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NR 10 SEP 
 
NR-10 
 
 
 
1. APRESENTAÇÃO DO CURSO ............................................................................. 3 
ELÉTRICA ............................................................................................................ 4 
2. Organização do Sistema Elétrico de Potência- SEP .............................................. 5 
3. Organização do Trabalho .................................................................................... 13 
4. Aspectos Comportamentais ................................................................................. 27 
5. Condições impeditivas para serviços ................................................................... 29 
6. Riscos típicos no SEP e sua prevenção ............................................................... 32 
7. Técnicas de Análise de Riscos no SEP ............................................................... 39 
8. Procedimentos de trabalho, análise e discussão ................................................. 42 
9. Técnicas de Trabalho Sob Tensão ...................................................................... 45 
SEGURANÇA .......................................................................................... 52 
10. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais eequipamentos .. 53 
11. Sistemas de proteção coletiva .......................................................................... 55 
12. Equipamentos de proteção individual ............................................................... 56 
13. Posturas e vestuários de trabalho .................................................................... 62 
14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho ................................................ 64 
15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso ........................... 64 
16. Acidentes típicos :análise, discussão, medidas de proteção ............................ 66 
17. Equipamentos e Ferramentas de Trabalho :Escolha, Uso, Conservação, 
Verificação, Ensaios ................................................................................................... 70 
18. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de .................. 72 
19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 78 
NR-10 
 
 
 
1. APRESENTAÇÃO DO CURSO 
 
Adotaremos o ensino baseado na proficiência e expertise em nossos cursos de 
capacitação. 
Para tanto, optamos pela metodologia do ensino por competências e 
habilidades, onde o conhecimento (saber teórico), habilidades (saber + fazer = 
prática) e atitudes (querer fazer com vontade e prazer) são fatores essenciais ao 
desenvolvimento dos profissionais no mercado de trabalho. 
A avaliação será processual, com nota mínima de 7,0 pontos. 
O treinamento objetiva capacitar e certificar os participantes com 
aproveitamento satisfatório (item 10.8.8.1), no curso básico, conforme 
prevê a NR 10. 
NR-10 
 
 
 
ELÉTRICA 
 
 
 
NR-10 
 
 
 
2. Organização do Sistema Elétrico de Potência- SEP 
 
Quando falamos de setor elétrico, normalmente nos referimos ao Sistema Elétrico 
de Potência 
- SEP, mas o que é o SEP? SEP é definido como o conjunto de todas as 
instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e 
distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive. 
Para uniformizar o entendimento é importante informar que o SEP 
trabalha com vários níveis de tensão, classificados em alta e baixa tensão e 
normalmente com corrente elétrica alternada (60 Hz). Sabe-se que o setor 
elétrico mundial passa por amplo processo de reestruturação 
organizacional. 
 
 
 
O objetivo é gerar energia elétrica em quantidades suficientes e nos locais 
mais apropriados, transmiti-la em grandes quantidades aos centros de 
carga e então distribuí-la aos consumidores individuais, em forma e 
qualidade apropriada, e com o menor custo ecológico e econômico 
possível. 
A energia elétrica que alimenta as indústrias, comércio e nossos lares é 
gerada principalmente em usinas hidrelétricas, onde a passagem da água 
por turbinas geradoras transformam a energia mecânica, originada pela 
queda d’agua, em energia elétrica. 
Segundo a epe – Empresa de Pesquisa Energética, no Brasil a GERAÇÃO de 
energia elétrica é 65,2% produzida a partir de hidrelétricas, 8,8% a partir 
NR-10 
 
 
da eólica, 1,7% a partir do solar e o restante por outros processos. 
A partir da usina a energia é transformada, em subestações elétricas, e 
elevada a níveis de tensão (69/88/138/240/440 kV) e transportada em 
corrente alternada (60 Hertz) através de cabos elétricos, até as 
subestações rebaixadoras, delimitando a fase de TRANSMISSÃO. 
Já na fase de DISTRIBUIÇÃO (11,9 / 13,8 / 23 kV), nas proximidades dos 
centros de consumo, a energia elétrica é tratada nas subestações, com seu 
nível de tensão rebaixado e sua qualidade controlada, sendo transportada 
por redes elétricas aéreas ou subterrâneas, constituídas por estruturas 
(postes, torres, dutos subterrâneos e seus acessórios), cabos elétricos e 
transformadores para novos rebaixamentos (110 / 127 / 220 / 380 V), e 
finalmente entregue aos clientes industriais, comerciais, de serviços e 
residenciais em níveis de tensão variáveis, de acordo com a capacidade de 
consumo instalada de cada cliente. Conforme definição dada pela ABNT 
através das NBR (Normas Brasileiras Regulamentadoras) considera-se 
“baixa tensão”, a tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 
volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente 
alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e 
terra. Da mesma forma considera-se “alta tensão”, a tensão superior a 
1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, 
entre fases ou entre fase e terra. 
 
 
Geração: 
• Que perfaz a função de converter alguma forma de energia 
em energia elétrica. Transmissão: 
• Que é responsável pelo transporte da energia elétrica dos centros 
de produção aos de consumo. 
Distribuição: 
NR-10 
 
 
• Que distribui a energia elétrica recebida do sistema de transmissão 
aos grandes, médios e pequenos consumidores. 
Alguns tipos de geração de energia elétrica: 
• Hidráulica 
• Gás Natural 
• Petróleo 
• Carvão 
• Nuclear 
• Biomassa 
• Eólica 
• Solar 
• Geotérmica 
• Marítima 
• Biogás GERAÇÃO: 
 
 
 
NR-10 
 
 
 
 
 
 
Os riscos na fase de geração (turbinas/geradores) de energia elétrica são 
similares e comuns a todos os sistemas de produção de energia e estão 
presentes em diversas atividades, destacando: 
• Instalação e manutenção de equipamentos e maquinários 
(turbinas, geradores, transformadores, disjuntores, capacitores, 
chaves, sistemas de medição, etc); 
• Manutenção das instalações industriais após a geração; 
• Operação de painéis de controle elétrico; 
• Acompanhamento e supervisão dos processos; 
• Transformação e elevação da energia elétrica; 
• Processos de 
medição da energia elétrica 
TRANSMISSÃO: 
NR-10 
 
 
 
Basicamente está constituída por linhas de condutores destinados a 
transportar a energia elétrica desde a fase de geração até a fase de 
distribuição, abrangendo processos de elevação e rebaixamento de tensão 
elétrica, realizados em subestações próximas aos centros de consumo. 
Essa energia é transmitida em corrente alternada (60 Hz) em elevadas 
tensões (138 a 500 kV). 
Os elevados potenciais de transmissão se justificam para evitar as perdas 
por aquecimento e redução no custo de condutores e métodos de 
transmissão da energia, com o emprego de cabos com menor bitola ao 
longo das imensas extensões a serem transpostas, que ligam os geradores 
aos centros consumidores. 
As redes de transmissão passam por inspeção e são verificados o estado 
da estrutura e seus elementos, a altura dos cabos elétricos, condições da 
faixa de servidão e a área ao longo da extensão da linha de domínio. As 
inspeções são realizadas periodicamente por terra ou por helicóptero.Manutenção de linhas de transmissão 
 
• Substituição e manutenção de isoladores (dispositivo constituído de 
uma série de 
“discos”, cujo objetivo é isolar a energia elétrica da estrutura); 
• Limpeza de isoladores; 
• Substituição de elementos para-raios; 
• Substituição e manutenção de elementos das torres e estruturas; 
• Manutenção dos elementos sinalizadores dos cabos; 
• Desmatamento e limpeza de 
faixa de servidão, etc. Construção de 
NR-10 
 
 
linhas de transmissão 
• Desenvolvimento em campo de estudos de viabilidade, relatórios 
de impacto do meio ambiente e projetos; 
• Desmatamentos e desflorestamentos; 
• Escavações e fundações civis; 
 
• Montagem das estruturas metálicas; 
• Distribuição e posicionamento de bobinas em campo; 
• Lançamento de cabos (condutores elétricos); 
• Instalação de acessórios (isoladores, para-raios); 
• Tensionamento e fixação de cabos; 
• Ensaios e testes elétricos. 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO: 
• Salientamos que essas atividades de construção são sempre 
realizadas com os circuitos desenergizados, via de regra, destinadas 
à ampliação ou em substituição a linhas já existentes, que 
normalmente estão energizadas. 
• Dessa forma é muito importante a adoção de procedimentos e 
medidas adequadas de segurança, tais como: 
▫ seccionamento, 
▫ aterramento elétrico, 
▫ equipotencialização de todos os equipamentos e cabos, 
▫ dentre outros que assegurem a execução do serviço com a 
linha desenergizada (energizada). 
• Comercialização de energia Grandes clientes abastecidos por 
tensão de 67 kV a 88 kV. DISTRIBUIÇÃO 
A distribuição de energia elétrica aos clientes é realizada nos potenciais: 
• Médios clientes abastecidos por tensão de 11,9 kV / 13,8 kV / 23 kV; 
• Clientes residenciais, comerciais e industriais até a potência de 75 
kVA (o abastecimento de energia é realizado no potencial de 110, 
127, 220 e 380 Volts); 
NR-10 
 
 
• Distribuição subterrânea no 
potencial de 24 kV. Etapas: 
• Recebimento e medição de energia elétrica nas subestações; 
• Rebaixamento ao potencial de distribuição da energia elétrica; 
• Construção de redes de distribuição; 
• Construção de estruturas e obras civis; 
• Montagens de subestações de distribuição; 
 
• Montagens de transformadores e acessórios em estruturas nas redes de 
distribuição; 
• Manutenção das redes de distribuição aérea; 
• Manutenção das redes de distribuição subterrânea; 
• Poda de árvores; 
• Montagem de cabinas primárias de transformação; 
• Limpeza e desmatamento das faixas de servidão; 
• Medição do consumo de energia elétrica; 
• Operação dos centros de controle e 
supervisão da distribuição OBSERVAÇÃO: 
• Na história do setor elétrico o entendimento dos trabalhos 
executados em linha viva estão associados às atividades realizadas 
na rede de alta tenção energizada pelos métodos: ao contato, ao 
potencial e à distância e deverão ser executados por profissionais 
capacitados especificamente em curso de linha viva. 
ORGANIZAÇÃO DO SEP 
NR-10 
 
 
 
O Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, presidido pelo Ministro 
de Estado de Minas e Energia, é órgão de assessoramento do Presidente da 
República para formulação de políticas e diretrizes de energia. 
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) foi criado pela lei 
10.848, de 2004, com a função de acompanhar e avaliar 
permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento 
eletroenergético em todo o território nacional. 
A EPE criada com o objetivo de resgatar a responsabilidade constitucional 
do Estado nacional em assegurar as bases para o desenvolvimento 
sustentável da infraestrutura energética do país. A partir de sua criação, a 
atuação da EPE consolidou-se como parte fundamental de um ciclo de 
atividades que se inicia com as definições de políticas e diretrizes no 
âmbito do CNPE 
– Conselho Nacional de Política Energética e do MME. A partir dessas 
definições materializam- se os estudos e as pesquisas que irão 
efetivamente orientar o desenvolvimento do setor energético brasileiro. 
A ANEEL iniciou suas atividades em dezembro de 1997, tendo como principais 
atribuições: 
• Regular a geração (produção), transmissão, distribuição e 
comercialização de energia elétrica; 
• Fiscalizar, diretamente ou mediante convênios com órgãos 
estaduais, as concessões, as permissões e os serviços de energia 
elétrica; 
• Implementar as políticas e diretrizes do governo federal 
relativas à exploração da energia elétrica e ao aproveitamento 
dos potenciais hidráulicos; 
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE viabiliza as 
atividades de compra e venda de energia em todo o País. Promove 
discussões voltadas à evolução do mercado, sempre orientada pelos pilares 
da isonomia, transparência e confiabilidade. 
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é o órgão responsável pela 
coordenação e controle da operação das instalações de geração e 
transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e 
pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do país, sob a 
fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 
O sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil é um 
sistema hidrotermo- eólico de grande porte, com predominância de usinas 
hidrelétricas e com múltiplos proprietários. O Sistema Interligado Nacional 
é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, 
NR-10 
 
 
Nordeste e a maior parte da região Norte. 
3. Organização do Trabalho 
 
A experiência e o comportamento de cada profissional, as características 
do líder de uma equipe e a metodologia de trabalho imposta pela empresa 
são particulares a cada pessoa ou instituição. A NR-10 tem como objetivo 
a uniformização dos aspectos de segurança dos trabalhos em eletricidade. 
Veremos a seguir os seguintes aspectos: 
• Programação e planejamento dos serviços; 
• Trabalho em equipe; 
• Prontuário e cadastro das instalações; 
• Métodos de Trabalho; 
• Comunicação. 
 
Programação e Planejamento dos Serviços 
 
Planejar é basicamente: 
• Determinar um curso de ação; 
• Reunir fatos; 
• Verificar as causas; 
• Analisar problemas; 
• Desenvolver soluções alternativas; 
• Distribuir responsabilidades; 
• Fixar objetos. 
O planejamento de qualquer tarefa se desenvolve em duas fases: 
NR-10 
 
 
• Na base: 
▫ São os preparativos iniciais, os que darão o suporte 
necessário para a realização da tarefa com êxito, obtendo-se 
o maior rendimento com menor tempo. 
• No local de tarefa: 
▫ São os preparativos finais já no local dos serviços, e é 
reflexo direto de um planejamento correto na base. 
Planejamento na base: 
• Questionamentos: 
▫ Que tarefa será executada? 
▫ Como será executada? 
▫ Quando será executada? 
▫ Onde será executada? 
▫ Com quais recursos? 
 
Desenvolvimento: 
• Receber ordem de serviço (escrita, oral, projeto, programação semanal ou 
mensal...); 
• Ler e/ou analisar as informações; 
• Reunir a equipe; 
• Providenciar transporte; 
• Providenciar materiais, ferramenta e equipamentos; 
• Preparar EPI`s e EPC`s. 
Planejamento no local dos serviços: 
• Questionamentos: 
o Quem executará? 
o Com quais riscos? 
o Com quais medidas preventivas? 
o Confirmar local, equipamento, instalação, etc; 
o Sinalizar e isolar a área de trabalho; 
o Fazer análise de risco da tarefa; 
o Fazer análise dos riscos ambientais e condições atmosféricas; 
o Distribuir materiais ferramentas e equipamentos necessários; 
o Distribuir tarefas; 
o Preparar a execução da tarefa. 
 
NR-10 
 
 
Execução: 
• A operação segue o roteiro do planejamento observando-se a 
análise de risco em cada operação (passo) da tarefa. 
Avaliação crítica : 
• A avaliação crítica consiste de uma análise da execução da tarefa 
procurando identificar possíveis ocorrências e/ou situações não 
previstas no planejamento, visando aprimorar o planejamento das 
próximas tarefas. 
Resumindo: 
• Antes de se iniciar as atividades deve-se:▫ Verificar se todos possuem os EPIs necessários ao serviço; 
▫ Explicar aos envolvidos as etapas dos serviços a serem 
executados e o papel de cada um; 
▫ Transmitir as normas de segurança aplicáveis, dando 
especial atenção à atividade que não é rotineira; 
▫ Certificar-se de que todos os envolvidos estão conscientes 
do que fazer, onde fazer, como fazer, quando fazer e por 
que fazer. 
 
 
Trabalho em Equipe 
 
NR-10 
 
 
Aprendemos na escola que o homem é superior às outras espécies porque 
é o único capaz de pensar, analisar, interpretar e criar. 
Então, como explicar que a humanidade só começou a evoluir de verdade 
nos últimos 45.000 anos, cerca de 400.000 anos depois da descoberta do 
fogo, linguagem, ferramentas e até da cultura? A resposta não está na 
biologia, mas na economia com o termo “cérebro coletivo” ou como é 
mais conhecido: a inteligência coletiva. 
O homem não é apenas o único a raciocinar, é também o único a trabalhar 
em equipe em busca de um objetivo comum (os chimpanzés e gorilas 
também, mas de forma muito primitiva). Grosso modo, podemos dizer 
que a troca de conhecimento evoluiu a humanidade até os dias de hoje. 
A criatividade ou inteligência por si só não significa muita coisa sem a 
consciência do coletivo. O cérebro é extremamente poderoso, agora 
imagine centenas, milhares, milhões dele unidos. 
 
 
10 Principais Erros no Trabalho em Equipe: 
• Fazer fofoca de colegas ausentes 
▫ "Falar dos outros é sempre delicado. Portanto, se você tem 
algo a dizer para seu colega diga diretamente a ele. Desta 
forma, evita que o comentário seja mal interpretado e 
retransmitido por outros funcionários. Ao fazer uma crítica 
diretamente ao colega em questão você evita que seu 
comentário chegue distorcido aos ouvidos dele, o que pode 
gerar conflitos. Além disso, falar pelas costas e comentar 
sobre a vida alheia é uma atitude mal vista". 
• Rejeitar o trabalho em equipe 
▫ "Hoje, independentemente de seu cargo, é preciso saber 
trabalhar em equipe, já que bons resultados dificilmente 
nascem de ações individuais. No ambiente corporativo, uns 
NR-10 
 
 
dependem dos outros. Se o funcionário não estiver 
disposto a colaborar com os colegas, certamente será um 
elo quebrado. Com isso, o grupo/equipe não chegará ao 
resultado desejado. Ser resistente ao trabalho em equipe é 
um revés grave. Sem essa abertura, dificilmente o 
colaborador conseguirá obter sucesso ". 
• Ser antipático (a) 
▫ "A empatia é muito útil no ambiente de trabalho. Você deve 
ser leal, cortês, amigo e humilde. Falar bom dia e 
cumprimentar os outros são atitudes que demonstram 
educação e respeito pelos demais. O fato do trabalho exigir 
concentração do colaborador não significa que ele não 
possa ser cordial e abrir um espaço na agenda para ajudar 
os companheiros de equipe". 
• Deixar conflitos pendentes 
▫ "Conflitos acumulados podem se agravar. Qualquer tipo de 
problema referente ao trabalho, dúvida sobre decisões, 
responsabilidades que não foram bem entendidas, alguém 
que ficou magoado com outro por algum motivo, enfim, 
qualquer tipo de desconforto deve ser esclarecido para 
evitar a discórdia no ambiente. O funcionário deve 
conversar para resolver o assunto, caso contrário, isso 
poderá gerar antipatia, fofoca com outros colaboradores e 
um clima péssimo para toda a equipe". 
• Ficar de cara fechada 
▫ "Ter um companheiro de equipe com bom humor anima o 
ambiente de trabalho, enquanto topar um colega mal-
humorado causa desconforto do início ao fim do expediente. 
Esta postura gera desgastes desnecessários, pois além de 
deixar toda uma equipe desmotivada ainda atrapalha a 
produtividade. Pessoas mal-humoradas geralmente não 
toleram brincadeiras. Com isso, automaticamente são 
excluídas da equipe, o que não é saudável. Por essa razão, 
manter o bom humor no trabalho é fundamental para 
cultivar bons relacionamentos". 
• Deixar de cultivar relacionamentos 
NR-10 
 
 
 
▫ "Os melhores empregos não estão nos jornais e nem nos 
classificados. A partir do seu relacionamento interpessoal 
no trabalho é que conseguirá construir uma rede de 
contatos (networking) que servirá, no futuro, para 
encaminhá-lo às melhores oportunidades. É importante 
mostrar dinamismo, ser cooperativo no trabalho e nunca 
fechar as portas pelos lugares onde passar" 
• Não ouvir os colegas 
▫ "É importante escutar a todos, mesmo aqueles que têm 
menos experiência. Isso estimula a participação e a 
receptividade de novas ideias e soluções. Questionar com 
um ar de superioridade as opiniões colocadas numa 
reunião não só intimida quem está expondo a ideia, como 
passa uma imagem de que você é hostil. É necessário 
refletir sobre o que está sendo dito, não apenas ouvir e 
descartar a ideia de antemão por considerá-la inútil". 
• Não respeitar a diversidade 
▫ "Todas as diferenças devem ser respeitadas entre os 
membros de uma equipe. Não é aceitável na nossa 
sociedade alguém que não queira contato com outro 
indivíduo apenas por ele ser diferente. Ao passo que o 
funcionário aceita a diversidade, ele amplia as 
possibilidades de atuação, seja dentro da organização ou 
com um novo cliente. Além disso, o respeito e o tratamento 
justo são valores do mundo globalizado que deveriam estar 
no DNA de todos. Sem eles, o colaborador atrapalha o 
relacionamento das equipes, invade limites dos colegas e a 
natureza do outro". 
• Apontar o erro do outro 
▫ "A perfeição não é virtude de ninguém. Antes de apontar o 
erro do outro, deve- se analisar a sua própria conduta e sua 
responsabilidade para o insucesso de um trabalho ou 
projeto. É melhor ajudar a solucionar um problema do que 
criar outro maior em cima de algo que já deu errado. 
Lembre-se: errar é humano e o julgamento não cabe no 
ambiente de trabalho. No futuro, o erro apontado pode ser o 
seu". 
• Ficar nervoso (a) com a equipe 
▫ "Atritos são inevitáveis no ambiente de trabalho, mas a 
NR-10 
 
 
empatia deve ser colocada em prática nos momentos de 
tensão entre a equipe para evitar que o problema chegue 
ao gestor e se torne ainda pior. Cada um tem um tipo de 
aprendizagem e um ritmo de trabalho, o que não quer dizer 
que a qualidade da atividade seja melhor ou pior que a sua. 
O respeito e a maturidade profissional devem falar mais alto 
do que o nervosismo. Equilíbrio emocional e uma conduta 
educada são importantes tanto para a empresa como para 
o profissional". 
Fatores que influenciam um grupo a tornar-se ou não uma equipe: 
 
 
 
 
Formas de dar “feedback”: 
 
 
 
A excelência da equipe: 
NR-10 
 
 
• Para se conseguir a excelência no trabalho, é preciso considerar as 
quatro dimensões da experiência humana: 
▫ A dimensão intelectual, que almeja a Verdade 
▫ A dimensão estética, que almeja a Beleza 
▫ A dimensão moral, que almeja a Bondade 
▫ A dimensão espiritual, que almeja a Unidade 
 
Grupo 
• É um conjunto de pessoas praticando atividades comuns, com 
objetivos idênticos, porém individualizados. 
 
Equipe 
• É um conjunto de pessoas que oferecem suas competências e 
conjugam seus esforços para fazerem coisas que são da 
responsabilidade de todos, visando obter resultados comum através 
da interatividade. 
O trabalho em equipe é um processo baseado em princípios e valores que 
estão claramente definidos e entendidos. O verdadeiro trabalho em 
equipe é um processo contínuo interativo de um grupo de pessoas 
aprendendo, crescendo e trabalhando interdependentemente para 
alcançar metas e objetivos específicos no suporte a uma missão comum. 
Dicas para o trabalho em equipe: 
• "Seja paciente 
• Aceite as ideias dos outros 
• Não critique os colegas 
• Saiba dividir 
• Trabalhe 
Antes de se iniciar as atividades deve-se: 
• Verificar se todos possuem os EPIs necessários ao serviço; 
• Explicar aos envolvidos as etapas dos serviços a serem 
executados e o papel de cada um; 
• Transmitir as normas de segurança aplicáveis, dando especial 
atenção à atividade que não é rotineira; 
• Certificar-sede que todos os envolvidos estão consciente do 
que fazer, onde fazer, como fazer, quando fazer e por que fazer. 
 
NR-10 
 
 
 
 
Prontuário e Cadastro das Instalações 
 
O prontuário de instalação elétrica é um sistema organizado de forma a 
conter uma memória dinâmica de informações pertinentes às instalações 
e aos trabalhadores. O objetivo é reunir um conjunto de documentos 
técnicos que caracterizam a existência de documentação atualizada sobre 
as instalações, os serviços e os profissionais autorizados a intervir nessas 
instalações. 
As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do 
sistema elétrico de potência devem constituir prontuário além dos 
requisitos anteriores, os documentos a seguir listados: 
• Descrição dos procedimentos para emergências; 
• Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual. 
• NR-06 Equipamento de Proteção Individual - EPI 6.2 O 
equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou 
importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a 
indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo 
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde 
no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. 
Relevante ressaltar que: 
• O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido 
atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela 
empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores 
envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade; 
NR-10 
 
 
• Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações 
Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado. 
1. Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem 
constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo no 
mínimo: 
• a. esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus 
estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e 
demais equipamentos e dispositivos de proteção. 
• b. conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de 
segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição 
das medidas de controle existentes; 
• c. documentação das inspeções e medições do sistema de proteção 
contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; 
• d. especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e 
o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; 
• e. documentação comprobatória da qualificação, habilitação, 
capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos 
realizados; 
• f. resultados dos testes de isolação elétrica realizados em 
equipamentos de proteção individual e coletiva; 
 
• g. certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; 
• h. relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, 
cronogramas de 
adequações, contemplando as alíneas de “a” a “g”. 
 
NR-10 
 
 
Métodos de Trabalho 
O Método é: 
• Uma sequência finita de acontecimentos. 
• Um conjunto de movimentos empregados na realização de uma 
operação. 
• Uma determinada utilização de 
dispositivos (ferramentas) O melhor método é 
aquele que é: 
• Mais simples; 
• Mais rápido; 
• Mais econômico; 
• Menos fatigante; 
• E 
sobretudo o 
mais seguro. 
Reunir ideias: 
• Convém reunir numa primeira solução, todas as 
ideias aproveitáveis que não exijam aquisições ou 
modificações importantes. 
• Tratar-se-á, neste caso, de implementações no 
modo operatório, da implantação de dispositivos de 
aprovisionamento e de evacuação, de mudanças na 
ordem do processo, do encaminhamento das 
movimentações, de medidas de segurança simples, 
etc. 
• Numa ou mais soluções seguintes, todas as ideias 
aproveitáveis que impliquem aquisição de 
equipamento, modificações importantes de 
implantações, etc. 
 
Analisar um ou novos métodos: 
• Pode-se estabelecer a análise de métodos utilizando os gráficos 
de análise (método proposto) ou outros gráficos mais adequados. 
NR-10 
 
 
• Durante esta elaboração convém consultar os colegas e os 
interessados avaliando-se assim a possibilidade de realização 
 
Comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
NORMA REGULAMENTADORA NR 10 - SEGURANÇA EM 
INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE (PORTARIA Nº 3.214) 
• 10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, 
bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor 
de equipamento que permita a 
NR-10 
 
 
 
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou 
com o centro de operação durante a realização do serviço. 
 
 
Processo de comunicação 
• A comunicação humana para ser estudada, necessita do respaldo da 
filosofia, que lhe dá a relação entre “UM HOMEM E O OUTRO”, na 
transmissão de um entendimento entre ambos e do sentido e 
significado de suas palavras. 
 
 
Comunicação é o processo de transmissão de uma informação de uma 
pessoa para outra então compartilhada por ambas. Para que haja 
comunicação, é necessário que o destinatário da informação a receba e a 
compreenda. A informação simplesmente transmitida, mas não recebida, 
não foi comunicada”. 
Percepção social: 
NR-10 
 
 
• Formamos impressões sobre as pessoas, e por meio das nossas 
experiências com elas. O comportamento das pessoas é que nos leva a 
percebê-las e julgá-las. 
▫ Percepção correta = relação interpessoal boa 
 
▫ Percepção errônea = relação interpessoal precária 
• É importante lembrar que temos: “pontos cegos”, ou “atalhos no modo de 
pensar”. 
Indícios de percepção: 
• Diretos: 
▫ palavras, gestos, expressões fisionômicas, atitudes e comportamentos 
específicos. 
• Indiretos: 
▫ comentários, fofocas, cartas de referência, elogios e críticas. 
 
 
Quando as pessoas não praticam as relações humanas legítimas: 
• Não ouvem tão bem quanto falam 
• Interrompem os outros quando falam 
• São agressivas 
• Gostam de impor suas ideias 
• Não compreendem as outras pessoas além do seu ângulo de visão 
 
 
Na percepção social temos de considerar três aspectos: 
• Percebedor – É a pessoa que está olhando e tentando compreender o outro. 
• Percebido – É a pessoa que está sendo olhada e percebida. 
• Situação – É a soma das forças que atuam no meio, no momento de perceber 
 
NR-10 
 
 
 
A ARTE DE OUVIR 
Comunicação é um processo de duas vias. Se você não consegue ouvir e 
entender o que estão dizendo, não há comunicação. Para que uma 
comunicação seja efetiva, você precisa ouvir ativamente. Isto pode parecer 
óbvio, na medida que a ação de ouvir é passiva, no entanto existe sim uma 
grande diferença entre escutar o que está sendo dito e ouvir ativamente 
e, consequentemente, compreender o significado da comunicação. 
 
A comunicação humana é um dos aspectos mais importantes na 
segurança no trabalho. Mensagens mal formuladas ou mensagens não 
compreendidas corretamente podem ser fatores provocadores de 
acidentes. 
4. Aspectos Comportamentais 
 
Percepção 
Define-se a percepção como sendo a interpretação que o indivíduo faz dos 
estímulos recebidos do meio ambiente através dos sentidos de tato, 
audição, visão, paladar e olfato. Os estímulos também podem ser internos, 
tais como a sensação de fome, sede, frio, as emoções, etc. A maneira de 
perceber o mundo e as situações varia de pessoa para pessoa. As pessoas 
agem no mundo de acordo com suas percepções. 
Percepção do risco: esse tipo de percepção tem como base à experiência 
de cada um em relação ao trabalho a ser desenvolvido e o conhecimento 
do conceito de risco e perigo, aliado a prática preventiva de evitar 
acidentes. Assim, quando a organização fornece os meios adequados, 
como por exemplo, capacitação do empregado e o estímulo ao trabalho de 
equipe, ela está adotando uma característica preventiva na busca do índice 
zero em acidentes. 
Em outras palavras, a atualização dos conhecimentos fortalece a 
necessidade do ser humano de cuidar de si e dos outros com 
responsabilidade e o trabalho em equipe representa um estímulo à 
segurança da decisãoque precisa ser tomada, assim como uma 
oportunidade da equipe de discutir suas práticas diárias, ampliando a 
percepção do empregado quanto aos assuntos ligados à segurança. 
 
 
Acidente do trabalho 
Todo acidente é CAUSADO, e não simplesmente acontece, é por isso que 
toda vez que ocorre um acidente, por mais simples que possa parecer, nós 
o investigamos e analisamos, com a finalidade de encontrarmos causas e, 
NR-10 
 
 
em consequência, encontrarmos as providências ou recomendações 
necessárias, para evitarmos a repetição de acidentes semelhantes. 
Os acidentes ocorrem por falta cometida pelo empregado contra as regras 
de segurança ou por condição de insegurança que existem no ambiente de 
trabalho. Podemos classificar basicamente as causas de um acidente de 
trabalho em dois fatores: ATO ou CONDIÇÃO INSEGURA. 
Existe uma terceira classificação de causas de acidentes que são as causas 
naturais, responsável por 1 a 2% dos acidentes. As causas naturais são os 
fatores da natureza, tais como vulcão, terremotos, maremotos, 
tempestades, etc, onde a tecnologia não tem controle ou previsões mais 
confiáveis. 
Abaixo alguns exemplos de atos inseguros mais conhecidos: 
• Ficar junto ou sob cargas suspensas. 
• Usar máquinas sem habilitação ou permissão. 
• Lubrificar, ajustar e limpar máquina em movimento. 
 
• Inutilizar dispositivos de segurança. 
• Uso de roupa inadequada. 
• Transportar ou empilhar inseguramente. 
• Tentar ganhar tempo. 
• Expor partes do corpo, a partes móveis de máquinas ou equipamentos. 
• Excesso de velocidade. 
• Improvisar ou fazer uso de ferramenta inadequada a tarefa exigida. 
• Não utilizar EPI. 
• Manipulação inadequada de produtos químicos. 
• Fumar em lugar proibido. 
• Consumir drogas, ou bebidas alcoólicas durante a jornada de trabalho. 
 
 
Condição insegura 
Condições inseguras nos locais de serviço são aquelas que compreendem 
a segurança do trabalhador. São as falhas, os defeitos, irregularidades 
técnicas e carência de dispositivos de segurança que coloca em risco a 
integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das 
instalações e equipamentos. 
NR-10 
 
 
Abaixo alguns exemplos de condições inseguras mais comumente conhecidas: 
• Falta de proteção em máquinas e equipamentos. 
• Deficiência de maquinário e ferramental. 
• Passagens perigosas. 
• Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas. 
• Falta de equipamento de proteção individual. 
• Nível de ruído elevado. 
• Proteções inadequadas ou defeituosas. 
• Má arrumação/falta de limpeza. 
• Defeitos nas edificações. 
• Iluminação inadequada. 
• Piso danificado. 
• Risco de fogo ou explosão. 
 
Cada trabalhador tem características de personalidade e comportamentos 
peculiares, os quais podem ser reduzidos ou potencializados por motivos 
alheios ou relacionados com o ambiente e a equipe de trabalho. 
 
5. Condições impeditivas para serviços 
Trabalhos com eletricidade em ambientes expostos às condições 
atmosféricas (condições ambientais) costumam trazer sérios desconfortos 
para os trabalhadores, como se verá nos itens a seguir. 
• Calor 
 
Nas atividades desempenhadas em espaços fechados 
ou em subestações (próximo a transformadores) é 
comum que a temperatura esteja normalmente a 
um nível mais elevado do que as temperaturas em 
ambientes confortáveis. Desta forma, os trabalhos 
nestas condições levam a um esforço físico maior ao 
trabalhador e consequentemente mais cansaço do 
trabalhador. 
Como recomendação e onde for possível (ex. salas elétricas) é desejável 
que seja projetado um sistema um sistema de ventilação adequado, seja 
ele natural ou forçado por ventiladores ou sistemas de climatização. Isto 
resultará em melhor desempenho do trabalhador nestes locais e ainda 
uma melhoria operacional dos equipamentos elétricos ali instalados. 
NR-10 
 
 
• Intempéries da natureza 
Como recomendação do texto da NR10 em seu item 10.6, os serviços 
programados em instalações energizadas, realizados em áreas sujeitas às 
intempéries, somente podem ser realizados sob boas condições de tempo, 
devendo ser suspensos de imediato, na iminência de ocorrências que 
possam colocar em perigo os trabalhadores. 
Na iminência de tempestades, devem ser suspensos os trabalhos em 
instalações energizadas abrigadas, conectadas diretamente a rede elétrica. 
• Trabalhar sobre efeito de álcool 
O álcool é absorvido principalmente no intestino delgado, e em menores 
quantidades no estômago e no cólon. A concentração do álcool que chega 
ao sangue depende de fatores como: quantidade de álcool consumida em 
um determinado tempo, massa corporal, e metabolismo de quem bebe, 
quantidade de comida no estômago. 
Quando o álcool já está no sangue, não há 
comida ou bebida que interfira em seus 
efeitos. O uso do álcool causa desde uma 
sensação de calor até o coma e a morte 
dependendo da concentração que o álcool 
atinge no sangue. 
O álcool pode levar uma pessoa a fazer 
coisas que não faria se não estivesse sob o 
efeito do álcool, como dirigir em velocidade 
perigosa ou realizar atos atrevidos. 
Os sintomas do álcool são: 
• Pode causar agressividade, raiva, comportamento violento ou 
depressão, que podem se intensificar se a pessoa consumir 
mais álcool. 
• Pode resultar em suicídio. 
• Pode causar perda de memória, dificuldade de concentração e 
problemas em outras funções intelectuais. 
• O álcool resulta geralmente em menor atenção e 
produtividade no trabalho, além de dificuldade de 
relacionamento com empregados e colegas de trabalho. 
 
 
• Presença de insetos 
Tais como enxames de abelhas e marimbondos, pode ocorrer na execução 
• 
• 
NR-10 
 
 
de serviços de trabalhos elétricos. Alguns locais onde é comum este tipo 
de risco são: 
• Torres/postes, 
• Subestações, 
• Leitura de medidores, 
• Serviços de poda de árvore e outros. 
Sempre que as condições de segurança não forem às adequadas para o 
serviço ser realizado, o setor de Segurança do Trabalho poderá cancelar ou 
adiar o mesmo, até que as condições serem atendidas. 
 
NR-10 
 
 
 
Outras condições impeditivas: 
 
 
 
 
6. Riscos típicos no SEP e sua prevenção 
 
• Proximidade e Contatos com Partes Energizadas 
Trabalho em proximidade é o trabalho durante o qual o trabalhador pode 
NR-10 
 
 
entrar na zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou 
com extensões condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou 
equipamentos que manipule. 
 
 
 
Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes. As partes 
das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na 
impossibilidade de se conservarem distâncias que evitem contatos causais, 
devem ser isoladas por obstáculos que ofereçam, de forma segura, 
resistência a esforços mecânicos usuais. 
Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos 
elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser 
aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos. As instalações 
NR-10 
 
 
elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente 
possível, devem ser providas de proteção complementar através de 
controle à distância, manual e/ou automático. 
As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a 
água e que possam permitir fuga de corrente, devem ser projetadas e 
executadas, em especial quanto à blindagem, isolamento e aterramento. 
O trabalho realizado em proximidade é aquele durante o qual o 
trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma 
parte do seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por 
materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule. 
Exemplos: em instalações de redes telefônicas, sistemas de comunicação 
de cabos, antenas, obras em construção civil, no interior de locais de 
serviço elétrico e aindaem muitas outras situações em que possam 
ocorrer uma aproximação aos circuitos elétricos energizados. 
 
• Proteção das partes vivas 
São elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de 
eletricidade) que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da 
estrutura que estão energizadas, para que os serviços possam ser 
executados com efeito controle dos riscos pelo trabalhador. 
Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes 
vivas, mas não o contato que pode resultar de uma ação deliberada e 
NR-10 
 
 
voluntária de ignorar ou contornar o obstáculo. 
Os obstáculos devem impedir: 
• Uma aproximação física não intencional das partes energizadas; 
• Contato não intencionais com partes energizadas durante 
atuações sobre o equipamento, estando o equipamento em serviço 
normal 
 
 
• Indução 
Uma grande preocupação com a indução elétrica. Esse fenômeno pode ser 
particularmente importante quando há diferentes circuitos próximos uns 
dos outros. 
A passagem da corrente elétrica em condutores gera um campo 
eletromagnético que, por sua vez, induz uma corrente elétrica em 
condutores próximos. 
Assim, pode ocorrer a passagem de corrente elétrica em um circuito 
desenergizado se ele estiver próximo a outro circuito energizado. Por isso 
é fundamental que você, além de desligar o circuito no qual vai trabalhar, 
confira, com equipamentos apropriados (voltímetros ou detectores de 
tensão), se o circuito está efetivamente em tensão. 
• Descargas Atmosféricas 
A fricção entre as partículas de água e gelo que formam as nuvens, 
provocada pelos ventos ascendentes, de forte intensidade, dão origem a 
uma grande quantidade de cargas elétricas. 
 
NR-10 
 
 
As descargas atmosféricas são um dos maiores causadores de acidentes 
em sistemas elétricos causando prejuízos tanto materiais quanto para a 
segurança pessoal. Com o crescente aumento dessas descargas, tornou-se 
necessário a avaliação do risco de exposição a que estão submetidos os 
edifícios, sendo este um meio eficaz de verificar a necessidade de 
instalação de para-raios. 
• Estática 
A eletricidade estática é uma carga elétrica em repouso. Ela é gerada 
principalmente por um desbalanceamento de elétrons localizado sob uma 
superfície ou no ar do ambiente. 
O desbalanceamento de elétrons (em todos os casos, gerado pela falta ou 
excesso de elétrons) gera assim um campo elétrico que é capaz de 
influenciar outros objetos que se encontram a uma determinada distância. 
O nível de carga é afetado pelo tipo de material, velocidade de contato e 
separação dos corpos, umidade e diversos outros fatores. 
• Choque elétrico 
O choque elétrico pode ser definido como o conjunto de perturbações de 
natureza e efeitos diversos que se manifestam no organismo humano ou 
animal, quando este é percorrido por corrente elétrica. 
As manifestações relativas ao choque elétrico, dependendo das condições 
e intensidade da corrente elétrica, podem variar de ligeiras contrações 
superficiais até violentas contrações musculares que podem provocar a 
morte. Até ocorrer a morte propriamente dita, o indivíduo passa por vários 
estágios e outras consequências. 
O choque elétrico pode ser dividido em duas categorias que serão 
apresentadas nas próximas seções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR-10 
 
 
Choque estático 
A resistência orgânica do corpo humano é constituída de uma impedância 
composta por uma resistência elétrica associada a um componente com 
comportamento levemente capacitivo. O choque estático é normalmente 
produzido por descarga eletrostática, ou descarga de um capacitor. 
Esse tipo de choque é de pequena duração, o suficiente para descarregar a 
eletricidade contida no corpo energizado. Por ser um choque de curta 
duração na maioria das suas ocorrências, não apresenta efeitos danosos 
ao corpo da vítima. 
Um exemplo típico de descarga eletrostática é o de um carro que se move 
em clima muito seco, sendo que o atrito com o ar gera cargas elétricas que 
acumulam ao longo da estrutura externa do veículo. Dessa forma é criada 
uma diferença de potencial entre o carro e o solo e dependendo do 
acúmulo de cargas na estrutura do veículo, há possibilidade de faiscamento 
ou choque elétrico, no momento em que o indivíduo tocar a estrutura do 
carro. 
Choque dinâmico 
É o que ocorre quando se faz contato com um elemento energizado. Este 
choque se dá devido ao: 
• toque acidental na parte viva do condutor (contato direto); 
• toque em partes condutoras próximas aos equipamentos e 
instalações, que ficaram energizadas acidentalmente por defeito, 
fissura ou rachadura na isolação (contato indireto). 
Este tipo de choque é considerado o mais perigoso porque a rede elétrica 
mantém o indivíduo energizado continuadamente. 
• Campos Elétricos e Magnéticos 
Outro risco presente nos trabalhos com eletricidade é a exposição à 
radiação eletromagnética. O agente de risco “radiação eletromagnética 
não-ionizante” está presente em inúmeras atividades humanas, como a 
operação com soldas elétricas ou a “laser’, fornos micro-ondas, 
comunicações radiofônicas, por satélite, por telefonia, celular, fornos de 
indução, assim como em diversa outras aplicações e atividades incluindo-se 
os trabalhos nas proximidades de linhas e equipamentos energizados. 
Neste caso, a radiação eletromagnética é originada a partir da passagem 
de corrente elétrica nos meios condutores. O campo eletromagnético 
existente nas proximidades de condutores e equipamentos energizados em 
corrente alternada, tais como linhas de transmissão e distribuição de 
energia elétrica, transformadores, motores, fornos de indução, dentre 
outros, outros, oscila numa frequência de 60 Hz, que é a frequência 
NR-10 
 
 
utilizada no Brasil para a distribuição e consumo de energia elétrica. 
A radiação eletromagnética está associada a dois campos distintos: 
▫ O Campo Elétrico (E) 
▫ O Campo Magnético (H) 
A unidade de medida do campo E é o volt por metro (V/m), e a unidade de 
medida do campo H é o ampere por metro (A/m). A associação desses 
campos cria a densidade de potência eletromagnética (DP) dada pelo 
produto E x H cuja unidade de medida é o Watt por metro quadrado 
(W/m²). 
O corpo humano quando submetido a radiação eletromagnética atua 
como uma antena captando e absorvendo energia, transformando-a em 
calor e descarregando em outras partes de menor potencial elétrico. A 
nocividade deste efeito no organismo é função da frequência de oscilação, 
das intensidades da corrente e tensões elétricas (consequentemente de 
DP), da proximidade do trabalhador à fonte e do tempo de exposição do 
trabalhador à radiação eletromagnética. 
 
 
• Comunicação e Identificação 
É uma parte importante do controle do risco, como padronização dos 
procedimentos transmissão e operação, criando uma linguagem simples 
fazendo uma nomenclatura e utilizando métodos seguros (cartões de 
segurança painéis de controle e padronizações das cores), e utilização de 
cones cercas e fitas. 
 
 
• Trabalhos em Altura, Máquinas e Equipamentos Especiais 
Padronizações do cinturão tipo paraquedista, com talabarte de segurança 
de acordo com altura e estrutura a ser utilizada (cintas abdominais, 
talabartes e trava quedas) padronizações de suas 
NR-10 
 
 
 
máquinas e equipamentos com seu manual de procedimentos (português) 
e na sua utilização (como limite de abertura carga instalada e condições de 
uso). 
As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de 
partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de 
acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento 
acidental. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e 
equipamentos devem ser vistoriados e limpos, sempre que apresentarem 
riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias que os tornem 
escorregados. 
As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e 
equipamentos devem ser dimensionadosde forma que o material, os 
trabalhadores e os transportadores mecanizados possam movimentar-se 
com segurança. As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões 
devem ter escadas e passadiços que permitam acesso fácil e seguro aos 
locais em que seja necessária a execução de tarefas. 
7. Técnicas de Análise de Riscos no SEP 
• Riscos 
Riscos de origem elétrica 
• Choque elétrico; 
• Campo elétrico; 
• Campo eletromagnético. 
 
• Riscos de queda 
As quedas, consequência de choques elétricos, de utilização inadequada 
de equipamentos de elevação (escadas, cestas, plataformas), falta ou uso 
inadequado de EPI, falta de treinamento dos trabalhadores, falta de 
delimitação e de sinalização do canteiro do serviço e ataque de insetos. 
• Riscos no transporte e com equipamentos 
Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo, o deslocamento 
diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de serviços. 
Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos 
das vias de transporte. 
 
 
NR-10 
 
 
• Riscos de ataques de insetos, animais peçonhentos/domésticos 
Na execução de serviços em torres, postes, subestações, usinas, leitura de 
medidores, serviços de poda de árvores e outros podem ocorrer ataques 
de insetos, tais como abelhas e formigas. 
 
• Riscos ocupacionais 
Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos ambientes 
de trabalho, capazes de causar danos à saúde do empregado. 
 
 
• Riscos ergonômicos 
▫ Biomecânicos: 
� posturas inadequadas de trabalho, levando a intensa 
solicitação muscular, levantamento e transporte de 
carga, etc. 
▫ Organizacionais: 
NR-10 
 
 
� “pressão psicológica” para atendimento a 
emergências ou a situações com períodos de tempo 
rigidamente estabelecidos, pressões da população 
com falta do fornecimento de energia elétrica. 
▫ Psicossociais: 
� elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das 
atividades. 
▫ Ambientais: 
� risco ambiental compreende os físicos, químicos e 
biológicos; esta terminologia fica inadequada, 
devem-se separar os riscos provenientes de causas 
naturais (raios, chuva, terremotos, ciclones, 
ventanias, inundações, etc.) 
• Planejamento 
 
Antes da fase de execução, serão analisados os riscos potenciais. Este 
trabalho é realizado através da Análise Preliminar de Risco – APR, no 
mínimo, as seguintes informações: 
• Descrição detalhada das etapas dentro de um serviço, operação ou 
atividade; 
• Identificação dos riscos existentes em cada etapa; 
• Medidas de segurança para a realização de todas as etapas dos 
serviços, no sentido de reduzir e/ou eliminar riscos existentes 
(técnicas de execução, equipamentos a serem utilizados, EPC, EPI, 
etc); 
• Número de profissionais necessários para a execução dos serviços com 
segurança. 
 
• Análise Preliminar de Riscos (APR) 
Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos. Análise Preliminar de 
Riscos é uma visão do trabalho a ser executado, que permite a 
identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, ainda propicia 
condição para evitá-los ou conviver com eles em segurança. Por se tratar 
de uma técnica aplicável a todas as atividades, a técnica de Análise 
Preliminar de Riscos é o fato de promover e estimular o trabalho em 
equipe e a responsabilidade solidária. 
• Check list 
O objetivo é criar o hábito de verificar os itens de segurança antes de 
NR-10 
 
 
iniciar as atividades, auxiliando na prevenção dos acidentes e no 
planejamento das tarefas, enfocando os aspectos de segurança. Será 
preenchido de acordo com as regras de Segurança do Trabalho. 
“A Equipe somente iniciará a atividade, após realizar a identificação de 
todos os riscos, medidas de controle e após concluir o respectivo 
planejamento da atividade”. 
8. Procedimentos de trabalho, análise e discussão 
 
• Procedimentos de Trabalho 
Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em 
conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, 
com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por 
profissional que atenda ao que estabelece a NR 10. 
Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de 
serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no 
mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de 
trabalho a serem adotados. 
Recomenda-se que todos os trabalhos envolvendo inspeção e 
manutenção de equipamentos energizados ou que possuam risco de 
serem acionados inadvertidamente devem ser precedidos de análise de 
risco antes da emissão da ordem de serviço específica. 
É necessário elaborar e implantar procedimentos operacionais (Sequência 
de operações a serem desenvolvidas para realização de um determinado 
trabalho) contendo passo a passo as instruções e orientações de segurança 
no trabalho. Todos os serviços em instalações elétricas devem ser 
planejados, programados e realizados em conformidade com 
procedimentos de trabalho específicos e adequados. Os procedimentos 
devem ser divulgados, conhecidos, entendidos e cumpridos por todos os 
trabalhadores. 
Os procedimentos de trabalho devem conter no mínimo: 
• Objetivo; 
• Campo de aplicação; 
• Base técnica; 
• Competências e responsabilidades; 
• Disposições gerais; 
• Medidas de controle; e 
NR-10 
 
 
• Orientações finais 
Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a 
autorização devem ter a participação em todo processo de 
desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e 
Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver. A autorização deve estar 
em conformidade com o treinamento ministrado. 
Procedimento é uma descrição detalhada de todas as operações 
necessárias para a realização de uma atividade, ou seja, é um roteiro 
padronizado para realizar uma atividade. Pode ser aplicado, por exemplo, 
numa empresa cujos colaboradores trabalhem em três turnos, sem que os 
trabalhadores desses três turnos se encontrem e que, por isso, executem 
a mesma tarefa de modo diferente. 
A maioria das empresas que empregam este tipo de formulário possuem 
um Manual de Procedimentos que é originado a partir do fluxograma da 
organização. É o documento que expressa o planejamento do trabalho 
repetitivo que deve ser executado para o alcance da meta padrão. 
Contem: listagem dos equipamentos; peças e materiais utilizados na 
tarefa, incluindo-se os instrumentos de medida; padrões da qualidade; 
descrição dos procedimentos da tarefa por atividades críticas; condições 
de fabricação, de operação e pontos proibidos de cada tarefa; pontos de 
controle (itens de controle e características da qualidade) e os métodos de 
controle; relação de anomalias passíveis de ação; roteiro de inspeção 
periódicas dos equipamentos de produção. 
• Como e quem deve fazer um procedimento 
Transcrever as tarefas rotineiras que todos fazemos mecanicamente para 
uma folha de papel nem sempre é uma tarefa fácil, talvez seja um pouco 
cansativo, mas devemos tomar alguns cuidados. Nunca copie 
procedimentos de livros ou de outras organizações, existem 
particularidades que só o nosso estabelecimento tem e isso é de fácil 
percepção por parte do responsável do estabelecimento ou ainda por 
ação de auditores, nem tão experientes. 
A pessoa que executa a tarefa é quem deve colaborar com o 
desenvolvimento do procedimento, ele é o dono do processo. Existe ainda 
um caráter psicológico que faz com que o funcionário se sinta parte 
integrante do Sistema da Qualidade do estabelecimento e que as 
NR-10 
 
 
 
diretrizes desse sistema não sejam uma imposição da alta administração. 
O funcionário tem que ser treinado, habilitado e qualificado para a 
execução de sua tarefa. Sendo assim, escreva o que você faz e faça o que 
está escrito. 
Faça constantes análises críticas (pelo menos duas vezes por ano) sobre a 
aplicabilidade de seus procedimentos e se os mesmos ainda estão sendo 
seguidos. A linguagem utilizada no Procedimentodeverá estar em 
consonância com o grau de instrução das pessoas envolvidas nas tarefas, 
dê preferência para uma linguagem simples e objetiva. 
O conteúdo do procedimento, assim como sua aplicação, deverá ter o 
completo entendimento e familiarização por parte dos funcionários que 
tenham participação direta e/ou indireta na qualidade final daquele 
procedimento. Normalmente a ingerência de supervisores, coordenadores 
e diretores neste ponto é uma das causas de ineficiência na implantação de 
um Sistema da Qualidade. Cabendo aos mesmos as responsabilidades pela 
revisão e aprovação do procedimento. 
• Qual a finalidade do procedimento? 
Um procedimento tem o objetivo de se padronizar e minimizar a 
ocorrência de desvios na execução de tarefas fundamentais, para o 
funcionamento correto do processo, ou seja, um procedimento coerente 
garante ao usuário que a qualquer momento que ele se dirija ao 
estabelecimento, as ações tomadas para garantir a qualidade sejam as 
mesmas, de um turno para outro, de um dia para outro. 
Ou seja, aumenta-se a previsibilidade de seus resultados, minimizando as 
variações causadas por imperícia e adaptações aleatórias, independente 
de falta, ausência parcial ou férias de um funcionário. O método de 
trabalho em instalações energizadas apresenta mais segurança do que os 
trabalhos em linha desenergizada. 
Para comprovar esta afirmativa basta analisar que a maioria dos acidentes 
registrados nos serviços em linhas desenergizadas se deve a uma das 
razões abaixo: 
1. Erro na manobra, onde não se previu a energização do circuito; 
2. Engano na determinação da zona de trabalho; 
3. Contato com instalações energizadas vizinhas à zona de trabalho. 
• Metodologia de trabalho 
Para o desenvolvimento dos trabalhos e rede de distribuição aérea 
energizadas, poderão ser classificados por duas metodologias básicas a 
serem adotadas nas tarefas com linha viva como: à distância e ao contato. 
NR-10 
 
 
O que não inviabiliza a utilização simultânea dos dois métodos de 
trabalho, que é uma técnica muito utilizada e que se aplica perfeitamente 
na execução dos serviços com linha viva. 
Por se tratar de dois métodos diferentes para se executar serviços com 
redes energizadas o treinamento dos eletricistas se inicia com o serviço 
em linha à distância que só habilita a executarem serviços somente neste 
método, passando por um período de avaliação para se adaptarem a esta 
nova sistemática de trabalho. 
Deverá ser observada rigorosamente a distância de segurança para 
trabalho, mínima necessária para que o eletricista possa se movimentar, 
inclusive manipulando equipamentos ou ferramentas, de modo a não 
ocorrer risco de abertura de arco elétrico em relação ao seu corpo, com 
sendo de 75 cm, independente da classe de tensão da rede entre 1 KV e 
26.5 KV, quando em serviços nas redes energizadas ser à distância ou ao 
contato. 
Sempre que não for possível respeitar a distância de segurança para o 
trabalho, devem ser colocados protetores e coberturas isolantes. Depois 
deste período de adaptação se inicia o treinamento com linha viva ao 
contato e só depois de passar por esta fase de avaliação é que o eletricista 
estaria se credenciando a trabalhar com rede energizada ao contato 
ficando apto para executar os serviços em rede energizada aplicando os 
dois métodos de trabalho de acordo com o procedimento técnico de 
segurança. 
Os trabalhos ao contato direto, somente poderão ser realizados desde que 
disponíveis os equipamentos nas seguintes classes de tensões: 
� Sistemas de baixa tensão até 1 KV – classe 0 de isolamento; 
� Sistemas de média tensão até 17 KV – classe 2 de isolamento; 
� Sistemas de média tensão até 26,5 KV – classe 3 de isolamento. 
 
 
9. Técnicas de Trabalho Sob Tensão 
• Em Linha Viva 
 
Manutenção com a linha energizada “linha viva” esta atividade deve ser 
realizada mediante a adoção de procedimentos e metodologias que 
garantam a segurança dos trabalhadores. Nesta condição de trabalho as 
atividades devem ser realizadas mediante os métodos ao potencial, ao 
contato e à distância. 
• Método à distância 
É o método onde o trabalhador interage com a parte energizada a uma 
NR-10 
 
 
distância segura, através do emprego de procedimentos, estruturas, 
equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes apropriados. 
Na execução dos serviços utilizando este método, nestas tarefas com linha 
viva os eletricistas trabalham em potencial de terra, ou seja, posicionados 
em escadas comuns de madeira, ou até mesmo em esporas, executando 
todos os serviços usando ferramentas e equipamentos adequados. 
Na execução dos serviços neste método de trabalho, o eletricista deverá 
estar perfeitamente acomodado na escada, calçando luva de borracha 
com luva de cobertura na classe de tensão da rede e todo serviço será 
executado através de bastões. Em hipótese nenhuma será permitido que 
o eletricista toque nas redes diretamente, mesmo equipado com luvas de 
borracha. 
• Descrição dos serviços – Método à distância 
No início da formação de uma equipe de linha viva se aplica este método 
para executar as tarefas mais simples nas redes de distribuição aérea 
como: 
• Substituição de isoladores de pino e ou acessórios como pinos ou 
amarração, cadeia com isolador de suspensão em estruturas 
simples ou duplas; 
• Substituição de cruzetas, simples ou duplas em ângulos suaves com 
isolador de pino ou suspensão; 
• Instalação e ou substituição de postes com estrutura simples; 
• Substituição de para raio e ou equipamentos. 
• Na prática se executa todos os serviços de linha ao contato direto e 
em determinada situações durante a execução de algumas tarefas 
pode ser utilizada serviços com método à distância facilitando e 
agilizando o desenvolvimento das tarefas. 
• Nos locais de difícil acesso, como alto de morro ou local onde não 
se chega com a cesta aérea aplica-se este método de trabalho com 
muita eficiência para atendimento deste tipo de serviços. 
• Também se mostra muito útil nas estruturas das subestações para 
se executar manutenção, limpeza de isoladores, para raios, etc... 
 
• Método ao contato 
Com este novo método de trabalho os eletricistas se transferem para um 
potencial intermediário ficando isolado do potencial de terra posicionado 
dentro de cesta aérea, plataforma isolada ou escada isolada usando 
ferramentas e equipamentos adequados. 
NR-10 
 
 
Na execução de serviços neste método de trabalho o eletricista se 
acomoda em uma cesta aérea, ou em cima de uma plataforma isolada ou 
ainda uma escada isolada devidamente aparamentados com mangas de 
borracha, luva de borracha com luva de cobertura na classe de tensão da 
rede, e todo o serviço será executado diretamente na fase energizada. 
• Método ao potencial 
É o método onde o trabalhador fica em contato direto com a tensão da 
rede, no mesmo potencial. Nesse método é necessário o emprego de 
medidas de segurança que garantam o mesmo potencial elétrico no corpo 
inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado conjunto de vestimenta 
condutiva (roupas, capuzes, luvas e botas), ligadas através de cabo 
condutor elétrico e cinto à rede objeto da atividade. 
• Trabalhos Noturnos 
O sono é a principal queixa dos trabalhadores noturnos. Durante o dia, o 
barulho, a claridade e movimentação de pessoas em casa prejudicam o 
sono, tornando-o menos reparador. A privação do sono provoca fadiga 
crônica e queda no desempenho, o que contribui para o “erro humano” e 
os acidentes de trabalho. O risco de ocorrerem acidentes no trabalho 
noturno é três vezes maior, quando comparado ao trabalho diurno. 
• Ritmo biológico 
 
Outra dificuldade é que o corpo humano tem ritmos biológicos, que o 
preparam para a vigília de dia. “Antes de acordarmos, o corpo secreta um 
hormônio chamado cortisol, que nos prepara para reagir e desempenhar 
as atividades. Esse ritmo praticamente não muda, mesmo quando a pessoa 
fica acordada à noite, prejudicando o sono diurno. 
• Importância da boa iluminaçãoA utilização de uma iluminação adequada proporciona um ambiente de 
trabalho agradável, produtivo e mais seguro. Portanto, é evidente que: 
• Na segurança - diminui as probabilidades 
das ocorrências de acidentes, facilitando a 
visualização de possíveis riscos existentes e 
das sinalizações de segurança; 
• Na produtividade - diminui o desperdício de 
material oriundo de refugar pela não 
conformidade final de produtos semi 
acabados ocasionado por falha operacional; 
• No fator humano - age de forma psíquica ao 
tornar o ambiente de trabalho mais alegre e 
NR-10 
 
 
agradável. 
• Ambientes Subterrâneos 
Para trabalhos realizados no SEP, em instalações e serviços elétricos em 
ambientes subterrâneos, os requisitos abaixo deverão ser seguidos: 
• As galerias devem ser projetadas e construídas de forma 
compatível com a segurança do profissional da área de elétrica e 
equipamentos que por elas transitam, assegurando posição 
confortável e impedindo o contato acidental com o teto e paredes. 
• Os acessos às bancadas devem ser identificados e sinalizados. 
As atividades em subsolo devem dispor de sistema de ventilação mecânica 
que atenda aos seguintes requisitos: 
a) Suprimento de oxigênio; 
b) Renovação contínua do ar; 
c) Diluição eficaz de gases inflamáveis ou nocivos e de poeiras do ambiente de 
trabalho; 
d) Temperatura e umidade adequadas ao trabalho humano e 
e) Ser mantido e operado de forma regular e contínua. 
Os serviços de manutenção ou reparo de sistemas elétricos só podem ser 
executados com o equipamento desligado, etiquetado, bloqueado e 
aterrado, exceto se forem: 
a) Utilizadas técnicas adequadas para circuitos energizados; 
b) Utilizadas ferramentas e equipamentos adequados à classe de tensão; 
c) Tomadas precauções necessárias para a segurança dos trabalhadores. 
 
O bloqueio durante as operações de manutenção e reparo de instalações 
elétricas deve ser realizado utilizando-se de cadeado e etiquetas 
sinalizadoras, fixadas em local visível, contendo, no mínimo, as seguintes 
indicações: 
a) Horário e data do bloqueio; 
b) Motivo da manutenção e 
c) Nome do responsável pela operação 
 
 
Os equipamentos e máquinas de emergência, destinados a manter a 
continuidade do fornecimento de energia elétrica e as condições de 
segurança no trabalho, devem ser mantidos permanentemente em 
NR-10 
 
 
condições de funcionamento. 
Toda instalação: carcaça, invólucro, blindagem ou peça condutora, que 
não faça parte dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar 
sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a 
contatos. 
As instalações elétricas, com possibilidade de contato com água, devem 
ser projetadas, executadas e mantidas com especial cuidado quanto à 
blindagem, estanqueidade, isolamento, aterramento e proteção contra 
falhas elétricas. 
 
 
Equipamentos e Ferramentas de Trabalho :Escolha, Uso, Conservação, 
Verificação, Ensaios 
• Ferramentas portáteis isoladas 
A adoção de ferramentas isoladas apropriadas, além dos EPI`s básicos para 
trabalhos com eletricidade (capacete, óculos, botina de segurança e luvas 
isolantes de borracha), possibilita o trabalho nos equipamentos elétricos, 
com controle eficaz dos riscos elétricos existentes na atividade. Faz-se 
necessário, portanto, a utilização de inúmeras ferramentas isoladas, como 
chaves de fenda, chaves estrela com catraca, chaves catraca, alicates, etc. 
Principalmente em condições ergonomicamente desfavoráveis, deve-se 
utilizar ferramentas apropriadas que resultem em uma maior segurança 
para o trabalhador. As ferramentas devem ser ensaiadas, certificadas e, 
além disto, atender tecnicamente, as técnicas exigências da NBR- 5410- 
Instalações elétricas de baixa tensão e NR 10 Instalações e Serviços em 
Eletricidade sendo anatomicamente ergonômicas, satisfazendo 
unanimente os empregados que as utilizarem. 
Os métodos de ensaio definidos pelas normas devem satisfazer aos 
critérios técnicos e de segurança para a realização da atividade, 
permitindo o trabalho em quaisquer tipos de equipamentos elétricos com 
segurança, diminuindo, portanto, substancialmente o tempo de realização 
da tarefa e aumentando a efetividade do profissional. Outro aspecto 
importante que deve ser levado em consideração quando da utilização das 
ferramentas, diz respeito à necessidade de não se desligar 
desnecessariamente determinadas áreas. Ferramenta manual fabricada 
em material isolante, para proteger o usuário de contato elétrico e 
minimizar os riscos de curto-circuito entre elementos de potenciais 
diferentes. 
 
• Ferramenta portátil isolante 
Ferramenta manual fabricada em material isolante, exceção feita aos 
NR-10 
 
 
insertos metálicos que são incluídos no corpo da peça (seja na cabeça ou 
na parte ativa, seja utilizada como reforço sem que nenhuma das partes 
metálicas tenha acesso). Está concebida para proteger o usuário contra 
choques elétricos e evitar o curto circuito entre os elementos com 
potenciais diferentes. 
• Ferramentas para trabalhos com eletricidade e em altura Condições 
iniciais 
Em determinadas situações, quando em trabalhos com eletricidade e em 
altura, para se executar as tarefas que dizem respeito às instalações 
elétricas, o eletricista pode se defrontar com algumas dificuldades que 
devem ser sanadas antes que ele inicie os trabalhos programados. 
Exemplos dessas situações é presença de galhos de árvores, objetos que 
se depositam nos dispositivos elétricos, entulhos, etc. Para solucionar tais 
inconvenientes, são utilizadas ferramentas especiais para desobstrução e 
podas de galhos de árvores, retirada de objetos, corte de condutores, 
limpezas em geral, etc. 
Na maioria dos casos, estas ferramentas são adaptadas a varas de 
manobra isolantes. O trabalhador deverá receber previamente um 
treinamento específico para operá-las, uma vez que exige uma 
coordenação motora muito bem definida. 
• Principais regras no uso de ferramentas: 
 Ao executar um serviço verifique qual é a ferramenta adequada para a 
execução da atividade. Vai iniciar a atividade verifique se a ferramenta 
está bem conservada ou se apresenta algum tipo de dano aparente 
que impossibilite seu uso. 
 Terminou de executar a atividade limpe a ferramenta inspecione para 
ver se ela sofreu algum dano. 
 Guarde sempre a ferramenta em local apropriado para evitar que ela se 
danifique. 
 Ao usar uma ferramenta para apertar porcas ou parafusos posicione a 
ferramenta adequadamente, segurando-a firmemente antes de fazer 
qualquer esforço físico sobre a mesma. 
 Nunca dirija a ferramenta contra seu próprio corpo. 
 Ao usar martelo, marreta ou qualquer ferramenta de bater deve ser 
de madeira, não use ferramentas com cabo de ferro ou aço. 
 A largura da ponta da chave de fenda deve ser adequada à fenda do parafuso. 
 Não submeta a ferramenta a esforço excessivo. 
 Em hipótese alguma se deve aumentar o comprimento do braço, pois 
ao submeter à boca da chave e a cabeça do parafuso, a esforços para 
os quais não foram dimensionados. 
 As chaves cujo cabo não é devidamente isolado, não podem ser 
usadas em trabalhos elétricos. 
NR-10 
 
 
 As chaves de fenda devem ter cuidados especiais quanto à ponta e o 
cabo, devendo ser checados periodicamente. 
 Na maioria das vezes as pontas recebem tratamento térmico ou 
mecânico para endurecimento superficial, conferindo-lhe melhor 
resistência ao desgaste. 
 Por esta razão, não se recomenda a ajustagem da ponta em ‘esmeris” e 
sim de “pedra” 
apropriada para este fim. 
 O cabo da ferramenta deve estar liso e livre de imperfeições, de 
modo a não lesar a mão do trabalhador. 
 Nunca use calços a fim de compensar folgas. 
 Verifique sempre se tem um bom apoio quando for aplicar força às 
ferramentas. 
 
NR-10 
 
 
 
SEGURANÇA 
 
NR-10 
 
 
10. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais 
eequipamentos 
Transporte, meio de translação de pessoas ou bens a partir de um lugar 
para outro.Desde os primeiros tempos da sua existência que o homem 
reconheceu a necessidade de se deslocar entre variados lugares. Durante 
séculos, os tradicionais meios de transporte usavam como principal 
forma de deslocação a tração animal. 
 
• Riscos no transporte e com equipamentos Veículos a caminho dos locais 
de trabalho em campo 
 É comum o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos 
pontos de prestação de serviços. 
 Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos 
característicos das vias de transporte. 
 Um agravante, também, da condição de risco é situação em que o 
motorista exerce outra função além dessa, ou seja, múltipla 
função. 
 Como exemplo, é atribuída ao motorista à função de dirigir e 
inspecionar e inspecionar uma linha de transmissão para encontrar 
pontos que demandam reparos ou manutenção, tarefas estas 
incompatíveis. 
Veículos e equipamentos para elevação de cargas e cestas aéreas. 
NR-10 
 
 
 Nos serviços de construção e manutenção em linhas e redes 
elétricas nos quais são utilizados cestas aéreas e plataformas, 
além de elevação de cargas (equipamentos, postes) é necessária a 
aproximação dos veículos junto às estruturas (postes, torres) e do 
guindauto junto das linhas ou cabos. 
 Nestas operações podem acontecer acidentes graves, exigindo 
cuidados especiais que vão desde a manutenção preventiva e 
corretiva do equipamento, o correto posicionamento do veículo, 
adequado travamento e fixação, até a operação precisa do 
equipamento. 
 A operação de máquinas e equipamentos que exponham o 
operador ou terceiros a riscos só pode ser feita por trabalhador 
qualificado e identificado por crachá. 
 Devem ser protegidas todas as partes móveis dos motores, 
transmissões e partes perigosas das máquinas ao alcance dos 
trabalhadores. 
 As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de 
suas partes móveis, projeção de peças ou de partículas de materiais 
devem ser providos de proteção adequada. 
 As máquinas e equipamentos de grande porte devem proteger 
adequadamente o operador contra a incidência de raios solares e 
intempéries. 
 O abastecimento de máquinas e equipamentos com motor a 
explosão deve ser realizado por trabalhador qualificado, em local 
apropriado, utilizando-se de técnicas e equipamentos que 
garantam a segurança da operação. 
As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e 
parada localizado de modo que: 
a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; 
b) não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento; 
c) possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o 
operador; 
d) não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo 
operador ou por qualquer outra forma acidental; 
e) não acarrete riscos adicionais. 
As máquinas, equipamentos e ferramentas devem ser submetidos à 
inspeção e manutenção de acordo com as normas técnicas oficiais 
vigentes, dispensando-se especial atenção a freios, mecanismo de direção, 
NR-10 
 
 
cabos de tração e suspensão, sistema elétrico e outros dispositivos de 
segurança. Toda máquina ou equipamento deve estar localizado em 
ambiente com iluminação natural e/ou artificial adequada à atividade. 
11. Sistemas de proteção coletiva 
EPC é todo dispositivo, sistema ou meio físico ou móvel de abrangência 
coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos 
trabalhadores usuários e terceiros. 
 
 
NR-10 
 
 
 
 
 
 
12. Equipamentos de proteção individual 
 
 
 
Dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à 
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no 
trabalho. 
• Os EPI’s devem ser utilizados: 
 Quando esgotadas as possibilidades de adoção de solução técnica e de 
proteção coletiva; 
 Enquanto estas medidas estiverem em fase de implantação; e 
 Quando da existência de risco inerente à atividade ou ambiente 
• Proteção da cabeça 
 Capacete de proteção tipo aba frontal (jóquei) 
 Capacete de proteção tipo aba total 
 Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira. 
 
NR-10 
 
 
 
• Proteção dos olhos 
 Óculos de segurança para proteção (lente incolor) 
 Óculos de segurança para proteção (lente com tonalidade escura) 
 
 
• Proteção auditiva 
 Protetor auditivo tipo concha 
 Protetor auditivo tipo inserção (plug) 
 
 
• Proteção respiratória 
 Respirador purificador de ar (descartável) 
 Respirador purificador de ar (com filtro) 
 Respirador de adução de ar (máscara autônoma) 
 
NR-10 
 
 
 
 
 
 
• Proteção dos membros superiores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luva de cobertura para proteção da luva isolante de borracha 
 Luva de proteção em raspa e vaqueta 
 Luva de proteção em vaqueta 
 
 
 
 
 Luva de proteção em borracha nitrilica 
 Luva de proteção em PVC (hexanol) 
 Luva de proteção tipo condutiva 
 
 Manga de proteção isolante de borracha 
 Creme protetor para a pele 
NR-10 
 
 
 
 
 
 
• Proteção dos membros inferiores 
 Calçado de proteção tipo botina de couro 
 Calçado de proteção tipo bota de couro (cano médio) 
 Calçado de proteção tipo bota de couro (cano longo) 
 
 Calçado de proteção tipo condutivo 
 Perneira de segurança 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Vestimentas de segurança 
 Blusão em tecido impermeável 
 Calça em tecido impermeável 
 
 
 Vestimenta de proteção tipo apicultor 
 Vestimenta de proteção tipo condutiva 
NR-10 
 
 
 
 
 
• Sinalização 
 Colete de sinalização refletivo 
 Colete salva-vidas (aquático) 
 
 
 
 
 
 
• Proteção contra quedas com diferença de nível 
 Cinturão de segurança tipo paraquedista 
 
 
 Talabarte de segurança tipo regulável 
 Talabarte de segurança tipo Y com absorvedor de energia 
 
NR-10 
 
 
 
 
 
 Dispositivo trava-quedas 
 
• Proteção para a pele 
 Creme protetor solar (SEM C.A) 
 
 
NR-10 
 
 
13. Posturas e vestuários de trabalho 
As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo 
contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências 
eletromagnéticas. É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com 
instalações elétricas ou em suas proximidades. 
Ex.: cordões, brincos, anéis, pulseiras... 
 Perigo do Arco-Elétrico 
 Roupa pode derreter. 
 A roupa pode ser aberta pelo arco. 
 Calor proveniente do Arco-Elétrico. 
 Fogo secundário ou explosão. 
 Quem está sob Risco? 
Trabalhadores expostos aos riscos do Arco-Elétrico: 
 Trabalhadores de linhas vivas. 
 Instaladores de cabos subterrâneos. 
 Eletricistas. 
 Operadores de subestações. 
 Engenheiros de chaveamento. 
 Trabalhadores em Geração de Energia. 
 Leitores de Consumo/Pessoal de Serviço. 
 Regras das roupas de proteção contra arco-elétrico 
No caso de haver uma chama ou um arco-elétrico acidental, a roupa de proteção 
térmica deve: 
 Proporcionar tempo de fuga 
 Reduzir as queimaduras 
 Aumentar as chances de sobrevivência 
 Proteção contra arco-elétrico 
Por que não utilizar roupas de proteção diária? 
 Tecidos convencionais podem queimar e manter a chama no 
corpo, aumentando a exposição do trabalhador. 
• Tecidos que queimam: Algodão, Viscose, Lã 
NR-10 
 
 
• Tecidos que queimam e derretem: Polyester, Nylon 
Como vimos anteriormente, no Brasil, a NR-6 - Norma Regulamentadora 
do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece as exigências legais para 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para proteção dos 
trabalhadores contra riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde 
no trabalho. 
Nesta NR não está explicita a necessidade de proteção contra arcos 
elétricos, mas estabelece que o EPI deve proteger os trabalhadores contra 
agentes térmicos tanto para cabeça, face, membro superior e inferior e 
corpo inteiro. 
O arco elétrico numa falha é um agente térmico igual da solda elétrica a 
arco. A diferença é que nos serviços em eletricidade os arcos ocorrem por 
falha liberando energia muito superiora de uma máquina de solda e é um 
risco suscetível de ameaça a segurança e a saúde do trabalhador, portanto o 
trabalhador deve ser protegido pelo EPI. 
• Conjunto NOMEX 
 
 Cuidados com o capuz: 
o Lavar com água fria. 
o Não usar alvejante, somente detergente suave. 
o Secar à sombra. 
 Importante: 
o Uma vez exposto ao arco elétrico, o capuz deve ser removido de 
serviço. 
 Cuidados com o visor: 
o Limpe com panos úmidos, utilize sabão neutro e água fria. 
o Secar ao ar. 
o Não esfregar. 
• Cuidados com o traje: 
 Lave o traje separadamente de outras roupas. 
 Trave todos os fechamentos antes de lavar. 
 Se caso for lavar com água aquecida (máximo 60ºC). 
 Lave com sabão neutro, não aplique alvejante ou detergente clorado. 
 Secagem com ar aquecido (máximo 71ºC). 
 Antes de lavar remova as manchas de graxa ou de óleo. 
 Não use amaciante. 
 Não armazene ou seque sob a luz do sol. 
NR-10 
 
 
 Não use para combate a incêndio. 
 
• EPI: Vestimentas de trabalho com proteção contra a inflamabilidade 
 Análise de risco; 
 Cálculo da Energia incidente com decisão sobre o uso e escolha de 
classe decisão sobre o uso e escolha de classe da vestimenta. 
(NFPA.70 da vestimenta; (NFPA.70-E – IEEE); 
 Adequação - conforto do trabalhador; 
 Sistematização - periodicidade de troca e higienização. 
 
 
14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho 
 
A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado 
destinado a orientar, alertar, avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos 
ou condições de perigo existentes, proibições de ingresso ou acesso e 
cuidados e identificação dos circuitos ou parte dele. 
É de fundamental importância a existência de procedimentos de 
sinalização padronizados, documentados e que sejam conhecidos por 
todos os trabalhadores (próprios e prestadores de serviços). Os materiais 
de sinalização constituem-se de cone, bandeirola, fita, grade, 
sinalizador, placa, etc. 
15. Liberação de instalação para serviço e para operação e 
uso 
Desenergização 
A desenergização é um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e 
controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no circuito, 
trecho ou ponto de trabalho, durante todo o tempo de intervenção e sob 
controle dos trabalhadores envolvidos. 
Seccionamento 
É o ato de promover a descontinuidade elétrica total, com afastamento 
adequado entre um circuito ou dispositivo e outro, obtida mediante o 
acionamento de dispositivo apropriado (chave seccionadora, interruptor, 
disjuntor), acionado por meios manuais ou automáticos, ou ainda através 
de ferramental apropriado e segundo procedimentos específicos. 
Impedimento de reenergização 
É o estabelecimento de condições que impedem, de modo 
NR-10 
 
 
reconhecidamente garantido, a reenergização do circuito ou equipamento 
desenergizado, assegurando ao trabalhador o controle do seccionamento. 
Na prática trata-se da aplicação de travamentos mecânicos, por meio de 
fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento ou com 
sistemas informatizados equivalentes. 
Constatação da ausência de tensão 
É a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito 
elétrico. Deve ser feita com detectores testados antes e após a verificação 
da ausência de tensão, sendo realizada por contato ou por aproximação e 
de acordo com procedimentos específicos. 
Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores 
dos circuitos 
Constatada a inexistência de tensão, um condutor do conjunto de 
aterramento temporário deverá ser ligado a uma haste conectada a terra. 
Na sequência, deverão ser conectadas as garras de aterramento aos 
condutores fase, previamente desligados. 
OBS.: Trabalhar entre dois pontos devidamente aterrados 
Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada 
Define-se zona controlada como, área em torno da parte condutora 
energizada, segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo 
com nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais 
autorizados, como disposto no anexo II da Norma Regulamentadora Nº10. 
Podendo ser feito com anteparos, dupla isolação invólucros, etc. 
Instalação da sinalização de impedimento de reenergização 
Deverá ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à 
advertência e à identificação da razão de desenergização e informações do 
responsável. Os cartões, avisos, placas ou etiquetas de sinalização do 
travamento ou bloqueio devem ser claros e adequadamente fixados. 
 
No caso de método alternativo, procedimentos específicos deverão 
assegurar a comunicação da condição impeditiva de energização a todos 
os possíveis usuários do sistema. 
Somente após a conclusão dos serviços e verificação de ausência de 
anormalidades, o trabalhador providenciará a retirada de ferramentas, 
equipamentos e utensílios e por fim o dispositivo individual de travamento 
e etiqueta correspondente. 
 
NR-10 
 
 
16. Acidentes típicos :análise, discussão, medidas de proteção 
 
Caso 1 : Menina leva choque de 13.800 volts ao tocar em placa 
da Prefeitura Transcrito do jornal Itapevi Agora no 683 
(22/3/2008) 
Por volta das 15h00 de terça-feira (18), a adolescente Milena A. P., de 
apenas 13 anos, moradora na rua Barra Bonita, em Amador Bueno, quase 
morreu eletrocutada ao tocar em um outdoor da Prefeitura de Itapevi, 
instalado na esquina das ruas Palmeiras e Nova Aliança, perto de sua casa. 
Ela tomou um choque de 13.800 volts, porque o outdoor – com estrutura 
metálica sob a lona – estava encostado em um cabo de alta tensão da rede 
da Eletropaulo e transmitiu a corrente. Com o choque elétrico, ela sofreu 
queimaduras na mão direita, nos dois pés e foi arremessada para trás. 
Vizinhos que testemunharam o acidente ficaram assustados ao ver fumaça 
saindo da cabeça de Milena. Ela usava uma presilha tipo ―”tic-tac” de 
metal que absorveu energia e queimou uma pequena parte de seu couro 
cabeludo e cabelo. Ela caiu no chão inconsciente, com os olhos revirados, 
e foi socorrida por Wellington Samuel Severiano, 23 anos, e Edson Ribeiro 
da Silva, 16 anos. 
―Se ela estivesse usando brincos, correntes, relógio ou qualquer outro objeto 
de metal, os ferimentos poderiam ser ainda mais graves‖, salientou Cícero 
Pereira, 36 anos, pai de Milena. 
A gambiarra — O outdoor — anunciando o asfaltamento de algumas ruas 
no bairro — foi colocado no domingo passado, dia 16, por funcionários da 
1.000 Cores, de Leandro Tolentino Costa, 27 anos, que faz painéis e os 
instala para a Preview Publicidade, agência de propaganda contratada pela 
Prefeitura de Itapevi. Durante a montagem da estrutura sustentação (de 
madeira), os funcionários perceberam que o cabo de alta tensão encostaria 
no canto esquerdo da parte de cima do outdoor. 
Por isso, fizeram uma gambiarra perigosa. Cortaram uma garrafa plástica 
de refrigerante e a usaram para envolver a parte do cabo que tocaria na 
placa, amarrando-a com uma pequena braçadeira de plástico branco. 
Eles pensavam que, com essa gambiarra, conseguiriam isolar uma 
corrente de 13.800 volts. Milagrosamente, ninguém se feriu nesse 
trabalho totalmente improvisado e imprudente. 
Mas já no dia seguinte, segunda-feira (17), alguns moradores perceberam 
fumaça saindo daquele ponto, devido a um curto-circuito, e 
imediatamente avisaram a Eletropaulo, que enviou uma equipe para o 
local. Segundo dois técnicos da Eletropaulo, a Prefeitura Municipal foi 
NR-10 
 
 
avisada, estava ciente do problema, mas não retirou a placa a tempo. 
O acidente — Na terça-feira, Milena e suas amigas G. e E., também de 13 
anos, voltaram da Escola Estadual João Nacif Chaluppe, onde estudam, e 
logo depois do almoço resolveram ir até uma lan house, localizada na rua 
Nova Aliança. Como estava fechada, elas retornaram e ao início da rua 
Palmeiras, G. resolveu atirar uma pedra no outdoor. ―”Será que é papel 
ou plástico?”, perguntou ela às outras duas amigas. 
Milena resolveu conferir, aproximou-sedo painel e encostou a mão direita 
na parte metálica da estrutura. De acordo com Cícero Pereira, 36 anos, pai 
de Milena, ela foi arremessada para trás e bateu a cabeça em um pontalete 
de madeira de sustentação do outdoor. Os vizinhos que tinham chamado a 
Eletropaulo na véspera ouviram um forte estrondo e pensaram que havia 
acontecido um curto-circuito no cabo. Wellington Samuel Severiano, 23 
anos, e Edson Ribeiro da Silva, 16 anos, viram o acidente e imediatamente 
correram para socorrer Milena. Wellington pegou-a no colo e tirou-a de 
perto do painel. ―”Ela estava com os olhos revirados, começou a gemer e 
voltou a si muito assustada, perguntando o que tinha acontecido”, contou 
Wellington. 
Milena voltou para a casa acompanhada das duas amigas e disse ao pai 
que tinha se machucado. Ao ver a mão direita e os pés da filha cheios de 
bolhas, Cícero levou-a imediatamente ao Pronto-Socorro de Amador 
Bueno, onde ela foi medicada e enfaixada. 
“A corrente elétrica entrou pela mão e saiu pelos pés. Passou pelo corpo 
inteiro. O médico disse que não sabe como que ela não teve uma parada 
cardíaca. Segundo ele, as reações consequentes do choque podem 
aparecer depois, pois ninguém sabe o que aconteceu internamente no 
corpo da minha filha”, disse Cícero ao Itapevi Agora. 
 
 
Caso 2: Trio Elétrico é Apreendido após Acidente 
com Três Mortes na PB Portal G1 / brasil / acidente 
02/06/2008 - 12h57 
 
Vítimas estavam em carnaval fora de época e foram eletrocutadas por fio de 
alta tensão. Polícia apreendeu veículo e já ouviu o depoimento de seis 
testemunhas em Sousa. 
Três morrem eletrocutados em trio elétrico no sertão da Paraíba 
 
 
NR-10 
 
 
A Polícia Civil de Sousa (PB) apreendeu o trio elétrico após acidente que 
provocou a morte de três pessoas e deixou outras duas feridas, no sábado 
(31), durante o Sousafolia, carnaval fora de época da cidade. As vítimas 
foram eletrocutadas por um fio de alta tensão. 
O acidente aconteceu durante os instantes finais da apresentação da 
Banda Cheiro de Amor. Em nota, a empresa responsável pelo grupo 
musical informou que os integrantes ainda estão abalados com o acidente. 
Ainda segundo o documento, o acidente não ocorreu sobre o trio elétrico 
do Cheiro de Amor, mas em um veículo alugado para o evento. 
O delegado Silvio Bardasson Filho, responsável pela apuração do caso, 
disse que vai aguardar a perícia no trio e ouvir mais testemunhas. "Já foram 
ouvidas seis pessoas. Ainda não posso determinar se a responsabilidade é 
de quem organizou o evento, dos donos do trio elétrico, dos 
representantes do bloco ou do grupo musical que se apresentava no 
momento do acidente." Filho disse que estava no local quando o acidente 
aconteceu e que ajudou a socorrer as vítimas. "Essa foi a nossa preocupação 
maior naquela hora. Depois de as pessoas terem sido socorridas é que 
fizemos as apurações iniciais." 
 
O advogado José Alves Formiga, que representa os organizadores do 
Sousafolia, disse que a empresa está à disposição das famílias das vítimas e 
dos feridos. "Vamos colaborar com a investigação. Há dez anos o evento é 
realizado e essa é a primeira vez que um acidente assim aconteceu." 
Os responsáveis pelo bloco que desfilou no carnaval fora de época e do trio 
elétrico não foram localizados para comentar o caso. 
 
 
 Acidentes Distribuição Descrição do acidente 
O eletricista ao chegar na caixa de medição em área rural, realizar 
inspeção visual e constatar que não havia ser vivo no frontal da caixa, 
tentou abri-la, porém foi atacado por abelhas. Após o ataque verificou que 
estavam alojadas no cano dos condutores de entrada na lateral da caixa de 
medição. Utilizaram o “fumacê” e concluíram a Inspeção. Quando do 
término do serviço o eletricista observou que seu rosto começou inchar e 
sentiu fortes dores. 
 
 
Causas imediatas 
 Condições ambientais perigosas (animais); 
 Inspeção incompleta. Causas básicas 
 Equipamento exposto ao tempo; 
NR-10 
 
 
 Motivação inadequada. 
 Acidentes Transmissão 
Descrição do acidente 
A equipe de manutenção de Linhas de Transmissão efetuava a substituição 
de cruzetas em regime de linha desenergizada, em uma estrutura, 69 kV. 
Em dado momento houve a quebra do topo do poste de concreto fazendo 
com que os cabos viessem a tocar na Rede Primária da Distribuição, em 
cruzamento logo abaixo, levando 3 eletricistas a sofrerem choque elétrico. 
 
 
Causas imediatas 
 Realizar manutenção (em regime de linha morta) acima de estrutura 
energizada, 
 sem as devidas proteções; 
 Não “bloquear” o religamento da rede logo abaixo; 
 Quebra da ponta do poste. 
 
Causas básicas 
 Falta de isolamento ou desenergização da rede de distribuição na área de 
possível 
 contato com a linha de transmissão; 
 Estrutura comprometida, internamente, pelo tempo. 
 
Segundo a NR10: 
Responsabilidades 
10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores 
informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos 
procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem 
adotados. 
10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho 
envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar 
medidas preventivas e corretivas. 
10.13.4 Cabe aos trabalhadores: 
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser 
afetadas por suas ações ou omissões no trabalho; 
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das 
disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos 
internos de segurança e saúde; e 
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as 
situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras 
NR-10 
 
 
pessoas. 
17. Equipamentos e Ferramentas de Trabalho :Escolha, Uso, 
Conservação, Verificação, Ensaios 
 
• Ferramentas portáteis isoladas 
A adoção de ferramentas isoladas apropriadas, além dos EPI`s básicos para 
trabalhos com eletricidade (capacete, óculos, botina de segurança e luvas 
isolantes de borracha), possibilita o trabalho nos equipamentos elétricos, 
com controle eficaz dos riscos elétricos existentes na atividade. Faz-se 
necessário, portanto, a utilização de inúmeras ferramentas isoladas, como 
chaves de fenda, chaves estrela com catraca, chaves catraca, alicates, etc. 
Principalmente em condições ergonomicamente desfavoráveis, deve-se 
utilizar ferramentas apropriadas que resultem em uma maior segurança 
para o trabalhador. As ferramentas devem ser ensaiadas, certificadas e, 
além disto, atender tecnicamente, as técnicas exigências da NBR- 5410- 
Instalações elétricas de baixa tensão e NR 10 Instalações e Serviços em 
Eletricidade sendo anatomicamente ergonômicas, satisfazendo 
unanimente os empregados que as utilizarem. 
Os métodos de ensaio definidos pelas normas devem satisfazer aos 
critérios técnicos e de segurança para a realização da atividade, 
permitindo o trabalho em quaisquer tipos de equipamentos elétricos com 
segurança, diminuindo, portanto, substancialmente o tempo de realização 
da tarefa e aumentando a efetividade do profissional. Outro aspecto 
importante que deve ser levado em consideração quando da utilização das 
ferramentas, diz respeito à necessidade de não se desligar 
desnecessariamente determinadas áreas. Ferramenta manual fabricada 
em material isolante, para proteger o usuário de contato elétrico e 
minimizar os riscos de curto-circuito entre elementos de potenciais 
diferentes. 
• Ferramenta portátil isolante 
Ferramenta manual fabricada em material isolante, exceção feita aos 
insertos metálicos que são incluídos no corpo da peça (seja na cabeça ou 
na parte ativa, seja utilizada como reforço sem que nenhuma das partes 
metálicas tenha acesso). Está concebida para proteger o usuário contra 
choques elétricos e evitar o curto circuito entre os elementos com 
potenciais diferentes. 
• Ferramentas para trabalhos com eletricidade e em altura Condições 
iniciais 
Em determinadassituações, quando em trabalhos com eletricidade e em 
NR-10 
 
 
altura, para se executar as tarefas que dizem respeito às instalações 
elétricas, o eletricista pode se defrontar com algumas dificuldades que 
devem ser sanadas antes que ele inicie os trabalhos programados. 
Exemplos dessas situações é presença de galhos de árvores, objetos que 
se depositam nos dispositivos elétricos, entulhos, etc. Para solucionar tais 
inconvenientes, são utilizadas ferramentas especiais para desobstrução e 
podas de galhos de árvores, retirada de objetos, corte de condutores, 
limpezas em geral, etc. 
Na maioria dos casos, estas ferramentas são adaptadas a varas de 
manobra isolantes. O trabalhador deverá receber previamente um 
treinamento específico para operá-las, uma vez que exige uma 
coordenação motora muito bem definida. 
• Principais regras no uso de ferramentas: 
 
 Ao executar um serviço verifique qual é a ferramenta adequada para a 
execução da atividade. Vai iniciar a atividade verifique se a ferramenta 
está bem conservada ou se apresenta algum tipo de dano aparente 
que impossibilite seu uso. 
 Terminou de executar a atividade limpe a ferramenta inspecione para 
ver se ela sofreu algum dano. 
 Guarde sempre a ferramenta em local apropriado para evitar que ela se 
danifique. 
 Ao usar uma ferramenta para apertar porcas ou parafusos posicione a 
ferramenta adequadamente, segurando-a firmemente antes de fazer 
qualquer esforço físico sobre a mesma. 
 Nunca dirija a ferramenta contra seu próprio corpo. 
 Ao usar martelo, marreta ou qualquer ferramenta de bater deve ser 
de madeira, não use ferramentas com cabo de ferro ou aço. 
 A largura da ponta da chave de fenda deve ser adequada à fenda do parafuso. 
 Não submeta a ferramenta a esforço excessivo. 
 Em hipótese alguma se deve aumentar o comprimento do braço, pois 
ao submeter à boca da chave e a cabeça do parafuso, a esforços para 
os quais não foram dimensionados. 
 As chaves cujo cabo não é devidamente isolado, não podem ser 
usadas em trabalhos elétricos. 
 As chaves de fenda devem ter cuidados especiais quanto à ponta e o 
cabo, devendo ser checados periodicamente. 
 Na maioria das vezes as pontas recebem tratamento térmico ou 
mecânico para endurecimento superficial, conferindo-lhe melhor 
resistência ao desgaste. 
 Por esta razão, não se recomenda a ajustagem da ponta em ‘esmeris” e 
sim de “pedra” 
NR-10 
 
 
apropriada para este fim. 
 O cabo da ferramenta deve estar liso e livre de imperfeições, de 
modo a não lesar a mão do trabalhador. 
 Nunca use calços a fim de compensar folgas. 
 Verifique sempre se tem um bom apoio quando for aplicar força às 
ferramentas. 
 
18. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, 
transporte de 
acidentados 
O salvamento de vítimas em perigo, constitui um dos principais objetivos da 
ação de bombeiros e da brigada de incêndio, devendo ser visto como uma 
ação prioritária em caso de sinistros. A busca de vítimas no interior da 
edificação, deve ser prioritária e poderá envolver ações de transporte e 
movimentação de vítimas como manobras de salvamento. 
 
 
Movimentação, remoção e transporte de vítimas 
Sempre que for possível, você não deverá remover uma vítima. Os 
socorristas devem cuidar da vítima no local de emergência, tentar mantê-la 
estável e esperar pela chegada da equipe de resgate. Mas existem 
situações em que você deve transportar uma vítima, chamadas de 
transportes de emergência. 
Transporte apoiado 
 
 
A vítima deve estar consciente. As vítimas capazes 
de andar podem ser apoiados pelo socorrista. Passar 
o braço da vítima sobre os ombros do socorrista por 
trás de seu pescoço. Segurar firmemente o braço da 
vítima. Com o outro braço, o socorrista envolve por 
trás a cintura da vítima. 
 
Transporte cadeirinha 
NR-10 
 
 
A vítima deve estar consciente. Os socorristas se posicionam de pé, 
ficando de frente um para o outro. Seguram firmemente o seu próprio 
punho direito com a mão esquerda. Com a mão direita seguram o punho 
esquerdo do companheiro. 
 
 
 
Transporte por cadeira 
Na manobra, destinada quer as vítimas conscientes, quer a vítimas 
inconscientes, deve utilizar- se uma cadeira resistente que não seja de abrir e 
fechar. 
 
 
Transporte por arrastamento 
 
NR-10 
 
 
O transporte por arrastamento requer somente a execução por um 
brigadista, em casos que a vítima esteja inconsciente, sendo por uma 
escada ou plano inclinado. 
 
 
 
 
 
 
Levantamento pelos membros/extremidades 
Dois socorristas transportam a vítima, segurando-a pelos braços e pernas. 
Uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra, segura pelas pernas 
abertas. Ambas devem erguer a vítima simultaneamente 
NR-10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transporte nos braços 
A manobra de levantamento e transporte nos braços é executada por 
um bombeiro, sendo eficaz principalmente quando utilizado quando 
NR-10 
 
 
vítimas forem de estrutura física pequena. 
 
 
 
Arrasto pelo pescoço 
Arrasto pelo pescoço - Amarre as mãos do acidentado uma à outra e 
passe-as atrás do seu pescoço. Isto lhe permitirá arrastar o acidentado 
consigo. A vantagem deste método é que você e o acidentado podem 
permanecer abaixados; assim, você estará protegido e ambientes com 
fumaça. Nunca tente arrastar um acidentado com fratura de coluna ou de 
pescoço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arrasto tipo bombeiro 
Em situações de extrema emergência, quando na existência de fogo ou 
ameaça de explosão, o levantamento do bombeiro é uma técnica valiosa. 
Deve ser utilizada esta técnica em situações em que a vítima esteja 
NR-10 
 
 
inconsciente ou em estado de consciência alterada; 
Segure a vítima, como na figura 1. Levante-a, como na figura 2. 
Apoie-a de pé, como na figura 3. 
 
Ajoelhe-se e erga-a, como na figura 4. 
 
Transporte pendurado 
Poderá ser facilmente usado em pessoas conscientes e até mesmo 
inconscientes. Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de 
seu pescoço, incline-a para frente e levante-a. 
 
NR-10 
 
 
 
19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
Norma Regulamentadora NR 10, Segurança em Instalações e 
Serviços em Eletricidade. 
NBR-5410 - Norma Técnica Brasileira de Instalações Elétricas de 
Baixa Tensão. NBR-5419 - Norma Técnica Brasileira de Proteção 
de Estruturas contra Descargas Atmosféricas. 
NBR-14039 - Norma Técnica Brasileira de Instalações Elétricas 
de Média Tensão. NBR-5444 - Símbolos Gráficos para 
Instalações Elétricas Prediais. 
NBR 5418 - Instalações Elétricas em 
Atmosferas Explosivas. Manual de 
Treinamento – CPNSP. 
Comitê do PHTLS da National Association of Emergency Medical 
Technicians (NAEMT). 
ATLS- Advanced Trauma Life Support, American College 
of Surgeons (ACS). Apostila NR 10 2008 
Apostila NR 
10 Básico 
EngeHall 
Apostila NR 
10 INBRAEP 
 
	1. APRESENTAÇÃO DO CURSO
	ELÉTRICA
	2. Organização do Sistema Elétrico de Potência- SEP
	3. Organização do Trabalho
	Prontuário e Cadastro das Instalações
	Métodos de Trabalho
	Comunicação
	4. Aspectos Comportamentais
	5. Condições impeditivas para serviços
	6. Riscos típicos no SEP e sua prevenção
	7. Técnicas de Análise de Riscos no SEP
	8. Procedimentos de trabalho, análise e discussão
	9. Técnicas de Trabalho Sob Tensão
	SEGURANÇA
	10. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais eequipamentos
	11. Sistemas de proteção coletiva
	12. Equipamentos de proteção individual
	13. Posturas e vestuários de trabalho
	14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho
	15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso
	16. Acidentes típicos :análise, discussão, medidas de proteção
	17. Equipamentos e Ferramentas de Trabalho :Escolha, Uso, Conservação, Verificação, Ensaios
	18. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de
	19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	NBR-5410 - Norma Técnica Brasileira de Instalações Elétricas de Baixa Tensão. NBR-5419 - NormaTécnica Brasileira de Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas.
	NBR 5418 - Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas. Manual de Treinamento – CPNSP.
	ATLS- Advanced Trauma Life Support, American College of Surgeons (ACS). Apostila NR 10 2008

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