Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 10, Monopólio :: REVISÃO 
1. Suponha que um monopolista estivesse produzindo em um ponto no qual seu 
custo marginal fosse maior do que sua receita marginal. De que forma ele 
deveria ajustar seu nível de produção para poder aumentar seus lucros? 
Quando o custo marginal é maior do que a receita marginal, o custo 
incremental da última unidade produzida é maior do que a receita 
incremental. Logo, a empresa aumentaria seu lucro se não 
produzisse a última unidade. A empresa deveria continuar a 
reduzir a produção, reduzindo o custo marginal e aumentando a 
receita marginal, até igualar o custo marginal à receita marginal. 
2. Expressamos o markup percentual do preço sobre o custo marginal na forma 
(P - CMg)/P. Para um monopolista maximizador de lucros, de que forma este 
markup depende da elasticidade da demanda? Por que este markup pode servir 
como medida do poder de monopólio? 
Pode-se mostrar que essa medida de poder de mercado é igual ao 
inverso da elasticidade-preço da demanda (multiplicado por –1): 
 
DEP
CMgP 1
−=
− 
A equação implica que, à medida que a elasticidade aumenta (ou 
seja, a demanda se torna mais elástica), o inverso da elasticidade 
diminui e, portanto, o poder de monopólio também diminui. 
Conseqüentemente, à medida que a elasticidade aumenta 
(diminui), a empresa passa a possuir menor (maior) poder para 
cobrar um preço acima do custo marginal. 
3. Qual o motivo de não existir curva de oferta em um mercado sob monopólio? 
A decisão de produção do monopolista depende não apenas de seu 
custo marginal, mas também da curva de demanda. Os 
deslocamentos da demanda não definem uma série de preços e 
quantidades que possam ser identificados como a curva de oferta da 
empresa, levando, em vez disso, a mudanças no preço, na 
quantidade, ou em ambos. Isso significa que não há uma relação 
direta entre o preço e a quantidade ofertada e, portanto, que não 
existe curva de oferta em um mercado sob monopólio. 
4. Por que uma empresa poderia possuir poder de monopólio mesmo não sendo a 
única produtora do mercado? 
O grau de poder de monopólio, ou poder de mercado, de que uma 
empresa desfruta depende da elasticidade da curva de demanda 
com que ela se defronta. À medida que a elasticidade da demanda 
aumenta, isto é, à medida que a curva de demanda se torna menos 
inclinada, o inverso da elasticidade se aproxima de zero e o poder 
de monopólio da empresa diminui. Logo, desde que a curva de 
demanda da empresa não seja infinitamente elástica, a empresa 
possui algum poder de monopólio. 
5. Cite algumas fontes do poder de monopólio. Dê um exemplo de cada uma. 
O poder de monopólio de uma empresa depende da facilidade com 
que outras empresas são capazes de entrar na indústria. Existem 
várias formas de barreiras à entrada, tais como os direitos de 
exclusividade (por exemplo, patentes, direitos autorais e licenças) e 
as economias de escala – que são as formas mais comuns. Os 
direitos de exclusividade são direitos legais de propriedade para a 
produção ou distribuição de um bem ou serviço. As economias 
positivas de escala podem conduzir a “monopólios naturais”, pois 
possibilitam ao maior produtor cobrar preços mais baixos e, assim, 
expulsar os concorrentes do mercado. Na produção de alumínio, por 
exemplo, há indícios da existência de economias de escala na 
conversão da bauxita em alumina. (Veja o caso U.S. v. Aluminum 
Company of America, 148 F.2d 416 [1945], discutido no Exercício 8, 
abaixo.) 
6. Quais são os fatores que determinam o grau de poder de monopólio que uma 
empresa pode ter? Explique resumidamente cada fator. 
A elasticidade da demanda de uma empresa depende de três 
fatores: (1) elasticidade da demanda de mercado, (2) número de 
empresas no mercado, e (3) interação entre as empresas no 
mercado. A elasticidade da demanda de mercado depende do grau 
de diferenciação do produto, isto é, da facilidade com que os 
consumidores são capazes de substituir o produto por algum 
similar. À medida que o número de empresas no mercado 
aumenta, a elasticidade da demanda com que cada empresa se 
defronta aumenta, pois os clientes podem passar a consumir os 
produtos dos concorrentes. O número de empresas no mercado é 
determinado pelas possibilidades de entrada na indústria (ou seja, 
pela magnitude das barreiras à entrada). Por fim, a capacidade de 
uma empresa cobrar preços superiores ao custo marginal depende 
da reação das demais empresas às mudanças no preço dessa 
empresa. Caso as demais empresas sigam as mudanças de preço 
da empresa, os clientes têm poucos incentivos para deslocar sua 
demanda para novos fornecedores. 
7. Qual é a razão de existir um custo social associado ao poder de monopólio? Se 
os ganhos dos produtores advindos do poder de monopólio pudessem ser 
redistribuídos aos consumidores, o custo social do monopólio poderia ser 
eliminado? Explique resumidamente. 
Quando uma empresa se aproveita de seu poder de monopólio para 
fixar o preço acima do custo marginal, os consumidores compram 
uma menor quantidade ao preço mais elevado. Isso implica uma 
redução do excedente do consumidor, correspondente à diferença 
entre o preço que os consumidores estariam dispostos a pagar e o 
preço de mercado de cada unidade consumida. Parte do excedente 
do consumidor perdido não é capturada pelo vendedor, resultando 
em um peso morto para a sociedade. Portanto, mesmo que os 
ganhos dos produtores fossem redistribuídos aos consumidores, a 
sociedade continuaria sofrendo uma perda de bem-estar. 
8. Qual o motivo do aumento no nível de produção de um monopolista, se o 
governo o obriga a reduzir o seu preço? Se o governo desejasse impor um preço 
teto capaz de maximizar a produção do monopolista, que preço deveria ser 
estabelecido? 
Ao restringir o preço abaixo do preço que maximiza os lucros do 
monopolista, o governo pode mudar o formato da curva de receita 
marginal da empresa, RMg. Com a fixação de um preço teto, a 
RMg é igual ao preço teto para todos os níveis de produção abaixo 
da quantidade demandada a esse preço. Caso o governo deseje 
maximizar a produção, ele deve estabelecer um preço igual ao custo 
marginal, pois preços abaixo desse nível incentivam a empresa a 
reduzir a produção (supondo que a curva de custo marginal seja 
positivamente inclinada). O problema do regulador reside na 
identificação do formato da curva de custo marginal do monopolista 
– que é uma tarefa difícil, dado o incentivo do monopolista a 
esconder ou distorcer tal informação. 
9. De que forma um monopsonista deverá decidir a quantidade de mercadoria a 
ser adquirida? Ele adquirirá mais ou menos do que um comprador competitivo? 
Explique resumidamente. 
A despesa marginal corresponde à variação na despesa total 
associada à mudança na quantidade comprada. No caso de uma 
empresa que concorre com muitas outras empresas para comprar 
insumos, a despesa marginal é igual à despesa média (preço). No 
caso de um monopsonista, a curva de despesa marginal está 
localizada acima da curva de despesa média, pois a decisão de 
comprar uma unidade adicional eleva o preço pago por todas as 
unidades, incluindo a última. Todas as empresas compram 
insumos até o ponto em que o valor marginal da última unidade se 
torna igual à despesa marginal com aquela unidade. Isso vale 
tanto para o comprador competitivo como para o monopsonista. 
Entretanto, dado que a curva de despesa marginal do monopsonista 
se situa acima da curva de despesa média, e que a curva de valor 
marginal é negativamente inclinada, o monopsonista compra uma 
quantidade menor que no caso de um mercado competitivo. 
10. O que significa o termo "poder de monopsônio"? Por que uma empresa 
poderia possuir poder de monopsônio mesmo não sendo a única compradora no 
mercado? 
O poder de monopsônio refere-se ao poder de mercado do comprador 
(geralmente, no mercado de fatores de produção). Um comprador 
que se defronte com uma curva de oferta defatores positivamente 
inclinada possui algum poder de monopsônio. Em um mercado 
competitivo, o vendedor se defronta com uma curva de demanda de 
mercado perfeitamente elástica e o comprador com uma curva de 
oferta também perfeitamente elástica. Logo, qualquer característica 
do mercado que gere uma curva de oferta com elasticidade menor 
do que infinita (por exemplo, a existência de um pequeno número 
de compradores ou a prática de conluio entre os compradores) 
confere ao comprador algum poder de monopsônio. 
11. Cite algumas fontes do poder de monopsônio? O que determina o grau de 
poder de monopsônio que uma empresa pode possuir? 
O poder de monopsônio de uma empresa depende das 
características do mercado referentes ao “lado dos compradores”. 
Três características básicas afetam o poder de monopsônio: (1) a 
elasticidade da oferta de mercado, (2) o número de compradores, e 
(3) o tipo de interação entre os compradores. A elasticidade da 
oferta de mercado depende da sensibilidade dos produtores a 
mudanças no preço. Se, no curto prazo, a oferta é relativamente 
rígida, ou seja, relativamente inelástica, o poder de monopsônio 
aumenta. Por exemplo, dado que os produtores de fumo vendem 
suas colheitas para um pequeno número de empresas fabricantes 
de produtos à base de fumo, tais empresas revelam-se capazes de 
comprar o fumo a um preço inferior a seu valor marginal. 
12. Qual a razão de existir um custo social associado ao poder de monopsônio? 
Se os ganhos dos compradores advindos do poder de monopsônio pudessem ser 
redistribuídos aos vendedores, o custo social do monopsônio poderia ser 
eliminado? Explique resumidamente 
Na presença de poder de monopsônio, o preço e a quantidade são 
menores do que os níveis que prevaleceriam sob condições 
competitivas. A redução no preço e nas vendas implica perda de 
receita para os vendedores, que é apenas parcialmente capturada 
pelo comprador na forma de um aumento no excedente do 
consumidor. A perda líquida de excedente total é o peso morto. 
Cabe notar que o peso morto persistiria mesmo que o excedente do 
consumidor pudesse ser redistribuído entre os vendedores; tal 
ineficiência não pode ser eliminada, pois a quantidade 
transacionada encontra-se abaixo do nível para o qual o preço é 
igual ao custo marginal. 
13. De que forma a legislação antitruste limita o poder de mercado nos EUA? Dê 
exemplos das principais providências da legislação. 
A legislação antitruste limita o poder de mercado através da 
imposição de restrições ao comportamento das empresas. A Seção 1 
da Lei Sherman (“Sherman Act”) proíbe qualquer restrição ao 
comércio, inclusive as tentativas de fixação de preços pelos 
compradores ou pelos vendedores. A Seção 2 da Lei Sherman 
proíbe a adoção de procedimentos que possam conduzir à 
monopolização do mercado. As leis Clayton (“Clayton Act”) e 
Robinson-Patman Act (“Robinson-Patman Act”) proíbem as práticas 
de discriminação de preço e de direitos de exclusividade (por 
exemplo, a imposição de barreiras por algumas empresas para 
impedir que seus clientes comprem mercadorias das empresas 
concorrentes). A Lei Clayton também limita as fusões entre 
empresas, quando estas são capazes de reduzir a competição no 
setor de forma substancial. A Lei da Comissão Federal de 
Comércio (“Federal Trade Commission Act”) torna ilegal o uso de 
práticas de mercado enganosas ou injustas. 
14. Explique brevemente de que forma a legislação antitruste é implementada 
nos EUA. 
A legislação antitruste é implementada de três formas: (1) através da Divisão 
Antitruste do Departamento de Justiça, nos casos em que as empresas violam 
leis federais, (2) através da Federal Trade Commission, nos casos em que as 
empresas violam o Federal Trade Commission Act, e (3) através de processos 
privados. O Departamento de Justiça pode estabelecer multas ou instaurar 
processos criminais contra os administradores e proprietários de empresas 
envolvidos, bem como reorganizar as empresas, como feito no caso do processo 
contra a A.T.& T. A FTC pode solicitar um entendimento voluntário no sentido 
de cumprir a lei ou determinar formalmente que esta seja cumprida. Por fim, 
indivíduos ou empresas podem mover ações nos tribunais federais solicitando 
compensações de até três vezes o valor de seu prejuízo resultante de 
comportamentos anticompetitivos.

Mais conteúdos dessa disciplina