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ELABORAÇÃO DE LAUDO 
TÉCNICO E PERÍCIAS JUDICIAIS 
ELABORAÇÃO DE LAUDO 
TÉCNICO E PERÍCIAS JUDICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Unidade 1: Perícia Judicial Imobiliária 7 
Seção 1.1: Conceito de perícia. 7 
Seção 1.2: Parecer técnico de avaliação mercadológico (PTAM) 10 
Seção 1.3: Relevância da perícia para a construção civil 22 
Unidade 2: O que se Espera da Avaliação de Bens e de Imóveis 24 
Seção 2.1: Introdução 24 
Seção 2.2: Governança 24 
Seção 2.3: Diversidade de bens 27 
Seção 2.4: Questões legais 29 
Seção 2.5: Considerações 30 
Unidade 3: O Papel do Engenheiro como Perito Judicial e os Desafios 
Advindos do Novo Código de Processo Civil (CPC) 31 
Seção 3.1: Introdução 31 
Seção 3.3: Perito 32 
Seção 3.4: Perícia 32 
Seção 3.5: Laudo 33 
Seção 3.6: Assistente técnico 33 
Seção 3.7: Tipos de ações ou perícias 34 
Seção 3.8: Considerações 37 
Referências 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vídeos 
 
Antes de iniciar a leitura do material assista aos vídeos indicados abaixo, 
que farão a introdução ao assunto e também contribuirão com o conhecimento 
sobre a área de estudo. 
 
● Vídeo 1: Como atuar com laudos técnicos de engenharia. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=u8giRZZRhfc 
Sinopse: Para atuar com laudos técnicos de engenharia, é interessante que 
o profissional se especialize, inicie com laudos técnicos de baixa complexidade, 
como laudo de reforma, laudo de pequenas infiltrações e vazamentos, laudo de 
vistoria cautelar de vizinhança. 
 
● Vídeo 2: Laudos técnicos de engenharia: 05 tipos de laudos técnicos 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NogzlfLHN5k 
Sinopse: É muito importante conhecer todos os tipos de laudos para poder 
apresentar ao seu cliente a melhor opção possível, por isso neste vídeo são 
apresentados 05 tipos de laudos técnicos de engenharia. 1) Laudo de inspeção 
predial; 2) Laudo cautelar de vizinhança; 3) Laudo técnico de reforma; 4) Laudo de 
acessibilidade; 5) Laudo estrutural. 
 
● Vídeo 3: Como realizar um laudo técnico. 
Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=AwpVUQHu2NI> 
Sinopse: Neste vídeo o Eng. Giovanni Cremonezi apresenta como realizar 
um laudo técnico, mas perícia extrajudicial, que também ajudará você adquirir mais 
conhecimentos. 
 
● Vídeo 4: A perícia Judicial, o Perito e o Assistente 
Disponível 
em:<https://www.youtube.com/watch?v=5ej8SRbt4TY&list=RDCMUCvy91a
3AyO3F75i9yOA2aQg&index=1>. 
Sinopse: O curso é ministrado pela professora Doutora Rousara Bland, 
tratando sobre a perícia Judicial, os peritos e o assistente da perícia, na área 
 
 
 
criminal. 
 
● Vídeo 5: Perícia Judicial na Engenharia Civil - Área promissora 
 Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=rtI0TV15w0I> 
Sinopse: Neste vídeo o Eng. Alex Wetler explica os 3 principais aspectos 
que tornam a perícia judicial uma área promissora e também quais são os principais 
requisitos para atuarmos nessa área. A principal função: auxiliar o juiz em situações 
processuais envolvendo serviços de Engenharia. 
 
 
 
 
Unidade 1: Perícia Judicial Imobiliária 
 
Seção 1.1: Conceito de perícia. 
Perícia é a análise técnica de um fato, estado ou situação, realizada por um 
profissional especialista, legalmente habilitado. 
Sua finalidade é produzir provas, informar a verdade através de laudos 
completos incluindo fundamentação, dados mercadológicos e ilustrações, 
garantindo total transparência e eficiência em cada caso, destinados à verificação 
ou esclarecimento de determinada situação ou fato, e apurar as causas 
motivadoras do mesmo. 
O Perito Judicial é o profissional que trabalha diretamente sob a jurisdição 
do Poder Judiciário, ou seja, exerce essa função quando é nomeado pelo Juízo. 
Seu papel é auxiliar o juiz nas questões técnicas em casos de processos 
complexos, no qual é necessário um parecer técnico feito por profissionais com 
conhecimentos no assunto. 
A principal área de atuação de um perito voltado às questões judiciais é 
avaliar obras que envolvem riscos à vida das pessoas e ao meio ambiente, e este 
deve emitir um laudo pericial que dê embasamento para a decisão final do juiz com 
base em provas. 
 
Perícias judiciais quando são realizadas por determinação do juiz e atuam 
nos seguinte casos: 
. Inventários e Partilhas de bens; 
. Espólios; 
. Divórcios; 
. Usucapião; 
. Desapropriações; 
. Dissolução Societária; 
. Revisional de Aluguel; 
. Execuções Fiscais; 
. Demarcatória; 
. Reintegração de Posse; 
. Entre outras; 
 
 
 
 
Perícias extrajudiciais são realizadas por iniciativa dos interessados, sem 
a determinação do juiz e englobam as seguintes situações: 
. Comercial (compra, venda, locação, permuta etc.); 
. Avaliações patrimoniais corporativas; 
. Fusões, cisões e incorporações; 
. Garantia para financiamentos (garantias reais); 
. Prefeituras; 
. Consórcios; 
. Seguradoras; 
. Financiamentos Bancários; 
 
Para o melhor entendimento sobre a importância do Perito Judicial 
Engenheiro Civil, os trechos dos artigos 464 ao 475 do Novo Código de Processo 
Civil apontam: 
 
Artigo 464: Casos em que a perícia poderá ser indeferida pelo Juiz: 
I – a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico; 
II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas; 
III – a verificação for impraticável 
 
 A norma NBR-13.752/96 – Perícias de engenharia na construção civil define 
que uma perícia é uma apuração das causas que desencadearam determinado 
evento ou até mesmo dúvidas de direitos, que abrange uma divisão em três tipos 
principais: avaliatórias, contratuais e cautelares. 
 
Perícia Avaliatória: Através de técnicas e métodos avaliatórios, é feita a 
elaboração do PTAM (Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica) ou Laudo 
Pericial com o respectivo selo Certificador do COFECI, onde são apresentados os 
critérios técnicos e a análise de mercado para a determinação do valor de um bem, 
conforme especificações da Resolução 1.066/2007 do COFECI – Conselho Federal 
de Corretores de Imóveis e NBR 14.653, alcançando o objetivo desejado em cada 
avaliação. 
 
 
 
 
Perícias Contratuais - Essas perícias têm como objeto de discussão as relações 
dentro das obrigações contraídas entre as partes de um contrato. 
 
Perícia Cautelar - É realizada em residências nas proximidades de uma nova obra 
que irá se iniciar, para resguardo da construtora e proprietários, caso alguma avaria 
seja causada em razão da obra. A Vistoria Cautelar de Imóveis e Laudo para 
produção antecipada de prova pericial com a finalidade de resguardar um direito a 
ser demonstrado oportunamente nos autos da ação própria. Vistoria cautelar de 
vizinhança; vistoria cautelar de imóveis novos para entrega das chaves e 
elaboração do respectivo laudo ad perpetuam rei memoriam; vistoria de imóvel para 
locação ou venda e laudo técnico de vistoria predial – Perícias de engenharia na 
construção civil, laudo cautelar de vistoria de imóveis para fins judiciais e avaliação 
de imóveis para fins de direito. 
 
Seção 1.2: Parecer técnico de avaliação mercadológico (PTAM) 
É um parecer técnico, realizado por profissionais, devidamente registrados 
no COFECI (Conselho Federal do Corretores de Imóveis) e no CNAI (Cadastro 
Nacional dos Avaliadores Imobiliários), que não é obrigatório, porém ter também o 
CNAI passa maior credibilidade ao trabalho, pois dá a entender que todo 
profissional que possui o cadastro passou por uma especialização e avaliação para 
exercer tal serviço com mais profissionalismo. 
Trata-se de um trabalho profissional, legal e reconhecido, e possui seus 
parâmetros e sua metodologia determinada pela NBR 14653, que por vez 
determina em sua primeira parte os procedimentos gerais sendo subdividida em 
mais 6 requisitos, respectivamente: Imóveis urbanos, Imóveis rurais, 
empreendimentos; máquinas, equipamentos, instalações e bens industriaisem 
geral e Patrimônios históricos. 
Este documento possui um selo numerado, controlado pelo CRECI, que dá 
autenticidade e notoriedade ao documento. 
 
 
 
Ele poderá ser usado para fins judiciais e para comprovação de valor de mercado 
de um imóvel, tanto para compra, venda, aluguel e fins administrativos. 
A avaliação Mercadológica de um imóvel é a definição precisa do valor do 
mesmo através de fundamentações, técnicas e metodologias de aferição. A 
avaliação mercadológica vai muito além de comparação de preços entre imóveis 
similares. Ela utiliza uma gama muito maior de dados, evidências e cálculos para 
chegar a um valor de mercado do imóvel, seja para aluguel, venda, compra ou 
administração realmente preciso. 
 Um laudo deve descrever as condições verificadas na vistoria, com o 
conhecimento técnico da área de atuação, em que se torna relevante o padrão 
construtivo e a relação de seus elementos e equipamentos com suas respectivas 
anomalias, estas inclusive com o grau de risco, e apresentação da conservação 
geral do imóvel. 
Quando é necessário emitir o PTAM? O avaliador pode ser procurado para 
emitir o laudo nas seguintes situações: 
● Gestão patrimonial; 
● Alienação fiduciária, penhora ou para garantir que o valor do imóvel é igual 
ao valor firmado no acordo; 
● Compra ou venda de imóveis; 
● Financiamentos; 
● Compra ou construção de um imóvel; 
● Desapropriações, geralmente para definir valor da base tributária; 
● Ações judiciais, revisão de aluguéis, inventários, reintegração de posse, 
etc; 
● Partilha de bens de herança. 
De acordo com o Ato Normativo n. 01/2011, da Resolução n. 1.066/2007 
do COFECI - Conselho Federal dos Corretores de Imóveis, em seu Anexo IV, 
instituiu que o PTAM - Parecer Técnico de Avaliação Mercadológico, "deverá 
conter, no mínimo, os requisitos listados no modelo contido no Anexo IV". Por sua 
vez, o referido anexo nos traz os seguintes requisitos: 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Quadro 1. Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica (PTAM) 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: CRECI, 2010, adaptada pelos autores 
 
O laudo pericial é preciso ser didático, ilustrado com fotos e croquis. 
NBR 13795/96 define atribuições para proceder uma perícia de todo 
profissional legalmente habilitado pelos conselhos Regionais de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia. 
Toda e qualquer avaliação técnica de bens se respalda na Lei federal nº 
5.194/66, de 24/12/66: “Avaliações, vistorias, perícias e pareceres são atribuições 
de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, devidamente registrados no CREA.” 
Conforme a CLT (1943), o perito deve seguir dentro de todo este processo 
seus direitos e deveres, dentre eles, receber remuneração compatível com 
trabalho, este dentro de seu ofício, trazendo apenas a verdade dentro do prazo 
previsto, valendo todos os meios do (Art.429). 
A Lei 6496/71.1.71 Código de Defesa do Consumidor afirma e destaca a 
importância de laudos técnicos das perícias de engenharia possuírem 
acompanhamentos da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), pois apenas 
com a mesma esta possui valor legal. 
Ainda conforme a CPC, Lei 13105 (2015), o perito poderá ser munido de um 
assistente técnico que levantará informações e auxiliará o advogado durante o 
processo, além de endossar o laudo descrito pelo perito de forma a parte. O laudo 
poderá ser questionado em um prazo de dez dias pelos assistentes técnicos. 
 
 
 
Este parecer tecnológico foi desenvolvido pela Comissão de Avaliação de 
Imóveis para fins de alienação da Prefeitura Municipal de Icém. 
Resumo Da Avaliação 
Neste primeiro passo é exposto um breve resumo de todas informações 
gerais da avaliação, incluindo identificação da localização do imóvel, dado do 
proprietário e do terreno juntamente com o valor encontrado no mercado. 
. Figura 2: Resumo da avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 
 Prefeitura Municipal de Icém. 
 
Identificações 
De forma breve descreve por quem foi solicitado o laudo, em seguida informar 
dados do proprietário e dos ocupantes das matrículas dos imóveis, logo a finalidade 
e objetivo do referido Laudo de Avaliação. 
 
 
 
 
 Figura 3: Resumo da avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Icém. 
 
 
 
 
Pesquisa de mercado 
A pesquisa de mercado permitiu a obtenção de 10 (dez) valores na Imobiliária da 
cidade, de acordo com ofertas e transações, e nas características do imóvel 
descrito, ou seja, área de terreno, infraestrutura do local, estado de conservação 
 
 
 
dos imóveis e sua localização, após ponderação foram utilizados apenas 4 (quatro), 
que são estes os mais próximos do avaliando, enumerados a seguir, cujas 
características igualam-se ao imóvel avaliando. 
 Figura 4: Pesquisa de mercado. 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Icém. 
 
 
 
 
 
Cálculo de Média Aritmética 
 
 Figura 5: Evolução dos Cálculos.. 
 
 
 
 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Icém. 
 
 
 
Gráfico Mercadológico 
Após a pesquisa de mercado exemplificada na figura 4, e já com os valores 
relevantes é possível montar o gráfico para um melhor mapeamento do cenário. 
 
 
 
 
 Figura 6: Gráfico Mercadológico. 
 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Icém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
Após todos os estudos e coletas de dados é importante apresentar uma conclusão 
clara e objetiva. 
 
 
 
 
 Figura 7: Conclusão. 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Icém. 
 
Para finalizar, é necessário colocar em anexo o relatório fotográfico, assinatura dos 
profissionais responsáveis pelo laudo técnico e o documento de registro do imóvel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Relatório fotográfico. 
 
 
 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Icém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Registro do Imóvel. 
 
 
 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Icém. 
 
 
 
 
 
 
 
Seção 1.3: Relevância da perícia para a construção civil 
 
 
 
 
Todos os trabalhos periciais de engenharia devem ser orientados e atender 
às diretrizes preconizadas pelas Normas Brasileiras aprovadas pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), aplicáveis à natureza e espécie do objeto 
da perícia. A NBR 13.752/1996 é a norma que trata das perícias. Ela determina as 
diretrizes básicas, conceitos, critérios e procedimentos para a realização das 
perícias de engenharia. Esta Norma é exigida em todas as manifestações escritas 
de trabalhos periciais de engenharia na construção civil e é aplicável às demais 
áreas da engenharia. A realização deste trabalho é de responsabilidade e exclusiva 
competência dos profissionais legalmente habilitados pelos Conselhos Regionais 
de Engenharia e Agronomia (CREA), de acordo com a Lei Federal nº 5194/1966 e, 
entre outras, as Resoluções nos 205, 218 e 345 do Conselho Federal de 
Engenharia e Agronomia (CONFEA). 
O aumento de construção gera uma cadeia de serviços, sendo a vistoria de 
grande impacto para a liberação do imóvel ao uso, caso o mesmo não esteja 
conforme há a possibilidade de uma perícia Judicial a fim de determinar decisões 
com embasamento técnico. 
NBR 15575 (2013) determina as condições de desempenho de uma 
habitação, estabelecendo avaliação com base nos requisitos e critérios das normas 
técnicas brasileiras vigentes. 
Souza; Rapper (1998) relata a Patologia como o campo estudado pela 
Engenharia das Construções, os profissionais desta área buscam o domínio de 
suas origens, formas de manifestação, consequências e mecanismos de ocorrência 
das falhas, sendo Engenheiro Civil o mais indicado a acompanhar e determinar a 
degradação das estruturas causadas pelos mesmos. A qualidade das edificações 
é uma das exigências impostas aos engenheiros civis, que devem passar 
segurança aos usuários permitindo a vida útil da mesma. 
 As Normas de Engenharia prescritas pela ABNT são normas decaráter técnico 
obrigatório, tal qual como inferidas pela Lei do Consumidor. Identificação das 
Normas questionadas: “Perícias de engenharia na construção civil” – NBR 
13752/1996; “Norma de Manutenção de edificações — Requisitos para o sistema 
de gestão de manutenção”: NBR 5674/2012; “Normas de Desempenho das 
edificações”: NBR 15575/2013 PARTES 1 a 5. Destacamos também como muito 
importante a “Norma de Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e 
manutenção das edificações — Requisitos para elaboração e apresentação dos 
 
 
 
conteúdos”: NBR: 14037/2011 Versão Corrigida:2014 – essa norma é quem define 
os critérios de manutenção das edificações pela criação de um manual de serviços 
e manutenção requeridos aos sistemas da edificação. 
 
Unidade 2: O que se Espera da Avaliação de Bens e 
de Imóveis 
 
Seção 2.1: Introdução 
Uma abordagem plausível para se compreender a atividade técnica de 
Avaliação de Bens, no geral, e da Avaliação de Imóveis, em particular, parte da 
necessidade dos clientes que demandam esse produto ou serviço. 
A Avaliação de Bens e a Avaliação de Imóveis têm, sob o ponto de vista 
panorâmico, a função de sustentar negócios, ou seja, transações entre os diversos 
agentes econômicos. Seja uma avaliação realizada para subsidiar uma operação 
de venda e compra entre particulares ou entre empresas, seja para escorar 
demonstrações financeiras de uma empresa de capital aberto ou para auxiliar a um 
juízo arbitral ou ao próprio Poder Judiciário em uma demanda qualquer, em última 
análise, ela estará dando suporte técnico, direta ou indiretamente, a uma transação. 
E esse suporte somente poderá ser considerado adequado quando atender 
plenamente aos requisitos de governança, apresentar o tipo de valor adequado à 
transação e a diversidade de bens que pode ser objeto de avaliação. 
 
Seção 2.2: Governança 
A regra do ambiente de negócios exige amparo técnico fundamentado para 
suportar as decisões e afastar os valores balizados em opiniões. 
Em uma compra de bens e/ou imóvel utilizando o crédito de uma instituição 
financeira, esta terá alguns cuidados para garantir a qualidade do crédito e a 
segurança da operação, o que envolve conhecer o bem e/ou imóvel e o seu valor 
de mercado, para garantir que o valor de aquisição seja justo, e não fraudulento, e 
que o interessado não está simulando uma transação com valor superior ao real 
com o intuito de se favorecer indevidamente com a obtenção de recursos a juros 
baixos. 
 
 
 
As exigências são maiores quando se trata de negócios que envolvem 
pessoas jurídicas, sejam entes públicos ou privados. Isso ocorre porque as 
transações afetam não somente aqueles que participam da transação, como 
também outras partes interessadas, que muitas vezes não possuem poder de 
influência direto. portanto, nas transações que envolvem pessoas jurídicas, não 
basta a vontade dos participantes, é necessário garantir a lisura e o respeito aos 
interesses de terceiros, que muitas vezes não estão representados ou sequer 
identificados na transação. 
Exemplificando, a aquisição de um ativo por uma empresa de capital aberto 
tem de ser feita por um valor tal que lhe dê retorno econômico. Se assim não for 
feito, os acionistas, que podem não ter participado diretamente ou autorizado a 
transação, podem ser prejudicados. Esse acionista pode ser, inclusive, uma pessoa 
física ou jurídica, domiciliada em qualquer parte do globo. A indenização em uma 
desapropriação deve ser equivalente ao patrimônio retirado do particular. Diferente 
disso, perde o particular, caso ela seja menor que esse patrimônio que lhe foi 
retirado, ou, caso ela seja maior, perdem os contribuintes que, sem qualquer poder 
sobre o negócio, promovem o enriquecimento indevido desse particular em 
detrimento dos impostos pagos. 
Na alienação de bens públicos, a sociedade não participa das aprovações e 
da definição do valor, mas não pode ser prejudicada por vendas mal sucedidas ou 
realizadas por valores vis, embasadas em opiniões e em elementos subjetivos. 
Na avaliação de penhora de bens para fins de leilão, o valor do bem dado 
em garantia deve ser tecnicamente lastreado para que não prejudique as partes. 
Portanto, se infere que a Avaliação de Bens e a Avaliação de Imóveis servem 
para sustentar negócios e agregar valor à cadeia produtiva na medida em que 
colabora com os mecanismos e sistemas de governança das organizações, 
públicas ou privadas, que demandam esse serviço de tamanha importância. Se 
trata de uma necessidade técnica que formata uma resposta robusta ao valor do 
bem e/ou imóvel envolvido no negócio. 
O profissional de avaliações deve ser independente e isento. ter interesse, 
em encontrar o correto valor do bem sem qualquer interesse secundário na 
transação, ou ser bonificado pelo sucesso ou fracasso da transação à qual está 
dando suporte. 
 
 
 
O profissional de avaliação somente poderá dar o adequado suporte aos 
agentes econômicos caso tenha consciência dessa amplitude de possibilidades, 
reconheça a necessidade específica da transação a ser suportada e disponha de 
conhecimento técnico-científico, bem como ferramentas e mecanismos para 
atendê-la. 
A sustentação das transações pode exigir o cálculo de diferentes valores 
para um mesmo bem, com efeito, o valor de mercado é um dos valores possíveis, 
mas não é o único e sequer é indicado para o indistinto suporte de todas as 
transações possíveis entre os agentes econômicos. 
A contratação de um seguro de incêndio exige o conhecimento do valor em 
risco em nada parecido com o valor de mercado; as desapropriações demandam o 
cálculo do valor indenizatório, que, dependendo do caso, pode ou não ser igual ao 
valor de mercado; os leilões envolvem o conhecimento do valor de liquidação 
forçada, além do valor de mercado. 
Seção 2.3: Diversidade de bens 
O profissional de avaliação pode ser demandado para calcular o valor de 
bens dos mais diversos tipos, sejam eles corriqueiramente encontrados no 
mercado ou não, como por exemplo: terrenos, apartamentos ou residências 
horizontais, mas pode também ser demandado ao cálculo de valores de bens 
atípicos, tais como infraestruturas urbanas (redes de água ou de esgoto, estações 
de tratamento de água, subestações de energia, redes de transmissão elétrica, etc.) 
ou equipamentos urbanos (creches, escolas, museus, teatros, etc.). A avaliação 
pode também ter como finalidade a determinação do valor de mercado de aluguel 
de imóveis. Entram também nesta avaliação Hotéis, Shopping Centers, e diversas 
tipologias de empreendimentos imobiliários e bases imobiliárias, além de 
propriedades rurais,culturas e ativos biológicos, indústrias, agroindústrias. 
 
 
 
 
A Evolução da Engenharia de Avaliações 
 
 
 
 
A Norma Brasileira de Avaliações de Bens, que estabelece os padrões 
normativos para Avaliação de Bens, é resultado do esforço de agentes 
intervenientes, entidades profissionais, bancos, sindicatos, conselhos de profissões 
regulamentadas, profissionais liberais e professores que trabalharam de forma 
honorífica para consensuar e consolidar a regulamentação técnica de 
procedimentos para a realização de Avaliação de Bens. Participaram desse 
processo de revisão importantes players do mercado de avaliações, tais como 
Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Finep, BNDES, Petrobras, 
Dnit, além de engenheiros da Receita Federal, Sabesp, peritos e assistentes 
técnicos. Todos esses especialistas trabalharam traduzindo o estado da arte nesta 
matéria: a norma ABNT NBR 14653, que é reconhecida internacionalmente por sua 
excelência e referência em Avaliação de Bens. 
 
Laudo de Avaliação (LTA) 
Documento que expressa decisão do órgão de vigilância sanitária competente 
sobre a avaliação física funcional do projeto de edificação, e seus complementos, 
que abriga atividade de interesse da saúde.Assim descrito pelaCVS 01/2020 artigo 
2 item XXVII. Dessa forma, a obtenção do LTA se trata de um processo descritivo 
acerca do funcionamento (fluxos operacionais) e edificação atual da empresa por 
meio de projetos e memoriais que são avaliados pela Vigilância Sanitária local 
quanto aos critérios e parâmetros já estabelecidos em legislações vigentes. 
 
 
 
 
Figura 10: Requisitos para um Laudo de Avaliação 
 
 
Seção 2.4: Questões legais 
A Lei Federal n. 5194/66, no seu art. 27, alínea f, concede ao Confea baixar 
e fazer publicar as resoluções previstas para regulamentação e execução da 
referida Lei. Dessa legislação resulta a Resolução N. 345/1990 que atribui 
competência exclusiva aos engenheiros para avaliações e perícias de imóveis, 
móveis e indústrias. O art. 13 da mesma Lei prevê que não possuem valor jurídico 
os laudos e demais trabalhos, quer públicos e/ou privados, quando não realizados 
por profissionais registrados no Crea. No mesmo sentido, o CAU apresenta na 
Resolução N. 51, art. 2, item d, a atribuição ao arquiteto para “inventário, vistoria, 
perícia, avaliação, monitoramento, laudo e parecer técnico, auditoria e arbitragem 
em obra ou serviço técnico referente à preservação do patrimônio histórico, cultural 
e artístico”. O Código de Defesa do Consumidor reconheceu a necessidade dos 
serviços de avaliação e perícias atenderem às Normas da ABNT, reconhecendo 
como uma proteção do consumidor, proporcionando qualidade e orientação aos 
serviços. 
 
 
 
 
Reza o CPC: “Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do 
fato depender de conhecimento técnico ou científico.” 
§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais 
legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos 
devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao 
qual o juiz está vinculado. 
 
§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar 
consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de 
computadores ou em jornais de grande circulação, além de 
consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao 
Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos 
Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de 
órgãos técnicos interessados. 
 
Já o Art. 473 do mesmo CPC exige a escora técnica identificada em um 
Laudo Técnico de Avaliação, mas inexistente no Ptam: 
“Art. 473. O laudo pericial deverá conter: 
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito; 
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser 
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se 
originou;” 
 
Seção 2.5: Considerações 
Diante da exposição de motivos elencados neste documento de atribuição 
do profissional de avaliação, podemos concluir que: 
• O ambiente de negócios exige escora técnica robusta para suportar 
decisões, não admitindo valores balizados em opiniões; 
• O profissional de avaliação (engenheiros e arquitetos) deve ser 
independente e somente poderá dar o adequado suporte aos negócios 
caso tenha consciência da amplitude de possibilidades, reconheça a 
necessidade específica da transação a ser suportada e disponha de 
conhecimento técnico-científico, bem como ferramentas e mecanismos 
para atendê-la, sob os auspícios da isenção; 
• A Engenharia de Avaliação compreende o conjunto de conhecimentos 
técnico científicos especializados, aplicados na avaliação de bens; 
 
 
 
• O Laudo Técnico de Avaliação é o documento elaborado por um 
profissional de avaliação (engenheiros e arquitetos) que, após a 
adequada análise e individualização do objeto de avaliação, busca definir 
o seu valor de mercado que, conceitualmente, é a quantia mais provável 
pela qual se negociaria um imóvel, numa data de referência, dentro das 
condições do mercado vigente; 
• Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica (Ptam), elaborado por um 
corretor de imóveis, se presta única e exclusivamente a formalizar uma 
“opinião de mercado”, mas em nenhuma hipótese pode se configurar em 
um laudo técnico, pois carece de pré requisitos técnico-científicos; 
• Os tribunais nas esferas estaduais e federal proferiram decisões em que 
não se deve comparar um Laudo Técnico, elaborado por profissional de 
avaliação, com uma mera “opinião de mercado” emitida por um corretor 
de imóveis. 
Por fim, ressaltamos que o eixo central desta discussão – Laudo Técnico 
versus Ptam – está fincado no conhecimento técnico-científico que sustenta a 
avaliação de bens e/ou imóveis, que terão seus valores perquiridos e verificados 
metodologicamente a exaustão pelos engenheiros e arquitetos, que compõem o 
corpo de profissionais de avaliações, sob os auspícios da independência e isenção. 
 
Unidade 3: O Papel do Engenheiro como Perito Judicial e 
os Desafios Advindos do Novo Código de Processo Civil 
(CPC) 
 
Seção 3.1: Introdução 
A engenharia tem-se empenhado em agregar novas tecnologias, 
principalmente em um campo globalizado que reforça a competitividade. Além da 
necessidade de inovação, o engenheiro se lança em desafio na busca de 
compatibilizar projeto, custo, qualidade e prazo, objetivando o sucesso de sua 
gestão nesses novos cenários. 
As irregularidades podem acontecer na etapa de execução, na aquisição de 
terrenos, na escolha de materiais, e até mesmo devido à má qualificação da mão 
 
 
 
de obra selecionada para realização dos serviços. A presença do engenheiro como 
perito é de suma importância. É evidente, que o profissional deverá buscar 
constante reciclagem e modernização. Para tanto deverá enfrentar constantes 
desafios que agregam valor à perícia de engenharia. Deste modo, o 
aperfeiçoamento da atividade carece de ser apresentado de forma atualizada e 
objetiva. 
 
Seção 3.3: Perito 
De acordo com o glossário do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias 
de Engenharia de São Paulo (IBAPE/SP), o perito é o profissional legalmente 
habilitado, idôneo e especialista, convocado para realizar uma perícia. 
Segundo Vendrame (1997), apud Veronesi (2004) 
“O perito é indivíduo de confiança do juiz, sendo até 
denominado de “olhos e os ouvidos do juiz”, figurando como 
auxiliar da justiça [...], deve reunir os conhecimentos técnicos 
e científicos [...]. É justamente por isso que o perito judicial 
deve ter conduta incorrupta, ética com a verdade técnica, 
além de expertise no assunto que irá tratar em sua perícia, 
pois tem a função de apresentar ao juiz, de forma clara e 
precisa, sua análise técnica para solver as dúvidas e 
divergências existentes no litígio em curso.” 
 
 
Seção 3.4: Perícia 
A perícia é o ato da investigação onde o profissional habilitado utiliza-se de 
ferramentas propícias para evidência dos fatos e apuração das causas, com o 
objetivo de elucidar determinados aspectos técnicos. 
Na perícia é necessário estar atento aos elementos que serão examinados 
e posteriormente utilizados para responder às arguições das partes. Para identificar 
uma causa precisa-se saber o que se está averiguando, transpondo-se assim para 
um laudo claro e objetivo. 
Ainda de acordo com Veronesi Junior (2004, p.25) 
“A perícia é realizada por requisição formal de instituição, 
pública ou privada, ou de pessoa jurídica. Seus resultados 
são apresentados através de parecer sucinto, apenas com 
respostas aos quesitos formulados, ou de laudo técnico com 
exposição detalhada dos elementos investigados, sua análise 
e fundamentação das conclusões, além da resposta aos 
quesitos formulados.” 
 
 
 
 
Seção 3.5: Laudo 
O resultado do trabalho realizado na perícia, o laudo é um parecer técnico 
escrito e fundamentado, emitido por um especialista indicado por autoridade, 
relatando resultados de exames e vistorias, assim como eventuais avaliações com 
ele relacionadas. No laudo deve-se evitar palavras de sentido ambíguo ou confuso, 
ainda que necessite apresentar termos técnicos, objetivando facilitar assim a sua 
leitura e compreensãodo mesmo. 
 
Seção 3.6: Assistente técnico 
O assistente técnico é o profissional legalmente habilitado pelos Conselhos 
Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs), indicado e contratado pela parte 
para orientá-la, assistir aos trabalhos periciais em todas as suas fases da perícia e, 
quando necessário, emitir seu parecer técnico. 
Com relação ao acompanhamento das diligências pelas partes, impõe ao 
perito que assegure, comprovadamente, e com antecedência mínima de cinco dias, 
acesso a todos os documentos, informações e diligências aos assistentes técnicos. 
 
Seção 3.7: Tipos de ações ou perícias 
Quando duas ou mais pessoas possuem interesse sobre o mesmo bem ou 
utilidade, surge entre elas um conflito de interesses, tal conflito pode dar lugar à 
manifestação da vontade de uma delas de exigir a subordinação do interesse da 
outra ao próprio (pretensão). Se essa vontade é resistida, configura-se então um 
litígio ou lide. A função de decidir a lide é atribuída a um terceiro sujeito, 
desinteressado e imparcial, que é o Estado, através de seus órgãos jurisdicionais. 
Seguem abaixo as principais ações ou lides que envolvem perícia de 
engenharia: 
 
 
 
Ordinária 
São ações que envolvem maior complexidade prevendo indenização por 
uma das partes. Indenizações por vícios de construção, danos causados a terceiros 
 
 
 
e todas aquelas que envolvam a participação pecuniária por ocorrência que 
implique uma verificação ou parecer técnico de Engenharia. 
 
Desapropriação 
Nas ações de desapropriação a função do perito e dos assistentes técnicos 
é apontar a indenização pelos bens expropriados. É a ação onde o Poder Público, 
de forma direta, ou através de concessionário de serviço público, promove, de 
forma compulsória, a transferência da propriedade de um imóvel pertencente ao 
particular para o patrimônio público, consistindo na apuração do justo valor da 
indenização a ser paga. Há casos especiais em que as desapropriações ocorrem 
em áreas ambientais que necessitam de licença ambiental ou até mesmo do estudo 
de impacto ambiental carecendo de especialistas na área. 
Demarcatória e Divisória 
A demarcação é uma operação realizada com o objetivo de estabelecer uma 
linha divisória entre imóveis. Isso é feito para que esse limite seja visível, uma vez 
que pode gerar conflitos entre as partes envolvidas As ações que envolvem divisão 
de terras necessitam de um profissional de engenharia, e nesta ação faz-se 
necessária a presença de profissionais de engenharia de agrimensura. 
 
Reintegração de Posse e Reivindicatória 
Ainda relacionado às propriedades, existem as ações de reintegração de 
posse e reivindicatória. De acordo com Maia Neto (1997) “questões de terra”, 
envolvendo casos em que há dúvida sobre a perfeita localização de um 
determinado imóvel em relação ao outro ou existam casos de invasões e esbulhos 
sobre determinado imóvel. 
 
Usucapião 
A legislação brasileira permite que uma pessoa possa adquirir a propriedade 
de um bem, seja móvel ou imóvel, pelo uso por um determinado tempo, sem 
interrupção, e desde que cumpra os requisitos exigidos pela lei. Todavia, em 
nenhuma hipótese é possível usucapião de bem público. 
 
Nunciação de Obra Nova 
 
 
 
A ação de nunciação de obra nova, repercute no direito de posse, e é um 
procedimento judicial, estando previsto no Código de Processo Civil. Os 
procedimentos possuem índole cautelar, antecipatória e executiva, e se 
desenvolvem em um processo de conhecimento. 
Em alguns casos pode ser proposta a Ação de Nunciação de Obra Nova, e são 
eles: 
● Quando o proprietário ou o possuidor do imóvel deseja suspender as 
atividades de construção, sendo que se der continuidade poderá causar 
risco ou prejuízo ao direito de preservação de seu bem; 
● Quando o condomínio deseja evitar que as obras prejudiquem a coisa de 
terceiro ou comum; 
● Pelo Município para impedir obras que ferem as determinações legais. 
A Ação poderá ser aplicada em qualquer construção que possa estar descumprindo 
a lei, que não esteja respeitando as regras de vizinhança, abusando de limites 
demarcatórios, se não tiver autorização e respaldo arquitetônico, ou que 
simplesmente esteja colocando em risco o bem de outra pessoa. 
Ambiental 
No âmbito das lides que envolvem os recursos naturais, ocorre a perícia 
ambiental onde se dá a apuração dos fatos que envolvem as questões ambientais 
e os impactos sofridos pelas ações do homem. Também regida pelo CPC, 
diferencia-se pelo objeto de estudo, a perícia ambiental tem como objetivo o estudo 
e a preservação do meio ambiente, o que abrange a natureza e as atividades 
humanas. 
 
 
 
 
Seção 3.8: Considerações 
As constantes mudanças no campo da engenharia legal trouxeram 
inovações tanto para o campo técnico como jurídico. Neste ponto é indiscutível a 
necessidade do perito em manter-se atualizado. A engenharia tem se empenhado 
em desenvolver novas tecnologias que auxiliam as perícias nos diversos 
segmentos. Sendo assim, cabe ao engenheiro perito dedicar-se ao constante 
aprendizado, tanto nas questões técnicas, como no âmbito judicial. Cabe ainda ao 
profissional ter ciência da complexidade que demandam as práticas forenses 
aplicando-se ao estudo das causas que lhe forem designadas para apuração, pois 
nenhuma lide é igual a outra, mesmo que semelhante. 
Muitas perícias requerem a necessidade da contratação de mais de um 
especialista. Como exemplo temos as causas que envolvem demarcação de terras 
onde, faz-se necessária a participação de um engenheiro agrimensor, assim como 
desapropriação e perícia ambiental, que requer equipe multidisciplinar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
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