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MANUAL DO
PROFESSOR
QUÍMICA
Cidadã
VOLUME 1
PEQUIS – PROJETO DE ENSINO DE QUÍMICA E SOCIEDADE
Coleção Química Cidadã
ENSINO MÉDIO – QUÍMICA – 1a- série
São Paulo – 2013
2ª- edição
Wildson Luiz Pereira dos Santos (coord.)
Professor Adjunto do Instituto de Química da UnB. 
Licenciado em Química pela Universidade de Brasília, mestre em Educação em 
Ensino de Química pela Unicamp e doutor em Educação em Ensino de Ciências pela UFMG.
Gerson de Souza Mól (coord.)
Professor Adjunto do Instituto de Química da UnB. 
Bacharel e licenciado em Química pela Universidade Federal de Viçosa, mestre em Química Analítica 
pela UFMG e doutor em Ensino de Química pela Universidade de Brasília (UnB).
Siland Meiry França Dib
Professora do Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. 
Licenciada em Química pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e mestre em 
Educação pela Universidade Católica de Brasília (UCB).
Roseli Takako Matsunaga
Professora do Ensino Médio da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Licenciada em Química pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e mestre em 
Ensino de Ciências pela Universidade de Brasília (UnB).
Sandra Maria de Oliveira Santos
Professora do Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.
Licenciada em Química pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e mestre em 
Ensino de Ciências pela Universidade de Brasília (UnB).
Eliane Nilvana F. de Castro
Professora do Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Licenciada em 
Química pela Universidade Católica de Brasília (UCB).
Gentil de Souza Silva
Professor do Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal e químico 
industrial. Licenciado em Química pela Universidade Estadual da Paraíba e especialista em 
Química pela Universidade Federal de Lavras.
Salvia Barbosa Farias
Professora do Ensino Médio da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Licenciada em Química pela Universidade Católica de Brasília (UCB).
2013
Editora AJS Ltda. – Todos os direitos reservados
Endereço: R. Xavantes, 719, sl. 632
Brás – São Paulo – SP
CEP: 03027-000
Telefone: (011) 2081-4677
E-mail: editora@editoraajs.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 Química cidadã : volume 1 : ensino médio : 1º 
 série / Wildson Luiz Pereira dos Santos, Gerson 
 de Souza Mól , (coords.) . -- 2. ed. -- 
 São Paulo : Editora AJS, 2013. -- (Coleção química
 cidadã)
 PEQUIS - Projeto de Ensino de Química e 
 Sociedade.
 "Componente curricular: Química".
 Vários autores.
 Suplementado pelo manual do professor.
 Bibliografia
 1. Química (Ensino médio) I. Santos, Wildson 
 Luiz Pereira dos. II. Mól, Gerson de Souza. 
 III. Série.
13-06557 CDD-540.7
 Índices para catálogo sistemático:
 1. Química : Ensino médio 540.7
ISBN:978-85-62482-85-4 (Aluno)
ISBN:978-85-62482-86-1 (Professor)
Título original: Química Cidadã – Volume 1
© Editora AJS Ltda, 2013
 Editores: Arnaldo Saraiva e Joaquim Saraiva
 Projeto gráfico e capa: Flávio Nigro
 Pesquisa iconográfica: Cláudio Perez
 Produção editorial: Maps World Produções Gráficas Ltda
 Direção: Maurício Barreto
 Direção editorial: Antonio Nicolau Youssef
 Gerência editorial: Carmen Olivieri
 Coordenação de produção: Larissa Prado
 Edição de arte: Jorge Okura
 Editoração eletrônica: Alexandre Tallarico, Flávio Akatuka, Francisco Lavorini, Juliana Cristina Silva, 
Veridiana Freitas, Vivian Trevizan e Wendel de Freitas
 Edição de texto: Ana Cristina Mendes Perfetti
 Revisão: Adriano Camargo Monteiro, Fabiana Camargo Pellegrini, Juliana Biggi, 
Luicy Caetano e Thaís dos Santos Coutinho
 Pesquisa iconográfica: Elaine Bueno e Luiz Fernando Botter
 Ilustrações: AMJ Studio, José Yuji Kuribayashi, Osvaldo Sequetin e Paulo Cesar Pereira 
 Ilustração da capa: Moacir Knorr Guterres (Moa)
APRESENTAÇÃO
A você, estudante
Ingressar no Ensino Médio signi� ca iniciar a etapa � nal de sua formação básica que lhe capacitará a 
ingressar no mercardo de trabalho, a participar da sociedade e a avançar em estudos superiores. Com essa 
formação, você terá uma base mais sólida para compreender a dinâmica do mundo, reivindicar seus direitos 
e atuar com ações positivas na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
Para isso é que você precisa estudar Ciências, pois seu estudo nos fornece modelos que permitem 
a previsão de fatos, possibilitando intervenções que trazem melhor qualidade de vida. A Química engloba 
conhecimentos sobre produtos químicos e suas transformações, que têm permitido a humanidade lidar com 
as diversidades de sua existência. 
Participar da sociedade é ter o direito a ingressar em um mercado de trabalho que garanta os recursos 
materiais mínimos para uma vida digna. Para isso, são exigidos conhecimentos e habilidades que permitam 
uma atuação produtiva. Sem dúvida, o domínio dos princípios da matéria nos capacita para o exercício 
pro� ssional com maior quali� cação e potencial para auferir melhores salários. E esse domínio também nos 
quali� cará para o progresso em estudos superiores.
Com essas � nalidades este livro foi escrito. O conhecimento cientí� co por ele veiculado foi cuida-
dosamente selecionado para que você entenda os princípios do estudo das substâncias, dos materiais e 
de suas transformações. Fazemos uso de conceitos dos diversos campos da Ciência, sobretudo da Física 
e da Biologia, e trabalhamos com as ferramentas da Matemática para bem compreender a complexidade 
do mundo físico.
Os autores deste livro, com larga experiência no ensino de Química, buscaram estratégias e conteúdos 
relevantes para sua formação como cidadão. Acreditamos que o Ensino Médio esteja mudando, assim 
como o Ensino Superior precisa de mudanças, selecionando estudantes que, mais do que o domínio de 
fórmulas, saibam resolver problemas desa� adores da existência da vida no planeta. As provas do Enem vêm 
se consolidando nesse processo de mudança, exigindo capacidade de leitura e interpretação. É com essa 
perspectiva que vamos prepará-lo com este livro.
Isso tudo está exigindo um novo per� l de estudante. Entendemos que aprender Química não é 
simplesmente memorizar fórmulas, decorar conceitos e resolver exercícios. Aprender Química é entender 
como essa atividade humana tem se desenvolvido ao longo dos anos, como os seus conceitos explicam os 
fenômenos que nos rodeiam e como podemos fazer uso de seu conhecimento na busca de alternativas para 
melhorar a condição de vida do planeta.
Com o propósito de formar um cidadão crítico, nos três volumes da coleção trataremos das relações 
entre a Química, as suas tecnologias, a sociedade e o ambiente. Neste primeiro volume, vamos estudar 
os materiais e as substâncias: suas propriedades, suas transformações e seus constituintes. Nesse estudo, 
veremos os modelos dos constituintes e as suas interações, bem como as suas proporções nas reações 
químicas. Estudaremos, ainda, o que é Química, seus vários campos de atuação e suas relações com as 
demais Ciências.
Em nossa abordagem temática, daremos um enfoque à Química ambiental por meio de temas 
que demonstram os impactos da tecnologia química na sociedade e que possibilitam desenvolver ações que 
conciliem desenvolvimento tecnológico, qualidade de vida, preservação ambiental e justiça social. Para isso, 
precisamos compreender os problemas relacionados às mudanças climáticas que ameaçam a nossa existência 
e buscar uma mudança de atitude em relação ao consumismo, ao destino do lixo, à poluição atmosférica, ao 
uso indiscriminado de agrotóxicos e de produtos químicos. Estudaremos esses temas discutindo problemas 
sociais e atitudes para assegurar a vida das nossas e das futuras gerações.
Esperamos que o início de seu aprendizadoem Química seja muito prazeroso com essa nova abordagem.
Um forte abraço.
Os autores
CONHEÇA SEU LIVRO
Este livro é dividido em três Unidades, e em cada 
uma, abordamos um tema social, que contextualiza o 
conhecimento químico. Mesmo que o seu professor não 
tenha tempo de discutir os textos desses temas em sala de 
aula, mantenha-se informado lendo todas as informações 
contidas nas Unidades.
Tema em foco
Ao se deparar no texto com uma questão com o comando 
Pense, pare a leitura, reflita e tente responder antes de 
prosseguir. Procurar explicações e expressá-las com as 
próprias palavras ajuda a entender melhor o que está sendo 
ensinado, pois você pode comparar a sua ideia original com 
os novos conceitos que estão sendo introduzidos.
Pense
Sempre que você encontrar a chamada A Ciência na 
História, leia o texto atentamente e procure observar a 
contextualização histórica do surgimento das definições e 
conceitos relativos aos conteúdos estudados, bem como as 
circunstâncias em que os cientistas citados contribuíram para 
o desenvolvimento da Química e da Ciência.
A Ciência na História
Para buscar um mundo melhor é preciso aprender a 
participar dos debates sobre o nosso futuro. Neste livro, 
esperamos que você participe o tempo todo apresentando 
e defendendo suas ideias, além de ouvir e respeitar as de 
seus colegas. Aprenda a participar, tentando explicar tudo o 
que lhe é perguntado com as suas próprias palavras.
Debata e entenda
Os temas fazem parte de sua vida. Por isso, propomos 
atividades de Ação e cidadania com o objetivo de você 
conhecer a sua comunidade e procurar pensar em alternativas 
para seus problemas. Participe das atividades com espírito 
de cooperação, solidariedade, responsabilidade, respeito e 
tolerância à opinião do outro. Assim, você estará contribuindo 
para a construção de uma sociedade em que os interesses da 
coletividade estejam acima dos interesses individuais.
Ação e cidadania
Ao terminar o estudo de cada capítulo, faça uma revisão de 
tudo que aprendeu. Para isso, verifique ao final do capítulo, na 
seção O que aprendemos neste capítulo, se você compreendeu 
claramente todos os conceitos ali apontados, revendo no capítulo 
as explicações que foram fornecidas na sua apresentação.
Em Atitude sustentável você encontra um rico conjunto de 
sugestões, cuidados e orientações para a prática da Cidadania, 
sobretudo no que se refere aos impactos ambientais, nos quais 
estão envovidos diversos conceitos estudados em nosso curso 
de Química.
Atitude sustentável
Em Química na escola você se depara com uma série 
de experimentos investigativos. Muitos poderão ser feitos 
na própria sala de aula. Todos poderão ajudar o professor a 
conseguir os materiais necessários. Ao discutir os resultados, 
você aprenderá a usar tabelas e gráficos. Pense sempre sobre 
as conclusões que poderão ser extraídas de suas observações. 
Caso seja muito difícil realizar os experimentos, procure 
analisar os dados que fornecemos. Aprender a observar e 
explicar o que está ao seu redor ajudará você a entender 
melhor o mundo em que vivemos.
Química na escola
Alertamos para que, ao realizar os experimentos, 
você siga rigorosamente as normas de segurança da última 
página do livro. Nunca tente fazer qualquer experimento 
sem a orientação e supervisão de seu professor. Lembre-
-se também de usar o mínimo possível de materiais para 
gerar poucos resíduos. Assim você estará contribuindo 
para a preservação do ambiente.
O aprendizado dos conceitos da Química ocorre a partir da 
leitura dos textos e da realização dos Exercícios e Atividades, 
apresentados nos capítulos. Lembre-se da importância da 
realização dos exercícios e das atividades, mas tenha sempre 
em mente que o aprendizado depende também das leituras e 
revisões de todos os textos e das diversas discussões propostas 
ao longo do desenvolvimento do conteúdo.
Exercícios
UNIDADE 1 Consumo sustentável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
CAPÍTULO 1
TRANSFORMAÇÕES E PROPRIEDADES 
DAS SUBSTÂNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1. Transformações químicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2. Química, tecnologia e sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3. Propriedades das substâncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4. Identificação das substâncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Tema em foco
• Consumismo: mal do século XXI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
CAPÍTULO 2
MATERIAIS E PROCESSOS DE SEPARAÇÃO . . . . . . . . . . . . 42
1. Materiais e substâncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
2. Processos de separação de materiais . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Tema em foco
• Reutilizar e reciclar: 
Retornando o material ao ciclo útil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
CAPÍTULO 3
CONSTITUINTES DAS SUBSTÂNCIAS,
QUÍMICA E CIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
1. Da Alquimia à Química . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
2. Conhecimento científico e senso comum . . . . . . . . . . . 79
3. Constituintes da matéria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
4. A Química e sua linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Temas em foco
• Lixo: tratamento e disposição final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
• Em busca do consumo sustentável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
UNIDADE 2 Poluição atmosférica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
CAPÍTULO 4
ESTUDOS DOS GASES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
1. Medidas, fenômenos e modelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
2. Grandezas do estado gasoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
3. Propriedades dos gases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
4. Leis dos gases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
5. Lei geral dos gases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
6. Teoria cinética dos gases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
Tema em foco
• Poluição atmosférica e 
aquecimento global. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
CAPÍTULO 5
MODELOS ATÔMICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
1. Modelos e teorias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
2. Modelo atômico de Dalton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
3. Modelo atômico de Thomson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .151
4. Modelo atômico de Rutherford . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
5. O átomo e suas partículas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .161
6. Modelo atômico de Bohr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
7. Modelo quântico 
para o átomo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .171
8. Configuração eletrônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .175
Temas em foco
• Camada de ozônio 
e radiação solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
• Mercado de carbono! 
O que é isso? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
6. Teoria cinética dos gases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
Temaem foco
• Poluição atmosférica e 
aquecimento global. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
6. Modelo atômico de Bohr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
7. Modelo quântico 
para o átomo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .171
8. Configuração eletrônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .175
Temas em foco
• Camada de ozônio 
e radiação solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
• Mercado de carbono! 
O que é isso? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
SUMÁRIO
UNIDADE 3 Agricultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182
CAPÍTULO 6
CLASSIFICAÇÃO 
PERIÓDICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
1. Elementos químicos: síntese, 
descoberta e simbologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
2. Breve histórico da classificação 
dos elementos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
3. Classificação moderna dos 
elementos químicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
4. A Lei Periódica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
5. Propriedades periódicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .211
Tema em foco
• Química e agricultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
CAPÍTULO 7
LIGAÇÕES 
QUÍMICAS . . . . . . . 218
 1. Ligação 
iônica . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
 2. Regra do octeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
 3. Representação das 
substâncias iônicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
 4. Ligação covalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .237
 5. Tipos de ligação covalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . 238
 6. Fórmula estrutural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240
 7. Constituintes moleculares e
amoleculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .241
 8. Representação geométrica 
das moléculas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .247
 9. Polaridade das moléculas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250
10. Ligação metálica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .253
Tema em foco
• Produção de alimentos 
e ambiente: faces da 
mesma moeda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218
CAPÍTULO 8
SUBSTÂNCIAS
INORGÂNICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258
 1. Interações entre constituintes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258
 2. Forças intermoleculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266
 3. Substâncias inorgânicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272
 4. Ácidos e bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272
 5. Teorias de ácidos e bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283
 6. Nomenclatura de 
ácidos e bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286
 7. A neutralização de 
ácidos e bases – sais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290
 8. Óxidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308
Tema em foco
• Agricultura sustentável: 
opção inteligente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
É bom ler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .317
Tabela periódica 
dos elementos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
Segurança no laboratório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320
QuímicaQuímicaQuímicaQuímicaQuímicaQuímicaQuímicaQuímicaQuímica
cidadãcidadãcidadãcidadãcidadãcidadãcidadãcidadãcidadã
QuímicaQuímicaQuímica
cidadã
QuímicaQuímicaQuímica
cidadã
QuímicaQuímicaQuímica
cidadã
QuímicaQuímicaQuímica
8
O artista plástico Sérgio Luiz Cezar, que utiliza vários 
materiais encontrados no lixo para fazer maquetes.
UNIDADE 1
Re
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Como conciliar desenvolvimento, 
qualidade de vida, distribuição 
de renda, justiça social e 
preservação ambiental?
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Capítulo 1 Transformações e propriedades 
das substâncias
1. Transformações químicas
2. Química, tecnologia e sociedade
3. Propriedades das substâncias
4. Identifi cação das substâncias
Capítulo 2 Materiais e processos 
de separação
1. Materiais e substâncias
2. Processos de separação de materiais
Capítulo 3 Constituintes das 
substâncias, Química 
e Ciência
1. Da Alquimia à Química
2. Conhecimento científi co e senso comum
3. Constituintes da matéria
4. A Química e sua linguagem
Temas em foco:
• Consumismo: mal do século XXI
• Reutilizar e reciclar: retornando o material ao ciclo útil
• Lixo: tratamento e disposição fi nal
• Em busca do consumo sustentável
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ão
CONSUMISMO: MAL DO SÉCULO XXI
A palavra “desperdício” pode ser entendida em vários contextos e podemos defini-la como “o que é gasto sem 
proveito”. Isso tem relação com os valores consumistas da sociedade industrializada em que vivemos. No início do 
século XX, a indústria tinha como meta buscar novos mercados para seus produtos, abastecendo-os e crescendo. 
Logo, os produtos deveriam ser bons, duráveis e baratos. Mas, com o tempo, os consumidores já tinham os produtos 
e não precisavam mais comprá-los. A solução para a indústria foi lançar no mercado novos produtos, mais moder-
nos, com novos designs, com novasfunções, tornando os anteriores obsoletos e fora de moda.
Hipermercados, centros de compras, feiras, shoppings, cada dia novas possibilidades, sofisticados, elegantes e re-
luzentes. Cada vez mais, verifica-se a existência de mais e mais prateleiras com uma variedade crescente de produtos. 
Quantas marcas de detergentes sintéticos existem? Quantos diferentes tipos de automóveis, celulares, câmeras digi-
tais, equipamentos domésticos? Para ganhar o mercado, cada indústria lança um novo tipo de produto acrescentando 
novidades para o consumidor, como diferentes odores, embalagens, consistências, aspectos, funções e recursos etc. 
Imagine quantas transformações ocorrem diaria-
mente no planeta. Essas transformações provocadas 
por mais de 7 bilhões de pessoas geram custos de impac-
tos no planeta que precisam ser avaliadas por todos nós!
Talvez você ainda tenha alguns 
desses modelos de celulares em 
casa guardados em algum lu-
gar. Será que nenhum deles 
pode ser usado? Será que o 
modelo que não tenha câmera 
fotográfica de três megapixels, 
MP10, TV etc. não serve mais 
como um aparelho de celular?
CONSUMISMO: MAL DO SÉCULO XXI
Associada ao processo 
de lançamento de novos 
produtos está a preocu-
pação com a estética. 
Muitas vezes, a única mu-
dança que o produto ga-
nha é a embalagem.
Capítulo 1
Como identifi camos uma reação química?
Transformação sustentável do planeta
TRANSFORMAÇÕES E 
PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS
Talvez você ainda tenha alguns 
desses modelos de celulares em 
casa guardados em algum lu-
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pode ser usado?
modelo que não tenha câmera 
fotográfica de três 
MP10, TV etc. não serve mais 
como um aparelho de celular?
tos no planeta que precisam ser avaliadas por todos nós!
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novidades para o consumidor, como diferentes odores, embalagens, consistências, aspectos, funções e recursos etc. 
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Tema em foco
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É difícil estabelecer a diferença entre consumo e consumismo, 
pois o que é básico para alguns pode ser supérfluo para outros. 
Podemos dizer que consumo é a utilização de bens e serviços 
para satisfazer necessidades individuais e coletivas. Somos con-
sumidores de alimentos, água, energia elétrica, transporte etc. 
O consumismo, por sua vez, está associado ao consumo supér-
fluo e inconsciente, sob influência de empresas, grupos e po-
líticas públicas e privadas diversas. Consumismo é o consumo 
extravagante. É o consumo além do necessário para se ter um 
bem-estar individual, grupal e social. Isso é percebido durante 
o processo da compra.
Associadas com o consumo além das necessidades naturais, 
existem três espécies de compra: a não planejada (feita em vir-
tude da pressão do tempo ou por lembrar-se de comprar ao ver 
exposto), a impulsiva (súbita vontade de comprar algo que não 
estava nos planos) e a compulsiva (compras em excesso em res-
posta a sentimentos de tensão, ansiedade, aborrecimentos, au-
toestima etc.). 
A estrutura econômica hoje, na qual estamos inseridos, se organiza de modo a favorecer o aumento do consumo, 
que concorre para a criação de um modelo de economia fundamental para o desenvolvimento econômico do país. 
Mas, se o consumo assumir uma dinâmica progressiva de crescimento, aonde vamos parar? 
A ideia dominante do ponto de vista econômico é a de que o crescimento está alicerçado no aumento contínuo da 
produção e do consumo de bens e serviços, reconhecidos como meios de promover a prosperidade e a qualidade de 
vida para o maior número possível de pessoas. Isso se fundamenta no modelo de desenvolvimento contínuo da ciência 
e tecnologia, que para muitos implica desenvolvimento social. 
No entanto, sabe-se que nem sempre o desenvolvimento econômico acarreta desenvolvimento social. Atualmente, 
com o processo de globalização, o que ocorre é a concentração de riqueza e o aumento da pobreza. Essa ordem de 
crescimento não é sustentável a médio e longo prazo. A atual dinâmica de consumo desenfreado tem provocado a 
destruição em larga escala da natureza em um ritmo superior ao que o planeta pode se ajustar. A Terra já dá sinais 
de que o preço a ser pago com esse descontrole será altíssimo. Há indícios de que a área terrestre e marinha neces-
sária para regenerar o ambiente natural e dispor os resíduos gerados pelo ritmo de consumo em vigor já ultrapassa 
a área da superfície terrestre.
O presente modelo econômico introduziu o que chamamos consumismo, que significa a expansão da cultura do 
“ter” em detrimento da cultura do “ser”. O estilo de vida norte-americano provocou a expansão do consumo, que, 
estimulado pelas forças do mercado, da moda e da propaganda, se transformou em compulsão. Tal dinâmica influen-
ciou a personalidade social. Na cultura do consumo, os indivíduos passaram a ser reconhecidos, avaliados e julgados 
pelo que consomem, vestem e calçam, pelo carro e celular exibidos em público. Isso chegou a tal ponto que até fe-
licidade e qualidade de vida passaram a ser avaliadas por muitos com base no que o indivíduo consome.
Podemos dizer que o consumo é necessário, afinal precisamos manter nossas necessidades básicas de sobrevivên-
cia. Entretanto, existem dificuldades em se diferenciar consumo e consumismo, o limite entre necessidades básicas e 
supérfluas relacionam-se com características culturais das sociedades. 
Para você, o que significam necessidades básicas e necessidades supérfluas?
Pense
Muito do que é comprado pelas pessoas é para atender à vontade momentânea de com-
pra e não para atender a alguma necessidade real. Esse tipo desnecessário de compra 
caracteriza o consumista patológico.
AMj Studio
A estrutura econômica hoje, na qual estamos inseridos, se organiza de modo a favorecer o aumento do consumo, 
que concorre para a criação de um modelo de economia fundamental para o desenvolvimento econômico do país. 
Mas, se o consumo assumir uma dinâmica progressiva de crescimento, aonde vamos parar? 
A ideia dominante do ponto de vista econômico é a de que o crescimento está alicerçado no aumento contínuo da 
produção e do consumo de bens e serviços, reconhecidos como meios de promover a prosperidade e a qualidade de 
vida para o maior número possível de pessoas. Isso se fundamenta no modelo de desenvolvimento contínuo da ciência 
e tecnologia, que para muitos implica desenvolvimento social. 
No entanto, sabe-se que nem sempre o desenvolvimento econômico acarreta desenvolvimento social. Atualmente, 
com o processo de globalização, o que ocorre é a concentração de riqueza e o aumento da pobreza. Essa ordem de 
crescimento não é sustentável a médio e longo prazo. A atual dinâmica de consumo desenfreado tem provocado a 
destruição em larga escala da natureza em um ritmo superior ao que o planeta pode se ajustar. A Terra já dá sinais 
de que o preço a ser pago com esse descontrole será altíssimo. Há indícios de que a área terrestre e marinha neces-
sária para regenerar o ambiente natural e dispor os resíduos gerados pelo ritmo de consumo em vigor já ultrapassa 
O presente modelo econômico introduziu o que chamamos consumismo, que significa a expansão da cultura do 
“ter” em detrimento da cultura do “ser”. O estilo de vida norte-americano provocou a expansão do consumo, que, 
estimulado pelas forças do mercado, da moda e da propaganda, se transformou em compulsão. Tal dinâmica influen-
ciou a personalidade social. Na cultura do consumo, os indivíduos passaram a ser reconhecidos, avaliados e julgados 
pelo que consomem, vestem e calçam, pelo carro e celular exibidos em público. Isso chegou a tal ponto que até fe-
licidade e qualidade de vida passaram a ser avaliadas por muitos com base no que o indivíduo consome.
Podemos dizer que o consumo é necessário, afinal precisamos manter nossas necessidades básicas de sobrevivên-
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No entanto, oconsumismo pode causar má qualidade de vida às pessoas. Uma mania 
que prejudica o bem-estar de um ser humano é a oniomania (impulso compulsivo de com-
prar), considerada psicopatológica. Outro fator que afeta a qualidade de vida é o conheci-
do “mal do século XXI”, ou seja, o tecnoestresse – ansiedade diária, nervosismo e cansaço 
por excesso de informações por meio da utilização de computadores, notebooks, celula-
res e outros. Existem pessoas que querem ter produtos tecnológicos de última geração e 
ficam ansiosas para adquiri-los. Para fabricantes, publicitários, mídia e comerciantes, esse 
tipo de indivíduo é essencial aos seus negócios. E para o planeta, será um bom negócio?
Sem dúvida, a publicidade é um meio eficiente para tornar um bem de consumo co-
nhecido. No entanto, como ela atende a interesses da indústria e do comércio, busca ar-
tifícios para atingir pontos vulneráveis do consumidor – vaidade, desejo, gosto 
e outros. As mulheres das propagandas de cosméticos são muito bonitas, 
atraentes, magras – parecem ideais. E quando a mídia explora produtos de 
limpeza, parece que estamos vivendo em uma casa modelo, brilhando e 
com mobílias novas. Já a imagem do homem é, geralmente, a de pessoa 
viril, simpática, alinhada, com carro esportivo etc. 
Infelizmente, existem grupos publicitários que produzem propagandas 
enganosas ou abusivas, explorando a credibilidade dos consumidores. Nesse 
caso, como bons cidadãos, devemos denunciá-los à Procuradoria de Proteção 
e Defesa do Consumidor (Procon) ou ao Ministério Público, pois essa prática 
é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.
Para mudar essa situação, a sociedade precisa ter clareza de que o con-
sumo desenfreado e a mentalidade de utilizar produtos descartáveis repre-
sentam uma ameaça à presente e às futuras gerações. É preciso aprender 
a cuidar adequadamente do planeta Terra. É necessário mudar nossos há-
bitos e nos tornar mais críticos em relação à publicidade. Precisamos apren-
der a avaliar não só o custo financeiro de um bem, mas também seu custo 
ambiental e social. Porém o fundamental, e talvez o mais difícil, é consumir 
apenas o necessário, sem extravagância.
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As propagandas vendem 
a imagem do consumidor 
feliz, mas na realidade o 
que ele enfrenta no dia 
a dia não é lá um modelo 
de felicidade! Atualmente, 
muita gente opta por 
um modelo de vida 
mais simples na busca 
de maior felicidade.
Debata e entenda
1. O texto fez referências ao “consumo compulsivo”, existente na sociedade moderna e tecnológica. Quais são os 
aspectos éticos que devem ser discutidos no contexto da sociedade de consumo?
2. Discuta em sala de aula situações do dia a dia em que o consumismo prejudica a qualidade de vida do ser humano.
3. Discuta com os colegas a afirmação “O consumo é fundamental para o desenvolvimento econômico de um país”.
4. O desperdício é um fator que deve ser evitado para a manutenção da economia de empresas, residências, indús-
trias e vários outros espaços da sociedade; diversos fatores também estão relacionados ao desperdício, como a 
poluição ambiental, intoxicações etc. Observando o dia a dia de sua casa e de sua escola, cite alguns exemplos 
de desperdícios e como se pode combatê-los.
5. Ainda com relação ao desperdício, dê uma olhada detalhada na despensa de sua casa e faça uma pequena lista, 
apenas para não esquecer, dos produtos que você utiliza no cotidiano. Em sala de aula, discuta com os colegas, 
num grande grupo, as questões abaixo e depois comente os resultados com a família:
 a) que produtos poderiam ser retirados da lista de compras de sua casa sem maiores prejuízos?
 b) que produtos poderiam ser substituídos por outros com o mesmo efeito gerando menor impacto ambiental?
6. Debata com os colegas como a expansão da cultura do “ter” em detrimento da cultura do “ser” afeta (influencia) 
o seu relacionamento com os amigos e com a família.
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
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No entanto, o consumismo pode causar má qualidade de vida às pessoas. Uma mania 
que prejudica o bem-estar de um ser humano é a oniomania (impulso compulsivo de com-
prar), considerada psicopatológica. Outro fator que afeta a qualidade de vida é o conheci-
do “mal do século XXI”, ou seja, o tecnoestresse – ansiedade diária, nervosismo e cansaço 
por excesso de informações por meio da utilização de computadores, 
res e outros. Existem pessoas que querem ter produtos tecnológicos de última geração e 
ficam ansiosas para adquiri-los. Para fabricantes, publicitários, mídia e comerciantes, esse 
tipo de indivíduo é essencial aos seus negócios. E para o planeta, será um bom negócio?
Sem dúvida, a publicidade é um meio eficiente para tornar um bem de consumo co-
nhecido. No entanto, como ela atende a interesses da indústria e do comércio, busca ar-
tifícios para atingir pontos vulneráveis do consumidor – vaidade, desejo, gosto 
e outros. As mulheres das propagandas de cosméticos são muito bonitas, 
atraentes, magras – parecem ideais. E quando a mídia explora produtos de 
limpeza, parece que estamos vivendo em uma casa modelo, brilhando e 
com mobílias novas. Já a imagem do homem é, geralmente, a de pessoa 
viril, simpática, alinhada, com carro esportivo etc. 
Infelizmente, existem grupos publicitários que produzem propagandas 
enganosas ou abusivas, explorando a credibilidade dos consumidores. Nesse 
caso, como bons cidadãos, devemos denunciá-los à Procuradoria de Proteção 
e Defesa do Consumidor (Procon) ou ao Ministério Público, pois essa prática 
é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.
As propagandas vendem 
a imagem do consumidor 
feliz, mas na realidade o 
que ele enfrenta no dia 
a dia não é lá um modelo 
de felicidade! Atualmente, 
muita gente opta por 
um modelo de vida 
mais simples na busca 
de maior felicidade.
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1 TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
A Química está intimamente relacionada ao consumo da sociedade atual por pos-
sibilitar a produção de novos bens de consumo. Para isso, é fundamental com-
preendermos como são desenvolvidos novos materiais e como se mudam as propriedades 
dos já existentes. A Química também nos ajuda a compreender melhor as consequên-
cias ambientais do alto consumo humano. A partir daí, podemos pensar em ações para 
melhorar as condições de vida na Terra por meio da economia de energia e matéria-
-prima e da diminuição das consequências do descarte do lixo em diferentes ambientes.
Que transforma ções acontecem, com o passar do tempo, com os materiais descartados no lixo? Que materiais, 
aparentemente, não sofrem transformações no lixo?
Pense
Com o passar do tempo, o lixo sofre uma série de transformações. Muda de cor, de cheiro 
e de aparência. Um bom exemplo dessas transformações é a degradação de restos de alimen-
tos. Não há dúvida de como as características de um alimento mudam quando descartado.
Identificar as transformações que acontecem com os materiais é parte fundamental da 
Química. Para aprendermos como isso pode ser feito, vamos realizar as atividades abaixo.
Os cientistas denominam os objetos ou os processos que estão sendo estudados de 
sistemas, e as características e propriedades que os sistemas apresentam, de estado 
do sistema. Portanto, a evidência de uma transformação está na mudança de esta-
do do sistema. O conjunto de características anteriores à transformação é denominado 
estado inicial do sistema e o conjunto de características posterior à transformação é 
denominado estado final do sistema.
AtividadesAtividadesAtividades
1. Cite cinco exemplos de transformações de materiais que ocorrem na natureza.
2. Reproduza a tabela abaixo no caderno, relacionando, como no exemplo, as transformações que você identificou acima 
com características que permitam a identificação.
IDENTIFICAÇÃO DE TRANSFORMAÇÕES
Ordem Termo anterior Valor do termo
2 1 1 + 2 = 3
3. Vocêpoderia dizer se na queima e no corte de uma folha de papel ocorrem transformações do mesmo tipo? Justifique.
Qual é a diferença entre 
as transformações sofridas 
por alimentos e a transfor-
mação ocorrida em uma 
lata ao ser amassada?
Pense
Iguais ou diferentes? 
O que você acha?
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 TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
Química está intimamente relacionada ao consumo da sociedade atual por pos-
sibilitar a produção de novos bens de consumo. Para isso, é fundamental com-
preendermos como são desenvolvidos novos materiais e como se mudam as propriedades 
dos já existentes. A Química também nos ajuda a compreender melhor as consequên-
cias ambientais do alto consumo humano. A partir daí, podemos pensar em ações para 
melhorar as condições de vida na Terra por meio da economia de energia e matéria-
-prima e da diminuição das consequências do descarte do lixo em diferentes ambientes.
Que transforma ções acontecem, com o passar do tempo, com os materiais descartados no lixo? Que materiais, 
Com o passar do tempo, o lixo sofre uma série de transformações. Muda de cor, de cheiro 
e de aparência. Um bom exemplo dessas transformações é a degradação de restos de alimen-
tos. Não há dúvida de como as características de um alimento mudam quando descartado.
Identificar as transformações que acontecem com os materiais é parte fundamental da 
Química. Para aprendermos como isso pode ser feito, vamos realizar as atividades abaixo.
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Química na escola
Como sabemos que ocorreu uma 
reação química? 
Nesse experimento, você fará uma série de testes com o objeti-
vo de observar ocorrências que permitam a identificação de reações 
químicas. Faça os testes em grupo. Se necessário, os tubos de ensaio 
podem ser substituídos por pequenos frascos de vidro transparentes, 
como aqueles usados para acondicionar medicamento injetável.
Materiais
• 5 tubos de ensaio
• conta-gotas
• estante para tubos de ensaio
• pinça de madeira
• lamparina
• água
• gelo
• açúcar
• solução de hidróxido de sódio (NaOH) 
0,1 mol/L (pode-se usar 1 colher de café de 
soda cáustica para 0,5 litro de água)
• vinagre branco
• 1/4 de comprimido efervescente
• solução de fenolftaleína, 10 g/L (pode-se usar 1 colher 
de café para 100 mL de álcool etílico comercial)
Procedimento
1. Numere os tubos de ensaio de 1 a 5.
2. Reproduza no caderno a tabela apresentada a seguir e complete-a ao realizar cada teste.
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O uso de equipamentos de segurança é fundamental 
no trabalho do químico em laboratório.
Ao compararmos o estado inicial de uma lata normal com o estado final, após ser 
amassada, verificamos que ocorreu uma mudança nas características. Porém, o que mu-
dou foi só a forma física do material. A lata continua sendo constituída de liga de alumí-
nio, sem alterar características, tais como cor, cheiro, textura etc.
Já os alimentos, depois que sofrem decomposição, apresentam outra constituição. 
Os processos em que não ocorrem mudanças na constituição das substâncias presentes no 
material são denominados processos físicos. Os processos em que ocorrem mudanças na 
constituição do material por causa de formação de nova(s) substância(s) são denominados 
transformações químicas, também chamados reações químicas.
Para entendermos o que é uma transformação química, vamos fazer o experimento a seguir.
DADOS DE DESCRIÇÃO DO ESTADO DO SISTEMA
Tubo Estado inicial Estado final Observações
1 z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
2 z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
3 z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
Consulte as normas de segurança no 
laboratório, na última página deste livro.
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QQuímica na escolauímica na escola
Como sabemos que ocorreu uma 
reação química? 
Nesse experimento, você fará uma série de testes com o objeti-
vo de observar ocorrências que permitam a identificação de reações 
químicas. Faça os testes em grupo. Se necessário, os tubos de ensaio 
Ao compararmos o estado inicial de uma lata normal com o estado final, após ser 
amassada, verificamos que ocorreu uma mudança nas características. Porém, o que mu-
dou foi só a forma física do material. A lata continua sendo constituída de liga de alumí-
nio, sem alterar características, tais como cor, cheiro, textura etc.
Já os alimentos, depois que sofrem decomposição, apresentam outra constituição. 
Os processos em que não ocorrem mudanças na constituição das substâncias presentes no 
material são denominados processos físicos
constituição do material por causa de formação de nova(s) substância(s) são denominados 
transformações químicas, também chamados 
Para entendermos o que é uma transformação química, vamos fazer o experimento a seguir.
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Hely Demutti
3. Em cada tubo, adicione os materiais indicados nos itens seguintes e observe as propriedades que os 
caracterizam (cor, estado de agregação, forma de apresentação, odor). Essas propriedades devem ser 
anotadas na coluna “estado inicial” da tabela.
4. Após a realização dos procedimentos indicados, observe novamente as propriedades dos materiais e anote-as na 
coluna “estado final”.
5. Observe atentamente se houve mudança de cor, liberação de gás, exalação de odor, aparecimento de um novo 
estado de agregação, mudança de temperatura ou outras alterações e anote-as na coluna das “observações”.
6. No tubo 1, coloque um fragmento de gelo e observe ao final de todos os testes.
7. No tubo 2, coloque um pouco de água e ¼ do comprimido efervescente. Observe.
8. No tubo 3, coloque água e aqueça. Observe. 
9. No tubo 4, coloque um pouco de açúcar e água e misture. Observe. 
10. No tubo 5, adicione 1 mL (20 gotas) de solução de hidróxido de sódio (NaOH) e algumas gotas de 
fenolftaleína. Observe. Guarde este tubo para o próximo teste. 
11. No tubo 5, goteje o vinagre branco. Observe. 
12. O restante das soluções de hidróxido de sódio e fenolftaleína deve ser acondicionado em embalagens limpas, fecha-
das e devidamente rotuladas, para reutilização em outras atividades práticas.
Destino dos resíduos
1. Os resíduos dessa atividade podem ser descartados no sistema de coleta de esgoto. 
2. No tubo 5, deve-se adicionar vinagre até que a cor da fenolftaleína desapareça por completo antes de des-
cartar seu conteúdo.
Análise de dados
1. Considerando os fenômenos observados, indique em quais dos procedimentos realizados houve indícios de formação 
de novas substâncias. Justifique a resposta. 
2. Procure relacionar as transformações observadas com outras situações da sua vida diária.
A todo instante ocorrem transformações à nossa volta. Você já viu que muitas dessas 
transformações são processos físicos, como o ocorrido quando uma lata de alumínio é pren-
sada, que não mudam a natureza do material. Mas pegue uma lata de ferro sem pintura e 
deixe-a alguns dias em ambiente úmido para ver o que acontece. Ela será oxidada, ou seja, 
enferrujará. A ferrugem é uma substância que tem propriedades bem diferentes do metal original. 
Ou seja, no enferrujamento há formação de novas substâncias. As transformações desse tipo 
são chamadas transformações químicas ou reações químicas. Podemos dizer, então, que:
Transformações químicas são processos em que há formação de novas 
substâncias. As substâncias iniciais são chamadas reagentes e as substâncias formadas 
são chamadas produtos.
A característica central das reações químicas está na formação de novas substâncias. 
Isso acontece em nosso corpo o tempo todo. A partir dos nutrientes contidos nos alimentos 
ingeridos, ele produz diversas substâncias que farão parte da constituição de nossas célu-
las. Outras reações químicas estão presentes no cotidiano: no cozimento dos alimentos, na 
queima de combustíveis, na produção ou degradação de materiais dos mais diversos etc.
Na reação do ferro com o 
oxigênio, surge uma nova 
substância: o óxido deferro (ferrugem).
Em cada tubo, adicione os materiais indicados nos itens seguintes e observe as propriedades que os 
caracterizam (cor, estado de agregação, forma de apresentação, odor). Essas propriedades devem ser 
Após a realização dos procedimentos indicados, observe novamente as propriedades dos materiais e anote-as na 
Observe atentamente se houve mudança de cor, liberação de gás, exalação de odor, aparecimento de um novo 
estado de agregação, mudança de temperatura ou outras alterações e anote-as na coluna das “observações”.
No tubo 1, coloque um fragmento de gelo e observe ao final de todos os testes.
No tubo 2, coloque um pouco de água e ¼ do comprimido efervescente. Observe.
No tubo 4, coloque um pouco de açúcar e água e misture. Observe. 
No tubo 5, adicione 1 mL (20 gotas) de solução de hidróxido de sódio (NaOH) e algumas gotas de 
fenolftaleína. Observe. Guarde este tubo para o próximo teste. 
O restante das soluções de hidróxido de sódio e fenolftaleína deve ser acondicionado em embalagens limpas, fecha-
das e devidamente rotuladas, para reutilização em outras atividades práticas.
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Todas as tecnologias mais 
avançadas, como a robó-
tica, são derivadas de co-
nhecimentos da estrutu-
ra dos materiais.
D a mesma maneira que podemos dizer que a Química começou a se desenvolver a 
partir de técnicas primitivas de domínio do fogo, é possível considerar que a tec-
nologia nasceu quando o ser humano descobriu que podia fazer ferramentas a partir de 
diferentes materiais, tais como paus, ossos e pedras. Modernamente, o conceito de tec-
nologia está associado ao conhecimento especializado para produzir e aprimorar bens de 
consumo (alimentos, roupas, cadeiras, televisores etc.), mercadorias (produtos químicos, 
ferramentas, máquinas etc.) e serviços (tratamento odontológico, construção civil etc.), 
geralmente em processos industriais que envolvem máquinas e grandes organizações. 
Essa tecnologia moderna teve desenvolvimento acelerado após a Revolução Industrial, 
por causa da introdução de novos modelos de produção e de exploração da natureza.
Esses modelos foram, pouco a pouco, substituindo o trabalho dos artesãos. A tro-
ca gradativa do trabalho humano pela máquina reduziu custos e aumentou a produção. 
Esperava-se que a industrialização diminuísse o tempo de trabalho humano, liberando as 
pessoas para desenvolver mais atividades culturais e de lazer.
Será que tudo isso aconteceu? O que você acha? Por quê?
De fato o modelo tecnológico atual tem uma contradição: ao mesmo tempo que 
contribui para a melhoria da qualidade de vida também traz diversos problemas para a 
sociedade. Ao longo desta coleção, discutiremos uma série de questões relativas a esse 
modelo de desenvolvimento e as relações entre a Ciência Química e nossa sociedade. Veja 
um pouco mais sobre a tecnologia.
Tecnologia: fruto da Ciência e da sociedade
O conhecimento tecnológico e o científico são intimamente ligados. Com o avanço do 
conhecimento acerca da estrutura dos materiais, por exemplo, é possível gerar todo um 
aparato tecnológico para processar informações por meio de máquinas incríveis, conhe-
cidas como computadores.
Em nossa vida diária, é muito comum ouvirmos os termos “tecnológico” e “tecnologia”. Para você, o que significam?
Pense
É por meio de reações químicas que obtemos diferentes materiais a serem utilizados 
em nossas atividades. É também a partir das reações químicas que adquirimos energia 
para diferentes atividades como transporte, preparação de alimentos e até mesmo reali-
zação de outras reações químicas.
No entanto, a partir dessas transformações que realizamos no planeta, diminuímos as 
quantidades das substâncias utilizadas como reagentes e aumentamos as quantidades das 
que originam os produtos. Como diminuimos as quantidades de determinadas substâncias 
e materiais e aumentamos as quantidades de outras, podemos dizer que estamos mudan-
do o estado do planeta. Quais as consequências dessa mudança de estado global? Embora 
haja muitas previsões, especulações e até mesmo constatações, não sabemos ao certo o que 
pode acontecer. Daí a necessidade urgente de reduzirmos o ritmo dessas transformações.
Por isso, entre outros motivos, o estudo da Química é fundamental em nossas vidas. 
Afinal, vivemos em uma sociedade tecnológica em que a quase totalidade dos materiais 
utilizados é obtida por meio de processos químicos. Vamos, a seguir, estudar um pouco 
como a Química está inserida nesse mundo tecnológico.
2 QUÍMICA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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Em nossa vida diária, é muito comum ouvirmos os termos “tecnológico” e “tecnologia”. Para você, o que significam?
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É por meio de reações químicas que obtemos diferentes materiais a serem utilizados 
em nossas atividades. É também a partir das reações químicas que adquirimos energia 
para diferentes atividades como transporte, preparação de alimentos e até mesmo reali-
zação de outras reações químicas.
No entanto, a partir dessas transformações que realizamos no planeta, diminuímos as 
quantidades das substâncias utilizadas como reagentes e aumentamos as quantidades das 
que originam os produtos. Como diminuimos as quantidades de determinadas substâncias 
e materiais e aumentamos as quantidades de outras, podemos dizer que estamos mudan-
do o estado do planeta. Quais as consequências dessa mudança de estado global? Embora 
haja muitas previsões, especulações e até mesmo constatações, não sabemos ao certo o que 
pode acontecer. Daí a necessidade urgente de reduzirmos o ritmo dessas transformações.
Por isso, entre outros motivos, o estudo da Química é fundamental em nossas vidas. 
Afinal, vivemos em uma sociedade tecnológica em que a quase totalidade dos materiais 
utilizados é obtida por meio de processos químicos. Vamos, a seguir, estudar um pouco 
como a Química está inserida nesse mundo tecnológico.
2 QUÍMICA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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Os primeiros compu-
tadores chegavam a 
ocupar uma sala in-
teira. O desenvolvimen-
to dos chips, minúsculos 
circuitos eletrônicos que 
substituíram as válvulas, 
possibilitou a redução 
contínua do tamanho dos 
computadores, apesar do 
aumento da capacidade 
de processamento.
Hoje, todos dependem do computador. O trânsito das grandes cidades, os caixas de 
supermercados, a contagem de votos em uma eleição, as transmissões de TV e até mesmo 
o fornecimento de água e luz são exemplos de atividades controladas por computadores. 
Enfim, os computadores provocaram uma verdadeira revolução na vida das pessoas: 
mudaram hábitos, relações de trabalho nas empresas, relacionamento humano e até 
formas de lazer.
Todo esse desenvolvimento tecnológico surgiu devido, entre outros fatores, às novas 
necessidades humanas e está associado também ao desenvolvimento científico. A partir, 
por exemplo, do conhecimento das propriedades dos materiais foi possível produzir no-
vos produtos químicos com uma infinidade de aplicações na medicina, na agricultura, na 
engenharia e até mesmo em nossas residências. A grande quantidade de produtos que 
surge diariamente, por sua vez, tem sido projetada conforme as exigências de consumo 
da população. Muitas vezes, porém, em vez de a sociedade determinar quais são os bens 
de consumo (mercadorias e serviços) de seu interesse, as próprias empresas criam, por 
meio da mídia, necessidades de consumo de produtos os quais poderiam ser considera-
dos supérfluos e que são consumidos como se fossem essenciais. 
Pode-se dizer que a Ciência avança também em função das necessidades geradas 
pela sociedade. Muitas pesquisas se desenvolvem na tentativa de solucionar proble-
mas sociais, como a aids, a desnutrição, a falta de energia, a poluição etc. Por sua vez, 
o aperfeiçoamento tecnológico contribui para o desenvolvimento da Ciência. Cálculos 
que os cientistas, às vezes, levavam diaspara realizar, atualmente, graças aos compu-
tadores, são feitos em alguns minutos. Esses mesmos computadores permitem que os 
químicos da atualidade projetem e modelem materiais pulando diversas etapas antes 
feitas em bancadas de laboratórios.
A Ciência, a tecnologia e a sociedade têm 
caminhado na busca de soluções de grandes 
problemas. No entanto, as transformações ge-
radas também têm provocado consequências 
desastrosas ao equilíbrio no planeta.
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A cada dia são lançados novos materiais de limpeza. 
Alguns têm novas formulações e são mais eficientes. Outros 
são iguais aos existentes, mas com embalagens novas e mais 
bonitas. Cuidado com esse truque de marketing!
A cada dia são lançados novos materiais de limpeza. 
Alguns têm novas formulações e são mais eficientes. Outros 
são iguais aos existentes, mas com embalagens novas e mais 
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Os primeiros compu-
Hoje, todos dependem do computador. O trânsito das grandes cidades, os caixas de 
supermercados, a contagem de votos em uma eleição, as transmissões de TV e até mesmo 
o fornecimento de água e luz são exemplos de atividades controladas por computadores. 
Enfim, os computadores provocaram uma verdadeira revolução na vida das pessoas: 
mudaram hábitos, relações de trabalho nas empresas, relacionamento humano e até 
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A Química na sociedade
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A síntese do náilon revo-
lucionou a indústria têxtil, 
permitindo uma diversifi-
cação na produção de rou-
pas, apropriadas a diferen-
tes tipos de clima, tipos de 
serviço profissional e até 
mesmo estilo de moda.
O desenvolvimento da agroindústria associado ao uso de 
maquinários especiais aumentou a produtividade agrí-
cola, mas trouxe também sérios problemas ambientais.
A produção de medicamentos com base em estudos 
da química de produtos naturais (ramo da Química res-
ponsável pelo isolamento e determinação da estrutura 
de substâncias de origem natural) tem evitado a morte 
prematura de milhares de pessoas.
Materiais plásticos foram utilizados para substituir diversas peças metálicas 
dos carros antigos, permitindo maior leveza aos automóveis, menor consumo 
de combustível, maior velocidade, mais conforto e segurança.
18
A vida em si já é um fantástico processo químico, no qual 
transformações de substâncias nos permitem andar, pensar, 
sentir, viver. As diversas sensações biológicas, como dor, cãibra 
e apetite, e as diversas reações psicológicas, como medo, ale-
gria e felicidade, estão associadas com as substâncias presentes 
no organismo. O nosso corpo é um verdadeiro laboratório de 
transformações químicas.
Estudar Química possibilita-nos compreender não só os fe-
nômenos naturais, mas também entender o complexo mundo 
social em que vivemos.
A Química tem garantido ao ser humano uma vida mais lon-
ga e confortável. O seu desenvolvimento permite a busca para 
solução de problemas ambientais, o tratamento de doenças an-
tes incuráveis, o aumento da produção agrícola, a construção de 
prédios mais resistentes, a produção de materiais que possibilitam 
a confecção de novos equipamentos etc.
Debata com os colegas os efeitos da Química na sociedade. Vocês acham que ela deve ser vista como causadora 
dos problemas ambientais?
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Contudo, o progresso tem um preço e está associado a uma infinidade de desequilíbrios 
ambientais. Vazamento de gases tóxicos, contaminação dos rios e do solo e envenenamen-
to por ingestão de alimentos contaminados, entre outros, são problemas divulgados, todos 
os dias pela imprensa, como os das manchetes das reportagens a seguir.
Divulgação
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A Química na sociedade
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A síntese do náilon revo-
O desenvolvimento da agroindústria associado ao uso de 
maquinários especiais aumentou a produtividade agrí-
cola, mas trouxe também sérios problemas ambientais.
A vida em si já é um fantástico processo químico, no qual 
transformações de substâncias nos permitem andar, pensar, 
sentir, viver. As diversas sensações biológicas, como dor, cãibra 
e apetite, e as diversas reações psicológicas, como medo, ale-
gria e felicidade, estão associadas com as substâncias presentes 
no organismo. O nosso corpo é um verdadeiro laboratório de 
transformações químicas.
Estudar Química possibilita-nos compreender não só os fe-
nômenos naturais, mas também entender o complexo mundo 
social em que vivemos.
A Química tem garantido ao ser humano uma vida mais lon-
ga e confortável. O seu desenvolvimento permite a busca para 
solução de problemas ambientais, o tratamento de doenças an-
tes incuráveis, o aumento da produção agrícola, a construção de 
Debata com os colegas os efeitos da Química na sociedade. Vocês acham que ela deve ser vista como causadora 
dos problemas ambientais?
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Na verdade, o que as manchetes apresentadas anteriormente revelam é o para-
doxo do desenvolvimento científico e tecnológico, que tanto traz benefícios para a 
sociedade, como também riscos para a própria sobrevivência humana.
Já mencionava o conhecido cientista Albert Einstein [1879-1955]: “A Ciência não 
tem sentido senão quando serve aos interesses da humanidade”. No entanto, quan-
tas vezes a Ciência, em nome de interesses econômicos e políticos, é utilizada em 
guerras tecnológicas? Quantas vezes, em nome do desenvolvimento, enriquece pe-
quenos grupos de pessoas, sem gerar benefícios para a sociedade como um todo e 
ainda causando catástrofes ambientais? Quantos realmente têm acesso aos bene-
fícios do desenvolvimento científico e tecnológico, em um planeta no qual a maior 
parte da população vive abaixo da linha da pobreza?
Com a finalidade de mudar essa situação, todos nós, cidadãos, deveríamos 
buscar desenvolver ações na sociedade que contribuam para que as aplicações da 
Ciência e da tecnologia possam proteger a vida da nossa e das futuras gerações e 
propiciar condições a fim de que todos tenham acesso a seus benefícios.
Fatos como o listado acima 
têm feito um mal danado à 
reputação da Química, 
quando deveriam apenas 
alertar para sua má utiliza-
ção. Essa imagem tem sido 
tão forte que, muitas vezes, 
as pessoas não dão impor-
tância para as notícias posi-
tivas, como a apresentada 
acima, que também são fre-
quentemente veiculadas na 
imprensa. Por exemplo, to-
dos conseguem se lembrar 
com facilidade do acidente 
radioativo com o césio-137, 
mas poucos se recordam 
das milhares de pessoas 
que tiveram a vida prolon-
gada graças ao tratamento 
com césio-137.
Anvisa proíbe formol nos 
salões de beleza
A moda do cabelo liso popularizou um trata-
mento conhecido como escova progressiva, que 
pode provocar problemas graves e inclusive a morte, 
se o tratamento incluir produtos à base de formol, 
um produto tóxico que provoca câncer, lesões nos 
olhos, pele, ferimentos nas vias respiratórias, ede-
ma pulmonar, pneumonia, reação alérgica, além de 
debilitação da visão e aumento do fígado…
Notícia extraída do jornal Diário da Amazônia, 2 jul. 2009. 
Um novo remédio contra 
o diabetes
Vem do Rio Grande do Sul o mais recente alento 
para quem luta contra o diabetes tipo 2, que atinge 
15% da população mundial acima de 65 anos.
Depois de 10 anos de estudos, um químico gaú-
cho desenvolveu um novo medicamento para com-
bater a enfermidade. O remédio, que promete re-
volucionar o tratamento da doença, tem como base 
uma substância especial chamada resveratrol, en-
contrada na uva, no suco da fruta e no vinho tinto…
Notícia extraída do jornal Zero Hora, 21 jun. 2009.
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Exercícios
 1. Classifique os testes que você fez noexperimento an-
terior, em Química na escola, em função da trans-
formação ocorrida, como química ou física.
 2. No teste do tubo 1 do experimento anterior, o gelo se 
transformou em água e, no teste do tubo 3, a água 
se transformou em vapor. Nos testes dos tubos 2 e 4, 
também houve o aparecimento de um novo estado de 
agregação. Com base nas observações, comente se o 
surgimento de um novo estado de agregação é indi-
cador preciso de reação química.
 3. Classifique as possíveis transformações, apresentadas 
a seguir, em físicas ou químicas:
a) sobras de alimentos transformados em adubo;
b) garrafas de vidro reutilizadas para acondicionar no-
vos materiais;
c) frascos de vidro reciclados para obtenção de novos 
frascos e garrafas;
d) reciclagem de latas de alumínio; 
e) queima de madeira em uma fogueira.
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
Na verdade, o que as manchetes apresentadas anteriormente revelam é o para-
doxo do desenvolvimento científico e tecnológico, que tanto traz benefícios para a 
sociedade, como também riscos para a própria sobrevivência humana.
Fatos como o listado acima 
têm feito um mal danado à 
reputação da Química, 
quando deveriam apenas 
Um novo remédio contra 
o diabetes
Vem do Rio Grande do Sul o mais recente alento 
para quem luta contra o diabetes tipo 2, que atinge 
15% da população mundial acima de 65 anos.
Depois de 10 anos de estudos, um químico gaú-
cho desenvolveu um novo medicamento para com-
bater a enfermidade. O remédio, que promete re-
volucionar o tratamento da doença, tem como base 
uma substância especial chamada resveratrol, en-
contrada na uva, no suco da fruta e no vinho tinto…
Notícia extraída do jornal Zero Hora, 21 jun. 2009.Zero Hora, 21 jun. 2009.Zero Hora
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 4. Com relação às transformações acima, em qual(is) você 
pode afirmar que houve a formação de novas substân-
cias? Justifique a resposta.
 5. A todo instante estão ocorrendo transformações à nossa 
volta. Dê exemplos de outras reações químicas que você 
identifica no dia a dia, além das citadas na questão 3.
 6. Os efeitos maléficos do lixo podem ser classificados por:
a) agentes físicos: caso do lixo acumulado às margens 
de curso-d’água ou de canais de drenagem e em en-
costas, provocando assoreamentos e deslizamentos;
b) agentes químicos: poluição atmosférica causada 
pela queima de lixo a céu aberto, a poluição do 
solo e a contaminação de lençóis-d’água por subs-
tâncias presentes no lixo.
Com base no conceito de transformação física e quími-
ca, diferencie os agentes físicos dos químicos.
 7. Classifique os processos a seguir em físico e químico e 
justifique.
a) Produção siderúrgica de aço com base no minério 
de ferro.
b) Produção de peças de automóveis com base no aço 
fabricado em metalúrgicas.
 8. A Química está tão presente na vida humana, que é 
difícil imaginar a vida sem ela. Os produtos químicos 
têm inúmeras aplicações, entre as quais se ressalta 
fabricação dos computadores, que constituem a re-
volução dos tempos atuais. Considerando a presen-
ça da Química no cotidiano, julgue os itens a seguir, 
marcando C para os corretos e E para os errados.
1) Apesar dos benefícios que os produtos químicos 
trazem para a indústria, deve-se evitar a ingestão 
de quaisquer deles.
2) Um aquário com muitos peixes deve ter sua água 
borbulhada com ar para repor o oxigênio que os 
peixes consomem. Nesse sistema, ocorrem tanto 
transformações físicas como químicas.
3) Um produto alimentício considerado natural sofre 
somente transformações físicas para ser produzido.
 9. O estudo central da Química baseia-se nas reações 
químicas. Por isso, dizemos que a Química é a Ciência 
que estuda as transformações das substâncias. O gran-
de desafio do químico está em desenvolver métodos 
de obtenção de novas substâncias que possam, entre 
outras coisas, propiciar a fabricação de materiais para 
reduzir o tempo de trabalho das pessoas ou melhorar 
sua qualidade de vida. Com relação às transformações 
das substâncias, julgue os itens marcando C para os 
corretos e E para os errados.
1) A palha de aço úmida, com o passar do tempo, de 
acinzentada torna-se avermelhada, o que indica a 
ocorrência de um fenômeno químico.
2) Uma lata de alumínio, depois de amassada e des-
cartada, enferruja com o passar do tempo, pois 
sofre uma transformação física.
3) O nosso organismo sintetiza, com base em subs-
tâncias contidas nos alimentos ingeridos, milhares 
de outras substâncias que vão fazer a constituição 
das nossas células. Essas transformações são cer-
tamente químicas.
4) O papel é um material reciclável. Devido a algumas 
facilidades desse processo, papelão, papéis de todo 
tipo e de toda cor podem ser reciclados. A mudança 
de cor desses materiais nas etapas de reciclagem é 
uma transformação química.
 10. (UnB-DF) Julgue os itens a seguir, marcando C para os 
corretos e E para os errados.
1. As reações químicas são definidas como processos 
artificiais.
2. As reações químicas em um sistema podem ser 
identificadas pela mudança de propriedades físicas 
desse sistema.
3. A transformação química é caracterizada pela impos-
sibilidade de se obter novamente os materiais iniciais.
 11. O uso da palavra “tecnologia” é cada vez mais comum 
em nosso dia a dia. O que você entende por tecnologia?
 12. Como a Ciência influencia a tecnologia?
 13. Como os computadores mudaram os hábitos das pes-
soas, as relações de trabalho nas empresas, o relacio-
namento humano e as formas de lazer?
 14. Procure lembrar-se de exemplos de descobertas quími-
cas que alteraram os hábitos de vida das pessoas.
 15. O desenvolvimento da Química permitiu um aumento 
da expectativa e da qualidade de vida das pessoas. 
Por que então dois terços da população do planeta 
estão sujeitos a doenças, cujo controle já é de domínio 
da Ciência, moram em residências sem as condições 
mínimas de habitação e não têm acesso à alimenta-
ção mínima exigida pelos padrões de saúde?
 16. Comente sobre os eventos que seriam os responsá-
veis pelos problemas ambientais decorrentes do uso 
da Química.
 17. Procure artigos de revistas ou de jornais que contenham 
informações que ilustrem a presença da Química na 
sociedade e prepare cartazes para montar um mural 
na sala de aula.
 4. 4. Com relação às transformações acima, em qual(is) você 
pode afirmar que houve a formação de novas substân-
cias? Justifique a resposta.
 5. 5. A todo instante estão ocorrendo transformações à nossa 
volta. Dê exemplos de outras reações químicas que você 
identifica no dia a dia, além das citadas na questão 3.
 6. 6. Os efeitos maléficos do lixo podem ser classificados por:
a) agentes físicos: caso do lixo acumulado às margens 
de curso-d’água ou de canais de drenagem e em en-
costas, provocando assoreamentos e deslizamentos;
b) agentes químicos: poluição atmosférica causada 
pela queima de lixo a céu aberto, a poluição do 
solo e a contaminação de lençóis-d’água por subs-
tâncias presentes no lixo.
Com base no conceito de transformação física e quími-
ca, diferencie os agentes físicos dos químicos.
 7. 7. Classifique os processos a seguir em físico e químico e 
justifique.
a) Produção siderúrgica de aço com base no minério 
de ferro.
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3 PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS
A identificação da ocorrência de transformação química se dá pela constatação da 
formação de novas substâncias, que vão apresentar propriedades específicas di-
ferentes das propriedades das substâncias iniciais. Mudanças de cor, formação de pre-
cipitados, liberação de gases, alteração de temperatura, são indícios que os químicos 
utilizam para constatar a ocorrência de reações. Em alguns casos, essas e outras trans-
formações podem ser nítidas como as chamas de uma fogueira. Em outros, pode ser de 
difícil percepção como a chamaincolor do metanol. É comum o químico agir como um 
detetive à procura de provas que confirmem ou contestem suas hipóteses. Os químicos 
criminalísticos representam a junção dessas duas formas de investigação, trabalhando 
com os materiais encontrados pela perícia.
Como verdadeiros detetives, os químicos trabalham nos laboratórios, identificando os 
materiais por meio de suas propriedades. Ao determinar as propriedades, eles podem, por 
exemplo, identificar a composição de alimentos e medicamentos. Conseguem também 
investigar a existência de substâncias tóxicas ou de adulterações.
Na atividade a seguir, você terá a chance de aprender a identificar as propriedades de 
alguns materiais.
AtividadesAtividadesAtividades
Observe os pares de materiais apresentados nas fotos a seguir. Quais são as diferenças? Copie no caderno a tabela a seguir 
e, com base em suas análises, complete-a:
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Objetos de alumínio e de cobre.
Sal e açúcar.
Água e álcool.
Anéis de ouro e de prata.
DIFERENÇA VISUAL ENTRE MATERIAIS
Materiais Diferença
Álcool e água Não há.
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 PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS
identificação da ocorrência de transformação química se dá pela constatação da 
formação de novas substâncias, que vão apresentar propriedades específicas di-
ferentes das propriedades das substâncias iniciais. Mudanças de cor, formação de pre-
cipitados, liberação de gases, alteração de temperatura, são indícios que os químicos 
utilizam para constatar a ocorrência de reações. Em alguns casos, essas e outras trans-
formações podem ser nítidas como as chamas de uma fogueira. Em outros, pode ser de 
difícil percepção como a chama incolor do metanol. É comum o químico agir como um 
detetive à procura de provas que confirmem ou contestem suas hipóteses. Os químicos 
criminalísticos representam a junção dessas duas formas de investigação, trabalhando 
Como verdadeiros detetives, os químicos trabalham nos laboratórios, identificando os 
materiais por meio de suas propriedades. Ao determinar as propriedades, eles podem, por 
exemplo, identificar a composição de alimentos e medicamentos. Conseguem também 
investigar a existência de substâncias tóxicas ou de adulterações.
Na atividade a seguir, você terá a chance de aprender a identificar as propriedades de 
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Apesar de bastante úteis, as propriedades organolépticas nem sempre podem ser apli-
cadas pelo químico, pois muitos materiais são potencialmente tóxicos. 
Por isso, preste atenção:
NUNCA cheire nem coloque na boca materiais de laboratório. Eles podem ser 
tóxicos e prejudiciais à saúde.
Em um laboratório, todo cuidado é pouco. Mesmo substâncias conhecidas, como o 
açúcar, podem estar contaminadas com substâncias tóxicas.
No dia a dia, também devemos tomar muito cuidado com substâncias desconhecidas. 
Como não sabemos se são tóxicas, não devemos tocá-las, cheirá-las ou prová-las.
Nos laboratórios, os químicos utilizam as propriedades químicas ou físicas, e não as 
organolépticas, para identificar as substâncias. 
As propriedades químicas são aquelas relacionadas com as transformações químicas 
das substâncias, ou seja, que são observadas e medidas quando comparadas com outras 
substâncias. Uma substância pode ser, por exemplo:
• combustível – o álcool reage com o oxigênio do ar; a água, não; 
• oxidável – uma barra de ferro oxida em contato com a umidade; muitas frutas oxidam 
ao contato com o ar. Uma joia de ouro praticamente não oxida;
• explosiva – o gás hidrogênio pode explodir; o gás nitrogênio, não;
• corrosiva – ácidos corroem metais; óleos, não;
• efervescente – o mármore libera gás quando em contato com ácido clorídrico, o quartzo não.
Já as propriedades físicas dizem respeito a características inerentes às substâncias, 
ou seja, características particulares que independem de transformação em outra substân-
cia. A densidade, a cor, as temperaturas de fusão e de ebulição e a condutividade térmica 
ou elétrica são alguns exemplos de propriedades físicas. 
Lembramos que nem todas as propriedades permitem a identificação de substâncias. 
Algumas propriedades são comuns a diferentes materiais e, por isso, são denominadas 
propriedades gerais. Por exemplo, massa e volume são duas propriedades intrínsecas 
da matéria e que não diferenciam um material de outro. Em outras palavras, não se pode 
Propriedades químicas e físicas
Os materiais apresentados na tabela da atividade anterior podem ser diferenciados 
por meio de propriedades que percebemos utilizando os sentidos. Assim, podemos dis-
tinguir um anel de ouro de um de prata simplesmente pela cor. Para isso, utilizamos a vi-
são. Podemos distinguir a água do álcool utilizando o olfato. E qualquer criança é capaz 
de diferenciar o açúcar do sal colocando uma pitada de cada um deles na boca, ou seja, 
por meio do paladar. Podemos, ainda, descobrir se um objeto é de alumínio ou de aço 
inox pelo brilho característico deste último.
Essas propriedades percebidas pelos sentidos são chamadas propriedades 
organolépticas.
Os produtos poten-
cialmente perigosos 
trazem, nas embalagens, 
alertas e cuidados que se 
devem ter ao utilizá-los.
Será que sempre poderemos utilizar as propriedades organolépticas para diferenciar os 
materiais? Por quê? Será que podemos utilizar as propriedades organolépticas para separar 
os componentes do lixo? Justifique a sua resposta.
E, no caso de substâncias desconhecidas, como podemos diferenciá-las?
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A efervescência é um 
exemplo de propriedade 
química.
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Apesar de bastante úteis, as propriedades organolépticas nem sempre podem ser apli-
Propriedades químicas e físicas
Os materiais apresentados na tabela da atividade anterior podem ser diferenciados 
por meio de propriedades que percebemos utilizando os sentidos. Assim, podemos dis-
tinguir um anel de ouro de um de prata simplesmente pela cor. Para isso, utilizamos a vi-
são. Podemos distinguir a água do álcool utilizando o olfato. E qualquer criança é capaz 
de diferenciar o açúcar do sal colocando uma pitada de cada um deles na boca, ou seja, 
por meio do paladar. Podemos, ainda, descobrir se um objeto é de alumínio ou de aço 
inox pelo brilho característico deste último.
Essas propriedades percebidas pelos sentidos são chamadas 
organolépticas.
Será que sempre poderemos utilizar as propriedades organolépticas para diferenciar os Será que sempre poderemos utilizar as propriedades organolépticas para diferenciar os 
materiais? Por quê? Será que podemos utilizar as propriedades organolépticas para separar 
os componentes do lixo? Justifique a sua resposta.
E, no caso de substâncias desconhecidas, como podemos diferenciá-las?
PensePensePensePensePensePensePensePense
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identificar um material pela informação de que ele tem massa de 1 quilograma ou o vo-
lume de 1 litro. Esse aspecto não identifica de que material se trata, pois qualquer subs-
tância pode ter essa massa ou esse volume.
Vale lembrar que a uma propriedade (característica) de algo do universo físico que pode 
ser medido chamamos grandeza. Como massa e volume são propriedades que podem ser 
medidas, são chamadas grandezas. A medida de massa, por exemplo, é feita com o auxílio 
de balanças. É o que fazemos, por exemplo, quando subimos em uma balança de farmácia: 
compara-se a quantidade que se tem de matéria em relação a um padrão que equilibra a ba-
lança. O padrão internacional de unidade de massa empregado atualmente é o quilograma (kg).
As propriedades que permitem a identificação de substâncias são chamadas proprie-
dades específicas. Vamos ver mais adiante exemplos de propriedades específicas e como 
elas podem identificar as substâncias.
Densidade
Dê umaolhada nas imagens a seguir. Elas apresentam o que acontece quando colo-
camos cubos de gelo em um copo com água e, em outro, com álcool (etanol). Se você 
quiser, pode repetir em casa, tomando cuidado ao manipular o álcool, que é inflamável.
Por que o gelo se comporta de 
maneira diferente quando mergulha-
do nos diferentes líquidos mostrados 
nas imagens?
O que você imagina que pode 
acontecer se misturarmos em um 
único copo a água e o álcool e de-
pois adicionarmos o gelo?
Pense
Água e gelo. Álcool e gelo.
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Química na escola
Por que os materiais afundam ou flutuam? 
O experimento a seguir pode ser realizado em grupo, na escola ou em casa. Ele serve para que você aprenda a distinguir 
diferentes materiais usando uma propriedade que está relacionada à flutuação de objetos em líquidos.
Materiais
• proveta de 200 mL
• água
• uma pequena peça de material plástico
• xarope de groselha
• um pedaço de metal (prego, parafuso, porca etc.)
• um pedaço de isopor ou cortiça
• óleo de soja
• uma uva (de preferência uva itália)
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Consulte as normas de segurança no 
laboratório, na última página deste livro.
identificar um material pela informação de que ele tem massa de 1 quilograma ou o vo-
lume de 1 litro. Esse aspecto não identifica de que material se trata, pois qualquer subs-
Vale lembrar que a uma propriedade (característica) de algo do universo físico que pode 
. Como massa e volume são propriedades que podem ser 
medidas, são chamadas grandezas. A medida de massa, por exemplo, é feita com o auxílio 
de balanças. É o que fazemos, por exemplo, quando subimos em uma balança de farmácia: 
compara-se a quantidade que se tem de matéria em relação a um padrão que equilibra a ba-
lança. O padrão internacional de unidade de massa empregado atualmente é o quilograma (kg).
As propriedades que permitem a identificação de substâncias são chamadas proprie-
dades específicas. Vamos ver mais adiante exemplos de propriedades específicas e como 
Dê uma olhada nas imagens a seguir. Elas apresentam o que acontece quando colo-
camos cubos de gelo em um copo com água e, em outro, com álcool (etanol). Se você 
quiser, pode repetir em casa, tomando cuidado ao manipular o álcool, que é inflamável.
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1. Em uma proveta (ou em um reci-
piente transparente e comprido), 
coloque xarope de groselha até 
atingir um quarto de altura.
2. Adicione o mesmo volume de 
óleo de soja.
3. Acrescente a seguir, lenta e cui-
dadosamente, o mesmo volume 
de água.
4. Adicione, nessa sequência, os seguintes objetos: um pedaço de metal, uma uva, uma pequena 
peça de material plástico, um pedaço de isopor ou cortiça.
5. Se for possível em sua escola, meça o volume e a massa dos materiais apresentados na ta-
bela a seguir. Lembre-se de que o volume é uma grandeza correspondente ao espaço que a 
matéria ocupa. No caso de sólidos regulares, o volume pode ser calculado a partir da medida 
das dimensões, considerando-se as relações geométricas e que 1 cm3 corresponde a 1 mL. No 
caso de líquidos, utilizam-se instrumentos volumétricos graduados, como uma proveta. Para 
o caso de sólidos irregulares, é possível determinar o volume pelo método de deslocamento 
de volume de um líquido, geralmente água (Veja foto a seguir).
Por que será que mate-
riais diversos flutuam 
de forma diferente?
Muitos sólidos podem ter o volume medido pelo 
deslocamento de líquidos. O volume da pedra 
será igual ao volume de água deslocado, ou seja, à 
diferença entre o volume final e o inicial.
O que acontecerá ao adicio-
narmos o óleo na proveta?
Pense Onde a água vai se posicionar 
em relação ao xarope e ao óleo?
Pense
Onde cada material vai se po-
sicionar em relação aos líquidos?
Pense
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Procedimento
6. Reproduza no caderno, substituindo os valores indicados e completando os demais itens solicitados. Caso você não 
possa obter os dados, utilize o que é fornecido pela tabela a seguir.
DADOS DE MASSA E VOLUME DE DIFERENTES MATERIAIS
Material Massa (m) Volume (V) m – V m + V m · V m/V
Água líquida
10,0 g 10,0 mL z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
29,2 g 30,0 mL z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
48,9 g 50,0 mL z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
Óleo
 9,37g 10,0 mL z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
18,74 g 20,0 mL z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
1 uva 10,58 g 9,3 mL z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
3 uvas 31,2 g 27,5 mL z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
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1. Em uma proveta (ou em um reci-
piente transparente e comprido), 
coloque xarope de groselha até 
atingir um quarto de altura.
2. Adicione o mesmo volume de 
óleo de soja.
4. Adicione, nessa sequência, os seguintes objetos: um pedaço de metal, uma uva, uma pequena 
peça de material plástico, um pedaço de isopor ou cortiça.
5. Se for possível em sua escola, meça o volume e a massa dos materiais apresentados na ta-
bela a seguir. Lembre-se de que o volume é uma grandeza correspondente ao espaço que a 
matéria ocupa. No caso de sólidos regulares, o volume pode ser calculado a partir da medida 
das dimensões, considerando-se as relações geométricas e que 1 cm
caso de líquidos, utilizam-se instrumentos volumétricos graduados, como uma proveta. Para 
O que acontecerá ao adicio-O que acontecerá ao adicio-
narmos o óleo na proveta?
PensePensePensePensePensePensePensePensePensePense Onde a água vai se posicionar Onde a água vai se posicionar 
em relação ao xarope e ao óleo?
PensePensePensePensePensePensePensePensePensePense
Procedimento
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Destino dos resíduos
1. Os resíduos líquidos dessa prática podem ser descartados no sistema de esgoto.
2. O óleo de soja não deve ser descartado na pia. Ele pode ser estocado e utilizado posteriormente na mesma 
prática ou utilizado para fazer sabão.
3. A uva deverá ser descartada em coletor de lixo orgânico. Os demais sólidos (isopor ou cortiça, plástico e metal) devem 
ser lavados com sabão e guardados para uso futuro. 
Análise de dados
1. Desenhe, no caderno, os materiais e a sua disposição na proveta. 
2. Por que os materiais ficaram dispostos da forma observada? 
3. Será que se adicionarmos os materiais em ordem diferente a disposição será outra? Justifique.
4. O que é possível observar nos dados obtidos na tabela construída?
5. Que coluna apresenta dados que não dependem da quantidade de amostra?
Pense Se analisarmos a tabela do experimento, apresentada no 
início desta página, vamos verificar que os valores de massa 
e volume de cada material podem variar em função da quan-
tidade, mas a razão entre esses valores (m/V) será constante. 
Os dados da tabela nos indicam também que podemos ter uma 
mesma massa ou um mesmo volume para diferentes materiais, 
mas a razão entre a massa e o volume será diferente.
Como já vimos, massa e volume são propriedades ge-
rais da matéria, ou seja, são propriedades que qualquer 
material tem em função da quantidade. Já a razão entre a 
massa e o volume de um objeto depende do material do 
qual é feito, ou seja, é uma propriedade específica de cada 
substância, à qual se dá o nome densidade. Por ser uma 
propriedade específica que expressa uma relação de medi-
das, a densidade é considerada uma grandeza.
Dois cilindros de mesmo volume, 
sendo o da esquerda de cobre e 
o da direita de alumínio.
Qual dos dois cilindros tem 
massa maior, o de alumínio 
ou o de cobre? Por quê?
Qual dos dois metais é 
mais denso, o alumínio ou 
o cobre? Por quê?
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Densidade é uma grandeza que expressa quanto há de massa por unidade 
de volume de dado material.
Para calcular a densidade de um material utiliza-se, então, a equação:
d = 
m
V
em que d representa a densidade, m a massa e V o volume.
Qual é a unida de da grandeza den sidade?
Que metal vai ocupar maior volume, 1 kg de alumínio ou 1 kg de chumbo? Por quê?
Pense
Os resíduos líquidosdessa prática podem ser descartados no sistema de esgoto.
O óleo de soja não deve ser descartado na pia. Ele pode ser estocado e utilizado posteriormente na mesma 
A uva deverá ser descartada em coletor de lixo orgânico. Os demais sólidos (isopor ou cortiça, plástico e metal) devem 
Desenhe, no caderno, os materiais e a sua disposição na proveta. 
Por que os materiais ficaram dispostos da forma observada? 
Será que se adicionarmos os materiais em ordem diferente a disposição será outra? Justifique.
O que é possível observar nos dados obtidos na tabela construída?
Que coluna apresenta dados que não dependem da quantidade de amostra?
Se analisarmos a tabela do experimento, apresentada no 
início desta página, vamos verificar que os valores de massa 
e volume de cada material podem variar em função da quan-
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Os densímetros das bom-
bas de álcool combustível 
medem a densidade, de 
modo que o consumidor vai 
identificar se o combustível 
foi adulterado.
Observe que toda grandeza é representada por um número seguido de uma 
unidade de medida (padrão de medida: metro, polegada, milha etc.). O número represen-
ta quantas vezes nossa grandeza é maior que o padrão. No caso da densidade, a unida-
de será sempre uma grandeza de massa (grama ou quilograma) por unidade de volume 
(cm3 ou mL, 1 mL = 1 cm3).
A densidade dos materiais varia de acordo com a composição. Por isso, os químicos 
usam os valores da densidade para determinar a qualidade de alguns produtos que são 
consumidos pela população em geral. 
É o caso do controle de qualidade do leite, um material que contém várias substâncias. 
O leite produzido pelas vacas e utilizado para o consumo humano tem densidade que va-
ria em uma faixa limitada. A adição de água ou de outras substâncias altera a densidade 
do leite. Essa adulteração pode ser identificada pelo uso de um densímetro, equipamento 
específico para medir densidade de líquidos.
A determinação da densidade é empregada também para o controle de qualidade 
do álcool combustível. De acordo com especificações da Agência Nacional de Petróleo 
(ANP), o álcool combustível comercializado nos postos deve apresentar valor de densida-
de entre 0,805 e 0,811 g/cm3, que pode ser verificado por meio de diferentes dispositivos 
transparentes, que se localizam ao lado das bombas de combustível. Em um tipo desses 
dispositivos, encontram-se duas esferas de densidades definidas, posicionadas de manei-
ra diferente dentro do recipiente. Quando se adultera o álcool combustível, a densidade 
é modificada, e as posições das bolas sofrem alterações. Dessa maneira, fica fácil para o 
consumidor observar se o álcool está fora de padrão, já que existem instruções ao lado 
do recipiente sobre a padronização da densidade.
Exercícios
 1. Calcule, com base nos dados da tabela abaixo, a den-
sidade dos seguintes materiais:
MEDIDAS DE MASSA E VOLUME 
DE DIFERENTES MATERIAIS
Material Massa Volume
Xarope de groselha 13,6 g 10,0 mL
Metal (alumínio) 13,19 g 5,0 mL
Cubo de plástico com 1 cm de aresta 2,85 g 3,0 mL
Isopor 6,16 g 423,0 mL
Cortiça 0,97 g 2,0 mL
Esfera de aço de raio igual a 2 cm 75,4 g **
Cubo de alumínio com 2 cm de aresta 21,6 g ***
Os valores apresentados na tabela são referentes às 
amostras específicas. Outras amostras podem apre-
sentar diferentes resultados.
 ** Calcule o volume da esfera (V = 4/3 πr3)
*** Calcule o volume do cubo (V = a3)
 2. Quando jogamos uma pequena e leve pedra num rio, 
ela imediatamente afunda. Entretanto, se jogarmos 
um grande e pesado tronco de árvore em um rio, ele 
flutuará. Como podemos prever a flutuação ou não de 
um material em água?
 3. Sabendo que o ferro possui densidade maior do que a da 
água, como é possível que um barco ou mesmo um gran-
de navio feito de chapas de aço (liga de ferro) flutue?
 4. (FMTM-MG) Considere as substâncias e as respectivas 
densidades à temperatura ambiente:
Substância Densidade (g/mL)
Ácido sulfúrico 1,8410
Tolueno 0,8669
Acetona 0,7899
Há maior massa em um litro de:
a) ácido sulfúrico que em dois litros de tolueno.
b) tolueno que em dois litros de acetona.
c) acetona que em dois litros de tolueno.
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
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Os densímetros das bom-
bas de álcool combustível 
medem a densidade, de 
modo que o consumidor vai 
Observe que toda grandeza é representada por um número seguido de uma 
unidade de medida (padrão de medida: metro, polegada, milha etc.). O número represen-
ta quantas vezes nossa grandeza é maior que o padrão. No caso da densidade, a unida-
de será sempre uma grandeza de massa (grama ou quilograma) por unidade de volume 
(cm3 ou mL, 1 mL = 1 cm3).
A densidade dos materiais varia de acordo com a composição. Por isso, os químicos 
usam os valores da densidade para determinar a qualidade de alguns produtos que são 
consumidos pela população em geral. 
É o caso do controle de qualidade do leite, um material que contém várias substâncias. 
O leite produzido pelas vacas e utilizado para o consumo humano tem densidade que va-
ria em uma faixa limitada. A adição de água ou de outras substâncias altera a densidade 
do leite. Essa adulteração pode ser identificada pelo uso de um densímetro, equipamento 
específico para medir densidade de líquidos.
A determinação da densidade é empregada também para o controle de qualidade 
do álcool combustível. De acordo com especificações da Agência Nacional de Petróleo 
(ANP), o álcool combustível comercializado nos postos deve apresentar valor de densida-
de entre 0,805 e 0,811 g/cm3, que pode ser verificado por meio de diferentes dispositivos 
transparentes, que se localizam ao lado das bombas de combustível. Em um tipo desses 
dispositivos, encontram-se duas esferas de densidades definidas, posicionadas de manei-
ra diferente dentro do recipiente. Quando se adultera o álcool combustível, a densidade 
é modificada, e as posições das bolas sofrem alterações. Dessa maneira, fica fácil para o 
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d) ácido sulfúrico que em três litros de acetona.
e) tolueno que em dois litros de ácido sulfúrico.
 5. Qual é a densidade de uma chapa de aço de 1 m2 de 
área por 1 cm de espessura que pesa 55 kg?
 6. (Unicamp-SP) Três frascos de vidro transparentes, 
fechados, de formas e dimensões iguais, contêm a 
mesma massa de líquidos diferentes. Um contém água; 
o outro, clorofórmio; e o terceiro, etanol. Os três líquidos 
são incolores e não preenchem totalmente os frascos, 
os quais não têm nenhuma identificação. Sem abrir os 
frascos, como você faria para identificar as substâncias? 
A densidade (d) de cada um dos líquidos, à temperatura 
ambiente, é: d(água) = 1,0 g/cm3, d(clorofórmio) = 
= 1,4 g/cm3 e d(etanol) = 0,8 g/cm3.
 7. (UFMG) Um limão foi espremido em um copo contendo 
água e as sementes ficaram no fundo do recipiente. 
A seguir, foi adicionado ao sistema um pouco de açú-
car, que se dissolveu completamente. Em consequên-
cia dessa dissolução do açúcar, as sementes subiram 
e passaram a flutuar. Assinale a alternativa em que se 
explica corretamente a flutuação das sementes após 
a adição do açúcar.
a) A densidade do líquido aumentou.
b) A densidade das sementes diminuiu.
 8. (UnB) Em condições ambientes, a densidade do mer-
cúrio é de aproximadamente 13 g/cm3. A massa desse 
metal, da qual um garimpeiro de Poconé (MT) necessita 
para encher completamente um frasco de meio litro de 
capacidade, é de:
a) 2 500 g.
b) 3 200 g.
c) 4 800 g.
d) 6 500 g.
e) 7 400 g.
 9. (Fuvest-SP)
Material
Densidade (g/cm3) à 
temperatura ambiente
Alumínio 2,7
Bambu 0,31 – 0,40
Carvão 0,57
Osso 1,7 – 1,8
Ao adicionar à água pura, à temperatura ambiente, 
pedaços de cada um desses materiais, observa-se flu-
tuação apenas de:
a) alumínio. 
b) alumínio e osso. 
c) bambu.
d) bambu e carvão.
e) carvão e osso.
 10. (Unicamp-SP) Dois frascos idênticos estão esquematiza-dos abaixo. Um deles contém uma certa massa de água 
(H2O) e o outro, a mesma massa de álcool (CH3CH2OH).
Dado: 
Usando-se uma bolinha de densidade 
adequada, fez-se o experimento ao lado. água álcool
A B J. 
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Qual das substâncias está no frasco A e qual está no 
frasco B? Justifique.
Temperaturas de fusão e de ebulição
Na natureza, encontramos os materiais em diferentes estados de agregação. Vejamos 
alguns exemplos: o oxigênio e o nitrogênio estão presentes em nossa atmosfera na for-
ma de gás; o álcool e a gasolina apresentam-se como líquidos; e os metais, à exceção do 
mercúrio, são sólidos. No entanto, sabemos que um mesmo material pode apresentar-se 
em mais de um estado de agregação. O exemplo mais comum é a água, que pode ser 
encontrada nos três estados de agregação.
O estado de agregação de um material é uma propriedade que depende das condi-
ções de temperatura e pressão em que se encontra. 
Será que vamos conseguir diferenciar os materiais pela forma com a qual se apresentam, ou seja, sólida, líquida ou gasosa?
Pense
 de 
(Unicamp-SP) Três frascos de vidro transparentes, 
fechados, de formas e dimensões iguais, contêm a 
mesma massa de líquidos diferentes. Um contém água; 
o outro, clorofórmio; e o terceiro, etanol. Os três líquidos 
são incolores e não preenchem totalmente os frascos, 
os quais não têm nenhuma identificação. Sem abrir os 
frascos, como você faria para identificar as substâncias? 
A densidade (d) de cada um dos líquidos, à temperatura 
, d(clorofórmio) = 
(UFMG) Um limão foi espremido em um copo contendo 
água e as sementes ficaram no fundo do recipiente. 
A seguir, foi adicionado ao sistema um pouco de açú-
car, que se dissolveu completamente. Em consequên-
cia dessa dissolução do açúcar, as sementes subiram 
e passaram a flutuar. Assinale a alternativa em que se 
explica corretamente a flutuação das sementes após 
d) 6 500 g.
e) 7 400 g.
 9. 9. (Fuvest-SP)
Material
Densidade (g/cm3) à 
temperatura ambiente
Alumínio 2,7
Bambu 0,31 – 0,40
Carvão 0,57
Osso 1,7 – 1,8
Ao adicionar à água pura, à temperatura ambiente, 
pedaços de cada um desses materiais, observa-se flu-
tuação apenas de:
a) alumínio. 
b) alumínio e osso. 
c) bambu.
d) bambu e carvão.
e) carvão e osso.
 10. 10. (Unicamp-SP) Dois frascos idênticos estão esquematiza-
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SÓLIDO LÍQUIDO GASOSO
fusão
solidificação
vaporização
sublimação
sublimação
liquefação
O esquema acima resume as seguintes definições: 
Fusão é a passagem de um material do estado sólido para o líquido.
Solidificação é o contrário da fusão, é a passagem do estado líquido para o sólido.
Vaporização é a passagem do estado líquido para o gasoso.
Liquefação é a passagem de um gás para o estado líquido.
Quando a passagem do estado gasoso para o líquido ocorre a partir do vapor, ela 
é chamada de condensação.
Sublimação é a passagem do estado sólido diretamente para o estado gasoso, ou 
vice-versa.
Evaporação e ebulição são conceitos parecidos. Ambos se referem à passagem do es-
tado líquido para o estado gasoso. Mas existe uma diferença fundamental. A ebulição 
ocorre quando a substância atinge a temperatura de mudança de estado. É o que acon-
tece com a água quando atinge os 100 °C. Já a evaporação ocorre em temperaturas in-
feriores. A água de um lago, por exemplo, está em constante processo de evaporação, 
mesmo a uma temperatura de 30 °C.
Existe também uma diferença entre vapor e gás, embora os dois estejam no estado 
gasoso. O estado gasoso é um estado de agregação da matéria em que os constituintes 
estão muito afastados, com baixa interação entre si. Uma substância no estado gasoso 
pode passar para o estado líquido (liquefação) pelo abaixamento de temperatura ou pelo 
aumento da pressão, como ocorre com o gás liquefeito de petróleo – GLP –, que se en-
contra a uma alta pressão. Dados experimentais demonstram que para cada substância 
Um sólido, quando aquecido, ao atingir determinada temperatura, começa a se fundir, 
tornando-se líquido. Esse líquido, continuando sob aquecimento, chegará a uma tempera-
tura em que se inicia a vaporização, ou seja, a passagem do estado líquido para o gasoso.
Alguns materiais ou substâncias podem passar diretamente do estado sólido para o 
gasoso e vice-versa. No esquema a seguir, apresentamos as possíveis mudanças de estado 
dos materiais e os respectivos nomes.
Fo
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SÓLIDO LÍQUIDO
fusão
sublimação
Um sólido, quando aquecido, ao atingir determinada temperatura, começa a se fundir, 
tornando-se líquido. Esse líquido, continuando sob aquecimento, chegará a uma tempera-
tura em que se inicia a vaporização, ou seja, a passagem do estado líquido para o gasoso.
Alguns materiais ou substâncias podem passar diretamente do estado sólido para o 
gasoso e vice-versa. No esquema a seguir, apresentamos as possíveis mudanças de estado 
dos materiais e os respectivos nomes.
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Montagem para medida da temperatura durante o aquecimento 
de uma amostra de água.
existe a temperatura crítica acima da qual ela somente pode retornar ao estado líquido 
com o abaixamento de temperatura, ou seja, variações na pressão não provocam a mu-
dança para o estado líquido. Nesse caso temos um gás. Abaixo da temperatura crítica, a 
substância pode facilmente mudar para o estado líquido, pelo resfriamento ou por sim-
ples compressão; temos, então, um vapor.
VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DURANTE 
O AQUECIMENTO DA ÁGUA DESTILADA
Tempo Temperatura
Estado de 
agregação*
0 min –4 °C sólido
1 min –4 °C sólido
2 min –3 °C sólido
3 min –1 °C sólido
4 min 0 °C sól. e líquido
5 min 0 °C sól. e líquido
6 min 0 °C sól. e líquido
7 min 0 °C sól. e líquido
8 min 1 °C líquido
9 min 6 °C líquido
10 min 9 °C líquido
11 min 14 °C líquido
12 min 21 °C líquido
13 min 30 °C líquido
14 min 42 °C líquido
15 min 53 °C líquido
16 min 63 °C líquido
17 min 73 °C líquido
18 min 82 °C líquido
19 min 88 °C líquido 
20 min 92 °C líquido
21 min 95 °C líquido
22 min 95 °C líquido
23 min 95,5 °C líquido e vapor
24 min 95,5 °C líquido e vapor
25 min 95,5 °C líquido e vapor
26 min 95,5 °C líquido e vapor
27 min 97 °C vapor
28 min 100 °C vapor
29 min 102 °C vapor
30 min 103 °C vapor
31 min 105 °C vapor
* Estado de agregação de maior predominância no sistema.
No caso do vapor, a mudança do estado gasoso para 
o líquido (condensação) se dá facilmente; já a mudança de 
estado de um gás (liquefação) vai exigir uma temperatura 
muito baixa. Assim, em temperatura ambiente, temos gás 
oxigênio e vapor de água. Ambos estão no estado gasoso. 
No entanto, o oxigênio que você respira vai deixar de ser 
gás no ambiente, pois isso somente pode ocorrer a uma 
temperatura de –218 °C, enquanto o vapor de água pode 
se condensar se encontrar uma parede fria no caminho.
Vejamos agora como varia a temperatura de um ma-
terial quando muda de estado de agregação. Essa obser-
vação pode ser feita experimentalmente na escola. Não 
havendo condições de realizá-la, analise os resultados que 
poderiam ser encontrados e que apresentamos a seguir.
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existe a temperatura crítica acima da qual ela somente pode retornar ao estado líquido 
com o abaixamento de temperatura, ou seja, variações na pressão não provocam a mu-
dança para o estado líquido. Nesse caso temos um gás. Abaixo da temperatura crítica, a 
substância pode facilmente mudar para o estado líquido, pelo resfriamento ou por sim-
VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DURANTE 
O AQUECIMENTO DA ÁGUA DESTILADA
Tempo Temperatura
Estado de 
agregação*
0 min –4 °C sólido
1 min –4 °C sólido
2 min –3 °C sólido
3 min –1 °C sólido
4 min 0 °C sól. e líquido
5 min 0 °C sól. e líquido
6 min 0 °C sól. e líquido
7 min 0 °C sól. e líquido
8 min 1 °C líquido
C
A
P
ÍTU
LO
1
2
3
4
5
6
7
8
Em um primeiro experimento, aqueceram-se pedaços de gelo picado de água destilada; 
a tabela mostraos dados obtidos.
Em um segundo experimento, aqueceu-se uma solução preparada a partir da dissolu-
ção de 10 g de cloreto de sódio (sal de cozinha) dissolvido em 100 mL de água. Os valo-
res de temperatura foram lidos de 1 em 1 minuto e são apresentados na tabela a seguir.
VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DURANTE O AQUECIMENTO DE 100 ML 
DE SOLUÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO (NACL) 100 G/L
Tempo Temperatura Estado de agregação* Tempo Temperatura Estado de agregação*
0 min –5,5 °C sólido 12 min 69,0 °C líquido
1 min –2,0 °C sólido e líquido 13 min 76,0 °C líquido
2 min –1,5 °C sólido e líquido 14 min 80,0 °C líquido
3 min –1,0 °C sólido e líquido 15 min 84,0 °C líquido
4 min 7,0 °C líquido 16 min 88,0 °C líquido
5 min 18,0 °C líquido 17 min 91,0 °C líquido
6 min 27,5 °C líquido 18 min 93,0 °C líquido
7 min 35,0 °C líquido 19 min 94,5 °C líquido
8 min 42,0 °C líquido 20 min 95,5 °C líquido
9 min 49,5 °C líquido 21 min 97,0 °C líquido e vapor
10 min 56,0 °C líquido 22 min 98,0 °C líquido e vapor
11 min 64,0 °C líquido 23 min 98,0 °C líquido e vapor
* Estado de agregação de maior predominância no sistema.
AtividadesAtividadesAtividades
1. Desenhe, em uma folha de papel milimetrado, gráficos da variação da temperatura em função do tempo para os dois 
experimentos (aquecimento da água destilada e aquecimento da solução de cloreto de sódio). Utilize os dados da ta-
bela ou os dados que você obteve no laboratório, caso tenha realizado a experiência. 
2. Desenhe, em uma folha de papel milimetrado, um gráfico da variação da temperatura em função do tempo, durante o 
aquecimento da solução de cloreto de sódio. Empregue os dados da tabela anterior ou os seus dados, caso você tenha 
feito o experimento.
Com base nos dados obtidos nos experimentos, responda às questões a seguir.
 a) Em que faixas de temperatura a água destilada encontra-se em cada estado de agregação?
 b) Em que estado de agregação a água vai estar quando exposta a uma temperatura de –50 °C?
 c) Como a temperatura varia durante a mudança de estado no caso da água destilada?
 d) Analise os gráficos do aquecimento da água destilada e da solução de cloreto de sódio e compare-os, comentando 
as diferenças entre as curvas (gráficos) obtidas.
A temperatura na qual uma substância muda do estado sólido para o líquido ou do líquido 
para o sólido é denominada temperatura de fusão. A temperatura na qual uma substância 
muda do estado líquido para o gasoso e vice-versa é denominada temperatura de ebulição.
As temperaturas de fusão e de ebulição são determinadas experimentalmente por meio 
de curvas de aquecimento ou de resfriamento. Quando temos uma única substância, como 
no caso da água destilada, o gráfico de variação da temperatura apresenta um aumento 
gradual constante. Depois de determinado patamar, apesar de o sistema continuar em 
aquecimento, a temperatura não varia. Esse patamar existe tanto na fusão como na ebuli-
ção e ocorre, respectivamente, quando se atingem as temperaturas de fusão e de ebulição. 
30
Em um primeiro experimento, aqueceram-se pedaços de gelo picado de água destilada; 
a tabela mostra os dados obtidos.
Em um segundo experimento, aqueceu-se uma solução preparada a partir da dissolu-
ção de 10 g de cloreto de sódio (sal de cozinha) dissolvido em 100 mL de água. Os valo-
res de temperatura foram lidos de 1 em 1 minuto e são apresentados na tabela a seguir.
VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DURANTE O AQUECIMENTO DE 100 ML 
DE SOLUÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO (NACL) 100 G/L
Tempo Temperatura Estado de agregação*
0 min –5,5 °C sólido
1 min –2,0 °C sólido e líquido
2 min –1,5 °C sólido e líquido
3 min –1,0 °C sólido e líquido
4 min 7,0 °C líquido
5 min 18,0 °C líquido
6 min 27,5 °C líquido
7 min 35,0 °C líquido
8 min 42,0 °C líquido
9 min 49,5 °C líquido
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CI
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Curva de aquecimento da água
Curva de resfriamento da água
Ao nível do mar, a água pura entra em ebulição a 100 °C e congela a 0 ºC. Essas trans-
formações podem ser observadas pela curva do gráfico a seguir:
Temperatura (°C)
Tempo (min)
t
e
 = 100 °C
t
f
 = 0 °C gelo
água
vapor-d’água
gelo + água
água + vapor
Gelo sendo 
aquecido.
Temperatura 
crescente.
Água sendo 
aquecida.
Temperatura 
crescente.
Vapor sendo 
aquecido.
Temperatura 
crescente.Fusão.
Temperatura 
constante.
Ebulição.
Temperatura 
constante.
Início da 
fusão (0 °C)
Início da 
ebulição (100 °C)
Fim da 
ebulição (100 °C)
Fim da 
fusão (0 °C)
Na curva do gráfico anterior, observa-se que os dois patamares (trechos da curva em 
horizontal) correspondem aos períodos em que ocorrem a fusão e a ebulição, nos quais 
a temperatura do sistema permanece constante. No primeiro patamar ocorre a fusão do 
gelo em uma temperatura constante de 0 °C, chamada temperatura de fusão do gelo. 
Somente após todo o material passar do estado sólido para o líquido haverá aumento 
da temperatura do sistema. Assim, o segundo patamar indica a ebulição da água a uma 
temperatura constante de 100 °C, chamada temperatura de ebulição da água.
No caso do resfriamento da água, a curva do gráfico vai apresentar o inverso do aquecimento.
Temperatura (°C)
Tempo (min)
t
e
 = 100 °C
t
f
 = 0 °C
gelo
água
vapor-d’água
gelo + água
água + vapor
Líquido resfriando.
Vapor resfriando.
Fusão.
Condensação.
Gelo resfriando.
J. 
Yu
ji
J. 
Yu
ji
Ao nível do mar, a água pura entra em ebulição a 100 °C e congela a 0 ºC. Essas trans-
formações podem ser observadas pela curva do gráfico a seguir:
Tempo (min)
água
vapor-d’água
água + vapor
Água sendo 
aquecida.
Temperatura 
crescente.
Vapor sendo 
aquecido.aquecido.
Temperatura 
crescente.
Ebulição.
Temperatura Temperatura 
constante.
Início da 
ebulição (100 °C)
Fim da 
ebulição (100 °C)
Fim da 
fusão (0 °C)
J. 
Yu
ji
C
A
P
ÍTU
LO
1
2
3
4
5
6
7
8
31
Quando temos mais de uma substância, como no caso da mistura água e sal, verifica-
-se uma alteração nas curvas dos gráficos de aquecimento ou de resfriamento. A tempe-
ratura passa a apresentar pequenas alterações nas faixas de fusão e de ebulição. Nesse 
caso, a curva não apresenta patamar de temperatura constante característico, pois, em 
vez disso, há variação de temperatura durante a mudança de estado, como se pode ob-
servar na curva do gráfico a seguir.
01_G38_1Q_AJS
Curva de aquecimento de água com sal
Temperatura (°C)
Tempo (min)
faixa de ebulição
faixa de fusão
sólido
líquido
ebulição
vapor
TEMPERATURA DE FUSÃO E DE EBULIÇÃO DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS
Substância Temperatura de fusão Temperatura de ebulição
Água 0 °C 100 °C
Cloreto de sódio 804 °C 1 400 °C
Cloro –101,6 °C –34,5 °C
Clorofórmio –63,0 °C 61,74 °C
Hidróxido de sódio 318,4 °C 1 390 °C
Nitrogênio –209,86 °C –195,8 °C
Oxigênio –218,4 °C –183,0 °C
Naftaleno 80,55 °C 218,0 °C
Em resumo: as temperaturas de fusão e de ebulição das substâncias permanecem 
cons tantes enquanto ocorre a mudança de estado. Já em sistemas que contêm 
materiais, ocorrem variações de temperaturas durante a fusão e a ebulição.
A tabela abaixo apresenta os valores das temperaturas de fusão e de ebulição de algumas 
substâncias. Essas propriedades são características das substâncias? Por quê?
A tabela abaixo apresenta os valores das temperaturas de fusão e de ebulição de algumas 
Pense
M
ar
ce
lo
 S
pa
ta
fo
ra
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m
ag
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s
32
Enquanto a água funde 
a 0 °C, o ferro funde a 
1 538 °C.
J. 
Yu
ji
Quando temos mais de uma substância, como no caso da mistura água e sal, verifica-
-se uma alteração nas curvas dos gráficos de aquecimento ou de resfriamento. A tempe-
ratura passa a apresentar pequenas alterações nas faixas de fusão e de ebulição. Nesse 
caso, a curva não apresenta patamar de temperatura constante característico, pois, em 
vez disso, há variação de temperatura durante a mudança de estado, como se pode ob-
servar na curva do gráfico a seguir.
Curva de aquecimento de água com sal
Temperatura (°C)
faixa de ebulição
faixa de fusão
sólido
TR
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O
RM
AÇ
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Curva de aquecimento de uma mistura azeotrópica
A
le
xa
nd
re
 B
ue
no
A
le
xa
nd
re
 B
ue
no
Mistura eutética, como uma liga de bronze (mistura dos metais cobre e estanho), apre-
senta uma curva de aquecimento semelhante à ilustrada no Gráfico 1. Como apresenta 
baixa temperatura de fusão, o bronze é bastante utilizado em diversos processos side-
rúrgicos. Nesse tipo de mistura, durante o processo de fusão a temperatura permanece 
constante (T1), enquanto a temperatura de ebulição varia em uma faixa que vai de T2 a T3.
Na mistura azeotrópica, o comportamento da curva é semelhante e o patamar em 
que a temperatura fica constante é o da temperatura de ebulição, enquanto a fusão vai 
ocorrer durante uma faixa de temperatura (veja Gráfico 2). Como exemplos de misturas 
azeotrópicas, temos a mistura de acetona e clorofórmio e a mistura de etanol e benzeno.
Como se observa, as temperaturas de fusão e de ebulição variam de substância para 
substância. Para determinar a temperatura de ebulição, um fator externo importantíssimo 
deve ser considerado: a pressão atmosférica. A água é o melhor exemplo dessa situação. 
Ao nível do mar ela entra em ebulição a 100 °C. O mesmo não acontece quando estamos 
a uma altitude elevada, pois a pressão atmosférica é menor. À medida que a altitude au-
menta, a temperatura de ebulição da água diminui, pois a pressão atmosférica também 
vai diminuindo. Isso ocorre porque, para um líquido entrar em ebulição, a pressão de va-
por das bolhas formadas no processo de aquecimento deve ser maior ou igual à pressão 
atmosférica externa. E o inverso também vai ocorrer: quando a pressão atmosférica for 
maior, a temperatura de ebulição do líquido também será maior.
Pressão atmosférica é definida como a pressão exercida, por 
causa da massa de ar da atmosfera, sob determinada área. É a 
força, por unidade de área, exercida pelo ar contra uma superfí-
cie. Medida por meio de instrumentos denominados barômetros, 
está relacionada com as condições ambientais, como radiação 
solar, temperatura, altitude e latitude.
Um exemplo prático da variação da temperatura de ebulição 
com a pressão é a panela de pressão. Nesse caso, como o siste-
ma é fechado, a pressão interna aumenta com o aquecimento, 
o que eleva a temperatura de ebulição da água. Por estarem a 
uma temperatura maior do que se estivessem em uma panela 
comum, os alimentos são cozidos mais rapidamente.
Curva de aquecimento de uma mistura eutética
Gráfico 1 Gráfico 2
˚ ˚
Existem misturas com características especiais, pois se comportam como se fossem 
uma única substância durante a fusão/solidificação ou durante a ebulição/condensação. 
No primeiro caso, são chamadas misturas eutéticas, que fundem/solidificam a uma tem-
peratura constante. No segundo caso, temos as misturas azeotrópicas, que fervem/con-
densam a uma temperatura constante. 
Ja
ce
k/
Ki
no
Na panela de pressão a 
água ferve a uma tempe-
ratura superior a 100 °C 
por conta do aumento 
da pressão.
Curva de aquecimento de uma mistura azeotrópica
A
le
xa
nd
re
 B
ue
no
Mistura eutética, como uma liga de bronze (mistura dos metais cobre e estanho), apre-
senta uma curva de aquecimento semelhante à ilustrada no Gráfico 1. Como apresenta 
Gráfico 2
˚̊
Existem misturas com características especiais, pois se comportam como se fossem 
uma única substância durante a fusão/solidificação ou durante a ebulição/condensação. 
No primeiro caso, são chamadas misturas eutéticas, que fundem/solidificam a uma tem-
peratura constante. No segundo caso, temos as misturas azeotrópicas, que fervem/con-
C
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Exercícios
 1. Quais são as temperaturas de fusão e de ebulição da 
água destilada apresentadas na tabela da página 
29 – “Variação da temperatura durante o aqueci-
mento da água destilada”?
 2. Como será a variação de temperatura durante a fusão 
ou a ebulição de materiais que contêm duas ou mais 
substâncias das apresentadas na tabela da página 32?
 3. Com base na curva de aquecimento, tente explicar por 
que em leiteiras com sistema de banho-maria (aquelas 
que assobiam quando aquecidas) o leite não derrama.
 4. Sabendo-se que a temperatura de ebulição da água 
destilada é 100 °C, explique que motivo justificaria o 
fato de o valor apresentado na tabela “Variação da 
temperatura durante o aquecimento da água destila-
da” (página 29) ser diferente.
 5. A temperatura de ebulição do isoctano à pressão de 
1 atmosfera é 99 °C e a temperatura de fusão é –107 °C. 
À mesma pressão, indique o estado de agregação do 
isoctano quando estiver nas seguintes temperaturas:
a) –125 °C. c) 25 °C. e) 99 °C.
b) –25 °C. d) 125 °C.
 6. (Unicamp-SP) Evidências experimentais mostram que 
somos capazes, em média, de segurar por um certo 
tempo um frasco que esteja a uma temperatura de 
60 °C, sem nos queimarmos. Suponha a situação em 
que dois béqueres contendo cada um deles um líqui-
do diferente (X e Y) tenham sido colocados sobre uma 
chapa elétrica de aquecimento, que está à temperatura 
de 100 °C. A temperatura normal de ebulição do lí-
quido X é 50 °C e a do líquido Y é 120 °C. Após certo 
tempo de contato com essa chapa, qual dos frascos 
poderá ser tocado com a mão sem que se corra o risco 
de sofrer queimaduras? Justifique a resposta.
 7. (UFV-MG) O gráfico abaixo representa a variação de 
temperatura observada ao se aquecer uma substân-
cia A durante cerca de 80 minutos.
 2 4 6 8 10
50
40
30
20
10
0
Tempo (min)
Te
m
p
er
at
ur
a 
(°
C
)
a) Qual é a faixa de temperatura em que a substância A 
permanece sólida?
b) Qual é faixa de temperatura em que a substância A 
permanece líquida?
c) Qual é a temperatura de ebulição da substância A? 
 8. Analise o gráfico a seguir, correspondente à curva de 
aquecimento de um material, na qual estão repre-
sentadas diferentes fases (s = sólido, l = líquido e 
v = vapor) e julgue os itens seguintes, marcando C 
para os corretos e E para os errados.
T2
T1
Tempo (min)
Te
m
p
er
at
ur
a 
(°
C
)
l + v
s + l
s
l
v
1) T2 corresponde à temperatura de ebulição.
2) Se, no estado líquido, essa porção de matéria fosse 
resfriada, se solidificaria à temperatura T1.
3) A temperatura referente ao patamar l + v será ele-
vada com o aumento da pressão atmosférica.
4) Segundo o gráfico, essa porção de matéria é cons-
tituída por uma mistura de três substâncias.
 9. (UFRN) Considere a seguinte tabela, cujos dados fo-
ram obtidos à pressão de 1 atmosfera. Quantas 
dessas substâncias são líquidas a 25 °C e à pressão 
de 1 atmosfera?
Substância
Temperatura de 
fusão (°C) 
Temperatura de 
ebulição (°C)
Etano –171 –93
Propano –190 –45
Butano –135 0,6
Pentano –131 36
a) Nenhuma.
b) 1.
c) 2.
d) 3.
e) Todas.
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
J. 
Yu
ji
J. 
Yu
ji
34
ExercíciosExercícios
 1. 1. Quais são as temperaturas de fusão e de ebulição da 
água destilada apresentadas na tabela da página 
29 – “Variação da temperatura durante o aqueci-
mento da água destilada”?
 2. 2. Como será a variação de temperatura durante a fusão 
ou a ebulição de materiais que contêm duas ou mais 
substâncias das apresentadas na tabela da página 32?
 3. 3. Com base na curva de aquecimento, tente explicar por 
que em leiteiras com sistema de banho-maria (aquelas 
que assobiam quando aquecidas) o leite não derrama.
 4. 4. Sabendo-se que a temperatura de ebulição da água 
destilada é 100 °C, explique que motivo justificaria o 
fato de o valor apresentado na tabela “Variação da 
temperatura durante o aquecimento da água destila-
da” (página 29) ser diferente.
 5. 5. A temperatura de ebulição do isoctano à pressão de 
1 atmosfera é 99 °C e a temperatura de fusão é –107 °C. 
 8. 8. 
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 10. (Ufes) Uma mistura eutética é definida como aquela que 
funde à temperatura constante. O gráfico que melhor 
representao comportamento dessa mistura até sua 
completa vaporização é:
a) 
b) 
c)
d)
e)
t(min)
s
L
T(K)
t(min)
s
L
T(K)
t(min)
s
L
T(K)
t(min)
s
L
T(K)
t(min)
s
L
T(K)
Solubilidade
Para discutir essas questões, vamos realizar uma atividade relacionada a essa propriedade.
Materiais
• suporte para tubos
• tubos de ensaio (podem ser substituídos por copinhos 
descartáveis transparentes ou pequenos frascos de vi-
dro transparentes)
• 3 béqueres de 50 mL
• bastão de vidro
• isopor
• água
• açúcar refinado
• sal
• talco
• enxofre (pode ser encontrado em farmácias 
de manipulação)
• sulfato de cobre penta-hidratado 
[CuSO4 · 5H2O] (pode ser comprado 
como produto para tratamento de piscina)
• solvente para remover esmalte
• espátula pequena (ou tampa 
de caneta com ponta 
comprida)
Química na escola
Que material é mais solúvel?
Realize esse experimento em grupo para verificar como alguns materiais se comportam quando colocados em água ou 
em outros líquidos. Se na escola não houver os materiais, cada aluno pode consegui-los em casa. Esse experimento pode 
ser realizado em sala de aula.
Quando uma onda “arrebenta” na praia, a água salgada mistura-se com a areia. Aos poucos, a areia separa-se da 
água que continuará salgada. Se a areia se separa da água, por que o sal não?
Será que essa diferença de comportamento entre o sal e a areia, na presença de água, permite a diferenciação 
das substâncias?
Pense
Consulte as normas de segurança no 
laboratório, na última página deste livro.
(Ufes) Uma mistura eutética é definida como aquela que 
funde à temperatura constante. O gráfico que melhor 
representa o comportamento dessa mistura até sua 
c)
d)
e)
t(min)
s
LL
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L
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Quando uma onda “arrebenta” na praia, a água salgada mistura-se com a areia. Aos poucos, a areia separa-se da 
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4. Reproduza a tabela a seguir no caderno e anote o resultado da dissolução na coluna do açúcar, linha da água. Se 
todo o açúcar se dissolveu, registre como resultado: solúvel; se não se dissolveu, registre: pouco solúvel ou insolúvel.
SOLUBILIDADE DE DIFERENTES SUBSTÂNCIAS
Solvente
Soluto
Açúcar Sal Talco Enxofre Sulfato de cobre Isopor
Água z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z 
Solvente para remover esmalte z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z z
5. Repita os procedimentos de 1 a 4 com os demais sólidos e anote na tabela.
6. Repita os procedimentos de 1 a 5, substituindo a água pelo solvente para remover esmalte e tam-
bém anote na tabela.
Parte B
1. Coloque em um béquer de 50 mL aproximadamente 20 mL de água gelada. Em outro béquer, coloque 20 mL de água 
à temperatura ambiente. Em um terceiro béquer, coloque 20 mL de água em ebulição. 
2. Adicione um pouco de sulfato de cobre, agite com o bastão de vidro. Observe e registre o resultado obser-
vado. Guarde essas soluções para a atividade prática da página 168.
Destino dos resíduos
1. As soluções aquosas de açúcar, sal e talco podem ser descartadas no sistema de esgoto. 
2. A solução de água e enxofre deve ser filtrada para o reaproveitamento do enxofre e o líquido pode ser descartado na pia. 
3. A solução aquosa de sulfato de cobre, das partes A e B, deve ser acondicionada em embalagem compatível, limpa e 
à prova de vazamento, para ser reutilizada em outras atividades práticas. 
4. As soluções preparadas com solvente de removedor de esmalte, em pequenas quantidades e misturadas à água, po-
dem ser drenadas pela pia com um volume de água de lavagem dez vezes superior. 
Quando adicionamos um sólido a um lí-
quido e ele se dissolve totalmente, di-
zemos que esse sólido é solúvel no 
líquido em questão. Observe que, depen-
dendo da quantidade de sólido adicio-
nado, parte deste ficará depositada no 
fundo. Se apenas uma pequena quanti-
dade do sólido adicionado se dissolver, 
dizemos que ele é pouco solúvel, se uma 
grande quantidade do material se dis-
solver, dizemos que ele é muito solúvel.
Quando adicionamos um 
sólido a um líquido e ele 
não se dissolve, dizemos 
que esse sólido é insolú-
vel no líquido em questão.
He
ly
 D
em
ut
ti
He
ly
 D
em
ut
ti
Procedimento
Parte A
1. Coloque em um tubo de ensaio aproximadamente 5 mL de água.
2. Com a espátula, adicione ao tubo com água uma pequena quantidade de açúcar.
3. Agite e observe se dissolveu.
36
4. Reproduza a tabela a seguir no caderno e anote o resultado da dissolução na coluna do açúcar, linha da água. Se 
Quando adicionamos um sólido a um lí-
quido e ele se dissolve totalmente, di-
zemos que esse sólido é solúvel no 
líquido em questão. Observe que, depen-
dendo da quantidade de sólido adicio-
nado, parte deste ficará depositada no 
fundo. Se apenas uma pequena quanti-
dade do sólido adicionado se dissolver, 
dizemos que ele é pouco solúvel, se uma 
grande quantidade do material se dis-
solver, dizemos que ele é muito solúvel.
He
ly
 D
em
ut
ti
Procedimento
Parte A
1. Coloque em um tubo de ensaio aproximadamente 5 mL de água.
2. Com a espátula, adicione ao tubo com água uma pequena quantidade de açúcar.
3. Agite e observe se dissolveu.
Procedimento
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Análise de dados
O sólido dissolvido é chamado soluto. O líquido que o dissolve é o solvente. Os dois compõem um material chamado 
solução. A quantidade de soluto que uma quantidade de solvente pode dissolver é limitada. Se for adicionado soluto 
além dessa capacidade, mesmo após agitação, parte do soluto deposita-se no fundo do recipiente e recebe a denomi-
nação precipitado.
No primeiro experimento da página 14, o material identificado como solução de hidróxido de sódio (NaOH) corres-
ponde ao hidróxido de sódio dissolvido em água. As soluções cujo solvente é a água são chamadas soluções aquosas.
Agora, com o auxílio da tabela da Parte A, responda às questões seguintes:
1. Quais solutos se dissolveram melhor em água?
2. Quais solutos se dissolveram menos em água?
3. Que solvente solubilizou melhor o isopor?
4. Em qual solvente você observou que o sulfato de cobre se dissolve melhor?
5. Na Parte B, a que temperatura o sulfato de cobre se dissolveu melhor?
6. Como você pode diferenciar as substâncias pelos dados da tabela anterior?
7. O que você pode concluir sobre a dissolução de um material em diferentes solventes?
Análise de dados
A solubilidade é uma importante propriedade das substâncias. No experimento anterior, 
foi possível observar que a solubilidade de um material é uma característica que depen-
de também do solvente. Assim, uma substância pode ser solúvel em um solvente e não 
solúvel em outro, ou seja, uma substância tem solubilidade diferente em cada solvente. 
Enquanto o sal é solúvel em água, ele é praticamente insolúvel em acetona ou acetato de 
etila (solvente usado para remover esmalte). Da mesma forma, um mesmo solvente dis-
solve substâncias distintas de maneira diferente. Enquanto a água dissolve com facilidade 
o sal, ela não dissolve o talco.
Normalmente, a solubilidade das substâncias é expressa em gramas por litros, mas 
também pode ser expressa em gramas por 100 mL ou 100 g de solvente. A tabela a 
seguir representa os valores de solubilidade a 20 °C de algumas substâncias em água e 
álcool (etanol).
Quando preparamos uma limonada, observamos que o açúcar não se dissolve com fa-
cilidade na água gelada. Observamos também que, ao preparar café, o açúcar se dissolve 
melhor se a água estiver quente.
SOLUBILIDADE DE DIFERENTES SUBSTÂNCIAS
Substâncias
Solubilidade em 100 mL
Água Álcool
Açúcar 179 g insolúvel
Cloreto de sódio 35,9 g insolúvel
Bicarbonato de amônio (presente no sal amoníaco) 25 g insolúvel
Fenolftaleína 0,018 g 20,9 g
Iodo 0,029 g 20,5 g
Ácido ascórbico (presente no comprimido de vitamina C) 33,3 g ~3 g
O sólido dissolvido é chamado soluto. O líquido que o dissolve é o solvente. Os dois compõem um material chamado 
. A quantidade de soluto que umaquantidade de solvente pode dissolver é limitada. Se for adicionado soluto 
além dessa capacidade, mesmo após agitação, parte do soluto deposita-se no fundo do recipiente e recebe a denomi-
No primeiro experimento da página 14, o material identificado como solução de hidróxido de sódio (NaOH) corres-
ponde ao hidróxido de sódio dissolvido em água. As soluções cujo solvente é a água são chamadas soluções aquosas.
Agora, com o auxílio da tabela da Parte A, responda às questões seguintes:
Em qual solvente você observou que o sulfato de cobre se dissolve melhor?
Na Parte B, a que temperatura o sulfato de cobre se dissolveu melhor?
Como você pode diferenciar as substâncias pelos dados da tabela anterior?
O que você pode concluir sobre a dissolução de um material em diferentes solventes?
A solubilidade é uma importante propriedade das substâncias. No experimento anterior, 
foi possível observar que a solubilidade de um material é uma característica que depen-
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A solubilidade de um ma-
terial em determinado solven-
te depende da temperatura 
em que o sistema se encontra. 
O gráfico anterior apresenta 
a variação de solubilidade de 
algumas substâncias em gra-
mas por 100 g de água, a dife-
rentes valores de temperatura.
De modo geral, a solubili-
dade das substâncias aumen-
ta com o aumento da tempe-
ratura. Porém, há casos em 
que isso não ocorre, como o 
do sulfato de sódio: a partir 
de determinada temperatu-
ra, a solubilidade dele diminui 
em vez de aumentar.
Solubilidade é a quantidade máxima de uma substância que se dissolve em 
100 g de um solvente específico à determinada temperatura.
A quantidade de um material que conseguimos dissolver em determinada quantidade 
de solvente específico é também uma propriedade que pode servir para diferenciá-lo de 
outros materiais que nos rodeiam. Essa propriedade é chamada solubilidade.
A solubilidade é muito utilizada pelos químicos na separação das substâncias que cons-
tituem os materiais. Um exemplo da utilização dessa propriedade no cotidiano é o proces-
so de preparação do café, em que a água dissolve uma série de substâncias presentes no 
pó e que são solúveis a quente, conferindo sabor característico à bebida. Processo seme-
lhante é empregado na extração de substâncias contidas em plantas utilizadas em chás.
4 IDENTIFICAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS
A s propriedades que você determinou nos experimentos anteriores auxiliam na ca-
racterização de substâncias. Como você constatou, substâncias diferentes possuem 
densidades, temperaturas de ebulição, temperaturas de fusão e solubilidades diferentes.
Sendo tais propriedades características das substâncias, elas foram denominadas proprie-
dades físicas específicas. Existem mais de trinta propriedades específicas, mas o químico uti-
liza com mais frequência a densidade, as temperaturas de ebulição e de fusão e a solubilidade.
Propriedades químicas também são muito utilizadas para identificar substâncias. 
Podemos diferenciar uma amostra de água de outra de álcool verificando qual delas se 
queima. Podemos identificar os gases hidrogênio, oxigênio e dióxido de carbono pelo 
Solubilidade de diferentes substâncias em função da temperatura
 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
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Temperatura (°C)
Coefi ciente de solubilidade (g/100 g de H2O)
Brometo 
de 
potássio
Clorato 
de 
potássio
Sulfato 
de 
sódio
Oxalato 
de 
cálcio
Analisando o gráfico abaixo, o que você pode concluir sobre a dissolução de uma substância em um mesmo solvente a di-
ferentes temperaturas? Que substâncias apresentadas no gráfico diminuem a solubilidade com o aumento de temperatura?
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Solubilidade de diferentes substâncias em função da temperatura
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Coefi ciente de solubilidade (g/100 g de H2O)
Analisando o gráfico abaixo, o que você pode concluir sobre a dissolução de uma substância em um mesmo solvente a di-Analisando o gráfico abaixo, o que você pode concluir sobre a dissolução de uma substância em um mesmo solvente a di-
ferentes temperaturas? Que substâncias apresentadas no gráfico diminuem a solubilidade com o aumento de temperatura?
Analisando o gráfico abaixo, o que você pode concluir sobre a dissolução de uma substância em um mesmo solvente a di-
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comportamento diante do fogo: enquanto o hidrogênio explode, o oxigênio aviva uma 
chama e o dióxido de carbono a apaga. A identificação de amido em alimentos pode ser 
feita adicionando-se iodo: se houver amido, obtém-se um forte azul-escuro. Os ácidos 
podem ser distinguidos pelo uso de diferentes indicadores ácido-base. Várias análises 
clínicas e patológicas fornecem informações sobre o funcionamento do organismo por 
meio de reações químicas características de certas substâncias nele presentes.
Se as substâncias são identificadas pelas propriedades específicas, isso significa que a 
identificação de uma transformação química pode ser feita pela constatação da mudança 
de propriedades de um sistema reacional. A constatação de mudanças de propriedades 
do sistema indica que houve formação de nova(s) substância(s).
Em alguns materiais, as propriedades físicas são constantes; em outros, não. Enquanto a 
temperatura de ebulição da água destilada é constante, no processo de ebulição da solução 
de água e sal é possível notar variação nos valores. Essa diferença de comportamento se 
deve à presença de outras substâncias que alteram o comportamento previsto para a subs-
tância. Somente têm propriedades específicas definidas os materiais puros, ou seja, formados 
por um mesmo tipo de constituinte. Esses materiais puros são denominados substâncias.
Os materiais em que as propriedades específicas variam não são puros, ou seja, são for-
mados por mais de um tipo de matéria. Esses materiais que não são puros são constituídos 
por mais de uma substância e, por isso, são geralmente denominados materiais. 
Veja na tabela a seguir as propriedades específicas de algumas substâncias.
PROPRIEDADES ESPECÍFICAS DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS
Substância Fórmula química Densidade
Temperatura 
de fusão
Temperatura 
de ebulição
Acetato de metila C3H6O2 0,93 g/cm3 –98 °C 57 °C
Propanona (acetona) C3H6O 0,79 g/cm3 –95 °C 57 °C
Metanol CH4O 0,79 g/cm3 –98 °C 64,7 °C
Etanol C2H6O 0,79 g/cm3 –117 °C 78,3 °C
O mineral pirita é 
conhecido como “ouro 
de tolo”, por seu brilho 
amarelo característico. 
Mas diferenciá-lo do 
ouro não é difícil: a pirita 
contém sulfeto de ferro, 
que reage com ácido 
clorídrico. Basta pingar 
umas gotas do ácido e 
observar se ocorre reação.
Analise os dados da tabela anterior e responda: as propriedades específicas das substâncias são iguais? 
Justifique a resposta. Que propriedade específica pode ser utilizada para diferenciar as quatro substâncias?
Utilize os dados da tabela anterior e empregue as propriedades específicas das substâncias, diferenciando o metanol do etanol.
Analise os dados da tabela anterior e responda: as propriedades específicas das substâncias são iguais? 
Pense
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Como se pode constatar pela tabela anterior, a caracterização de uma substância não 
pode ser feita por apenas uma propriedade específica. Ela depende da avaliação de um 
conjunto de propriedades específicas.
Por meio de várias propriedades, o químico pode identificar, por exemplo, a presença de 
substâncias poluentes. Análises químicas, feitas em amostras de adubos orgânicos produzidos 
em usinas de compostagem de lixo, já detectaram até mesmo a presença elevada de metais pe-
sados, que são altamente tóxicos e podem contaminar o solo e os lençóis de água subterrâneos.
Portanto, ao utilizar os conhecimentos e as técnicas da Química, é possível identificar subs-
tâncias que causam problemas ambientais. É com base nessa identificação que seestabelecem 
leis como as do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Uma dessas leis institui que 
baterias industriais constituídas de chumbo, cádmio e seus compostos, destinados a teleco-
municações, usinas elétricas, sistemas ininterruptos de fornecimento de energia, alarme, segu-
rança, movimentação de cargas ou pessoas, partida de motores diesel e uso geral industrial, 
após seu esgotamento energético, deverão ser entregues pelo usuário ao fabricante ou ao 
comportamento diante do fogo: enquanto o hidrogênio explode, o oxigênio aviva uma 
chama e o dióxido de carbono a apaga. A identificação de amido em alimentos pode ser 
feita adicionando-se iodo: se houver amido, obtém-se um forte azul-escuro. Os ácidos 
podem ser distinguidos pelo uso de diferentes indicadores ácido-base. Várias análises 
clínicas e patológicas fornecem informações sobre o funcionamento do organismo por 
meio de reações químicas características de certas substâncias nele presentes.
Se as substâncias são identificadas pelas propriedades específicas, isso significa que a 
identificação de uma transformação química pode ser feita pela constatação da mudança 
de propriedades de um sistema reacional. A constatação de mudanças de propriedades 
do sistema indica que houve formação de nova(s) substância(s).
Em alguns materiais, as propriedades físicas são constantes; em outros, não. Enquanto a 
temperatura de ebulição da água destilada é constante, no processo de ebulição da solução 
de água e sal é possível notar variação nos valores. Essa diferença de comportamento se 
deve à presença de outras substâncias que alteram o comportamento previsto para a subs-
tância. Somente têm propriedades específicas definidas os materiais puros, ou seja, formados 
por um mesmo tipo de constituinte. Esses materiais puros são denominados substâncias.
Os materiais em que as propriedades específicas variam não são puros, ou seja, são for-
mados por mais de um tipo de matéria. Esses materiais que não são puros são constituídos 
por mais de uma substância e, por isso, são geralmente denominados materiais. 
Veja na tabela a seguir as propriedades específicas de algumas substâncias.
PROPRIEDADES ESPECÍFICAS DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS
O mineral pirita é 
conhecido como “ouro 
de tolo”, por seu brilho 
amarelo característico. 
Mas diferenciá-lo do 
ouro não é difícil: a pirita 
contém sulfeto de ferro, 
que reage com ácido 
clorídrico. Basta pingar 
umas gotas do ácido e 
observar se ocorre reação.
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importador ou ao distribuidor da bateria, as recolher e dar destino às pilhas depois de usadas. 
Os legisladores puderam criar essa lei com base no momento em que os químicos identificaram 
os efeitos ambientais provocados pela quantidade de metal pesado existente em tais baterias.
Além das baterias, diversos outros materiais contêm substâncias tóxicas e deveriam tam-
bém ter um destino adequado. Acompanhe a seguir.
MATERIAIS DOMÉSTICOS CUJO DESCARTE É POTENCIALMENTE PERIGOSO
Tipo Produtos
Material para pintura • tinta • pigmentos • solventes • vernizes
Produtos para jardinagem e animais • pesticidas • repelentes • inseticidas • herbicidas
Produtos para automóveis • baterias • fluidos de freio e transmissão • óleos lubrificantes
Outros itens • pilhas • frascos de aerossóis em geral • lâmpadas fluorescentes
Enfim, o estudo das propriedades dos materiais têm nos dado várias respostas sobre o 
quanto temos de fazer para que o consumo de nossa sociedade não altere de forma drás-
tica as características de nosso planeta.
Exercícios
 1. Sabe-se hoje que as distribuidoras de combustíveis mis-
turam à gasolina uma quantidade de aproximadamente 
20% em volume de álcool para melhorar a qualidade 
dela. Identifique nessa mistura o solvente e o soluto.
 2. Em um medicamento encontramos a expressão: “pró-
polis em solução alcoólica”. O que ela significa? 
 3. A solubilidade identifica o soluto ou o solvente? Justi-
fique a resposta.
 4. Para preparar o cafezinho, utilizamos água fervente. 
Será que se usarmos água fria o café terá o mesmo 
sabor? Justifique a resposta.
 5. Por que é necessário especificar o valor da temperatura 
na determinação da solubilidade?
 6. Como podemos identificar dois líquidos diferentes usan-
do um sólido conhecido?
 7. Sabendo que a solubilidade do cloreto de sódio a 20 °C 
é de 36,0 g em 100 g de água, o que aconteceria se 
adicionássemos 80 g desse sal a 200 g de água man-
tendo a mesma temperatura?
 8. O refrigerante é uma solução que tem como solvente a 
água e um dos solutos é o gás carbônico (CO2). Compa-
rando o que acontece quando abrimos uma garrafa de 
refrigerante à temperatura ambiente e quando abrimos 
uma garrafa que estava na geladeira, explique como 
varia a solubilidade desse gás em relação à temperatura.
 9. (UnB-DF) Examine a tabela seguinte, com dados sobre a 
solubilidade da sacarose (C12H22O11), do sulfato de sódio 
(Na2SO4) e do clorato de potássio (KClO3) em água a 
duas temperaturas diferentes e julgue os itens seguintes, 
marcando C para os corretos e E para os errados.
SUBSTÂNCIA
SOLUBILIDADE EM ÁGUA (g/L)
40 °C 60 °C
C12H22O11 2 381 2 873
Na2SO4 488 453
KClO3 12 22
1) A solubilidade de uma substância em determinado 
solvente independe da temperatura.
2) A dada temperatura, a quantidade-limite de um 
soluto que se dissolve em determinado volume de 
solvente é conhecida como solubilidade.
3) Nem todas as substâncias são mais solúveis a quente.
 10. (Fuvest-SP) Quatro tubos contêm 20 mL (mililitros) 
de água cada um. Coloca-se nesses tubos dicromato 
de potássio (K2Cr2O7) nas seguintes quantidades:
Massa de Tubo A Tubo B Tubo C Tubo D
K2Cr2O7 1,0 3,0 5,0 7,0
A solubilidade do sal, a 20 °C, é igual a 12,5 g por 100 mL 
de água. Após agitação, em quais dos tubos coexistem, 
nessa temperatura, solução saturada e fase sólida?
a) Em nenhum. d) Apenas em B, C e D.
b) Apenas em D. e) Em todos.
c) Apenas em C e D.
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
Fonte: D’ALMEIDA, M. L. O. (Coord.) Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. 2. ed. São Paulo: IPT/Cempre, 2000.
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importador ou ao distribuidor da bateria, as recolher e dar destino às pilhas depois de usadas. 
Os legisladores puderam criar essa lei com base no momento em que os químicos identificaram 
os efeitos ambientais provocados pela quantidade de metal pesado existente em tais baterias.
Além das baterias, diversos outros materiais contêm substâncias tóxicas e deveriam tam-
bém ter um destino adequado. Acompanhe a seguir.
MATERIAIS DOMÉSTICOS CUJO DESCARTE É POTENCIALMENTE PERIGOSO
Tipo
Material para pintura • tinta • pigmentos 
Produtos para jardinagem e animais • pesticidas • repelentes 
Produtos para automóveis • baterias • fluidos de freio e transmissão 
Outros itens • pilhas • frascos de aerossóis em geral 
Enfim, o estudo das propriedades dos materiais têm nos dado várias respostas sobre o 
quanto temos de fazer para que o consumo de nossa sociedade não altere de forma drás-
tica as características de nosso planeta.
ExercíciosExercícios
 1. 1. Sabe-se hoje que as distribuidoras de combustíveis mis-
turam à gasolina uma quantidade de aproximadamente 
Fonte: D’ALMEIDA, M. L. O. (Coord.) Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. 2. ed. São Paulo: IPT/Cempre, 2000.
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 11. O que são propriedades específicas? Dê exemplos.
 12. Em um laboratório, um estudante encontrou sobre a ban-
cada dois frascos contendo substâncias incolores, aparen-
temente iguais. Como ele poderia identificar as substân-
cias? Ele poderia utilizar as propriedades organolépticas?
 13. Defina propriedades químicas e propriedades físicas.
 14. Dê exemplos de substâncias ou materiaisque você pode 
identificar por meio de propriedades químicas (procu-
re outros exemplos, além dos apresentados no texto). 
Indique as propriedades utilizadas para cada exemplo.
 15. Dê um conceito para substância.
 16. Redija um parágrafo para justificar ou não o descarte 
de baterias de celular no lixo doméstico.
 17. (Mack-SP) Certas propagandas recomendam determina-
dos produtos, destacando que são saudáveis por serem 
naturais, isentos de QUÍMICA. Um aluno atento percebe 
que essa afirmação é:
a) verdadeira, pois o produto é dito natural porque 
não é formado por substâncias.
b) falsa, pois as substâncias são sempre benéficas.
c) verdadeira, pois a Química só estuda materiais 
artificiais.
d) enganosa, pois confunde o leitor, levando-o a crer 
que “química” significa não saudável, artificial.
e) verdadeira, somente se o produto oferecido não 
contiver água.
 18. (Fuvest-SP) Quais das propriedades abaixo são as mais 
indicadas para verificar se é pura certa amostra sólida 
de uma substância conhecida?
a) Cor e densidade. c) Temperatura e densidade.
b) Cor e dureza. d) Cor e temperatura de fusão.
Transformações químicas
 b A Química é uma ciência que estuda as substâncias e as transformações. Desse modo, essa ciência pode colaborar 
com a proteção do ambiente e para a melhoria da qualidade de vida.
 b As transformações químicas, ou reações químicas, são processos em que há formação de novas substâncias, evi-
denciada por mudanças de cor, odor, textura ou temperatura, pela formação de um precipitado ou de um gás.
 b Nas reações químicas, as substâncias iniciais são denominadas reagentes e as substâncias finais, denominadas produtos.
 b São consideradas transformações físicas os processos nos quais não há formação de novas substâncias.
Química, tecnologia e sociedade
 b A Química começou a se desenvolver fundamentada nas técnicas primitivas de domínio do fogo. É possível 
considerar que a tecnologia nasceu quando o ser humano descobriu que podia fazer ferramentas com base em 
diferentes materiais. 
 b A Ciência, a tecnologia e a sociedade têm caminhado na busca de soluções de grandes problemas, mas as trans-
formações geradas também têm provocado consequências ao equilíbrio no planeta.
Propriedades das substâncias
 b Propriedades físicas são aquelas propriedades das substâncias ou materiais que podem ser medidas sem alterar a 
identidade de seu constituinte.
 b Propriedades químicas são propriedades das substâncias ou materiais relacionadas com a interação com outras 
substâncias e que mudam a identidade de seus constituintes.
 b Densidade é uma grandeza que expressa a relação entre massa e volume de dado material.
 b Temperatura de fusão é a temperatura na qual a substância muda de estado de sólido para líquido, ou vice-versa.
 b Temperatura de ebulição é a temperatura na qual a substância muda de estado líquido para gás, ou vice-versa.
 b Solubilidade é a quantidade de um soluto que pode ser dissolvida em um solvente e depende de suas caracterís-
ticas, do solvente e da temperatura do sistema.
 b As substâncias podem ser identificadas por propriedades específicas, tais como temperatura de fusão e ebulição, 
que são bem definidas.
 b Os materiais não apresentam propriedades específicas bem definidas.
Em um laboratório, um estudante encontrou sobre a ban-
cada dois frascos contendo substâncias incolores, aparen-
temente iguais. Como ele poderia identificar as substân-
cias? Ele poderia utilizar as propriedades organolépticas?
Dê exemplos de substâncias ou materiais que você pode 
identificar por meio de propriedades químicas (procu-
re outros exemplos, além dos apresentados no texto). 
Indique as propriedades utilizadas para cada exemplo.
Redija um parágrafo para justificar ou não o descarte 
(Mack-SP) Certas propagandas recomendam determina-
dos produtos, destacando que são saudáveis por serem 
naturais, isentos de QUÍMICA. Um aluno atento percebe 
que essa afirmação é:
a) verdadeira, pois o produto é dito natural porque 
não é formado por substâncias.
b) falsa, pois as substâncias são sempre benéficas.
c) verdadeira, pois a Química só estuda materiais 
artificiais.
d) enganosa, pois confunde o leitor, levando-o a crer 
que “química” significa não saudável, artificial.
e) verdadeira, somente se o produto oferecido não 
contiver água.
 18. 18. (Fuvest-SP) Quais das propriedades abaixo são as mais 
indicadas para verificar se é pura certa amostra sólida 
de uma substância conhecida?
a) Cor e densidade. c) Temperatura e densidade.
b) Cor e dureza. d) Cor e temperatura de fusão.
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Fonte: Consumo sustentável : manual de Educação. Brasília: Consumers International/MMA/MEC, 2005.
Tempo de vida médio do brasileiro é de aproximadamente 73 anos (IBGE, 2009).
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Tema em foco
Como isolamos substâncias contidas em materiais?
Como reutilizar e reciclar materiais?
MATERIAIS E PROCESSOS
DE SEPARAÇÃO
REUTILIZAR E RECICLAR: 
RETORNANDO O MATERIAL AO CICLO ÚTIL
Quando o problema é o lixo, uma questão é ponto-chave! O tempo necessário para que os materiais se decom-
ponham quando são descartados no ambiente. De modo geral, analisando a composição química dos resíduos do 
lixo da nossa sociedade, esse tempo é relativamente demasiado. Então, o que fazer?
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O MATERIAL E O TEMPO GASTO PARA A DECOMPOSIÇÃO
3 a 6 meses de 6 meses a um ano mais de 5 anos mais de 13 anos mais de 20 anos
mais de 100 anos mais de 200 anos mais de 400 anos mais de 1 000 anos indeterminado
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Como isolamos substâncias contidas em materiais?
Como reutilizar e reciclar materiais?
MATERIAIS E PROCESSOS
DE SEPARAÇÃO
REUTILIZAR E RECICLAR: 
RETORNANDO O MATERIAL AO CICLO ÚTIL
Quando o problema é o lixo, uma questão é ponto-chave! O tempo necessário para que os materiais se decom-
ponham quando são descartados no ambiente. De modo geral, analisando a composição química dos resíduos do 
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Capítulo 2
O lixo da sociedade atual é cheio de materiais cuja decomposição é muito lenta. Resta, então, encontrar alterna-
tivas que minimizem esse efeito e as consequências para o ambiente.
Um caminho para a solução desse problema é apontado pelo Princípio dos Três Erres (3 Rs) – Reduzir, Reutilizar 
e Reciclar.
ALTERNATIVA PARA O LIXO = 3 Rs
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REDUZIR AO 
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PRODUÇÃO DE 
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TUDO QUE 
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A RECICLAGEM
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Esses princípios são alicerçados em um novo conceito sobre o que vem a ser lixo. Em geral, entende-se por lixo 
restos de tudo aquilo que fazemos, no dia a dia, e que consideramos inútil, indesejável ou descartável. Ocorre que 
boa parte do lixo, na verdade, não é lixo, pois muitos materiais que estão no lixo são materiais que ainda poderiam 
ser utilizados ou reciclados e estão, ali, no local inadequado.
Assim, um dos objetivos do gerenciamento dos refugos urbanos é a REUTILIZAÇÃO de alguns produtos descartáveis. 
Frascos de vidro que foram usados para acondicionar produtos alimentícios podem ser reaproveitados na própria 
cozinha, ou servir de potes para guardar miudezas. Um sapato furado, uma roupa que ficou larga ou o rádio que 
quebrou também não precisariam ser descartados: toda cidade tem pessoas especializadas 
no reparo desses objetos. Pneus velhos de carros podem ser reutilizados de várias formas: 
recauchutados, ganham nova vida útil; recortados, podem virar sola de sapatos e outros 
artefatos; triturados, podem ser utilizados parafabricar tapetes ou misturados ao asfalto 
para pavimentação de estradas.
É claro que o reaproveitamento nem sempre é viável. Existem materiais que, se reapro-
veitados, podem oferecer riscos à saúde. Frascos de produtos de limpeza ou de agrotóxi-
cos, por exemplo, devem ser descartados. Basta usar o bom senso e seguir a orientação 
do fabricante, assim temos que nos preocupar se a reutilização do material é devidamente 
higiênica e respeitar as características dos materiais.
Outra opção para a diminuição do refugo urbano é RECICLAR. O material 
pode ser aproveitado como matéria-prima na produção de novos bens. Com 
isso, economizam-se energia e matéria-prima original. A reciclagem consiste 
na recuperação de materiais, modificando-os em suas propriedades físi-
cas e químicas em processos de obtenção de novos materiais. Muitos 
desses processos são conduzidos por meio da fusão dos materiais 
com posterior solidificação em um processo de moldagem para 
obtenção de novos objetos, como na reciclagem de metais, 
plásticos e vidros. Nesses processos, são adicionados outros 
materiais para conferir novas propriedades aos novos ma-
teriais que se deseja. Outros processos são caracterizados 
pelo desenvolvimento de reações químicas, como a reci-
clagem de papéis.
cos, por exemplo, devem ser descartados. Basta usar o bom senso e seguir a orientação 
do fabricante, assim temos que nos preocupar se a reutilização do material é devidamente 
Outra opção para a diminuição do refugo urbano é RECICLAR. O material 
pode ser aproveitado como matéria-prima na produção de novos bens. Com 
isso, economizam-se energia e matéria-prima original. A reciclagem consiste 
na recuperação de materiais, modificando-os em suas propriedades físi-
cas e químicas em processos de obtenção de novos materiais. Muitos 
desses processos são conduzidos por meio da fusão dos materiais 
com posterior solidificação em um processo de moldagem para 
He
ly
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em
ut
ti
O uso de canecas é uma 
prática ambientalmente 
correta, pois evita o con-
sumo desnecessário de 
copos descartáveis.
O lixo da sociedade atual é cheio de materiais cuja decomposição é muito lenta. Resta, então, encontrar alterna-
tivas que minimizem esse efeito e as consequências para o ambiente.
Um caminho para a solução desse problema é apontado pelo Princípio dos Três Erres (3 Rs) – Reduzir, Reutilizar 
ALTERNATIVA PARA O LIXO = 3 Rs
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di
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REUTILIZAR
TUDO QUE 
FOR POSSÍVEL
FACILITAR 
A RECICLAGEM
Esses princípios são alicerçados em um novo conceito sobre o que vem a ser lixo. Em geral, entende-se por lixo 
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INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE MATERIAIS QUE PODEM SER RECICLADOS
Material
Matéria-
-prima
Processos de produção
Processos de 
reciclagem
Vantagens da reciclagem
Papel
Madeira 
(80% do 
papel do 
Brasil é 
produzido 
a partir da 
madeira).
Cultivo da madeira 
(eucalipto e pínus).
Tratamento por processos 
químicos e mecânicos 
para a obtenção da pasta 
de celulose.
Fabricação de papel.
Catação.
Moagem 
(pasta de 
celulose).
Fabricação 
do papel.
Redução de lixo (o papel demora no mínimo três 
meses para se biodegradar; jornais e revistas ficam 
intactos por décadas).
Economia de recursos naturais, como matéria-prima, 
energia, água (reciclar uma tonelada de papel poupa 
22 árvores, consome 71% menos de energia elétrica 
e polui o ar 74% menos do que fabricá-lo).
Plástico
Petróleo ou 
gás natural, 
ou carvão 
mineral.
Extração do petróleo.
Refinação do petróleo, 
obtendo a nafta por 
destilação fracionada.
Craqueamento da 
nafta, que consiste 
na decomposição em 
substâncias menores.
Transformação de 
substâncias por meio da 
polimerização.
Moldagem.
Catação de 
plásticos no 
lixo.
Fusão do 
plástico.
Filtragem das 
impurezas.
Modelagem.
Redução do volume de lixo (o saco plástico demora 
quarenta anos para desaparecer, e as garrafas de 
plástico, cem anos).
Economia de energia (1 kg de plástico equivale a 1 L 
de petróleo em energia).
Economia de petróleo (uma tonelada reciclada 
economiza 130 kg de petróleo).
Menor preço dos artefatos produzidos.
Melhoria no processo de decomposição da matéria 
orgânica nos aterros sanitários.
Obtenção de outros produtos, como calça jeans, 
carpetes, mangueiras, cordas, sacos e para-choques.
Vidro
Areia.
Barrilha.
Óxido de 
sódio.
Calcário.
Feldspato.
Extração da areia.
Mistura das demais 
matérias-primas.
Fusão.
Conformação ou 
moldura.
Recozimento.
Acabamento.
Coleta 
seletiva.
Limpeza.
Prensamento 
e enfarda-
mento.
Fusão.
Recozimento.
Acabamento.
Diminui o volume de lixo nos aterros (uma garrafa 
de vidro leva 5 mil anos para decompor).
Aproveitamento de 100% do material.
Para cada tonelada de vidro reciclado, gastam-se 
70% menos do que na fabricação.
Diminui o processo de extração de areia em 
rios, o qual devasta matas, provoca erosões e 
assoreamento de rios.
Para cada tonelada de vidro reciclado, economiza-se 
1,2 tonelada de matéria-prima.
Metal
Minérios 
que contêm 
o metal 
combinado 
com outros 
elementos 
químicos.
Carvão.
Extração do minério.
Britagem, moagem e 
classificação.
Transformação do 
minério para o estado 
metálico, reagindo com 
carvão em altos-fornos.
Fusão do metal.
Conformação do metal.
Seleção de 
sucatas no 
lixo.
Fusão.
Conformação.
Economia de energia gasta na redução de minérios 
(no caso do alumínio, o consumo de energia é vinte 
vezes menor e, no caso do ferro, 3,7 – para uma 
lata de refrigerante reciclada, a economia de energia 
equivale a uma televisão ligada por três horas).
Economia na extração, transporte e instalação de 
siderúrgicas.
O quadro a seguir apresenta informações básicas para a compreensão da importância da reciclagem.
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE MATERIAIS QUE PODEM SER RECICLADOS
Material
Matéria-
-prima
Processos de produção
Processos de 
reciclagem
Papel
Madeira 
(80% do 
papel do 
Brasil é 
produzido 
a partir da 
madeira).
Cultivo da madeira 
(eucalipto e pínus).
Tratamento por processos 
químicos e mecânicos 
para a obtenção da pasta 
de celulose.
Fabricação de papel.
Catação.
Moagem 
(pasta de 
celulose).
Fabricação 
do papel.
Petróleo ou 
Extração do petróleo.
Refinação do petróleo, 
obtendo a nafta por 
destilação fracionada.
Craqueamento da 
nafta, que consiste 
Catação de 
plásticos no 
lixo.
O quadro a seguir apresenta informações básicas para a compreensão da importância da reciclagem.
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Um bom e conhecido exemplo de reciclagem é o do alumínio. O impacto ambiental de sua reciclagem equivale 
a 10% do impacto causado pela produção com base no minério, matéria-prima original. Por isso, seu sucesso. No 
processo de extração do alumínio do minério, consome-se grande quantidade de energia para se obter um nível de 
pureza desejado. Medem-se, assim, os benefícios da reciclagem, considerando os diferentes impactos ambientais 
que vão da produção até a reciclagem. 
A reciclagem resulta de inúmeras atividades, como coleta, separação e processamento. Os materiais que antes 
achávamos descartáveis podem tornar-se matéria-prima na manufatura de bens, evitando a utilização de matéria 
virgem. Mas antes se deve analisar se a recuperação do resíduo é viável técnica e economicamente. Por exemplo, na 
atualidade existem poucas empresas especializadas na reciclagem de isopor; por isso, esse material acaba virando 
lixo. O fato de o material ser potencialmente reciclável não quer dizer que a reciclagem vai ocorrer. Nesse sentido, 
um ponto fundamental é evitar o consumo de materiais que tenham pouca possibilidade de ser reciclado. Abolir o 
uso de isopor em trabalhos escolares é uma importante medida ambiental, a menos que seja para reutilizar isopor 
de embalagens.
Devemos ainda tomar cuidado em campanhas de materiais recicláveis que induzem ao consumo de materiais 
“sem o sentimento de culpa”. Lembre-se: mesmo o processo de reciclagem consome energia e quanto maior 
for o consumo do material, maiorserá a quantidade de matéria-prima a ser consumida. Esse é o problema de 
campanhas de coleta de garrafas PET e de latas de refrigerante: o resultado sempre contribui para o aumento 
desnecessário do consumo. Ao participar dessas campanhas ou de oficinas de material de sucata, lembre-se de 
que o foco deve ser a coleta de materiais que já foram descartados. Comprar materiais para reaproveitar as em-
balagens não é uma medida ambientalmente sustentável.
Fonte: <www.cempre.org.br>. Dados de 2005.
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Apenas 11% dos resíduos urbanos são reciclados no Brasil.
PERCENTUAL DO MATERIAL QUE É RECICLADO
Material Matéria-prima Material Matéria-prima
resíduos orgânicos 
domésticos
1,5%
embalagens de vidro 
45%
plástico
20%
resina plástica PET 
(polietileno tereftálico)
47%
óleo lubrificante
22%
papelão ondulado
77% (volume total)
papel
37%
latas de alumínio
92,2%
latas de alumínio
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PERCENTUAL DO MATERIAL QUE É RECICLADO
Material Matéria-prima
embalagens de vidro 
45%
resina plástica PET 
(polietileno tereftálico)
47%
papelão ondulado
77% (volume total)
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Destino dos resíduos não reutilizáveis ou recicláveis
Todo material que não puder ser reutilizado nem reciclado deverá ter um destino adequado. No presente ca-
pítulo, vamos tratar do que fazer com os resíduos sólidos da atividade humana, que são chamados lixo. Como já 
vimos, antes de tudo devemos pensar em formas de reduzir a produção dos resíduos, depois do reaproveitamen-
to ou da reciclagem. O destino dos resíduos que sobram vai depender muito da natureza dos materiais, por isso 
o lixo recebe classificações que são muito úteis em termos de planejamento de disposição final. Veja a classifica-
ção na tabela a seguir.
CLASSIFICAÇÃO DO LIXO
Critério Classificação Características/observações Exemplos
Natureza 
física
Seco Material seco: se separado adequadamen-
te, poderá ser isolado com facilidade para 
reciclagem.
Papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, 
vidros, madeiras, cerâmicas, guardanapos e 
toalhas de papel, pontas de cigarro, isopor, 
lâmpadas, parafina, porcelana, espumas, cortiças.
Úmido Material úmido: o contato direto com o 
lixo seco leva muitos dos materiais a não 
serem reaproveitados.
Pó de café, chá, cabelos, sobras de alimentos, 
cascas e bagaços de frutas, verduras, ovos e 
legumes, alimentos deteriorados, ossos, podas de 
jardim.
Origem 
em 
relação 
a seres 
vivos
Orgânico Materiais originados de organismos vivos. Restos de comida, cascas e bagaços de frutas, 
verduras, ovos e legumes, alimentos estragados.
Inorgânico Materiais de produtos manufaturados. Plásticos, vidros, borrachas, tecidos, metais, 
alumínio, isopor, lâmpadas, velas, parafina, 
cerâmicas, porcelana, espumas, cimento.
Origem 
em 
relação à 
atividade 
humana
Domiciliar Originado da vida diária das residências, 
podendo conter alguns resíduos tóxicos.
Produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, 
embalagens em geral, papel higiênico, fraldas 
descartáveis, sobras de alimentos, pilhas.
Comercial Originado dos diversos estabelecimentos 
comerciais e de serviços, como 
supermercados, estabelecimentos 
bancários, lojas, bares, restaurantes etc.
Papéis, plásticos, embalagens diversas e resíduos 
de asseio dos funcionários e usuários, tais como 
toalhas de papel, guardanapos, papel higiênico.
Setor público 
e de serviços 
de saúde
Originado dos serviços de limpeza urbana, 
incluindo todos os resíduos de varrição 
das vias públicas, limpeza de praias, 
galerias, córregos, sobras de podas de 
plantas, limpeza de feiras livres etc.
Restos de vegetais diversos, embalagens.
Hospitalar Descartado por hospitais, farmácias, clínicas 
veterinárias: merece cuidado especial 
no acondicionamento, manipulação e 
disposição final, devendo ser incinerado e os 
resíduos levados para aterro sanitário.
Algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, 
luvas, curativos, sangue coagulado, meios de 
cultura e animais utilizados em testes, resina 
sintética, filmes fotográficos de raios X.
Portos, 
aeroportos, 
terminais 
rodoviários e 
ferroviários
Constituem resíduos sépticos, ou seja, 
que contêm ou potencialmente podem 
conter germes patogênicos.
Basicamente originam-se de material de higiene 
pessoal e restos de alimentos, que podem 
hospedar doenças de outras cidades, estados 
e países.
Destino dos resíduos não reutilizáveis ou recicláveis
Todo material que não puder ser reutilizado nem reciclado deverá ter um destino adequado. No presente ca-
pítulo, vamos tratar do que fazer com os resíduos sólidos da atividade humana, que são chamados 
vimos, antes de tudo devemos pensar em formas de reduzir a produção dos resíduos, depois do reaproveitamen-
to ou da reciclagem. O destino dos resíduos que sobram vai depender muito da natureza dos materiais, por isso 
o lixo recebe classificações que são muito úteis em termos de planejamento de disposição final. Veja a classifica-
ção na tabela a seguir.
CLASSIFICAÇÃO DO LIXO
Critério Classificação Características/observações
Natureza 
física
Seco Material seco: se separado adequadamen-
te, poderá ser isolado com facilidade para 
reciclagem.
Úmido Material úmido: o contato direto com o 
lixo seco leva muitos dos materiais a não 
serem reaproveitados.
Origem Orgânico Materiais originados de organismos vivos.
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CLASSIFICAÇÃO DO LIXO
Critério Classificação Características/observações Exemplos
Origem 
em 
relação à 
atividade 
humana
Industrial Originado das atividades industriais: 
nessa categoria inclui-se grande 
quantidade de lixo tóxico que necessita de 
tratamento especial, dado o potencial de 
contaminação.
Cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, 
plásticos, papéis, madeiras, fibras, borrachas, 
metais, escórias, vidros, cerâmicas.
Radioativo Resíduos provenientes da atividade nuclear, 
os quais permanecem em atividade por 
milhares de anos: têm tratamento e 
disposição final bastante específica.
Resíduos de atividades com urânio, césio, tório, 
radônio, cobalto.
Espacial Lixo cósmico. Pedaços de satélites, foguetes, tanques de 
combustível, parafusos, ferramentas, luvas 
perdidas por astronautas.
Agrícola Resíduos sólidos das atividades agrícolas 
e pecuárias (as embalagens dos 
agroquímicos são lixo tóxico e têm de ser 
tratadas adequadamente).
Embalagens de adubos, defensivos agrícolas, 
ração, restos de colheita.
Entulho O entulho é geralmente um material 
inerte, passível de reaproveitamento.
Resíduos da construção civil: demolições e restos 
de obras, solos de escavações.
No lixo domiciliar, por exemplo, encontramos diversos materiais que podem ser reciclados. O lixo industrial precisa 
passar por processos especiais de tratamento para isolar os agentes poluentes. Já o lixo radioativo, perigosíssimo, tem 
de ser armazenado em locais muito bem isolados e protegidos.
O lixo orgânico se refere a restos de animais e vegetais, principalmente sobras de alimentos. Esses materiais se de-
compõem em curto prazo e, por isso, podem ser transformados em algum tipo de adubo. Essa classificação de “orgâ-
nico” não coincide com a utilizada na Química. Em Química, Orgânica é a área que estuda as substâncias de carbono; 
e Inorgânica, a área que estuda as substâncias dos demais elementos químicos. Durante o estudo da Química, em 
outros capítulos, vamos discutir com mais propriedade essa diferenciação de Química Orgânica e Química Inorgânica.
Os materiais do lixo seco apresentam grande potencial para reaproveitamento ou reciclagem, mas podem 
ser prejudicados quando em contato com o lixo úmido. Em geral, o lixo úmido tem origem em seres vivos (lixo 
orgânico). Por isso, recipientes de plásticos e 
latas devem ser secos antes de colocados no 
lixo. Conclusão – regra básica para separação 
do lixo domiciliar: nunca misture lixo úmido 
com lixo seco.
Os diferentes tipos de lixo têm propriedades 
físicase químicas diferentes. O conhecimento 
das propriedades permite o desenvolvimento de 
tecnologias adequadas para tratamento. Esse 
estudo implica a necessidade do conhecimento 
da composição dos materiais.
Fonte: <www.slu.df.gov.br>. Acesso em: 26 jan. 2001. (Adaptado)
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le
xa
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A classificação do lixo visa separar diferentes tipos 
de resíduos para que cada um deles tenha tratamento 
adequado à sua natureza. 
CLASSIFICAÇÃO DO LIXO
Características/observações Exemplos
Originado das atividades industriais: 
nessa categoria inclui-se grande 
quantidade de lixo tóxico que necessita de 
tratamento especial, dado o potencial de 
Cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, 
plásticos, papéis, madeiras, fibras, borrachas, 
metais, escórias, vidros, cerâmicas.
Resíduos provenientes da atividade nuclear, 
os quais permanecem em atividade por 
milhares de anos: têm tratamento e 
disposição final bastante específica.
Resíduos de atividades com urânio, césio, tório, 
radônio, cobalto.
Pedaços de satélites, foguetes, tanques de 
combustível, parafusos, ferramentas, luvas 
perdidas por astronautas.
Resíduos sólidos das atividades agrícolas 
e pecuárias (as embalagens dos 
agroquímicos são lixo tóxico e têm de ser 
Embalagens de adubos, defensivos agrícolas, 
ração, restos de colheita.
O entulho é geralmente um material Resíduos da construção civil: demolições e restos 
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Atitude sustentável
Destino de resíduos sólidos domésticos
 b Separe o lixo seco, como papéis, papelões, vidros, metais e plásticos, e entregue-os a um catador ou aos postos de coleta seletiva.
 b Nunca coloque lixo úmido junto a lixo seco destinado à coleta seletiva.
 b Preste atenção na separação do lixo seco nos coletores de coleta seletiva; muitos plásticos de embalagens, às vezes, são con-
fundidos com papel, por exemplo, os chamados “papel de bala” que são de plástico, assim como há garrafas plásticas que 
se confundem com vidro. 
 b Materiais de madeira, de tecido e de isopor, em geral, devem ser reaproveitados e só são destinados à coleta seletiva quan-
do envolvidos no processo de empresas especializadas no reaproveitamento ou reciclagem desses materiais.
 b Plásticos aluminizados, espelhos e vidros planos, lâmpadas incandescentes, esponjas de aço, espumas, cerâmicas e canos 
são materiais de difícil reciclagem pelo elevado custo operacional, ou seja, pela inexistência de empresas recicladoras.
 b Papel higiênico, guardanapos, lenços de papel e fraldas descartáveis sujos não são recicláveis. Devem ir para o lixo orgânico.
 b Pilhas de uso comum que receberam o selo de descarte e as do tipo botão usadas em relógios, calculadoras e brinquedos 
ainda podem ser descartadas em lixos domésticos, segundo resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
 b Baterias de celulares, automóveis e industriais devem ser devolvidas à rede de assistência técnica autorizada e indicada pelas indústrias.
 b Disquetes e CDs devem ser separados como lixo seco para reciclar como plástico normal.
 b Cartuchos de impressoras – tente sempre a recarga, caso não seja mais possível, separar como lixo seco para reciclar como plástico.
 b Roupas, brinquedos, materiais escolares e utensílios domésticos ainda em condições de reaproveitamento devem ser desti-
nados a instituições sociais que os encaminhem adequadamente para comunidades assistidas.
Fonte: www.cempre.org.br
1. Consumimos e geramos lixo…
2. separamos…
3. coletamos…
4. reciclamos…
5. os produtos 
reciclados voltam 
ao mercado…
6. o que 
 não é reciclado vai para 
 o aterro sanitário.
A rota do lixo
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Atitude sustentávelAtitude sustentável
Destino de resíduos sólidos domésticos
b Separe o lixo seco, como papéis, papelões, vidros, metais e plásticos, e entregue-os a um catador ou aos postos de coleta seletiva.
b Nunca coloque lixo úmido junto a lixo seco destinado à coleta seletiva.
b Preste atenção na separação do lixo seco nos coletores de coleta seletiva; muitos plásticos de embalagens, às vezes, são con-
fundidos com papel, por exemplo, os chamados “papel de bala” que são de plástico, assim como há garrafas plásticas que 
se confundem com vidro. 
b Materiais de madeira, de tecido e de isopor, em geral, devem ser reaproveitados e só são destinados à coleta seletiva quan-
do envolvidos no processo de empresas especializadas no reaproveitamento ou reciclagem desses materiais.
Atitude sustentávelAtitude sustentável
A rota do lixo
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Debata e entenda
1. Tudo o que se joga fora pode ser considerado lixo? Justifique a resposta.
2. Identifique alguns dos problemas ambientais e de saúde causados pelo acondicionamento inadequado do lixo.
3. Procure o serviço de limpeza urbana de sua cidade e tente descobrir quanto lixo, em média, cada habitante pro-
duz por dia. Compare os dados obtidos com os dados apresentados na tabela abaixo e indique os fatores que 
podem contribuir para a diferença entre a produção diária per capita de diferentes municípios.
 Quantidade diária de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em algumas capitais do Brasil
4. Analise atentamente, na tabela abaixo, os dados sobre a evolução histórica da caracterização dos resíduos no 
município de São Paulo.
Variação na composição dos resíduos sólidos em São Paulo (%)
Responda:
 a) Quais foram as mudanças que você observou em relação aos materiais jogados no lixo durante o período de 
1927 a 2003 citado na tabela? Como você justificaria as mudanças? 
 b) Que mudanças ocorreram no século passado em relação às embalagens dos produtos de consumo?
5. Relacione as embalagens que não devem ser reaproveitadas e justifique o motivo da restrição. (Cuidado! 
A reutilização indiscriminada de garrafas, potes e outros vasilhames constitui risco potencial à saúde.)
6. Cite as principais contribuições ambientais da reciclagem.
7. Seguindo a recomendação dos 3Rs, como você avalia o comportamento de pessoas que compram refrigerantes em 
lata para recolhê-las para reciclagem a fim de receber prêmios de campanhas promovidas pelas fábricas produtoras?
8. O lixo de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários podem ser reciclados? Como esse processo 
deveria ser feito?
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
Fonte: ABREPEL, 2011 e IBGE, 2011.
Fonte: Dados de resíduos LIMPURB, 2006. Dimensões de Gênero no Manejo de Resíduos Domésticos em Áreas Urbanas e Peri Urbanas.
Capitais Área (km2) Quantidade diária RSU (t/dia) População Quantidade per capita (g/dia)
Palmas (TO) 2 465 240,0 228 543 1 050
Rio Branco (AC) 9 877 379,5 314 390 950
Aracaju (SE) 181 592,0 579 563 1 021
João Pessoa (PB) 210 786,5 730 393 1 077
Maceió (AL) 511 1023,7 942 478 1 086
Salvador (BA) 325 3679,5 2 692 869 1 366
Brasília (DF) 5 802 4031,0 2 522 692 1 599
Cuiabá (MT) 3 971 570,0 545 857 1 044
Belo Horizonte (MG) 331 2990,8 2 385 639 1 254
Rio de Janeiro (RJ) 1 261 8263,0 6 355 949 1 300
São Paulo (SP) 1 525 14261,3 11 196 263 1 274
Vitória (ES) 89 342,0 330 526 1 035
Curitiba (PR) 430 2175,4 1 764 540 1 233
Porto Alegre (RS) 496 1635,5 1 413 094 1 157
Tipos de material 1927 1957 1969 1976 1991 1996 1998 2000 2003
Matéria orgânica 82,5 76 52,2 62,7 60,6 55,7 49,5 48,2 57,88
Papel, papelão, jornal 13,4 16,7 29,2 21,4 13,9 16,6 18,8 16,4 10,45
PET, isopor, plástico 
mole e duro
— — 1,9 5 11,5 14,3 22,9 16,8 17,04
Trapos e panos 1,5 2,7 3,8 2,9 4,4 5,7 3 3,9
Vidro 0,9 1,4 2,6 1,7 1,7 2,3 1,5 1,3 1,61
Metais e latas 1,7 2,2 7,8 4 3,5 2,8 2,9 3,3 2,15
Tudo o que se joga fora pode ser considerado lixo? Justifique a resposta.
Identifique alguns dos problemas ambientais e de saúde causados pelo acondicionamento inadequado do lixo.
Procure o serviço de limpeza urbana de sua cidade e tente descobrir quanto lixo, em média, cada habitante pro-
duz por dia. Compare os dados obtidos com os dados apresentados na tabelaabaixo e indique os fatores que 
podem contribuir para a diferença entre a produção diária per capita de diferentes municípios.per capita de diferentes municípios.per capita
 Quantidade diária de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em algumas capitais do Brasil
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
Quantidade diária RSU (t/dia) População Quantidade per capita (g/dia)per capita (g/dia)per capita
240,0 228 543 1 050
379,5 314 390 950
592,0 579 563 1 021
786,5 730 393 1 077
1023,7 942 478 1 086
3679,5 2 692 869 1 366
4031,0 2 522 692 1 599
570,0 545 857 1 044
2990,8 2 385 639 1 254
8263,0 6 355 949 1 300
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A composição química 
do café inclui, além da 
cafeína, outras substâncias: 
as lactonas, que agem sobre 
o sistema nervoso central e 
são tão estimulantes quanto 
a cafeína; a celulose, que 
estimula os intestinos; os 
minerais, importantes para 
o metabolismo; os açúcares 
e o tanino, que acentuam 
o sabor; e os lipídios, que 
caracterizam o aroma.
Os materiais e as substâncias são objetos de estudo da Química. Para um estudo mais 
eficiente, é fundamental que tenhamos bem claro esses e outros conceitos. Para a Química, 
material é qualquer porção de matéria. De modo geral, podemos dizer que os materiais 
são misturas de substâncias. Por exemplo, o solo é formado pela combinação de minerais, 
óxido de ferro (FeO), silicatos (SiO2), água (H2O) etc.; o ar é formado pela mistura de gases 
nitrogênio (N2), oxigênio (O2), hidrogênio (H2) etc.; e o leite é uma mistura de substâncias: 
água (H2O), ácido láctico (C3O3H6), cloreto de sódio (NaCl) etc. Na natureza, poucas são 
as substâncias encontradas dissociadas de outras. O ouro (Au), dissociado do diamante e 
do grafite, que são formas do carbono (C), são exemplos raros dessas situações. 
Do ponto de vista operacional da Química, podemos definir material como porção 
da matéria que contém mais de uma substância. Em geral, a matéria se apresenta como 
material, e não como substância.
Normalmente, as substâncias podem ser extraídas de minérios. O ferro é obtido a partir 
da hematita e o cobre, da cuprita. Esse processo consiste em purificar o material, ou seja, 
reduzi-lo a uma substância. Para os químicos, puro significa que contém uma só substân-
cia. A pureza é um conceito relativo. A água da bela cachoeira pode ser pura o suficiente 
para tomar banho e lavar roupa, mas talvez não seja potável para consumo humano, como 
a água de uma mina. Por sua vez, a água mineral, que é ótima para consumo humano, não 
serve para ser colocada em uma bateria de chumbo, usada em automóveis, por conter subs-
tâncias que diminuem a sua vida útil. Para tal finalidade, é utilizada água destilada. Essa água 
destilada poderá, no entanto, não ser suficientemente pura para determinadas aplicações 
químicas. Pode ser necessário o uso de água bidestilada. Esta, por sua vez, ainda conterá, 
em menores quantidades, outras espécies químicas que não a própria água.
Como se pode notar, o conceito de substância é um conceito ideal. É possível obter 
graus de pureza maiores do que 99,99%, mas nunca teremos 100% de pureza.
Na linguagem cotidiana, empregamos o termo “puro” para indicar que o material não 
foi adulterado, ou seja, não foi falsificado, é de boa qualidade, ou não está contaminado. 
Geralmente, essa denominação é usada também para indicar que o material é de origem 
natural e não passou por adição de outras substâncias ou materiais.
Dessa maneira, o grau de pureza para classificação de um material como puro é relati-
vo. Assim, por exemplo, o álcool 95° (95 mL de álcool e 5 mL de água) é considerado puro 
para determinados fins farmacêuticos. Para o químico, é uma mistura de água e álcool. 
Empregamos o termo substância quando o material tem um grau de pureza adequa-
do aos parâmetros experimentais a que se destina. 
É muito difícil encontrarmos substâncias isoladas na natureza. A purificação dos ma-
teriais é frequentemente realizada em laboratórios. Assim, como vimos, os materiais en-
contrados na natureza ou nos produtos que consumimos são, em geral, misturas de subs-
tâncias. No presente capítulo, veremos mais adiante como podemos isolar as substâncias 
existentes nos materiais.
1 MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS
R eduzir o consumo de materiais tem sido o foco desta unidade. Do ponto de vista 
da Química, o que vem a ser um material?
Os reagentes usados pe-
los químicos em laborató-
rio apresentam um grau 
de pureza muito eleva-
do; no entanto, nem esses 
são 100% puros.
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Qual é a diferença entre material e substância?
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A composição química 
do café inclui, além da 
cafeína, outras substâncias: 
as lactonas, que agem sobre 
o sistema nervoso central e 
Os materiais e as substâncias são objetos de estudo da Química. Para um estudo mais 
eficiente, é fundamental que tenhamos bem claro esses e outros conceitos. Para a Química, 
material é qualquer porção de matéria. De modo geral, podemos dizer que os materiais 
são misturas de substâncias. Por exemplo, o solo é formado pela combinação de minerais, 
óxido de ferro (FeO), silicatos (SiO
nitrogênio (N2), oxigênio (O2), hidrogênio (H
água (H2O), ácido láctico (C3O3H6
as substâncias encontradas dissociadas de outras. O ouro (Au), dissociado do diamante e 
do grafite, que são formas do carbono (C), são exemplos raros dessas situações. 
Do ponto de vista operacional da Química, podemos definir 
1 MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS
R eduzir o consumo de materiais tem sido o foco desta unidade. Do ponto de vista 
da Química, o que vem a ser um material?
Qual é a diferençaQual é a diferença entre material e substância?
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Muitos desses materiais são identificados nos rótulos como “puros”. Mas, apesar de puros quanto à origem, são misturas de várias substâncias.
Classificação dos materiais
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Material homogêneo: é um tipo de material cujo aspecto é uniforme de ponto 
a ponto.
Material heterogêneo: é um tipo de material cujo aspecto é multiforme de 
ponto a ponto.
mel puro
água e óleo sal e açúcar água e álcool água e areia
açúcar puro café descafeinado banha pura
Os químicos classificam os materiais quanto ao aspecto em duas grandes categorias: ma-
teriais homogêneos e materiais heterogêneos. Os materiais homogêneos apresentam as-
pecto uniforme em toda a extensão, ou seja, de ponto a ponto. Os materiais heterogêneos 
apresentam mais de um aspecto na extensão, ou seja, são multiformes de ponto a ponto.
Analise os materiais apresentados nas fotos abaixo e procure classificá-los em dois grupos, usando critérios de aparência.Analise os materiais apresentados nas fotos abaixo e procure classificá-los em dois grupos, usando critérios de aparência.
Pense
Quando temos um material heterogêneo, cada região do material que apresenta os 
mesmos aspectos é denominada fase. Os materiais homogêneos têm apenas uma fase, 
por isso, são também chamados monofásicos.
Muitos materiais homogêneos podem se tornar heterogêneos, dependendo da 
variação da quantidade de um dos seus componentes. Por exemplo, se adicionarmos 
uma quantidade de sal superior à sua solubilidade em água em determinada temperatura, 
ou seja, superior à quantidade que a água pode dissolver àquela temperatura, este vai se 
depositar no fundo do recipiente, e teremos aí um material heterogêneo. Vemos, assim, 
que misturas de muitas substâncias podem ser homogêneas ou heterogêneas, dependendo 
das quantidades presentes no material.
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Muitos desses materiais são identificados nos rótulos como “puros”. Mas, apesarde puros quanto à origem, são misturas de várias substâncias.
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café descafeinado banha pura
Analise os materiais apresentados nas fotos abaixo e procure classificá-los em dois grupos, usando critérios de aparência.
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Existem, porém, substâncias que, se misturadas a outras em quaisquer proporções, 
formam sempre um sistema homogêneo. Então, podemos concluir que temos, 
propriamente dito, uma mistura, pois a dispersão das substâncias umas nas outras 
independe de quantidades. Dessa forma, os químicos denominam misturas apenas os 
materiais homogêneos que assim o são independentemente das proporções das substâncias 
presentes. Portanto, são denominados misturas os materiais como o ar e a água com 
álcool, nos quais, independentemente das proporções, sempre se obtém uma única fase.
Os materiais que somente são homogêneos até determinada proporção de substâncias são 
denominados soluções. Assim, quando há limite para proporção entre as substâncias, a partir 
do qual há separação de fases, temos as soluções, como no caso do sal dissolvido em água.
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Óleo e água. Tipo de ma-
terial heterogêneo com 
duas fases.
Os coloides como a gelatina 
apresentam aspecto uniforme 
a olho nu, mas com instru-
mentos ópticos de maior reso-
lução se apresentam com mais 
de uma fase.
Muitos materiais são ho-
mogêneos em uma faixa 
de proporção entre as subs-
tâncias que os constituem. 
Esses materiais são deno-
minados soluções. Nas 
soluções, um material em 
menor quantidade, o solu-
to, está dissolvido em ou-
tro em maior quantidade, o 
solvente. Para os químicos, 
o preparado de leite em pó 
não é uma mistura, pois 
ele só é homogêneo em de-
terminada quantidade de 
leite adicionado em água. 
Se a proporção não for ade-
quada, o que teremos é um 
material heterogêneo. 
Mistura: material que se apresenta na 
forma homogênea independentemente da 
proporção em que estão as substâncias nele 
contidas.
Agregado é um tipo de material heterogêneo 
cuja multiformidade é constatada por meio de 
instrumentos de baixa resolução.
Coloide é um tipo de material heterogêneo cuja 
multiformidade é constatada apenas por meio de 
instrumentos de alta resolução.
Solução: material que se apresenta 
na forma homogênea somente dentro do 
limite de proporção entre as substâncias 
nele contidas.
A uniformidade de aspecto de um material depende do instrumento de observação utili-
zado. O que parece homogêneo a olho nu pode não o ser quando observado com uma lupa 
ou com um microscópio. Nesse sentido, os químicos classificam os materiais heterogêneos 
em coloide e agregado. O coloide é um tipo de material cujo aspecto multiforme somen-
te é constatado com instrumentos ópticos de alta resolução, ou seja, por instrumentos que 
conseguem distinguir dois pontos diferentes, ainda que estejam bem próximos. O agregado 
é um material cujo aspecto multiforme é percebido a olho nu ou com instrumentos ópticos 
de baixa resolução. Já os materiais cujo aspecto é uniforme, mesmo quando utilizados ins-
trumentos ópticos de alta resolução, são classificados como homogêneos. 
Percebe-se, assim, que a identificação de agregado é muito fácil. Já a diferenciação 
entre coloi de e material homogêneo depende da utilização de instrumentos ópticos. 
Como são poucos os materiais coloidais, trataremos os materiais em geral com aspecto 
uniforme como homogêneos.
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Os agregados são materiais heterogêneos 
facilmente identificados a olho nu. No copo ao 
lado temos um material heterogêneo, consti-
tuído por várias fases cuja multiformidade po-
de ser percebida a olho nu: material argiloso 
(terra) depositado ao fundo, fragmentos de 
rocha (pedras), material argiloso em suspen-
são na água (terra) e fragmentos de vegetais 
flutuando na superfície.
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Existem, porém, substâncias que, se misturadas a outras em quaisquer proporções, 
formam sempre um sistema homogêneo. Então, podemos concluir que temos, 
propriamente dito, uma mistura, pois a dispersão das substâncias umas nas outras 
independe de quantidades. Dessa forma, os químicos denominam misturas apenas os 
materiais homogêneos que assim o são independentemente das proporções das substâncias 
presentes. Portanto, são denominados 
álcool, nos quais, independentemente das proporções, sempre se obtém uma única fase.
Os materiais que somente são homogêneos até determinada proporção de substâncias são 
denominados soluções. Assim, quando há limite para proporção entre as substâncias, a partir 
do qual há separação de fases, temos as 
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terial heterogêneo com 
duas fases.
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mogêneos em uma faixa 
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Uma substância geral-
mente se apresenta em 
um sistema monofásico. 
Em alguns casos, porém, 
pode se apresentar com 
mais de uma fase, como 
esse copo que contém 
água destilada nos esta-
dos líquido e sólido.
Esse sistema de classificação dos materiais é operacional, ou seja, depende do obser-
vador e do instrumento utilizado para observação. Não há uma regra geral que permita 
definir se dois materiais, quando misturados, vão formar um agregado ou um sistema co-
loidal. Esse tipo de imprevisibilidade é que dá à Química seu caráter experimental.
As substâncias geralmente se apresentam em sistemas monofásicos, mas também po-
dem se apresentar em sistemas heterogêneos. Isso acontece quando, por exemplo, temos 
um copo com água destilada nos estados líquido e sólido. Veja, então: não temos como 
diferenciar substância de materiais pelas aparências, pois os sistemas homogêneos podem 
ser uma substância ou um material. E ainda é possível ter sistemas heterogêneos em que 
se encontra apenas uma substância.
Os materiais, portanto, podem ser classificados conforme o sistema a seguir.
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solução agregadomistura coloide
homogêneo heterogêneo
material
Exercícios
 1. Explique por que não podemos identificar pela aparên-
cia a pureza dos materiais que são lançados no lixo.
 2. Qual é a importância de diferenciar material de 
substância?
 3. A água de torneira é uma solução ou uma substância? 
Justifique. 
 4. Em que sentido geralmente se emprega o termo pureza?
 5. Como o químico identifica o grau de pureza de um material?
 6. (UnB-DF) Julgue os itens abaixo, marcando C para os 
corretos e E para os errados.
1) A água é um material heterogêneo que resulta da 
reunião de hidrogênio e oxigênio.
2) Materiais quimicamente puros são de origem natural.
3) Produtos químicos, como detergentes e loções para 
a pele, contêm mais de uma substância.
4) Uma substância sempre constituirá um sistema 
monofásico.
 7. (FEI-SP) Num tubo graduado A, adicionaram-se água, 
óleo de cozinha e álcool etílico, nessa ordem. Em um 
tubo B, adicionaram-se álcool etílico, água e óleo de 
cozinha, nessa ordem. O número de fases nos tubos 
A e B são, respectivamente:
(Dados: densidade da água > densidade do óleo > 
densidade do álcool)
a) 3 e 3. c) 2 e 3. e) 1 e 1.
b) 2 e 2. d) 3 e 2. 
 8. (Fuvest-SP-Adaptado) Em alguns países, o lixo orgâ-
nico e o lixo inorgânico são colocados em recipientes 
diferentes. Devem ser colocados no recipiente rotula-
do “lixo inorgânico”, seguindo a classificação de lixo 
quanto à origem de seres vivos:
a) cacos de vidro e latas de refrigerante.
b) trapos de limpeza e cacos de louça.
c) cascas de ovos e de frutas.
d) embalagens de plástico e de alumínio.
e) papel e flores murchas.
 9. (PUC-SP) Considere as substâncias que se seguem e os 
correspondentes estados de agregação nas condições 
ambientais:
I – cloreto de potássio (sólido).
II – bromo (líquido).
III – água (líquido).
IV – monóxido de carbono (gasoso).
V – nitrogênio (gasoso).
Entre essas substâncias, aquelas que, misturadas em 
quaisquer proporções, sempre formam sistemasmo-
nofásicos são:
a) IV e V. c) II e III. e) III e IV.
b) I e III. d) III e V. 
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
Uma substância geral-
mente se apresenta em 
um sistema monofásico. 
Em alguns casos, porém, 
pode se apresentar com 
mais de uma fase, como 
esse copo que contém 
água destilada nos esta-
dos líquido e sólido.
Esse sistema de classificação dos materiais é operacional, ou seja, depende do obser-
vador e do instrumento utilizado para observação. Não há uma regra geral que permita 
definir se dois materiais, quando misturados, vão formar um agregado ou um sistema co-
loidal. Esse tipo de imprevisibilidade é que dá à Química seu caráter experimental.
As substâncias geralmente se apresentam em sistemas monofásicos, mas também po-
dem se apresentar em sistemas heterogêneos. Isso acontece quando, por exemplo, temos 
um copo com água destilada nos estados líquido e sólido. Veja, então: não temos como 
diferenciar substância de materiais pelas aparências, pois os sistemas homogêneos podem 
ser uma substância ou um material. E ainda é possível ter sistemas heterogêneos em que 
Os materiais, portanto, podem ser classificados conforme o sistema a seguir.
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2 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MATERIAIS
C omo vimos anteriormente, é raro encontrarmos na natureza materiais puros. A água 
encontrada em rios, lagos e mares, por exemplo, é uma solução cujos solutos são 
sais minerais e gases dissolvidos. 
Contudo, de modo geral, os químicos precisam controlar muito bem as reações e os 
processos desenvolvidos em seu trabalho, o que exige, normalmente, o uso de substâncias. 
Para obtê-las, são utilizados dois processos básicos: a síntese química (processo químico) 
ou a extração de materiais (processo físico). Muito comumente, esses dois processos são 
empregados de forma combinada.
A síntese química é o processo a partir do qual reagentes e condições físicas são 
controlados de forma a se obterem novas substâncias ou materiais desejados. Ela ocor-
re, por exemplo, nos processos de fermentação, na produção de sabão e na indústria 
petroquímica.
Nos processos físicos não há formação de novas substâncias, mas obtêm-se substân-
cias por meio de sua extração de materiais nos quais elas estão presentes associadas a 
outras substâncias. Como exemplos de processos físicos, podemos citar a extração de es-
sências de vegetais para produzir perfume, a destilação da garapa fermentada para pro-
dução de álcool e a extração de diferentes componentes do petróleo. Geralmente, após 
a extração, os materiais são purificados até se obter o produto nas condições desejadas.
Os processos utilizados para a extração de substâncias, chamados separação de mistura 
ou purificação de materiais, correspondem a uma das atividades básicas do químico. Muitos 
desses processos são empregados diariamente por você.
Enumere exemplos de processos de separação de materiais utilizados no dia a dia.
Pense
 10. (UFRGS-RS) Analise os sistemas materiais abaixo, es-
tando ambos na temperatura ambiente.
Sistema I: mistura de 10 g de sal de cozinha, 30 g de areia 
fina, 20 mL de óleo e 100 mL de água.
Sistema II: mistura de 2,0 L de CO2, 3,0 L de N2 e 1,5 L 
de O2.
Sobre esses sistemas é correto afirmar que:
a) ambos são heterogêneos, pois apresentam mais de 
uma fase.
b) em I, o sistema é bifásico, após forte agitação, e, 
em II, é monofásico.
c) em I, o sistema é trifásico, após forte agitação, e, 
em II, é monofásico.
d) ambos apresentam uma única fase, formando sis-
temas homogêneos.
e) em I, o sistema é trifásico, independentemente da or-
dem de adição dos componentes, e, em II, é bifásico.
 11. (Mack-SP) Granito, refresco de xarope de groselha, água 
mineral fluoretada e sangue visto ao microscópio são, 
respectivamente, exemplos de materiais:
a) homogêneo, homogêneo, heterogêneo e heterogêneo.
b) heterogêneo, heterogêneo, homogêneo, homogêneo.
c) homogêneo, heterogêneo, heterogêneo e homogêneo.
d) heterogêneo, homogêneo, homogêneo e heterogêneo.
e) heterogêneo, homogêneo, homogêneo e homogêneo.
 12. (FGV-SP) Uma mistura de açúcar, areia e sal de cozinha 
é tratada com água em excesso. Quantas fases existirão 
no sistema final resultante?
a) 5. b) 4. c) 3. d) 2. e) 1.
 13. (Uema) Constitui um sistema heterogêneo o material 
formado de:
a) água e acetona.
b) gases N2 e CO2.
c) querosene e óleo diesel.
d) cubos de gelo e solução aquosa de açúcar (glicose).
e) água e xarope de groselha.
 10. 10. (UFRGS-RS) Analise os sistemas materiais abaixo, es-
tando ambos na temperatura ambiente.
Sistema I: mistura de 10 g de sal de cozinha, 30 g de areia 
fina, 20 mL de óleo e 100 mL de água.
Sistema II: mistura de 2,0 L de CO2, 3,0 L de N2 e 1,5 L 
de O2.
Sobre esses sistemas é correto afirmar que:
a) ambos são heterogêneos, pois apresentam mais de 
uma fase.
b) em I, o sistema é bifásico, após forte agitação, e, 
em II, é monofásico.
c) em I, o sistema é trifásico, após forte agitação, e, 
em II, é monofásico.
d) ambos apresentam uma única fase, formando sis-
temas homogêneos.
e) em I, o sistema é trifásico, independentemente da or-
dem de adição dos componentes, e, em II, é bifásico.
 11. 11. (Mack-SP) Granito, refresco de xarope de groselha, água 
mineral fluoretada e sangue visto ao microscópio são, 
respectivamente, exemplos de materiais:
 12. 12. 
 13. 13. 
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A técnica de filtração é também muito empregada 
em laboratórios.
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Nas indústrias e nos labo-
ratórios de Química, são 
empregados diversos pro-
cessos de separação e de 
extração para purifica-
ção dos materiais.
A seguir, vamos conhecer os principais processos usados pelos químicos em laborató-
rios, muitos deles empregados por você em casa.
Entre os processos utilizados diariamente para separar materiais, podemos citar: coar o 
café, catar o feijão, centrifugar a roupa na máquina de lavar, aspirar a poeira do chão, penei-
rar areia, fazer coleta seletiva de lixo etc. Todos esses métodos envolvem técnicas simples e 
podem ser explicados por meio das propriedades dos materiais. Por exemplo, a coleta seletiva 
exige a separação correta de materiais, que muitas vezes confundem as pessoas. Por exem-
plo, o “papel de bala” atualmente é feito de plástico e deve ser separado como plástico. Mais 
do que a aparência, temos de observar atentamente as demais propriedades dos materiais.
Filtração
A filtração em talhas ou 
filtros de barro é feita 
por velas constituídas de 
material poroso que re-
tém impurezas presentes 
na água.
Toda vez que você pega um copo 
de água do filtro de sua cozinha, 
você está diante de uma operação 
largamente utilizada nos laboratórios 
de Química para separar um líquido de 
um sólido insolúvel. 
No processo de filtração, o sólido 
fica retido no filtro, enquanto o líquido 
passa. Existem vários tipos de filtros com 
espessuras diferentes, que são usados 
de acordo com as propriedades dos 
materiais que se quer separar. A filtração 
também pode ser utilizada para separar 
determinado sólido de um gás. É o que 
faz o aspirador de pó e o filtro de ar 
dos automóveis. Os filtros são muito 
utilizados tanto em laboratórios como 
em indústrias.
Qual é o método convencional para separar partículas e pequenos 
organismos da água que bebemos em nossa casa?
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A filtração em talhas ou 
Qual é o método convencional para separar partículas e pequenos 
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Nas indústrias e nos labo-
ratórios de Química, são 
empregados diversos pro-
cessos de separação e de 
extração para purifica-
ção dos materiais.
A seguir, vamos conhecer os principais processos usados pelos químicos em laborató-
Entre os processos utilizados diariamente para separar materiais, podemos citar: coaro 
café, catar o feijão, centrifugar a roupa na máquina de lavar, aspirar a poeira do chão, penei-
rar areia, fazer coleta seletiva de lixo etc. Todos esses métodos envolvem técnicas simples e 
podem ser explicados por meio das propriedades dos materiais. Por exemplo, a coleta seletiva 
exige a separação correta de materiais, que muitas vezes confundem as pessoas. Por exem-
plo, o “papel de bala” atualmente é feito de plástico e deve ser separado como plástico. Mais 
do que a aparência, temos de observar atentamente as demais propriedades dos materiais.
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Química na escola
Separando materiais sólidos de líquidos 
Esse experimento é bem simples e faz parte do dia a dia. Na falta dos materiais listados, você poderá usar a criativi-
dade para substituir alguns deles (por exemplo, preparando um funil utilizando garrafa PET de refrigerante).
Materiais
• anel metálico
• papel-filtro
• 2 béqueres
• funil de vidro
• água
• bastão de vidro
• areia
Procedimento
Parte A – Aprendendo a dobrar o papel-filtro
1. Dobre o papel-filtro ao meio formando um semicírculo.
2. Faça uma segunda dobra não exatamente ao meio, mas de tal modo que as duas extremidades fiquem afastadas mais 
ou menos meio centímetro.
3. Coloque o papel-filtro no funil e molhe-o com água. Coloque o conjunto sobre o anel metálico preso à haste metálica.
Parte B – Aprendendo a filtrar
1. Coloque no béquer cerca de uma colher de areia e de 100 mL de água (aproximadamente meio copo).
2. Filtre a suspensão preparada, vertendo-a lentamente no funil e coletando o líquido no outro béquer.
3. Cuidadosamente, com o auxílio do bastão de vidro, retire a areia do papel-filtro, colocando-a em outro béquer.
Destino dos resíduos
1. O resíduo sólido dessa atividade deve ser devolvido à origem ou descartado no lixo seco. O material 
filtrado pode ser descartado no sistema de esgoto.
2. Como a água não será utilizada para consumo, o papel-filtro pode ser lavado, secado e
reaproveitado em outras práticas.
Análise de dados
1. As propriedades físicas específicas são características das substâncias, sendo 
as mais utilizadas a densidade, a solubilidade, a temperatura de fusão e ebuli-
ção. Com base no que você observou, de qual propriedade específica depende 
o processo de filtração?
2. Qual é a propriedade, ou seja, a característica que um material deve ter para ser usa-
do como filtro?
A filtração é uma prática muito comum 
em laboratórios de Química. Dependendo 
do que se quer filtrar, usam-se filtros com 
porosidades diferentes.
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Consulte as normas de segurança no 
laboratório, na última página deste livro.QQuímica na escolauímica na escola
Separando materiais sólidos de líquidos 
Esse experimento é bem simples e faz parte do dia a dia. Na falta dos materiais listados, você poderá usar a criativi-
dade para substituir alguns deles (por exemplo, preparando um funil utilizando garrafa PET de refrigerante).
Materiais
• anel metálico
• papel-filtro
• 2 béqueres
• funil de vidro
• água
• bastão de vidro
• areia
Procedimento
Parte A – Aprendendo a dobrar o papel-filtro
1. Dobre o papel-filtro ao meio formando um semicírculo.
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A centrífuga é muito utilizada em análises clínicas de sangue. Nela são colocados tubos 
de ensaio com sangue que, ao serem rotacionados em alta velocidade, causa decantação 
de material sólido no fundo dos tubos, os quais são separados para análise.
Nos tanques de decantação dos sistemas de tratamento 
de água são depositados os materiais sólidos. No caso dos 
plásticos, eles serão separados por grades metálicas. Alguns 
materiais dificultam o funcionamento do sistema, por isso, não 
jogue, no vaso sanitário, sólidos, como areia, plásticos, fraldas 
descartáveis etc., pois esses materiais poderão entupir o esgoto 
ou vão onerar seu tratamento no processo de decantação.
Além da filtração, pode-se separar a areia da água por decantação. É um processo fí-
sico natural que permite separar um material sólido ou líquido de outros materiais que têm 
densidades diferentes e não são miscíveis (não se misturam). A decantação diferencia-se 
da filtração por não utilizar nenhum tipo de filtro e por ser feita a partir da separação na-
tural das fases. A filtração não poderia ser utilizada para separar dois líquidos como água 
e óleo porque os dois passariam pelo filtro.
No laboratório, para separar dois líquidos imiscíveis, como água e óleo, utiliza-se um 
funil de decantação como o mostrado na foto. Se possível, faça essa separação no labo-
ratório da escola ou na sala de aula, em mesa apropriada. Se necessário, o funil de sepa-
ração pode ser substituído, de forma rudimentar, por uma garrafa descartável de refrige-
rante, cortando-se o fundo e utilizando a tampa para abrir e fechar, a fim de que apenas 
o líquido de baixo escoe.
Nas indústrias, são utilizados tanques de decan-
tação, onde os materiais mais densos são deposi-
tados. Esses tanques são encontrados também no 
sistema de tratamento de água e neles ficam de-
positados areia e outros materiais sólidos.
Decantação
O funil de decantação 
possibilita a separação de 
líquidos imiscíveis com 
densidades diferentes pelo 
controle da torneira.
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Como você pode separar uma mistura de areia e água? O que você faria para separar o óleo 
e a água contidos em um recipiente?
Pense
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O vinho é uma solução ou uma substância? Por quê? É possível extrair o 
álcool do vinho por decantação? Que propriedade específica pode ser usada 
para separar o álcool do vinho? Justifique.
Pense
Centrifugação 
A centrifugação nada mais é do que a decantação forçada, quando 
esta é muito lenta ou não ocorre naturalmente. O material é submetido a 
um movimento circular, medido em rotações por minuto (RPM), que, pela 
força centrífuga, leva o material mais denso a se depositar no fundo do tubo.
Além da filtração, pode-se separar a areia da água por decantação. É um processo fí-
sico natural que permite separar um material sólido ou líquido de outros materiais que têm 
densidades diferentes e não são miscíveis (não se misturam). A decantação diferencia-se 
da filtração por não utilizar nenhum tipo de filtro e por ser feita a partir da separação na-
tural das fases. A filtração não poderia ser utilizada para separar dois líquidos como água 
No laboratório, para separar dois líquidos imiscíveis, como água e óleo, utiliza-se um 
funil de decantação como o mostrado na foto. Se possível, faça essa separação no labo-
ratório da escola ou na sala de aula, em mesa apropriada. Se necessário, o funil de sepa-
ração pode ser substituído, de forma rudimentar, por uma garrafa descartável de refrige-
rante, cortando-se o fundo e utilizando a tampa para abrir e fechar, a fim de que apenas 
O funil de decantação
possibilita a separação de 
líquidos imiscíveis com 
densidades diferentes pelo 
controle da torneira.
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Como você pode separar uma mistura de areia e água? O que você faria para separar o óleo 
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5No alambique ocorre a 
destilação do caldo de cana 
fermentado, chamado mos-
to, produzindo a cachaça ou 
aguardente.
Química na escola
Separando álcool do vinho
Experiência demonstrativa
Esse experimento deve ser feito com o auxílio do professor no laboratório da 
escola ou em uma sala apropriada. Caso a escola não disponha dos equipamentos 
necessários, procure visitar algum laboratório que tenha um sistema de destilação. 
Você também pode montar um sistema de destilação artesanal. 
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Destilação
O processo usado para separar o álcool do vinho é a destilação. Ela se baseia na di-
ferença de temperatura de ebulição dos componentes dos materiais. Durante o aqueci-
mento, as substâncias que atingem a temperatura de ebulição evaporam-se. Depois, por 
refrigeração, voltam aoestado líquido e são recolhidas.
A destilação é um processo largamente utilizado na sociedade em que vivemos. A par-
tir da destilação de caldo de cana fermentado se obtém cachaça. Nesse caso, a destilação 
ocorre por meio de alambiques.
Alambiques são destiladores feitos de cobre, vidro ou aço inox. Os alambiques, como 
o ilustrado abaixo, são constituídos de uma base (1), chamada caldeira ou panela, na 
qual se coloca o material a ser destilado, conectada ao capitel ou capacete, que tem a 
função de resfriar os gases liberados. O capacete (2) é ligado a um tubo no formato de 
pescoço de cisne (3), que transporta os vapores até a serpentina. A serpentina (4) é um 
tubo no formato de espiral, disposto em um recipiente, no qual circula água fria. Nesse 
local, os vapores serão condensados por resfriamento e apresentam grande quantidade 
de álcool etílico. O líquido, então, é recolhido em um recipiente adequado (5). 
Para entender como se dá esse processo, acompanhe atentamente a demonstração 
do experimento a seguir.
Consulte as normas de segurança no 
laboratório, na última página deste livro.
Destilação
O processo usado para separar o álcool do vinho é a 
ferença de temperatura de ebulição dos componentes dos materiais. Durante o aqueci-
mento, as substâncias que atingem a temperatura de ebulição evaporam-se. Depois, por 
refrigeração, voltam ao estado líquido e são recolhidas.
A destilação é um processo largamente utilizado na sociedade em que vivemos. A par-
tir da destilação de caldo de cana fermentado se obtém cachaça. Nesse caso, a destilação 
ocorre por meio de alambiques.
Alambiques são destiladores feitos de cobre, vidro ou aço inox. Os alambiques, como 
o ilustrado abaixo, são constituídos de uma base (1), chamada caldeira ou panela, na 
qual se coloca o material a ser destilado, conectada ao capitel ou capacete, que tem a 
função de resfriar os gases liberados. O capacete (2) é ligado a um tubo no formato de 
pescoço de cisne (3), que transporta os vapores até a serpentina. A serpentina (4) é um 
tubo no formato de espiral, disposto em um recipiente, no qual circula água fria. Nesse 
local, os vapores serão condensados por resfriamento e apresentam grande quantidade 
de álcool etílico. O líquido, então, é recolhido em um recipiente adequado (5). 
Para entender como se dá esse processo, acompanhe atentamente a demonstração 
do experimento a seguir.
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Análise de dados
1. De acordo com o que você observou durante a ebulição do vinho, a temperatura permaneceu constante? Justifique com 
base em seus conhecimentos.
2. Qual é a temperatura de ebulição do vinho nessa destilação? 
3. Explique como o álcool foi separado do vinho.
4. A temperatura de ebulição do álcool será sempre a mesma? Justifique.
5. Qual é a finalidade da passagem da água no condensador?
6. Qual é a propriedade física utilizada para separar substâncias por meio da destilação?
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O balão de destilação pode 
ser substituído por uma jarra 
de cafeteira elétrica, que resis-
ta ao aquecimento, e o con-
densador, por uma manguei-
ra enrolada no interior de uma 
garrafa descartável de refrige-
rante do tipo PET. Use a cria-
tividade para substituir alguns 
desses materiais, mas tenha 
sempre muito cuidado.
Materiais
• bico de Bunsen
• béquer
• suporte metálico
• anel metálico
• tela de amianto
• condensador
• balão de destilação
• termômetro
• mangueiras de borracha
• erlenmeyer
• garras metálicas
• vinho tinto
Procedimento
1. Monte a aparelhagem para a destilação (cuidado para não submeter o vidro a pressões excessivas). 
2. Coloque o vinho no balão de destilação.
3. Abra com cuidado a entrada de água para o condensador e depois inicie o aquecimento do balão.
4. Colete o destilado em um béquer e observe.
5. Anote a temperatura durante a destilação.
Destino dos resíduos
O resíduo dessa atividade pode ser descartado no sistema de esgoto, em água corrente.
Destilação simples
Termômetro
Condensador
Erlenmeyer
Suporte 
metálico
Bico de 
Bunsen
Tela de amianto
Balão de 
destilação
Material 
a ser 
destilado
Tripé
Suporte 
metálico
Líquido 
destilado
Saída de água
Entrada de água
O balão de destilação pode 
ser substituído por uma jarra 
de cafeteira elétrica, que resis-
ta ao aquecimento, e o con-
densador, por uma manguei-
ra enrolada no interior de uma 
garrafa descartável de refrige-
rante do tipo PET. Use a cria-
tividade para substituir alguns 
desses materiais, mas tenha 
sempre muito cuidado.
• termômetro
Condensador
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Na destilação fraciona-
da são separadas substân-
cias que apresentam dife-
rentes temperaturas de 
ebulição. Observe que, no 
caso, o tubo acima do ba-
lão de destilação é mais 
comprido do que o tubo da 
destilação simples. Assim, 
os vapores das substân-
cias com menor tempera-
tura de ebulição conden-
sam antes de entrar no 
condensador, e somente 
depois que as substâncias 
mais voláteis forem con-
densadas é que as outras 
vão se condensar.
Cromatografia 
A cromatografia é um processo de separação muito utilizado pelos químicos. Ela é 
realizada utilizando um material capaz de reter em sua superfície as substâncias que estão 
sendo separadas. O procedimento é feito pela utilização de duas fases: fase estacionária 
e outra móvel. A fase móvel consiste de um líquido ou gás que passa pela fase estacioná-
ria, arrastando o material a ser separado. Como as substâncias constituintes do material 
têm propriedades diferentes, algumas são arrastadas mais rapidamente do que outras. 
Por causa dessa diferença de tempo de arraste, as várias substâncias da mistura migram 
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Destilação fracionada
A destilação fracionada é um processo de separação que se baseia na diferença 
da temperatura de ebulição dos componentes da mistura. Os materiais são colocados 
em recipientes e aquecidos. As substâncias que possuem temperaturas de ebulição 
mais baixas entram em ebulição e são expulsas do líquido. À medida 
que a temperatura aumenta, outras substâncias atingem temperaturas de 
ebulição e mudam de estado físico, sendo expulsas do líquido.
Os vapores que são expulsos do líquido passam por uma alta coluna de 
fracionamento. A temperatura da coluna diminui gradativamente da base 
ao topo. Dessa forma, os líquidos mais voláteis se liquefazem primeiro e são 
retirados da coluna por saídas laterais. As substâncias mais voláteis sobem 
mais e são retiradas da coluna na sequência. Nesse sistema cada substância, 
ou grupo de substâncias com valores de temperatura de ebulição próximos, 
sai a determinada altura da coluna, permitindo a separação de misturas 
formadas por grandes variedades de substâncias.
Uma das aplicações mais comuns da destilação fracionada é no refino 
do petróleo. Nesse caso, a destilação industrial é realizada em uma coluna 
cilíndrica, chamada torre de destilação, que apresenta escoadouros, onde a 
cada espaço são retirados frações ou produtos com diferentes temperaturas 
de ebulição. No caso do petróleo, as frações mais comuns são: gás natural, gás 
liquefeito de petróleo (GLP), éter de petróleo, benzina, gasolina, querosene, 
óleo diesel, óleo lubrificante, vaselina, parafina, asfalto e coque.
As frações do petró-
leo são separadas por 
meio de torres de re-
finação, nas quais ca-
da fração, que contém 
uma mistura de subs-
tâncias, é condensada 
em temperatura dife-
rente e recolhida em 
tubulações diferentes. 
O princípio é o mesmo 
da destilação fraciona-
da realizada com pe-
quenos destiladores.
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Destilação fracionada
A destilação fracionada é um processo de separação que se baseia na diferença 
da temperatura de ebulição dos componentes da mistura. Os materiais são colocados 
em recipientes e aquecidos. As substâncias que possuem temperaturas de ebulição 
mais baixas entram em ebulição e sãoexpulsas do líquido. À medida 
que a temperatura aumenta, outras substâncias atingem temperaturas de 
ebulição e mudam de estado físico, sendo expulsas do líquido.
Os vapores que são expulsos do líquido passam por uma alta coluna de 
fracionamento. A temperatura da coluna diminui gradativamente da base 
ao topo. Dessa forma, os líquidos mais voláteis se liquefazem primeiro e são 
retirados da coluna por saídas laterais. As substâncias mais voláteis sobem 
mais e são retiradas da coluna na sequência. Nesse sistema cada substância, 
ou grupo de substâncias com valores de temperatura de ebulição próximos, 
sai a determinada altura da coluna, permitindo a separação de misturas 
formadas por grandes variedades de substâncias.
Uma das aplicações mais comuns da destilação fracionada é no refino 
do petróleo. Nesse caso, a destilação industrial é realizada em uma coluna 
cilíndrica, chamada torre de destilação, que apresenta escoadouros, onde a 
cada espaço são retirados frações ou produtos com diferentes temperaturas 
de ebulição. No caso do petróleo, as frações mais comuns são: gás natural, gás 
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de forma diversa por causa da interação com a fase fixa, como 
veremos no experimento a seguir.
A cromatografia é muito utilizada em laboratórios de aná-
lise de substâncias orgânicas na identificação, por exemplo, 
de substâncias encontradas nos vegetais.
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Os cromatógrafos, como o da foto, são largamente usados na medicina, no 
processo de separação e posterior identificação de diversas substâncias. Esse 
equipamento é bastante sofisticado, mas se baseia no mesmo princípio ilustra-
do no experimento a seguir.
Química na escola
Separando componentes da tinta de caneta
Esse experimento pode ser feito em grupo no laboratório, na sala de aula ou em casa.
Materiais
• papel-filtro • álcool
• caneta preta ou caneta hidrocor (azul, roxa ou verde) 
• béquer ou copo
• vidro de relógio (ou pires)
Procedimento
1. Corte, no formato de retângulo de 1 cm por 6 cm, um pedaço do papel-filtro (pode ser filtro para café).
2. Desenhe, com a caneta preta, uma pequena bolinha a uma altura de 2 cm da borda do papel-filtro.
3. Ponha álcool em um copo até a altura de 0,5 cm.
4. Coloque o papel dentro do copo, de forma que a bolinha pintada fique próxima ao álcool, sem tocá-lo. Tampe o copo 
com um vidro de relógio (ou pires).
5. Espere por dez minutos e retire o papel-filtro de dentro do copo.
6. Observe.
Destino dos resíduos
O resíduo líquido dessa atividade pode ser descartado no sistema de esgoto, em água corrente, e o resíduo sólido 
pode ser descartado no lixo seco.
Análise de dados
7. A tinta de caneta preta é uma substância ou uma mistura? Justifique.
8. Quantos componentes você pode perceber na tinta de caneta utilizada?
9. Qual dos componentes é mais solúvel em álcool? Justifique.
10. De que propriedades específicas das substâncias depende o processo de cromatografia?
A tinta é um material constituído por 
várias substâncias que podem ser separa-
das por cromatografia.
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Consulte as normas de segurança no 
laboratório, na última página deste livro.
de forma diversa por causa da interação com a fase fixa, como 
A cromatografia é muito utilizada em laboratórios de aná-
lise de substâncias orgânicas na identificação, por exemplo, 
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, como o da foto, são largamente usados na medicina, no 
processo de separação e posterior identificação de diversas substâncias. Esse 
equipamento é bastante sofisticado, mas se baseia no mesmo princípio ilustra-
Separando componentes da tinta de caneta
Esse experimento pode ser feito em grupo no laboratório, na sala de aula ou em casa.
Consulte as normas de segurança no 
laboratório, na última página deste livro.
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Nas salinas, a água do 
mar é colocada em tanques 
para que a água evapore e 
os sais recristalizem.
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A recristalização, ou extração por cristalização, baseia-se na diferença de solubilidade 
de substâncias presentes em materiais, utilizando-se da variação dessa propriedade com 
a temperatura. Para isso, o material é dissolvido em solvente adequado a uma temperatu-
ra elevada. Em seguida, a solução é resfriada lentamente, levando as substâncias menos 
solúveis a precipitar-se formando cristais.
Um exemplo de aplicação da extração por cristalização é a produção do sal marinho. 
Nas salinas, a água do mar é bombeada para tanques de evaporação a céu aberto. 
O vento e o sol forte aceleram a evaporação da água, deixando uma mistura de sais, antes 
dissolvidos na água, que é raspada e conduzida às refinarias.
Extração por solventes
A preparação do cafezinho é um processo no qual se utiliza mais de um método 
de separação. 
Na preparação do café, além do processo de filtração, utilizamos um processo de-
nominado extração por solvente. Tal processo consiste em extrair uma ou mais subs-
tâncias de um material utilizando-se uma de suas propriedades químicas: a solubilidade. 
Na preparação do café, quando a água quente passa pelo pó extrai substâncias solú-
veis, restando as não solúveis, como a borra de café. Portanto, o café é uma solução 
cujo solvente é a água e os solutos são substâncias presentes no pó de café, que são 
solúveis em água quente. 
A extração por solvente também é muito utilizada para extrair essências de plantas 
para o preparo de perfumes.
Recristalização
O sabor e o aroma carac-
terísticos do café vêm das 
substâncias que se dis-
solvem na água quente. 
Quando separamos essas 
substâncias do pó de café 
e evaporamos a água, por 
processo industrial, temos 
o café solúvel.
O cafezinho que tomamos é um material homogêneo ou heterogêneo?
Como as substâncias são extraídas do pó de café?
Que propriedade das substâncias permite essa extração?
O que acontecerá se tentarmos preparar um cafezinho com água fria?
Pense
Extração por solventes
A preparação do cafezinho é um processo no qual se utiliza mais de um método 
Na preparação do café, além do processo de filtração, utilizamos um processo de-
nominado extração por solvente
tâncias de um material utilizando-se uma de suas propriedades químicas: a solubilidade. 
Na preparação do café, quando a água quente passa pelo pó extrai substâncias solú-
veis, restando as não solúveis, como a borra de café. Portanto, o café é uma solução 
cujo solvente é a água e os solutos são substâncias presentes no pó de café, que são 
solúveis em água quente. 
A extração por solvente também é muito utilizada para extrair essências de plantas 
para o preparo de perfumes.
O cafezinho que tomamos é um material homogêneo ou heterogêneo?
Como as substâncias são extraídas do pó de café?
Que propriedade das substâncias permite essa extração?
O que acontecerá se tentarmos preparar um cafezinho com água fria?
O sabor e o aroma carac-
terísticos do café vêm das 
substâncias que se dis-
solvem na água quente. 
Quando separamos essas 
substâncias do pó de café 
e evaporamos a água, por 
processo industrial, temos 
o café solúvel.
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Extração por solventes
A preparação do cafezinho é um processo no qual se utiliza mais de um método 
de separação. 
Na preparação do café, além do processo de filtração, utilizamos um processo de-
nominado extração por solvente
O sabor e o aroma carac-
O cafezinho que tomamos é um material homogêneo ou heterogêneo?O cafezinho que tomamos é um material homogêneo ou heterogêneo?
Como as substâncias são extraídas do pó de café?
Que propriedade das substâncias permite essa extração?
O que acontecerá se tentarmos preparar um cafezinho com água fria?
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O trabalho do químico no processode separação de substâncias 
Com as informações apresentadas e os experimentos realizados, 
você conheceu um pouco dos métodos de separação utilizados pelos 
químicos. Primeiro, eles buscam identificar as substâncias presentes por 
meio das propriedades e, então, selecionam métodos mais adequados 
para separá-las. Com frequência, é necessário o uso de uma série de 
processos de separação até isolar as diferentes substâncias. O passo 
seguinte é a identificação de cada substância isolada. As atividades a 
seguir ilustram esse trabalho do químico.
AtividadesAtividadesAtividades
SIMULANDO O TRABALHO DO QUÍMICO NO LABORATÓRIO
Imagine agora que você é um químico e recebeu uma amostra de material heterogêneo para determinar a composição. 
Esse material apresenta duas fases líquidas. Para que possa determinar a composição, você necessita inicialmente separar 
os componentes do material.
 1. Pense como você poderia separar os componentes do material 
e faça um esquema (diagrama), indicando os processos de 
separação que você poderia usar. 
Depois de separadas as fases, você determinou as tempe-
raturas de fusão e de ebulição de cada uma delas e obteve 
os dados ao lado.
 2. Com base nos dados fornecidos, diga se cada fase corresponde a uma substância ou a um material. Justifique.
Você determinou que a densidade do material da fase 2 é igual a 1,48 g/cm3. 
Consultando as tabelas, descobriu que se tratava da substância clorofórmio. Por ter apresentado temperaturas de 
fusão e de ebulição variáveis, concluiu, ainda, que a fase 1 se tratava de um material.
 3. Faça um esquema (diagrama) de separação e proponha um método de separação que poderia ser utilizado para se-
parar os componentes da fase 1.
Depois de realizada a separação, foram obtidos dois materiais com as propriedades abaixo.
 4. Ao analisar os dados encontrados para os materiais citados acima, você poderia defini-los como substância ou ma-
terial? Justifique a resposta. Consultando tabelas das propriedades físicas das substâncias, em livros de Química, 
você verificou que o material 2 se tratava da substância álcool etílico.
 5. Ao analisar as propriedades físicas fornecidas pela tabela anterior, qual substância representa o material 1?
 6. De que era constituído o material inicial que você analisou? 
 7. Os processos desenvolvidos foram químicos ou físicos? Justifique.
 8. Qual é a finalidade de se conhecer as propriedades físicas dos materiais obtidos?
TEMPERATURA DE FUSÃO E DE EBULIÇÃO 
DE FASES DIFERENTES
Fase Temperatura de fusão Temperatura de ebulição
1 –15 °C a –19 °C 85 a 91 °C
2 –63,2 °C 61,2 °C
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS
Fase
Temperatura 
de fusão
Temperatura 
de ebulição
Densidade
1 0 °C 100 °C 1 g/cm3
2 –117 °C 78,3 °C 0,79 g/cm3
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Conforme o material a ser separado, o químico utiliza 
diversos equipamentos e técnicas de separação.
O trabalho do químico no processo 
de separação de substâncias 
Com as informações apresentadas e os experimentos realizados, 
você conheceu um pouco dos métodos de separação utilizados pelos 
químicos. Primeiro, eles buscam identificar as substâncias presentes por 
meio das propriedades e, então, selecionam métodos mais adequados 
para separá-las. Com frequência, é necessário o uso de uma série de 
processos de separação até isolar as diferentes substâncias. O passo 
seguinte é a identificação de cada substância isolada. As atividades a 
SIMULANDO O TRABALHO DO QUÍMICO NO LABORATÓRIO
Imagine agora que você é um químico e recebeu uma amostra de material heterogêneo para determinar a composição. 
Esse material apresenta duas fases líquidas. Para que possa determinar a composição, você necessita inicialmente separar 
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Conforme o material a ser separado, o químico utiliza 
diversos equipamentos e técnicas de separação.
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Exercícios
 1. Diferencie separação de materiais de síntese química. 
Cite exemplos.
 2. Copie no caderno o quadro apresentado a seguir e 
complete-o com os principais métodos de separação 
que você estudou.
MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS
Método de 
separação
Propriedade utilizada 
para separar as 
substâncias
Exemplos de 
aplicação do método
Decantação Densidade Separar água da areia
 3. Seria possível utilizar a decantação para separar subs-
tâncias de materiais homogêneos? Justifique.
 4. Identifique os métodos de separação de substâncias 
utilizados no tratamento de lixo.
 5. Qual é a importância da utilização de métodos de se-
paração de substâncias para os químicos?
 6. Tem-se um material que contém água, alumínio em pó e 
sulfato de cobre (sólido azul solúvel em água). Responda:
a) Quantas fases tem o material?
b) Como você faria para separar essas substâncias, 
recolhendo-as, sem perdê-las?
 7. Com relação aos materiais e aos processos de separa-
ção, julgue os itens, marcando C para os corretos e E 
para os errados.
1) Na filtração, as partículas sólidas, por terem ta-
manho maior que os poros do filtro, ficam retidas 
nesse material.
2) O sulfato de cobre (sólido azul solúvel na água) 
pode ser separado do enxofre (sólido amarelo in-
solúvel na água) por meio da dissolução fracionada 
seguida de decantação.
3) Um sistema, formado por sólidos, pode ser homogêneo 
e heterogêneo, dependendo da natureza dos sólidos.
4) A separação de serragem e areia pela água é exem-
plo de decantação, pois a serragem flutua e a areia 
precipita-se.
 8. A Estação de Tratamento de Esgoto de Brasília, uma 
das melhores do mundo, consegue reduzir a poluição 
do lago Paranoá, onde é lançada a maior parte do 
esgoto da cidade. O sistema de tratamento utilizado 
nessa estação é ilustrado pelo esquema a seguir.
No esquema apresentado a seguir, observamos que a 
água dos esgotos passa pelas seguintes etapas:
1) Tratamento primário – remove grandes objetos e 
materiais insolúveis nos esgotos.
2) Tratamento secundário – processo biológico que 
trata da matéria orgânica em solução para remoção 
de fósforo, nitrogênio e matéria orgânica.
3) Tratamento terciário – aplicação de produtos quí-
micos para retirar a sujeira que as bactérias não 
conseguiram consumir. A água do esgoto recebe 
uma dosagem de sulfato de alumínio, Al2(SO4)3, e 
outros coagulantes para flotar o material.
Esgoto
Adubo
Etapa 
preliminar
Decantador
primário
Iodo
primário
Câmara 
de flotação
Decantador
secundário
Iodo ativadoIodo químico
Água
tratada
Reator
biológico
Tratamento primário
Un
id
ad
e 
1
Un
id
ad
e 
2
(D
es
ar
en
ad
or
)
Tratamento secundário
Tratamento terciário
Biodigestor Desidratação mecânica
ETAPAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO
areia
terra
pedregulho resíduos sólidos bactérias
Produtos 
químicos
(coagulantes)
Aterro sanitário
Marque C para os corretos e E para os errados.
1) O tratamento apresentado consiste somente em 
diminuir a quantidade de materiais que possam 
provocar problemas ambientais, como microrga-
nismos patogênicos.
2) No processo primário ocorrem transformações fí-
sicas e químicas que visam a preparar o material 
para as próximas etapas.
3) No tratamento secundário ocorre a ação das bacté-
rias que farão a decomposição do material orgânico.
4) Ao receber uma dosagem de sulfato de alumínio e 
outros coagulantes, o material orgânico remanes-
cente agrega-se aos flocos na câmara de flotação.
5) No tratamento do esgoto são desenvolvidos os se-
guintes métodos de separação dos materiais: de-
cantação e flotação.
 9. (UnB-DF) Julgue os itens a seguir, marcando C para os 
corretos e E para os errados.
1) A evaporação permite a separação de dois líquidos 
bastante voláteis.
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
A
M
j S
tu
di
o
ExercíciosExercícios
 1. 1. Diferencie separação de materiais de síntese química. 
Cite exemplos.
 2. 2. Copie no caderno o quadro apresentado a seguir e 
complete-o com os principais métodos de separação 
que você estudou.
MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS
Método de 
separação
Propriedade utilizada 
para separaras 
substâncias
Exemplos de 
aplicação do método
Decantação Densidade Separar água da areia
 3. 3. Seria possível utilizar a decantação para separar subs-
tâncias de materiais homogêneos? Justifique.
 4. 4. Identifique os métodos de separação de substâncias 
utilizados no tratamento de lixo.
 5. 5. Qual é a importância da utilização de métodos de se-
paração de substâncias para os químicos?
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M
AT
ER
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IS
 E
 P
RO
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SS
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O
2) É possível a separação de um material homogêneo 
líquido-líquido por destilação fracionada.
3) A separação de componentes do petróleo é feita 
com base na diferença entre as respectivas tempe-
raturas de ebulição.
4) O princípio da destilação fracionada fundamenta-se na 
diferença de solubilidade dos sólidos de um material.
 10. (UFG-GO) A maioria das substâncias é encontrada na natu-
reza sob a forma de misturas, tais como: rochas, solo, ga-
ses da atmosfera, água do mar, minerais, alimentos, água 
dos rios etc. A separação de uma substância pode ocorrer, 
dependendo das características do material, de diferentes 
maneiras. Assim sendo, assinale as afirmativas corretas:
a) A separação da água dos rios, lagos e mares, na 
formação da chuva, ocorre por destilação natural.
b) A separação do resíduo (pó de café) da solução de 
café é feita por filtração.
c) A separação do sal de cozinha da água do mar é 
feita por evaporação.
d) A separação da coalhada do leite é feita por 
decantação.
e) A retirada de uma mancha de gordura de uma roupa, 
usando sabão, é feita por filtração.
f) A separação dos gases de bebidas gaseificadas 
ocorre por evaporação.
 11. (Cesgranrio-RJ) Foram acondicionados, acidentalmente, 
em um único recipiente, areia, sal de cozinha, água e óleo 
de soja. Para separar adequadamente cada componente 
desse material, devem ser feitas as seguintes operações:
a) destilação simples seguida de decantação e 
centrifugação.
b) destilação simples seguida de centrifugação e 
sifonação.
c) filtração seguida de destilação simples e catação.
d) filtração seguida de decantação e destilação 
simples.
e) decantação seguida de catação e filtração.
 12. (UFRGS-RS) Qual dos métodos de separação seguintes 
se baseia na diferença de densidade?
a) Decantação. d) Cristalização.
b) Destilação fracionada. e) Sublimação.
c) Peneiração.
 13. (UFPE) Associe as atividades do cotidiano abaixo com 
as técnicas de laboratório apresentadas a seguir:
a) Preparar café com pó solúvel. 
b) Preparar chá de saquinho. 
c) Coar um suco de laranja.
1. Filtração. 3. Extração.
2. Solubilização. 4. Destilação.
A sequência correta é:
a) 2, 3 e 1. c) 3, 4 e 1. e) 2, 2 e 4.
b) 4, 2 e 3. d) 1, 3 e 2. 
 14. (UFRGS-RS) Um sistema heterogêneo bifásico é forma-
do por três líquidos diferentes A, B e C. Sabe-se que:
A e B são miscíveis entre si;
C é imiscível com A e com B;
A é mais volátil que B.
Com base nessas informações, os métodos mais ade-
quados para separar os três líquidos são:
a) centrifugação e decantação.
b) decantação e fusão fracionada.
c) filtração e centrifugação.
d) filtração e destilação fracionada.
e) decantação e destilação fracionada.
 15. (UFV-MG) O equipamento esque-
matizado a seguir pode ser utili-
zado para separar os componen-
tes de: 
a) um sistema homogêneo 
líquido/líquido.
b) qualquer sistema 
heterogêneo.
c) uma mistura de álcool e água.
d) uma mistura de limalha de ferro e areia.
e) um sistema heterogêneo sólido/líquido.
 16. (UFBA) Com base no diagrama abaixo, é correto afirmar:
a) O processo X é a filtração.
b) O sólido A é o carbonato 
de cálcio, CaCO3.
c) O processo Y é a decantação.
d) O sistema C é um material homogêneo.
e) O sistema D tem uma substância.
f) O processo Z é uma destilação simples.
g) A água destilada é um material.
Água CaCO3(s)
Processo de 
separação Z
Sistema C
(monofásico)
PF = 16,3 °C
Sistema D
(monofásico)
CO2(g) CaO(s)
Processo de separação Y
(com base na diferença de densidade)
Aquecimento
Sistema trifásico
Sistema B
(mistura líquida heterogênea)
Sólido A
Processo mecânico 
de separação X
J. 
Yu
ji
É possível a separação de um material homogêneo 
A separação de componentes do petróleo é feita 
com base na diferença entre as respectivas tempe-
O princípio da destilação fracionada fundamenta-se na 
diferença de solubilidade dos sólidos de um material.
(UFG-GO) A maioria das substâncias é encontrada na natu-
reza sob a forma de misturas, tais como: rochas, solo, ga-
ses da atmosfera, água do mar, minerais, alimentos, água 
dos rios etc. A separação de uma substância pode ocorrer, 
dependendo das características do material, de diferentes 
 A separação da água dos rios, lagos e mares, na 
formação da chuva, ocorre por destilação natural.
b) A separação do resíduo (pó de café) da solução de 
c) A separação do sal de cozinha da água do mar é 
d) A separação da coalhada do leite é feita por 
1. Filtração. 3. Extração.
2. Solubilização. 4. Destilação.
A sequência correta é:
a) 2, 3 e 1. c) 3, 4 e 1. e) 2, 2 e 4.
b) 4, 2 e 3. d) 1, 3 e 2. 
 14. 14. (UFRGS-RS) Um sistema heterogêneo bifásico é forma-
do por três líquidos diferentes A, B e C. Sabe-se que:
A e B são miscíveis entre si;
C é imiscível com A e com B;
A é mais volátil que B.
Com base nessas informações, os métodos mais ade-
quados para separar os três líquidos são:
a) centrifugação e decantação.
b) decantação e fusão fracionada.
c) filtração e centrifugação.
d) filtração e destilação fracionada.
e) decantação e destilação fracionada.
 15. 15. (UFV-MG) O equipamento esque-
matizado a seguir pode ser utili-
zado para separar os componen-
J. 
Yu
ji
C
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 17. (Unisinos-RS) Considere os sistemas materiais abaixo 
indicados:
Sistemas Componentes
I água e óleo
II areia e álcool
III água e sal de cozinha
IV água e álcool
V gás carbônico e oxigênio 
Assinale a alternativa que apresenta apenas sistemas 
homogêneos:
a) somente I e III. 
b) somente I e II. 
c) somente III e V.
d) somente I, III e IV.
e) somente III, IV e V.
 18. (UFBA) Com relação a processos de separação de ma-
teriais, pode-se afirmar:
a) na obtenção do cloreto de sódio, a partir da água 
do mar, utiliza-se a cristalização fracionada.
b) na separação dos constituintes de um material 
gasoso usam-se liquefação e destilação fracionada.
c) para acelerar a decantação, utiliza-se a centrifugação.
d) na separação dos constituintes de um material for-
mado por água, areia e óleo, usam-se a filtração e 
a destilação fracionada.
e) os materiais homogêneos são desdobrados em 
seus componentes por meio de processos mecâ-
nicos de separação.
 19. (Uneb-BA) Considere os seguintes sistemas:
I – ar + poeira
II – mercúrio metálico + água
III – água + nitrato de potássio
Os componentes desses sistemas podem ser separados por:
 I II III
a) filtração destilação decantação
b) destilação filtração decantação
c) filtração decantação filtração
d) decantação destilação filtração
e) filtração decantação destilação
 20. (Unimep-SP) Temos um material heterogêneo constituído 
de açúcar, iodo e areia. As maneiras mais adequadas 
para separar esses componentes são:
a) ímã, adição de água, destilação simples e filtração.
b) aquecimento, adição de água, destilação e centrifugação.
c) adição de água, ímã, aquecimento e peneiração.
d) centrifugação, esfriamento, destilação e filtração.
e) aquecimento, adição de água, filtração e destilação 
simples.
 21. (Uema) Constitui um sistema heterogêneo o material for-
mado de:
a) água e acetona.
b) gases N2 e CO2.
c) querosene e óleo diesel.
d) cubos de gelo e solução aquosa de açúcar (glicose).
e) água e xarope de groselha.
 22. (Unicamp-SP) Têm-se os seguintes materiais:
I – areia e água
II – álcool (etanol) e água
III – sal de cozinha (NaCl) e água, nesse caso um ma-
terial homogêneo
Cada um desses materiais foi submetido a uma filtração 
em funil com papel e, em seguida, o líquido resultante (fil-
trado) foi aquecido até sua total evaporação.Pergunta-se:
a) Que material deixou um resíduo sólido no papel após 
a filtração? O que era esse resíduo?
b) Em qual caso apareceu um resíduo sólido após a eva-
poração do líquido? O que era esse resíduo?
 23. (UFV-MG) Consideram-se os materiais A, B e C:
A – óleo/água (proporção 1: 1);
B – NaCl/água (proporção 1:100);
C – etanol/água (proporção 1:1).
Pede-se:
a) a indicação de um método físico para separar os 
componentes de cada material.
b) a classificação dos materiais A, B e C em homogê-
neo ou heterogêneo.
c) o conceito de material homogêneo e heterogêneo.
 24. (F. Visconde de Cairu-BA) Sobre processos de separação 
de materiais, indique a alternativa correta.
a) Coar café, um processo de separação de materiais, 
é um fenômeno físico.
b) Fase de um sistema são os componentes que for-
mam esse sistema.
c) Um dos processos frequentemente usados para se-
parar água do mar do sal é a filtração.
d) Quando as substâncias passam do estado sólido para 
o líquido, há evidência de que ocorreu reação química.
e) A destilação fracionada é um processo usado fre-
quentemente para se separar dois sólidos.
 25. (UFRS) Qual dos métodos de separação seguintes se 
baseia na diferença de densidade?
a) decantação. 
b) destilação fracionada. 
c) peneiração.
d) cristalização.
e) sublimação.
17.17. (Unisinos-RS) Considere os sistemas materiais abaixo 
indicados:
Sistemas Componentes
I água e óleo
II areia e álcool
III água e sal de cozinha
IV água e álcool
V gás carbônico e oxigênio 
Assinale a alternativa que apresenta apenas sistemas 
homogêneos:
a) somente I e III. 
b) somente I e II. 
c) somente III e V.
d) somente I, III e IV.
e) somente III, IV e V.
18.18. (UFBA) Com relação a processos de separação de ma-
teriais, pode-se afirmar:
a) na obtenção do cloreto de sódio, a partir da água 
do mar, utiliza-se a cristalização fracionada.
b) na separação dos constituintes de um material 
21.21.
22.22.
23.23.
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 26. (Osec-SP) Um dos estados brasileiros produtores de 
cloreto de sódio é o Rio Grande do Norte. Nas salinas, 
o processo físico que separa a água do mar do sal é:
a) filtração. d) evaporação. 
b) sublimação. e) ebulição. 
c) destilação.
 27. (PucCamp-SP) A obtenção do álcool etílico hidratado, 
a partir da cana-de-açúcar, pode ser representada pelo 
esquema seguinte:
Mosto
Álcool
hidratadoVinhoto
MelaçoCana-de-
-açúcar Garapa
IIIIII
IV
Em I e IV, que envolvem processos de fracionamento, 
são realizadas, respectivamente:
a) filtração e destilação.
b) destilação e decantação.
c) filtração e decantação.
d) destilação e filtração.
e) decantação e decantação.
 28. (PUC-MG) Para separação dos materiais água/álcool 
e enxofre/água, os processos mais adequados são, 
respectivamente:
a) decantação e destilação.
b) filtração e decantação.
c) destilação e filtração.
d) liquefação e sedimentação.
e) decantação e filtração.
 29. (UEL-PR) De um material heterogêneo de dois líquidos 
imiscíveis e de densidades diferentes podemos obter 
os líquidos por:
I – sublimação II – decantação III – filtração
Das afirmações, apenas:
a) I é correta. d) I e II são corretas.
b) II é correta. e) II e III são corretas.
c) III é correta.
Materiais e substâncias
 b Determinado material pode ser definido como uma 
porção da matéria que tem mais de uma substância. 
 b Substância é uma porção de matéria que contém ape-
nas um tipo de componente. 
 b Material homogêneo é o tipo de material cujo aspecto 
é uniforme de ponto a ponto.
 b Material heterogêneo é o tipo de material cujo aspecto 
é multiforme de ponto a ponto.
 b Solução é um tipo de material homogêneo formado 
pela combinação de duas ou mais substâncias até 
determinadas proporções (exemplo: água e cloreto 
de sódio).
 b Agregado é um tipo de material heterogêneo cuja 
multiformidade é constatada por meio de instrumen-
tos de baixa resolução.
 b Coloide é um tipo de material heterogêneo cuja 
multiformidade é constatada apenas por meio de 
instrumentos de alta resolução.
Processos de separação de materiais
 b Os materiais podem ser separados por diferentes mé-
todos. Ao se escolher o mais adequado, deve-se consi-
derar o estado físico, o número de fases, além das pro-
priedades das substâncias que compõem o material.
 b A filtração é empregada na separação de um material 
sólido-líquido ou sólido-gasoso utilizando um filtro. 
 b A decantação é empregada na separação de mate-
riais heterogêneos sólido-líquido ou líquido-líquido 
(imiscíveis) e baseia-se na diferença de densidade dos 
componentes.
 b A centrifugação é um processo de separação que 
utiliza a força centrífuga para acelerar a decantação. 
 b A destilação é um processo físico de separação de ma-
teriais homogêneos com base na diferença de tem-
peratura de ebulição dos componentes. 
 b A cromatografia é uma técnica de separação com 
base na diferença de interação das substâncias que 
formam um material com uma fase fixa.
 b Na extração por solvente, o material é colocado em 
contato com um solvente que dissolve parcialmente 
algumas das substâncias constituintes.
 b A recristalização baseia-se na dissolução de substân-
cias presentes no material, em solvente e temperatura 
adequados, e a seguir precipitação por resfriamento.
(Osec-SP) Um dos estados brasileiros produtores de 
cloreto de sódio é o Rio Grande do Norte. Nas salinas, 
(PucCamp-SP) A obtenção do álcool etílico hidratado, 
a partir da cana-de-açúcar, pode ser representada pelo 
Em I e IV, que envolvem processos de fracionamento, 
a) filtração e destilação.
b) destilação e decantação.
c) filtração e decantação.
d) destilação e filtração.
e) decantação e decantação.
28.28. (PUC-MG) Para separação dos materiais água/álcool 
e enxofre/água, os processos mais adequados são, 
respectivamente:
a) decantação e destilação.
b) filtração e decantação.
c) destilação e filtração.
d) liquefação e sedimentação.
e) decantação e filtração.
29.29. (UEL-PR) De um material heterogêneo de dois líquidos 
imiscíveis e de densidades diferentes podemos obter 
os líquidos por:
I – sublimação II – decantação III – filtração
Das afirmações, apenas:
a) I é correta. d) I e II são corretas.
b) II é correta. e) II e III são corretas.
c) III é correta.
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Capítulo 3
Tema em foco
Como é constituída a matéria?
Como consumir de maneira sustentável?
CONSTITUINTES DAS SUBSTÂNCIAS,
QUÍMICA E CIÊNCIA
LIXO: TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL
O que fazer com os resíduos sólidos que não podem ser reaproveitados nem reciclados?
Diversas tecnologias foram desenvolvidas para dar o tratamento adequado a esse ma-
terial. No entanto, o problema maior reside no fato de que junto a esses resíduos está uma 
quantidade enorme de materiais que não deveria ter sido descartada, pois poderia ter sido 
reaproveitada ou reciclada. Dados revelam que 95% da massa total dos resíduos urbanos 
têm um potencial significativo de reaproveitamento, o que significa que apenas 5% do lixo 
urbano são, de fato, lixo.
Apesar de o Brasil não apresentar na média de consumo valores tão altos como 
os de outros países, apresenta uma grande produção de lixo que, dependendo 
da região, pode ultrapassar a mais de 1 kg de lixo por habitante. Muitas cidades 
brasileiras já têm sistemas bem avançados de tratamento do lixo; no entanto, 
a realidade da maioria de nossas cidades ainda se marca pela 
falta de uma política de investimento público na disposição 
adequada dos resíduos urbanos sólidos, resultando no triste 
fim dos chamados lixões.fim dos chamados lixões.
No Atelier da Alegria 
(SP), muitos materiais 
deixam de ser lixo. Pense 
nessa opção e em outras 
para diminuir a quantidade 
de lixo que geramos 
diariamente.
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em
Lixões
Esse é o local destinado a centenas de milhares de toneladas de lixo produzidasdiariamente e que não recebe-
ram tratamento adequado. Mantidos em grandes áreas a céu aberto, normalmente afastadas dos centros urbanos, 
esses lugares são completamente tomados por toda sorte de resíduos vindos dos mais diversos lugares, como resi-
dências, indústrias, feiras e hospitais.
Nos lixões, todo tipo de resíduo permanece livre no ambiente. Em consequência, sérios inconvenientes am-
bientais são gerados, como a contaminação do solo e dos lençóis subterrâneos de água, além de contribuir 
para a proliferação de insetos e ratos transmissores de doenças. Infelizmente, lixões não são os únicos espaços 
que recebem resíduos urbanos, o que é preocupante, pois qualquer lugar em que o lixo esteja acumulado ina-
dequadamente é propício à disseminação das mais diversas e graves doenças. Dengue, febre amarela, disente-
ria, febre tifoide, cólera, leptospirose, giardíase, peste bubônica, tétano, hepatite A, malária e esquistossomose 
são apenas alguns exemplos.
Nos lixões, dezenas de pessoas disputam restos que possam ser reaproveitados, garantindo o mínimo necessário 
à sobrevivência. Adultos, crianças e animais domésticos misturam-se aos dejetos, propiciando um ambiente desfa-
vorável à vida humana.
Na maioria das cidades brasileiras ainda existem 
lixões nos quais se encontram milhares de pessoas 
trabalhando, incluindo crianças e adolescentes. Esse 
tipo de atividade leva a um dos maiores níveis de 
degradação humana. As pessoas que ali trabalham 
são expostas aos perigos dos deslocamentos de ca-
minhões e tratores, a doenças infecciosas, poeira, a 
objetos cortantes etc. A saúde desses trabalhadores 
é agravada pela desnutrição e por doenças frequen-
tes que adquirem, tais como pneumonia, doenças de 
pele, diarreia, dengue e leptospirose. De acordo com 
o documento do Fundo de Emergência das Nações 
Unidas para a Infância (Unicef), dessas crianças do 
lixão em idade escolar, cerca de 30% delas nunca 
foram à escola: “O lixo é sua sala de aula, seu parque 
de diversões, sua alimentação e sua fonte de renda. 
Vivem em condições de pobreza absoluta. Realizam 
um trabalho cruel. São crianças no lixo. Uma situa-
ção dramática e comum no Brasil” (Criança, cata-
dor, cidadão: experiência de gestão participativa do 
lixo. Unicef, 1999).
O principal motivo de milhares de pessoas opta-
rem por esse meio de vida é a situação socioeconô-
mica do Brasil, resultante do baixo nível de escolari-
zação da população, da não qualificação profissional 
e da má distribuição de renda.
Para resolver grande parte dos problemas re-
lacionados ao lixo, bastaria que se implementas-
sem procedimentos eficientes que reduzissem a 
produção, reaproveitando-o e acondicionando-o 
corretamente. 
E então: você teria alguma ideia de como fazer 
isso sem pensar em recorrer ao apoio da Ciência, da 
tecnologia e de toda a sociedade? 
Há justiça social em um país onde existem crianças que trabalham em 
vez de brincar ou receber educação escolar?
Esse é o local destinado a centenas de milhares de toneladas de lixo produzidas diariamente e que não recebe-
ram tratamento adequado. Mantidos em grandes áreas a céu aberto, normalmente afastadas dos centros urbanos, 
esses lugares são completamente tomados por toda sorte de resíduos vindos dos mais diversos lugares, como resi-
Nos lixões, todo tipo de resíduo permanece livre no ambiente. Em consequência, sérios inconvenientes am-
bientais são gerados, como a contaminação do solo e dos lençóis subterrâneos de água, além de contribuir 
para a proliferação de insetos e ratos transmissores de doenças. Infelizmente, lixões não são os únicos espaços 
que recebem resíduos urbanos, o que é preocupante, pois qualquer lugar em que o lixo esteja acumulado ina-
dequadamente é propício à disseminação das mais diversas e graves doenças. Dengue, febre amarela, disente-
ria, febre tifoide, cólera, leptospirose, giardíase, peste bubônica, tétano, hepatite A, malária e esquistossomose 
Nos lixões, dezenas de pessoas disputam restos que possam ser reaproveitados, garantindo o mínimo necessário 
à sobrevivência. Adultos, crianças e animais domésticos misturam-se aos dejetos, propiciando um ambiente desfa-
Na maioria das cidades brasileiras ainda existem 
lixões nos quais se encontram milhares de pessoas 
trabalhando, incluindo crianças e adolescentes. Esse 
tipo de atividade leva a um dos maiores níveis de 
degradação humana. As pessoas que ali trabalham 
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O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio 
Catando comida entre os detritos.
Quando encontrava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão, 
Não era um gato, 
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Poema de Manuel Bandeira, em Obras poéticas, 1956.
O conjunto de ações que tem por objetivo a minimização da geração de lixo e a diminuição da periculosidade 
constitui a fase de tratamento dos resíduos, os quais representam uma forma de torná-los menos agressivos para a 
disposição final. Conheça os sistemas mais utilizados no Brasil.
O trabalho em lixões reduz a condição humana à inadmissível situação de vida que não deveria existir em uma sociedade huma-
namente justa.
M
ar
ce
llo
 C
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al
 Jr
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Br
M
ar
ce
llo
 C
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al
 Jr
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Br
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M
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Br
O bicho
Vi ontem um bichoVi ontem um bicho
Na imundície do pátio Na imundície do pátio 
Catando comida entre os detritos.Catando comida entre os detritos.
Quando encontrava alguma coisa, Quando encontrava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: Não examinava nem cheirava: 
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Sistemas de tratamento do lixo
Aterro sanitário – É projetado por engenhei-
ros para reduzir bastante o impacto do lixo sobre 
o meio ambiente. O lixo é reduzido ao menor vo-
lume possível e coberto periodicamente com uma 
camada de terra. O local é isolado e impermeabili-
zado para evitar a contaminação das águas super-
ficiais e subterrâneas por metais pesados e pelo 
chorume, líquido escuro e malcheiroso, resultante 
do processo de decomposição anaeróbica (sem a 
presença de oxigênio) de material orgânico.
Aterro controlado – É um sistema intermediário entre o lixão a céu aberto e o aterro sani-
tário. Não possui estrutura adequada de impermeabilização que trate o chorume. Embora 
não seja a solução ideal para o destino do lixo, os aterros controlados podem, em curto 
prazo e com investimento relativamente baixo, reduzir a agressão ambiental e a degrada-
ção social gerada pelos lixões a céu aberto. Nesses aterros, o lixo é recoberto periodica-
mente, reduzindo a proliferação de insetos. O local para implantação deve ser escolhido 
de forma muito criteriosa para diminuir o risco da contaminação de mananciais de água. 
Incineração – O lixo é queimado em alta temperatura (acima de 900 °C), o que reduz 
o volume. Em algumas usinas, essa queima é conduzida de modo a transformar o calor 
liberado em energia elétrica. Nesse processo, há necessidade do tratamento final dos gases altamente poluentes 
emitidos pelo incinerador por meio de filtros.
Compostagem – É um dos métodos mais antigos e consiste na decomposição natural de resíduos de origem 
orgânica em reservatórios instalados nas usinas de compostagem. Nesse processo, o material orgânico (restos de 
alimentos, folhas, cascas de legumes etc.) é transformado por microrganismos em húmus (composto orgânico), que 
pode ser usado como adubo. Na natureza, o húmus resulta da decomposição de vegetais, formando um material de 
cor escura que recobre a primeira camada do solo. 
Tanto na incineração como nas usinas de compostagem, o lixo passa por uma etapa inicial de separação de ma-
teriais que não serão incinerados ou transformados em adubo. Esses processos são conduzidos nas usinas por meio 
de sistemas mecânicos de esteiras, garras e eletroímãs(veja o esquema a seguir). Os materiais isolados nessa etapa 
inicial são enviados para indústrias de reciclagem.
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Montanha de lixo vista 
no aterro sanitário 
de Caieiras (SP), que 
recebe 4 500 toneladas 
de lixo produzido em São 
Paulo (SP). Nesse aterro, 
o lixo é compactado e 
depois enterrado com uma 
camada de terra.
Separador
magnético
Triagem manual
(2a catação)
Fosso
Pátio de recepção
(1a catação)
Compostos orgânicos 
(fertilizantes)
Biodigestor
Peneiras vibratórias
Rejeitos
(aterros sanitários)
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Etapas de processamento de usina de compostagem
Sistemas de tratamento do lixo
Aterro sanitário – É projetado por engenhei-
ros para reduzir bastante o impacto do lixo sobre 
o meio ambiente. O lixo é reduzido ao menor vo-
lume possível e coberto periodicamente com uma 
camada de terra. O local é isolado e impermeabili-
zado para evitar a contaminação das águas super-
ficiais e subterrâneas por metais pesados e pelo 
chorume, líquido escuro e malcheiroso, resultante 
do processo de decomposição anaeróbica (sem a 
presença de oxigênio) de material orgânico.
 – É um sistema intermediário entre o lixão a céu aberto e o aterro sani-
tário. Não possui estrutura adequada de impermeabilização que trate o chorume. Embora 
não seja a solução ideal para o destino do lixo, os aterros controlados podem, em curto 
prazo e com investimento relativamente baixo, reduzir a agressão ambiental e a degrada-
ção social gerada pelos lixões a céu aberto. Nesses aterros, o lixo é recoberto periodica-
mente, reduzindo a proliferação de insetos. O local para implantação deve ser escolhido 
de forma muito criteriosa para diminuir o risco da contaminação de mananciais de água. 
 – O lixo é queimado em alta temperatura (acima de 900 °C), o que reduz 
o volume. Em algumas usinas, essa queima é conduzida de modo a transformar o calor 
liberado em energia elétrica. Nesse processo, há necessidade do tratamento final dos gases altamente poluentes 
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VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS PROCESSOS DE DISPOSIÇÃO DO LIXO
Processo Vantagens Desvantagens
Aterro sanitário
Evita o contato humano direto com o lixo.
Diminui o risco de contaminação das 
águas subterrâneas quando executado 
adequadamente.
Controla a proliferação de ratos e insetos.
Pode aproveitar áreas topograficamente 
inutilizadas.
Tem um baixo custo operacional.
Não reaproveita materiais para reciclagem 
quando não é precedido de coleta seletiva ou 
tratamento prévio.
Contamina o meio ambiente pelo chorume 
quando não é conduzido adequadamente.
Inutiliza grandes áreas físicas. 
Aumenta, geralmente, o custo com transporte 
em razão da necessidade de longa distância 
de áreas urbanas. 
Incineração
Reduz consideravelmente o volume do lixo.
Produz material estéril, que evita a 
contaminação por agentes patogênicos.
Possibilita o aproveitamento de energia.
Diminui a distância de transporte pela 
possibilidade de instalação em áreas próximas 
aos centros urbanos.
Tem custo operacional muito elevado.
Apresenta problemas operacionais.
Pode contaminar o ar com gases poluentes, 
caso não empregue sistemas de filtros 
apropriados.
Não reaproveita materiais para reciclagem 
quando não é precedido de coleta seletiva ou 
tratamento prévio.
Compostagem
Produz adubo para a agricultura.
Reduz o número de agentes patogênicos.
Implica obrigatoriamente a separação inicial 
de materiais que podem ser reciclados.
Pode contaminar as plantações com metais 
pesados que ficam retidos no adubo.
Demora vários dias para processar o lixo.
Pode emitir gases malcheirosos, caso não seja 
bem controlada.
Fonte: JARDIM, N. S. (Coord.) Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. São Paulo: IPT/Cempre, 1995.
Coleta seletiva – A coleta seletiva é uma 
atitude sustentável que trata do recolhimento 
de materiais recicláveis na origem, ou seja, em 
casa, na escola, no escritório, na fábrica, nos 
hospitais etc. Os materiais recicláveis são acon-
dicionados em recipientes adequados, coleta-
dos e enviados para as indústrias de reciclagem. 
Em um programa de coleta seletiva, recu-
peram-se, em geral, cerca de 90% dos mate-
riais para reciclagem (papéis, plásticos, vidros 
e metais). Os 10% restantes são rejeitos, ou 
seja, materiais que não podem ser reaprovei-
tados, como isopor, trapos, papel carbono, 
fraldas descartáveis, couro, louça, cerâmica e 
objetos produzidos com muitas peças de di-
ferentes materiais.
Todos os sistemas de disposição do lixo descritos anteriormente apresentam vantagens 
e desvantagens e a implantação depende de uma pesquisa detalhada das condições de 
cada cidade, que deve incluir um estudo de impacto ambiental. A tabela a seguir apre-
senta algumas vantagens e desvantagens de três desses processos de disposição de lixo.
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A coleta seletiva facilita o 
processo de separação 
final dos materiais a serem 
reciclados.
Coleta seletiva – A coleta seletiva é uma 
atitude sustentável que trata do recolhimento 
de materiais recicláveis na origem, ou seja, em 
casa, na escola, no escritório, na fábrica, nos 
hospitais etc. Os materiais recicláveis são acon-
dicionados em recipientes adequados, coleta-
dos e enviados para as indústrias de reciclagem. 
Em um programa de coleta seletiva, recu-
peram-se, em geral, cerca de 90% dos mate-
riais para reciclagem (papéis, plásticos, vidros 
e metais). Os 10% restantes são rejeitos, ou 
seja, materiais que não podem ser reaprovei-
tados, como isopor, trapos, papel carbono, 
fraldas descartáveis, couro, louça, cerâmica e 
objetos produzidos com muitas peças de di-
ferentes materiais.
Todos os sistemas de disposição do lixo descritos anteriormente apresentam vantagens 
e desvantagens e a implantação depende de uma pesquisa detalhada das condições de 
cada cidade, que deve incluir um estudo de impacto ambiental. A tabela a seguir apre-
senta algumas vantagens e desvantagens de três desses processos de disposição de lixo.
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1. Quais são os benefícios da reciclagem de materiais do lixo?
2. Com base nas vantagens e desvantagens de cada sistema de tratamento de lixo, indique qual seria o sistema mais 
adequado do ponto de vista ambiental para cada um dos seguintes tipos de lixo: domiciliar, público, hospitalar, 
industrial e agrícola (veja a classificação do lixo na página 47 do capítulo 2).
3. Debata o argumento de algumas pessoas: “A coleta seletiva é um processo trabalhoso que somente beneficia a 
indústria de reciclagem, que não nos paga pelo trabalho que realizamos”.
4. Que propriedade é utilizada para selecionar os materiais ao passar pelos separadores eletromagnéticos nas usi-
nas de compostagem?
5. Que propriedade é utilizada para separar o lixo em peneiras de usinas de compostagem?
6. Classifique os processos de aterro, incineração e compostagem do lixo em transformação química e em pro-
cesso físico.
7. Com base nos gráficos a seguir (IBGE, 2000), debata sobre a problemática do destino do lixo brasileiro e aponte 
medidas para amenizar essa questão. 
8. Analise os dados apresentados na tabela abaixo, procurando identificar a situação da coleta de lixo em cada 
estado. Em seguida, debata as possíveis razões para as diferenças observadas.
9. Quais são os problemas que a população da sua cidade enfrenta em relação ao lixo? Debata essa questão com 
os colegas de classe.
10. Debata com os colegas por que, mesmo em situações de grande risco para a saúde da população e contamina-
ção do meio ambiente, os lixões são utilizados para o acondicionamento do lixo. Qual é a responsabilidade dos 
governantes e da população em relação a essa situação?
Porcentagem de 
municípios que 
destinam o lixo 
em aterros e 
lixões.
não informados
outros
lixões
lixões
aterros 
sanitários
aterros 
controlados
Destino final do lixo coletivo 
nopaís em massa.
31%
22%
47%
60%
31%
9%
Debata e entenda
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
PORCENTAGEM DE DOMICÍLIOS POR ESTADO DA FEDERAÇÃO SEM COLETA DIRETA OU INDIRETAMENTE DO LIXO
Estado
Domicílios sem 
coleta (%)
Estado
Domicílios sem 
coleta (%)
Estado
Domicílios sem 
coleta (%)
Piauí 43,2 Acre 19 Mato Grosso do Sul 9,9
Maranhão 33,9 Pernambuco 18,8 Paraná 9,2
Alagoas 24,9 Pará 18 Goiás 9,1
Rondônia 24,7 Roraima 15,2 Rio Grande do Sul 8,3
Tocantins 24,2 Sergipe 14,1 Santa Catarina 7,7
Bahia 23,8 Rio Grande do Norte 13,7 Amapá 2,7
Ceará 22,5 Amazonas 13,3 Rio de Janeiro 1,3
Mato Grosso 19,5 Espírito Santo 12,6 São Paulo 1,2
Paraíba 19,4 Minas Gerais 11,3 Distrito Federal 1,2
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, 2001-2009.
Quais são os benefícios da reciclagem de materiais do lixo?
Com base nas vantagens e desvantagens de cada sistema de tratamento de lixo, indique qual seria o sistema mais 
adequado do ponto de vista ambiental para cada um dos seguintes tipos de lixo: domiciliar, público, hospitalar, 
industrial e agrícola (veja a classificação do lixo na página 47 do capítulo 2).
Debata o argumento de algumas pessoas: “A coleta seletiva é um processo trabalhoso que somente beneficia a 
indústria de reciclagem, que não nos paga pelo trabalho que realizamos”.
Que propriedade é utilizada para selecionar os materiais ao passar pelos separadores eletromagnéticos nas usi-
Que propriedade é utilizada para separar o lixo em peneiras de usinas de compostagem?
Classifique os processos de aterro, incineração e compostagem do lixo em transformação química e em pro-
Com base nos gráficos a seguir (IBGE, 2000), debata sobre a problemática do destino do lixo brasileiro e aponte 
lixões
lixões
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controlados
31%
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FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
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P erguntas como essas sempre intrigaram o ser humano. É da natureza humana bus-
car respostas sobre questões relativas à nossa existência e ao mundo que nos cerca. 
O que sou? Onde estou? O que é o mundo? O que faço e o que devo fazer neste mun-
do? Essas são algumas das questões para as quais, há muito tempo, buscamos respostas 
por meio de diversos modos de pensar. O pensamento mágico e mitológico é uma das 
formas mais antigas de resposta a essas questões. O mito é uma forma de pensamento 
que se impõe pela emotividade ou, como consideram alguns, por explicações atribuídas a 
forças superiores. Esse tipo de pensamento manifesto em narrativas mitológicas, como as 
encontradas na mitologia grega, esteve presente em sociedades primitivas e se manifes-
tava como uma crença coletiva que não era questionada e simplesmente acreditada por 
atos de fé, sendo transmitida de geração a geração. Essa forma de interpretar o mundo 
ainda está presente nas sociedades atuais.
Assim foram, por exemplo, muitas explicações atribuídas à origem e à natureza do fogo, 
tido como um fenômeno divino. Um passo importante na evolução de nossa civilização foi, 
contudo, quando esse pensamento mágico começou a ser substituído pelo pensamento 
racional, como o da Filosofia, que busca respostas para as questões apresentadas anterior-
mente. Desse pensamento racional, surgiu o pensamento científico, ao qual a Química está 
vinculada. A Química, uma ciência moderna, fornece-nos explicações sobre as substâncias, 
suas transformações, suas propriedades e constituição. Vejamos um pouco dessa história.
Das artes práticas de 
transformação à Alquimia
Os processos químicos, nos quais substâncias se transformam em outras, sempre 
fascinaram a humanidade. Na busca de dominá-los, desde os primórdios da humanidade, 
uma série de tecnologias químicas foi desenvolvida: o controle da combustão, a obtenção de 
metais com base nas transformações químicas de seus minérios, o cozimento de alimentos, 
o processo de curtição do couro, a fabricação de vidros e cerâmicas, a obtenção de drogas 
e medicamentos etc. O domínio dessas tecnologias possibilitou maiores intervenções no 
ambiente e contribuiu para melhorar as condições de vida do ser humano.
O domínio desses conhecimentos práticos de transformações de materiais 
por civilizações primitivas se deu muitas vezes por técnicas executadas em 
rituais religiosos ou de magia. Assim, se consolidaram as técnicas dos 
curandeiros, dos mineiros, dos ferreiros, entre outros.
A esses conhecimentos práticos se somaram conhecimentos 
de sábios que permitiram melhor compreensão e maior 
domínio de diferentes processos de transformação. 
Surgiram então as bases da Alquimia em diversas civi-
lizações, diferenciando-se pelas concepções de mundo 
de cada cultura. Desse modo, desde a Antiguidade até a 
Idade Média, tivemos, entre outras, a Alquimia chinesa, a
hindu, a egípcia, a árabe, a europeia.
1 DA ALQUIMIA À QUÍMICA
o processo de curtição do couro, a fabricação de vidros e cerâmicas, a obtenção de drogas 
e medicamentos etc. O domínio dessas tecnologias possibilitou maiores intervenções no 
ambiente e contribuiu para melhorar as condições de vida do ser humano.
O domínio desses conhecimentos práticos de transformações de materiais 
por civilizações primitivas se deu muitas vezes por técnicas executadas em 
rituais religiosos ou de magia. Assim, se consolidaram as técnicas dos 
curandeiros, dos mineiros, dos ferreiros, entre outros.
A esses conhecimentos práticos se somaram conhecimentos 
WRIGHT Joseph. O alqui-
mista em busca da pe-
dra filosofal. 1771. Óleo 
sobre tela, 127 cm � 101,6 
cm. Pintura representando 
Henning Brand e a desco-
berta do elemento fósforo.
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Por que substâncias diferentes possuem propriedades diversas? Do ponto de vista microscópico, como serão as substâncias?
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P erguntas como essas sempre intrigaram o ser humano. É da natureza humana bus-
car respostas sobre questões relativas à nossa existência e ao mundo que nos cerca. 
O que sou? Onde estou? O que é o mundo? O que faço e o que devo fazer neste mun-
do? Essas são algumas das questões para as quais, há muito tempo, buscamos respostas 
por meio de diversos modos de pensar. O pensamento mágico e mitológico é uma das 
formas mais antigas de resposta a essas questões. O mito é uma forma de pensamento 
que se impõe pela emotividade ou, como consideram alguns, por explicações atribuídas a 
forças superiores. Esse tipo de pensamento manifesto em narrativas mitológicas, como as 
encontradas na mitologia grega, esteve presente em sociedades primitivas e se manifes-
tava como uma crença coletiva que não era questionada e simplesmente acreditada por 
atos de fé, sendo transmitida de geração a geração. Essa forma de interpretar o mundo 
ainda está presente nas sociedades atuais.
Assim foram, por exemplo, muitas explicações atribuídas à origem e à natureza do fogo, 
tido como um fenômeno divino. Um passo importante na evolução de nossa civilização foi, 
1 DA ALQUIMIA À QUÍMICA
Por que substâncias diferentes possuem propriedades diversas? Do ponto de vista microscópico, como serão as substâncias?Por que substâncias diferentes possuem propriedades diversas? Do ponto de vista microscópico, como serão as substâncias?
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O método científico e o nascimento da 
Ciência Moderna
No século XVII, começa a se estabelecer um novo modo de justificar os 
conhecimentos, com base em um moderno método experimental, centra-
do em observações meticulosamente controladas que pudessem desen-
volver teorias demonstráveis matematicamente. O inglês Francis Bacon 
[1561-1626] e o francês René Descartes [1596-1650] estão entre os vários 
pensadores que contribuíram para o estabelecimento desse modo de pen-
sar: o método científico. O físico italiano Galileu Galilei [1564-1642] e o 
químico Robert Boyle [1627-1691] estão entre os primeiros estudiosos a 
fazer uso dessa metodologia.Como se vê, a Alquimia não teve uma única base de conhecimento. Por isso, historia-
dores têm até dificuldade de defini-la claramente, considerando-a como doutrina, como 
filosofia ou como arte. O fato é que sua origem sempre esteve relacionada ao ofício práti-
co de transformações de materiais. Com relação a seu nome, alguns consideram que teve 
origem na civilização egípcia, advinda da palavra khemeia, arte relacionada com mistérios, 
superstições, ocultismo e religião. Outra hipótese é que tenha surgido da palavra grega 
chyma, que significa fundir ou moldar metais. A concepção mais aceita é que o nome veio 
do grego chemya, palavra de origem egípcia: kam it ou kem it = “negro”. A explicação 
para essa origem pode ser atribuída ao solo negro do Egito (berço das artes alquímicas), 
ou a uma etapa de enegrecimento no processo de transmutação desenvolvido pelos 
alquimistas, ou, ainda, por significar a Arte Negra, secreta ou divina.
A Alquimia passou para a História por seus ideais inatingíveis: a bus-
ca de uma fórmula que poderia transformar metais em ouro, a chamada 
“transmutação”, e de um elixir da longa vida, que permitiria a imortalida-
de. Embora nunca tenham sido alcançados pelos alquimistas, esses objeti-
vos trouxeram ganhos bastante concretos: permitiram o desenvolvimento 
de aparelhos, técnicas laboratoriais e substâncias fundamentais para o de-
senvolvimento da Ciência. Hoje não somos imortais, mas temos uma ex-
pectativa de vida cada vez maior. As conquistas tecnológicas obtidas pela 
sociedade trouxeram riqueza e melhor qualidade de vida, embora esses 
benefícios não estejam disponíveis a todos.
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ca
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Cadinho de porcelana, 
destilador de cobre 
(alambique) e forno de 
altas temperaturas são 
instrumentos usados hoje, 
mas que já eram utilizados 
pelos alquimistas.
Creative Commons
Em Discurso do Método, obra publicada em 1637, Descartes apresenta um modelo de 
pensamento que contribuiu para consolidar a nova forma de pensar que caracterizou a 
Ciência Moderna.
Hely Demutti He
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Como se vê, a Alquimia não teve uma única base de conhecimento. Por isso, historia-
dores têm até dificuldade de defini-la claramente, considerando-a como doutrina, como 
filosofia ou como arte. O fato é que sua origem sempre esteve relacionada ao ofício práti-
co de transformações de materiais. Com relação a seu nome, alguns consideram que teve 
khemeia, arte relacionada com mistérios, 
superstições, ocultismo e religião. Outra hipótese é que tenha surgido da palavra grega 
, que significa fundir ou moldar metais. A concepção mais aceita é que o nome veio 
ou kem it = “negro”. A explicação kem it = “negro”. A explicação kem it
para essa origem pode ser atribuída ao solo negro do Egito (berço das artes alquímicas), 
ou a uma etapa de enegrecimento no processo de transmutação desenvolvido pelos 
alquimistas, ou, ainda, por significar a Arte Negra, secreta ou divina.
A Alquimia passou para a História por seus ideais inatingíveis: a bus-
ca de uma fórmula que poderia transformar metais em ouro, a chamada 
“transmutação”, e de um elixir da longa vida, que permitiria a imortalida-
de. Embora nunca tenham sido alcançados pelos alquimistas, esses objeti-
vos trouxeram ganhos bastante concretos: permitiram o desenvolvimento 
de aparelhos, técnicas laboratoriais e substâncias fundamentais para o de-
senvolvimento da Ciência. Hoje não somos imortais, mas temos uma ex-
pectativa de vida cada vez maior. As conquistas tecnológicas obtidas pela 
sociedade trouxeram riqueza e melhor qualidade de vida, embora esses 
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mas que já eram utilizados 
pelos alquimistas.
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O novo método científico se consolidou e caracterizou o que chamamos hoje Ciência 
moder na. Essa nova forma de interpretar o mundo revolucionou diferentes campos de 
estudos e influenciou o modo de vida das pessoas. Seu objetivo é explicar a natureza e 
o universo no qual estamos inseridos. Enquanto os filósofos pensam sobre a causa da 
existência dos corpos, os cientistas se preocupam em explicar como eles se comportam.
A principal característica dos campos de conhecimento que se tornaram Ciência, como 
as Ciências Sociais (História, Geografia, Sociologia) e as Ciências da Natureza (Física, Biologia, 
Química), está na forma sistemática de desenvolver seus estudos: o método científico. 
Não existe um único método em Ciências, cada uma pode ter métodos diferentes, os 
quais são acordados entre os próprios cientistas que decidem a forma como aceitam ou 
refutam os estudos de sua área. Esses métodos estabelecidos pela comunidade científica 
estão em constante mudança.
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Um método clássico e ainda utilizado nas Ciências Naturais, apesar de não ser o úni-
co, consiste na realização da sequência organizada de etapas para o estudo de fenôme-
nos: observação do fenômeno, elaboração de hipóteses, teste das hipóteses, generaliza-
ção e proposição de uma teoria explicativa para o fenômeno. Vejamos em que consistem 
essas etapas.
A hipótese apoia-se em uma afirmação prévia para explicar determinado fenômeno. 
É a explicação proposta, com base nos conhecimentos já existentes, antes de se realizar 
o estudo. Para explicar a combustão, por exemplo, poderíamos formular algumas hipóte-
ses: ela ocorre pela combinação do combustível com 
o oxigênio ou ocorre pela combinação com outro tipo 
de gás. Essas e outras explicações são consideradas hi-
póteses até que possam ser testadas e comprovadas.
As hipóteses podem ser testadas por meio de 
experimentos. No caso da combustão, teríamos 
de repeti-la diversas vezes, fazendo observações 
meticulosas sobre a sua ocorrência. Para testar as 
hipóteses citadas, a combustão deveria ser realizada 
inicialmente na presença de ar, depois na presença 
de diferentes tipos de gases, como o gás carbônico, 
o nitrogênio, entre outros.
Não existe um método 
único de investigação em 
Ciências: enquanto al-
guns cientistas coletam 
dados em equipamentos, 
outros analisam resulta-
dos obtidos em entrevis-
tas. As análises são feitas 
de forma diferente, mas, 
sejam quais forem os mé-
todos utilizados, deverão 
ser reconhecidas por suas 
comunidades científicas.
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Marie Curie [1867-1934]
em seu laboratório. O co-
nhecimento que temos sobre 
radiação deve-se, em gran-
de parte, às arriscadas ex-
periências que custaram a 
saúde dessa dedicada cien-
tista polonesa e lhe conferi-
ram o Prêmio Nobel.
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O novo método científico se consolidou e caracterizou o que chamamos hoje 
moder na. Essa nova forma de interpretar o mundo revolucionou diferentes campos de 
estudos e influenciou o modo de vida das pessoas. Seu objetivo é explicar a natureza e 
o universo no qual estamos inseridos. Enquanto os filósofos pensam sobre a causa da 
existência dos corpos, os cientistas se preocupam em explicar como eles se comportam.
A principal característica dos campos de conhecimento que se tornaram Ciência, como 
as Ciências Sociais (História, Geografia, Sociologia) e as Ciências da Natureza (Física, Biologia, 
Química), está na forma sistemática de desenvolver seus estudos: o 
Não existe um único método em Ciências, cada uma pode ter métodos diferentes, os 
quais são acordados entre os próprios cientistas que decidem a forma como aceitam ou 
refutam os estudos de sua área. Esses métodos estabelecidos pela comunidade científica 
estão em constante mudança.
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Não existe um método 
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Ciências: enquanto al-
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dados em equipamentos, 
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de forma diferente, mas, 
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A análise dos resultados desses experimentos pode levar à aceitação de uma hipóte-
se inicial ou à elaboração de novas hipóteses a serem também testadas. A comparação 
de resultados de diferentes experimentos pode levar a generalizações, que em Ciência 
chamamos leis ou regras científicas. Por exemplo, no caso da combustão, os resulta-
dos experimentais indicam que ela não ocorre na ausência de oxigênio. Assim, o enun-
ciado “para haver combustão deve haver oxigênio” corresponderia a uma lei, pois se tra-
ta de uma generalização. Após os testes, as explicações que estiverem de acordo com 
os resultados encontrados passam a constituir as teorias científicas. Teoria científica é 
o conjunto de afirmações consideradas válidas pela comunidade científica para explicar 
determinado fenômeno.
O nascimento da Química Moderna
Os estudos sobre processos químicos eram desenvolvidos por diversos filósofos e, so-
bretudo, pelos alquimistas. Até a Idade Média, tais estudos se fundamentavam em teorias 
obscuras, mas aos poucos novos estudiosos adotaram os métodos experimentais da Ciência 
moderna e novas teorias foram surgindo para explicar as transformações químicas. Por 
exemplo, o médico, filósofo e alquimista suíço Paracelso, Philipus Aureolus Theophrastus 
Bombast von Hohenheim [1493-1541], mesmo ainda ligado à Alquimia, desenvolveu es-
tudos que deram início à Química médica (quimiatria ou iatroquímica). Vários outros, en-
tre os quais se destaca o físico e químico irlandês Robert Boyle, desenvolveram técnicas 
experimentais na produção metalúrgica e na preparação de diversos materiais.
Muitas das novas teorias permaneceram ainda impregnadas de velhos conceitos e mo-
delos da Alquimia. Uma das mais marcantes foi a teoria do flogístico, proposta pelo 
alemão Georg Ernst Stahl [1660-1734]. Em 1731, ele aventou uma teoria explicativa para 
a combustão. De acordo com ela os corpos combustíveis teriam como constituinte um 
“elemento”, denominado flogístico, liberado durante a queima.
Embora as explicações com base na teoria do flogístico fossem razoáveis, ela apresenta-
va incongruências em relação à variação de massa. Mesmo assim, foi muito aceita na época.
No século XVIII, surgiram melhores explicações para a combustão. Antoine Laurent 
Lavoisier [1743-1794] percebeu a importância do oxigênio para esse processo. Com base 
em experiências bem elaboradas e controladas, utilizando balanças de alta precisão 
(cujas sensibilidade e precisão poderiam rivalizar com balanças modernas), ele mediu a 
variação de massa durante a combustão de diversas substâncias. Os resultados dos ex-
perimentos demonstraram que havia conservação de massa durante as reações e per-
mitiram que ele demonstrasse que a queima é uma reação com o oxigênio e que a cal 
metálica da teoria do flogístico era, na verdade, uma nova substância.
Lavoisier contribuiu de maneira significativa para o surgimento da Química, como 
ciência experimental, ao propor uma alternativa à teoria do flogístico e consolidar um 
novo método de investigação coerente com os métodos científicos. O seu trabalho e o 
de outros químicos da época, como o escocês Joseph Black [1728-1799], contribuíram 
para demonstrar a necessidade do uso de balanças nos estudos da Química.
Essa nova forma de estudar processos químicos já era aplicada por vários cien-
tistas e tem os trabalhos de Lavoisier como um marco na mudança de paradigma 
no estudo dessa área de conhecimento. Paradigma é o padrão ou o modelo 
que norteia nosso modo de viver, trabalhar, fazer Ciência. É pela mudança 
de paradigmas, de acordo com o físico e filósofo alemão Thomas Kuhn 
[1922-1996], que a Ciência se desenvolve. Essas mudanças são também 
chamadas Revoluções Científicas.
No século XVIII, surgiram melhores explicações para a combustão. Antoine Laurent 
Lavoisier [1743-1794] percebeu a importância do oxigênio para esse processo. Com base 
em experiências bem elaboradas e controladas, utilizando balanças de alta precisão 
(cujas sensibilidade e precisão poderiam rivalizar com balanças modernas), ele mediu a 
variação de massa durante a combustão de diversas substâncias. Os resultados dos ex-
perimentos demonstraram que havia conservação de massa durante as reações e per-
mitiram que ele demonstrasse que a queima é uma reação com o oxigênio e que a cal 
metálica da teoria do flogístico era, na verdade, uma nova substância.
Lavoisier contribuiu de maneira significativa para o surgimento da Química, como 
ciência experimental, ao propor uma alternativa à teoria do flogístico e consolidar um 
novo método de investigação coerente com os métodos científicos. O seu trabalho e o 
de outros químicos da época, como o escocês Joseph Black [1728-1799], contribuíram 
para demonstrar a necessidade do uso de balanças nos estudos da Química.
Essa nova forma de estudar processos químicos já era aplicada por vários cien-
tistas e tem os trabalhos de Lavoisier como um marco na mudança de paradigma 
no estudo dessa área de conhecimento. Paradigma é o padrão ou o modelo 
que norteia nosso modo de viver, trabalhar, fazer Ciência. É pela mudança 
de paradigmas, de acordo com o físico e filósofo alemão Thomas Kuhn 
[1922-1996], que a Ciência se desenvolve. Essas mudanças são também 
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A teoria do flogístico, que 
teve importância histórica 
na busca da compreensão 
da natureza da matéria, foi 
proposta pelo químico ale-
mão Georg Ernst Stahl 
[1660-1734].
A análise dos resultados desses experimentos pode levar à aceitação de uma hipóte-
se inicial ou à elaboração de novas hipóteses a serem também testadas. A comparação 
generalizações, que em Ciência 
. Por exemplo, no caso da combustão, os resulta-
dos experimentais indicam que ela não ocorre na ausência de oxigênio. Assim, o enun-
ciado “para haver combustão deve haver oxigênio” corresponderia a uma lei, pois se tra-
ta de uma generalização. Após os testes, as explicações que estiverem de acordo com 
os resultados encontrados passam a constituir as teorias científicas. Teoria científica é 
o conjunto de afirmações consideradas válidas pela comunidade científica para explicar 
O nascimento da Química Moderna
Os estudos sobre processos químicos eram desenvolvidos por diversos filósofos e, so-
bretudo, pelos alquimistas. Até a Idade Média, tais estudos se fundamentavam em teorias 
obscuras, mas aos poucos novos estudiosos adotaram os métodos experimentais da Ciência 
moderna e novas teorias foram surgindo para explicar as transformações químicas. Por 
exemplo, o médico, filósofo e alquimista suíço Paracelso, Philipus Aureolus Theophrastus 
Bombast von Hohenheim [1493-1541], mesmo ainda ligado à Alquimia, desenvolveu es-
tudos que deram início à Química médica (quimiatria ou iatroquímica). Vários outros, en-
tre os quais se destaca o físico e químico irlandês Robert Boyle, desenvolveram técnicas 
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Historiadores das Ciências divergem quanto ao período e aos fatos que marcaram 
a Revolução Química. Porém muitos concordam que essa revolução culminou de 
fato com o Traité élémentaire de Chimie (Tratado elementar de Química), publicado 
por Lavoisier em 1789. Essa revolução se caracterizou pelo fato de os químicos pas-
sarem a utilizar um método característico de investigação, uma linguagem própria e 
um sistema lógico de teorias para estudar e explicar os processos. Contribuíram para 
o surgimento da Química as profundas mudanças culturais e sociais daquela época, 
advindas com a Revolução Industrial e com a Revolução Francesa, inspirada nos ideais 
dos iluministas do chamado Século das Luzes.
Portanto, podemos dizer que a Química é uma ciência nova com pouco mais de 
duzentos anos. Há quem defenda queela derivou da Alquimia, mas, na verdade, se ori-
ginou de uma revolução do modo de pensar a matéria. Nesse sentido é que a Química 
tem propósitos e métodos bem diferentes da Alquimia. 
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A   L
A ntoine Laurent Lavoisier nasceu em Pa-
ris em 1743 e lá morreu guilhotinado 
em 1794. Durante seus estudos no Collège des 
Quatre-Nations, ele estabeleceu contato com 
cientistas famosos. Ele adorava Matemática e 
se interessava por todas as Ciências. Provavel-
mente o primeiro trabalho científico dele tenha 
sido uma descrição de exatidão notável de uma 
aurora boreal. Em 1768, com 24 anos, conse-
guiu uma vaga de químico-adjunto, tornando-se 
membro da Academia de Ciências. Logo ele co-
meçou a ganhar notoriedade com seus trabalhos 
contra a teoria dos quatro elementos. No mes-
mo ano, Lavoisier se tornou membro da Ferme 
Générale, uma companhia cujos sócios arren-
davam do governo o privilégio de coletar os impostos. Eles eram obrigados a entregar ao rei uma quantia 
fixa estipulada e o excedente correspondia aos lucros dos fiscais. Os membros da Ferme Générale eram 
suspeitos de corrupção e detestados pelo povo em geral. O Tribunal da Revolução Francesa o sentenciou 
à morte em razão dessas acusações. O tribunal que o condenou não demorou a reconhecer sua inocência 
e devolver à sua esposa seus documentos e instrumentos de laboratório, permitindo a publicação de tra-
balhos ainda inéditos. Sua obra – que trata de procedimentos experimentais, como o uso da balança – foi 
fundamental para o desenvolvimento da Química, sendo Lavoisier considerado por muitos historiadores 
o responsável por tornar a Química uma Ciência experimental. Sobre sua morte, comentou o matemático 
e físico italiano Joseph-Louis Lagrange [1736-1813]: “Foi preciso somente um momento para cortar sua 
cabeça e, provavelmente, cem anos não serão suficientes para produzir outra como aquela”.
A Ciência na História
DAVID, Jaques-Louis. Retrato de Antonie-Laurent e Marie-Anne 
Lavoisier. 1788. Óleo sobre tela, 256 cm � 195 cm. Marie-Anne teve 
um papel importante nos trabalhos de pesquisa de Lavoisier.
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Historiadores das Ciências divergem quanto ao período e aos fatos que marcaram 
a Revolução Química. Porém muitos concordam que essa revolução culminou de 
fato com o Traité élémentaire de Chimie
por Lavoisier em 1789. Essa revolução se caracterizou pelo fato de os químicos pas-
sarem a utilizar um método característico de investigação, uma linguagem própria e 
um sistema lógico de teorias para estudar e explicar os processos. Contribuíram para 
o surgimento da Química as profundas mudanças culturais e sociais daquela época, 
advindas com a Revolução Industrial e com a Revolução Francesa, inspirada nos ideais 
dos iluministas do chamado Século das Luzes.
Portanto, podemos dizer que a Química é uma ciência nova com pouco mais de 
duzentos anos. Há quem defenda que ela derivou da Alquimia, mas, na verdade, se ori-
ginou de uma revolução do modo de pensar a matéria. Nesse sentido é que a Química 
tem propósitos e métodos bem diferentes da Alquimia. 
A Ciência na HistóriaA Ciência na História
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2 CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
E SENSO COMUM
O que diferencia o conhecimento científico do senso comum, isto é, do conhecimento não científico? 
Será que o conhecimento do cozinheiro e do oleiro também são conhecimentos científicos? Por quê? 
Pense
As transformações químicas não são estudadas apenas pelos químicos. Os cozinhei-
ros, por exemplo, estudam constantemente melhores maneiras de combinar dife-
rentes temperos e técnicas para transformar alimentos em apetitosos pratos. Muitos dos 
processos desenvolvidos por eles são de natureza química. Assim ocorre com o carvoeiro, 
que transforma a madeira em carvão, e com o oleiro, que transforma o barro em tijolo.
Podemos dizer que muitos dos objetos de estudo dos cientistas são também estudados 
por pessoas que não têm conhecimentos científicos sobre o assunto. Sabemos, por exem-
plo, que os índios podem conhecer mais sobre o ciclo de plantas e os hábitos de animais 
de sua região do que os biólogos. Todavia, o que diferencia o conhecimento científico do 
senso comum é a maneira como ele é construído e organizado. Os cientistas utilizam rígi-
dos critérios e métodos de investigação para obter, justificar e transmitir o conhecimento 
científico. No senso comum, o conhecimento é conquistado sem, necessariamente, seguir 
métodos e técnicas específicos. No senso comum não existe uma organização sistemati-
zada do conhecimento.
Apesar da sua larga aplicação, as teorias científicas têm seus limites. Não conseguem 
explicar tudo. Compreender a natureza e as limitações do conhecimento científico é fun-
damental para sabermos até que ponto e como poderemos usar esse conhecimento. Por 
isso, é preciso antes de tudo reconhecer que a Química, como toda Ciência, não expressa 
uma verdade absoluta. Ela apresenta a explicação que é mais bem-aceita pela comunida-
de científica. Isso pode valer em um período histórico e não ser aceito em outro período.
O conhecimento científico é elaborado com rigor e permite muitas vezes, com bastante 
precisão, prever e explicar novos fenômenos. Todavia, dependendo do que se pretende, 
isso pode ser feito também por outros tipos de conhecimento. Embora o conhecimento 
prático culinário de uma dona de casa seja suficiente para preparar excelentes refeições, 
ele não é capaz de explicar os princípios químicos envolvidos no processo, sendo insufi-
ciente para garantir a qualidade exigida para a produção industrializada.ciente para garantir a qualidade exigida para a produção industrializada.
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O conhecimento das trans-
formações químicas não 
é de domínio exclusivo dos 
químicos.
 CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
O que diferencia o conhecimento científico do senso comum, isto é, do conhecimento não científico? 
Será que o conhecimento do cozinheiro e do oleiro também são conhecimentos científicos? Por quê? 
s transformações químicas não são estudadas apenas pelos químicos. Os cozinhei-
ros, por exemplo, estudam constantemente melhores maneiras de combinar dife-
rentes temperos e técnicas para transformar alimentos em apetitosos pratos. Muitos dos 
processos desenvolvidos por eles são de natureza química. Assim ocorre com o carvoeiro, 
que transforma a madeira em carvão, e com o oleiro, que transforma o barro em tijolo.
Podemos dizer que muitos dos objetos de estudo dos cientistas são também estudados 
por pessoas que não têm conhecimentos científicos sobre o assunto. Sabemos, por exem-
plo, que os índios podem conhecer mais sobre o ciclo de plantas e os hábitos de animais 
de sua região do que os biólogos. Todavia, o que diferencia o conhecimento científico do 
senso comum é a maneira como ele é construído e organizado. Os cientistas utilizam rígi-
dos critérios e métodos de investigação para obter, justificar e transmitir o conhecimento 
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Exercícios
 1. Cite algumas transformações químicas conhecidas des-
de o início da humanidade e sua utilização.
 2. Em que acreditavam os alquimistas? Quais as suas prin-
cipais atividades?
 3. Pesquise, em livros de História, a influência dos ilumi-
nistas no surgimento de Ciências modernas como a 
Química.
 4. Pesquise, em livro de História, a Revolução Industrial 
e a Revolução Francesa e identifique as contribuições 
desses períodos históricos para o desenvolvimento da 
Química como Ciência.
 5. Em que consistia a teoria do flogístico?
 6. Qual é a diferença entre a explicação da combustão 
pela teoria do flogístico e pela teoria de Lavoisier?
 7. Cite uma das contribuições de Lavoisier para o surgi-
mento da Química como Ciência.
 8. Que mudanças aconteceram na sociedade, com a Re-
volução Industrial, que favoreceram o desenvolvimentoda Química?
 9. O que é método científico?
 10. Existe um único método científico? Por quê?
 11. Em que a Alquimia contribuiu para o desenvolvimento 
da Química?
 12. Estabeleça a principal diferença entre a Alquimia e a 
Química.
 13. Para você, qual é a diferença entre magia e Ciência?
 14. O que diferencia os conhecimentos químicos do senso 
comum?
 15. O conhecimento químico expressa a verdade absoluta? 
Justifique sua resposta.
 16. Zé Limpim é o fabricante do sabão mais vendido na sua 
região. Seu produto é fabricado por várias gerações 
da família. No momento, sua produção já está sendo 
vendida até na capital. Você poderia afirmar que Zé 
Limpim é um cientista e, por isso, seu sabão é de boa 
qualidade? Justifique sua resposta.
 17. Durante alguns anos, médicos receitaram medicamen-
tos à base de talidomida para amenizar os enjoos de 
mulheres grávidas. Mas aconteceu uma tragédia: bebês 
de mães que fizeram uso desse medicamento nasceram 
com deformidades nos membros superiores e inferiores. 
Sobre tal acontecimento, debata:
a) O que poderia ter sido feito para evitar essa 
tragédia?
b) Se a Medicina é uma Ciência, devemos ou não con-
fiar nos medicamentos prescritos pelos médicos? 
Justifique.
 18. (AEUDF) Analisando os resultados de vários experimen-
tos, um aluno chegou à seguinte conclusão: “quando 
se coloca uma vela acesa em um recipiente fechado, 
ela se apaga”. Essa conclusão é:
a) uma hipótese.
b) uma experimentação.
c) uma generalização.
d) uma teoria.
e) um modelo.
 19. (UnB-PAS-DF) Sobre o conhecimento científico e a Quí-
mica, julgue os itens a seguir, marcando C para os itens 
corretos e E para os errados.
1) O conhecimento químico representa o avanço da 
Ciência, a qual permite descobrir a verdade acer-
ca dos fenômenos, fornecendo as certezas a res-
peito do como e do porquê dos fatos observados.
2) As transformações químicas são realizadas exclu-
sivamente em laboratórios especializados.
3) A Química é uma Ciência milenar que surgiu desde 
os primórdios da humanidade com a Alquimia.
4) A Alquimia é um tipo de conhecimento mágico que 
não é considerado científico.
5) O conhecimento científico é estruturado em um 
mé todo sistemático de investigação denomina-
do método científico, o qual varia com o passar 
dos tempos.
 20. (UnB-DF) Julgue cada um dos itens a seguir, marcando 
C para os itens corretos e E para os errados.
1) Numa experiência química qualitativa, o cientista 
limita-se a verificar o que acontece, sem efetuar 
medições.
2) As hipóteses formuladas nos domínios da Química 
são testadas experimentalmente e podem resultar 
em leis.
3) O método científico, aplicado em Química, baseia-
-se em experimentação, observação e análise.
4) No caso da Química, o trabalho em equipe é sem-
pre desaconselhável.
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.ExercíciosExercícios
 1. 1. Cite algumas transformações químicas conhecidas des-
de o início da humanidade e sua utilização.
 2. 2. Em que acreditavam os alquimistas? Quais as suas prin-
cipais atividades?
 3. 3. Pesquise, em livros de História, a influência dos ilumi-
nistas no surgimento de Ciências modernas como a 
Química.
 4. 4. Pesquise, em livro de História, a Revolução Industrial 
e a Revolução Francesa e identifique as contribuições 
desses períodos históricos para o desenvolvimento da 
Química como Ciência.
 5. 5. Em que consistia a teoria do flogístico?
 6. 6. Qual é a diferença entre a explicação da combustão 
pela teoria do flogístico e pela teoria de Lavoisier?
 7. 7. Cite uma das contribuições de Lavoisier para o surgi-
mento da Química como Ciência.
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3 CONSTITUINTES DA MATÉRIA 
Como é formada microscopicamente a matéria?
Seria possível enxergar as partículas que constituem a matéria?
Pense
Química na escola
Há espaço vazio na matéria?
Esse experimento é para ser feito em grupo na própria sala de aula, com materiais que você pode conseguir em casa. 
Observe um pedaço de ferro ou a água em um copo. Temos a impressão de que a matéria é toda contínua. Será que é 
mesmo? Faça a atividade a seguir e verifique tal ideia utilizando o “método científico” clássico: observe, elabore hipóteses, 
teste essas hipóteses e proponha uma teoria ou um modelo para guiar seu pensamento.
Materiais
• 2 béqueres, ou frascos de vidro transparente de volume próximo, de 100 mL
• água
• espátula
• grãos de feijão
• açúcar cristal
• “grãos” de permanganato de potássio (pode ser encontrado em farmácias) ou pó para preparar refresco de uva. 
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tiM uita gente pensa que na matéria não existem espaços vazios, ou seja, ela é preen-
chida ininterruptamente.
Mas, se a matéria fosse contínua como um bloco maciço sem nenhum espaço vazio, 
como explicar o aroma de café que sai da cafeteira e se espalha pelo ar? Como explicar o 
fato de o grão de permanganato de potássio ou de uma gota de tinta colorir igualmente 
certa porção de água contida em um recipiente? 
Muitos sólidos, ao se dissolver na água, dão a impressão de que desaparecem 
completamente. No entanto, podemos explicar a dissolução como um processo em 
que o sólido se divide em partículas minúsculas que se dispersam pelo líquido. Os só-
lidos tingem líquidos nos quais são dissolvidos, por causa da cor de suas partículas. 
Ao adicionar o cristal de permanganato de potássio ao béquer, a ideia que surge é 
a de movimento. Você observou que a coloração violeta se distribuiu lentamente no 
líquido incolor, ou seja, as partículas do permanganato se distribuíram entre as partí-
culas constituintes da água.
As observações da segunda parte do experimento nos permitem pensar que assim 
como entre os grãos de feijão existem espaços vazios, nos quais se alojaram as partículas 
de açúcar, também entre as partículas constituintes do açúcar há espaços vazios onde 
se alojaram partículas constituintes da água. A ideia de que os constituintes da água 
também são partículas pode ser deduzida, pois é possível dissolver diversos sólidos 
na água, como o permanganato de potássio, o sal de cozinha, o açúcar etc. O que 
ocorre é que as partículas desses sólidos, infimamente pequenas, distribuem-se entre 
as também infimamente pequenas da água. Essas partículas são tão pequenas que não 
são perceptíveis pela nossa visão nem por microscópios ópticos.
Pense bem: se um meio 
é contínuo, como ele po-
deria ser atravessado por 
outros?
Consulte as normas de segurança no 
laboratório, na última página deste livro.
 CONSTITUINTES DA MATÉRIA 
Seria possível enxergar as partículas que constituem a matéria?
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uita gente pensa que na matéria não existem espaços vazios, ou seja, ela é preen-
Mas, se a matéria fosse contínua como um bloco maciço sem nenhum espaço vazio, 
como explicar o aroma de café que sai da cafeteira e se espalha pelo ar? Como explicar o 
fato de o grão de permanganato de potássio ou de uma gota de tinta colorir igualmente 
Muitos sólidos, ao se dissolver na água, dão a impressão de que desaparecem 
completamente. No entanto, podemos explicar a dissolução como um processo em 
que o sólido se divide em partículas minúsculas que se dispersam pelo líquido. Os só-
lidos tingem líquidos nos quais são dissolvidos, por causa da cor de suas partículas. 
Ao adicionar o cristal de permanganato de potássio ao béquer, a ideia que surge é 
a de movimento. Você observou que a coloração violeta se distribuiu lentamente no 
Pense bem: se um meio 
é contínuo, como ele po-
deria ser atravessado por 
outros?
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Procedimento
Parte A
1. Em um béquer ponha água até a marca dos 50 mL.
2. Pegue com uma espátula um pequeno cristal de permanganato de potássio e adicione-o ao béquer com água.
Observe.
Parte B
1. Em um béquer ou frasco de vidro correspondente de 100 mL, coloque um punhado de grãos de feijão até a marca dos 
50 mL.
2. Acrescente açúcar cristal ao béquer com o feijão atéa marca dos 50 mL, dando pequenas batidas até não conseguir 
adicionar mais açúcar cristal sem ultrapassar o limite dos 50 mL.
3. Acrescente água ao béquer com o feijão e o açúcar cristal até a marca de 50 mL. 
Destino dos resíduos
O resíduo sólido dessa atividade pode ser descartado no lixo seco e o resíduo 
líquido no sistema de esgoto.
Análise de dados
1. O que vai acontecer com o permanganato de potássio com o passar do tempo?
2. Na parte B, o que você pôde observar?
3. Se imaginarmos um modelo em que a constituição da matéria é considerada 
contínua, sem espaços vazios, como poderíamos explicar os resultados desse 
experimento?
4. Usando o modelo que você considera mais plausível para compreender os resultados 
obtidos, explique o que ocorreu no experimento.
5. Considerando suas conclusões, apresente um modelo para a constituição 
da matéria.
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Existe água na região que contém feijão e açúcar cristal? Como a água pôde ser adicionada?
Ainda há espaços vazios onde se encontram feijão, açúcar e água? Seria possível adicionar algum outro material? Qual?
Pense
Será que há espaços vazios na água, 
nos quais possam ser inseridas par-
tículas minúsculas como as de sal?
O que aconteceu com o cristal de permanganato adicionado à água? Por que a água ficou colorida quando se adi-
cionou o permanganato de potássio? Justifique do ponto de vista microscópico.
Pense
Será que ainda cabe mais algum material no béquer até a marca dos 50 mL? Existem espaços vazios entre os grãos?
Seria possível adicionar algum outro material? Qual?
Pense
Procedimento
Parte A
1. Em um béquer ponha água até a marca dos 50 mL.
2. Pegue com uma espátula um pequeno cristal de permanganato de potássio e adicione-o ao béquer com água.
Observe.
Parte B
1. Em um béquer ou frasco de vidro correspondente de 100 mL, coloque um punhado de grãos de feijão até a marca dos 
50 mL.
2. Acrescente açúcar cristal ao béquer com o feijão até a marca dos 50 mL, dando pequenas batidas até não conseguir 
adicionar mais açúcar cristal sem ultrapassar o limite dos 50 mL.
O que aconteceu com o cristal de permanganato adicionado à água? Por que a água ficou colorida quando se adi-O que aconteceu com o cristal de permanganato adicionado à água? Por que a água ficou colorida quando se adi-
cionou o permanganato de potássio? Justifique do ponto de vista microscópico.
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PensePensePensePensePensePensePensePense
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Do ponto de vista macroscópico, a matéria aparenta ser contínua. Do ponto de vista 
microscópico, porém, é formada por partículas, é descontínua. Isso significa que a maté-
ria é de natureza corpuscular. Os químicos denominam as partículas constituintes do açú-
car de molécula de sacarose e as partículas constituintes da água de moléculas de água. 
Nem todas as partículas constituintes da matéria são moléculas, conforme você verá mais 
adiante em nosso estudo na segunda unidade do livro. Para facilitar nosso estudo, vamos 
inicialmente pensar nas partículas constituintes que são moléculas.
Eletrólise da água
A eletrólise da água é feita aplicando-
-se uma corrente contínua a uma solução 
condutora de eletricidade, comumente hi-
dróxido de sódio dissolvido em água. Esse 
é um experimento simples que você pode 
fazer com orientação do professor e utili-
zando fios e pilhas.
Na eletrólise da água, a corrente elétrica 
gera duas novas substâncias gasosas, uma 
delas em cada eletrodo. Testando-se os ga-
ses produzidos, observa-se que o de maior 
volume pega fogo ao contato com um fósfo-
ro aceso. O de menor volume não pega fogo, 
mas aviva um palito de fósforo em brasa.
tubo 1 fios
encapados
pilhas
pontas 
desencapadas
tubo 2
solução de
água e sal
J. 
Yu
ji
De que são formadas as moléculas?
Pense
Os gases que ocuparam os dois tubos são iguais? Por quê? Se análises químicas re-
velaram que o eletrólito não sofreu alteração durante a eletrólise, de onde se origina-
ram os gases coletados nos tubos? Como foi possível a formação dessas duas novas 
substâncias? A eletrólise da água é uma transformação química ou um processo físico?
mas aviva um palito de fósforo em brasa.
Será possível decompor uma substância em outras? Como isso seria possível?
Pense
Pense
Vamos avançar com mais informações para que possamos responder a essa questão.
Substâncias simples e compostas
Estudos demonstram que as substâncias podem ser constituídas por mais de um tipo 
de partícula. Vejamos como essa constatação pôde ser deduzida.
Um experimento relativamente simples que permite responder às questões acima é a 
eletrólise da água, descrita a seguir.
Do ponto de vista macroscópico, a matéria aparenta ser contínua. Do ponto de vista 
microscópico, porém, é formada por partículas, é descontínua. Isso significa que a maté-
ria é de natureza corpuscular. Os químicos denominam as partículas constituintes do açú-
car de molécula de sacarose e as partículas constituintes da água de moléculas de água. 
Nem todas as partículas constituintes da matéria são moléculas, conforme você verá mais 
adiante em nosso estudo na segunda unidade do livro. Para facilitar nosso estudo, vamos 
inicialmente pensar nas partículas constituintes que são moléculas.
Será possível decompor uma substância em outras? Como isso seria possível?
Vamos avançar com mais informações para que possamos responder a essa questão.
Substâncias simples e compostas
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A eletrólise da água permite uma melhor compreensão da constituição das substâncias. 
Se de uma substância obtêm-se outras, significa que essa substância tem uma composição 
que pode ser desmembrada em outras substâncias mais simples. Assim, podemos dizer 
que existem duas categorias de substâncias: as que podem ser desmembradas em outras, 
chamadas substâncias compostas, e as que não possibilitam desmembramento, as 
substâncias simples. 
A eletrólise da água provoca um processo de decomposição química. Muitas outras 
substâncias podem sofrer decomposição, ou seja, podem ser transformadas em mais de 
uma substância por processos químicos. É o caso do açúcar, por exemplo, que ao ser aque-
cido produz carvão, gás carbônico e água; do peróxido de hidrogênio (água oxigenada), 
que se decompõe em água e gás oxigênio; ou dos óxidos metálicos, que se decompõem 
em metais e oxigênio. Essas substâncias são, portanto, compostas.
De outro modo, muitas outras substâncias não podem ser decompostas em outras. 
Os gases hidrogênio e oxigênio são exemplos de substâncias que não se decompõem. 
Outros exemplos são os metais (cobre, alumínio, zinco, ouro, prata etc.), os gases (nitrogê-
nio, hélio, neônio, argônio etc.), o enxofre e a grafita. Todas essas são substâncias simples.
Essa conceituação de substância simples e composta pela possibilidade de seu desmembra-
mento não é precisa, pois há substâncias simples que podem se desmembrar em outras subs-
tâncias simples. Por isso, essa conceituação será definida com mais precisão posteriormente.
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A definição mais adequada vem ao se responder a questão sobre a constituição das mo-
léculas. Essa questão sobre a constituição da matéria sempre instigou a humanidade. Vamos 
observar como, ao longo da História, diferentes respostas foram dadas a essa questão.
Dos elementos aristotélicos ao modelo 
atômico de Dalton
As primeiras ideias propostas para a natureza da matéria surgiram ainda na Antiguidade. 
Os filósofos gregos foram os pioneiros no mundo ocidental a elaborar teorias para expli-
car a natureza do mundo e nossas relações com ele. Esses filósofos buscavam respostas a 
questões enigmáticas. Algumas persistem até hoje: De onde viemos? Para que existimos? 
Como tudo funciona?
Assim, buscando compreender a natureza, o filósofo grego Tales de Mileto procurava respos-
tas à questão que já instigava os pensadores de sua sociedade: do que é constituída a matéria?Alguns exemplos de substâncias simples: cobre (Cu), zinco (Zn) e alumínio (Al).
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A maioria dos combustí-
veis, como a parafina, 
é constituída por subs-
tâncias compostas que, 
ao serem queimadas, se 
decompõem em outras 
substâncias, como o gás 
carbônico (CO2), outra 
substância composta, e a 
fuligem (C).
A eletrólise da água permite uma melhor compreensão da constituição das substâncias. 
Se de uma substância obtêm-se outras, significa que essa substância tem uma composição 
que pode ser desmembrada em outras substâncias mais simples. Assim, podemos dizer 
que existem duas categorias de substâncias: as que podem ser desmembradas em outras, 
chamadas substâncias compostas
substâncias simples. 
A eletrólise da água provoca um processo de decomposição química. Muitas outras 
substâncias podem sofrer decomposição, ou seja, podem ser transformadas em mais de 
uma substância por processos químicos. É o caso do açúcar, por exemplo, que ao ser aque-
cido produz carvão, gás carbônico e água; do peróxido de hidrogênio (água oxigenada), 
que se decompõe em água e gás oxigênio; ou dos óxidos metálicos, que se decompõem 
em metais e oxigênio. Essas substâncias são, portanto, compostas.
De outro modo, muitas outras substâncias não podem ser decompostas em outras. 
Os gases hidrogênio e oxigênio são exemplos de substâncias que não se decompõem. 
Outros exemplos são os metais (cobre, alumínio, zinco, ouro, prata etc.), os gases (nitrogê-
nio, hélio, neônio, argônio etc.), o enxofre e a grafita. Todas essas são substâncias simples.
Essa conceituação de substância simples e composta pela possibilidade de seu desmembra-
mento não é precisa, pois há substâncias simples que podem se desmembrar em outras subs-
tâncias simples. Por isso, essa conceituação será definida com mais precisão posteriormente.
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A maioria dos combustí-
que pode ser desmembrada em outras substâncias mais simples. Assim, podemos dizer 
que existem duas categorias de substâncias: as que podem ser desmembradas em outras, 
chamadas 
substâncias simples
substâncias podem sofrer decomposição, ou seja, podem ser transformadas em mais de 
uma substância por processos químicos. É o caso do açúcar, por exemplo, que ao ser aque-
cido produz carvão, gás carbônico e água; do peróxido de hidrogênio (água oxigenada), 
que se decompõe em água e gás oxigênio; ou dos óxidos metálicos, que se decompõem 
em metais e oxigênio. Essas substâncias são, portanto, compostas.
Os gases hidrogênio e oxigênio são exemplos de substâncias que não se decompõem. 
Outros exemplos são os metais (cobre, alumínio, zinco, ouro, prata etc.), os gases (nitrogê-
nio, hélio, neônio, argônio etc.), o enxofre e a grafita. Todas essas são substâncias simples.
mento não é precisa, pois há substâncias simples que podem se desmembrar em outras subs-
tâncias simples. Por isso, essa conceituação será definida com mais precisão posteriormente.
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Aristóteles foi um dos mais 
influentes filósofos gregos. 
Contribuiu para a consoli-
dação do pensamento 
lógico, que marcou a filo-
sofia ocidental.
Para ele, a água era a causa material, ou seja, o “elemento” do qual se originavam todas 
as coisas. Assim, o entendimento da natureza estava relacionado com esse “elemento” 
primordial, constituinte básico para formação dos demais materiais. Note-se aqui que o 
conceito de elemento para esse filósofo é diferente do conceito que a Química considera 
atualmente e que vamos estudar.
Outros filósofos gregos propuseram que mais três “elementos” deveriam constituir a ma-
téria básica. Anaxímenes [VI a.C.] propôs que o ar seria o “elemento” constituinte do Universo. 
Heráclito [cerca de 540-480 a.C.] considerou que, se a natureza é caracterizada pela mudança, 
então o “elemento” essencial deveria ser o que apresentasse uma mudança notável. Propôs 
então o fogo como “elemento” básico. Empédocles [cerca de 490-430 a.C.] juntou essas pro-
postas e considerou que esses três “elementos” deveriam ser a base de todo o Universo. Em 
seus estudos posteriores, concluiu que não existiam apenas três “elementos”, mas quatro, e 
acrescentou a terra como quarto “elemento”.
Aristóteles, filósofo grego, modificou a doutrina de Empédocles, desenvolvendo uma 
teoria que passou a ser aceita pela maioria dos estudiosos da época (século IV a.C.) e 
continuou a ser durante muito tempo. De acordo com ele, o Universo seria formado 
pela combinação do que chamou “elementos fundamentais”: água, ar, fogo e terra. 
Tais “elementos” podiam se transformar uns nos outros pela mudança de suas proprie-
dades e ao se combinarem davam origem a todos os materiais.
Para Aristóteles, toda matéria seria formada por um substrato, o qual se modifica pela 
mudança de suas propriedades e qualidades, que seriam em número de quatro: quente, 
frio, seco e úmido. Essas qualidades se dispõem em pares contrários, resultando formas 
diferentes: quente-seco (fogo), quente-úmido (ar), frio-úmido (água) e frio-seco (terra). 
Trocando-se uma dessas qualidades, muda-se a forma da matéria. Ao ser aquecida, a 
água se transforma em ar, o qual pode inflamar quando perde a qualidade de úmido, se 
transformando no fogo e assim por diante, como demonstra a figura a seguir.
Para Aristóteles, as 
transformações 
dos elementos 
podem ocorrer pela 
troca de uma quali-
dade ou pela troca 
de suas qualidades, 
como as indicadas 
pelas setas do meio.
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quente-seco
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frio-úmido
Demócrito.
Leucipo.
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Demócrito e Leucipo 
foram os precursores da filo-
sofia do atomismo, que ex-
plicava a natureza das coi-
sas pela existência de partes 
indivisíveis: os átomos.
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Cerca de quatrocentos anos antes da Era Cristã, o filósofo grego Demócrito [470-360 a.C.] 
e seu discípulo Leucipo [século V a.C.] propuseram uma teoria que também se referia à 
natureza da matéria. Para eles, a matéria não poderia ser dividida infinitamente, ou seja, 
qualquer porção de matéria poderia ser repartida em partes menores até atingir um limite. 
Ao atingir esse limite chegar-se-ia a pequenas partículas indivisíveis, as quais foram deno-
minadas átomos (a = prefixo de negação, tomo = “divisão”). Essa teoria filosófica ficou 
conhecida como atomismo e, mais do que explicar a natureza do Universo, ela busca-
va dar resposta às angústias humanas sobre sua natureza, apresentando uma explicação 
materialista para sua existência.
Aristóteles foi um dos mais 
influentes filósofos gregos. 
Contribuiu para a consoli-
dação do pensamento 
lógico, que marcou a filo-
sofia ocidental.
 era a causa material, ou seja, o “elemento” do qual se originavam todas 
as coisas. Assim, o entendimento da natureza estava relacionado com esse “elemento” 
primordial, constituinte básico para formação dos demais materiais. Note-se aqui que o 
conceito de elemento para esse filósofo é diferente do conceito que a Química considera 
Outros filósofos gregos propuseram que mais três “elementos” deveriam constituir a ma-
téria básica. Anaxímenes [VI a.C.] propôs que o ar seria o “elemento” constituinte do Universo. 
Heráclito [cerca de 540-480 a.C.] considerou que, se a natureza é caracterizada pela mudança, 
então o “elemento” essencial deveria ser o que apresentasse uma mudança notável. Propôs 
 como “elemento” básico. Empédocles [cerca de 490-430 a.C.] juntou essas pro-
postas e considerou que esses três “elementos” deveriam ser a base de todo o Universo. Em 
seus estudos posteriores, concluiu que não existiam apenas três “elementos”, mas quatro,e 
Aristóteles, filósofo grego, modificou a doutrina de Empédocles, desenvolvendo uma 
teoria que passou a ser aceita pela maioria dos estudiosos da época (século IV a.C.) e 
continuou a ser durante muito tempo. De acordo com ele, o Universo seria formado 
pela combinação do que chamou “elementos fundamentais”: água, ar, ar, ar fogo e terra. 
Tais “elementos” podiam se transformar uns nos outros pela mudança de suas proprie-
dades e ao se combinarem davam origem a todos os materiais.
Para Aristóteles, toda matéria seria formada por um substrato, o qual se modifica pela 
mudança de suas propriedades e qualidades, que seriam em número de quatro: quente, 
sofia ocidental.
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Muitos estudiosos defenderam a existência de par tí culas indivisíveis que comporiam 
a matéria, denominando-as átomos, porém, durante séculos, a filosofia de Aristóteles se 
impôs no mundo ocidental.
Muito mais tarde, uma nova teoria introduziu outro “elemento” primordial: o 
flogístico. Esse era tido como “espírito ígneo” que se desprendia nas combustões 
(“ígneo” quer dizer, justamente, algo que tenha a natureza ou a cor do fogo). Essa teoria 
possibilitou explicar melhor o antigo e intrigante fenômeno da combustão ao afirmar 
que o flogístico seriam pequenos corpúsculos que se desprendem na combustão. Essa 
teoria reforçava as ideias da natureza corpuscular para a matéria.
No século XVIII, a teoria do flogístico começou a ser negada por causa da afir-
mação de Lavoisier, com base em dados experimentais, de que é o gás oxigênio o 
responsável pela combustão. O pensamento químico foi avançando no entendimen-
to de que cada substância tem um tipo de constituinte, abandonando-se a ideia dos 
elementos primordiais (água, ar, fogo e terra), que foi sendo substituída pela ideia 
da existência de diferentes partículas constituintes. Como acontece nas Ciências, a 
resposta a uma questão traz à tona novas questões. O que seriam essas partículas? 
Como elas seriam? 
Muitos estudos se desenvolveram até se chegar à teoria atualmente aceita para 
responder de forma convincente a essas questões. Vamos verificar que teoria foi essa. 
A Teoria Atômica de Dalton
Em 1808, John Dalton [1766-1844] publicou o livro Novo sistema de filosofia quími-
ca, no qual apresentava sua teoria para a constituição da matéria. Dalton defendia que 
a matéria era formada por pequenas partículas que ele denominou átomo. Ele desen-
volveu essa teoria com base em estudos de diversos outros cientistas. A afirmação que 
hoje parece óbvia, na época não foi facilmente aceita e provocou intensas discussões 
e ferrenhos adversários. Somente na segunda metade do século XIX, os químicos co-
meçaram a aceitá-la ao perceber que o modelo de Dalton era bastante plausível. Em 
seguida, esse modelo atômico tornou-se a base de várias teorias químicas que consti-
tuem a Química atual.
A Teoria Atômica de Dalton pode ser resumida nos seguintes princípios:
1. A matéria é constituída de partículas denominadas átomos.
2. As substâncias simples são constituídas de apenas um tipo de átomo (elemento 
químico) e as substâncias compostas, por mais de um tipo de átomo (diferentes 
elementos químicos).
3. As substâncias compostas são constituídas pela combinação de átomos de diferentes 
elementos químicos em proporções fixas.
Veja que, para John Dalton, as substâncias são constituídas de pequenas partículas 
denominadas átomos. As substâncias simples possuem átomos do mesmo tipo, ou seja, 
do mesmo elemento químico, e as substâncias compostas possuem átomos de diferen-
tes tipos (elementos químicos diferentes). 
Conforme esse modelo, a matéria é de natureza corpuscular, quer dizer, formada por 
partículas. Chegamos à mesma conclusão realizando o experimento “Há espaço vazio 
na matéria?” Assim, podemos dizer que, apesar de uma barra metálica ter aparência 
contínua, ela é constituída de bilhões de partículas. Estas, estando juntas, parecem um 
todo contínuo quando observadas pelos nossos olhos, que não percebem os pequenos 
espaços vazios entre elas. Por exemplo, uma folha de papel possui diversos espaços va-
zios, que podem ser facilmente visualizados em um microscópio.
A teoria do flogístico, que 
teve importância histórica 
na busca da compreensão 
da natureza da matéria, foi 
proposta pelo químico ale-
mão Georg Ernst Stahl 
[1600-1774].
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Muitos estudiosos defenderam a existência de par tí culas indivisíveis que comporiam 
a matéria, denominando-as átomos, porém, durante séculos, a filosofia de Aristóteles se 
impôs no mundo ocidental.
Muito mais tarde, uma nova teoria introduziu outro “elemento” primordial: o 
flogístico. Esse era tido como “espírito ígneo” que se desprendia nas combustões 
(“ígneo” quer dizer, justamente, algo que tenha a natureza ou a cor do fogo). Essa teoria 
possibilitou explicar melhor o antigo e intrigante fenômeno da combustão ao afirmar 
que o flogístico seriam pequenos corpúsculos que se desprendem na combustão. Essa 
teoria reforçava as ideias da natureza corpuscular para a matéria.
No século XVIII, a teoria do flogístico começou a ser negada por causa da afir-
mação de Lavoisier, com base em dados experimentais, de que é o gás oxigênio o 
responsável pela combustão. O pensamento químico foi avançando no entendimen-
to de que cada substância tem um tipo de constituinte, abandonando-se a ideia dos 
elementos primordiais (água, ar, fogo e terra), que foi sendo substituída pela ideia 
da existência de diferentes partículas constituintes. Como acontece nas Ciências, a 
resposta a uma questão traz à tona novas questões. O que seriam essas partículas? 
Como elas seriam? 
Muitos estudos se desenvolveram até se chegar à teoria atualmente aceita para 
responder de forma convincente a essas questões. Vamos verificar que teoria foi essa. 
A Teoria Atômica de Dalton
A teoria do flogístico, que 
teve importância histórica 
na busca da compreensão 
da natureza da matéria, foi 
proposta pelo químico ale-
mão Georg Ernst Stahl 
[1600-1774].
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As partículas não são iguais para todos os materiais. É por isso que materiais dife-
rentes possuem propriedades diferentes – suas propriedades estão relacionadas com a 
natureza de suas partículas constituintes.
As substâncias possuem o mesmo tipo de partículas; portanto, substâncias diferen-
tes possuem diferentes partículas. A partícula da substância pode ser o átomo, como 
no caso de muitas substâncias simples, pode ser a combinação de mais de um átomo 
do mesmo tipo (átomos do mesmo elemento químico) ou pode ser a combinação de 
átomos de diferentes tipos (átomos de elementos químicos diferentes). Como podería-
mos denominar essas partículas constituintes das substâncias?
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As substâncias simples têm como 
constituintes partículas formadas por apenas 
um tipo de átomo.
As substâncias compostas têm como 
constituintes partículas formadas por mais de 
um tipo de átomo.
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Stanislao Cannizzaro foi quem defendeu a utilização do 
conceito de molécula, apresentado por Amedeo Avogadro.
Em 1860, um congresso científico resolveu essa questão. 
Adotou-se uma proposta apresentada pelo químico italiano 
Stanislao Cannizzaro [1826-1910] e desenvolvida décadas 
antes pelo químico italiano Amedeo Avogadro [1776-1856]: 
a designação de molécula para as partículas que constituem 
as substâncias. Contudo, hoje, o termo “molécula” tem outros 
significados, que serão discutidos à medida que avançarmos 
nossoconhecimento no curso. Por enquanto, por motivos 
didáticos, adotaremos o termo constituinte, que é mais 
abrangente do que o termo molécula. Considere, portanto, 
constituinte o átomo ou grupo de átomos que formam a 
partícula da substância.
Os químicos podem caracterizar as substâncias por um 
conjunto de propriedades ou pela sua constituição. O mais 
comum é utilizar a constituição como referência e, assim, 
representar as substâncias por fórmulas que indicam seus 
constituintes.
Nesse sentido, temos uma nova definição para as substâncias 
do ponto de vista de sua constituição:
Substância é uma porção de matéria constituída de um, 
e somente um, tipo de constituinte.
As partículas não são iguais para todos os materiais. É por isso que materiais dife-
rentes possuem propriedades diferentes – suas propriedades estão relacionadas com a 
As substâncias possuem o mesmo tipo de partículas; portanto, substâncias diferen-
tes possuem diferentes partículas. A partícula da substância pode ser o átomo, como 
no caso de muitas substâncias simples, pode ser a combinação de mais de um átomo 
do mesmo tipo (átomos do mesmo elemento químico) ou pode ser a combinação de 
átomos de diferentes tipos (átomos de elementos químicos diferentes). Como podería-
mos denominar essas partículas constituintes das substâncias?
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As substâncias compostas têm como 
constituintes partículas formadas por mais de 
um tipo de átomo.
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D,     
John Dalton era um homem com uma visão muito particular das coisas: 
via tudo em tons azulados, até as pessoas. É claro que, a princípio, ele 
não notou que era diferente dos outros, já que ele e o irmão enxergavam 
dessa forma desde o início da vida. Mas, por volta dos 26 anos de idade, 
Dalton percebeu que ele e o irmão sofriam de uma anomalia visual que os 
impedia de perceber as cores. Então, ele estudou intensamente essa ano-
malia, que recebeu o nome daltonismo.
O empenho com que se dedicava a tudo que fazia era uma marca 
fundamental desse inglês nascido em 6 de setembro de 1766, em uma casa de 
sólida formação quaker, uma denominação religiosa protestante. Aos 6 anos, 
foi matriculado na única escola da vila, onde os professores ensinavam tópicos 
relacionados com a Ciência. Aos 11 anos, já tendo concluído os estudos, começou 
a dar aula em uma escola montada em sua casa. Em 1781, aos 15 anos, fechou 
sua escola particular e empregou-se como professor de Ciências Naturais na 
cidade de Kendall. O que realmente projetou Dalton na história da Ciência foi 
sua especial visão de mundo; mas dessa vez não falamos do daltonismo, e sim de sua capacidade de 
enxergar e considerar a possibilidade do novo. De sua curiosidade e perspicácia nasceram alguns trabalhos 
fundamentais para a Ciência, como as leis das pressões parciais, publicadas em 1803. De 1808 é o 
primeiro volume do Novo sistema de filosofia química, no qual apresentou, de maneira formidável, sua 
hipótese atômica de constituição da matéria. Os maiores químicos da época realizaram pesquisas para 
demonstrar tal hipótese. Nesse trabalho, apresenta uma primeira tabela de massas atômicas relativas, 
considerando referência o hidrogênio, ao qual foi atribuído o valor de massa igual a 1. Vários cientistas, 
em seus estudos, encontraram falhas na teoria proposta, mas Dalton os rebatia com fervor. Nos anos 
de 1810 e 1827, publicou os outros dois volumes de seu Novo sistema de filosofia química. Faleceu em 
27 de julho de 1844, aos 77 anos, sendo sepultado com honras oficiais. O trabalho de John Dalton é 
considerado um dos pilares da Química atual. Uma frase dele reflete bem o estilo de vida que adotou: 
“Cientista é aquele que abandona tudo para mergulhar na pesquisa e na experiência”.
A Ciência na História
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Dalton deu várias con-
tribuições para a Ciência, 
entre elas a proposição 
de uma importante teo-
ria sobre a constituição 
da matéria, conhecida 
como Teoria Atômica 
de Dalton.
Os constituintes das substâncias são formados por átomos isolados ou combinados 
entre si. Conhece-se hoje mais de cem tipos de átomos. Cada tipo de átomo é denomina-
do elemento químico. Dessa forma, do ponto de vista da constituição das substâncias, 
podemos definir as substâncias simples e compostas da seguinte maneira:
Substância simples é um tipo de substância formada por átomos de apenas 
um tipo, ou seja, de um mesmo elemento químico.
Substância composta é um tipo de substância formada por átomos de mais 
de um tipo, ou seja, de mais de um elemento químico.
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John Dalton era um homem com uma visão muito particular das coisas: 
via tudo em tons azulados, até as pessoas. É claro que, a princípio, ele 
não notou que era diferente dos outros, já que ele e o irmão enxergavam 
dessa forma desde o início da vida. Mas, por volta dos 26 anos de idade, 
A Ciência na HistóriaA Ciência na História
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Os constituintes das substâncias são formados por átomos isolados ou combinados 
entre si. Conhece-se hoje mais de cem tipos de átomos. Cada tipo de átomo é denomina-
do elemento químico. Dessa forma, do ponto de vista da constituição das substâncias, 
podemos definir as substâncias simples e compostas da seguinte maneira:
Substância simples é um tipo de substância formada por átomos de apenas 
um tipo, ou seja, de um mesmo elemento químico.
Substância composta é um tipo de substância formada por átomos de mais 
de um tipo, ou seja, de mais de um elemento químico.
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Tema em foco
EM BUSCA DO CONSUMO SUSTENTÁVEL
Como vimos no início desta unidade, a estrutura econômica de nossa sociedade está organizada de forma a fa-
vorecer o consumismo, afetando o comportamento das pessoas. O paradigma dominante do ponto de vista econô-
mico é de que o crescimento depende do aumento contínuo da produção e do consumo de bens e serviços, assim 
como a melhoria da qualidade de vida.
 Podemos dizer que paradigma corresponde aos conteúdos de uma visão de mundo, os valores e os “preconcei-
tos” que cada um possui em relação a seu modo de vida e ao entendimento de como funciona a sociedade. Então, o 
paradigma atual se fundamenta no estímulo constante ao consumismo. O que estamos desenvolvendo na presente 
unidade é exatamente um paradigma ambiental contrário a esse consumismo. A cada ano, o consumo supera mais 
rapidamente a capacidade de regeneração do planeta.
O consumismo pode ser anali-
sado de vários aspectos. Podemos 
considerar, por exemplo, o consumo 
de água, energia, a biodiversidade, 
minerais e bens manufaturados. Os 
efeitos resultantes desse consumo ex-
cessivo são as mudanças climáticas, a 
poluição e o desgaste de diferentes 
ambientes, além da extinção de es-
pécies vivas, animais e vegetais. Esses 
problemas tornam o planeta insus-
tentável ambientalmente e acirram 
as desigualdades na distribuição dos 
recursos indispensáveis para a vida. 
Em geral, o usufruto do consumo fica 
com uma minoria mais rica e os efei-
tos negativos refletem mais direta-
mente na maioria desprovida de con-
dições para enfrentar as adversidades 
provocadas pelas mudanças. 
O conceito de consumo sustentável surgiu, em 1992, durante a Conferência 
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de 
Janeiro. Na ocasião, discutiu-se o tema que foi construído com base no termo 
desenvolvimento sustentável, divulgado no documento Agenda 21. Consumo 
sustentável significa saber usar os recursos naturais para satisfazer as nossas 
necessidades sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações 
futuras. Ou seja, saber usar para nunca faltar. Pensar coletivo sobre atos de 
consumo é a ideia do consumo sustentável! A utilização do termo “recurso” 
tem sido criticada por ambientalistas por passar a ideia de que a Natureza está 
a serviço da humanidade e não o que se considera correto:a humanidade é 
parte da Natureza; não sua “dona”.
O consumo sustentável significa que todos têm direito ao acesso mínimo a 
condições que garantam um padrão básico de qualidade de vida digna. Não 
se pode admitir um padrão superior que comprometa a vida de outros nem 
é eticamente aceitável e socialmente justo que se pense em um consumo em 
que as pessoas não tenham suas necessidades básicas de vida, de educação, 
saúde, moradia e lazer satisfeitas.
americanos
5,1
franceses
3,1
ingleses
3,1
espanhóis
3,0
alemães
2,5
japoneses
2,4
chineses
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Estimativas apontam que, se toda a população mundial tivesse o padrão de vida médio de al-
guns povos, seriam necessários vários planetas para suprir as necessidades. 
A princípio não teria problema se o padrão adotado fosse o chinês. No entanto, eles, assim 
como todo o Terceiro Mundo, querem ter padrões parecidos com os dos países desenvolvidos. 
Como ficaria o planeta Terra?
Somos todos responsáveis pela preserva-
ção do nosso planeta. Você está fazen-
do a sua parte?
TTema em focoema em focoTema em focoTTema em focoTema em foco
EM BUSCA DO CONSUMO SUSTENTÁVEL
Como vimos no início desta unidade, a estrutura econômica de nossa sociedade está organizada de forma a fa-
vorecer o consumismo, afetando o comportamento das pessoas. O paradigma dominante do ponto de vista econô-
mico é de que o crescimento depende do aumento contínuo da produção e do consumo de bens e serviços, assim 
 Podemos dizer que paradigma corresponde aos conteúdos de uma visão de mundo, os valores e os “preconcei-
tos” que cada um possui em relação a seu modo de vida e ao entendimento de como funciona a sociedade. Então, o 
paradigma atual se fundamenta no estímulo constante ao consumismo. O que estamos desenvolvendo na presente 
unidade é exatamente um paradigma ambiental contrário a esse consumismo. A cada ano, o consumo supera mais 
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Os consumidores devem adotar, em suas escolhas de compra, 
um compromisso ético, uma consciência e uma responsabilidade 
quanto aos impactos sociais e ambientais que suas escolhas e seus 
comportamentos podem causar a ecossistemas e a outros grupos 
sociais, às vezes, geográfica e temporariamente distantes.
Até quando a Terra suportará esse consumo desenfrea-
do? Qual é a nossa parcela de culpa nesse problema?
Até quando a Terra suportará esse consumo desenfrea-
Pense
A
M
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O preço do desperdício 
pode ser pago mais rápido 
do que se imagina.
Devemos colocar limite em nosso consumo: mesmo que tenhamos condições finan-
ceiras favoráveis ao consumo, devemos considerar o direito de os demais cidadãos tam-
bém consumirem. Então, você se dá conta de que, se não começar a pensar e agir, você 
poderá comprometer a vida de outras populações e de gerações futuras? Concorda que 
esse consumismo desenfreado deve ser revisto? Somos chamados a repensar nossas ações 
cotidianas. É impossível ficar parado vendo nossa “morada” sendo destruída aos poucos. 
Precisamos mudar nossas atitudes. Cada indivíduo tem chance efetiva de escolha: contri-
buir para minimizar os efeitos danosos ao meio ambiente ou contribuir para sua destruição.
O que precisamos é de uma mudança de paradigma! Mudar de paradigma é mudar de 
estilo de vida. Por exemplo, no início dos anos 1970, no mundo, gasolina não era problema. 
A ideia que as pessoas tinham era de que o petróleo fosse uma fonte inesgotável. Para 
ter combustível em seu carro bastava pagar por ele e pronto, até porque a gasolina não 
custava caro! Os motores dos carros não eram econômicos, alguns carros chegavam a 
gastar 1 litro de gasolina para rodar três quilômetros; o que importava era a potência 
do motor. A maioria não dava importância, por exemplo, a carros mais econômicos, de 
pequeno porte, com motores mais leves. Atitudes de economia não eram importantes nem 
necessárias. Até que um fato mudou o rumo dessa história! Uma crise no fornecimento 
de petróleo, em 1973, provocou um grande aumento de preço do petróleo, sinalizando 
para a possibilidade de esgotamento das reservas e uma maior valorização desse mineral.
A ideia da possibilidade da falta de petróleo alterou o comportamento das pessoas 
e significou uma mudança em alguns paradigmas. Os carros econômicos passaram a ser 
as vedetes do momento, os modelos mais procurados. Foram desenvolvidos motores 
com melhor relação custo-benefício, novas fontes alternativas de combustível, álcool, 
biodiesel, entre outros. Carros menores com melhor desempenho mantêm o mercado 
de veículo automotivo. No Brasil, popularizou o carro “mil”, tipo flex, mais econômico 
– afinal, atualmente a gasolina é muito cara! O que aconteceu: as pessoas mudaram? 
“A Terra possui recursos 
suficientes para prover as 
necessidades de todos, mas 
não a avidez de alguns.” 
Mahatma Gandhi
Teto de consumo
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Os consumidores devem adotar, em suas escolhas de compra, 
um compromisso ético, uma consciência e uma responsabilidade 
quanto aos impactos sociais e ambientais que suas escolhas e seus 
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Carros muito poluentes, motos caríssimas, joias e casacos de couro são bens de consumo de 
luxo dispensáveis e ambientalmente inadequados em uma sociedade sustentável.
O paradigma que as orientava sim. Do modelo de um mundo com petróleo infinito, passamos a uma outra descrição, 
outro modelo. Mudaram-se os paradigmas!
Essa mudança não foi completa, pois o paradigma dominante das pessoas é movido mais por condições econômicas 
do que ambientais. Ou seja, buscam um modo de vida que traz mais benefícios para elas. O novo paradigma que se 
quer implantar é o de se pensar em um modo de vida que não apenas beneficie economicamente o indivíduo, mas 
que considere um custo social aceitável.
Será que se o preço dos combustíveis continuasse elevado, as pessoas teriam optado por carros econômicos? 
Essa opção foi por motivos ambientais?
Pense
Carros muito poluentes motos caríssimas joias e casacos de couro
Essa opção foi por motivos ambientais?
Rodrigo Baleia/Folhapress
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Você pensa que sozinho não vai mudar o mundo? Ghandi disse que 
“Não é preciso entrar para a história para fazer um mundo melhor”. 
Faça sua parte: evite o desperdício. Você já pensou na quantidade de 
água que diariamente escoa pelos ralos em atividades como escovar 
os dentes, tomar banho e lavar louça, roupa e carro? E eletricidade 
desperdiçada com luzes acesas desnecessariamente e nos banhos de-
morados? Na quantidade de papel não reaproveitado? Nas compras 
desnecessárias? Você adquire realmente o que necessita, ou compra 
de modo compulsivo? Na sua casa, comida é suficiente ou sempre 
sobra e se joga fora?
Devemos realmente pensar antes de consumir. Afinal, se em nos-
sa casa não cabe o velho, onde caberia? Imagine se você ficasse tro-
cando de geladeira, de TV, de computador toda vez que saísse um 
modelo novo no mercado. Um único produto para ser fabricado de-
manda matéria-prima e energia em grande escala. Para fabricar um 
computador de 24 kg são gastos, aproximadamente, 22 kg de produ-
tos químicos, 240 kg de combustíveis fósseis e 1,5 tonelada de água. 
E reaproveitam-se, aproximadamente, apenas 10% dos computadores 
e seus componentes. É muito descarte! Não acha?
Pensar coletivo sobre seus atos de consumo é a ideia do consumo 
sustentável! E você pode ir mais adiante se achar que tem essa res-
ponsabilidade! Divulgue essa ideia na sua escola, no seu trabalho, na 
sua rua. Seja um consumidor consciente e faça parte do grupo de pes-
soas que vai ajudar a tornar o mundo mais justo e mais sustentável.
Embora seja permitido o descarte de pilhas no lixo doméstico, lembre-
-se de que, na maioriade nossas cidades, essas pilhas vão parar em lixões 
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Uma forma de saber se o que estamos consumindo é ade-
quado é nos habituarmos a ler os rótulos dos produtos.
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O paradigma que as orientava sim. Do modelo de um mundo com petróleo infinito, passamos a uma outra descrição, 
Essa mudança não foi completa, pois o paradigma dominante das pessoas é movido mais por condições econômicas 
do que ambientais. Ou seja, buscam um modo de vida que traz mais benefícios para elas. O novo paradigma que se 
quer implantar é o de se pensar em um modo de vida que não apenas beneficie economicamente o indivíduo, mas 
Será que se o preço dos combustíveis continuasse elevado, as pessoas teriam optado por carros econômicos? 
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Você tem alguma ideia de como isso pode ser feito? Sabe pelo menos por onde pode começar? Construa sua opinião 
sobre o assunto!
Pense
e, somadas com todas as demais pilhas descartadas, vão provocar um efeito danoso ao ambiente. Procure usar pilhas recar-
regáveis, use até o máximo as suas pilhas e, após o esgotamento, procure destiná-las a empresas que fazem a reciclagem. 
Que tal começar? O que o planeta agora precisa é de gente suficientemente corajosa e criativa que programe no-
vas alternativas que garantam a sustentabilidade da vida. 
Há uma atitude simples que você pode adotar, que tem sido chamada por am-
bientalistas de “preciclar”. Não, não está escrito errado, é isto mesmo: PRECICLAR! 
Preciclar refere-se à atitude de pensar antes de comprar. Significa “pensar que a 
história das coisas não acaba quando a jogamos no lixo. Tampouco acaba a nos-
sa responsabilidade”.
Cerca de 40% do que consumimos estão acondicionados em embalagens não 
aproveitadas depois e, é claro, descartadas no lixo, sem nenhum benefício. O im-
pacto de milhares de toneladas de sacos plásticos que nós, brasileiros, lançamos 
anualmente no ambiente é muito grande. Um único brasileiro joga fora, por ano, 
cerca de 880 sacolas plásticas dessas de supermercado. Absurdo? É quase um 
carrinho de supermercado cheio! 
A plasticomania cresceu com o consumismo da sociedade moderna. As sa-
colas plásticas são feitas de substâncias originadas do petróleo, não biodegradá-
veis, e levam séculos para se decompor. Os países da Europa já começaram uma 
“guerra contra os sacos plásticos”. As pessoas adotaram as sacolas de algodão 
para ir aos supermercados. Aqui, no Brasil, também existem vários locais que di-
fundem essa ideia. 
Quando efetuamos uma compra, devemos pensar não somente nas merca-
dorias, mas também nas embalagens e no uso de objetos plásticos descartáveis. 
Como fazer isso?
Atitudes simples como um “não precisa, obrigado(a)”, dispensando as “sacolinhas”, ao se comprar objetos pe-
quenos, também são formas de contribuir muito para a preservação do planeta.
Além da redução do consumo, devemos pensar na reutilização de materiais, o que pode ser feito de diversas ma-
neiras, como a doação a entidades assistenciais. Pensar em consumo sustentável é pensar em redução de consumo 
e na reutilização de materiais. Veja outras atitudes no boxe da próxima página que exemplificam atitudes desse tipo.
Acreditamos que o estudo da Química 
vai ajudar você a compreender a neces-
sidade da mudança de comportamento. 
Que tal estudar e conhecer alguns aspectos 
importantes dos materiais? A Química se 
valeu do estudo das propriedades de ma-
térias para favorecer a qualidade de vida 
das pessoas. Mas ela sozinha não fez nada! 
Por trás dela sempre havia alguém, com 
muita vontade de resolver um problema!
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Atitudes simples fazem a diferença! 
Leve sempre sua sacola quando for 
ao supermercado. 
Doação de roupas a entidades assistenciais deve 
ser uma atitude constante e não apenas em campa-
nhas emergenciais em situações de calamidade pública.
Você tem alguma ideia de como isso pode ser feito? Sabe pelo menos por onde pode começar? Construa sua opinião Você tem alguma ideia de como isso pode ser feito? Sabe pelo menos por onde pode começar? Construa sua opinião 
sobre o assunto!
Você tem alguma ideia de como isso pode ser feito? Sabe pelo menos por onde pode começar? Construa sua opinião 
PensePensePensePensePensePensePensePense
e, somadas com todas as demais pilhas descartadas, vão provocar um efeito danoso ao ambiente. Procure usar pilhas recar-
regáveis, use até o máximo as suas pilhas e, após o esgotamento, procure destiná-las a empresas que fazem a reciclagem. 
Que tal começar? O que o planeta agora precisa é de gente suficientemente corajosa e criativa que programe no-
vas alternativas que garantam a sustentabilidade da vida. 
Há uma atitude simples que você pode adotar, que tem sido chamada por am-
bientalistas de “preciclar”. Não, não está escrito errado, é isto mesmo: PRECICLAR! 
Preciclar refere-se à atitude de pensar antes de comprar. Significa “pensar que a 
história das coisas não acaba quando a jogamos no lixo. Tampouco acaba a nos-
sa responsabilidade”.
Cerca de 40% do que consumimos estão acondicionados em embalagens não 
aproveitadas depois e, é claro, descartadas no lixo, sem nenhum benefício. O im-
pacto de milhares de toneladas de sacos plásticos que nós, brasileiros, lançamos 
anualmente no ambiente é muito grande. Um único brasileiro joga fora, por ano, 
cerca de 880 sacolas plásticas dessas de supermercado. Absurdo? É quase um 
carrinho de supermercado cheio! 
A plasticomania cresceu com o consumismo da sociedade moderna. As sa-
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Atitude sustentável
Atitudes para o consumo sustentável
Reduzir
 b Evitar imprimir documentos que podem ser lidos na telas do computador.
 b Reduzir o uso de papel, reduzindo margens, tamanho de letras e espaçamento.
 b Evitar consumo desnecessário, programando as compras com uma lista de necessidades, não se deixando levar por 
promoções nem anúncios apelativos.
 b Verificar a data de vencimento dos produtos para evitar que eles se estraguem antes de usá-los.
 b Diminuir o consumo de pilhas e utilizar pilhas recarregáveis.
 b Evitar excesso de embalagens. Use sacolas de tecido.
 b Não utilizar sacolas plásticas quando comprar algo que possa ser carregado na mão ou em outra sacola.
 b Dar preferência a produtos que tenham embalagem retornável, refil ou que sejam recarregáveis.
 b Substituir materiais descartáveis por materiais duráveis.
 b Diminuir o consumo de tudo o que for possível! Pensar antes da compra: será que preciso mesmo disso?
Reutilizar
 b Reutilizar tudo o que se puder.
 b Consertar objetos e equipamentos em vez de descartá-los.
 b Procure trocar, reformar ou vender roupas, móveis, aparelhos eletrodomésticos, brinquedos, objetos de decoração 
e outros antes de substituir por novos.
 b Fazer doações de roupas, calçados, brinquedos.
 b Evitar comprar produtos que tenham muitas embalagens.
 b Carregar caneca para evitar o uso de copos descartáveis.
 b Utilizar como rascunho as folhas que já foram usadas em um lado.
 b Reutilizar envelopes.
 b Reutilizar potes de vidro e de plástico, embrulhos, embalagens de presente, sacolas plásticas, caixas de papelão etc.
 b Aproveitar cascas de legumes e frutas no preparo de alimentos alternativos ou separá-las para compostagem de 
adubo orgânico.
Reciclar
 b Favorecer a reciclagem.
 b Usar produtos recicláveis. A reciclagem é uma alternativa que demanda menos processo de industrialização e, con-
sequentemente, menos emissão de gases poluentes.
 b Separar os resíduos para sua coleta seletiva.
Contribuir para a educação e para as ações de cidadania
 b Ajudar a conceber medidas para a sustentabilidade como uma melhoria que garanta o futuro de todos e não como 
uma limitação, impulsionando o reconhecimento social das medidas positivas.
 b Respeitar e fazer respeitar a legislação de proteção do meio ambiente para defesa da biodiversidade.b Evitar contribuir para a contaminação sonora, luminosa ou visual.
 b Não deixar resíduos em parques, na praia, nos lagos.
 b Ter cuidado para não danificar a flora e a fauna.
 b Reivindicar e apoiar políticas de corresponsabilidade no destino adequado de resíduos.
 b Reivindicar maior durabilidade dos produtos.
 b Engajar-se em grupos de consumo ético e solidário.
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Atitudes para o consumo sustentável
Evitar imprimir documentos que podem ser lidos na telas do computador.
Reduzir o uso de papel, reduzindo margens, tamanho de letras e espaçamento.
Evitar consumo desnecessário, programando as compras com uma lista de necessidades, não se deixando levar por 
Verificar a data de vencimento dos produtos para evitar que eles se estraguem antes de usá-los.
Diminuir o consumo de pilhas e utilizar pilhas recarregáveis.
Não utilizar sacolas plásticas quando comprar algo que possa ser carregado na mão ou em outra sacola.
Dar preferência a produtos que tenham embalagem retornável, refil ou que sejam recarregáveis.
Substituir materiais descartáveis por materiais duráveis.
Diminuir o consumo de tudo o que for possível! Pensar antes da compra: será que preciso mesmo disso?
Evitar imprimir documentos que podem ser lidos na telas do computador.
Reduzir o uso de papel, reduzindo margens, tamanho de letras e espaçamento.
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Debata e entenda
1. Discuta com os colegas a questão ética sobre o direito de todos os habitantes do planeta de utilizar consciente-
mente os bens de consumo para ter uma vida mais igualitária.
2. Sabemos que existe uma infinidade de bens de consumo. Mas como saber quando devemos trocar um desses bens? 
Um aparelho eletrônico, por exemplo?
3. Analise a afirmação: “Cada indivíduo tem chance efetiva de contribuir para minimizar os efeitos danosos ao meio 
ambiente, assim como pode contribuir para destruí-lo”.
Indique exemplos de ações que podem salvar ou destruir o meio ambiente.
4. Relacione o maior número possível de materiais descartáveis e monte um quadro identificando o material, a fina-
lidade de seu uso e possíveis alternativas para substituí-lo por outros não descartáveis, ou medidas para diminuir 
seu consumo.
5. Debata alternativas para diminuir o consumo de papéis, plásticos, metais e vidros.
6. Relacione possíveis materiais que possam ser reaproveitados e a forma do seu reaproveitamento. Debata com os 
colegas se todos os materiais podem ser reaproveitados.
7. Ordene os itens abaixo, considerando o que você julga mais importante na hora de decidir sobre qual material usar:
• • •
• •
8. De cada par de materiais apresentados abaixo, qual você escolheria? Por quê?
•
•
•
9. Discuta com os colegas quais são as dificuldades observadas para ter uma atitude sustentável. Como vencer e su-
perar essas limitações?
 Discuta com a turma ações para melhorar as condições de vida de sua comunidade, por exemplo:
1. Elabore e aplique questionário para pesquisar como tem sido o comportamento das pessoas em relação a atitudes 
sustentáveis apresentadas nesta unidade e discuta os resultados, buscando medidas que possam reduzir os problemas 
constatados.
2. Pesquise na administração pública de sua cidade como funciona o sistema de tratamento de lixo, incluindo os 
lixos hospitalar e industrial, e organize visita aos locais para onde é levado o lixo, como estação de tratamento 
de coleta seletiva, usinas de compostagem ou lixão. Se possível, fotografe ou filme e depois monte um mural ou 
exiba o vídeo, apresentando relatório com aspectos positivos e negativos observados com relação aos problemas 
ambientais e sociais. 
3. Proponha campanhas educativas para a disposição correta do lixo pela comunidade, mutirões de limpeza 
urbana para remover entulhos, envolvendo as autoridades responsáveis por esse serviço. Se for o caso, faça 
abaixo-assinados dirigidos a autoridades ou correspondências para os Conselhos Municipais de Saúde, de 
Meio Ambiente e de Conselhos Tutelares da Criança e do Adolescente, pedindo providências em relação aos 
problemas identificados.
4. Proponha um projeto de coleta seletiva do lixo na sua escola, tendo como base a leitura do texto “Sugestões para 
implantação de programas de coleta seletiva em escola”, a seguir.
Ação e cidadania
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
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1. 1. Discuta com os colegas a questão ética sobre o direito de todos os habitantes do planeta de utilizar consciente-
mente os bens de consumo para ter uma vida mais igualitária.
2. 2. Sabemos que existe uma infinidade de bens de consumo. Mas como saber quando devemos trocar um desses bens? 
Um aparelho eletrônico, por exemplo?
3. 3. Analise a afirmação: “Cada indivíduo tem chance efetiva de contribuir para minimizar os efeitos danosos ao meio 
ambiente, assim como pode contribuir para destruí-lo”.
Indique exemplos de ações que podem salvar ou destruir o meio ambiente.
4. 4. Relacione o maior número possível de materiais descartáveis e monte um quadro identificando o material, a fina-
lidade de seu uso e possíveis alternativas para substituí-lo por outros não descartáveis, ou medidas para diminuir 
seu consumo.
5. 5. Debata alternativas para diminuir o consumo de papéis, plásticos, metais e vidros.
6. 6. Relacione possíveis materiais que possam ser reaproveitados e a forma do seu reaproveitamento. Debata com os 
colegas se todos os materiais podem ser reaproveitados.
7. 7. Ordene os itens abaixo, considerando o que você julga mais importante na hora de decidir sobre qual material usar:
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Sugestões para implantação de programas 
de coleta seletiva em escolas
1. Reúna a comunidade escolar e, se todos “toparem” separar lixo, divida as tarefas. Lembre-se de que a queima de 
lixo é proibida, pois é fonte de poluição. 
2. Pesquise o mercado para recicláveis, consultando prefeitura, catadores, sucateiros e entidades assistenciais. Então, 
prepare um esquema de retirada dos materiais da escola. Doar os recicláveis dá um caráter socioambiental ao trabalho. 
A eventual venda de recicláveis não deve ser buscada como fonte de “renda” para a escola, caso contrário, poderá in-
centivar geração proposital de resíduos. A periodicidade da coleta depende do espaço disponível para armazenamento.
3. Para o descarte seletivo e o armazenamento dos materiais, escolha um local coberto, de fácil acesso aos coletores e 
bem à vista. Os recipientes podem ser cedidos pela Prefeitura, sucateiros ou empresas, comprados ou confeccionados 
pela própria escola. As cores-padrão dos recipientes para descarte seletivo são: azul-marinho para papéis, vermelho 
para plásticos, amarelo para metais e verde-escuro para vidros. O jornal pode ser enfardado, separado dos demais 
papéis: ele vale mais para venda. Caixas de ovos também podem ser empilhadas e vendidas em feiras ou quitandas. 
Poderão ser coletados outros materiais para uso nas aulas de Educação Artística. Deve-se estimular a troca de livros 
usados e a doação de roupas usadas, brinquedos e outros a comunidades ou entidades assistenciais. Não inicie o 
programa sem antes ter garantido o local para o destino do material e os recipientes para a coleta seletiva.
4. Promova reuniões com todos os alunos e convide a comunidade (pais, funcionários e moradores, caso a escola possa receber 
material do bairro) para apresentar a importância ambiental da separação de recicláveis. Enfatize que o sucesso do progra-
ma depende diretamenteda participação de todos. Qualquer eventual arrecadação de fundo deve ser apresentada como 
mera consequência do programa e não como meta a ser alcançada. O objetivo maior deve ser sempre o nosso ambiente.
5. Coloque, nas salas, recipientes distintos para o descarte de lixo orgânico e de reciclável gerados pelos alunos. Com-
bine quem esvaziará os recipientes diariamente, de forma estimulante para que todos se revezem na tarefa.
6. Estabeleça um dia da semana para que todos tragam recicláveis para a escola. Explique como deve ser feita a coleta 
seletiva e peça que sejam lavadas as embalagens nas casas para não atrair insetos e animais. Comente sobre ma-
teriais não recicláveis (celofane, isopor entre outros), em razão da inexistência de “mercado” para esses materiais. 
Debata alternativas para o destino do lixo orgânico, como compostagem ou destino ao serviço de limpeza urbana.
7. Verifique periodicamente a higiene dos recipientes e se a sistemática de separação está sendo feita corretamente, 
criando uma equipe de “fiscais da coleta seletiva”. Resolva sempre em grupo os problemas detectados, tomando 
cuidado com os riscos à saúde.
8. Prepare atividades educativas para apro-
fundar o estudo do lixo e manter o “pique”. 
Promova reuniões com a comunidade 
escolar para avaliar a evolução do pro-
grama: quanto material foi juntado por 
período; quem foi beneficiado, social ou 
monetariamente; quanto foi arrecadado 
e aplicado (no caso de venda); as dificul-
dades encontradas e as propostas para 
resolvê-las. Conversar com a comunidade 
regularmente e promover reuniões são 
atividades fundamentais para o desen-
volvimento de uma mentalidade partici-
pativa, duradoura e “ecológica”.
Adaptado de: REVISTA PÓLIS: estudos, 
formação e assessoria em políticas sociais. 
São Paulo: Instituto Pólis, n. 31, 1998. p. 43.
Projetos de coleta seletiva beneficiam o ambiente e promovem mais empregos. 
Participe de projetos dessa natureza em sua comunidade.
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Sugestões para implantação de programas 
Reúna a comunidade escolar e, se todos “toparem” separar lixo, divida as tarefas. Lembre-se de que a queima de 
Pesquise o mercado para recicláveis, consultando prefeitura, catadores, sucateiros e entidades assistenciais. Então, 
prepare um esquema de retirada dos materiais da escola. Doar os recicláveis dá um caráter socioambiental ao trabalho. 
A eventual venda de recicláveis não deve ser buscada como fonte de “renda” para a escola, caso contrário, poderá in-
centivar geração proposital de resíduos. A periodicidade da coleta depende do espaço disponível para armazenamento.
Para o descarte seletivo e o armazenamento dos materiais, escolha um local coberto, de fácil acesso aos coletores e 
bem à vista. Os recipientes podem ser cedidos pela Prefeitura, sucateiros ou empresas, comprados ou confeccionados 
pela própria escola. As cores-padrão dos recipientes para descarte seletivo são: azul-marinho para papéis, vermelho 
para plásticos, amarelo para metais e verde-escuro para vidros. O jornal pode ser enfardado, separado dos demais 
papéis: ele vale mais para venda. Caixas de ovos também podem ser empilhadas e vendidas em feiras ou quitandas. 
Poderão ser coletados outros materiais para uso nas aulas de Educação Artística. Deve-se estimular a troca de livros 
usados e a doação de roupas usadas, brinquedos e outros a comunidades ou entidades assistenciais. Não inicie o 
programa sem antes ter garantido o local para o destino do material e os recipientes para a coleta seletiva.
Promova reuniões com todos os alunos e convide a comunidade (pais, funcionários e moradores, caso a escola possa receber 
material do bairro) para apresentar a importância ambiental da separação de recicláveis. Enfatize que o sucesso do progra-
ma depende diretamente da participação de todos. Qualquer eventual arrecadação de fundo deve ser apresentada como 
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Pois é graças às reações químicas que obtemos a maior 
parte da energia que consumimos. O estudo da Química en-
volve, portanto, conhecimentos sobre processos de transfor-
mações das substâncias e sobre a energia associada a essas 
transformações.
As reações são o principal foco de estudo da Química, 
mas não o único. A identificação de substâncias, por meio da 
determinação de suas propriedades químicas e físicas, é outra 
importante linha de pesquisa. Para entender as propriedades 
das substâncias e dos materiais, os químicos estudam a sua 
constituição. Podemos, portanto, conceituar a Química da 
seguinte forma:
4 A QUÍMICA E SUA LINGUAGEM
V imos, ao longo desta primeira unidade, os conceitos relativos aos campos básicos 
de estudo da Química. Aprendemos, neste capítulo, como a Química se conso-
lidou historicamente como uma Ciência moderna. Vamos recapitular o que ela estuda.
Os químicos sentem um inconfessável prazer em transformar as coisas. É claro que 
ninguém jamais conseguiu criar algo a partir do nada – esse ainda é um mistério inson-
dável... –, mas, mesmo assim, os químicos contribuem para a transformação do mundo 
em que vivemos. Diariamente, eles descobrem e sintetizam (pro-
duzem em laboratório) novas substâncias por meio de reações 
químicas. Muitas são posteriormente utilizadas na fabricação 
de novos materiais; outras entram na composição de medica-
mentos, de produtos de limpeza, de alimentos (para conservar 
e melhorar o sabor, a aparência ou o teor nutritivo) e de uma 
infinidade de outros produtos que consumimos diariamente.
Além de serem utilizadas para a obtenção de novos materiais, 
as reações químicas também são importantes fontes de energia: 
você já imaginou como seria difícil nossa vida sem as fontes de 
energia? Haveria vida?
Química é a Ciência que estuda as substâncias, suas 
constituições, suas propriedades e suas transformações em 
novas substâncias, além dos efeitos e modelos explicativos 
relacionados a tais transformações.
A bateria de telefone celular produz energia com base 
em reações químicas ocorridas em seu interior.
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Pois é graças às reações químicas que obtemos a maior 
parte da energia que consumimos. O estudo da Química en-
volve, portanto, conhecimentos sobre processos de transfor-
mações das substâncias e sobre a energia associada a essas 
transformações.
As reações são o principal foco de estudo da Química, 
mas não o único. A identificação de substâncias, por meio da 
determinação de suas propriedades químicas e físicas, é outra 
importante linha de pesquisa. Para entender as propriedades 
das substâncias e dos materiais, os químicos estudam a sua 
constituição. Podemos, portanto, conceituar a Química da 
seguinte forma:
em que vivemos. Diariamente, eles descobrem e sintetizam (pro-
duzem em laboratório) novas substâncias por meio de reações 
químicas. Muitas são posteriormente utilizadas na fabricação 
de novos materiais; outras entram na composição de medica-
mentos, de produtos de limpeza, de alimentos (para conservar 
e melhorar o sabor, a aparência ou o teor nutritivo) e de uma 
infinidade de outros produtos que consumimos diariamente.
Além de serem utilizadas para a obtenção de novos materiais, 
as reações químicas também são importantes fontes de energia: 
você já imaginou como seria difícil nossa vida sem as fontes de 
energia? Haveria vida?
Química é a 
constituições, suas propriedades e suas transformações em 
novas substâncias, além dos efeitos e modelos explicativos 
relacionados a tais transformações.
Ferro (ímã)
Ouro
Cobre encapado 
com plástico
Plásticos
Liga 
metálica
Poliamida
Algodão
Náilon
Borracha
Os materiais que usamos 
diariamente são resultado 
de transformações quími-
cas desenvolvidas por 
indústrias químicas.
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4 A QUÍMICA E SUA LINGUAGEM
V imos, ao longo desta primeira unidade, os conceitos relativos aos campos básicos 
de estudo da Química. Aprendemos, neste capítulo, como a Química se conso-
lidou historicamente como uma Ciência moderna.Vamos recapitular o que ela estuda.
Os químicos sentem um inconfessável prazer em transformar as coisas. É claro que 
ninguém jamais conseguiu criar algo a partir do nada – esse ainda é um mistério inson-
dável... –, mas, mesmo assim, os químicos contribuem para a transformação do mundo 
em que vivemos. Diariamente, eles descobrem e sintetizam (pro-
duzem em laboratório) novas substâncias por meio de reações 
químicas. Muitas são posteriormente utilizadas na fabricação 
de novos materiais; outras entram na composição de medica-
mentos, de produtos de limpeza, de alimentos (para conservar 
e melhorar o sabor, a aparência ou o teor nutritivo) e de uma 
infinidade de outros produtos que consumimos diariamente.
Além de serem utilizadas para a obtenção de novos materiais, 
as reações químicas também são importantes fontes de energia: 
você já imaginou como seria difícil nossa vida sem as fontes de 
energia? Haveria vida?
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O químico e suas atividades
O químico é o profissional que estuda a Química. Ele atua em pro-
cessos de investigação e no desenvolvimento de processos de análises, 
separação e síntese de substâncias e materiais. Existem diversos campos 
de trabalho do químico, vejamos alguns desses a seguir.
A Bioquímica, ramo de estudo que une a Química à Biologia, 
estuda as substâncias presentes nos seres vivos e como elas atuam 
sobre os organismos. Entre as atividades desenvolvidas pelos 
bioquímicos está a identificação de agentes causadores das mais 
diversas patologias, como a aids, por exemplo, além de outras 
pesquisas, como no campo da genética. Mais de 400 cientistas de várias partes do mundo 
participaram do Projeto Genoma que mapeou o genoma humano, abrindo perspectivas 
para pesquisas na prevenção e tratamento de doenças. Com esses conhecimentos 
derivados da Química, a Ciência vem contribuindo para o aumento da longevidade, 
antigo sonho dos alquimistas. Enquanto no fim do século XIX a expectativa de vida era 
de 41 anos, no início do século XXI ela aumentou para 65 anos.
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Na Engenharia, profissionais da área mecânica e civil estudam as propriedades dos ma-
teriais empregados na fabricação de automóveis ou na edificação de casas, rodovias, pontes 
etc. E na indústria química, químicos e engenheiros químicos determinam as composições 
de diferentes matérias-primas, otimizam métodos de produção, buscam soluções para pro-
blemas ambientais etc.
Na Geologia, Ciência que estuda a forma e a composição exterior e interior da Terra, os 
processos químicos são usados para determinar a composição de minerais. Na Agronomia, são 
feitas análises químicas do solo que determinam os adubos necessários à melhoria da produção. 
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Os bioquímicos trabalham 
tanto na identificação das estru-
turas químicas presentes no cor-
po humano como no reconhe-
cimento de moléculas de DNA.
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A identificação de minerais, feita pelos geólo-
gos, exige também conhecimentos químicos.
Na produção de automóveis, os 
químicos contribuem para o desenvol-
vimento de materiais mais resistentes, 
seguros, leves e atraentes.
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Os agrônomos utilizam conhecimentos 
químicos para orientar os agricultores so-
bre adubação.
A determinação da 
quantidade de materiais 
presentes em soluções, 
por meio de reações quí-
micas, por um método de 
titulação, é uma das ati-
vidades desenvolvidas pe-
los químicos.
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O químico consegue fa-
zer previsões de estrutu-
ras químicas com o uso 
de computador acoplados 
a equipamentos de análi-
se química.
 é o profissional que estuda a Química. Ele atua em pro-
cessos de investigação e no desenvolvimento de processos de análises, 
separação e síntese de substâncias e materiais. Existem diversos campos 
, ramo de estudo que une a Química à Biologia, 
estuda as substâncias presentes nos seres vivos e como elas atuam 
sobre os organismos. Entre as atividades desenvolvidas pelos 
bioquímicos está a identificação de agentes causadores das mais 
diversas patologias, como a aids, por exemplo, além de outras 
pesquisas, como no campo da genética. Mais de 400 cientistas de várias partes do mundo 
participaram do Projeto Genoma que mapeou o genoma humano, abrindo perspectivas 
para pesquisas na prevenção e tratamento de doenças. Com esses conhecimentos 
derivados da Química, a Ciência vem contribuindo para o aumento da longevidade, 
antigo sonho dos alquimistas. Enquanto no fim do século XIX a expectativa de vida era 
de 41 anos, no início do século XXI ela aumentou para 65 anos.
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O químico consegue fa-
zer previsões de estrutu-
ras químicas com o uso 
de computador acoplados 
a equipamentos de análi-
se química.
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Em todas essas áreas, diferentes métodos são usados tanto para identificar as subs-
tâncias presentes nos materiais como para determinar a quantidade de cada uma delas, 
funções específicas da Química Analítica. Esse ramo da Química é responsável pelo de-
senvolvimento de técnicas e instrumentos de análise da composição dos materiais.
Os modelos obtidos com o apoio da tecnologia computacional são largamente utili-
zados na Química Teórica, cujo objetivo é descrever com mais precisão a constituição 
da matéria. Enquanto no passado a previsão de reações químicas era feita somente com 
base em experimentos realizados em laboratório – e é por isso que a chamamos Ciência 
experimental –, hoje a Química pode não somente prever a ocorrência de reações pelo 
computador, mas também propor novos materiais por esse estudo.
Por isso, além de conhecer técnicas de laboratório, o químico precisa estudar mode-
los teóricos da constituição da matéria e dominar a linguagem da simbologia química, 
ferramentas básicas desse profissional. 
Linguagem química
Como toda Ciência, além de seus 
métodos investigativos e suas teorias e 
modelos, a Química apresenta uma lin-
guagem própria, rica em símbolos e re-
gras diferentes da linguagem comum. 
Durante seu estudo, você irá aos pou-
co se familiarizando com essa simbolo-
gia química.
Para facilitar a comunicação entre os 
cientistas de todo o mundo, os elemen-
tos químicos são representados por sím-
bolos que derivam de seus nomes em 
latim. O símbolo é, normalmente, a pri-
meira letra do nome em latim, escrita 
em maiúscula. No caso de haver dois ou 
mais elementos que começam pela mes-
ma letra, uma segunda letra do nome é 
usada, sendo esta minúscula.
O quadro ao lado apresenta uma lista 
de elementos mais familiares.
Fórmulas químicas
Enquanto os elementos químicos são re pre sentados por símbolos, as substâncias 
são representadas por fórmulas. Nas fórmulas, representamos os símbolos dos elemen-
tos químicos que estão presentes no constituinte de cada substância e, por meio de 
índices numéricos colocados um pouco abaixo do símbolo do elemento, indicamos o 
número de átomos de cada elemento que compõe o constituinte. Para os elementos 
químicos que aparecem apenas uma vez no constituinte da substância não é neces-
sário indicar o índice. O quadro a seguir apresenta as fórmulas químicas de algumas 
substâncias simples.
SÍMBOLOS DE ALGUNS ELEMENTOS QUÍMICOS E 
APLICAÇÕES DE SUAS SUBSTÂNCIAS
Elemento Símbolo
Aplicações de substâncias que 
contêm o elemento
Alumínio Al Utensílios domésticos, papel-alumínio, 
ligas metálicas.
Chumbo Pb Baterias, chapas.
Cloro Cl Desinfetante, bactericida, alvejante.
Cobalto Co Radioterapia, determinação da umidade do ar.
Cobre Cu Fios condutores de eletricidade, moedas.
Enxofre S Produção de pneus, inseticidas.
Ferro Fe Aço, ferro fundido.
Hélio He Utilizado em balões meteorológicos.
Hidrogênio H Combustível alternativo.
MagnésioMg Liga metálica utilizada na confecção de rodas 
de automóveis.
Neônio Ne Luz avermelhada de letreiros.
Ouro Au Confecção de joias, lâminas, ligas.
Oxigênio O Respiração dos seres vivos, solda.
Prata Ag Confecção de joias, moedas, contatos elétricos.
Urânio U Fonte de energia nuclear.
Em todas essas áreas, diferentes métodos são usados tanto para identificar as subs-
tâncias presentes nos materiais como para determinar a quantidade de cada uma delas, 
funções específicas da Química Analítica
senvolvimento de técnicas e instrumentos de análise da composição dos materiais.
Os modelos obtidos com o apoio da tecnologia computacional são largamente utili-
zados na Química Teórica, cujo objetivo é descrever com mais precisão a constituição 
da matéria. Enquanto no passado a previsão de reações químicas era feita somente com 
base em experimentos realizados em laboratório – e é por isso que a chamamos Ciência 
experimental –, hoje a Química pode não somente prever a ocorrência de reações pelo 
computador, mas também propor novos materiais por esse estudo.
Por isso, além de conhecer técnicas de laboratório, o químico precisa estudar mode-
los teóricos da constituição da matéria e dominar a linguagem da simbologia química, 
ferramentas básicas desse profissional. 
SÍMBOLOS DE ALGUNS ELEMENTOS QUÍMICOS E 
APLICAÇÕES DE SUAS SUBSTÂNCIAS
Elemento Símbolo
Aplicações de substâncias que 
contêm o elemento
Alumínio Al Utensílios domésticos, papel-alumínio, 
ligas metálicas.
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Átomos de alguns elementos químicos podem formar substâncias simples diferentes. 
Nesse caso, essas substâncias simples recebem o nome de alótropos. O gás oxigênio (O2) 
e o gás ozônio (O3) são formas alotrópicas do elemento químico oxigênio.
EXEMPLOS DE SUBSTÂNCIAS ALOTRÓPICAS
Elemento químico Alótropos
Oxigênio (O) oxigênio (O2), ozônio (O3)
Carbono (C)
grafite (C), diamante (C)
fulereno (C60), nanotubos (Cn)
Fósforo (P)
fósforo branco (P4)
fósforo vermelho (Pn)
ALGUNS EXEMPLOS DE SUBSTÂNCIAS SIMPLES E SUAS FÓRMULAS
Substância Elemento químico Fórmula
Hidrogênio hidrogênio (H) H2
Nitrogênio nitrogênio (N) N2
Oxigênio oxigênio (O) O2
Enxofre enxofre (S) S8
Ferro ferro (Fe) Fe
Iodo iodo (I) I2
Alumínio alumínio (Al) Al
Confira os quadros abaixo. Compare as fórmulas do diamante e da grafite (ou grafita). 
São iguais, não é mesmo? Como é possível haver dois materiais tão distintos com a 
mesma fórmula? De fato, a grafite e o diamante são ambos formados pela combinação de 
átomos de carbono. No entanto, a configuração espacial, ou seja, o arranjo dos átomos de 
carbono no constituinte da grafite é diferente da configuração dos átomos no constituinte 
do diamante. Portanto, são substâncias diferentes, pois possuem constituintes diferentes. 
Obviamente, as propriedades físicas e o valor comercial também são diferentes.
J. 
Yu
ji
J. 
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Modelo de arranjo de átomos de carbono do diamante. Modelo de arranjo de átomos de carbono da grafite.
Conforme os modelos, 
o arranjo dos átomos na 
grafite é bem diferen-
te do arranjo de átomos 
no diamante, por isso 
as propriedades dessas 
substâncias são diferentes.
O que representa a fórmula H2O?
Pense
Átomos de alguns elementos químicos podem formar substâncias simples diferentes. 
Nesse caso, essas substâncias simples recebem o nome de alótropos. O gás oxigênio (O2) 
) são formas alotrópicas do elemento químico oxigênio.
EXEMPLOS DE SUBSTÂNCIAS ALOTRÓPICAS
Alótropos
), ozônio (O3)
grafite (C), diamante (C)
ALGUNS EXEMPLOS DE SUBSTÂNCIAS SIMPLES E SUAS FÓRMULAS
Fórmula
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Você já sabe que o símbolo H representa o ele-
mento químico hidrogênio e o símbolo O represen-
ta o elemento químico oxigênio. Logo, pela fórmula, 
podemos afirmar que a água é formada por áto-
mos de hidrogênio e de oxigênio. O índice 2 indi-
ca que cada constituinte possui dois átomos de hi-
drogênio. A não existência de índice após o símbolo 
do oxigênio indica que cada constituinte da água 
possui apenas um átomo de oxigênio. Fácil, não? 
O quadro ao lado apresenta as fórmulas de algumas 
substâncias compostas.
Equação química 
No primeiro capítulo, estudamos que as reações químicas são processos em que novas 
substâncias são formadas. Agora, vamos aprender a reapresentar essas reações de ma-
neira simplificada, usando a simbologia química. Essa representação simbólica da reação 
é chamada equação química.
Equação química é a representação simbólica da reação química.
Na equação química, as substâncias que reagem, denominadas reagentes, e as substân-
cias que são formadas, denominadas produtos, são representadas por suas fórmulas quí-
micas. Os reagentes são separados dos produtos por uma seta, como é mostrado a seguir:
reagente(s) ( produto(s)
No caso de existir mais de uma substância como reagente ou como produto, suas fór-
mulas são separadas pelo sinal de soma (+), indicando que os reagentes devem estar em 
contato para que a reação ocorra e que os produtos sejam formados simultaneamente.
Ao se apresentar uma equação química, deve-se também especificar o estado de 
agregação de cada substância envolvida. O estado gasoso é representado por (g), o estado 
líquido por (l), o estado sólido por (s) e as substâncias dissolvidas em água por (aq). As letras 
que reapresentam os estados de agregação devem ser colocadas ao lado dos símbolos 
das substâncias e não como índices, como era utilizado antigamente.
Além de representar as substâncias reagentes e os produtos, é necessário também repre-
sentar as proporções entre todas elas. A proporção de cada substância é indicada numerica-
mente na frente da fórmula de cada constituinte e é denominada coeficiente estequiométrico 
ou simplesmente coeficiente. Tal coeficiente indica a proporção relativa dos constituintes das 
substâncias participantes da reação. Quando o coeficiente é 1, ele não precisa ser indicado. 
Outras convenções também adotadas nas equações químicas são:
• Δ indica que a reação ocorre a elevadas temperaturas;
• F indica que a reação é reversível, ou seja, os produtos reagem entre si originando no-
vamente os reagentes.
Veja, agora, exemplos de equações químicas e seu significado.
Seja a equação:
C(s) + O2(g) ( CO2(g)
.
Essa equação indica que o carvão, substância simples constituída de átomos do ele-
mento químico carbono, que se encontra no estado sólido, reage com o gás oxigênio, 
substância simples constituída de moléculas que contêm dois átomos do elemento químico 
oxigênio, produzindo a substância composta dióxido de carbono, também chamado gás 
ALGUNS EXEMPLOS DE SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS E 
SUAS FÓRMULAS
Substância Fórmula
Água H2O
Ácido sulfúrico H2SO4
Cloreto de sódio (sal) NaCl
Hidróxido de sódio (soda cáustica) NaOH
Amônia NH3
Carbonato de amônio (sal-amoníaco) (NH4)2CO3
Metano (gás dos pântanos) CH4
Equação química 
No primeiro capítulo, estudamos que as reações químicas são processos em que novas 
substâncias são formadas. Agora, vamos aprender a reapresentar essas reações de ma-
neira simplificada, usando a simbologia química. Essa representação simbólica da reação 
é chamada equação química.
Equação química é a representação simbólica da reação química.
ALGUNS EXEMPLOS DE SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS E 
SUAS FÓRMULAS
Substância Fórmula
Água H2O
Ácido sulfúrico H2SO4
Cloreto de sódio (sal) NaCl
Hidróxido de sódio (soda cáustica) NaOH
Amônia NH3
Carbonato de amônio (sal-amoníaco) (NH4)2CO3
Metano (gás dos pântanos) CH4
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carbônico, constituída de moléculas que contêm um átomo do elemento químico carbo-
no ligado a dois átomos do elemento químico oxigênio.
Veja agora esta outra equação: N2(g) + 3H2(g) F 2NH3(g) .
Esta equação indica que o gás nitrogênio, substância simples constituída de moléculas 
que contêm dois átomos do elementoquímico nitrogênio, reage com o gás hidrogênio, 
substância simples constituída de moléculas que contêm dois átomos do elemento quími-
co hidrogênio, produzindo a substância composta amônia no estado gasoso, constituída 
de moléculas que contêm um átomo do elemento químico nitrogênio ligado a três áto-
mos do elemento químico hidrogênio. Essa equação indica ainda que, nessa reação, para 
cada molécula nitrogênio, são necessárias três moléculas hidrogênio e são formadas duas 
moléculas de amônia. Além disso, a equação indica que tanto os reagentes como os pro-
dutos dessa reação são gases e que essa reação é reversível, ou seja, o produto amônia 
transforma-se nos reagentes nitrogênio e hidrogênio.
Exercícios
 1. De acordo com Aristóteles, explique como um ele-
mento de sua teoria se transformava em outro, por 
exemplo, como a água se transformava em ar e este 
em fogo.
 2. Considere o esquema ao lado. 
Entre as alternativas abaixo, 
indique as corretas sobre ele.
a) Temos cinco componentes.
b) É formado por duas substâncias simples.
c) Foram usados apenas dois elementos.
d) É um material.
e) Temos cinco substâncias simples e duas substâncias 
compostas.
 3. O que é descontinuidade da matéria?
 4. (UnB-DF) Um aluno fez, em sala de aula, uma dissolu-
ção, realizando os seguintes procedimentos:
 I – Colocou um grânulo (pequeno grão) de permanga-
nato de potássio (sólido violeta cuja fórmula quí-
mica é KMnO4) em um primeiro béquer (béquer 1) 
contendo 50 mL de água.
 II – Agitou o sistema até que todo o sólido se 
dissolvesse.
III – Mediu, com uma proveta, 5 mL dessa solução, trans-
ferindo-os para um segundo béquer (béquer 2).
IV – Completou o volume desse segundo béquer com 
água até a marca de 50 mL.
V – Agitou o sistema e mediu, com uma proveta, 5 mL 
da solução, transferindo-os para um terceiro béquer 
(béquer 3).
VI – Completou, com água, o volume desse terceiro 
béquer, até a marca de 50 mL.
O aluno registrou, no caderno de dados, as observa-
ções que se seguem.
 Béquer Coloração da solução
 1 violeta-intenso
 2 violeta-claro
 3 incolor
Com base nas informações acima e considerando a 
natureza corpuscular da matéria, julgue os itens a se-
guir, marcando C para os corretos e E para os errados.
1) Os átomos constituintes do permanganato de po-
tássio não estão presentes no béquer 3, uma vez 
que a água mudou uma das propriedades – cor – 
daquela substância (incolor).
2) De acordo com o modelo atômico de Dalton, po-
de-se afirmar que a estrutura representada pela 
fórmula KMnO4 é divisível e composta por três di-
ferentes tipos de partículas de massas distintas.
3) O experimento realizado pelo aluno demonstra que 
a matéria é formada por átomos, os quais são exa-
tamente como Dalton visualizou em suas experiên-
cias, isto é, esferas maciças e indivisíveis.
 5. O constituinte da amônia tem quantos átomos?
 6. Quantos átomos e de quantos elementos existem no 
constituinte do ácido sulfúrico (H2SO4)?
 7. Que informações obtemos da fórmula do carbonato de 
amônio – (NH4)2CO3?
 8. Qual é a diferença entre Co e CO?
 9. Qual é a diferença entre as representações do item a e 
as do item b?
a) H2 + O2 b) H2O2
 10. Escreva sentenças que expliquem o significado de cada 
equação química a seguir, indicando os reagentes e 
os produtos:
a) 2H2(g) + O2(g) ( 2H2O(l)
b) 2H2O2(l) ( 2H2O(l) + O2(g)
c) 2C2H2(g) + 5O2(g) ( 4CO2(g) + 2H2O(l)
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
carbônico, constituída de moléculas que contêm um átomo do elemento químico carbo-
2(g) F 2NH3(g) .
Esta equação indica que o gás nitrogênio, substância simples constituída de moléculas 
que contêm dois átomos do elemento químico nitrogênio, reage com o gás hidrogênio, 
substância simples constituída de moléculas que contêm dois átomos do elemento quími-
co hidrogênio, produzindo a substância composta amônia no estado gasoso, constituída 
de moléculas que contêm um átomo do elemento químico nitrogênio ligado a três áto-
mos do elemento químico hidrogênio. Essa equação indica ainda que, nessa reação, para 
cada molécula nitrogênio, são necessárias três moléculas hidrogênio e são formadas duas 
moléculas de amônia. Além disso, a equação indica que tanto os reagentes como os pro-
dutos dessa reação são gases e que essa reação é reversível, ou seja, o produto amônia 
rdo com Aristóteles, explique como um ele-
mento de sua teoria se transformava em outro, por 
exemplo, como a água se transformava em ar e este 
 Béquer Coloração da solução
 1 violeta-intenso
 2 violeta-claro
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Com base nas informações acima e considerando a 
FAÇA NO CADERNO. NÃO ESCREVA EM SEU LIVRO.
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 11. Com relação à composição química das substâncias, 
julgue as afirmações abaixo, marcando C para os itens 
corretos e E para os errados.
1) Ao verificar que a água é representada pela fórmula 
H2O, é correto concluir que essa se constitui numa 
mistura de hidrogênio e oxigênio.
2) As substâncias representadas pelas fórmulas O2, 
O3, P4 e S8 são substâncias simples.
3) A nicotina, cuja fórmula é C10H14N2, é um alcaloide 
existente no fumo e tem a sua denominação deri-
vada do nome de Jean Nicot. A fórmula desse al-
caloide possui 26 átomos e 3 elementos químicos.
4) A água oxigenada, (H2O2), e a água, (H2O), são 
substâncias iguais, já que são formadas pelos mes-
mos elementos químicos.
5) O corpo do ser humano, por ser um produto natural, 
não possui elementos químicos em sua constituição 
até que ele comece a ingerir remédios. 
 12. (UnB-DF) Examine as fórmulas representadas a seguir e 
julgue os itens abaixo, marcando C para os corretos e E 
para os errados. 
P4, S8, Br2, CaBr2, Zn, He
1) O número de substâncias simples representadas 
é dois.
2) O número de substâncias compostas representadas 
é quatro.
3) O número de substâncias poliatômicas é um.
4) CaBr2 é uma mistura das substâncias Ca e Br2.
5) A fórmula S8 indica que oito átomos estão ligados 
formando uma única molécula.
 13. (UnB-DF) A investigação química é uma atividade humana 
que tem grande influência na sociedade. Com relação a 
essa atividade e suas características, julgue os itens a seguir, 
marcando C para os itens corretos e E para os errados.
1) A Alquimia era uma atividade científica da Idade Mé-
dia que se caracterizava pelo uso do método científi-
co de observação, experimentação e generalização.
2) Os modelos científicos desenvolvidos pelo método 
científico usado em Quí mi ca possuem limitações 
e não explicam todos os fenômenos.
3) Acabar com o problema mundial da fome é uma 
decisão de competência dos químicos, pois somente 
eles podem dedicar a maior parte do seu tempo ao 
desenvolvimento de novas tecnologias que aumen-
tem a produtividade agrícola.
4) Para a preservação da saúde dos indivíduos, deveria 
ser proibido o uso de produtos químicos nos alimentos.
 14. (Osec-SP) Um estudante estava pesquisando um fenô-
meno e queria seguir corretamente as etapas do mé-
todo científico. Em qual das sequências abaixo estão 
citadas, em ordem correta, porém, não necessariamen-
te consecutiva, quatro etapas que ele teria seguido?
a) Observação, experimentação, formulação de leis e 
criação de teoria.
b) Criação de teoria, formulação de leis, experimentação 
e observação.
c) Experimentação, levantamento de hipóteses, cria-
ção de teoria e observação.
d) Levantamento de hipóteses, organização de dados, 
observação e formulação de leis.
e) Observação, criação de teoria, formulação de leis 
e organização de dados.
 15. (UFSCar-SP) Até 1772 acreditava-se que o fogo era um 
elemento químico. Foi quando um cientista nascido em 
1743 e guilhotinado em 1794, durante a Revolução 
Francesa, transformou a pesquisa química de qualita-
tiva em quantitativa, formulando explicitamente a Lei 
da Conservação da Matéria. Este cientista, também 
conhecido como o pai da Química moderna, é:
a) John Dalton. d) Antoine Lavoisier.
b) Linus Pauling. e) Niels Bohr.
c) Robert Boyle.
 16. Cada conjunto de esquemasabaixo representa subs-
tâncias de diferentes sistemas. Classifique cada siste-
ma em material ou substância e classifique todas as 
substâncias em simples ou compostas.
A B C
D E F
 17. (UnB-DF) Julgue os itens, marcando C para os itens 
corretos e E para os itens errados.
1) O ar é um material homogêneo constituído de subs-
tâncias simples.
2) Das substâncias álcool, ouro, diamante e acetona, 
somente o ouro é uma substância simples.
3) Por meio de medidas das temperaturas de fusão 
e ebulição, é possível fazer a distinção entre subs-
tâncias simples e compostas.
J. 
Yu
ji
 11. 11. Com relação à composição química das substâncias, 
julgue as afirmações abaixo, marcando C para os itens 
corretos e E para os errados.
1) Ao verificar que a água é representada pela fórmula 
H2O, é correto concluir que essa se constitui numa 
mistura de hidrogênio e oxigênio.
2) As substâncias representadas pelas fórmulas O2, 
O3, P4 e S8 são substâncias simples.
3) A nicotina, cuja fórmula é C10H14N2, é um alcaloide 
existente no fumo e tem a sua denominação deri-
vada do nome de Jean Nicot. A fórmula desse al-
caloide possui 26 átomos e 3 elementos químicos.
4) A água oxigenada, (H2O2), e a água, (H2O), são 
substâncias iguais, já que são formadas pelos mes-
mos elementos químicos.
5) O corpo do ser humano, por ser um produto natural, 
não possui elementos químicos em sua constituição 
até que ele comece a ingerir remédios. 
 12. 12. (UnB-DF) Examine as fórmulas representadas a seguir e 
julgue os itens abaixo, marcando C para os corretos e E
para os errados. 
, S , CaBr
15.15.
102
CO
N
ST
IT
UI
N
TE
S 
DA
S 
SU
BS
TÂ
N
CI
AS
, Q
UÍ
M
IC
A 
E 
CI
ÊN
CI
A
4) Os processos de separação de materiais são utiliza-
dos para a obtenção de substâncias simples a partir 
de substâncias compostas.
 18. (UFF-RJ) Considere os seguintes sistemas:
água água + álcool água + óleo
IIIIII
J. 
Yu
ji
Os sistemas I, II e III correspondem, respectiva-
mente, a:
a) substância simples, material homogêneo, material 
heterogêneo.
b) substância composta, material heterogêneo, material 
heterogêneo.
c) substância composta, material homogêneo, material 
heterogêneo.
d) substância simples, material homogêneo, material 
homogêneo.
e) substância composta, material heterogêneo, material 
homogêneo.
Da Alquimia à Química
 b As transformações químicas sempre fascinaram a humanidade. 
O homem aprendeu a cozer e a fabricar alimentos, a tingir 
fibras, a extrair corantes, a produzir metais a partir de rochas, 
entre outras transformações. 
 b Dos rituais de magia ou religião surgiu a Alquimia, um con-
junto de conhecimentos baseados em crenças, mistérios, 
ocultismo e religião. 
 b Os alquimistas, que buscavam transmutação de metais e 
o elixir da longa vida, criaram e desenvolveram aparelhos 
e técnicas laboratoriais e descobriram substâncias e ma-
térias utilizados pelos químicos.
 b O alquimista Georg Ernst Stahl propôs a teoria do 
flogístico, na qual a combustão seria a liberação do 
“elemento” flogístico. 
 b Novas explicações para a combustão foram propostas 
no século XVIII por Lavoisier, que realizou experiências 
bem controladas e elaboradas com o uso de balanças 
precisas, demonstrando a conservação da massa nas 
reações químicas e contribuindo para a derrubada da 
teoria do flogístico.
 b A revolução química estabeleceu-se quando os quími-
cos passaram a utilizar um método sistemático de in-
vestigação dos fenômenos, uma linguagem própria e 
um sistema lógico para explicar os eventos observados.
 b Apesar de sua grande importância, as teorias científicas 
apresentam limitações e não conseguem explicar tudo. 
Conhecimento científico e senso comum
 b A Química é uma Ciência e com seus conhecimentos 
explica muitos fenômenos.
 b Em muitos casos, o conhecimento prático é suficiente 
para a realização de atividades, por exemplo, a pro-
dução de pão. Para isso, o padeiro utiliza uma forma 
de conhecimento, denominado senso comum, que é 
baseada em experiências empíricas e não em teorias 
científicas.
 b A tecnologia e as Ciências progridem, juntos, de acordo 
com demandas existentes e criadas pela sociedade. 
 b A Química está diretamente relacionada com o mundo 
em que vivemos, além de possibilitar uma vida mais 
longa e confortável. Estudar Química favorece a 
compreensão dos fenômenos naturais, bem como do 
complexo mundo social em que vivemos.
 b O desenvolvimento tecnológico e científico tanto pode 
trazer benefícios como risco à sobrevivência humana, 
dependendo da forma como é aplicado.
Constituintes da matéria
 b Os primeiros modelos sobre a constituição da matéria 
surgiram na Antiguidade. Os filósofos acreditavam que 
a matéria seria formada por quatro “elementos funda-
mentais” -- água, terra, fogo e ar -- que combinados 
dariam origem a todos os materiais.
 b A ideia de que a matéria é constituída de pequenas 
partes indivisíveis (átomos) foi proposta pelo filósofo 
grego Demócrito [470-360 a.C.] e seu discípulo Leucipo 
[século V a.C.]. 
 b Em 1808, John Dalton apresentou uma nova teoria na 
qual a matéria é formada por partículas denominadas 
átomos (esferas maciças e indivisíveis), as substâncias 
simples são constituídas de apenas um tipo de áto-
mo (elemento químico) e as substâncias compostas 
de mais de um tipo de átomo (diferentes elementos 
químicos).
 b Substância simples é um tipo de substância formada 
por átomos de apenas um elemento químico. 
 b Substância composta é um tipo de substância for-
mada por átomos de mais de um elemento químico.
A Química e sua linguagem
 b A Ciência Química apresenta uma linguagem própria: 
os elementos químicos são representados por símbolos 
que derivam de seus nomes em latim; as substâncias são 
representadas por fórmulas.
Os processos de separação de materiais são utiliza-
dos para a obtenção de substâncias simples a partir 
correspondem, respectiva-
a) substância simples, material homogêneo, material 
heterogêneo.
b) substância composta, material heterogêneo, material 
heterogêneo.
c) substância composta, material homogêneo, material 
heterogêneo.
d) substância simples, material homogêneo, material 
homogêneo.
e) substância composta, material heterogêneo, material 
homogêneo.
As transformações químicas sempre fascinaram a humanidade. 
O homem aprendeu a cozer e a fabricar alimentos, a tingir 
fibras, a extrair corantes, a produzir metais a partir de rochas, 
Dos rituais de magia ou religião surgiu a Alquimia, um con-
junto de conhecimentos baseados em crenças, mistérios, 
“elemento” flogístico. 
b Novas explicações para a combustão foram propostas 
no século XVIII por Lavoisier, que realizou experiências 
bem controladas e elaboradas com o uso de balanças 
precisas, demonstrando a conservação da massa nas 
reações químicas e contribuindo para a derrubada da 
teoria do flogístico.
C
A
P
ÍTU
LO
1
2
3
4
5
6
7
8
103
UNIDADE 2
104
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st
oc
k
Poluição do ar. Smog sobre Santiago, Chile. A cidade faz 
fronteira com a Cordilheira dos Andes, ao fundo, impedindo 
a poluição de se dissipar.
PoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluiçãoPoluição
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