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2 SEGURANÇA EM OPERAÇÕES EM FERROVIAS E METRÔS: SAFETY & SECURITY 3 SUMÁRIO SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 2. INFRAESTRUTURAS FERROVIÁRIAS E METROVIÁRIAS .................................. 8 2.1 INFRAESTRUTURA FERROVIÁRIA NO BRASIL ................................................ 8 2.2 INFRAESTRUTURA METROVIÁRIA NO BRASIL ................................................ 9 3. SAFETY ................................................................................................................ 11 3.1 CONCEITOS ....................................................................................................... 11 3.1.1 CONCEITOS BÁSICOS DE SAFETY EM FERROVIAS .................................. 11 3.1.2 CONCEITOS BÁSICOS DE SAFETY EM METRÔS ........................................ 12 3.2 PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM FERROVIAS E METRÔS ........................... 12 3.2.1 ILUMINAÇÃO EM TÚNEIS ............................................................................... 12 3.2.2 ILUMINAÇÃO DOS PÁTIOS ............................................................................ 12 3.3 PREVENÇÃO E RESPOSTA EM EMERGÊNCIAS ............................................ 13 3.3.1 PLANOS DE EVACUAÇÃO E RESGATE ........................................................ 14 4.3.2 CORPO DE SEGURANÇA OPERACIONAL E PATRIMONIAL FERROVIÁRIA 15 3.4 PREPARAÇÃO PARA DESASTRES .................................................................. 16 3.4.1 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS .............................................................. 16 3.4.2 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ................................................................ 17 3.4.3 CONDIÇÕES DE PASSAGEM ......................................................................... 19 3.4.4 COMBATE AO FOGO ...................................................................................... 19 3.4.5 EXERCÍCIO DE ALERTA ................................................................................. 20 3.4.6 EXTINTORES .................................................................................................. 21 3.4.7 SISTEMAS DE ALARME .................................................................................. 22 3.4.8 CARGAS PERIGOSAS – VAGÕES E EQUIPAMENTOS ................................ 22 3.4.9 FORMAÇÃO E CIRCULAÇÃO ......................................................................... 22 3.4.10 MANUSEIO, MANUTENÇÃO E TRANSPORTE ............................................ 23 5. SECURITY ............................................................................................................ 23 5.1 CONCEITOS BÁSICOS ...................................................................................... 23 4.2 CRIMES EM FERROVIAS E METRÔS ............................................................... 27 4 4.2.1 CRIMES SEXUAIS ........................................................................................... 27 4.2.2 DETECÇÃO DE VANDALISMO NAS PASSAGENS DE NÍVEL ...................... 27 4.2.3 MONITORAMENTO CENTRALIZADO ............................................................. 28 4.2.3 SEGURANÇA NO ACESSO A ÁREAS RESTRITAS ....................................... 28 4.3 OPERAÇÕES DE SEGURANÇA EM FERROVIAS E METRÔ ........................... 28 4.3.1 FUNÇÕES DE CONTROLE DA SINALIZAÇÃO .............................................. 28 4.3.2 MANUAL DE SEGURANÇA ............................................................................. 28 4.3.3 CONTROLE DOS TRENS ................................................................................ 29 4.3.4 VELOCIDADES DE PROJETO PARA O SISTEMA DE SINALIZAÇÃO .......... 29 4.3.5 OPERAÇÃO EM MODO AVARIADO ............................................................... 29 4.3.6 INSTALAÇÕES DE MANUTENÇÃO ................................................................ 30 4.3.7 SINALIZAÇÃO DA CABINE ............................................................................. 30 4.3.8 PROTEÇÃO AUTOMÁTICA DE TRENS – ATP ............................................... 30 4.3.9 DEFEITOS NOS TRILHOS .............................................................................. 30 4.3. 10 SEGREGAÇÕES........................................................................................... 31 4.3.11 INCLUSÕES ................................................................................................... 31 4.3.12 FISSURAS TRANSVERSAIS ......................................................................... 31 4.3.13 DEFEITOS DE LAMINAÇÃO ......................................................................... 32 4.3.14 AVARIAS ORIGINADAS EM SERVIÇO ......................................................... 32 4.4 CULTURA DE SEGURANÇA .............................................................................. 33 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 34 6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 35 5 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 6 1. INTRODUÇÃO Comparando as condições atuais do setor ferroviário de carga brasileiro com as do período anterior à desestatização da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), acontecida a partir do final da década de 90 do século XX, deduz-se a presença de um cenário evolutivo favorável do setor. A participação da ferrovia na matriz de transporte de carga cresceu 8%, passando de 17% em 1997 para 25% em 2005, com previsões de atingir 30% em 2010. No âmbito do setor ferroviário de transporte urbano de passageiros, houve no ano de 2006 um crescimento de 8%, crescimento esse significativamente superior ao valor médio de 3%, verificado no ano de 2005, para todo o setor. O aumento na quantidade, na frequência e no tipo de carga transportada, consequências diretas do crescimento da produção do transporte ferroviário, submete a Via Permanente a maiores solicitações de cargas, o que contribui para acelerar a degradação dos componentes que a constituem. Isto, por sua vez, eleva o risco de ocorrência de impactos ambientais negativos, como ruído, vibrações, contaminação do solo e do lençol freático, acidentes como descarrilamentos do material rodante e outros. Além disso, a política ambiental atual, ao tentar alcançar objetivos sociais, econômicos e ambientais, exige do setor ferroviário brasileiro a adoção de estratégias de desenvolvimento sustentável, tanto no que tange a implantação e operação de novos projetos ferroviários quanto ao passivoambiental sem equacionamento pela extinta RFFSA, o que expõe as concessionárias perante os órgãos ambientais, considerando que a maior parte das linhas férreas existentes foi construída no final do século XIX e início do século XX. Somado a esses fatos, nos últimos anos, a exigência de níveis de serviço cada vez mais altos leva o setor de transporte a buscar a melhoria contínua dos serviços oferecidos, de forma a apresentar atributos como disponibilidade, acessibilidade, economicidade, qualidade e confiabilidade. Com o advento da melhoria e da amplitude de sistemas de transportes, cada vez mais há de se pensar na inclusão dos conceitos de safety e security para que as operações sejam cada vez mais seguras. SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 7 A própria evolução demográfica faz com que necessidades de segurança, antes nem tão percebidas pelos agentes que cuidam dos sistemas de transportes, sejam cada vez mais discutidas pela população e, assim, suas aplicações tornam-se quase que obrigatórias. As leis que regem os setores ferroviário e metroviário, que são o foco desta apostila, acabam por evoluir ao longo do tempo para se adequar aos anseios dos usuários. Sendo assim, a presente disciplina tem como objetivo apresentar esses atributos e refletir sobre a importância destes para a Segurança em Operações em Ferrovias e Metrô. 8 2. INFRAESTRUTURAS FERROVIÁRIAS E METROVIÁRIAS Antes de iniciarmos os quesitos de safety e security, é importante entendermos sobre as infraestruturas de ferrovias e metrôs, especificamente no Brasil. A partir disso teremos mais embasamentos para inserir os demais tópicos. 2.1 INFRAESTRUTURA FERROVIÁRIA NO BRASIL Em 1852, Irineu Evangelista de Souza, conhecido como Barão de Mauá, construiu a ligação entre o Porto de Mauá (interior da Baía da Guanabara) e a Raiz da Serra (Petrópolis). Assim, em 1854, foi inaugurada a primeira Estrada de Ferro do Brasil, com 14,5 km de extensão, que foram percorridos em 23 minutos, a uma velocidade média de 38 km/h. A segunda ferrovia inaugurada no Brasil foi a Recife–São Francisco, no dia 8 de fevereiro de 1858. A Companhia Estrada de Ferro D. Pedro II foi inaugurada em 29 de março de 1858, com trecho inicial de 47,21 km, da Estação da Corte a Queimados, no Rio de Janeiro. Esta ferrovia se constituiu em uma das mais importantes obras da engenharia ferroviária do País, na ultrapassagem dos 412 metros de altura da Serra do Mar, com a realização de colossais cortes, aterros e perfurações de túneis, entre os quais o Túnel Grande, com 2.236 m de extensão, na época o maior do Brasil, aberto em 1864. Em 1884, o País contava com 6.116 km de ferrovias, além de 1.650 km em construção. Em dezembro de 1888, existiam 9.200 km em exploração e 9.000 km em construção ou em estudo. Até meados de 1960, a rede ferroviária brasileira chegou a atingir a marca de 37.200 km, de linhas, tendo então ficado estacionada nisso durante muitos anos. Posteriormente, após a desativação de vários trechos considerados antieconômicos, chegou a ficar reduzida a 30.550 km, em 1979, tendo o Brasil caído então para o quarto lugar em extensão ferroviária nas Américas e para o segundo lugar na América do Sul, atrás da Argentina, com perto de 40.000 km de linhas instaladas. Atualmente, o Brasil conta com 4.849 km de ferrovias em construção, que somam 15 projetos, em que sete destinam-se ao transporte de carga e oito para passageiros. Além dos que estão em andamento, o País conta com mais 19 projetos no papel, quatro para carga e 15 para passageiros, que somam 3.191 km de ferrovias. Os projetos no papel ainda estão na fase de estudos de viabilidade econômica, ambiental ou aguardando lançamento de edital. Somados os projetos em construção SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 9 com os que deverão entrar em vigor, a malha brasileira terá 38.019 km, acréscimo de 8.040 km de ferrovias. Este número mostra aumento de 26,8% na extensão da malha atual, que compreende 29.979 km. E se o Brasil tivesse uma maior malha ferroviária, tanto para transportes de passageiros quanto para transporte de materiais/equipamentos, em que estágio estaria de desenvolvimento econômico? Os ganhos de escala no setor ferroviário são mais pronunciados na provisão de infraestrutura do que na esfera operacional. Isso ocorre porque a infraestrutura é o verdadeiro monopólio natural, com relevantes custos fixos e custos irrecuperáveis, o que exige uma escala elevada e caracteriza o mercado. A provisão do serviço de transporte ferroviário, por outro lado, demanda menor escala, podendo haver várias empresas transportando produtos sobre uma mesma infraestrutura. A estrutura de custos da infraestrutura ferroviária apresenta períodos de renovação relativamente longos, que se estendem por volta de 40 anos, já que trabalhos com terraplenagem e fundação são investimentos não recuperáveis e que não são considerados como elementos de custo depois de concluídos. Gastos em vagões e locomotivas também implicam em investimentos em bens com vida útil longa, de 10 e 18 anos, respectivamente. A principal vantagem que o modal ferroviário oferece se refere à capacidade de seu carregamento. Cargas de alta tonelagem são preferencialmente transportadas por ferrovias, em especial quando é necessário percorrer longas distâncias. O modal ferroviário se destaca ainda por seus menores custos ambientais, em decorrência da menor emissão de poluentes das locomotivas e do menor impacto ambiental na construção de infraestrutura necessária ao transporte ferroviário de cargas. Outro aspecto positivo é que o nível de segurança é superior em comparação ao modal rodoviário, já que o risco de acidentes envolvendo terceiros ou as próprias locomotivas é proporcionalmente inferior. Isso reduz os custos sociais do transporte ferroviário. 2.2 INFRAESTRUTURA METROVIÁRIA NO BRASIL A implantação de sistemas metroviários no Brasil começou com o Metrô de São Paulo, na década de 1960. O metropolitano de São Paulo, ou simplesmente metrô, é SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Destacar SONY Destacar 10 um sistema de transporte sobre trilhos, de alta capacidade, que atende a população da cidade de São Paulo. É operado pela empresa de capital misto Companhia do Metropolitano de São Paulo. A companhia foi fundada no dia 24 de abril de 1968 para planejar, projetar, construir e operar o sistema metroviário de transporte sobre trilhos na região metropolitana de São Paulo. Seu controle acionário é do governo do estado de São Paulo. O metrô-SP, após sua fundação, iniciou sua atuação com a implantação da Linha 1-AZUL (conhecida então por Linha Norte Sul), que está operacional desde setembro de 1974. Atualmente, o sistema metroviário de São Paulo — que em 2010 foi considerado como o melhor sistema de transporte sobre trilhos das Américas — está em expansão, com uma alta capacidade para o transporte de massa na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP. Diariamente o metrô transporta 4,1 milhões de passageiros, em média. Recentemente, o governo estadual inovou, implantando parte da Linha 4-Amarela por meio de uma Parceria Público-Privada – PPP. A linha é operada pela empresa privada Via Quatro. O primeiro projeto para um sistema de metrô em São Paulo data de 1927, quando a São Paulo Light and Power Company, empresa inglesa, apresentou um plano de transportes para reorganizar o sistema de bondes e um projeto para a implantação de um sistema de metrô. Na década de 1940, surgiram novos projetos. É importante ressaltar que toda esta infraestrutura de sistemasde transporte metroviário foi projetada, supervisionada, gerenciada e construída por empresas de engenharia brasileiras. Após o projeto básico da Linha 1-AZUL (Norte-Sul) pelo Consórcio HMD, o projeto executivo dessa primeira linha foi realizado por empresas brasileiras, bem como as fases posteriores de implantação. Isto possibilitou a implantação de linhas de metrô com tecnologia brasileira em várias outras cidades, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Recife, entre outras. As demais linhas do metrô de São Paulo (linhas 2-VERDE, 3-Vermelha e 4- Amarela), que estão operacionais, foram implantadas por empresas brasileiras – com o metrô realizando o planejamento SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar 11 3. SAFETY 3.1 CONCEITOS 3.1.1 CONCEITOS BÁSICOS DE SAFETY EM FERROVIAS De acordo com o art. 2o do Decreto no 1.832, de 4 de março de 1996, que regulamenta os transportes ferroviários, “a construção de ferrovias, a operação ou exploração comercial dos serviços de transporte Ferroviário poderão ser realizadas pelo Poder Público ou por empresas privadas, estas mediante concessão da União”. Entretanto, as administrações ferroviárias ficam sujeitas à supervisão e à fiscalização do Ministério dos Transportes, devendo cumprir e fazer cumprir, nos prazos determinados, as medidas de segurança e regularidade do tráfego que forem exigidas. É ainda de responsabilidade da administração ferroviária a implantação de dispositivos de proteção e segurança ao longo de suas faixas de domínio, além de manter a via permanente, o material rodante, os equipamentos e as instalações em adequadas condições de operação e de segurança e estar aparelhada para atuar em situações de emergência decorrentes da prestação do serviço de transporte ferroviário. Ainda no que se refere à regulamentação, é responsabilidade da administração ferroviária todo o transporte e as operações acessórias a seu cargo e pela qualidade dos serviços prestados aos usuários, conforme disposto na Decreto no 2.681, de 7 de dezembro de 1912, que regula a responsabilidade civil nas estradas de ferro, regulamento bem como pelos compromissos que assumir no tráfego mútuo, no multimodal e nos ajustes com os usuários. A responsabilidade da administração ferroviária, pelo que ocorrer de anormal nas operações a seu cargo, é elidida diante de: vício intrínseco ou causas inerentes à natureza do que foi confiado para transporte; morte ou lesão de animais em consequência do risco natural do transporte dessa natureza; falta de acondicionamento ou vício não aparente, ou procedimento doloso no acondicionamento do produto; dano decorrente das operações de carga, descarga ou baldeação efetuadas sob a responsabilidade do expedidor, do destinatário ou de seus representantes; carga que tenha sido acondicionada em contêiner ou vagão lacrado e, após o transporte, o vagão ou contêiner tenham chegado íntegros e com o lacre inviolado. SONY Destacar SONY Destacar 12 3.1.2 CONCEITOS BÁSICOS DE SAFETY EM METRÔS Segundo os primeiros artigos da Lei no 6.149, de 2 de dezembro de 1974, a segurança do transporte metroviário incumbe à pessoa jurídica que o execute, observado o disposto nessa Lei, no regulamento do serviço e nas instruções de operações de tráfego. Incluem-se na segurança do transporte metroviário a preservação do patrimônio vinculado a ele, as medidas de natureza técnica, administrativa, policial e educativa que visem a: regularidade do tráfego, a incolumidade e a comodidade dos usuários, a prevenção de acidentes, a higiene e a manutenção da ordem em suas instalações. Para a segurança do transporte metroviário, a pessoa jurídica que o execute deve manter corpo próprio e especializado de agente de segurança com atuação nas áreas do serviço, especialmente nas estações, nas linhas e nos carros de transporte. 3.2 PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM FERROVIAS E METRÔS Algumas ações preventivas devem de fato começar na parte inicial e de operação do sistema. Abaixo seguem duas das principais: iluminação em túneis e iluminação em pátios. 3.2.1 ILUMINAÇÃO EM TÚNEIS O sistema de iluminação no interior dos túneis deve prever fácil acesso para a sua manutenção e a possibilidade de ser operado a partir da central de controle de sinalização e no local quando necessário. Quando houver interrupção do suprimento de energia para tração ferroviária ou metroviária, o sistema de iluminação de emergência para evacuação do local deverá entrar em operação automaticamente. Deve-se considerar a previsão de iluminação de emergência para locais onde for necessária a evacuação e o resgate emergencial de passageiros. A vida-útil projetada para os sistemas de iluminação e de controle deverá ser de 20 anos. Isto poderá ser alcançado por meio da instalação de um sistema de longa-vida e de manutenção preventiva ao longo da vida-útil. 3.2.2 ILUMINAÇÃO DOS PÁTIOS No que concerne à iluminação dos pátios, deve-se seguir os padrões e obedecer à regulamentação vigente, no que diz respeito aos níveis de iluminação, SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 13 controle de iluminação e impacto ambiental, levando em conta que tal sistema deverá ser projetado para fornecer iluminação adequada a: » áreas de segurança e pátios; » segurança das operações nos pátios em horários sem iluminação natural; » vias de acesso, caminhos de pedestre e estacionamentos. 3.3 PREVENÇÃO E RESPOSTA EM EMERGÊNCIAS Segundo os arts. 54, 55, 56 e 57 do Decreto no 1.832/1996, a administração ferroviária adotará as medidas de natureza técnica, administrativa, de segurança e educativa destinadas a preservar o patrimônio da empresa, garantir a regularidade e a normalidade do tráfego e a integridade dos passageiros e dos bens que lhe forem confiados, prevenir acidentes e garantir a manutenção da ordem em suas dependências e o cumprimento dos direitos e deveres do usuário. Compete também à administração ferroviária exercer a vigilância em suas dependências e, em ação harmônica, quando necessário, com a das autoridades policiais competentes. Em caso de conflito ou acidente, havendo vítima, o responsável pela segurança é obrigado a, de imediato, providenciar o socorro às vítimas e dar conhecimento do fato à autoridade policial competente, na forma da lei. Aquele que praticar ato definido como crime ou contravenção será encaminhado, pela segurança da ferrovia, à autoridade policial competente. Em decorrência de acidentes graves, caso fortuito ou força maior, a interrupção do tráfego deverá ser comunicada ao Ministério dos Transportes no prazo máximo de 24 horas, com indicação das providências adotadas para seu restabelecimento. Caberá a administração ferroviária manter cadastro de acidentes que ocorram nas respectivas linhas, oficinas e demais dependências, com indicação das causas prováveis e das providências adotadas, inclusive as de caráter preventivo. É imprescindível que todo acidente seja objeto de apuração mediante inquérito ou sindicância, de acordo com a sua gravidade, devendo ser elaborado o seu laudo ou relatório sumário no prazo máximo de trinta dias da ocorrência do fato, sendo assegurada a participação das partes envolvidas no processo para assegurar o contraditório e a ampla defesa. Quanto ao transporte metroviário, o corpo de segurança atuará em todas as áreas de serviço e dependências operacionais do metrô, especialmente em suas SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Sublinhar SONY Destacar 14 estações, terminais, subestações, linhas, pátios, carros de transporte e centro de controle operacional, visando a: » segurançado público; » disciplina dos usuários; » prevenção e repressão de crimes e contravenções nas dependências do metrô e preservação do seu patrimônio; » manutenção ou restabelecimento da normalidade do tráfego metroviário, diante de qualquer fato ou emergência de caráter policial que venha a impedi-lo ou perturbá-lo; » remoção imediata, independentemente da presença de autoridade policial, de vítimas, objetos ou veículos que, em caso de acidente ou crime, estejam sobre o leito da via, no interior do trem, ou em áreas operacionais, prejudicando o tráfego metroviário ou a circulação do trem; » prisão em flagrante de criminosos e contraventores, conforme dispõe a lei; » apreensão de instrumentos, objetos ou valores relacionados a crimes ou contravenção penal, entregando-os, juntamente com o infrator, à autoridade policial competente; » isolamento dos locais de acidente, crime ou contravenção penal, para fins de verificações periciais, desde que não acarrete a paralisação do tráfego metroviário; » vistoria das áreas operacionais visando à localização de objetos suspeitos provenientes de ameaças ao funcionamento do sistema. 3.3.1 PLANOS DE EVACUAÇÃO E RESGATE Deverão ser considerados os seguintes princípios na elaboração dos planos de evacuação de transportes avariados: » sempre que possível, o transporte será conduzido, com tração própria, para uma plataforma da estação; » quando não for possível utilizar a tração própria, o transporte avariado deverá ser empurrado, se possível, ou rebocado por outro trem até uma estação; » na impossibilidade da adoção das alternativas citadas, o transporte avariado será empurrado ou rebocado por uma locomotiva de resgate até uma estação; » na impossibilidade de movimentação do transporte avariado, este deverá ser evacuado no local onde estiver parado. Para que isso ocorra, deve ser previsto um caminho que possa ser utilizado para efetuar a evacuação. Nos túneis longos, a SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar 15 largura desse caminho deverá ser suficiente para comportar o desembarque e a movimentação de passageiro em cadeira especial. O planejamento deve prever condições tanto para desembarcar passageiros em trechos planos da linha ou em pontes e viadutos, em um nível adequado que possibilite acesso ao caminho de pedestres, quanto para a evacuação de transporte em chamas, que deverá, sempre que possível, atender as seguintes orientações: » não permitir a entrada ou parada de trens em túneis; » identificar locais apropriados onde os serviços de emergência e a evacuação possam ser realizados. 4.3.2 CORPO DE SEGURANÇA OPERACIONAL E PATRIMONIAL FERROVIÁRIA Geralmente a empresa proponente deve prever o planejamento de corpo próprio de segurança operacional e patrimonial para atuar em todas as áreas, como estações, subestações, áreas de armazenamento, oficinas, demais instalações e no interior dos transportes, considerando que a responsabilidade pelo provimento e a manutenção desse corpo de segurança será da empresa concessionária. O corpo de segurança deverá ser responsável pelos seguintes aspectos: » segurança pública dos usuários, empregados e terceiros; » monitoramento do comportamento dos passageiros acerca das questões de segurança; » prevenção e repressão a crimes e contravenções nas dependências; » preservação e vigilância do patrimônio e ativos da concessão sob a administração da concessionária; » adoção de eventuais procedimentos legais necessários à solução de crimes que venham a ocorrer nas dependências administradas pela concessionária; » manutenção do tráfego ferroviário normal e a sua restauração, no caso de qualquer evento emergencial que implique no seu fechamento, atraso ou interrupção; » remoção imediata, independentemente da presença de autoridade policial, de vítimas, objetos ou veículos que, devido a acidente ou crime, estejam localizados na via permanente, dentro dos trens ou em áreas operacionais, interferindo no tráfego ferroviário; » apreensão imediata de criminosos e infratores; SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 16 » apreensão de instrumentos, objetos ou valores relativos a crimes ou delitos sujeitos a penas, entregando-os, juntamente com o infrator, caso seja aplicável, à autoridade policial; » isolamento de qualquer local de acidente, crime ou infração até a chegada das autoridades competentes; » inspeção de áreas operacionais visando a monitorar quaisquer objetos passíveis de ameaçar a operação eficiente do sistema; » prestação de primeiros socorros a vítimas; » facilitação da remoção segura de pessoas feridas até um hospital; » no caso de vítimas fatais, remoção dos corpos para uma área em que não haja interferência com a operação do serviço ferroviário; » produção de relatórios para apresentação adequada às autoridades competentes e demais partes interessadas. 3.4 PREPARAÇÃO PARA DESASTRES 3.4.1 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS Trens de alta velocidade geralmente apresentam probabilidade reduzida de acidentes com incêndio. Entretanto, o material rodante deve ser projetado de acordo com padrões de alta resistência a incêndios. O transporte de materiais inflamáveis em trens destinados a passageiros deverá estar sujeito a rígido controle, obedecendo à regulamentação brasileira para o transporte de produtos perigosos e a melhor prática da indústria para o controle e transporte desses produtos. Articulações com autoridades responsáveis pelo serviço de proteção contra incêndio deverão ser formalizadas pela concessionária, principalmente com relação ao projeto e a procedimentos de resposta a emergências em caso de incêndios em túneis. Também deve ser apresentada a concepção e a diretriz para o desenvolvimento de plano de emergência para situações de risco de incêndio. Na elaboração de projetos, deve ser considerada a disponibilidade de instalações e equipamentos para a realização de serviços de emergência, tendo em vista os possíveis efeitos, em caso de incêndio, sobre a própria atividade. Alguns aspectos relevantes que devem ser considerados: » uso de materiais resistentes ao fogo; SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 17 » contenção de calor, fumaça e gases tóxicos, em compartimentos ou locais de origem, provocados por produtos combustíveis e fontes conhecidas, de maneira a não afetar o movimento das pessoas; » dispositivos corta-fogo não devem impedir a fuga para um local seguro, preferivelmente ao ar livre, ao nível da rua; » alternativa de solução preventiva para proteção contra incêndio; » prevenção contra incêndio nas faixas laterais ao longo da via lineside fire; » minimização do risco de propagação do fogo a propriedades e instalações próximas; » quaisquer outros requisitos razoáveis e práticos de prevenção contra incêndio ou perdas causadas por incêndio. No que se refere à instalação de instrumentos de detecção de incêndios, deverão ser obedecidas às regulamentações brasileiras de prevenção contra incêndio e, para os casos em que não haja normas específicas, deverão ser adotadas as normas reconhecidas, nacional ou internacionalmente. Quanto aos alarmes de incêndio, deverão estar de acordo com os fundamentos descritos na seção de detecção de incêndios acima, sendo que o sistema de alarmes deverá ser projetado de forma que a incidência de alarmes falsos seja minimizada, dentro do que seria razoavelmente praticável. Onde for identificada a necessidade de adoção de sistemas de extinção de incêndio, fixos ou portáteis,ou uma combinação de ambos, eles deverão atender às exigências estabelecidas na detecção de incêndios. Com o intuito de auxiliar a manutenção futura, os sistemas fixos devem estar equipados com mecanismo de destravamento, conhecido também como lock off facility. Todavia, os métodos de extinção e combate a incêndios estarão sujeitos à aprovação da autoridade competente de combate a incêndio: Defesa Civil e Poder Concedente. 3.4.2 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS A proteção contra incêndios é uma das Normas Regulamentadoras que disciplina sobre as regras complementares de segurança e saúde no trabalho previstas no art. 200 da CLT. O referido artigo, especificamente no inciso IV, dispõe sobre a proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigências ao especial SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 18 revestimento de portas e paredes, construção de paredes corta-fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores de entrada e saída amplas e protegidas, com suficiente sinalização. Sendo assim, todos os locais de trabalho deverão possuir: » proteção contra incêndio; » saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio; » equipamento suficiente para combater o fogo em seu início; » pessoas habilitadas para o uso correto desses equipamentos. 3.4.3 Saídas de emergência Os locais de trabalho deverão dispor de saídas em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná- los com rapidez e segurança, em caso de emergência. A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20 m. O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho. Nos locais onde não forem possíveis os acessos imediatos às saídas, deverão existir, em caráter permanente e completamente desobstruído, circulações internas ou corredores de acesso contínuos e seguros, com largura mínima de 1,20 m. Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão existir, em caráter permanente, vias de passagem ou corredores sempre rigorosamente desobstruídos. As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer local de trabalho, não se tenha de percorrer distância maior que 15 metros nos de grande risco e 30 metros de médio ou pequeno risco. Estas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros sprinklers, automáticos, e segundo a natureza do risco. As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus e as passagens deverão ser bem-iluminadas. Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os contornem suavemente e, neste caso, deverá ser colocado um SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar 19 aviso no início da rampa, no sentido da descida. Escadas em espiral, de mãos ou externas de madeira, não serão consideradas partes de uma saída. 3.4.3 CONDIÇÕES DE PASSAGEM As portas de saída devem ser de batentes, ou portas corrediças horizontais, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho. Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações internas, devem: » abrir no sentido da saída; » situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem. As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a não diminuírem a largura efetiva dessas escadas. As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso ou a sua vista. Nenhuma porta de entrada, saída ou de emergência de um estabelecimento ou local de trabalho deverá ser fechada a chave, aferrolhada ou presa durante as horas de trabalho. Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de segurança que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento ou do local de trabalho. Em hipótese alguma as portas de emergência deverão ser fechadas pelo lado externo, mesmo fora do horário de trabalho. Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com materiais incombustíveis e resistentes ao fogo. Os poços e monta-cargas respectivos, nas construções de mais de dois pavimentos, devem ser inteiramente de material resistente ao fogo. As caixas de escadas deverão ser providas de portas corta-fogo, fechando-se automaticamente e podendo ser abertas facilmente pelos dois lados. 3.4.4 COMBATE AO FOGO Tão cedo o fogo se manifeste, deve-se: » acionar o sistema de alarme; » chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros; » desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais; » atacá-lo o mais rapidamente possível pelos meios adequados. SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Sublinhar SONY Sublinhar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Destacar 20 As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato próximo à chave de interrupção. Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em que seja grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como portas e paredes corta- fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de inflamáveis. 3.4.5 EXERCÍCIO DE ALERTA Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente, objetivando que: » o pessoal grave o significado do sinal de alarme; » a evacuação do local se faça em boa ordem; » seja evitado qualquer pânico; » sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados; » seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas. Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em número necessário segundo as características do estabelecimento. Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem para um caso real de incêndio. Nas empresas em que há equipes organizadas de bombeiros, os exercícios devem ser realizados periodicamente, de preferência sem aviso e se aproximando ao máximo das condições reais de luta contra o incêndio. As fábricas, garagens de metrôs e trens ou estabelecimentos que não mantenham equipes de bombeiros deverão ter alguns membros do pessoal operário, bem como os guardas e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra o fogo e o seu emprego. Estas instruções dirigem-se especialmente aos brigadistas do estabelecimento, considerando-se que todos os seus elementos deverão ser conhecidos e que haja a colaboração para sua aplicação. Em termos gerais são as seguintes: » a equipe deve ser treinada sistematicamente para manuseio, transporte, acondicionamento e atuação em situações de emergência; » a equipe deve utilizar trajes e equipamentos de proteção individual quando estiver envolvido com produtos perigosos; SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Sublinhar SONY Destacar 21 » soar o alarme ao perceber o sinistro; » socorrer as pessoas que se encontrem em perigo imediato; » dar o alarme à direção do estabelecimento e aos outros servidores; » dar ou confirmar o alerta ao corpo de bombeiros;» iniciar o combate ao foco de incêndio com os meios de intervenção existentes; » evacuar o local encaminhando os seus ocupantes para o exterior ou ponto de encontro; » verificar a desocupação efetiva dos locais, fechando atrás de si todas as portas; » auxiliar os bombeiros nas operações de combate e rescaldo, procedendo à eventual desobstrução dos acessos e pontos de penetração, além de indicar a localização e extensão exata do sinistro. 3.4.6 EXTINTORES Em todos os estabelecimentos, dentro dos metrôs ou trens ou locais de trabalho, só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou aos regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição nos aparelhos de identificação de conformidade de órgãos de certificação credenciados pelo INMETRO. Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automáticos, deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir. Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção. Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e as válvulas de alívio não estão entupidos. Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo com a data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam danificados. Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de dez por cento do peso original, SONY Sublinhar SONY Sublinhar SONY Destacar 22 deverá ser providenciada a sua recarga. O extintor do tipo “Espuma” deverá ser recarregado anualmente. As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com normas técnicas oficiais vigentes no País. 3.4.7 SISTEMAS DE ALARME Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção. Cada pavimento (se tiver mais de um) do estabelecimento deverá ser provido de um número suficiente de pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado. As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em tonalidade e altura de todos os outros dispositivos acústicos do estabelecimento, metrô ou trem. Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas comuns dos acessos dos pavimentos. Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no interior de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta caixa deverá conter a inscrição “quebrar em caso de emergência”. 3.4.8 CARGAS PERIGOSAS – VAGÕES E EQUIPAMENTOS Os vagões e equipamentos devem ter características técnicas e estado de conservação que garantam a segurança compatível com o risco, além de portar painel de segurança e rótulo de risco enquanto durarem as operações de carregamento, estiva, transporte, descarregamento, baldeação, limpeza e descontaminação. 3.4.9 FORMAÇÃO E CIRCULAÇÃO » Trens e vagões devem ser inspecionados antes de iniciar viagens em locais previamente especificados e quando houver suspeitas de qualquer anormalidade. » Só podem circular em vias cujo estado de conservação possibilite segurança. » Não é permitido produto com risco de contaminação junto com alimentos, medicamentos ou objetos para uso humano ou animal ou incompatíveis entre si no mesmo vagão. 32 » Vagões com produtos incompatíveis devem ser separados entre si, no mínimo, por um vagão com produtos inertes. » Todos os vagões, inclusive os que contêm outros produtos, devem satisfazer os mesmos requisitos de segurança dos que contêm produtos perigosos. SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 23 » É proibido transportar produtos perigosos em trens de passageiros ou mistos. » A viagem deve ser a mais direta possível. » Não é permitida a inclusão de vagões-plataformas com toras, trilhos, grandes peças e estruturas. » Depois de carregados os vagões devem ser fechados, lacrados ou cobertos com lonas e isolados até a formação do trem. » Em relação ao tráfego mútuo, as demais ferrovias devem ser informadas com a devida antecedência para que tomem as providências cabíveis para continuidade do transporte com segurança. » Trens ou vagões não podem parar e estacionar ao longo da linha em passagens de nível, local de fácil acesso ao público e ao lado de trens de passageiros e vagões com animais, a não ser por força maior. 3.4.10 MANUSEIO, MANUTENÇÃO E TRANSPORTE A administração ferroviária é responsável por falta, avaria, entrega indevida e perda total ou parcial da carga que lhe for confiada para transporte. A responsabilidade fica limitada ao valor declarado pelo expedidor, obrigatoriamente constante do conhecimento de transporte. Havendo culpa recíproca do usuário e da administração ferroviária, a responsabilidade será proporcionalmente partilhada. É presumida perda total depois de decorridos trinta dias do prazo de entrega ajustado, salvo motivo de força maior. No tráfego mútuo, a indenização devida por falta ou avaria será paga pela administração ferroviária de destino, independentemente da apuração das responsabilidades. As coparticipantes do tráfego mútuo fixarão entre si os critérios de apuração das respectivas responsabilidades e consequente liquidação. 5. SECURITY 5.1 CONCEITOS BÁSICOS O conceito de security está voltado para a área de proteção propriamente dita. Cuida da segurança física das instalações ferroviárias e metroviárias, da inspeção de passageiros, de ações de contrainteligência – como antiterrorismo (prevenção) –, mas também de contraterrorismo (resposta), contras sabotagem, assim como prevenção e resposta diante de ações criminosas. SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 24 Todas as polícias efetuam ações de security. Em empresas, os responsáveis por security são comumente chamados de seguranças. As estradas de ferro são uma das formas mais eficientes de transporte, motivo pelo qual vemos composições de vagões de trem cada vez mais longas. Em uma Era em que a eficiência é cada vez mais valorizada, é importante lembrar que nada, nem mesmo a eficiência, pode estar à frente da segurança. As empresas devem estar livres de riscos inaceitáveis e de danos nos ambientes de trabalho, garantindo o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores e das partes interessadas. Para minimizar ou eliminar tais prejuízos, muitas organizações desenvolvem e implementam sistemas de gestão voltados para a segurança e a saúde ocupacional. Os controles implementados devem ser capazes de identificar e avaliar as causas associadas aos acidentes e aos incidentes. Principalmente, a avaliação e o exame dos incidentes, pois fornecem dados que, se devidamente tratados por meio de uma visão sistêmica, podem fornecer subsídios importantes para a prevenção de possíveis acidentes. Qualquer acidente gera um prejuízo econômico significativo, pois todos os custos diretos e indiretos resultantes são custeados pela empresa e consequentemente atinge todas as partes relacionadas. A abrangência destes custos deve ser bem-conhecida pelos empresários, de modo que esses percebam os recursos desperdiçados para cada acidente que ocorra, servindo como um forte argumento para estimular investimentos que reduzam ou eliminem a sua ocorrência. Deve-se destacar que o custo total da não segurança para empresas, trabalhadores, famílias, sociedade e governo é de difícil mensuração. Reativamente, oscustos decorrentes da falta de segurança estão ligados ao tratamento das consequências dos acidentes e as subsequentes ações corretivas. Já os custos da segurança estão relacionados com todo o tempo e com os recursos utilizados no planejamento da prevenção de acidentes e nos controles implementados nos locais de trabalho. A segurança é definida pela guia ISO/IEC Guide 2 como sendo a ausência de riscos inaceitáveis de danos. Consequentemente, para se obter segurança, é necessário reduzir todos os riscos a um nível aceitável. Para obter isso de forma consistente, é necessário implementar um processo para gestão dos riscos. Como os SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Sublinhar 25 riscos mudam continuamente, é necessário ter um processo que atue constantemente sobre eles. As etapas desses processos são as seguintes: É justamente na etapa de verificação da eficácia das medidas de controle que é possível observar as maiores falhas do processo nas empresas. Normalmente as medidas de controle são consideradas eficazes mediante uma avaliação teórica que não considera a realidade da prática no dia a dia delas. Medidas de controle são as ações tomadas pelas empresas para diminuir o nível dos riscos de saúde e segurança no trabalho. A eficácia da gestão de risco depende de fatores como: » competência: que consiste em treinamento, experiência, educação e habilidade das pessoas envolvidas na gestão; » metodologia utilizada para análise do risco; » tempo e outros recursos disponíveis; » abrangência da gestão de risco. Os controles operacionais na fonte devem dar prioridade à eliminação dos perigos ou evitar que eles existam, pois uma vez que não existe o perigo não haverá o acidente. Deve-se destacar que essa forma de controle pode demandar a aplicação de novas tecnologias, mudanças significativas nos processos e consequentemente maiores investimentos para se obter resultados mais significativos. SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Destacar SONY Destacar 26 Para a norma BSI-OHSAS 18001 (1999), estes procedimentos devem requerer que toda ação preventiva e corretiva proposta seja analisada criticamente durante o processo de avaliação de riscos antes de sua implementação. Qualquer ação preventiva ou corretiva tomada para eliminar as causas das não conformidades, reais ou potenciais, deve ser adequada à magnitude dos problemas e proporcional aos riscos de segurança e saúde no trabalho encontrado. A organização deve implementar e registrar quaisquer mudanças nos procedimentos documentados resultantes das ações preventivas e corretivas. A empresa deve estabelecer um procedimento com a sistemática para a identificação e para a análise das não conformidades, dos acidentes e dos incidentes e para a subsequente tomada de ações corretivas e preventivas. Quando a empresa cria um espaço facilitador para tratar dos problemas ali existentes, nas suas dimensões de efeitos e causas, é possível melhorar, de forma considerável, a visão dos problemas em sua verdadeira essência e dar-lhes a solução adequada. Assim, este requisito tem ligação direta com o conceito de retroação, pois objetiva garantir ao sistema de gestão uma melhoria do desempenho com base nos problemas detectados, sejam eles reais ou potenciais. O procedimento exigido por este requisito deve contemplar os seguintes itens básicos: » formas de identificação das não conformidades, acidentes e quase acidentes; » técnicas utilizadas para a investigação das causas; » forma de planejamento das ações necessárias (de correção, corretivas ou preventivas), incluindo a definição de prazos e responsáveis; » forma de acompanhamento da implementação das ações planejadas; » forma de avaliação da eficácia das ações implementadas. As ações corretivas e preventivas devem ser analisadas pelo processo de identificação de perigos e riscos, pois os acidentes ou quase acidentes poderem ser resultantes de um perigo que não foi identificado, ou que não foi controlado de maneira eficaz, além da possibilidade de surgirem perigos resultantes das ações estabelecidas. SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Destacar 27 4.2 CRIMES EM FERROVIAS E METRÔS 4.2.1 CRIMES SEXUAIS Este tema tem sido assunto de pauta de vários canais de comunicação, pois acaba afetando uma série de pessoas que ficam traumatizadas pelas ações neste sentido. Uma das propostas deputada estadual Beth Sahão determina a criação de programas permanentes de capacitação voltados aos profissionais de metrôs e trens, de modo a torná-los aptos a atuarem no combate aos abusos: “Os funcionários do metrô, em especial os da área de segurança, precisam estar preparados para agir de maneira eficaz diante das situações de violência sexual”. A falta de apoio e orientação adequada, por parte dos funcionários do metrô, foi um dos problemas mais citados pelas mulheres que participaram da audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo, no dia 8 de abril de 2014. “Muitas relataram ter encontrado enormes dificuldades para obter ajuda diante de uma situação de abuso ou assédio”, afirma uma deputada, que acredita que com a capacitação permanente, os profissionais terão condições de responder com mais agilidade aos atos de violência, podendo inclusive se antecipar a eles. Cercas e vigilância dos locais com equipamentos estratégicos para a segurança O projeto executivo deve considerar a instalação de cercas de segurança e a concessionária deve prever a vigilância diuturna no entorno de edificações, tais como subestações e instalações elétricas, salas de equipamento de sinalização, casas de máquinas e quaisquer depósitos de peças e materiais de valor e demais instalações. As ações acima são preventivas e visam a garantir não só a integridade, mas também a disponibilidade de trens e metrôs para os usuários. 4.2.2 DETECÇÃO DE VANDALISMO NAS PASSAGENS DE NÍVEL Onde for identificado risco de vandalismo, deverá ser considerado o uso de circuito interno de TV – CCTV, ou similar, interligado ao sistema remoto de controle e monitoramento para detectar o vandalismo ou a presença humana. SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 28 4.2.3 MONITORAMENTO CENTRALIZADO O monitoramento deverá possibilitar que, uma vez detectada a anomalia pelo CCTV, este acione alarmes que permitam uma resposta imediata da equipe da ferrovia a qualquer situação de emergência que venha a ocorrer. 4.2.3 SEGURANÇA NO ACESSO A ÁREAS RESTRITAS A empresa responsável deve prever, de acordo com a necessidade identificada, o sistema de segurança a ser adotado nos pontos de acesso a áreas restritas. O acesso às instalações elétricas, mecânicas e de sinalização, incluindo equipamentos e edificações laterais à linha, estará sujeito a sistemas de segurança e restrito a pessoal autorizado. 4.3 OPERAÇÕES DE SEGURANÇA EM FERROVIAS E METRÔ 4.3.1 FUNÇÕES DE CONTROLE DA SINALIZAÇÃO » Assegurar que a rota para cada trem esteja protegida, concedendo autorização de movimento aos condutores, conforme necessário. » Garantir observância das restrições de velocidade permanente, temporária e de emergência; » Controlar movimentos por meio de seções neutras. » Oferecer proteção contra erro do sinalizador, por meio de função de inter- travamento. » Oferecer proteção contra erro do condutor, por meio de comunicação com o sistema de proteção automática do tipo trainborne para trens de alta velocidade. » Detectar a presença ou ausência de carros ferroviários. » Acompanhar o status de sinalização e outros sistemas de infraestrutura, por meio de monitoramento e análise remotos. » Disponibilizar quaisquer outras funções necessárias ao controle seguro das operações do metrô. 4.3.2 MANUALDE SEGURANÇA Cada um dos sistemas de sinalização e operação deverá contar com um Manual de Segurança do Projeto, demonstrando que o equipamento foi projetado, fabricado e testado de acordo com as normas de segurança e o nível de integridade da segurança exigido, estabelecido em conformidade com a EN-50126, EN-50128 e SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 29 EN-50129 para sinalização, ou outras normas correspondentes a esse tema, reconhecidas nacional ou internacionalmente. A forma de operação do sistema também deverá ser abordada no manual, seguindo-se os princípios das normas supracitadas, a fim de demonstrar que o funcionamento do sistema está de acordo com as condições de projeto. Deverá também ser demonstrado que, no caso da ocorrência de inconformidades, medidas estarão disponíveis para manter a segurança do transporte. 4.3.3 CONTROLE DOS TRENS A empresa responsável pelo transporte, no seu projeto funcional, deve descrever um sistema de sinalização compatível com o uso em ferrovias de alta velocidade que forneça comando de sinalização à cabine, rádio de cabine e sistema de proteção automática de trem. A rota do transporte deverá contar com sinalização bidirecional. O projeto funcional da empresa deve satisfazer os seguintes critérios: » um sistema eficiente e seguro que não poderá ser corrompido por outros sistemas com os quais tenha interface; » um sistema apto a manter a capacidade de linhas e alcançar os tempos de viagem exigidos. 4.3.4 VELOCIDADES DE PROJETO PARA O SISTEMA DE SINALIZAÇÃO A sinalização e os trechos do percurso ferroviário devem ser projetados para uma velocidade de 350 Km/h ou superior. Uma análise deve ser feita no projeto executivo, a fim de avaliar a capacidade da linha do sistema de transporte. O sistema de sinalização e controle deve ser projetado e implementado para suportar intervalos de 3 minutos entre trens, de maneira que não haja interferência entre eles, ou seja, caso a empresa responsável pelo transporte deseje reduzir este intervalo para, por exemplo, 2 minutos, estará livre para fazê-lo. 4.3.5 OPERAÇÃO EM MODO AVARIADO O projeto executivo deve descrever procedimentos a serem adotados para restaurar a integridade e propiciar operação normal do sistema, assim que possível, no evento de falhas ou avarias temporárias. Devem ser previstas instalações para o controle local de sinalização. Os fatores humanos e ergonômicos deverão ser SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 30 considerados e, em todas as ações envolvidas, terão de ser avaliados e incorporados no conjunto de procedimentos operacionais. 4.3.6 INSTALAÇÕES DE MANUTENÇÃO O projeto deve prever instalações de acesso à equipe de manutenção para que eventuais falhas possam ser avaliadas e sanadas, bem como realizados os serviços de manutenção. 4.3.7 SINALIZAÇÃO DA CABINE A empresa responsável pelo transporte, no projeto funcional, deve considerar a necessidade de prever um sistema de sinalização na cabine que permita a interface homem/máquina de maneira ergonômica. 4.3.8 PROTEÇÃO AUTOMÁTICA DE TRENS – ATP Equipamento com função vital, responsável pela movimentação segura dos trens. O ATP engloba funcionalidades como controle de alinhamento de rotas, controle de posicionamento e travamento de chaves etc. Constitui-se de vários equipamentos: intertravamento, equipamento multiplexador, máquina de chave, circuitos de via, sinaleiros entre outros. O ATP impõe limites de velocidade tanto para manter separação segura entre trens quanto para operá-los de acordo com as restrições de velocidade determinadas pelo projeto da obra civil. 4.3.9 DEFEITOS NOS TRILHOS As fraturas dos trilhos ocorrem em consequência, ou no mais das vezes, estão relacionadas com os defeitos neles observados, constituindo-se estes defeitos em assunto de grande relevância na operação ferroviária por afetarem não só a segurança, em que a fratura pode causar acidentes de graves proporções sociais, econômicas e ambientais, como também seu aspecto econômico-financeiro, em que o desgaste dos trilhos ou as avarias prematuras afetem o equilíbrio financeiro do sistema ferroviário. É importante conhecer e identificar estes defeitos, para que se possa evitá-los ou às suas possíveis consequências. Os defeitos podem ser de fabricação ou originados em serviço. SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 31 4.3. 10 SEGREGAÇÕES Consistem em concentrações de impurezas localizadas principalmente no centro do lingote, nelas predominando os compostos de fósforo e enxofre, que são duros e quebradiços, afetando as propriedades mecânicas e a homogeneidade da peça. Via de regra, estas segregações vão localizar-se, após o processo de laminação, nos “miolos” de patins, almas e boletos dos trilhos. Poderão ser causas de fissuras ou fendas. Podem ser identificadas a olho nu ou por macrografias. 4.3.11 INCLUSÕES Inclusões não metálicas surgem no aço, sendo provenientes de fontes diversas. As mais comuns são Si O2 e AL2O3 que são insolúveis no aço. Podem ser provenientes também da escória do forno, do revestimento da soleira ou do revestimento da panela. São particularmente perigosas por serem de difícil detecção. É fonte potencial de enfraquecimento, pois a sua presença, quebra a homogeneidade do metal. Podem, também, ser de natureza gasosa. A presença das inclusões pode ser, em grande parte, eliminada por uma desoxidação e pela prática de lingoteamento, conveniente. 4.3.12 FISSURAS TRANSVERSAIS São pequenas cavidades formadas no final da laminação que podem dar origem, posteriormente, a uma fratura, quando o trilho estiver sob carregamento. De acordo com a AREA (American Railway Engineers Association), fissuras transversais são fissuras progressivas que têm início em um centro cristalino ou núcleo, localizado na parte interna do boleto, do qual se propagam para o exterior com uma superfície arredondada ou oval, brilhante ou escura, lisa, substancialmente em ângulo reto ao comprimento do trilho. Quando aparece no boleto, a fissura pode dar origem a uma escamação ou a uma ruptura em forma de “concha”. Tendo em vista a importância deste defeito e o grande perigo que oferece ao tráfego dos trens, foram desenvolvidas pesquisas que resultaram na invenção de diversos aparelhos capazes de detectar sua presença no interior dos trilhos. Entre estes aparelhos, podemos citar: SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 32 » Detector Sperry: permite localizar uma fissura transversal e outros defeitos. Funciona com a geração de um campo magnético; » Sonirail (Matisa-Suiça): Funciona por emissão de um feixe sonoro vertical de frequência modulada. 4.3.13 DEFEITOS DE LAMINAÇÃO São perceptíveis a olho nu, ao fim do processo de laminação e não têm influência na segurança do tráfego. Consistem em: ondulações, rebarbas, pregas e outros. 4.3.14 AVARIAS ORIGINADAS EM SERVIÇO Deformação das pontas: ela ocorre devido ao desnivelamento dos dormentes nas pontas dos trilhos, fadiga do metal e fraturas junto aos furos dos parafusos das talas de junção. Para evitá-la a manutenção da via deve manter nivelados os dormentes das juntas. Auto têmpera superficial: é um fenômeno provocado pela patinação das rodas de tração ou pela frenagem. Consiste em uma camada, superficialmente, endurecida (têmpera) que produz pequenas fissuras superficiais que podem propagar-se para o interior do trilho. Escoamento do metal na superfície do boleto: é uma deformação permanente, produzida por trabalho mecânico a frio, devido ao martelamento das rodas. Acarreta um alargamento nadimensão do boleto e rebarbas em suas extremidades. Desgaste da alma e do patim, por ação química: é provocado pelo ataque químico causado por determinados produtos transportados pela ferrovia. Exemplo: enxofre, sal, salitre, carvão mineral com alta percentagem de enxofre etc. Em regiões litorâneas, a “maresia” costuma atacar os trilhos, assim como em túneis que são, normalmente, úmidos é comum a ocorrência de oxidação. Desgaste dos trilhos por atrito: ocorre, principalmente, nas curvas e ainda mais naquelas de menor raio. Desgaste ondulatório: é originado por vibrações produzidas nos trilhos que fazem variar a aderência e a pressão nos pontos de contato com as rodas de tração, gerando uma sequência de deslizamentos elementares e produzindo um desgaste de aparência ondulatória. Não acarreta perigo ao tráfego, mas aumenta o ruído e provoca desconforto aos passageiros e aos vizinhos das linhas férreas. 33 Fraturas nos trilhos: são originadas, normalmente, por defeitos internos, principalmente fissuras, mas também podem ocorrer em virtude do envelhecimento do trilho, por fadiga do metal. 4.4 CULTURA DE SEGURANÇA » Estimular todos os funcionários a fornecerem subsídios sobre segurança. » Todos os funcionários da empresa são responsáveis pela segurança. Os gerentes, supervisores e funcionários devem trabalhar juntos para atingir as metas de segurança. » Desafiar o comportamento inseguro. Interromper os funcionários, gerentes e supervisores quando estiverem fazendo algo inseguro. » Dar o exemplo. Os supervisores e gerentes devem seguir as mesmas regras de segurança quando estiverem no local de trabalho. » Sempre ter um plano preparado para o que fazer em caso de emergência. » Relatar, avaliar, abordar e prevenir, ou seja, aprender com os quase acidentes. » Conhecer as leis federais e estaduais referentes ao registro de informações e à emissão de relatórios. Os avisos são uma parte importante na comunicação de riscos, mas geralmente eles são subestimados ou ignorados. SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar SONY Destacar 34 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim como uma série de processos que existem nos setores ferroviários e metroviários, o safety e security emergem para ações ligadas a seres humanos e máquinas e impactam diretamente na segurança desta relação. Assim, a dica que fica é que você sempre procure se atualizar e buscar notícias sobre os novos procedimentos e regras de safety e security para que esteja sempre um passo a frente da concorrência e em maior segurança. SONY Sublinhar SONY Destacar SONY Destacar SONY Sublinhar 35 6. REFERÊNCIAS ANTT. Evolução do transporte ferroviário. Disponível em: <http://www.antt.gov. br/indeX.PHP/CONTENT/VIEW/15884/EVOLUCAO_DO_TRANSPORTE_Ferroviario .html>. SCHECHTEL, R. Notas de aulas de ferrovias. Departamento do Livro Texto — Diretório Acadêmico de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná — DLT/ DAEP: Curitiba/PR, 1996. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Regulamento dos transportes ferroviários. Disponível em: <HTTP://WWW.PLANALTO.GOV.BR/CCIVIL_03/DECRETO/1996/D1832.HTM>. CLT. NR-23 – Proteção contra incêndios. Disponível em: <http://www. GUIATRABALHISTA.COM.BR/LEGISLACAO/NR/NR23.HTM>. GOVERNO DO ESTADO DO GOIAS. Plano de emergência. Disponível em: <http:// www.sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_175_PLANOADEACONTROLEADEACAT% C3%81STROFESA-AEMERGENCIAS.PDF>. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTE. O sistema ferroviário brasileiro. Disponível em: <HTTP://WWW.CNT.ORG.BR/IMAGENS%20CNT/PDFS%20 CNT/Transporte_e_economia_-_sistema_ferroviario_brasileiro_.pdf>. KOCHEN, R. Sistemas metroviários: a competência da engenharia brasileira. Disponível em: <http://geocompany.com.BR/FTP/SIISTEMASMETROVIARIOSEDICAO607_2011. pdf>.