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Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas Profa. Letícia Soares de Araújo Teixeira Ramos Mestra em Ciência Animal Doutoranda em Zootecnia Tropical 1 Ministério da Educação – MEC Centro Universitário Maurício de Nassau – Uninassau Teresina Av. Jóquei Clube, 710 - Jóquei, Teresina - PI, 64049-240 2 Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas Sumário ❖ Particularidades reprodutivas das cadelas ❖ Ciclo estral das cadelas Fases do ciclo estral ❖ Exame ginecológico Citologia Vaginal 3 Particularidades reprodutivas das cadelas o Puberdade → período em que a cadela entra em cio pela 1° vez o As cadelas atingem a puberdade entre os 6-24 meses de idade o Raças pequenas a puberdade ocorre entre os 6-9 meses/ raças de médio porte ocorre entre 7-10 meses/ raças de grande porte pode ocorrer até 18 meses (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 4 Fatores que influenciam o início da puberdade nas cadelas: Raça/ Genética/ Ambiente de criação (confinada ou solta)/ Presença de outras fêmeas no cio (efeito dormitório)/ exposição ao sol/ Alimentação/ Doenças/ Desnutrição (LUZ; SILVA, 2019) o Puberdade Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas Particularidades reprodutivas das cadelas 5 Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas o A OOGÊNESE continua após o NASCIMENTO → podendo continuar até 3 a 7 meses de idade (LUZ; SILVA, 2019) o Ovulam 48 horas após o pico de LH o Ovulam OÓCITOS IMATUROS em prófase I o A maturação dos oócitos ocorre na tuba uterina por volta de 2 – 5 dias após ovulação (em média 72 horas) o Além do tempo necessário à maturação oocitária → os oócitos permanecem viáveis por 24 a 36 horas no oviduto (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Particularidades reprodutivas das cadelas 6 Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas o Nas cadelas pode ocorrer folículos MULTIOOCITÁRIOS A – 2 folículos secundários com 2 oócitos no interior de cada um B – um folículo antral com 6 oócitos em seu interior https://www.researchgate.net/figure/Preantral-and-antral-multioocyte-follicles-in-mature-bitch-A-B-and-heifer-C-F_fig2_287169116 (SANTOS et al., 2013) Particularidades reprodutivas das cadelas 7 Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas o Maturidade sexual → ocorre geralmente no 2° ou 3° cio → ciclos estrais regulares/ maior taxa de ovulação e máxima fertilidade o As cadelas aparentemente não sofrem influência das estações do ano, com exceção das raças: Basenji Fonte: https://tudosobrecachorros.com.br/basenji/ Mastim Tibetano Fonte: http://www.tudosobrebichos.com/cachorros/mastim-tibetano/ (LUZ; SILVA, 2019) Particularidades reprodutivas das cadelas https://tudosobrecachorros.com.br/basenji/ http://www.tudosobrebichos.com/cachorros/mastim-tibetano/ 8 Ciclo Estral das cadelas 9 Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas o São MONOÉSTRICAS Não ESTACIONAIS Ciclo Estral das cadelas o Ovulam de 1 a 2 vezes por ano o Ciclo estral constituído de 4 fases fisiologicamente observáveis Anestro (4-5 meses em média 125 dias)Proestro (3-21 dias em média 7-9 dias) Estro (3-21 dias em média 7-9 dias) Diestro (2-3 meses em média 75 dias) (LUZ; SILVA, 2019) 10 PROESTRO 11 o Proestro o Duração de 3 – 21 (média de 7 a 9 dias) o Fisiologicamente→ é a fase em que ocorre o crescimento dos folículos ovarianos (folículos de Graafian no ovário); Há intensa produção de Estrógenos pelas células da teca interna e granulosa Ciclo Estral das cadelas o Clinicamente → edemaciação (inchaço) da vulva e do períneo; secreção vaginal sanguinolenta ou serossanguinolenta o Comportamentalmente → cadela atrai os machos (ferormônios nas secreções vaginais, anal ou urina), porém, não aceita a monta, rosna, senta; Fonte: wikiHow (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001)(LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas https://pt.wikihow.com/Saber-se-sua-Cadela-Est%C3%A1-Pronta-para-Cruzar 12 Ciclo Estral da Cadela → Dinâmica Ovariana Fonte: https://biologianolaboratorio.wordpress.com/ Proestro Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 13 Ciclo Estral das cadelas (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) psychologytoday.com Canal do Pet - iG Comportamento no Proestro Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas https://www.psychologytoday.com/us/blog/canine-corner/201705/can-you-understand-the-different-types-dog-growls https://canaldopet.ig.com.br/adestramento/comportamento/2018-03-22/cachorros-machos-convivencia.html 14 Ciclo Estral das cadelas Fonte: wikiHow http://www.redevet.com.br/index.php/profissionais/na-rede/ibrajournal/113-geral/357-alteracoes-do-ciclo-estral-em-cadelas (LUZ; SILVA, 2019) O sangramento no PROESTRO é resultante da diapedese de hemácias e ruptura de capilares subepiteliais do endométrio, devido às rápidas mudanças que ocorrem nele em resposta à secreção folicular de estrógeno. Por que ocorre o sangramento no proestro? Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas https://pt.wikihow.com/Saber-se-sua-Cadela-Est%C3%A1-Pronta-para-Cruzar http://www.redevet.com.br/index.php/profissionais/na-rede/ibrajournal/113-geral/357-alteracoes-do-ciclo-estral-em-cadelas 15 Ciclo Estral das cadelas (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001)Comportamento no Proestro o Há 3 reflexos sexuais observados em cadelas nesta fase Estes reflexos estão ausentes no ANESTRO/ estão aumentados no PROESTRO/ atingem seu pico máximo no início do ESTRO 1. Piscadela da vulva em resposta ao toque na pele dorsal à vulva 2. Curvatura dos membros traseiros em resposta ao toque na pele à direita ou à esquerda da vulva 3. Desvio da cauda em resposta ao toque da pele em ambos os lados da vulva Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 16 Efeito do E2 durante o Proestro o Vagina → espessamento da mucosa o Cérvix → prolongamento, inicia a abertura o Útero → espessamento endometrial (hiperplasia endometrial fisiológica), aumenta a irrigação uterina, formação de receptores para P4, efeito bactericida no útero e prolongamento dos cornos uterinos o Ovidutos → proliferação de fímbrias, espessamento o Glândula mamária → desenvolvimento de ductos Ciclo Estral das cadelas → PERFIL HORMONAL (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 17 Ciclo Estral das cadelas → PERFIL HORMONAL Proestro Inicial e Médio Proestro Final o Níveis de E2 altos o As [ ] séricas de P4 estão em níveis basais (0,7 a 1 ng/ml) ou > 1 a 2ng/mL o [ ] sérica de LH basal o [ ] sérica de FSH baixa o Elevação (pico) dos níveis de E2, e após queda o Elevação das [ ] de LH, FSH e P4 o Atuação sinérgica entre LH e FSH para a maturação final dos folículos (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 18 Proestro Ciclo Estral das cadelas → PERFIL HORMONAL (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) FSH E2 P4 L H o [ ] séricas do FSH diminuem → feedback – da FOLISTATINA produzida pelos folículos ovarianos. Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 19 Ciclo Estral das cadelas Proestro O aumento da P4 sérica é devido a LUTEINIZAÇÃO PRÉ-OVULATÓRIA DOS FOLÍCULOS OVARIANOS Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 20 ESTRO 21 Ciclo Estral da Cadela → Dinâmica Ovariana o Estro oProestro Fonte: https://biologianolaboratorio.wordpress.com/ Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 22 o Estro o Duração de 3 – 21 (média de 7 a 9 dias) o Fisiologicamente→ oócitos primários são ovulados; após ovulação ocorre a formação dos corpos lúteos; a meiose I é concluída e a II iniciada, no oviduto, surgindo os oócitos secundários Ciclo Estral das cadelas o Clinicamente → vulva fica mais flácida, mas ainda encontra- se aumentada; descarga vulvar mais clara; reflexo perineal + o Comportamentalmente → a cadela aceita a monta, ou seja, está receptiva ao acasalamento; cadela procura ativamente o macho; afasta a cauda para o lado; postura de lordose (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001)Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 23 Ciclo Estral das cadelas o Comportamento no Estro (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 24 Ciclo Estral das cadelas o Comportamento no Estro (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 25 o Estro Ciclo Estral das cadelas → PERFIL HORMONAL o O pico de LH marca o início do estro o Antes do pico de LH ocorre elevação de E2, e após o E2 cai o Ocorre elevação de FSH o Na cadela, a queda da [ ] sérica de E2 e o aumento das [ ] séricas de P4 → favorecem a receptividade ao macho (acasalamento) o A P4 melhora e sincroniza o comportamento de cio nas cadelas (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 26 LH E2 Ciclo Estral das cadelas → PERFIL HORMONAL o Estro Após 48 h 72 h após ovul. M a tu ra ç ã o o o c it á ri a o Imediatamente com a elevação de LH para que ocorra o seu pico, a P4 começa a aumentar ( 1 – 2 ng/mL) o Durante a ovulação a [ ] sérica de P4 → 4 – 10ng/mL o Maturação oocitária de 10-15 ng/mL (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 27 DIESTRO 28 oDiestro Ciclo Estral da Cadela → Dinâmica Ovariana o Estro oProestro Fonte: https://biologianolaboratorio.wordpress.com/ Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 29 Ciclo Estral das cadelas o Diestro o Duração de 2 a 3 meses (média de 75dias) o Fisiologicamente→ corpo lúteo presente; fase progesterônica do ciclo estral (produção de P4); mórula entra no útero em cadelas gestantes o A duração do corpo lúteo é igual em cadelas gestantes e não gestantes, portanto, não pode-se basear em dosagem de P4 para determinar a gestação o A relaxina, nas cadelas, é um hormônio da gestação → produzido pela placenta → podendo ser utilizado como determinante da gestação (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 30 Ciclo Estral das cadelas o Diestro o Clinicamente→ a vulva diminui de tamanho; descarga vulvar é variável durante os primeiros dias do diestro (claro); desenvolvimento mamário pode ser observado; pode ocorrer lactação no final do diestro o Comportamentalmente→ não receptiva ao acasalamento o Fisiologicamente→ No final do diestro em cadelas não gestantes ou gestantes (próximo ao parto), por ação da prolactina, há lactação (LUZ; SILVA, 2019)(JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 31 o Diestro Ciclo Estral das cadelas → PERFIL HORMONAL Efeito da P4 no diestro - Diminui a circulação uterina - Reduz a atividade do MIOMÉTRIO (repouso uterino) - Fechamento da cérvix (permite a retenção de líquidos) - Crescimento e ATIVIDADE secretora das glândulas endometriais (embriotrofo) - Diminuição do sistema de defesa do útero (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 32 o Diestro Ciclo Estral das cadelas → PERFIL HORMONAL o O início da lactação está correlacionado com a diminuição da P4 sérica e o aumento da prolactina sérica que ocorre próximo ao parto ou ao final do diestro. o A prolactina é um hormônio luteotrófico → atua como LH na manutenção do C. L. o As [ ] de relaxina aumentam para [ ] máximas (3 ng/mL) em cadelas gestantes com 6 a 7 semanas de gestação (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 33 o Diestro Ciclo Estral das cadelas → PERFIL HORMONAL P4 E2 LH (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) o Nessa fase a P4 encontra-se acima de 25ng/mL o No final do diestro ela vai caindo Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 34 Ciclo Estral das cadelas → REGRESSÃO DO CORPO LÚTEO Luteal regression (fatty degeneration) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 35 ANESTRO 36 o Anestro o Duração de 4 – 5 meses (média de 125 dias) *fase mais longa o Fisiologicamente → folículos antrais em vários estágios de desenvolvimento e atresia; corpos lúteos em vários estágios de regressão; presença de corpo albicans; QUIESCÊNCIA REPRODUTIVA o O útero se regenera para o próximo cio (involução uterina) Ciclo Estral das cadelas o Clinicamente → vulva diminuída de tamanho; ausência de secreção ou mínima o Comportamentalmente → não receptiva ao macho; não atrai machos (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 37 o Anestro o Fase de QUIESCÊNCIA REPRODUTIVA → porém os ovários são ATIVOS e os seus produtos SUPRIMEM AS GONADOTROFINAS HIPOFISÁRIAS Ciclo Estral das cadelas (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 38 o Anestro Ciclo Estral das cadelas → PERFIL HORMONAL (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) o Nessa fase a P4 encontra- se menor do que 0,1ng/mL Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 39 EXAME GINECOLÓGICO 40 “O exame ginecológico é importante e indispensável para o controle reprodutivo ideal das cadelas” o É importante para: Exame Ginecológico Avaliação da vagina (estreitamento de canal, persistência de hímen, hiperplasia vaginal) Mucosa vaginal, colheita de material para cultura bacteriológica e citológica Avaliação da integridade da mucosa vaginal, se há processo inflamatório, infeccioso, lesões Presença de secreções (coloração das secreções, odor) Visualização do canal cervical (se aberta ou fechada de acordo com a fase do ciclo) Identificar alterações vulvares (lacerações, dermatites, forma normal ou não) (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 41 o É importante para: Exame Ginecológico Identificar alterações ovarianas (cistos, tumores) Identificar alterações mamárias (abscessos, tumores) A fim de tratar a cadela para aumentar a sua fertilidade Identificar alterações uterinas (endometrite, hidrometra, mucometra, piometra) (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 42 Exame Ginecológico Realização de vaginoscopia Visualização da cérvix (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 43 o Exames solicitados no exame ginecológico: Exame Ginecológico Ultrassonografia do sistema reprodutor Exames para doenças infecciosas (brucelose, leptospirose) Citologia Vaginal Exames para doenças genéticas da raça (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 44 CITOLOGIA VAGINAL 45 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal (COWELL et al., 2008) o O exame das células esfoliadas da vagina consiste em 1 técnica simples utilizada para monitorar a progressão das fases do ciclo estral das cadelas o O epitélio vaginal passa por uma resposta HIPERPLÁSICA esperada devido ao aumento das [ ] de E2 durante o PROESTRO o O epitélio vaginal tem poucas camadas de células → no ESTRO torna- se espesso (1 camada com 20-30 céls. de espessura) Fonte: letícia (arquivo pessoal) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 46 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal (COWELL et al., 2008) o Classificação das células do EPITÉLIO VAGINAL Células oriundas das células basais (que ficam mais próximas à lâmina basal); são células PEQUENAS, núcleo REDONDO, têm POUCO CITOPLASMA, apresentam-se uniformes em tamanho e formato Células EPITELIAIS PARABASAIS Células oriundas das células basais (que ficam mais próximas à lâmina basal); são células que variam de tamanho dependendo da quantidade de citoplasma, são maiores que as parabasais Células PEQUENAS INTERMEDIÁRIAS Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 47 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal (COWELL et al., 2008) o Classificação das células do EPITÉLIO VAGINAL Células oriundas das células basais (que ficam mais próximas à lâmina basal); são células com maior quantidade de citoplasma, este apresenta- se dobradiço, irregular e angular, assemelhando- se as células superficiais Células GRANDES INTERMEDIÁRIAS Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 48 Exame Ginecológico →Citologia Vaginal (COWELL et al., 2008) o Classificação das células do EPITÉLIO VAGINAL Células SUPERFICIAIS com NÚCLEO PICNÓTICO Células SUPERFICIAIS Células SUPERFICIAIS ANUCLEADAS Células oriundas das células basais (que ficam mais próximas à lâmina basal); são as maiores células do esfregaço; são céls. mortas (cornificadas); citoplasma abundante, angular e dobrado Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 49 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal (COWELL et al., 2008) o Classificação das células do EPITÉLIO VAGINAL São células epiteliais vaginais contendo no seu citoplasma neutrófilos; não são especificas para nenhuma fase do ciclo, podendo estar presentes sempre que houver neutrófilos Células EPITELIAIS DO METAESTRO Células EPITELIAIS ESPUMOSAS São células epiteliais vaginais contendo no seu citoplasma VACUOLIZAÇÕES; Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 50 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal Fonte: letícia soares (arquivo pessoal) C Ação do Estradiol no epitélio vaginal das cadelas Lúmen da vagina Cél. Superficial anucleada cornificada Cél. Superficial nucleada Cél. Grande Intermediária Cél. Pequena Intermediária Cél. Parabasal Cél. Basal Lâmina Basal Capilares sanguíneos Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 51 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal oObtendo amostras VAGINAIS → ANATOMIA (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 52 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal oObtendo amostras VAGINAIS (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) ❑ Direção do swab craniodorsalmente (evitar a fossa do clítoris → epitélio queratinizado → resultado errado ❑ As céls. são obtidas a partir da escarificação da vagina caudal com swab estéril ❑ Pode usar um espéculo vaginal estreito ❑ Ausência de descarga vaginal → swab pode ser umedecido com solução fisiológica estéreo Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 53 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal oObtendo amostras VAGINAIS (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) ❑ As céls. são transferidas para 1 lâmina de vidro, por rolamento delicado do swab ❑ O esfregaço é deixado em temperatura ambiente antes de ser corado ❑ A coloração pode ser feita com o kit Panótico rápido Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 54 INTERPRETAÇÃO DA CITOLOGIA VAGINAL 55 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal oPerfil citológico no PROESTRO (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) ❑ Caracteriza-se pela presença de hemácias; por uma MESCLA de células epiteliais vaginais (parabasais, intermediárias e superficiais); bactérias podem estar em abundância, neutrófilos podem estar presentes Proestro Inicial -Médio Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 56 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal oPerfil citológico no PROESTRO (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) ❑ Caracteriza-se pela queda da % de células parabasais e das pequenas intermediárias; aumento das células intermediárias grandes e das superficiais; após o pico de E2 no final do proestro + de 80% das células são SUPERFICIAIS e os neutrófilos podem estar ausentes ou em pequeno número (aumento da espessura da parede vaginal) Proestro Médio - Final (tardio) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 57 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal oPerfil citológico no ESTRO (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) ❑ Neutrófilos geralmente estão ausentes; eritrócitos diminuem consideravelmente; células predominantes do ESTRO são as células SUPERFICIAIS, compõem 80 -90% do esfregaço; fundo do esfregaço livre de muco; bactérias são observadas; Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 58 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal oPerfil citológico no DIESTRO (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) ❑ Queda abrupta no n° de células epiteliais superficiais (20%) marca o início do diestro → células superficiais diminuem, PARABASAIS E INTERMEDIÁRIAS PEQUENAS AUMENTAM; neutrófilos podem aparecer no início do diestro; não é específico da fase, mas neutrófilos podem aparecer no citoplasma das células epiteliais; Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 59 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal oPerfil citológico no ANESTRO (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) ❑ Predominância de células PARABASAIS e INTERMEDIÁRIAS PEQUENAS; Se presentes → neutrófilos e bactérias estão em pequena quantidade Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 60 Exame Ginecológico → Citologia Vaginal (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2001) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas 61 COMO IDENTIFICAR O MELHOR MOMENTO PARA IA/ COBERTURA 62 o Para determinação do momento ideal da cobertura ou IA é necessário: o Monitoramento reprodutivo da cadela (fases do ciclo – proestro e estro) o Monitoramento das ovulações o Realização de exame GINECOLÓGICO, o Exame de citologia VAGINAL o Ultrassonografia ovariana o Dosagem hormonal de P4, LH Ciclo Estral das cadelas→ melhor momento para cobertura ou IA (LUZ; SILVA, 2019) Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas Ciclo Estral e Exame Ginecológico em Cadelas Profa. Letícia Soares de Araújo Teixeira Ramos Mestra em Ciência Animal Doutoranda em Zootecnia Tropical 63 Ministério da Educação – MEC Centro Universitário Maurício de Nassau – Uninassau Teresina Av. Jóquei Clube, 710 - Jóquei, Teresina - PI, 64049-240