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Democracia e participação
Sociologia
2o bimestre – Aula 8
Ensino Médio
● A participação política na 
democracia; 
● Mecanismos institucionais 
de participação social e 
política; 
● Outras formas e espaços de 
participação: organizações, 
fóruns, observatórios etc.;
● Cultura política democrática.
● Compreender a importância 
da participação política no 
contexto democrático; 
● Identificar e caracterizar 
formas e espaços de 
participação na vida política; 
● Desenvolver a noção de 
cultura política democrática.
Você conhece a Lei da Ficha Limpa? Ela torna 
inelegível condenados por corrupção, 
improbidade, racismo ou qualquer ato criminoso.
Diferentemente das leis propostas pelos poderes 
Executivo e Legislativo, essa lei foi criada por 
iniciativa popular, a partir da mobilização de 
pessoas e entidades da sociedade civil. 
E, para ser aprovada, foi necessário coletar mais 
de 1 milhão de assinaturas!
Considerando a importância dessa lei e como ela 
foi criada, reflita: por que é importante 
participarmos da vida política?
Projetos de iniciativa 
popular, para serem 
reconhecidos pelo 
Congresso Nacional, 
exigem assinaturas de, no 
mínimo, 1% dos eleitores, 
distribuídos em, ao menos, 
cinco estados com mais de 
0,3% do eleitorado.
https://youtu.be/Av2r8jJq4kQ
https://youtu.be/Av2r8jJq4kQ
A possibilidade de o povo exercer 
diretamente o poder, por meio de 
mecanismos como o da iniciativa 
popular, é um preceito constitucional 
que está relacionado à dimensão 
participativa da nossa democracia. 
Isso quer dizer que a soberania popular 
pode ser exercida não apenas pelo voto 
e pela representação partidária e social, 
que são formas de participação indireta, 
mas também pela participação direta.
Democracia participativa
Assista ao vídeo sobre 
Democracia Participativa para 
entender do que se trata.
https://youtu.be/ekC5SK-TPtM
https://youtu.be/ekC5SK-TPtM
Para o cientista político José Álvaro Moisés, 
“a qualidade da democracia depende também da 
disposição cultural e moral dos cidadãos de viver e 
aperfeiçoar esse regime de governo através da crítica e 
da participação. Não existe democracia sem 
democratas, isto é, pessoas comuns que aceitam 
conviver com as outras no ambiente de tolerância e 
cooperação que caracteriza a democracia e que 
alimentam sentimentos, atitudes e comportamentos 
favoráveis ao seu aperfeiçoamento; para isso, a 
participação é fundamental, assim como a disposição de 
corrigir distorções como a corrupção”. (MOISÉS, 2013)
Importância da participação na democracia
Grau de participação e interesse na política
10,7%
14,8%
47,1%
27,4%
Muito interesse
Algum interesse
Pouco interesse
Nenhum interesse
Interesse na política
Apesar da importância da participação política em regimes 
democráticos, no Brasil, segundo a pesquisa Latinobarômetro 2023, o 
interesse na política é pouco ou nenhum (74,5%). Isso se reflete nas 
interações cotidianas: 60,5% das pessoas entendem que política não é 
um assunto para conversas entre amigos.
13,2%
26,4%
26,4%
34,1%
Muito frequentemente
Frequentemente
Quase nunca
Nunca
Frequência com que trata de política com os 
amigos
Grau de participação e interesse na política
A pesquisa também aponta que 74,5% dos brasileiros não atuam em 
prol da sociedade e 44,3% entendem que a melhor forma de participar 
é pelo voto. Esse cenário indica uma tendência de dar ampla 
legitimidade aos representantes, que acabam deliberando sobre 
questões públicas com reduzida consulta a seus eleitores.
10,1%
15,4%
23,7%
50,8%
Muito frequentemente
Frequentemente
Quase nunca
Nunca
Frequência em que trabalha por um tema que 
afeta você e sua comunidade
44,3%
33,2%
3,9%
8,5%
10,1%
Deve-se votar sempre
Votar e protestar
Só protestar, não adianta votar
Nem votar, nem protestar
Não sei o que fazer
Melhor forma de atuar para que você e o país 
avancem mais
Em parte, a baixa participação no Brasil deve-se à cultura política 
advinda da tradição autoritária, que desconhece a relevância de esferas 
públicas participativas. Segundo a socióloga Maria V. Benevides,
Cultura política democrática
“a democratização em nosso país depende das 
possibilidades de mudanças nos costumes e nas 
‘mentalidades’, em uma sociedade tão marcada pela 
experiência do mando e do favor, da exclusão e do 
privilégio. A Educação Política é especialmente necessária 
quando se leva em conta a imensa parcela de 
‘desorganizados’ na população brasileira. Como integrá-los 
à sociedade e à cidadania ativa a não ser multiplicando 
espaços públicos onde essa participação política é 
possível?” (BENEVIDES, 2002).
Na democracia participativa, o 
envolvimento dos cidadãos nos 
assuntos públicos é de suma 
importância para o fortalecimento 
do regime e o exercício consciente 
da cidadania. 
Nessa perspectiva, o cidadão 
atua, propõe, fiscaliza e controla 
as decisões políticas e as 
atividades de governo.
Democracia e participação
Vamos avançar um pouco 
mais no entendimento sobre 
o assunto participação.
https://youtu.be/ASWEFOvMOkw
https://youtu.be/ASWEFOvMOkw
Em sociedades desiguais e de tradição 
autoritária como a brasileira, a 
ampliação dos espaços de participação 
e representação é um processo 
necessário ao aperfeiçoamento da 
democracia. 
Para tanto, a Constituição Federal de 
1988 assegura alguns instrumentos da 
democracia participativa, como o 
referendo e o plebiscito, além da 
iniciativa popular.
Mecanismos institucionais de participação
https://youtu.be/8WG4IIuUYJQ
https://youtu.be/8WG4IIuUYJQ
A Constituição Federal de 1988 assegura, também, outros 
mecanismos participativos, diretos e indiretos, como os conselhos, 
as conferências, as audiências públicas e as ouvidorias 
públicas.
São exemplos de canais institucionais que possibilitam o 
envolvimento da sociedade civil na discussão de temas e problemas 
de relevância pública, bem como de fiscalização, controle, 
deliberação, proposição e definição de diretrizes para as políticas 
públicas.
Mecanismos institucionais de participação
PODER 
EXECUTIVO
CONSELHOS CONFERÊNCIAS
OUVIDORIAS
AUDIÊNCIAS 
PÚBLICAS
Têm atribuições 
normativas, deliberativas 
e de assessoramento ao 
Poder Executivo no 
desenvolvimento, no 
aprimoramento e na 
consolidação das 
políticas públicas.
Espaços para discussão, 
articulação e decisão 
coletivas em torno de 
propostas, estratégias, 
metas e prioridades das 
políticas públicas. 
Responsável por 
formular, implementar, 
monitorar e avaliar as 
políticas públicas, 
auxiliado pelos conselhos 
e por conferências.
Espaços de ampla consulta à 
sociedade com o objetivo de 
colher subsídios e informações 
acerca de políticas públicas.
Unidades administrativas de 
escuta da população sobre a 
qualidade dos serviços públicos 
ligados às políticas públicas.
MINISTÉRIO DA 
EDUCAÇÃO (MEC)
CONSELHO 
NACIONAL DE 
EDUCAÇÃO (CNE)
CONFERÊNCIA 
NACIONAL DE 
EDUCAÇÃO 
(CONAE)
OUVIDORIA 
DO MEC
AUDIÊNCIAS 
PÚBLICAS
Assessora o MEC na 
definição do PNE e de 
suas políticas públicas.
Subsidia a construção de 
diretrizes, metas e 
objetivos do PNE.
Define o PNE, bem como 
formula e executa as 
políticas públicas 
necessárias à sua 
implementação.
Reuniões sobre o 
andamento do PNE em 
âmbitos federal, estadual e 
municipal.
Recepciona manifestações da 
população (elogios, reclamações, 
sugestões, denúncias etc.) sobre 
serviços públicos educacionais.
Exemplo: Plano Nacional de Educação (PNE)
A participação nessas instâncias pode ocorrer por meio de outras 
formas de organização e associação, como é o caso das 
Organizações da Sociedade Civil, Fóruns, Comitês, Observatórios 
de políticas, entre outras. 
Trata-se de entidades representativas da pluralidade de pessoas e de 
setores, segmentos e movimentos da sociedade, que se fazem 
presentes nos conselhos, nas conferências e nas audiênciaspúblicas, 
influindo nas decisões sobre políticas públicas.
Outras formas de participação
MINISTÉRIO DA 
EDUCAÇÃO (MEC)
CONFERÊNCIA NACIONAL DE 
EDUCAÇÃO (CONAE) 2024
Exemplo: FÓRUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO (FNE)
Realizada em janeiro de 2024, a 
CONAE foi promovida pelo MEC 
e coordenada, nos três âmbitos 
federativos, pelo Fórum 
Nacional de Educação (FNE),
que reúne 49 entidades atuantes 
no campo da educação.
Veja aqui a 
composição 
do FNE.
Existem diversas formas de participar da vida política em uma 
democracia como a nossa, que pode acontecer, inclusive, por meio de 
uma associação de bairro, de uma agremiação estudantil (como os 
grêmios escolares ou centros acadêmicos), de grupos de caridade, de 
entidades de assistência social, de sindicatos, entre tantas outras 
possibilidades.
No entanto, espaços como esses que não fomentem princípios, valores 
e ideais de respeito às diferenças, à pluralidade de ideias e aos direitos 
humanos ou que reproduzam práticas autoritárias e antidemocráticas 
em seu modo de agir são compatíveis com uma sociedade que se 
considera realmente democrática? Por quê?
Vamos debater!5 MINUTOS
Sabia que vocês, estudantes, podem pedir 
ao poder público, por exemplo, a 
implementação de seus direitos ou de 
direitos de outros?
A Constituição Federal de 1988 nos 
garante esse direito, que pode ser exercido 
por meio de uma petição (art. 5o, XXXIV, 
a, CF) e é, também, uma forma de 
participar da vida política.
Que tal se organizarem em grupos e 
elaborarem uma petição que possa 
contribuir com a sua cidade ou com a 
sua escola?
Para saber o passo a passo 
de como fazer uma petição, 
acesse a cartilha Direito 
humano à educação, da 
Plataforma Dhesca, e consulte 
as páginas 65 a 69.
https://abre.ai/i4CV
https://abre.ai/i4CV
● A participação política, direta ou indireta, 
é elemento central na consolidação e no 
fortalecimento da democracia;
● Por isso, a Constituição Federal de 1988 
garante alguns mecanismos 
institucionais que possibilitam, além do 
voto e da representação partidária, a 
participação em outros espaços;
● Assim, a democracia no Brasil, a um só 
tempo, é representativa e participativa.
Lista de Imagens e vídeos
Slide 3 – Vídeo. IG. O que é lei da Ficha Limpa? YouTube. Disponível em: 
https://youtu.be/Av2r8jJq4kQ. Acesso em: 1 mar. 2024.
Slide 4 – Vídeo. ESCOLA DA CÂMARA. O que é democracia participativa? YouTube. Disponível 
em: https://youtu.be/ekC5SK-TPtM. Acesso em: 1 mar. 2024.
Slide 5 – Vídeo. EDUCA PERIFERIA. Democracia participativa. YouTube. Disponível em: 
https://youtu.be/ASWEFOvMOkw. Acesso em: 1 mar. 2024.
Slide 6 – Imagem. Disponível em: https://sites.usp.br/nupps/equipe/jose-alvaro-moises/. Acesso em: 
1 mar. 2024.
https://youtu.be/Av2r8jJq4kQ
https://youtu.be/ekC5SK-TPtM
https://youtu.be/ASWEFOvMOkw
https://sites.usp.br/nupps/equipe/jose-alvaro-moises/
Lista de Imagens e vídeos
Slides 7 e 8 – Gráficos. Gráficos gerados a partir da base de dados da pesquisa Latinobarômetro 
2023. Disponível em: https://www.latinobarometro.org/latOnline.jsp. Acesso em: 1 mar. 2024.
Slide 9 – BENEVIDES, M. V. A cidadania ativa. São Paulo: Ática, 2002.
Slide 14 – Logotipo. Fórum Nacional de Educação – FNE. Disponível em: 
https://fne.mec.gov.br/composicao. Acesso em: 1 mar. 2024.
https://www.latinobarometro.org/latOnline.jsp
https://fne.mec.gov.br/composicao
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4: Democracia participativa
	Slide 5: Importância da participação na democracia
	Slide 6: Grau de participação e interesse na política
	Slide 7: Grau de participação e interesse na política
	Slide 8: Cultura política democrática
	Slide 9: Democracia e participação
	Slide 10: Mecanismos institucionais de participação
	Slide 11: Mecanismos institucionais de participação
	Slide 12
	Slide 13: Exemplo: Plano Nacional de Educação (PNE)
	Slide 14: Outras formas de participação
	Slide 15: Exemplo: FÓRUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO (FNE)
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21

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