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Gestão hospitalar
de recursos
materiais e
patrimoniais
10/07/2024, 16:29 Gestão hospitalar de recursos materiais e patrimoniais
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/07477/index.html?brand=estacio# 1/81
Prof.ª Michele Andrade
Descrição Gerenciamento de recursos materiais e patrimoniais em instituições de saúde, com abordagem
dos processos de aquisição, manutenção, estocagem e destino.
Propósito Para o bom funcionamento de instituições de saúde é fundamental o gerenciamento de recursos
materiais e patrimoniais, de modo que sejam otimizados para atender às demandas internas e da
população e, ainda, proporcionar uma gestão hospitalar assertiva e dialógica. Conhecer os
processos que integram o gerenciamento é, portanto, importante para quem irá atuar na gestão
hospitalar ou em diálogo com ela.
Objetivos
Módulo 1
Suprimentos e custos
logísticos nas operações
hospitalares
Módulo 2
Administração de
recursos materiais e
patrimoniais
Módulo 3
Indicadores logísticos
Identificar os indicadores logísticos
dos serviços de saúde.
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Reconhecer os procedimentos de
aquisição e custos regulamentados
nos hospitais públicos e privados.
Identificar os métodos administrativos
para controle de recursos materiais e
patrimoniais em instituições públicas
e privadas.
Introdução
A gestão dos recursos materiais e patrimoniais de uma unidade hospitalar está
intimamente relacionada com o funcionamento global da assistência em saúde,
cujo objetivo é promover atendimento adequado à população, voltado para
recuperação da saúde do paciente e sua família, quando inseridos no contexto
hospitalar. Entretanto, o uso adequado dos recursos materiais disponíveis exige
um controle rigoroso de sua movimentação na unidade hospitalar, buscando
identificar tanto uma possível escassez de recursos, por alteração na demanda,
quanto inutilidade de recursos patrimoniais, visando restabelecer os suprimentos
necessários para o funcionamento do serviço. Portanto, é imprescindível a gestão
destes recursos para a qualidade do serviço prestado para que sejam utilizados

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de maneira adequada os recursos financeiros disponíveis para manutenção e
aquisição.
Veremos como funcionam a aquisição, manutenção, preservação de recursos
materiais e patrimoniais e quais são os índices que apontam o uso adequado e o
bom funcionamento do serviço de saúde.
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1 - Suprimentos e custos logísticos nas operações hospitalares
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os procedimentos de aquisição e custos regulamentados
nos hospitais públicos e privados.
Suprimentos hospitalares
O gerenciamento hospitalar cuida dos suprimentos de forma estratégica para que não
faltem insumos e equipamentos necessários ao serviço. Mas você sabe o que são
suprimentos?
Este é um termo utilizado para designar os insumos movimentados dentro de um
estabelecimento, desde a aquisição até a distribuição pelos diversos setores
hospitalares.
O controle da movimentação de suprimentos hospitalar traz benefícios para o
funcionamento da unidade, promovendo a manutenção de estoque para assistência
em saúde e permitindo ao gestor utilizar, sem desperdícios, a verba disponível.
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O perigo da escassez de suprimento
hospitalar
Neste vídeo, abordaremos os problemas relacionados com a escassez de suprimento
hospitalar e como o gestor normaliza o estoque hospitalar.
Escassez de suprimento: um sério problema
no gerenciamento de saúde
Considerada um sério problema no gerenciamento de saúde, a escassez de insumos
resulta em atraso no tratamento de pacientes, cancelamento de cirurgias,
superlotação de emergências e unidades hospitalares, tarifação inadequada de

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procedimentos realizados, entre outros problemas. Neto e Filho (1998) classificam as
causas dessa escassez em 3 grandes grupos:
Causas estruturais
Falta de prioridade para o setor
de saúde, incompetência de
diretores e favorecimentos,
processo burocrático lento.
Causas
organizacionais
Falta de clareza dos objetivos,
pessoal desatualizado e sem
capacitação, ausência de controle
e escassez de recursos
financeiros.
Causas individuais
Diretores inseguros e sem diálogo
com a equipe e funcionários sem
compromisso com a instituição,
visando somente a manutenção
do emprego.
Vamos pensar sobre isso a partir de uma situação.
Exemplo
C.S.L, 65 anos, idosa, diabética severa, apresenta úlcera venosa na perna direita e alega não dormir por causa
das fortes dores na perna. Buscou atendimento em uma unidade de pronto-atendimento (UPA) do Rio Grande
do Norte, na qual a médica de plantão prescreveu dipirona endovenosa. Entretanto, a paciente foi informada
pelo técnico de enfermagem sobre a falta do medicamento. Não havendo outro meio de medicá-la, a
paciente foi liberada sem receber o medicamento.
Neste exemplo, o desabastecimento da farmácia da unidade mostrou falha no
controle do estoque, prejudicando a assistência à paciente. Casos como estes são
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comuns nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), relacionados à demora na
aquisição de insumos.
Em virtude das situações comprometedoras para manutenção de estoque de material,
visando gerir o desabastecimento da unidade hospitalar, Kamimura (2017) sugere as
seguintes ações:
Contactar os fornecedores, a fim de verificar a causa do desabastecimento e, assim, estabelecer
uma nova data para regularização do estoque hospitalar.
Realizar análise criteriosa de falta de materiais essenciais na assistência, causando impacto no
serviço e na aquisição emergencial de insumos.
Verificar periodicamente o estoque, baseando sua duração no consumo médio mensal.
Buscar alternativas dentro da unidade hospitalar para substituição do item em falta, passando por
avaliação de uma comissão ou diretoria clínica.
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Divulgar, na falta de suprimentos, as alternativas possíveis, priorizando a segurança do paciente,
principalmente às equipes médica e de enfermagem.
Buscar integrar-se com outras unidades hospitalares, para desenvolver ações conjuntas com
hospitais da rede sentinela, visando contornar a crise instalada.
Priorizar pacientes que necessitam do suprimento para sobreviver caso haja desabastecimento. A
análise deve ser feita por conselho técnico mediante prescrição, para prevenir eventuais faltas do
insumo indispensável.
Buscar fornecedores em outras regiões ou estados que disponibilizem os itens em falta. Os
hospitais públicos devem seguir o trâmite estimado pela política da organização.
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Realizar periodicamente monitoramento do estoque local, pelo risco de desabastecimento de
suprimentos ocasionado por falta de matéria-prima. Alguns gestores montam um super estoque de
itens essenciais, sem considerar a validade do suprimento, o queresulta em um desnecessário
impacto orçamentário.
Kamimura (2017) aponta ainda a possibilidade de ação externa, que seria a
intervenção governamental. No desabastecimento, os órgãos de vigilância sanitária
iniciam uma intervenção para facilitar a aquisição de suprimentos, identificando
relação entre essa escassez e decisões administrativas, como recall ou interrupção na
produção.
O gestor de saúde tem autonomia para identificar os fatores que podem causar
desabastecimento de material médico-hospitalar e assim prever os resultados
negativos que comprometerão a assistência ao paciente e, consequentemente,
poderão causar prejuízo à imagem da instituição hospitalar. Em hospitais do SUS,
esses fatores estão associados com a falta de dinheiro, lentidão dos processos de
licitação e problemas com orçamento, sendo necessário o uso de ferramentas que
contribuam para um sistema de abastecimento eficaz ao serviço.
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Organização do sistema de abastecimento
do serviço de saúde
O sistema de abastecimento de um serviço de saúde é subdividido em 4 subsistemas,
responsáveis por atividades que vão desde a catalogação até aquisição desses itens.
Estes subsistemas são:
Grupo 1 - Normatização
Classificação de materiais
Normalização e padronização de
materiais.
Grupo 2 - Controle
Gestão de estoques
Valorização de estoques.
Grupo 3 - Armazenamento
Recebimento e inspeção de qualidade
Movimentação e transporte de materiais
Armazenamento de materiais.
Grupo 4 - Aquisição
Aquisição de materiais
Alienação de materiais.
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A normatização da aquisição
São os instrumentos utilizados para especificar suprimentos hospitalares a serem
adquiridos. O processo é realizado através da catalogação, codificação e classificação
desses itens. Esse subsistema utiliza: normas técnicas, recursos tecnológicos, a
política da instituição, relatórios de aquisição/solicitação de materiais de consumo,
bem como de sinalização de materiais não solicitados há um ano, para que ocorra sua
exclusão do sistema de abastecimento.
Vamos pensar a partir de uma situação:
Exemplo
Nos hospitais militares, uma vez ao ano é realizado o levantamento da estimativa de obtenção anual (EOA),
no qual é atualizado um catálogo contendo todos os itens utilizados por cada departamento hospitalar,
conforme demanda do serviço. Esta estimativa é utilizada para aquisições de materiais do próximo ano. No
entanto, os itens cuja demanda está zerada serão excluídos do catálogo. O não envio deste documento em
tempo hábil prejudica a aquisição destes insumos, podendo ocasionar falta em estoque. Por esse motivo, o
controle periódico de material é extremamente importante, permitindo identificar alterações na demanda de
material, mantendo um estoque adequado do serviço.
Segundo Severo Filho (apud Kamimura, 2017, p. 78.), “a normatização executa a
classificação desses suprimentos atendendo às seguintes orientações:
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Dar a descrição do material segundo suas características físicas e
específicas.
Descrever o material segundo sua forma genérica.
Descrever o material segundo seu nome específico.
Descrever o material usando uma terminologia única, para evitar duplicidade.
Não utilizar a marca como nome do material.
Utilizar uma configuração de códigos mais apropriada ao tipo de material ou
à atividade da empresa, para facilitar o processamento eletrônico de dados e
a automação por código de barras.”
Desse modo, podemos dizer que classificar esses materiais hospitalares é o mesmo
que ordenar, organizar e separar de acordo com sua composição e forma genérica
para que, posteriormente, possam ser catalogados na instituição.
Exemplo de código de barras EAN.
Entretanto, a inserção destes itens no
catálogo requer utilização de um código
que permita sua identificação pelo
sistema de compras e aquisição segundo
o grupo no qual foi inserido. A
codificação mais conhecida no mundo
inteiro é o código de barras, utilizando-se
no Brasil a EAN (European article
numbering). Mediante essa codificação,
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é possível padronizar e catalogar um
item.
Vejamos um exemplo de codificação, com base em Neto e Filho (1998). A Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) utiliza a seguinte codificação para
as descrições apontadas:
Grupo 01:
Material de enfermagem.
Grupo 02:
Fios e agulhas para sutura.
Grupo 03:
Material radiológico, fotográfico e
gráfico.
Grupo 04:
Órteses e próteses.
Grupo 05:
Instrumental cirúrgico.
Grupo 06:
Material odontológico.
A padronização do suprimento hospitalar torna obrigatórios o uso e a compra de um
item.
Exemplo
Em uma clínica, havia vários pacientes atendidos portadores de inflamação intestinal necessitando da
medicação Mesacol, um potente anti-inflamatório intestinal, não catalogado no sistema para aquisição.
Iniciou-se processo de padronização e codificação, preenchendo a documentação necessária e anexando
informações do fabricante sobre a medicação. Geralmente, esse processo requer tempo, pois depende da
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análise de uma comissão técnica e aprovação do setor de aquisição. Após sua devida padronização, a
medicação foi adquirida para uso dos pacientes daquela instituição.
Normatização de material hospitalar, vamos
entender mais?
Neste vídeo, falaremos sobre os grupos de subsistema de abastecimento e como todo
material, antes da aquisição, deve ser catalogado e padronizado no sistema onde um
código o identificará facilitando sua aquisição.
Estratégias de aquisição de suprimentos

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hospitalares
A gestão de recursos materiais envolve ações como controle, levantamento,
estimativas, catalogação e padronização de itens de consumo. Durante o controle,
identifica-se a necessidade de reposição de estoque, bem como de compra e
aquisição. Adquirir um item hospitalar exige o cumprimento de etapas, como a
solicitação do serviço, pesquisa de qualidade e preço. Todas estas etapas devem
seguir um padrão de obtenção que respalde a instituição em casos de itens que não
atendam aos seus requisitos.
Como é realizada a aquisição de
suprimentos?
Antigamente, acreditava-se que comprar materiais correspondia “somente ao ato de
processar as aquisições e suprir o hospital de materiais e serviços no tempo certo”
(KAMIMURA, 2017, p. 110). Porém, o ato de “comprar” foi ampliado, acrescentando-se
planejamento e acompanhamento, pesquisa de preço e seleção de fornecedores,
atenção sobre a entrega dos itens comprados no local e dia exato e, ainda, a inserção
de um profissional de TI (tecnologia da informação). Sendo assim, o foco atual das
compras hospitalares recai sobre a manutenção contínua de fornecimento, na busca
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por fornecedores que ofertem itens de boa qualidade e com custo adequado. Os
principais objetivos das compras hospitalares são:
 Manter um fornecimento contínuo.
 Minimizar o inventário do estoque.
 Melhorar a qualidade continuamente.
 Compra por menorcusto de propriedade - TCO (Total cost of ownership).
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Modalidades de compras ou aquisição de
suprimentos hospitalares
Kamimura (2017) e Neto e Filho (1998) sinalizaram existências de várias modalidades
de aquisição ou compras de materiais sendo refutadas pela nova Lei nº 14.133 de
2021, que trata sobre licitação e contratos e orienta os procedimentos, conforme
veremos a seguir.
É um processo automatizado de compras por meio do qual os pedidos são
enviados aos fornecedores instantaneamente, dispensando a papelada.
É o processo de compra e venda entre empresas por meio da internet. Neste
comércio identificamos as modalidades B2B (transações entre empresas para
Intercâmbio eletrônico de dados (EDI) 
e-commerce 
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vendas no atacado) e B2C (venda ao consumidor).
É o processo de cotação de preços via meios eletrônicos de compra e venda.
Essa modalidade é bastante utilizada para as seguintes aplicações: licitação
eletrônica, leilões eletrônicos, sourcing eletrônico, MRO (manutenção, reparos e
obtenção) eletrônico.
É o processo de aquisição de material por meio do uso de cartão corporativo,
muito utilizado pelas instituições. Nas instituições públicas, existe o cartão do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Um dos
requisitos para ingressar nessa modalidade é prestar serviço de acreditação
hospitalar.
E-procurement 
Cartões de crédito 
Licitação ou pregão 
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É o evento, que pode ser via meios eletrônicos ou presencial, no qual a
instituição disponibiliza um edital contendo uma lista dos itens que deseja
adquirir, apresentando as recomendações para participação no processo. No
Brasil, o Governo criou um sistema informatizado chamado ComprasNet, no
qual instituições e fornecedores se cadastram para participar das diversas
modalidades de pregão.
A licitação é composta por várias etapas, cuja ordem de ocorrência deve ser
respeitada da seguinte forma:
 Requisição e abertura do processo
Emitida eletrônica ou manualmente, a requisição é o documento inicial do processo de
licitação.
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 Autorização de compra e reserva de verba
É enviada ao responsável por aprovar as despesas do hospital e que, ao final da
autorização, reservará recurso para a licitação.
 De�nição da modalidade, liberação de edital e convocação de
fornecedores
Após definir a modalidade, o edital a ser liberado deve ser claro, contendo as descrições
do item, solicitação de garantias e as normas da instituição.
 Recebimento das propostas
O prazo para recebimento é definido pela legislação de cada instituição.
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 Abertura, quali�cação julgamento e adjudicação
A abertura é realizada antes do prazo, por funcionários designados para este fim. Os
fornecedores qualificados permanecem e os que não atenderam aos critérios são
excluídos. Esse julgamento torna-se público, mediante adjudicação (ato judicial que tem
como objetivo transferir a posse de um bem de um devedor ao credor, na execução de
uma dívida).
 Recurso
Tem até 5 dias úteis para ser interposto após o ato que o motivou.
 Homologação e contrato
Ocorre após decorrido o prazo legal para apresentação de recursos ou adjudicação. O
setor de contrato procede a confecção do contrato e prossegue com assinatura.
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Além do processo de licitação tradicional, existem modalidades de licitação mais
simplificada, utilizadas quando a aquisição deve ser agilizada no menor tempo
possível, de modo a não causar falta de suprimentos para o hospital. Essas
modalidades são:
Compra conjunta
Esta modalidade visa reduzir os custos das compras e do processo, aumentando escalas e
reduzindo custos da transação por meio da centralização das negociações (KAMIMURA, 2017, p.
118). A cotação é feita por meio eletrônico, com todos os itens solicitados pelos hospitais
envolvidos. Porém, a participação de fornecedores é restrita àqueles qualificados pelo grupo de
avaliação de fornecedores.
Processo de registro de preços
Esta é uma modalidade de licitação empregada pela administração pública para contratação.
Utilizada para aquisição de itens de consumo frequente. O fornecedor registra o valor unitário do
item e emite uma ordem de fornecimento pelo valor consignado da licitação.
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Convite
Esta é a modalidade de licitação mais simples da atualidade. É escolhida para contratação de
serviços ou materiais com valor final de R$ 80.000 a R$ 150.000. Utilizada para acelerar aquisição
de bens em todas as esferas de governo.
Observe um exemplo de como ocorre o processo na prática:
Exemplo
Em determinado hospital militar, o setor de endoscopia digestiva encontrava-se com estoque de materiais
baixo, necessitando realizar aquisição de forma rápida. No mesmo período, por meio de pesquisas pelo
ComprasNet, descobriu-se que o Hospital Geral de Bonsucesso se encontrava com uma licitação de insumos
para endoscopia dentro da validade. Após contato telefônico com o setor solicitante do hospital responsável,
foi autorizada, mediante documento, aquisição dos itens solicitados pelo leiloeiro, mas em um quantitativo
menor, para não desfalcar o estoque do hospital responsável pela licitação. Neste caso, havia uma situação
emergencial para solicitar essa modalidade de aquisição, na qual a solução mais apropriada foi o convite da
instituição que fez a licitação.
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Aquisição de materiais hospitalar: quando e
como fazer?
Neste vídeo, falaremos sobre os procedimentos envolvidos na aquisição de materiais:
desde a realização de estimativas até a necessidade de compra emergencial para, a
partir desse ponto, correlacionar a modalidade de aquisição que mais se enquadra à
situação.
Falta pouco para atingir seus objetivos.

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Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
No processo de aquisição de material hospitalar, o gestor fica responsável por
organizar anualmente um levantamento, de modo a trazer suprimento suficiente
para os setores do hospital. Como chamamos este tipo de entrada no sistema de
normatização?
A Padronização.
B Codificação.
C Classificação dos itens.
D Relatório de solicitação.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Uma das formas de entrada no sistema de aquisição de material é por meio do
relatório de solicitação, que contém informações sobre os materiais necessários ao
hospital.
Questão 2
A escassez de suprimento hospitalar é um sério problema que o gestor deve
enfrentar em algum momento. Com a falta dematerial, o andamento do serviço de
saúde fica totalmente prejudicado, colocando em risco a vida de milhares de
pacientes pelo país. Existem 3 grandes grupos de causa: estrutural, organizacional e
individual. Qual causa a seguir está relacionada ao grupo organizacional?
E Política da instituição.
A Pessoal desatualizado.
B Incompetência de diretores.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
O grupo estrutural possui como causadores da escassez de material hospitalar as
seguintes situações: falta de prioridade para o setor de saúde, incompetência de
diretores e favorecimentos, rito burocrático que atrasa a aquisição e compra de
suprimentos centralizadas.
C Funcionário sem compromisso.
D Falta de prioridade para saúde.
E Rito burocrático.
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2 - Administração de recursos materiais e patrimoniais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os métodos administrativos para controle de recursos
materiais e patrimoniais em instituições públicas e privadas.
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Processos envolvidos na gestão de estoques
hospitalares
O subsistema controle é responsável pelo controle de estoques, por meio do
armazenamento adequado e recebimento de materiais adquiridos. Geralmente, esses
controles são feitos através de fichas impressas anexadas às prateleiras ou
containers, nos quais os materiais são armazenados. A importância do
armazenamento de materiais se deve à manutenção de estoque mínimo, reduzindo
custos para o setor.
De acordo com Kamimura (2017), os responsáveis pelo armazenamento executam
várias atividades relacionadas ao estoque ou almoxarifado, como paletização,
expedição, segurança, recebimento do material, carregamento, entre outros.
Gestão de armazenamento hospitalar
Neste vídeo, abordaremos como acontece a gestão de estoque e quais são os
processos envolvidos na manutenção de controle e manutenção de material para

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manter a cadeia de suprimentos de materiais e de medicação hospitalar de modo a
atender a demanda ambulatorial e de pacientes internados.
Organização dos materiais no estoque
hospitalar
Os objetivos da organização de estoques é manter a integridade das embalagens e
esterilidade dos materiais, devendo ser uma prioridade. O local onde esses materiais
encontram-se armazenados geralmente recebe o nome de almoxarifado ou paiol (nos
hospitais militares). Neto e Filho (1998) ressaltam que as funções do paiol são:
receber, guardar, localizar, assegurar, preservar e entregar os materiais de consumo.
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Armazenamento.
É importante que os itens sejam
separados por classe e pela ordem
estabelecida, identificando todos os
locais e materiais quanto à sua
localização e cadastro no sistema.
A principal função do armazenamento de
materiais é permitir otimização dos
recursos financeiros e físicos.
A necessidade na manutenção de estoque está principalmente relacionada com a
manutenção de uma cadeia de suprimentos de materiais e de medicação hospitalar,
de modo a atender à demanda ambulatorial e de pacientes internados. Esse
subsistema é responsável pela gestão de estoque e valoração e, para isso, utiliza as
normas da instituição para estimar os valores do estoque e calcular quando a
reposição dos itens será necessária. Para que esse controle seja executado da forma
correta, é imprescindível que haja um local reservado para armazenamento e recepção
de suprimentos hospitalares, além do controle financeiro.
Dica
Uma forma de controlar financeiramente o estoque é estimando o custo para aquisição do produto (incluindo
frete, preço de entrada e de saída).
A reserva de área para armazenamento de material médico-hospitalar deve, antes de
tudo, atender às necessidades apresentadas por todo o hospital, além de adequar a
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estrutura visando possiblidades de armazenamento de material no local. Segundo
Neto e Filho (1998), o local de armazenamento deve levar em consideração as
características do material que será armazenado, sendo classificado nos seguintes
grupos:
A movimentação física no armazenamento inclui várias atividades, como recebimento,
conferência e seleção de material para armazenamento, conforme a área disponível
para este fim. Além disso, é necessário o uso de veículos especiais, como
empilhadeiras, para transporte dos materiais pesados dentro do setor.
 Materiais pesados e de manejo e de transporte difícil
 Materiais pequenos de uso frequente e diversi�cados
 Materiais em pouco volume, mas com saída constante
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O armazenamento inicia logo após a conferência das notas fiscais da aquisição do
material. A manutenção do armazém precisa funcionar com perfeito entrosamento
entre funcionários e demais departamentos do hospital, de modo que sua atenção se
volte para as seguintes características necessárias ao espaço:
Qual instalação é a mais adequada?
Qual o espaço necessário para armazenar esse material?
Quais transportes serão necessários para o setor?
Que tipo de controle deve ser adotado no armazém?
Quantos funcionários serão adequados para o funcionamento do armazém?
Os tipos de instalações para armazenamento de materiais são:
Trata-se de estrutura de alvenaria fechada lateralmente e com telhado,
contendo forro ou não. Seu piso é feito de material resistente ao peso. Neste
caso, é necessária a instalação de estufas, desumidificadores e geladeiras.
Armazéns 
Galpões 
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São edificações cobertas, que podem ser fechadas lateralmente e contam com
piso apropriado para resistir às condições ambientais.
São terrenos planos, sem cobertura e drenados, sem possibilidade de controle
ambiental.
Nesses diferentes tipos de instalações, existe mais de uma forma de armazenar os
materiais, podendo ser usadas as seguintes estruturas:
Empilhamento sobre o piso.
Pátios 
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Empilhamento sobre o piso
Busca a otimização do fluxo por blocagem - as caixas são colocadas sobre o chão, não devendo
ultrapassar a altura máxima de 1,5m. Neste caso, as caixas devem ser contidas em caixas
plásticas.
Armazenamento sobre paletes.
Paletes e porta paletes
Podem ser de madeira, plástico, metal ou papelão, sendo comumente encontrados nas medidas:
0,80m x 1,00m, 1,00m x 1,20m ou 1,20m x 1,20m. Nos serviços de saúde, os mais utilizados são os
de plástico e metal conforme orientação da ANVISA, por meio da Portaria nº 326, de julho de 1997.
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Armazenamento de produtos químicos em carrossel.
Carrossel
É constituído por várias estantes com prateleiras,deslocando-se em movimentos rotatórios na
horizontal e vertical.
Drive-in: armazenamento em corredores.
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Drive-in e drive-through
É utilizado para melhor aproveitamento do espaço, mas limita o acesso aos materiais, pois eles são
armazenados em um mesmo corredor.
Cantilever.
Cantilever
É um sistema de armazenamento construído por vigas, muito utilizado para armazenar cargas com
grandes dimensões e peso. São de fácil acesso e permitem a retirada com empilhadeiras.
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Flow racks de caixas.
Flow racks de caixas
São utilizados para separação de produtos que devem ser fracionados como medicamentos, sendo
dispostos em caixas tipo bins.
Legislação e orientações sobre suprimento
hospitalar
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E aí, o que você faria como gestor
hospitalar?
Neste vídeo, apresentaremos como ocorrem os processos de aquisição de materiais
hospitalares, a contratação de serviços e quais são as boas práticas para garantir um
bom armazenamento, controle, locação e permissão para uso destes materiais
hospitalares.
Lei sobre licitação e contratos
administrativos (Lei nº 14.133, de 1 de abril de
2021)

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A realização de processos para aquisição de materiais hospitalares e a contratação de
serviços nas instituições públicas seguem as orientações contidas na Lei nº 14.133, e
que não são as mesmas para instituições privadas. A realização de contratos com
empresas fornecedoras de materiais e serviços ou de licitação e suas variantes é
obrigatória para instituições públicas federais, estaduais e municipais.
Essa lei apresenta orientações sobre ações como: locação, compra, alienação ou
concessão de bens a outra unidade, obras e serviços relacionados, permissão para
uso de bens públicos e prestação de serviços especializados. Essa burocratização na
aquisição serve para organizar a execução dessas modalidades sem prejuízos à
unidade. Entretanto, esses processos lentificam a aquisição, o que pode causar
problemas aos serviços de saúde que, por isso, em muitos casos recorrem a outras
instituições para obter material por meio de permuta até que o processo de compra
seja finalizado.
Vejamos como isso funciona na prática:
Exemplo
Em um hospital público do Rio de Janeiro, houve falta de luvas descartáveis após aumento da demanda por
serviços emergenciais. Com o estoque baixo, o gestor foi orientado a realizar a licitação para reposição
deste item. Como o processo é longo, o gestor teve a ideia de contatar outros hospitais públicos mais
próximos e oferecer itens de seu estoque que sobravam em troca de luvas. Assim, ele movimentou o estoque
de forma controlada e conseguiu um quantitativo adequado até que a aquisição das luvas fosse obtida na
conclusão do processo de licitação.
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Pela Lei 14.133, o serviço de engenharia hospitalar é o responsável por executar ações
relacionadas a bens materiais móveis e imóveis por meio de atividades como o
estabelecimento de parâmetros para contratação de bens e serviços, definição de
requisitos para contratação, critérios para pagamento, critérios para fornecedor, entre
outros. Esses parâmetros são definidos em conjunto com uma comissão técnica
formada por profissionais de saúde e da engenharia, estabelecendo um padrão a ser
seguido em todos os processos de aquisição e contrato. Um exemplo é o
estabelecimento de valores para dispensa de licitação, estipulando-se valores
inferiores a R$ 50.000 (para materiais de consumo e serviços) e R$ 100.000 (para
serviços de engenharia e manutenção de automóveis). Neste caso, a instituição é
orientada a realizar contratação direta mediante análise de cotações enviadas pelas
empresas e solicitar a aprovação dessa aquisição pelo conselho técnico.
Comentário
Por esse motivo, a Lei 14.133/21 é importante por atualizar orientações sobre aquisições e contratos, antes
embasadas pela lei nº 8.666/99, considerada ultrapassada. Além disso, a nova lei trata sobre o
direcionamento das responsabilidades, os critérios de elegibilidade e de formas de pagamento, bem como o
estabelecimento de prazos para finalização desses processos, o que demonstra a preocupação do governo
em manter organizada a utilização de verba direcionada à contratação de bens e serviços.
Resolução sobre boas práticas no
armazenamento de medicamentos (RDC 304,
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de 17 de setembro de 2019)
No capítulo III desta resolução, existem orientações sobre armazenamento e
estocagem de medicamentos. Essas orientações são importantes principalmente na
identificação de produtos adulterados ou pertencentes a cargas roubadas, para que
sejam providenciadas as medidas cabíveis. Além disso, durante o transporte desses
itens para armazenamento, podem ocorrer avarias acidentais, e a resolução traz
orientações quanto ao descarte desse material, que não será mais aproveitado.
Como boas práticas em relação ao armazenamento de medicamentos e materiais, a
resolução estabelece que o espaço físico de armazenamento deve possuir áreas
destinadas a:
Medicamentos de controle especial.
Devoluções.
Adulterações.
Quarentena.
Radionuclídeos.
Material de limpeza e administração.
Além de uma área para refeições e vestiários, se possível.
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O pessoal da unidade deve ser treinado e qualificado para trabalhar com estocagem,
devendo apresentar-se com vestimenta adequada e, no caso de trabalho com
quimioterápicos e antibióticos, fazendo uso de equipamento de proteção individual
(EPI), sendo proibido o uso de adornos e joias, sandálias, bem como fumar ou beber
no local.
Atenção!
Em relação ao armazenamento, os materiais devem ser organizados sobre paletes que permitam a limpeza
do local e não sejam fonte de contaminação, compostos por madeira tratada, alumínio ou plástico. Esses
materiais não devem ter contato com luz solar e, quando empilhados, não podem tocar o teto do local.
Devem ser organizados por tipo de material ou medicamento e identificados por
números, facilitando sua localização para dispensação. O controle do estoque é
mantido por meio da realização de um inventário periódico, no qual todas as
divergências são registradas e investigadas, a fim de identificar possíveis furtos,
misturas ou faturamento incorreto.
Administração de material patrimonial
hospitalar
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Define-se como material permanente:
(...) designação genérica de equipamentos, componentes,
sobressalentes, acessórios, veículos em geral, matérias primas e
outros itens empregados ou passíveis de emprego nas atividades
das organizações públicas federais, independente de qualquer
fator, bem como aquele oriundo de demolição ou desmontagem,
aparas, acondicionamentos, embalagens e resíduos
economicamente aproveitáveis.
(UFPEL, 2020, p. 10)
Esses materiais permanentes, quando são adquiridos pelo hospital público ou privado,devem ser incorporados ao patrimônio da unidade por meio de avaliação e elaboração
de documento, atribuindo um número de patrimônio por meio do qual aquele item será
identificado no sistema. De acordo com o Decreto nº 9.373/2018, os materiais
permanentes se dividem em 4 grandes grupos:
Ocioso Recuperável
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Material que se encontra em perfeitas
condições para uso, mas não é
aproveitado.
Material que não está em condições de
uso e cujo custo de recuperação equivale
a até 50% do seu valor no mercado,
favorecendo seu reparo.
Antieconômico
Material ou bem cuja manutenção é cara
e seu rendimento é precário por conta do
uso prolongado, desgaste prematuro,
entre outros.
Irrecuperável
Material que não pode ser utilizado
porque perdeu as características
originais e cuja análise para reparo
indicou gasto oneroso demais.
Esses materiais necessitam passar por constante manutenção para reparo e
conservação, de forma que possam estar em bom estado de uso. A durabilidade
desses materiais, para serem considerados permanentes, deve ultrapassar 2 anos.
Existem formas de aquisição de material permanente regulamentadas pelo Decreto
9.373/18 e que permitem a movimentação desses itens até mesmo intra-hospitalar:
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Comodato
É o empréstimo gratuito de bens duráveis, que devem ser restituídos no prazo acordado. Por
exemplo, empréstimo de bombas infusoras para hospital de campanha.
Doação
É o recebimento gratuito dos bens permanentes vindos de outras unidades. Por exemplo, doação de
uma mesa para o ambulatório.
Compra
É a aquisição realizada com o orçamento hospitalar. Por exemplo, aquisição por licitação de
monitores.
Permuta
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É a troca de bens permanentes por outros em bom estado. Por exemplo, troca de cadeiras de
repouso por outro móvel de maior necessidade.
Incorporação
Ocorre quando não é possível identificar a origem do recurso utilizado para compra de material em
uso há mais de 2 anos. Por exemplo, o uso de uma geladeira na enfermaria e da qual não
encontraram a origem.
Fabricação
Ocorre quando o bem foi fabricado pela instituição. Por exemplo, construção de uma bancada pelo
setor de marcenaria.
Segundo Kamimura (2017), a solicitação de aquisição de equipamento médico ou
mobiliário deve passar pelo departamento de engenharia comum (DEC) por meio de
um documento detalhado, que deve conter as seguintes informações: descrição
detalhada do produto, justificativa técnica para solicitação (qual o objetivo dessa
compra), abertura de processo e autorização da diretoria. Após essas etapas, serão
solicitadas cotações do produto para anexar ao processo e, a partir desse ponto, o
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setor de contabilidade verifica a disponibilidade de verba para a compra, seguindo
para posterior assinatura do diretor da instituição. Com a aprovação, é emitido o
contrato de aquisição juntamente com uma nota de empenho.
Entretanto, caso essa aquisição de material permanente seja emergencial, “deve ser
elaborada uma justificativa para caracterizar a situação de emergência para a
aquisição imediata[...]” (KAMIMURA, 2017, p. 149). O tempo para aquisição de
materiais, permanentes ou não, dependerá da agilidade da instituição solicitante,
durando uma média de 90 dias, desde a solicitação até recebimento do produto e, em
alguns casos, estendendo o tempo até 120 dias. Esse tempo está relacionado
principalmente à necessidade de compra de peças para manutenção de algum item
permanente, devendo respeitar-se o prazo citado para não prejudicar o serviço.
Nota de empenho
Documento de registro de pagamento contendo o nome do credor e o valor da despesa.
O departamento de engenharia deve realizar manutenção preventiva ou corretiva
para prolongar a vida útil do equipamento ou material permanente. Kamimura
(2017) refere que o DEC firma previamente contratos para fornecimento de peças
que serão utilizadas na manutenção dos equipamentos e móveis, estipulando-se
um valor mensal para fornecimento dessas peças. A manutenção desses
equipamentos permite realizar um importante papel na logística hospitalar: o de
controle de gastos desnecessários.
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Em caso de extravios de material permanente por motivo de furto, dano ou
movimentação não autorizada dentro da unidade, deverá ser instaurado um inquérito.
Por isso, é extremamente importante o controle por meio de registros quanto à
movimentação do material. O controle desses materiais é realizado por um inventário
periódico, que pode ser anual, eventual, de transferência de responsabilidade, inicial ou
de extinção de uma unidade hospitalar. No entanto, materiais permanentes que não
possuem mais condições de uso ou peças para reparo podem ser encaminhados à
destinação final após parecer técnico, na qual serão reciclados ou terão outra
destinação final orientada pelo SISNAMA (Sistema nacional de meio ambiente).
Material patrimonial: da aquisição ao
descarte �nal
Neste vídeo, falaremos o que são materiais patrimoniais (permanentes), as
modalidades de aquisição para esse tipo de material e o que é feito quando não tem
mais utilidade para o serviço de saúde.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
No ano de 2011, fortes chuvas causaram deslizamentos em Teresópolis-RJ,
resultando na morte de centenas de pessoas. As forças armadas montaram
hospitais de campanha em vários pontos da cidade para atender a população. Em
virtude disso, alguns equipamentos foram emprestados para esses hospitais na
condição de devolução quando fossem desmontados os hospitais de campanha.
Que modalidade de aquisição de material permanente foi usada?
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Parabéns! A alternativa B está correta.
O comodato é a modalidade de aquisição temporária por meio de um empréstimo
gratuito de bens duráveis, que devem ser restituídos ao final do prazo acordado com
a instituição solicitante ou setor.
Questão 2
A Compra.
B Comodato.
C Permuta.
D Incorporação.
E Doação.
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A cama cirúrgica é considerada um material hospitalar permanente. Este material é
assim definido por
Parabéns! A alternativa C está correta.
Para serem considerados materiais permanentes, como no caso da cama cirúrgica,
os materiais devem apresentar durabilidade superior a 2 anos, compondo o grupo
formado por equipamentos, componentes, veículos, entre outros.
A ter grandes dimensões.
B ser um item de mobília.
C ter durabilidade superior a 2 anos.
D estar presente em qualquer hospital.
E ter aquisição exclusiva na modalidade compra.
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3 - Indicadores logísticos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�caros indicadores logísticos dos serviços de saúde.
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A logística no ambiente hospitalar
Neste vídeo, apresentaremos os aspectos introdutórios e conceituais sobre a logística
no ambiente hospitalar, além dos seus objetivos e importância nesta área.
A palavra logística vem do francês logistique, que significa utilização prática da arte de
mover exércitos (KAMIMURA, 2017). Na realidade, esse termo se relaciona com o uso
de planejamento estratégico e tático. Ao longo do tempo, a logística consolidou seu
papel com armazenagem e transporte. Atualmente, esse conceito acrescentou ações
como gestão de estoques, armazenamentos, aquisições, produção, comunicação e
informações necessárias para guarnecer a instituição, gerando o menor custo
possível. O sucesso desses procedimentos depende do uso de indicadores logísticos,
que estabelecerão parâmetros de necessidade do serviço e de qualidade.
O conceito de logística enquanto organizador estrutural é
compatível com o serviço hospitalar, sendo a logística uma parte
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da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla
com eficácia o fluxo e a armazenagem dos bens e serviços,
informações e o ponto de consumo, a fim de atender às
necessidades dos clientes.
De acordo com Kamimura (2017), a logística no ambiente hospitalar é utilizada para
implementar e planejar formas de atendimento em saúde, sendo um instrumento
importante para ter sucesso. A necessidade de fortes componentes administrativos
evita que haja improvisação e imediatismo na assistência.
A logística no hospital tem como objetivo:
 Evitar falta de materiais e medicamentos.
 Prover medicamentos em tempo, de acordo com a verba orçamentária disponível.
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 Realizar gestão de estoques.
 Suprir as áreas afins com insumos de uso contínuo.
 Otimizar processos visando acelerar atendimento e disponibilidade de material para o
hospital.
 Realizar maior rotatividade de todos os produtos.
 Prover recursos materiais para o funcionamento da instituição.
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No ambiente hospitalar, também é aplicável a logística integrada, que envolve
fornecedores, pacientes e hospital. Estudos apontam que o uso de padronização de
medicamento e materiais são importantes na implementação da logística.
Saiba mais
A logística integrada está relacionada com a interação entre vários atores ao longo da cadeia de
abastecimento em prol da prestação do serviço, como setores de compras, fornecedores, empresas de
transporte e gestores de estoques, por exemplo, e que ocorre por meio de ferramentas tecnológicas, como
sistemas de informação.
Além disso, a implementação de padronização e otimização de recursos destinados a
insumos se dá pela aproximação entre equipes multidisciplinares envolvidas
diretamente na assistência. Por este motivo, a logística de suprimentos hospitalar é
vital para o funcionamento do serviço, pois materiais e serviços possuem validades
diferentes, bem como processos de conservação e armazenagem diferentes, devendo
ser rastreáveis com facilidade.
A logística integrada, diferente da tradicional, apresenta 3 pontos
importantes: visão estratégica, visão gerencial e visão
operacional. Além disso, é baseada em duas ações, que são o
fluxo de materiais e o fluxo de informações. Kamimura (2017)
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refere que o fluxo de materiais trabalha com a movimentação da
matéria-prima e sua armazenagem, fontes e suprimentos e
compradores da instituição, enquanto o fluxo de informações
trabalha com a normatização dos materiais.
O funcionamento de comissões tem aproximado as diversas áreas hospitalares de
uma forma integrativa, facilitando a implementação de logística nos hospitais. A
logística integrada busca envolver diversos saberes, principalmente a respeito de
aquisições e produção de serviços de saúde, na perspectiva de saúde do paciente. Por
todas essas demandas, a logística integrada no hospital enfrenta diversos desafios,
principalmente na conformação de cadeia de suprimentos de forma integrada ao
sistema.
Os custos logísticos hospitalares
Os custos logísticos são aqueles utilizados para implementar, planejar e controlar o
inventário de entrada. No ambiente hospitalar, os custos logísticos são aqueles que
vão ocorrendo ao longo do fluxo de materiais e serviços, desde a administração até
chegar ao paciente. Esses custos logísticos envolvem processos como
armazenamento, estocagem, transporte e processamento de serviços.
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Classi�cação de custos logísticos
Os custos logísticos podem ser classificados por atividade ou relação, como: custos
de relação com o objeto, custos por comportamento de volume de atividade e custos
de relacionamento com o processo de gestão.
No custo de relação com o objeto, encontramos a relação do fornecedor com o
cliente, gerando assim um produto. Nesta modalidade, encontramos duas
classificações:
Custos diretos
Nesta modalidade, os custos são empregados diretamente sobre o objeto, apresentando uma
medida, por exemplo, quilograma. Exemplo: consumo de dipirona num hospital ou consumo de
compressa estéril.
Custos indiretos
Nesta modalidade, os custos são aqueles que não podem ser associados diretamente a um objeto
de custo, pois não estão relacionados a ele. Na realidade, estes custos estão relacionados com
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atividades que produzam diferentes objetos de custo, dificultando sua mensuração. Um exemplo
seriam os custos com um sistema de informação utilizado pela logística que atende vários clientes
ao mesmo tempo.
Os custos por comportamento de volume de atividade são aqueles que se alteram
quando ocorrem mudanças no fluxo de atividades executadas. Nesta modalidade,
encontramos dois tipos de custos:
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Custos �xos
São aqueles vinculados à
infraestrutura e que não se
alteram com mudanças
executadas no volume de
atividade. Exemplo: foram
atendidos em uma unidade
privada cerca de 20 pacientes
pela oftalmologia com um
custo fixo por consulta de
R$200 (mesmo que o volume
aumente, isso não altera o
custo).
Custos variáveis
São aqueles que, diferente dos
custos fixos, aumentam à
medida que ocorre o aumento
do volume de produção e
diminuem conforme acontece
uma redução de volume.
Exemplo: aumento de
atendimentos em uma unidade
de emergência eleva o
consumo de medicamentos e
materiais de consumo, como
gaze.
Em um ambiente hospitalar, os custos logísticos se dividem em: custos de
armazenagem e custos de estoque. O custo de armazenagem intra-hospitalar envolve
atividades em que o custo está relacionado aos gastos utilizados para manutenção de
estoque, parâmetros específicos para estocagem de medicamentos e materiais, bem
como os riscos de validade e obscuridade. Esses custos podem ser desmembrados
em 4 tipos, facilitando sua gestão:
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 Custo de aquisição
É possível minimizar para unidade comprada.
 Custo de armazenagem
O desafio é manter esse custo o mais baixo possível com a estocagem de materiais de
consumo, medicamentos ou equipamentos.
 Custo de pedido
O custo vai inferir aos custos administrativos e operacionais de compra. Neste caso,
analisa-se se há vantagens nessa aquisição e o quanto esse custo vai interferir com os
demais serviços da unidade hospitalar.
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Sistema de custeio hospitalar
O sistema de custeio hospitalar se divide em dois tipos: por absorção e de atividade. O
custeio por absorção é considerado o mais tradicional nos serviços hospitalares, pois
consiste em apurar os gastos hospitalares por centro de custo, ou seja, conforme o
setor que executou os serviços (exemplo: centro cirúrgico) ou por procedimentos
hospitalares (exemplo: apendicectomia, parto normal).
Entretanto, esse tipo de custeio apresenta uma série de vantagens e desvantagens,
que precisam ser levadas em consideração na hora da escolha por esta modalidade.
Kamimura (2017), lista elas da seguinte forma:
Vantagens Desvantagens
 Custo de falta
A falta desse material pode causar grandes prejuízos. É como um gasto emergencial.
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Atender à legislação fiscal
brasileira.
Permitir a apuração por centro
de custos.
Permitir a apuração total do
custo.
Produzir resultados aceitos
pela contabilidade.
Utilizar rateio para distribuir os
custos entre os
departamentos.
Nem sempre mostrar o
resultado esperado ao apurar o
custo de cada produto.
Apresentar falha como
instrumento gerencial na
tomada de decisão em virtude
do rateio.
Distorcer um custo quando é
lançado como despesa.
O custeio baseado em atividade descreve as atividades nas quais ocorreram gastos
com materiais consumidos durante o processo de produção de bem ou serviço. Veja a
imagem a seguir:

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Comparação entre abordagem tradicional e custeio baseado em atividade.
O custeio baseado em atividade é um importante instrumento para logística, já que
permite discriminar os custos gerados em todas as atividades executadas pelo
hospital, aprofundando os conhecimentos de causa e efeito de gastos com consumo
de recursos e do objetivo desse consumo.
Como identi�car os custos hospitalares?
Neste vídeo, falaremos sobre custos logísticos e sua aplicação em um serviço de
saúde no controle de qualidade e de estoque. Além de apresentar seus diferentes
tipos, vantagens e desvantagens.

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Análise de desempenho da logística por meio
de índices
O LPI (Logistics Performance Index) é um índice utilizado para calcular os resultados
de uma instituição em suas atividades internas e externas relacionadas à sua atuação,
em nível nacional ou internacional. Resumindo, esse índice é utilizado para mensurar a
eficiência das atividades logísticas de uma instituição e os impactos causados por
essas atividades executadas. O principal objetivo do LPI é sintetizar o desempenho da
logística com relação às seguintes atividades: qualidade e competência logística,
rastreabilidade, monitoramento e previsibilidade.
De acordo com Ribeiro e Nascimento (2022), os indicadores são medidos qualitativa
ou quantitativamente e demonstram o funcionamento da gestão de determinado de
serviço, processo ou sistema. No Brasil, existem dois sistemas usados para análise de
indicadores dos serviços de saúde:
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SIPAGEH (sistema de
indicadores padronizado
para gestão hospitalar)
Esse sistema trabalha com 17
indicadores e possui 171 unidades
hospitalares cadastradas.
SINHA (sistema integrado
de indicadores
hospitalares)
Esse sistema tem como objetivo oferecer
às unidades associadas a uma
ferramenta de gestão, apresentando os
principais indicadores de empenho e
suas formas de mensuração.
Segundo Ribeiro e Nascimento (2022):
Na área hospitalar, os indicadores de desempenho têm sido de
grande ajuda e bem aplicados na área, por poderem demonstrar
falhas nos processos, que podem causar perdas monetárias para
as organizações de saúde.
(RIBEIRO, NASCIMENTO, 2022, p. 2)
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A imprevisibilidade e as preferências pessoais de alguns médicos são os maiores
responsáveis pelo grande volume de solicitações de suprimentos hospitalares. Por
esse motivo, o uso de indicadores de desempenho logístico é extremamente
necessário para fornecer informações para os setores de alta administração em
relação à logística hospitalar.
Em virtude disso, a logística hospitalar se torna um grande desafio para os gestores de
saúde devido à necessidade de atendimento rápido e correto das demandas de
materiais da unidade. Para melhor gerenciamento de estoques, algumas instituições
têm utilizado ferramentas como:
 Power BI
É uma ferramenta desenvolvida pela
Microsoft Corporation. Trata-se de um
conjunto de softwares e aplicativos que
trabalham com dados não relacionados,
transformando-os em dados coerentes e
interativos.
 Kanban
É f b lh
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É uma ferramenta que trabalha com
quantificação de estoque para que não
faltem ou sobrem itens, utilizando para
isto colunas (representa os materiais) e
cartões (cada cor dos cartões indica a
necessidade de determinado item).
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Nas instituições hospitalares, são utilizados indicadores que destacam as
perspectivas das unidades em relação ao impacto causado na logística hospitalar, que
são:
 Curva ABC
É uma ferramenta que correlaciona a
quantidade de um item em estoque com
sua representatividade financeira. Os itens
A correspondem a aproximadamente 80%
do investimento total e apenas 20% da
volume de itens; Os itens C são
aproximadamente 50% do volume de
itens, mas representam apenas 5% do
investimento e os itens B são
intermediários. É importante frisar que
esses percentuais são referências e
podem variar.
Custo do pedido
C l d
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Custos resultantes dos
processos de produção de
produtos.
Custo do estoque parado
Capital parado, relacionado aos
juros de material de estoque e o
custo da armazenagem.
Pontualidade
Mede a capacidade da
instituição para honrar seus
compromissos.
Flexibilidade
C id d i
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Capacidade em aceitar
alterações nas regras já
existentes.
Tempo médio de
atendimento
Média de tempo gasto dos
atendimentos.
Qualidade das entregas
Qualidade dos materiaisou
serviços entregues.
Estoque médio
Média de saldo do estoque em
um determinado período.
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Os indicadores de desempenho logístico geram impacto direto na receita hospitalar,
principalmente relacionados à aquisição e armazenagem de materiais. Esse
gerenciamento permite ao gestor uma adequada utilização do tempo e dinheiro
Giro de estoque
Renovação do estoque.
Acurácia de estoque
Porcentagem de itens no
estoque.
Conformidade de
atendimento
Pesquisa de qualidade do
serviço prestado.
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dispensados, visando atender às demandas apresentadas pelo serviço e pelos
usuários de forma integrada.
Análise de desempenho da logística, como
fazer?
Neste vídeo, apresentaremos como é realizada a análise de desempenho da logística
através de índices e como programas como power BI, Curva ABC e Kanban podem
garantir uma melhora gerenciamento de estoques.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Os custos hospitalares são utilizados para implementar ações, planejar gastos e
manter o controle sobre gastos e estoques quanto à conservação, manutenção de
quantitativo e transporte intra-hospitalar. Os gastos gerados com a troca de um
curativo no setor ambulatorial se classifica em qual tipo de custo logístico?
A Custo indireto.
B Custo direto.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Neste caso, o tipo de custo logístico é o direto, que se conceitua como o gasto que
resulta da relação do objeto diretamente aplicado em uma atividade, sendo utilizada
alguma unidade de medida, como o quilograma.
Questão 2
Qual ferramenta para controle de estoque utiliza cartões virtuais coloridos que
indicam a necessidade de um item?
C Custo por comportamento de volume.
D Custo variável.
E Custo fixo.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
O método Kanban é um programa virtual que trabalha com quantificação de estoque
para não faltar ou sobrar itens, utilizando colunas (representa os materiais) e
cartões (cada cor dos cartões indica a necessidade de determinado item).
A Curva ABC.
B SINHA.
C Power BI.
D Kanban.
E SIPAGEH.
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Considerações �nais
Um dos grandes desafios do gestor hospitalar é o gerenciamento de materiais de
saúde, tanto para aquisição, quanto para controle de estocagem. Como um processo
complexo, a aquisição se inicia com a catalogação de padronização dos itens no
sistema hospitalar, facilitando a identificação na compra. O processo de compra
apresenta poucas diferenças entre uma instituição hospitalar pública e uma
instituição privada, de forma que a Lei nº 14.133 direciona o procedimento a ser
executado quando um serviço público inicia aquisição.
As aquisições estão fortemente relacionadas com a questão de logística do estoque
hospitalar. Por esse motivo, realizar o controle periódico por meio do uso de índices
que permitam calcular a necessidade de aquisição, ajuda o gestor hospitalar no uso
adequado de tempo e dinheiro, sem desperdícios.
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Para aprofundar seus conhecimentos sobre o conteúdo abordado, assista aos vídeos:
Licitação de medicamentos e material médico-hospitalar, disponível no canal TV
escola TCE-PE, no Youtube.
Logística Hospitalar | Gerenciamento estratégico de insumos #88 disponível no canal
da Sobramex, no Youtube.
Referências
KAMIMURA, Q. P. Suprimentos hospitalares. Curitiba: Intersaberes, 2017.
RIBEIRO, A. C.; NASCIMENTO, M. V. Indicadores de desempenho na logística
hospitalar. XIII FATECLOG – FATEC Mauá, SP, junho de 2022.
UFPEL. Manual de gestão patrimonial e bens móveis da UFPEL. Pró reitoria
administrativa, Pelotas, RS: UFPEL, 2020.
Neto, G. V.; FILHO, W. R. Gestão de Recursos Materiais e de Medicamentos. Vol. 12,
São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. (Série
Saúde & Cidadania). 110p.
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