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Envelhecimento do Sistema Respiratório SP1 – UCT IX – Módulo III Morfofuncional – Medicina Profa. Ms. Dayane Priscila dos Santos Aula 1 – Envelhecimento do Sistema Respiratório Mudanças estruturais no sistema respiratório Doença pulmonar obstrutiva crônica Mudanças estruturais no sistema respiratório Pulmões Normal Diminuição do diâmetro bronquiolar: ↓ de elastina ↑ de colágeno (tipo III) Jovem Senil Aumento da resistência pulmonar Mudanças Estruturais nos Pulmões Mudanças Estruturais nos Pulmões Dilatação dos ductos alveolares ↑ dos espaços alveolares ↓ dos poros de Kohn ↓ dos capilares alveolares ↓ do número de alvéolos ↓ do número de células ciliadas Maior acumulo de ar nos alvéolos Prejuízo nas trocas gasosas Redução da tensão superficial dos alvéolos Diminuição da difusão de oxigênio Redução do fluxo expiratório Aumento da complacência Diminuição da elasticidade pulmonar Fechamento precoce das vias aéreas do idoso Pulmão senil Pulmão senil Mudanças Estruturais nos Pulmões ↓ da complacência da caixa torácica (enrijecimento das costelas) Desaparecimento das articulações sinoviais entre as cartilagens costais e o esterno ↑ da rigidez das cartilagens costais Desaparecimento da sínfise manubrioesternal Mudanças Estruturais na Parede Torácica Redução de 25% da força muscular do diafragma Substituição de fibras musculares por gordura (Fibras IIA – não fadigáveis) Redução da força muscular respiratória: ↓ da Pimáx ↓ da PEmáx Maior utilização do diafragma e músculos abdominais (hipotrofia dos músculos intercostais laterais) Mudanças Estruturais nos Músculos Respiratórios Fadiga respiratória Redução da eficácia de tosse Redução da capacidade de defesa contra processos infecciosos Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Enfisema Bronquite crônica Fumantes Pessoas com idade avançada Tipos de Enfisema Centroacinar Pan-acinar Parasseptal Irregular Enfisema Condição do pulmão caracterizada pelo aumento irreversível dos espaços aéreos distalmente ao bronquíolo terminal, acompanhado por destruição de suas paredes sem fibrose. Obstrução significativa do fluxo aéreo Caracterizada por: Acometimento das partes centrais ou proximais dos ácinos - Alvéolos distais são poupados Enfisema Centroacinar (Centrolobular) Local mais comum das lesões: lobos superiores (segmentos apicais). Caracterizado por: Ácinos uniformemente aumentados *Associado à deficiência de α1-antitripsina (α1-AT). Enfisema Pan-acinar Locais mais comuns das lesões: zonas mais baixas e nas margens anteriores do pulmão. Enfisema Centroacinar Enfisema Pan-acinar Caracterizada por: Porção proximal do ácino está normal Porção distal é comprometida Adjacentes a áreas de fibrose, cicatrização ou atelectasia Mais severo na metade superior dos pulmões Enfisema Acinar Distal (Parasseptal) Locais mais comuns das lesões: áreas adjacentes à pleura, ao longo dos septos de tecido conjuntivo lobular e nas margens dos lóbulos. Caracterizado por: Ácino envolvido irregularmente. Invariavelmente associado a uma cicatrização. *Na maioria dos casos, estes focos de enfisema irregular são assintomáticos e clinicamente insignificantes. Enfisema Irregular Patogenia Enfisema resulta do efeito destrutivo de uma elevada atividade de proteases em indivíduos com baixa atividade antiproteases. ↓ α1-antitripsina Fisiopatologia do Enfisema Pan-acinar Fisiopatologia do Enfisema Centrolobular Colapso dos bronquíolos respiratórios durante a expiração Inflamação em bronquíolos (<2 mm de diâmetro), ocorre precocemente na evolução da DPOC: 1. metaplasia de células caliciformes com muco obstruindo a luz. 2. infiltração inflamatória das paredes por neutrófilos, macrófagos, células B (algumas vezes formando folículos), células T CD4 e CD8+. 3. espessamento da parede bronquiolar devido a hipertrofia de músculo liso e fibrose peribrônquica. Fisiopatologia do Enfisema Em conjunto, essas alterações estreitam a luz bronquiolar e contribuem para a obstrução das vias aéreas. As manifestações clínicas do enfisema não aparecem até que pelo menos 1/3 do parênquima pulmonar funcionante esteja lesado. Dispneia Tosse ou sibilo (confundido com asma) Expectoração (depende a bronquite associada) Perda de peso Tórax em barril Expiração prolongada Senta-se inclinado para frente Respira por lábios franzidos Aspectos Clínicos Pacientes severos tem gasometria de repouso normal (hiperventilação) Podem desenvolver cor pulmonale e insuficiência cardíaca congestiva (hipertensão vascular pulmonar) A morte na maioria dos pacientes com enfisema é decorrente de acidose respiratória e coma, insuficiência cardíaca direita, colapso maciço dos pulmões secundário a pneumotórax. Aspectos Clínicos Quando persiste por anos, ela pode: progredir para DPOC provocar cor pulmonale e insuficiência cardíaca causar metaplasia atípica e displasia do epitélio respiratório, proporcionando um terreno fértil para uma transformação cancerosa Bronquite crônica Definida clinicamente como tosse persistente com produção de escarro por, no mínimo, 3 meses em pelo menos 2 anos consecutivos, na ausência de qualquer outra causa identificável. Fisiopatologia da Bronquite Crônica Irritação de longa duração Hipersecreção de muco Elastase neutrofílica Catepsina Aumento de células caliciformes (brônquios pequenos e bronquíolos) Hipertrofia de glândulas submucosas (traqueia e brônquios) Infecções pulmonares: Secundárias Manutenção da bronquite crônica Crítica na produção de exacerbações agudas Tosse persistente com produção de escarro Dispneia ao esforço Hipercapnia, hipoxemia e cianose leve Cor pulmonale com insuficiência cardíaca infecções agudas subrepostas Aspectos Clínicos image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.emf image10.jpeg image11.png image12.png image13.emf image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png