com quem faz fronteira ao sul, não possuindo saída para o oceano, seus representantes tem feições e carac- terísticas muito marcantes; cabelos lisos e escorridos sem curvatura. Os indígenas e os orientais também possuem esse tipo de cabelo. Tricologia — 16 — https://encurtador.com.br/gpzOS https://pt.wikipedia.org/wiki/ Weena_Tikuna https://www.deseosalondenver.com/ products/bellami-hair-extensions/ Os cabelos ditos caucasianos ou caucasoides, fazem uma homenagem a essa região do planeta chamada Cáucaso, é um conjunto montanhoso situado na parte meridional da Rússia, entre o mar Negro e o mar Cáspio, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, partes da Rússia, Turquia e Irã compõem essa área magicamente escondida entre as montanhas, que dividem o Oriente do Ocidente. Esse tipo de cabelo é liso, mas com umas duas ou mais curvaturas em seu comprimento, também é muito encontrado entre os Irlandeses, e Belgas e todo o leste europeu. https://br.pinterest.com/ pin/662521795167003428/ https://www.ritzcabeloestetica.com.br/ alongamento-de-cabelos-mega-hair/ https://www.instagram.com/fantasias- deluxoatelie/p/BkiASmHjr0Q/ Os cabelos ditos Negroides, são uma homenagem aos cabelos africanos com muita curvatura. E podem ser encontrados não somente na África, mas em todo o mundo onde houve a miscigenação. Aqui no brasil mesmo é um tipo bem comum de cabelo. Tricologia — 17 — https://encurtador.com.br/aEQR7 https://br.pinterest.com/ pin/767723067724777438/ https://todecacho.com.br/dicas-para- -ter-o-cabelo-crespo-grande/ No entanto o que deveria ser uma homenagem, acabou se tornando uma forma preconceituosa de se definir a curvatura dos cabelos. Por esse motivo hoje é bastan- te comum vermos autores e profissionais abolirem o termo mongoloide e negroide, passando a chamá-los de MONGÓLICOS e AFRO. Chamar de étnicos também não é correto ao que se refere a um cabelo com muita curvatura pois etnia todos nós temos, seja negra ou não. Com o passar do tempo notou-se que um cabelo cau- casoide poderia se apresentar com mais ou menos curvaturas centrais, o mesmo ocorrendo com o cabelo Afro que se apresenta com diversas curvaturas diferentes. Inclusive o antigo cabelo negroide foi subdividido em duas categorias de número 3 e 4. A imagem mostra as subdivisões desses cabelos representados pelos números 2, 3 e 4 e letras que vão de “a” ate “c”. 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo Fonte: https://todecacho.com.br/spa-dos-cachos/. (Adaptado) Tricologia — 18 — 5. Ciclo do crescimento Capilar Ao longo da sua vida, você percebera que os fios de cabelo nascem e caem cons- tantemente. O número de folículos que cada pessoa tem é ditado geneticamente e vai diminuindo graças a involução. Assim como quase tudo que tem vida, o ciclo capilar é composto por três etapas que corresponde ao nascimento, crescimento e morte da haste, essas 3 fases têm nome e características especificas: 1. Crescimento: anagênica ouanágena, estimada entre 2 e 7 anos, o pelo/cabelo nasce e cresce colado à papila de um a dois centímetros por mês e essa fase é mais longa nas mulheres. Cerca de 90% dos cabelos encontram-se neste pe- ríodo. Nesta fase, o folículo encontra-se saudável e as suas células têm uma atividade permanente. O comprimento do cabelo é determinado por esta fase, quanto mais tempo durar esta etapa, mais compridos serão os cabelos. 2. Transição: catagênica ou catágena: é nesta fase que o cabelo para de crescer, aproximadamente 1% dos fios estão nesta fase. Nesta etapa, que dura cerca de 3 semanas, o pelo deixa de crescer e separa-se da papila. A atividade das células do folículo é interrompida provocando uma interrupção do crescimento, e a que- da posterior, na qual o folículo muda de forma. 3. Repouso/Queda/Morte: telogênica ou telógena: Dura 3 meses essa é a fase em que os fios caem do folículo. É normal a queda de 50 a 100 fios por dia. A raiz des- cansa durante dois a quatro meses até que um novo fio comece a fase de cres- cimento. Quando terminar esta etapa, o ciclo capilar inicia-se novamente com a fase de crescimento. Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/pele-e-anexos/ Tricologia — 19 — Lembre-se, essas etapas assim como foram descritas acima, ocorrem sem ne- nhuma interferência externa, tais como estresse, doenças, uso de cosmético, técnicas de embelezamento, poluição e até mesmo a genética podem prolongar ou diminuir a vida útil de uma haste capilar. O ciclo completo de crescimento capilar pode chegar a 15, ao longo da vida de um indivíduo, dependera muito dos cuidados e manutenção que cada um desenvol- ver, vejamos abaixo um resumo das possíveis causas para uma haste ser compro- metida e assim impedir seu crescimento: Causa Característica Fa to re s G en ét ic os A genética é responsável por todas as nossas características genotípicas e fe- notípicas, inclusive do cabelo. No entanto nascer com predefinição para um ca- belo mais fino e menos resistente, ou ainda com problemas de crescimento, não é uma predestinação imutável. Atualmente existem várias opções de tratamen- tos que ajudam a estimular os folículos pilosos a entrarem ou permanecerem por mais tempo na fase Anágena, potencializando o crescimento dos fios. Fa to re s Ho rm on ai s/ M et ab ól ic os O desequilíbrio hormonal pode comprometer a estrutura capilar, causando res- secamento, quebra e queda dos fios. Etapas naturais da vida tais como puber- dade, gravidez e menopausa, causam mudanças que podem mudar o ritmo do crescimento do cabelo. Alterações patológicas como hiper e hipotireoidis- mo, doenças autoimunes, circulatórias, e alergias a certos tipos de alimentos também. Fa to re s nu tr ic io na is A alimentação tem influência direta na saúde dos cabelos, pois alguns nutrien- tes contribuem para formar a matriz capilar, sendo a matéria prima para a formação de uma haste saudável e com crescimento desejável. Proteínas, sais minerais, vitaminas, enfim uma alimentação balanceada são indispensáveis para um fio de cabelo bonito e saudável. Alimentos ricos em vitamina A, como cenoura, abóbora, tomate, papaia, beterraba, pimentão e folhas escuras, são fontes importantes para obtenção da matéria prima necessária. Fa to re s lig ad os a s aú de do C ou ro C ab el ud o Um couro cabeludo saudável é condição necessária para que o ciclo de cres- cimento ocorra de forma satisfatória. Problemas como a oleosidade excessiva, o ressecamento na pele da região, caspa e dermatite seborreica, são alguns dos fatores que podem prejudicar ou alterar de forma negativa a saúde capilar. Uma boa higienização, promover a aplicação e a remoção correta de qualquer produto, evitando o acúmulo de resíduos é condição necessária para a saú- de capilar. Realizar massagens no couro cabeludo periodicamente, para ativar a circulação auxilia no acesso do couro a nutrientes necessários para cresci- mento da haste. Tricologia — 20 — Fa to re s lig ad os ao E st re ss e O estresse libera substâncias químicas nocivas ao corpo e afetam a saúde de diversas maneiras, incluindo a capilar. Atividades que promovam relaxamento, exercícios físicos e uma boa rotina de sono ajudam muito. Fa to re s lig ad os ao s C os m ét ic os O uso incorreto, a quantidade, o tipo e a frequência de produtos devem ser obser- vados. O excesso de óleos, cremes para pentear, gel, fixadores e outros cosmé- ticos precisam ser feitos segundo a recomendação do fabricante e sobretudo, observar se você se adequa a esses produtos. Fazer uma boa higienização, com água a temperatura de 36 ºC, aplicar com suavidade sem escarificar o couro cabeludo e usar produtos de qualidade que possuam registro na ANVISA, dire- cionados para o seu tipo de cabelo, contribuem para garantir bons resultados. Coloração, descoloração/clareamento, permanente e alisamento afetam dire- tamente a cutícula protetora externa e o córtex interno. Os produtos químicos permanentes quebram as pontes dissulfeto, que mantêm unidas as cadeias po- lipeptídicas da queratina, podem causar danos como bordas irregulares da cutí- cula e fissuras na estrutura capilar interna, resultando numa fibra capilar rígida e sensível, propensa à quebra. Este tipo de dano capilar necessita de cuidados res- tauradores intensos para reestruturar a fibra capilar, e claro suspender o agente agressor. Fa to re s am bi en ta is Agressores externos como a poluição, exposição solar e variações de tempe- ratura abruptas são alguns dos fatores que comprometem a haste capilar. No caso da poluição, pequenas partículas aderem à superfície capilar; danificam as cutículas deteriorando as escamas e impedem que a luz seja refletida, esse fenômeno é chamado cabelo baço e tornam o cabelo incontrolável, áspero e propenso ao emaranhamento. O calor da luz solar também pode secar o ca- belo e torná-lo suscetível a danos. Todos estes fatores podem contribuir para a quebra de pontes químicas no interior da estrutura capilar. Fa to re s So ci ai s/ M ec ân ic os Babyliss, pranchas de alisamento, secador de cabelo ou touca térmica em ex- cesso podem trazer danos a cutícula e, medula e ao córtex. O calor quebra as pontes temporárias, que mantêm unidas as cadeias polipeptídicas no interior do cabelo. A exposição excessiva ao calor pode danificar irreparavelmente a estrutura capilar e também pode danificar o couro cabeludo, levando à queda de cabelo. Outras práticas como prender o cabelo com coques ou transas, apli- car megahair por períodos prolongados, fazer escovas várias vezes na sema- na, utilizar bonés, chapéu toucas e outros adereços por muito tempo também podem danificar a haste e o couro cabeludo. Uma pratica muito comum para as pessoas que possuem muito volume é umedecer o cabelo aplicar creme de pentear em excesso e prender, isso pode inclusive levar a formação de fungos. Tricologia — 21 — 6. Aspectos gerais do fio de cabelo As pontes de enxofre, sulfeto (carbono) e sa- linas são responsáveis pela estrutura permanente do fio e se o cabelo é encaracolado, liso ou cres- po são essas pontes que determinam a forma que eles nascem. Essas ligações são formadas por duas moléculas de aminoácido cis- teína que se ligam com moléculas de enxofre e formam uma molécula chamada Cistina. A quebra dessas pontes ocorre pela ação de produtos químicos. Fonte: https://blog.rishoncosmeticos.com.br/tag/formaldeido/ As proteínas do cabelo unem-se umas às outras por meio de ligações de hidrogê- nio, pontes dissulfeto (S–S) e ligações iônicas, as quais são responsáveis pela estabi- lidade estrutural, pela forma do cabelo e pela resistência mecânica dos fios. A ligação de hidrogênio ocorre entre um átomo de hidrogênio proveniente da hidroxila (-OH) O diâmetro de um fio de ca- belo varia de 15 mm a 120 mm, dependendo da origem étnica e seu enovelamento. Como já vimos a haste capilar possui três subdivisões: a cutícula, o córtexe a medula. Entretanto, alguns autores já consideram que o complexo da membra- na celular (CMC) é um dos elementos que constituem o fio de cabelo e não um ele- mento isolado, dada sua im- portância para a constituição da fibra capilar. Tricologia — 22 — de um aminoácido e o átomo de oxigênio proveniente do grupo carbonila (R2–C=O) de outro aminoácido. Quando o cabelo está molhado, estas ligações são favorecidas, então podemos alterar temporariamente sua forma como, por exemplo, quando se faz escova. Cadeia proteica Ponte dissulfeto Cistina S S O HO OH NH2 Cadeia proteica O NH2 7. Principais doenças do couro cabeludo São várias as doenças que acometem o couro cabeludo. Entender as principais doenças é fundamental para tentar identificar e buscar o tratamento adequado. Doença Característica Lí qu en P la no P ila r Causa: uma patologia inflamatória crônica, autoimune, que afeta a pele, as unhas, o couro cabeludo e, em alguns casos, a mucosa da boca e dos genitais. Sintomas: Provoca vermelhidão e descamação no couro cabeludo e o surgimento de pequenas bolhas arroxeadas. Se não tratada pode causar perda definitiva dos cabelos. Tratamentos: Não há tratamento a longo prazo eficaz para LPP. Os trata- mentos atuais visam o abrandamento da progressão da queda de cabelo e redução dos sintomas. Os corticosteróides tópicos, intralesionais e orais são o principal tratamento. Tricologia — 23 — Fo lic ul ite Q ue lo id ia na D a N uc a Causa: É incerta. A irritação da pele acontece pelo crescimento irregular de fios que não conseguem nascer naturalmente, ocasionando em infla- mação ou lesões. Mais comuns em homens que possuem tendências a acne, a foliculite queloidiana da nuca consiste em uma infecção crônica dos folículos pilosos, que em casos mais graves pode deixar fibroses ou cicatrizes queloides. Sintomas: pequenas bolas de pus ou lesões mais elevadas, inflamadas em volta dos fios. Geralmente ficam localizadas perto da nuca. Tratamento: Medicamentos. O procedimento chamado Ablação a laser é uma alternativa para o tratamento de lesões com o objetivo de evitar cicatrizes. Ps or ía se Causa: Ainda desconhecida. Embora possa existir uma predisposição fa- miliar ou hereditária, parecida com a caspa. Pode ser confundida com a dermatite seborreica. Sintomas: Irritação no couro cabeludo, mas pode desenvolver erupções nas unhas e também nas articulações. Leva a descamação intensa e es- branquiçada do couro. Tratamento: Cuidados com a pele para a remoção das escamas com óleo de girassol e hidratação intensa são recomendáveis. Pomadas e me- dicamentos específicos podem auxiliar, nota-se melhora com a exposi- ção solar e tratamento adequado, embora não cure. Tratamentos natu- rais indicam a exclusão de tomate e molhos bem como embutidos da dieta. Não se pode estimular com nenhum aparelho de eletroterapia ou esfoliantes. Ti ne a C ap iti s Causa: Provocada por fungos Sintomas: seu principal sintoma é a perda de cabelo localizada e o sur- gimento de placas, que podem inflamar e infeccionar. Pode provocar a perda definitiva dos cabelos se não tratada corretamente. Acomete mais crianças. Tratamento: realizada com antifúngicos sistêmicos, como griseofulvina, cetoconazol, itraconazol, fluconazol, terbinafina, e associada a antifúngi- cos tópicos como xampus de sulfeto de selênio 2,5%, ou cetoconazol, imi- dazois (clotrimazol, econazol, miconazol, etc. xampu de sulfeto de selênio. Tricologia — 24 — Fo lic ul ite Causa: inflamação em um ou mais folículos. Pode ser causada por uma infecção viral, fúngica ou bacteriana e pode estar presente em outras áreas do corpo. Nos casos mais graves, chama-se Foliculite Descalvante ou Dissecante. Sintomas: surgimento de pequenas espinhas vermelhas, com ou sem pus; a pele pode ficar avermelhada e inflamada; coceira e sensibilidade na região. Quando a inflamação atinge áreas mais profundas da pele, pode haver a formação de furúnculos. Não é incomum a perda de pelos e ou cabelos na região. Tratamento: Tratamentos estéticos são os melhores recursos para foli- culite, como: alta frequência, melaleucae vapor de ozônio. Alta frequên- cia tem função bactericida, fungicida, cicatrizante, que elimina o foco de bactérias, diminuindo a proliferação da mesma. D er m at ite S eb or re ic a Causa: é uma das doenças do couro cabeludo mais frequentes entre as pessoas. Presença de oleosidade excessiva no couro cabeludo, que está associada à descamação e inflamação. Essa doença é crônica e ocor- re em diferentes níveis de gravidade, tendo períodos no qual há melhora e piora dos sintomas. Sua causa pode estar relacionada a genética ou agentes externos como álcool, fungos, estresse emocional, medicamen- tos entre outros. Sintomas: Além da oleosidade no couro cabeludo, existem outros sinto- mas comuns como escamas amareladas que ardem e são oleosas e es- camas brancas que descamam, coceira, leve vermelhidão na área afeta- da e, em alguns casos, também é notada a perda de cabelo. Tratamento: carboxiterapia é eficácia no tratamento da dermatite sebor- reia na fase inflamatória, pois gera vasodilatação e aumento da oxige- nação do tecido, resultando em aumento da circulação e aumento do crescimento do cabelo. Indica-se produtos hipoalergênicos e ativos cal- mantes como azureno e betaglucam. Tricologia — 25 — Pi tir ía se V er si co lo r Causa: De origem fúngica, apresenta descamação e coceira. Essa condi- ção pode ser ativada por sudorese excessiva, estresse, alteração no PH do couro cabeludo e queda de cabelo temporária. Sintomas: manchas esbranquiçadas na pele, manchas esbranquiçadas na pele. Tratamento: Aplicação de hidratantes e filtros solares. Em alguns casos, é recomendável suspender o uso de sabonetes e evitar banhos muito quentes e demorados. cetoconazol 2% xampu: deixar em contato com a pele por 5 a 10 minutos, 1 vez ao dia, por 1 a 4 semanas. itraconazol 200 mg, 1 vez ao dia, por 5 a 7 dias. Áreas de hipopigmentação podem permanecer após o tratamento, a repigmentação será gradual, ao longo dos meses após o tratamento. Efl úv io T el óg en o Causa: pós-parto, febre, infecção aguda, sinusite, gripe, dietas muito res- tritivas, doenças metabólicas ou infecciosas, cirurgias, especialmente a bariátrica, além do estresse. Algumas medicações também podem de- sencadear o problema. Sintomas: queda aguda do cabelo, com aumento dos fios que caem dia a dia. Coceira no couro cabeludo, principalmente na região posterior. Tratamento: A vitamina D desempenha um papel muito importante no ci- clo do cabelo, conforme estudos sugerem. Pesquisas mostram uma rela- ção entre os níveis de vitamina D e problemas de queda de cabelo, como o eflúvio telógeno, alopecia areata, entre outras. É preciso investigar se a condição está associada a deficiência de algum componente como ferro ou vitaminas. A lo pe ci a A re at a Causa: A alopecia areata ocorre devido a um processo inflamatório na raiz do cabelo. De modo geral, é provocada por fatores genéticos e está associada a doenças como lúpus, vitiligo, diabetes e alergias, como a ri- nite, por exemplo. Também ocorre em consequência do tratamento on- cológico. Sintomas: A perda de cabelo em áreas arredondadas ou ovais da cabe- ça. Ansiedade e coceira também são possíveis sintomas. Tratamento: Medicamentos tópicos, como Minoxidil, corticoides e antrali- na podem ser associados a tratamentos mais agressivos como sensibili- zantes (difenciprona) ou metotrexate. Não contagiosa, esta enfermidade está relacionada a quadros emocionais, infecciosos, traumas físicos, entre outros. Os fios podem crescer novamente mesmo após a perda total dos cabelos, após tratamento e controle adequados da inflamação. Terapia com luz UV; Microagulhamento fracionado; Leds; Drug delivery, após tra- tamentos a laser. Tricologia — 26 — A lo pe ci a A nd ro ge né tic a Causa: Conhecida como calvície, é uma queda de cabelo geneticamente determinada.Essa doença pode ter início já na adolescência, quando o estímulo hormonal aparece, fazendo com que os fios do cabelo se tor- nem cada vez mais finos. Essa condição também acomete tanto homens, quanto mulheres entre 30 e 40 anos. Sintomas: Os fios ficam mais ralos e o couro cabeludo mais exposto. Nos homens a área mais aberta é a da região frontal e da coroa. Já nas mu- lheres a área central tende a ser a mais acometida. Tratamento: Para fazer com que os fios voltem a crescer, é indicado o uso de bloqueadores hormonais, poliovitamínicos, lasers, loções capilares, uso de minoxidil, entre outros. Porém essas ações podem recuperar parte da perda capilar e estacionar o processo, mas somente o transplante capilar pode solucionar o problema definitivamente. Pe di cu lo se Causa: Doença no couro cabeludo muito conhecida das crianças, a pe- diculose é causada pelo parasita conhecido como piolho. A transmissão ocorre pelo contato direto ou pelo uso de bonés, chapéus, escovas de ca- belo, pentes ou roupas de pessoas contaminadas. Sintomas: Coceira intensa, principalmente na parte de trás da cabeça, podendo também surgir pontos avermelhados como picadas de mos- quito. Tratamento: O tratamento da pediculose é feito com antiparasitário tó- pico e sistêmico e a remoção total dos piolhos e lêndeas com pente fino. Tr ic ot ilo m an ia Causa: Trata-se de um transtorno em que as pessoas arrancam repeti- damente os próprios fios de cabelo. A continuidade da agressão afeta em definitivo a raiz do cabelo, que pode não voltar a nascer. Pacientes costu- mam arrancar e comer os cabelos, ato conhecido como tricotilofagia, que pode levar a pessoa a ter uma obstrução estomacal. Não existe uma faixa etária específica para o aparecimento da tricotilomania. Sintomas: ansiedade. estresse, diminuição sensível de parte do cabelo, cílios e/ou sobrancelha. Tratamento: A depender é necessário buscar por tratamento psicológico para resolver o problema. Tricologia — 27 — D es nu tr iç ão P ro vo ca da Po r B ul im ia E A no re xi a Causa: Comprometimento da auto imagem provocada por uma cobran- ça do aspecto físico ideal inalcançável. Sintomas: Níveis baixos de vitaminas D, vitamina B12, ferro, zinco devido ao estado anêmico e de inanição pode levar à queda de cabelos. Essas vita- minas são importantes para a saúde do cabelo, pois ajudam a fortalecer as raízes e promover o crescimento saudável dos fios. Tratamento: A hidratação profunda, age na reposição de água e nutrien- tes essenciais à saúde capilar, garantindo a reposição de lipídeos através de óleos vegetais. Por fim, o uso de um bom creme de reconstrução é ideal para reconstruir a fibra capilar, fortalecendo os fios. ** No entanto é bom se destacar que nos casos de anorexia, bulimia e desnutrição grave, a me- lhora da dieta é o melhor tratamento. E visto que nesses casos os déficits são grandes, quando e se retomado o crescimento capilar o processo é lento, demorado e gradual. Es tr es se Causa: É associada à elevação nos níveis de cortisol, hormônio produzido pelo organismo em resposta a situações de perigo ou ameaça. Também conhecido como hormônio do estresse, o cortisol tem função importante na regulação do metabolismo. Sintomas: Queda acentuada de cabelo notada em várias partes da casa e no travesseiro. Tratamento: geralmente consiste na ingestão de suplementos vitamíni- cos para o fortalecimento dos fios e medicamentos de aplicação tópica contendo corticosteroides ou agentes vasodilatadores para auxiliar na redução da inflamação e aumentar a oxigenação do couro cabeludo. A fototerapia capilar pode ser feita em ambos os sexos, em pessoa com queda de cabelo leve, moderada ou severa. Ela tem ação anti-inflama- tória e vasodilatadora, que estimula o crescimento capilar. É importante ressaltar que é uma intervenção realizada no couro cabeludo e não no comprimento dos fios. TIPOS DE ALOPECIA O efeito é produzido pela degradação final dos hormônios masculinos que resultam do metabolismo. ALOPECIA ANDROGÊNICA Tem uma origem emocional e, muitas vezes, o doente não se apercebe da sua presença. ALOPECIA AREATA É quando o cabelo se perde completamente do couro cabeludo. ALOPECIA TOTAL É um problema que provoca a queda de cabelo, em que há danos ou destruição dos folículos capilares. ALOPECIA CICATRIZAL Ataca todos os pelos do corpo: cabelos, sobrancelhas, pestanas e todos os locais onde existam pelos ALOPECIA UNIVERSAL Tricologia — 28 — 8. Tratamentos de Terapia Capilar 8.1 Microagulhamento Inicia-se o procedimento com uma higienização do local que vai receber o Mi- croagulhamento, pode ser uma solução de higienização comercializada por várias empresas de cosméticos ou clorexidina. Na sequência são usados rollers, ou ca- netas específicas para Microagulhamento com 0,25 a 05mm para tratamento de queda de cabelos não é necessário um trauma muito intenso, mesmo assim pode haver sangramentos, até porque a pele poderá estar fina e delicada. Importante dizer que isso não acontece com todas as pessoas, porque cada organismo pode responder de forma diferente. Enquanto se faz o Microagulhamento pode-se gote- jar uma substancia de tratamento. O ácido hialurônico além de hidratar pode tam- bém conferir certa rigidez ao tecido do couro ajudando a fechar poros que porven- tura estejam muito alargados ou afrouxados pelo uso de químicas recorrentes. Para queda pode-se utilizar Minoxidil ou finasteride entre 0,25% a 1% em solução. Minerais como enxofre, cobre, ferro, magnésio, silício, iodo e zinco podem ser utilizados para excesso de oleosidade e crescimento capilar. Vitaminas como a biotina, riboflavi- na, B3, B5, B12 e ácido fólico ajudam no envelhecimento dos fios, queda, previnem a perda da coloração natural. Recomendamos a fórmula abaixo para revitalizar a raiz do cabelo, normalizar o ciclo do folículo e prolongar a fase de crescimento dos fios de cabelo. Usar 1x ao dia e após o Microagulhamento. Minoxidil .........5% IGF.............. 1,5% EGF............. 1,5% Spray ou solução qsp 50ml https://circulodenegocios.com.br/microagulhamento-capi- lar-o-que-e-e-como-funciona/ Tricologia — 29 — Para evitar a queda e auxiliar no crescimento, recomendamos um nutracêutico via oral Zinco. .........................................................7 mg Cromo ................................................35 mcg Selênio ...............................................34 mcg Biotina ................................................30 mcg Vitamina A .................................. 600 mcg Vitamina B1 ........................................ 1,2 mg Vitamina B12 .................................2,4 mcg Vitamina B2 ....................................... 1,3 mg Ácido nicotínico...............................16 mg Ácido fólico ..................................450 mcg Vitamina B6 ....................................... 1,3 mg Vitamina C ........................................ 45 mg Vitamina D .........................................5 mcg Vitamina E ...........................................10 mg Queratina ......................................200 mcg Cisteína ................................................30 mg Nutricolin ............................................ 40 mg Colágeno 1, 3 e 4 ............................30 mg https://br.pinterest.com/pin/104356916359043257/ Uma dose uma vez ao dia antes durante e depois do Microagulhamento. 8.2 Fotobiomodulação ou LEDterapia É um processo não térmico envolvendo cromóforos endógenos (moléculas que absorvem luz na pele como por exemplo a melanina que absorve UVA e UVB) e provo- cam eventos fotofísicos e fotoquímicos em várias escalas biológicas. Agem principal- mente no alívio da dor ou inflamação, imunomodulação e promoção da cicatrização de feridas e regeneração de tecidos, por esse motivo são muito indicados na terapia capilar pois melhoram a flacidez do couro cabeludo e consequentemente evitam a queda precoce da haste por deslocamentoprematuro do bulbo. Os LEDs possuem 650nm de diodos de arsenieto de gálio e o Laser Capilar utiliza Laser 660nm de diodo de arsenieto de gálio, ou seja, o mesmo diodo. O laser é tam- bém chamado de Laser de Baixa Potência, Laser Frio ou LLLT (Low Level Laser Therapy) e ambos são usados com as mesmas indicações. Uma das funções desse tratamen- to é atuar na analgesia, drenagem de líquidos, anti-inflamatório, age na permeação de ativos. Os LEDs são capazes de emitir uma série de cores ou comprimentos de on- das eletromagnéticas diferentes, vejamos abaixo o que significa cada cor: Tricologia — 30 — COR FUNÇÃO Led violeta (380 – 450 nm) • Age na regeneração celular e o aumento do metabolismo local; • Melhora da viscoelasticidade; • Acelera a renovação da pele; • Reduz linhas de expressão e rugas; • Aumenta o nível de hidratação celular e tecidual; • Controle da hidrolipodistrofia ginoide; • Estimula a lipólise; • Atua diminuindo inflamações dolorosas no couro cabeludo. Led azul (400 – 470 nm) • Efeito bactericida e fungicida oxidante e cicatrizante, Melhora a hidra- tação da pele; • Diminui a produção excessiva de oleosidade de secreção sebácea tra- tando casos de acne e oleosidade do couro cabeludo; • Auxilia na oxigenação e na regeneração do tecido; • Ameniza vasinhos e manchas locais; • Minimiza hipercromias; • Promovendo hidratação dos fios e do couro cabeludo; • Combate os radicais livres e potencializando os efeitos de produtos cosméticos capilares, promove brilho e sedosidade para os fios. Led verde (470 – 550 nm) • Inibição de pigmentação • Estimula a microcirculação • Desobstrui vasos linfáticos • Elimina edemas Led âmbar/amarela (570 – 590 nm) • Estimula produção de elastina e colágeno; • Promove detox. Led vermelha (630 – 700nm) • Efeito bioestimulante e regenerador; • Anti-inflamatório; • Produção de colágeno e elastina; • Aumenta a permeabilidade e tonificação cutânea; • Combate linhas de expressão, rugas, cicatrizes e manchas; • Selamento de cutículas; • Trata a queda capilar. Luz infravermelha (700 – 1200 nm) • Ação anti-inflamatória; • Ação analgésica; • Ativação de fibroblastos, produzindo colágeno e elastina; • Aumento da permeação de ativos; • Atua na drenagem de líquidos; • Quando a luz infravermelha é alinhada à luz vermelha, o tratamento da queda e fortalecimento dos cabelos é potencializado. Tricologia — 31 — Fonte: https://encurtador.com.br/grwzP Atualmente, encontramos no mer- cado tratamentos com LEDs, ade- quados às Máscaras, placas, mantas, capacetes e bonés que podem ser uti- lizadas tanto em consultório como de forma domiciliar. Em consultório con- fere conforto ao paciente e ao Esteta que não necessita ficar monitorando a caneta ou canopla para a emissão de luz. Já o uso doméstico é bastante efi- caz e confortável para pacientes que apresentam uma grande queda de fios por se submetem a quimioterapia, menopausa, estresse pós cirúrgico em geral, pós parto ou que se submete- ram a cirurgia bariátrica. Seguros e com um custo relativa- mente baixo, além de tratar a queda agem também na caspa, calvície, ru- gas e acne, além de melhorar a apa- rência geral da pele e dos cabelos, sendo que em média podemos obser- var os resultados em 90 dias. https://jornaldebrasilia.com.br/estilo-de-vida/moda/ledterapia/ https://www.fatosdesconhecidos.com.br/ usar-bone-realmente-faz-o-cabelo-cair/ Tricologia — 32 — 8.3 Argiloterapia A argila cumpre duplo papel na terapia capilar, além de potente esfoliante, tam- bém é uma fonte de oligominerais (zinco, silício orgânico, manganês, entre outros) importante para a formação de proteínas que compõe o fio de cabelo e o couro ca- beludo tais como colágeno, elastina, melanina e a queratina. Possui propriedades adstringentes, tonificantes e estimulantes. Além disso, possui ações bactericidas, re- generadoras, anti-inflamatórias e antissépticas. Possui excelente ação no couro cabeludo, removendo o excesso de oleosidade age nos tratamentos de Dermatite, Caspa, Psoríase entre outros e, ao mesmo tempo, nutri de forma eficaz e rápida os minerais em falta, no entanto não é muito boa para o fio de cabelo. A aplicação da Argila no couro cabeludo promove uma espécie de “peeling capi- lar”, pois remove as células mortas, libera as toxinas do organismo, ativa a circulação do couro cabeludo, absorve as impurezas e resíduos. Dessa forma, a Argila realiza uma limpeza profunda e estimula o crescimento dos fios, sendo muito utilizada nas terapias do couro cabeludo. Indicamos o uso de máscaras de argila com e sem aditivos de outros princípios ativos de uma a duas vezes por semana. Também indicamos não misturar as cores, não porque traria algum maleficio, mas é que o ideal é tratar uma afecção por vez. Normalmente uma colher de sopa de argila é o suficiente para tratar o couro ca- beludo, devendo-se evitar a aplicação nos fios. O diluente utilizado vai de água de boa procedência, ou seja, filtrada e se for possível deionizada, até loções cosméticas vendidas pelas diversas marcas cosméticas ou até mesmo formulações manipula- das para fins específicos como hidratação, nutrição inflamação etc. Não é necessário se fazer uma pasta grossa, aliás no couro cabeludo quanto mais fina melhor. Se você quiser aproveitar todas as possibilidades que a argila oferece, indicamos que aplique com pincel de tintura para cabelo em toda a extensão da cabeça e logo após faça movimentos dom as pontas dos dedos para promover uma esfoliação. No caso de crostas você pode aplicar com algodão em movimentos suaves e circulares. Após a massagem deixe que a argila fique agindo por 20 minutos no couro cabeludo e na sequência lave com água para remover. O tratamento do dia pode se resumir a isso, obvio que antes de aplicar a argila você deverá proceder uma higienização do couro cabeludo com clorexidina ou produto es- pecifico para esse fim. No entanto se preferir, após esse procedimento poderá subme- ter o couro e os fios a leds, mesoterapia, Microagulhamento e até mesmo aplicar uma loção de tratamento. As cores refletem o oligomineral que possui com abundancia. Tricologia — 33 — Vejamos: Argila Elemento Ação Argila Elemento Ação Verde Magnésio Detox capilar Preta Pool Trata de várias afec- ções inestéticas do couro de inflamação a queda Branca Carbonato de cálcio Cicatrização de feridas Cinza Desconhecido Melhora a circulação Amarela Feldspato Clareamento Roxa Óxidos Fecha os poros e evi- ta deslocamento do bulbo Rosa Molibdênio Flacidez do couro Vermelha Silício Fortalece o cresci- mento do fio e colá- geno Marrom Molibdênio Flacidez do bulbo Dolomita Carbonato de cálcio e Magnésio Age na dor (*) A dolomita é uma rocha e não uma argila, no entanto é muito utilizada em tratamentos cosméticos Reprodução https://encurtador.com.br/vwCUZ Tricologia — 34 — 8.4 Ozonioterapia Capilar A ozonioterapia capilar é um tratamento complementar indicado para proble- mas nos cabelos ou couro cabeludo, como queda de cabelo ou caspa, ou para re- construção ou reparo dos fios de cabelo seco, sem volume ou quebradiços. O ozônio (O3) é capaz de melhorar a circulação sanguínea local, o que aumenta a quantidade de oxigênio e nutrientes no couro cabeludo e folículo piloso, ajudando a fortalecer os fios e estimular o seu crescimento, além de ter efeito anti-inflamatório. No entanto, ainda não existem estudos suficientes que comprovem a eficácia da ozonioterapia capilar, sendo aprovado pela Anvisa na medicina somente para auxi- liar na limpeza e assepsia de pele ou para procedimentos odontológicos. A ozonioterapia pode ser feita de algumas formas, que são: 1. Injeção de ozônio Feita de forma ambulatorial, ou seja, o paciente se submete a aplicações de ozônio no couro cabeludo, e já pode retornar as suas atividades normalmente, é indolor. 2. Vapor de ozônio O vapor de ozônio com água é feito em clínicas de estéticapara melhorar o aspecto do cabelo e aumentar o brilho, ou também para ajudar a combater a caspa, a der- matite seborreica, queda de cabelo, inflamações e feridas e pústulas entre outros. 3. Óleo ozonizado Pode ser aplicado após algum outro tratamento na raiz do cabelo em especial nos locais mais afetados. Para fazer qualquer um desse tratamento, primeiro é feita uma higienização e esfoliação do couro cabeludo, é recomendado 1 sessão por semana que dura cerca de 25 a 30 minutos. O óleo pode ser tam- bém indicado home care. Fonte: https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia/07/2019/ ozonioterapia-a-cura-para-os-cabelos-danificados Tricologia — 35 — 8.5 Mesoterapia Capilar O tratamento de mesoterapia capilar ajuda a minimizar os efeitos da alopecia androgenética, muitas vezes revertendo quase completamente o quadro, princi- palmente se for iniciada em estágios mais precoces da doença. Cada sessão de mesoterapia capilar é composta pela aplicação de ativos predeterminados pelo profissional esteta, através de diversas microinjeções superficiais, diretamente no couro cabeludo, por toda a extensão da região a ser tratada. Podem surgir he- matomas no local da aplicação, vermelhidão, inchaço, coceira e dor no local das injeções. O tratamento da mesoterapia capilar é contraindicado para pessoas por- tadoras de doenças autoimunes, grávidas, lactantes, pessoas com lesões na pele e alérgicas às substâncias utilizadas na mesoterapia. O Minoxidil e o Finasterida são utilizados como estimulantes do crescimento capi- lar, e tem sido utilizado nos tratamentos de alopecia androgenética. Pode ser admi- nistrado com diversas técnicas distintas, entre elas uso tópico com e sem auxilio do microagulhamento, e intradermoterapia (ou mesoterapia), os produtos que indica- mos no tópico de microagulhamento como uma formula de nutracêuticos para uso oral, podem todos serem utilizados na forma de mesoterapia. https://dramarcelauehara.com.br/especialidades/tricologia/ mesoterapia-capilar/ https://orientecapilar.com.br/site/2020/11/06/ voce-sabe-como-funciona-a-mesoterapia-capilar/ 8.6 Carboxiterapia Capilar Carboxiterapia capilar é a técnica que utiliza aplicação injetável de gás carbôni- co medicinal (CO2) diretamente no couro cabeludo, com intuito de aumentar a irri- gação sanguínea na raiz dos fios e estimular os folículos capilares, visto que a irriga- ção sanguínea traz consigo nutrientes, oxigênio, prostaglandinas, e vários hormônios além dos fatores de crescimento. Tricologia — 36 — Os resultados da carboxiterapia podem ser observados em curto prazo. Os efei- tos são notados depois da quarta aplicação, sendo que é possível fazer de duas a três sessões semanais. O tratamento costuma compreender de 10 a 14 aplicações, geralmente com frequência de duas vezes por semana. O efeito dura até seis meses. Não é necessário fazer repouso ou tratamento complementar, podendo o pa- ciente retornar às suas atividades ao fim de cada sessão. O pré-requisito para o pro- cedimento é uma avaliação, evitar roupas justas, exercícios físicos e drenagens por pelo menos 24 horas após a aplicação. O uso da técnica de carboxiterapia é segura e apresenta poucos efeitos colaterais. Normalmente, os únicos efeitos que podem surgir em alguns pacientes são dor e inchaço local ocasionado pela agulha, sensação de ardência e o surgimento de pe- quenos hematomas nas regiões de aplicação. Fonte: https://www.dragijavarotti.com.br/tratamento-capilar.html Tricologia — 37 — FICHA DE AVALIAÇÃO CAPILAR Nome: _______________________________________________Nasc:____/_____/____ Profissão:________________________________Indicação:________________________ Endereço:_______________________________________________________________ Telefone:__________________E-mail:_________________________________________ RG:________________________________CPF:________________________________ QUEIXA PRINCIPAL 1. Tipos de cabelo: 1 ( ) Liso 2 ( ) Ondulado 3 ( ) Cacheado 4 ( ) Crespo ( ) A ( ) B ( ) C ( ) D 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo 1a 1b 1c Liso MONGÓLICO CAUCASOIDE NEGROIDE / AFRO 2a 2b 2c Ondulado 3a 3b 3c Cacheado 4a 4b 4c Crespo2. Con natural: ( ) Sim ( ) Não Fundo/Clareamento:____________________________ 3. Densidade: ( ) Alta ( ) Média ( ) Baixa Textura: ( ) Fina ( ) Média ( ) Grossa 4. Hidratação: ( ) Normal ( ) Seco ( ) Oleoso ( ) Misto 5. Resistência: ( ) Alta ( ) Média ( ) Baixa Porosidade: ( ) Alta ( ) Média ( ) Baixa 6. Elasticidade: ( ) Alta ( ) Média ( ) Baixa 7. Química recente: ( ) Permanente ( ) Alisamento ( ) Coloração ( ) Reflexo Especifique:______________________________________________________________ 8. Possui hábito de usar: ( ) Chapeu ( ) Boné ( ) Lenço ( ) Misto ( ) Touca ( ) Peruca ( ) Apliques ( ) Outros Frequência:______________________________________________________________ 9. Uso frequente: ( ) Secador ( ) Prancha ( ) Modelador 10. Já fez algum tipo de alongamento capilar: ( ) Sim ( ) Não Quando?____/____/____ Que tipo:_______________________________________ 11. Você costuma higienizar seu cabelo com que frequência: ( ) Todos os dias ( ) 1x por semana ( ) 2x por semana ( ) 3x por semana 12. Utiliza loções, cremes ou gel nos cabelos? ( ) Sim ( ) Não Frequência:_________________ 13. Problemas identificados: ( ) Queda ( ) Seborreia/Caspa ( ) Dermatite ( ) Tricoptilose (pontas duplas) ( ) Triconodose (nó) ( ) Tricorrexis Nodosa (quebra) ( ) Tricotilomania (arrancar cabelos) ( ) Pediculose (piolho) Outros:_________________ Tricologia — 38 — ESPECIFICAÇÃO PARA ALOPECIA 14. Quando iniciou: ____/____/____ 15. Existe histórico familiar: ( ) Sim ( ) Não Grau de parentesco:________________________ 16. Já utilizou prótese capilar: ( ) Sim ( ) Não Tipo:_________________________________ 17. Já fez tratamento capilar anteriormente? ( ) Sim ( ) Não Qual:_______________ Há quanto tempo:___________ 18. Tipo de alopecia apresentada pelo paciente Tricologia — 39 — Referências bibliográficas Sachs, H.; Forensic Sci. Int. 1997, 84, 7. Chatt, A. e Katz, S. A.; Hair Analysis, Applications in the Biomedical and Environmental Sciences, VCH Publishers, New York, 1988. Bencze, K.; Fresenius, J. Anal. Chem. 1990, 337, 867. Caroli, S.; Spectrochim. Acta 1988, 43(B), 371. Borella, P.; Rovesti, S., Caselgrandi, E; Bargellini, A.; Mikrochim. Acta 1996, 123, 271. Gordus, A.; J. Radioanal. Chem. 1973, 15, 229. Bencze, K.; Fresenius J. Anal. Chem. 1990, 338, 58. Bozsai, G.; Microchem. J. 1992, 46, 159. Caroli, S.; Senofonte, O.; Violante, N.; Fornarelli, L.; Powar, A.; Microchem. J. 1992, 46, 174. Katz, S. A.; Katz R. B.; J. Appl.Toxicol., 1992, 12, 79. Arnold, W.; Sachs, H.; Fresenius J. Anal. Chem. 1994, 348, 484. Bermejo Barrera, A. M.; Rossi, S. S.; Forensic Sci. Int., 1995, 70, 203. Wilhelm, M., Müller, F.; Idel, H.; Toxicol. Lett. 1996, 88, 221. Toribara, T. Y.; Jackson, D. A.; Clin. Chem. 1982, 28/4, 650. Combs, D. K.; J. Anim. Sci. 1987, 65, 1753. Toro, E. C.; Goeij, J. J. M.; Bacso, J.; Cheng, I-d; Kinova, L.; J. Radioanal. And Nucl. Chem. 1993, 167, 413. Klevay, M. L.; Bistrian, B. R.; Fleming, C. R.; Am. J. Clin. Nutr. 1987, 46, 233. Iyengar, V.; Woittiez, J.; Clin. Chem. 1988, 34/3, 474. Quevauviller, P.; Maier, E. A.; Vercoutere, K.; Muntau, H.; Griepink, B.; Fresenius J. Anal. Chem. 1992, 243, 343. Caroli, S.; Coni, A. A. E.; Petrucci, F.; Senofonte, O.; Violante, N.; Crit. Rev. Anal. Chem. 1994, 24, 363. Salmela, S.; Vuori, E.; Kilpiö, J.; Anal. Chim. Acta 1981, 125, 131. Stone, S. F.; Backhaus, F. W.; Byrne, A. R.; Gangadharan, S.; Horvart, M.; Kratzer, K.; Parr, R.; Schladot, J. D.; Zeisler, R.; Fresenius J. Anal. Chem. 1995, 352, 184. Cargnello, J. A.; Powell, J. J.; Thompsom, P. H.; Crocker, P. R.; Watt, F.; Analyst 1995, 120, 783. Willians, J.; Patsalos, P. N.; Wilson, J. F.; Forensic Sci. Int. 1997, 84, 113. Passwater, R. A. e Cranton, E. M.; Trace Elements, Hair Analysis and Nutrition, Keats Pu- blishing Inc., New Canaan, CT, USA, 1983. Ciszewski, A., Wasiak, W. and Ciszewska, W.; Anal. Chim. Acta 1997, 343, 225. Tricologia — 40 — Robbins, C. R.; Chemical and Physical Behavior of Human Hair, 3nd ed. Springer-Ver- lag, New Iork, 1994. Hopps, H. C.; Sci.Total Environ. 1977, 7, 71. Hildebrand, D. C.; White, D. H.; Clin. Chem. 1974, 20/2, 148. Bagliano, G.; Anal. Chim. Acta 1981, 123, 45. Stevens, B. J.; At. Spectrosc. 1983, 4, 176. Azulay RD. Dermatologia, 4ª ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2006 Junqueira LC, Carneiro OJ. Histologia Básica, 10ª ed., Guanabara Koogan, Rio de Janei- ro, 2004. Pugliese PT. Physiology of the Skin, Allured Publishing, Illinois, 2001 Robbins SL, Cotran RS, Kumar V. Robbins Pathologic Basis of Desease, 8th ed, WB Saun- fers Company, Philadelphia, 2010 Fitzpatrick TB. Tratado de Dermatologia, 7a ed., Revinter, Rio de Janeiro. 2010 G. Beny M. Fisiologia da Pele. Cosm & Toil (Ed Port) 12(2):44-50, 2000 Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatologia. Fisiologia. On-line. Disponível em: http://www.sbcd.org.br/pagina/1615. Acesso: 14/2/2024 Mota de Avelar Alchorne M, Milanez Morgado de Abreu MA. Aspectos dermatológicos da pele negra, Piel-Latinoamerica Libreria. On-Line. Disponível em: http://piel-l.org/ libreria/item/1668. Acesso: 14/2/2024 Dermatopatologia. Histologia. On-line. Disponível em: http://www.dermatopatologia. com/pele/histologia.asp. Acesso: 14/2/2024 1. Introdução e Historia � 2. Estrutura da haste Capilar e Couro Cabeludo� 4. Curvatura do cabelo � 5. Ciclo do crescimento Capilar � 6. Aspectos gerais do fio de cabelo� 7. Principais doenças do couro cabeludo� 8. Tratamentos de Terapia Capilar � 8.1 Microagulhamento 8.2 Fotobiomodulação ou LEDterapia 8.3 Argiloterapia� 8.4 Ozonioterapia Capilar 8.5 Mesoterapia Capilar 8.6 Carboxiterapia Capilar FICHA DE AVALIAÇÃO CAPILAR Referências bibliográficas