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Professor(a): Welington Pudelko
Unidade 1 | Aula 1
Professor(a): Welington Pudelko
 unidade 1 Macroeconomia
Aula 1 – Objetivos da Política Macroeconômica
objetivo da aula
Conhecer os principais conceitos em macroeconomia, ressaltando a importância das 
políticas macroeconômicas.
apresentação
Uma das grandes dificuldades, pelo menos no Brasil, é entender o que os economistas 
falam em suas análises de mercado e conjuntura. Na realidade, na grande maioria das vezes, 
eles utilizam uma linguagem rebuscada ou de difícil compreensão.
Por outro lado, o propósito deste material é tornar simples alguns conceitos que muitas 
vezes não são entendidos em sua completude. Ainda, serão comentados inúmeros aspectos 
da economia que norteiam a vida das pessoas e seus impactos no dia a dia.
Em suas particularidades, serão apresentadas as políticas macroeconômicas, explicando 
a sua aplicação, bem como demonstraremos como a economia pode ser mensurada.
Portanto, este é o início de um novo caminho de entendimento para um assunto que 
muitas vezes causa medo e desconfiança, mas acreditem, é de fácil compreensão.
1. teoria Macroeconômica: teorias e delimitações
Ao pensar em economia de um modo amplo, podemos dividi-la em duas partes: 
microeconomia (que estuda o comportamento dos indivíduos e das empresas) e a 
macroeconomia (que estuda os agregados econômicos e seu desempenho enquanto país).
A macroeconomia ou teoria macroeconômica trata do estudo do comportamento das 
variáveis econômicas agregadas – ligadas a um país – em contraposição às decisões individuais 
tomadas pelos indivíduos (famílias) e empresas. As variáveis econômicas agregadas são 
medidas que representam o desempenho e a condição econômica de um país, região ou 
setor. Essas variáveis sintetizam informações de várias unidades econômicas individuais e 
fornecem uma visão ampla da economia como um todo (MANKIW, 2016).
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diferentes autores abordam o conceito de macroeconomia, mas um autor 
amplamente reconhecido nessa área é n. gregory Mankiw. ele é um renomado 
economista e autor de vários livros e artigos de referência em economia. em seu 
livro Princípios de Economia (também conhecido como “Macroeconomia”), ele 
discute amplamente o conceito de variáveis econômicas agregadas.
A macroeconomia concentra-se nas ações tomadas pelos governos, empresas e indivíduos 
que impactam na economia como um todo. Tais decisões afetam diretamente o desempenho 
da economia, incluindo o nível de preços, produção, emprego e crescimento econômico.
De acordo com Silva e Sinclayr (2018), a macroeconomia estuda tanto o conjunto de 
consumidores quanto o de empresas de uma sociedade, com foco nas transações que 
realizam no mercado, investigando os fatores que influenciam o nível total de renda e do 
produto no sistema econômico.
O estudo da macroeconomia teve início após a crise de 1929. Após o “grande crash” – 
quando o valor das ações da Bolsa de Valores de Nova York (à qual a economia mundial estava 
integrada à época) despencou bruscamente, provocando a sua “quebra” – da economia 
em 1929, surgiram diversas teorias e abordagens com o intuito de explicar as tendências 
econômicas e compreender os impactos das políticas governamentais. Entre esses teóricos, 
destaca-se John Maynard Keynes (1883-1946), cujo trabalho influente na macroeconomia 
trouxe uma nova perspectiva para lidar com as crises econômicas.
A partir desse momento, o estudo da macroeconomia ganhou impulso e se tornou uma 
disciplina fundamental no campo da ciência econômica. Porém, é importante ressaltar 
que a Ciência Econômica como um todo é relativamente nova, tendo sua origem em 1776 
com a publicação de A Riqueza das Nações, de Adam Smith (1723-1790), considerado um 
dos pais fundadores da disciplina. Desde então, a ciência econômica vem evoluindo e se 
aprofundando na análise dos fenômenos econômicos, buscando compreender e explicar 
os princípios e comportamentos econômicos que moldam as sociedades.
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a crise de 1929, também conhecida como a grande depressão, foi a pior recessão 
econômica do século XX. foi desencadeada pela quebra da Bolsa de Valores de 
nova York em 1929, que resultou em uma queda acentuada dos preços das ações. 
isso levou ao colapso do sistema financeiro e à diminuição do investimento e 
do consumo. o desemprego aumentou drasticamente e a produção industrial 
diminuiu significativamente. a crise de 1929 teve um impacto global, prolongando-
se por vários anos e levando a mudanças significativas nas políticas econômicas 
em todo o mundo.
1.1. delimitações da macroeconomia
Como mencionado anteriormente, ao estudar o campo da ECONOMIA, é necessário 
analisar com calma seu comportamento e desempenho. No entanto, cabe destacar que 
existem algumas limitações no estudo da macroeconomia, as quais devem ser respeitadas:
a) Assimetria de informações: embora se pressuponha que os agentes econômicos 
possuam as mesmas informações e tomem decisões com base nelas, na realidade, tais 
informações são assimétricas. Isso pode levar a alterações no comportamento das variáveis 
econômicas, que podem não corresponder ao que foi planejado no modelo analisado.
b) Heterogeneidade dos agentes: embora se parta do pressuposto que todos os 
agentes econômicos (empresas, indivíduos, governos, resto do mundo) ajam de maneira 
muito semelhante, constata-se que seus comportamentos e respostas aos eventos podem 
variar significativamente, sendo divergentes entre si.
c) Simplificação excessiva: a teoria macroeconômica se utiliza de modelos matemáticos 
para formalizar as relações entre as variáveis econômicas. No entanto, na maioria das 
vezes as variáveis que compõem tais modelos são analisadas de forma simplificada, o que 
pode levar a conclusões errôneas sobre o funcionamento da economia real, que engloba 
um conjunto de atividades econômicas relacionadas à produção e ao consumo de bens e 
serviços físicos.
d) Rigidez de preços e salários: parte-se do pressuposto que preços e salários são 
flexíveis e que podem se ajustar quase que instantaneamente para equilibrar as forças 
de oferta e demanda na economia. Porém, a variável tempo pode torná-los mais rígidos, 
impedindo assim o equilíbrio e promovendo a persistência de desequilíbrios na economia;
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e) Economia aberta: os modelos matemáticos, na grande maioria das vezes, são 
construídos sob a perspectiva de economia fechada (termo usado para descrever um 
modelo econômico teórico em que um país não tem interações comerciais significativas 
com outras nações), no intuito de facilitar a compreensão do leitor. Entretanto, cabe 
ressaltar que a maioria das economias é aberta e sujeita a choques externos que podem 
afetar significativamente seu desempenho.
as forças de oferta e demanda são os principais determinantes do equilíbrio de 
mercado na economia. a demanda refere-se à quantidade de umbem ou serviço 
que os consumidores estão dispostos e são capazes de comprar a um determinado 
preço. a oferta, por outro lado, representa a quantidade de um bem ou serviço 
que os produtores estão dispostos a oferecer ao mercado a um determinado 
preço. o equilíbrio de mercado é alcançado quando a quantidade demandada é 
igual à quantidade oferecida, determinando o preço de equilíbrio. a interação 
dessas forças influencia os preços, a produção e a alocação de recursos em uma 
economia.
Em suma, ao considerar as delimitações da macroeconomia, é fundamental reconhecer 
que seu estudo envolve simplificações e pressupostos que podem não refletir completamente 
a complexidade da economia real. A assimetria de informações, a heterogeneidade dos 
agentes, a simplificação excessiva, a rigidez de preços e salários e a consideração de uma 
economia aberta são elementos que devem ser levados em conta ao interpretar os resultados 
da macroeconomia. Embora esta forneça informações valiosas, é necessário abordá-la 
com cautela e complementá-la com outras abordagens para obter uma compreensão mais 
abrangente e precisa do funcionamento econômico.
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2. objetivos e Pilares da Macroeconomia
Apesar de parecer que o estudo da macroeconomia seja puramente teórico, esse campo 
possui características próprias que o tornam uma ciência social. Essa disciplina possui 
objetivos e pilares preestabelecidos que retratam a sua importância.
2.1. objetivos da Macroeconomia
Ao construir modelos matemáticos baseados no comportamento de algumas variáveis, 
a macroeconomia tem como objetivo demonstrar e avaliar o funcionamento global da 
economia. De um modo geral, elencam-se os principais objetivos que norteiam o estudo 
da macroeconomia:
a) Estabilidade Econômica: busca-se estabilizar a economia, de modo que o crescimento 
econômico seja sustentável, com taxas de juros mais estáveis (ou seja, menores flutuações) 
e garantindo, assim, o desenvolvimento econômico.
b) Crescimento Econômico: busca-se o crescimento econômico de forma sustentável, 
garantindo produção de bens e serviços de maneira consciente, rumo ao desenvolvimento 
econômico.
c) Distribuição de Renda: almeja-se uma distribuição de renda equitativa, visando à 
redução das desigualdades econômicas e sociais.
d) Equilíbrio Fiscal: está relacionado diretamente ao equilíbrio das contas públicas 
(nacionais), mantendo um orçamento equilibrado e evitando uma dívida pública que pode 
ser excessiva.
e) Estabilidade Financeira: a busca de estabilidade financeira está focada em evitar 
que crises financeiras (especialmente vindas do setor externo) atinjam o país, bem como 
na proteção do sistema financeiro nacional.
Desta forma, ao avaliar tais objetivos de maneira mais clara e sensata, o governo conduzirá 
a economia para caminhos que promovam crescimento e desenvolvimento sustentáveis, 
proporcionando estabilidade e prosperidade aos agentes econômicos.
2.2. Pilares da Macroeconomia
Partindo do pressuposto de que a macroeconomia se concentra no estudo dos fenômenos 
econômicos agregados em nível nacional existem algumas variáveis de grande importância 
que são utilizadas como indicadores para medir a atividade econômica de um país. Essas 
variáveis são conhecidas como agregados, ou seja, são medidas de análise, pilares da 
economia, que podem sintetizar o comportamento da economia.
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Entre os principais pilares, podemos citar:
a) Produto Interno Bruto (PIB): em sua concepção mais simples, trata-se de uma 
medida do valor do total da produção de bens e serviços de um país em um determinado 
período de tempo. Leva em consideração as fronteiras geográficas do país. “O PIB é 
geralmente considerado o melhor indicador para avaliar o desempenho da economia” 
(MANKIW, 2021, p. 13).
b) Produto Nacional Bruto (PNB): é a medida do valor de todos os bens e serviços finais 
produzidos pelos residentes de um país, independentemente de onde ocorre a produção. 
O PNB leva em consideração a nacionalidade dos proprietários das empresas e inclui a 
produção tanto dentro como fora das fronteiras do país. O Produto Interno Bruto (PIB) e o 
Produto Nacional Bruto (PNB) são indicadores econômicos utilizados para medir a atividade 
econômica de um país. A principal diferença entre eles está na forma como são calculados.
c) Balança Comercial: trata-se da diferença entre as importações e exportações 
ocorridas em um país. É importante para avaliar a situação financeira, com base no total de 
entradas e saídas de recursos, permitindo determinar se o país está em situação credora 
ou devedora. Vamos para um exemplo que nos ajude a compreender a Balança comercial: o 
Brasil é um grande exportador de commodities, como soja, minério de ferro, carne bovina, 
açúcar e café. No entanto, o país também importa uma variedade de bens de consumo, 
máquinas, equipamentos e combustíveis. Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um 
déficit na balança comercial, ou seja, importações superiores às exportações. Isso significa 
que o país está gastando mais em compras internacionais do que está recebendo com as 
exportações. O déficit na balança comercial pode ter impactos na economia, como pressionar 
a moeda local e requerer financiamento externo para cobrir o desequilíbrio.
d) Taxa de Juros: trata-se de uma ferramenta de política monetária que influencia 
as operações internas, como empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras dos 
agentes econômicos. Essa medida é importante para equilibrar o avanço da inflação, bem 
como controlar o nível de crescimento econômico.
e) Inflação: trata-se do aumento contínuo e generalizado do nível de preços de uma 
determinada economia. É uma medida da variação, responsável por controlar a estabilidade 
e a performance da política monetária.
f) Emprego: essa variável está pautada na observação contínua do mercado de trabalho, 
de forma a avaliar o número de pessoas efetivamente empregadas na economia em um 
determinado período. Tal variável é importante para mensurar a “saúde” da economia, e o 
nível de distribuição de renda em determinado momento.
Essas variáveis desempenham um papel fundamental ao oferecer uma visão geral 
da economia de um país. Embora existam outrasrelevantes, essas são essenciais para a 
compreensão e o progresso do aprendizado na disciplina.
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3. Políticas Macroeconômicas: Conceitos e objetivos
Enquanto existir um acompanhamento sistemático das variáveis que compõem uma 
economia, o governo, de forma simplificada, poderá atingir uma série de objetivos que 
serão responsáveis por alinhar a situação econômico-financeira do país. Para que os ajustes 
sejam efetivos, utiliza-se a política econômica ou macroeconômicacomo ferramenta. São 
aplicadas medidas em diversas áreas que visam promover a estabilidade e o crescimento 
econômico, além de realizar um controle contínuo de inúmeros índices econômicos, como 
o nível de emprego, inflação, PIB, entre outros.
A implementação de política macroeconômica busca promover:
a) A estabilidade de preços – refere-se à manutenção de uma taxa de inflação baixa e 
estável ao longo do tempo, evitando variações significativas nos preços dos bens e serviços. 
Isso promove a confiança dos consumidores e das empresas, proporcionando um ambiente 
econômico mais previsível e favorável para o planejamento financeiro.
b) O equilíbrio Fiscal – ocorre quando as receitas do governo são iguais ou superiores às 
despesas, resultando em um déficit fiscal baixo ou um superávit. Isso é importante para 
manter a sustentabilidade das finanças públicas, evitando um aumento excessivo da dívida 
governamental e contribuindo para a estabilidade econômica.
c) A estabilidade cambial – trata-se da manutenção de uma taxa de câmbio relativamente 
estável ao longo do tempo. Isso é importante para facilitar o comércio internacional, atrair 
investimentos estrangeiros e fornecer estabilidade aos agentes econômicos em relação 
aos preços dos bens importados e exportados.
d) A estabilidade financeira – refere-se à solidez e ao bom funcionamento do sistema 
financeiro, evitando crises e perturbações que possam prejudicar o fluxo normal de crédito, 
a confiança dos investidores e a capacidade das instituições financeiras de cumprir suas 
obrigações. A estabilidade financeira é essencial para manter a saúde econômica e evitar 
desequilíbrios que possam levar a recessões.
e) O crescimento econômico – trata-se do aumento sustentado da produção de bens 
e serviços em uma economia ao longo do tempo. Isso é medido pelo aumento do PIB. O 
crescimento econômico é fundamental para melhorar o padrão de vida, reduzir a pobreza, 
criar empregos e proporcionar oportunidades para o desenvolvimento econômico e social 
de um país.
Seguindo nessa linha, alguns temas são de extrema importância, pois afetam, de alguma 
forma, o comportamento estrutural da economia. Por exemplo: o orçamento governamental, 
a oferta monetária (quantidade total de dinheiro em circulação em uma determinada 
economia em um determinado momento), a taxa de juros e o índice de emprego (desemprego) 
no mercado de trabalho são variáveis que devem ser constantemente analisadas.
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São quatro políticas macroeconômicas:
a) Política Fiscal: o conjunto de medidas adotadas pelo governo para administrar os 
gastos públicos e a arrecadação. Envolve a administração do fluxo de caixa da economia 
por meio da política tributária e dos gastos governamentais.
b) Política Monetária: trata-se do controle da oferta de dinheiro e crédito na economia, 
sendo adotada por meio do Banco Central, buscando o crescimento econômico e o 
pleno emprego.
c) Política Cambial: relacionada à gestão da taxa de câmbio (preço relativo entre duas 
moedas, ou seja, o valor de uma moeda em relação a outra). Visa administrar a relação 
entre o país e o resto do mundo, bem como buscar o controle adequado do fluxo de capital 
(movimento de investimentos financeiros).
d) Política de Rendas: é uma política complementar que busca evitar instabilidades 
em preços e salários, combinando as políticas monetária e fiscal, com foco particular em 
salários, preços e lucros.
De modo prático, a execução de políticas macroeconômicas impactam diretamente 
e influenciam o cotidiano dos agentes econômicos. Isso permite uma compreensão mais 
concreta e aplicada de como essas políticas afetam aspectos como o emprego, a inflação, 
os juros, o investimento, o consumo e outros elementos-chaves da atividade econômica.
A seguir, cada uma das políticas apresentadas é explicada e descrita em detalhes.
3.1. Política fiscal
Refere-se ao conjunto de medidas adotadas pelo governo para controlar e regular os 
gastos públicos e a arrecadação de impostos. Em linhas gerais, as medidas fiscais visam 
influenciar a economia por meio de tributação e dos gastos governamentais.
O controle da tributação desempenha um papel importante, pois pode afetar a 
disponibilidade de recursos dos agentes econômicos. Isso pode ter efeitos positivos ou 
negativos sobre a variável consumo, a qual desempenha um papel fundamental no estímulo 
ao crescimento econômico do país, uma vez que representa uma parte significativa da 
demanda agregada (quantidade total de bens e serviços que os consumidores, empresas 
e governo estão dispostos e capazes de comprar em uma economia em um determinado 
período de tempo). O consumo está relacionado ao setor real da economia, ou seja, à 
produção de bens e serviços.
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Dessa forma, a política fiscal busca utilizar a tributação e os gastos governamentais 
de forma estratégica para impulsionar a atividade econômica, estimulando o consumo e, 
consequentemente, o crescimento econômico. É importante que o governo encontre um 
equilíbrio adequado na definição das políticas fiscais, considerando os efeitos sobre os 
agentes econômicos e o impacto na economia como um todo.
Consideremos o caso de uma pessoa que recebe seu salário no final do mês, que é a remune-
ração do seu trabalho. Com esse salário, que é a sua renda pessoal disponível, ele precisará de 
uma série de gastos necessários à sua sobrevivência e satisfação de suas necessidades. Uma 
parte será utilizada na aquisição de bens e serviços de consumo, montante que denominaremos 
consumo. (SILVA; SINCLAYR, 2018, p. 61)
De acordo com essa afirmação, a variável consumo refere-se ao gasto imediato dos 
indivíduos, sob a perspectiva dos agentes econômicos. Essa relação pode ser expressa pela 
seguinte equação:
C = C
0 + c . Yd
Em que:
C = Consumo
C
00 = Consumo autônomo (consumo mínimo do indivíduo)
c = Propensão marginal a consumir (0 < c < 1);
Yd = Renda disponível
Um exemplo no dia a dia seria se uma pessoa recebe um aumento de salário (aumento 
da renda disponível), ela pode decidir aumentar seu consumo (C) gastando uma parte 
desse aumento (c.Yd) em bens ou serviços. Um aumento ou diminuição na tributação pode 
afetar a propensão marginal a consumir, o que, por sua vez, influencia a renda disponível 
dos indivíduos e pode ter impacto na demanda da economia, também conhecida como 
demanda agregada, podendo estimular ou desestimular o crescimento econômico.
A política fiscal pode ser implementada por meio de duas abordagens distintas:
a) Política fiscal expansionista: o governo utiliza de medidas para aumentar os gastos 
públicos e reduzir as alíquotas tributárias, com o objetivo de estimular a economia. No 
entanto, é importante lembrar que essa política deve ser temporária, pois pode afetar 
significativamente as finanças públicas.
b) Política fiscal contracionista: nesse caso, ocorre uma redução dos gastos públicos, 
acompanhada de possíveis aumentos na tributação. Esse fenômeno resulta em uma 
diminuição do poder de compra dos agentes econômicos. Os principais efeitos dessa política 
são o desaquecimento da demanda agregada eo controle da inflação.
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a última vez que o Brasil implementou uma política fiscal expansionista foi durante 
a crise econômica global de 2008-2009. o governo adotou medidas de estímulo, 
como aumento dos gastos públicos e redução de impostos, com o objetivo de 
impulsionar a demanda agregada e estimular a economia. essas políticas visavam 
combater os efeitos da recessão e promover o crescimento econômico. no entanto, 
é importante ressaltar que a aplicação específica de políticas fiscais pode variar 
ao longo do tempo e depende das condições econômicas e políticas do país.
Os gastos públicos estão relacionados aos recursos alocados pelo governo para fornecer 
infraestrutura básica necessária ao funcionamento da economia. Em geral, a política fiscal 
deve ser aplicada com prudência e cautela, pois pode provocar desequilíbrios fiscais graves 
e ter consequências negativas para a economia. Seu objetivo geral é estabilizar a economia, 
promover o crescimento econômico, combater a desigualdade social e também estabilizar 
o nível de preços.
3.2. Política Monetária
A política monetária, adotada pelo Banco Central (banco de reservas ou autoridade 
monetária, trata-se de uma entidade independente ou ligada ao Estado, cuja função é gerir 
a política econômica) tem como objetivo promover a estabilidade de preços e o crescimento 
econômico, buscando alcançar o pleno emprego, por meio do controle sistemático da taxa 
de juros. Conforme apontado por Hall e Lieberman (2003, p. 329), a relação entre a “taxa 
de juros sobre a quantidade demandada de dinheiro desempenhará uma função crucial” na 
análise econômica. Dessa forma, o controle da taxa de juros pode ter diferentes efeitos na 
economia, estimulando ou desestimulando o crescimento. Essa política pode ser aplicada 
sob duas perspectivas:
a) Política monetária expansionista: visa aumentar a quantidade de moeda em 
circulação na economia, estimulando o crescimento econômico. Isso é geralmente alcançado 
por meio da redução das taxas de juros, o que afeta positivamente a oferta de crédito 
(disponibilidade de empréstimos e financiamentos oferecidos pelas instituições financeiras 
aos indivíduos, empresas e governos) no mercado, tornando o crédito mais acessível para 
empresas e indivíduos.
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b) Política monetária contracionista: também conhecida como política restritiva, 
tem como principal objetivo controlar a inflação, reduzindo significativamente a demanda 
por bens e serviços. Para isso, o Banco Central adota uma postura mais cautelosa ao elevar 
as taxas de juros, por exemplo. Essa elevação das taxas de juros reduz o crédito e torna a 
economia menos líquida, ou seja, reduz a disponibilidade de dinheiro em circulação e dificulta 
o acesso ao crédito e financiamento, o que pode ter impactos na atividade econômica e na 
capacidade dos agentes econômicos de realizar transações financeiras.
Importante ressaltar que essas políticas são implementadas em períodos específicos 
– quando precisa ser feita alguma intervenção na economia – e são medidas temporárias, 
destinadas a lidar com as necessidades e os desafios do momento.
3.3. Política Cambial
Enquanto as duas políticas anteriores preocupam-se estritamente com o ambiente 
interno da economia, a política cambial, por sua vez, está relacionada ao gerenciamento das 
relações comerciais internacionais. Essa política é uma parte crucial da política econômica 
de um país e busca garantir a competitividade das exportações e a estabilidade da taxa de 
câmbio (valor relativo entre duas moedas, determinando quantas unidades de uma moeda 
são necessárias para adquirir uma unidade da outra moeda).
Uma política cambial pode ser definida como uma taxa de câmbio fixa, flutuante ou 
um híbrido dos dois. Uma taxa fixa significa que o valor da moeda está atrelado a outra 
moeda, normalmente o dólar americano ou o euro; e uma taxa de câmbio flutuante significa 
que é permitido variar o valor da moeda de acordo com o mercado de câmbio. Além disso, 
podemos destacar:
• Controle da inflação: uma política cambial pode ser usada para controlar a inflação. 
Se a moeda local está se depreciando rapidamente, aumentando os preços das im-
portações e contribuindo para a inflação, o Banco Central pode intervir comprando a 
moeda local para sustentar seu valor.
• Equilíbrio da balança de pagamentos: a política cambial pode influenciar a balança 
comercial, que é a diferença entre as exportações e importações de um país. Um 
país pode desvalorizar sua moeda para tornar suas exportações mais competitivas e 
reduzir o déficit em conta-corrente (situação em que as saídas líquidas de recursos 
de um país, relacionadas ao comércio de bens, serviços, rendas e transferências, são 
maiores do que as entradas líquidas. Isso significa que o país está gastando mais em 
transações internacionais do que está recebendo, resultando em um saldo negativo 
na conta corrente).
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• Estabilidade econômica: uma política cambial estável pode promover a confiança dos 
investidores e a estabilidade econômica. As flutuações bruscas na taxa de câmbio 
podem causar incerteza e volatilidade, o que pode desencorajar o investimento e o 
crescimento econômico.
• Intervenção no mercado de câmbio: o Banco Central pode intervir no mercado de câm-
bio comprando ou vendendo moeda estrangeira para suavizar a volatilidade ou alterar 
a direção da taxa de câmbio.
• Regulação de capital: as políticas cambiais também podem incluir controles de capital, 
que são restrições sobre a capacidade de indivíduos e empresas movimentarem dinheiro 
para dentro ou fora do país. Essas medidas podem ser usadas para estabilizar a taxa 
de câmbio e prevenir a fuga de capitais (movimento de saída de recursos financeiros 
de um país para outros países, seja por investidores, empresas ou indivíduos).
A eficácia dessa política está diretamente ligada ao controle da taxa de câmbio e ao 
equilíbrio da paridade cambial. Cada país tem suas próprias circunstâncias e objetivos 
econômicos, então a política cambial pode variar muito de um lugar para outro.
3.4. Política de rendas
Como exposto anteriormente, a política de rendas é uma política acessória. Ela tem como 
objetivo influenciar a distribuição de renda dentro de uma economia, além de estabelecer 
limites salariais – considerada absoluta quando estabelece tetos máximos, como o salário-
mínimo, ou relativa, quando estabelece aumentos salariais de acordo com a produtividade 
–, preços e lucros das empresas.
A política de rendas está diretamente relacionada às políticas fiscal e monetária, 
pois também busca promover a estabilidade econômica. É importante destacar que, na 
sua implementação, uma intervençãoexcessiva do governo na economia pode afetar 
negativamente a competitividade e a qualidade da produção nacional, impactando o 
potencial da atividade econômica do país.
No Brasil, a adoção da política de rendas ocorre por meio de uma série de medidas e 
programas governamentais, buscando promover a equidade social, como programas sociais 
que fornecem renda para pessoas em situação de pobreza. Além disso, os benefícios, como 
pensões e aposentadorias, também fazem parte dessa política, fornecendo recursos para 
a população inativa.
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Unidade 1 | Aula 1
Professor(a): Welington Pudelko
Podemos trazer o exemplo de como se dá algumas das políticas de renda adotadas 
no Brasil:
a) Política de reajuste do salário mínimo: o governo brasileiro adota uma política de 
reajuste anual do salário mínimo, levando em consideração diversos fatores, como a inflação, 
o crescimento econômico e a valorização do poder de compra dos trabalhadores.
b) Negociação de acordos coletivos de trabalho: sindicatos e representantes de 
trabalhadores negociam com empresas e empregadores para estabelecer reajustes salariais 
e benefícios adicionais, com o objetivo de garantir melhorias nas condições de trabalho e 
aumentos de renda para os trabalhadores.
c) Programas de transferência de renda: o governo brasileiro implementou programas 
como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que têm como objetivo 
redistribuir renda para famílias de baixa renda e grupos vulneráveis, fornecendo assistência 
financeira direta.
Esses são exemplos de políticas adotadas no Brasil visando influenciar a distribuição 
de renda, melhorar as condições de vida dos trabalhadores e reduzir a desigualdade 
socioeconômica.
Considerações finais da aula
Nesta aula, você conheceu os fundamentos da macroeconomia: conceitos, delimitações, 
características e pilares. Esse campo de estudo visa à estabilidade econômica e alcançar 
o crescimento econômico, promovendo uma distribuição mais equitativa de renda e 
equilíbrio fiscal.
Durante a leitura detalhada, você pôde compreender que o estudo conjuntural depende 
da criação de um modelo matemático que considera diversas variáveis, as quais devem ser 
analisadas cuidadosamente, uma vez que podem indicar efeitos diversos. Esses efeitos 
estão diretamente relacionados às consequências da aplicação das políticas.
Do ponto de vista fiscal, por exemplo, a busca por uma distribuição da carga tributária de 
forma proporcional à capacidade contributiva dos indivíduos e empresas, evita a concentração 
excessiva de impostos sobre determinados grupos ou setores da sociedade, ou seja, uma 
equidade tributária pode favorecer o consumo e a renda. Na ótica monetária, alterações 
na taxa de juros podem ter impacto no mercado de crédito, influenciando positiva ou 
negativamente o consumo da economia. No comércio internacional, políticas adequadas 
podem melhorar a balança comercial. E, por fim, a política de rendas pode criar um mercado 
consumidor para os mais desfavorecidos.
Assim, de acordo com a estratégia do governo, diversas possibilidades podem ser 
consideradas, sempre com o objetivo de melhorar a vida em sociedade e trazer benefícios 
coletivos.
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Materiais Complementares
 
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) é uma Empresa Federal vinculada 
ao Ministério do Planejamento, criada no ano de 1964, com objetivo de ser um suporte 
técnico para a formulação de política públicas por meio de análises conjunturais. Visite 
seu site e descubra muito mais:
Link para acesso: https://www.ipea.gov.br/portal/ (acesso em 17 jul. 2023)
referências
HALL, R. E.; LIEBERMAN, M. Macroeconomia: princípios e aplicações. São Paulo: Cengage 
Learning, 2003.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Portal Ipea. Ipea, Brasília, 2022. Disponí-
vel em: https://www.ipea.gov.br/portal/. Acesso em: 18 jul. 2023.
MANKIW, N. G. Macroeconomia. Rio de Janeiro: Atlas, 2021.
PINHO, D. B; VASCONCELLOS, M. A. S; TONETO JR., R. (Orgs.) Manual de Economia. São 
Paulo: Saraiva, 2005.
SILVA, C. R. L; SINCLAYR, L. Economia e mercados: introdução à economia. São Paulo: Sa-
raiva Educação, 2018.
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	Aula 1 – Objetivos da Política Macroeconômica
	Aula 2 – Instrumentos da Política Macroeconômica
	Aula 3 – Estrutura da Análise Macroeconômica
	Aula 4 – Metas da Política Macroeconômica
	Aula 5 – Principais Agregados Macroeconômicos

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