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Governador
Vice Governador
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Cid Ferreira Gomes
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Andréa Araújo Rocha
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 1 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução ....................................................................................................................... 02 
Evolução da Segurança do Trabalho – Aspectos econômicos, políticos e sociais ........ 03 
História da Profissão, por Nestor Waldhelm (TST - GO) ................................................ 07 
O que é Segurança do Trabalho .................................................................................... 13 
O que exatamente faz cada profissional da Segurança do trabalho? ............................ 16 
Acidentes – Classificação, causas e consequências ...................................................... 24 
Estudo das causas dos acidentes de trabalho ............................................................... 36 
Investigação de acidentes de trabalho 
Definições, importância, métodos de avaliação e estudo de caso ................................. 43 
Grupos de Risco – Quadros Demonstrativos 
Caracterização, consequências, medidas de controle, agentes ..................................... 51 
Vamos aprender um pouco mais sobre Agentes de Acidentes e Fontes de Lesão ......... 66 
Segurança no Lar ............................................................................................................ 69 
Referências Bibliográficas .............................................................................................. 76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 2 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Caríssimos Alunos, Paz e Bem! 
 
Bem vindos ao universo da Segurança do Trabalho. Aqui vamos estudar diversas 
disciplinas que nos possibilitarão aplicá-las associadas a um conjunto de medidas, no dia a 
dia dos trabalhadores de modo a garantir a sua integridade física e psicológica no 
ambiente do trabalho. 
Empresas, funcionários e gerentes têm começado, cada vez mais, a se preocupar 
com a segurança no ambiente de trabalho. Medidas rápidas e simples, como palestras, 
folhetos, cartazes, e-mails e dinâmicas que promovam um ambiente organizado e seguro 
são boas alternativas para conscientizar todos aqueles que dividem o mesmo local de 
trabalho. 
A segurança do trabalho refere-se a uma série de medidas preventivas contra todo 
tipo de imprevisto, como acidentes de trabalho, perturbação funcional ou até doenças 
ocupacionais. Ter uma empresa segura é benéfico também para o próprio empresário, que 
pode ficar tranquilo com o bem-estar dos colaboradores. Estar atento a isso promove 
condições melhores de trabalho e profissionais mais produtivos e satisfeitos. 
Para os trabalhadores, estar em uma empresa que preza pela segurança é muito 
importante, pois isso interfere diretamente na vida saudável no ambiente corporativo. Ao 
estarem seguros no trabalho, os funcionários ficam menos expostos a riscos e não 
demandam altos investimentos se algo não sair como o planejado. 
Todo tipo de empresa deve estar dentro das normas do Ministério do trabalho e 
Emprego (MTE) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que dizem 
respeito à segurança no trabalho. Cada segmento profissional possui suas próprias regras 
e deve ser analisado por profissionais, funcionários e gerentes que têm começado, cada 
vez mais, a se preocupar com a segurança no ambiente de trabalho. Medidas rápidas e 
simples, como palestras, folhetos, cartazes, e-mails e dinâmicas que promovam um 
ambiente organizado e seguro são boas alternativas para conscientizar todos aqueles que 
dividem o mesmo local de trabalho. 
A segurança do trabalho refere-se a uma série de medidas preventivas que com 
dedicação e estudo aprenderemos juntos para, mais tarde, serem postas em prática no 
exercício profissional. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 3 
 
 
A Evolução da Segurança do Trabalho - Aspectos econômicos, políticos e sociais. 
 
Dentro das perspectivas dos direitos fundamentais do trabalhador em usufruir de 
uma boa e saudável qualidade de vida, na medida em que não se pode dissociar os 
direitos humanos e a qualidade de vida, verifica-se, gradativamente, a grande preocupação 
com as condições do trabalho. 
A primazia dos meios de produção em detrimento da própria saúde humana é fato 
que, infelizmente, vem sendo experimentado ao longo da história da sociedade moderna. É 
possível conciliar economia e saúde no trabalho. 
As doenças aparentemente modernas (stress, neuroses e as lesões por esforços 
repetitivos), já há séculos vêm sendo diagnosticadas. 
Os problemas relacionados com a saúde intensificam-se a partir da Revolução 
Industrial. As doenças do trabalho aumentam em proporção à evolução e a potencialização 
dos meios de produção, com as deploráveis condições de trabalho e da vida das cidades. 
A OIT - Organização Internacional do Trabalho, em 1919, com o advento do Tratado 
de Versalhes, objetivando uniformizar as questões trabalhistas, a superação das condições 
subumanas do trabalho e o desenvolvimento econômico, adota seis convenções 
destinadas à proteção da saúde e à integridade física dos trabalhadores (limitação da 
jornada de trabalho, proteção à maternidade, trabalho noturno para mulheres, idade 
mínima para admissão de crianças e o trabalho noturno para menores). 
Até os dias atuais diversas ações foram implementadas envolvendo a qualidade de 
vida do trabalho, buscando intervir diretamente nas causas e não apenas nos efeitos a que 
estão expostos os trabalhadores. 
Em 1919, por meio do Decreto Legislativo nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919, 
implantaram-se serviços de medicina ocupacional, com a fiscalização das condições de 
trabalho nas fábricas. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 4 
 
Com o advento da Segunda Guerra Mundial despertou-se uma nova mentalidade 
humanitária, na busca de paz e estabilidade social. 
Finda a Segunda Guerra Mundial, é assinada a Carta das Nações Unidas, em São 
Francisco, em 26 de junho de 1945, que estabelece nova ordem na busca da preservação, 
progresso social e melhores condições de vida das futuras gerações. 
Em 1948, com a criação da OMS - Organização Mundial da Saúde, estabelece-se o 
conceito de que a “saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a 
ausência de afecções ou enfermidades” e que “o gozo do grau máximo de saúde que se 
pode alcançar é um dos direitos fundamentais de todo ser humano..” 
Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas, aprova a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos do Homem, que se constitui uma fonte de 
princípios na aplicação das normas jurídicas, que assegura ao trabalhador o direito ao 
trabalho, à livre escolha de emprego, as condições justas e favoráveis de trabalho e à 
proteção contra ao desemprego; o direito ao repouso e ao lazer, limitação de horas de 
trabalho, férias periódicas remuneradas,além de padrão de vida capaz de assegurar a si e 
a sua família saúde e bem-estar. Contudo, a reconstrução pós-guerra induz a sérios 
problemas de acidentes e doenças que repercutem nas atividades empresariais, tanto no 
que se refere às indenizações acidentárias, quanto ao custo pelo afastamento de 
empregados doentes. 
Impunha-se a criação de novos métodos de intervenção das causas de doenças e 
dos acidentes, recorrendo-se à participação interprofissional. 
Em 1949, a Inglaterra pesquisa a ergonomia, que objetiva a organização do trabalho 
em vista da realidade do meio ambiente laboral adequar-se ao homem. 
Em 1952, com a fundação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço - CECA, 
as questões voltaram-se para a segurança e medicina do trabalho nos setores de carvão e 
aço, que até hoje estimula e financia projetos no setor. 
Na década de 60 inicia-se um movimento social renovado, revigorado e 
redimensionado marcado pelo questionamento do sentido da vida, o valor da liberdade, o 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 5 
 
significado do trabalho na vida, o uso do corpo, notadamente nos países industrializados 
como a Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos e Itália. 
Na Itália, a empresa Farmitália, iniciou um processo de conscientização dos 
operários quanto à nocividade dos produtos químicose dos técnicos para a detecção dos 
problemas. A FIAT reorganiza as condições de trabalho nas fábricas, modificando as 
formas de participação da classe operária. 
Na realidade o problema da saúde do trabalhador passa a ser outra, desloca-se da 
atenção dos efeitos para as causas, o que envolve as condições e questões do meio 
ambiente. 
No início da década de 70, o Brasil é o detentor do título de campeão mundial de 
acidentes. E, em 1977, o legislador dedica no texto da CLT - Consolidação das Leis do 
Trabalho, por sua reconhecida importância Social, capítulo específico à Segurança e 
Medicina do Trabalho. Trata-se do Capítulo V, Título II, artigos 154 a 201, com redação da 
Lei nº6.514/77. 
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria de Segurança e Saúde 
no Trabalho, hoje denominado Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, 
regulamenta os artigos contidos na CLT por meio da Portaria nº 3.214/78, criando vinte e 
oito Normas Regulamentadoras – NR, que hoje são 36. 
Com a publicação da Portaria nº 3214/78 se estabelece a concepção de saúde 
ocupacional. 
Em 1979, a Comissão Intersindical de Saúde do Trabalhador, promove a Semana 
de Saúde do Trabalhador com enorme sucesso e em 1980 essa comissão de transforma 
no Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes do 
Trabalho. 
Os eventos dos anos seguintes enfatizaram a eliminação do risco de acidentes, da 
insalubridade ao lado do movimento das campanhas salariais. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 6 
 
Os diversos Sindicatos dos Trabalhadores, como o das Indústrias Metalúrgicas, 
Mecânicas, tiveram fundamental importância denunciando as condições inseguras e 
indignas observadas no trabalho. 
Com a Constituição de 1988 nasce o marco principal da etapa de saúde do 
trabalhador no nosso ordenamento jurídico. Está garantida a redução dos riscos inerentes 
ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. E, ratificadas as 
Convenções 155 e 161 da OIT, que também regulamentam ações para a 
preservação da Saúde e dos Serviços de Saúde do Trabalhador. 
As conquistas, pouco a pouco, vêm introduzindo novas mentalidades, sedimentando 
bases sólidas para o pleno exercício do direito que todos devem ter à saúde e ao trabalho 
protegido de riscos ou das condições perigosas e insalubres que põem em risco a vida, a 
saúde física e mental do trabalhador. 
A proteção à saúde do trabalhador fundamenta-se, constitucionalmente, na tutela 
“da vida com dignidade”, e tem como objetivo primordial a redução do risco de doença, 
como exemplifica o art. 7º, inciso XXII, e também o art. 200, inciso VIII, que protege o meio 
ambiente do trabalho, além do art. 193,que determina que “a ordem social tem como base 
o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais”. 
Posteriormente, o Ministério do Trabalho, por meio da Portaria nº 3.067, de 
12.04.88, aprovou as cinco Normas Regulamentadoras Rurais vigentes. 
A Portaria SSST nº 53, de 17.12.97, aprovou a NR 29 - Norma Regulamentadora de 
Segurança e Saúde no Trabalho Portuário. 
Atuando de forma tripartite o Ministério do Trabalho e Emprego, divulga para 
consulta pública a Portaria SIT/SST nº 19 de 08.08.01, publicada no DOU de 13.08.01, 
para a criação da NR nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
Aquaviário. E, em 06.11.02 foi publicada no DOU a Portaria nº 30, de 22.10.02, da 
Secretaria de Inspeção do Trabalho, do MTE, divulgando para consulta pública proposta 
de texto de criação da Norma Regulamentadora Nº 31 – Segurança e Saúde nos 
Trabalhos em Espaços Confinados. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 7 
 
Os problemas referentes à segurança, à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de 
vida no trabalho vêm ganhando importância no Governo, nas entidades empresariais, nas 
centrais sindicais e na sociedade como um todo. 
O Ministério do Trabalho e Emprego tinha como meta a redução de 40% nos 
números de acidentes do trabalho no País até 2003. Propostas para construir um Brasil 
moderno e competitivo, com menor número de acidentes e doenças de trabalho, com 
progresso social na agricultura, na indústria, no comércio e nos serviços, devem ser 
apoiadas. 
Para isso deve haver a conjunção de esforços de todos os setores da sociedade e a 
conscientização na aplicação de programas de saúde e segurança no trabalho. 
Trabalhador saudável e qualificado representa produtividade no mercado globalizado. 
O Técnico de Segurança do Trabalho é o profissional capacitado para atuar na 
empresa buscando evitar acidentes e doenças do trabalho. É um dos profissionais que 
compõem o SESMT segundo a Norma Regulamentadora 4 (NR 4). 
Ele trabalha se apoiando nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho 
(NR), nas (NBR) Normas Brasileiras da ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas), na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), nas NT (Normas Técnicas) do 
Corpo de Bombeiros e outras. 
*Agora iremos mostrar um pouco do começo dessa história, contada pelo 
Técnico em Segurança do Trabalho, Nestor Waldhelm Neto, criador e editor do 
blog/site Segurança do Trabalho nwn, professor e escritor... 
Através do Técnico de Segurança do Trabalho nasceu o SESMT. E hoje depois de 
muitos anos de existência algumas dificuldades permanecem. Talvez as maiores sejam 
conscientizar os funcionários e conscientizar o empregador. Conscientizar os funcionários 
é importante para que os mesmos adotem as medidas de segurança necessárias. E 
Conscientizar o empregador é importante para conseguir recursos para implantar as 
medidas de segurança necessárias. 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 8 
 
UM POUCO SOBRE O COMEÇO DA HISTÓRIA 
Desde os tempos pós Jardim do Éden o homem teve que se aventurar na busca por 
alimento, e como bem sabemos, em tudo que fazemos existe algum tipo de risco, e com o 
trabalho no início dos temos nãofoi diferente. 
Talvez a primeira proteção que o homem adotou foram às roupas. As roupas além 
de cobrirem a nudez protegiam contra o frio, calor, umidade, o corte em folhas de árvores, 
arbustos, etc. 
Para o trabalho talvez o primeiro equipamento de proteção tenha sido os utensílios 
de pedras, os machadinhos, as facas, as lanças. Eles diminuíam o esforço humano e 
consequentemente as lesões, e proporcionavam um trabalho mais eficiente. 
A SEGURANÇA DO TRABALHO COMEÇA E TOMAR FORMA 
O primeiro relato mais profundo a respeito da Segurança do Trabalho ocorreu 
através do que é considerado o “Pai da Medicina”. Hipócrates que viveu entre 460 a 370 
antes de Cristo, e documentou a doença dos trabalhadores nas minas de estanho. 
O PRIMEIRO GRANDE MOVIMENTO PREVENCIONISTA 
Antes do período da revolução industrial a mão de obra (o ser humano) era quase 
descartável. Não existia preocupação com a prevenção. Se um trabalhador morresse em 
trabalho simplesmente era contratado outro para o lugar. 
A partir da Revolução Industrial em 1760 deixa o trabalho artesão e começa a 
trabalhar com máquinas, passa a ser necessário ter mão de obra qualificada. O ser 
humano começa a ser valorizado no trabalho. 
O empregador começa a perceber que a simples substituição da “peça homem” não 
é vantajosa. Percebe que a substituição gera mais custos do que investir em prevenção. 
Começa aí a mudança de mentalidade que viria transformar as relações que norteiam o 
trabalho e as ações de segurança dentro do ambiente de trabalho no mundo inteiro. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 9 
 
Somente em 1802 um grande avanço foi percebido de fato. O parlamento da 
Inglaterra aprovou uma lei de saúde. Estabeleceu proteção para aprendizes, fixou um 
limite máximo de 12 horas de trabalho por dia e proibiu o trabalho noturno. A lei também 
obrigava os empregadores a lavarem as paredes 2 vezes por ano e tornava a ventilação 
obrigatória no local. 
Em 1833 também na Inglaterra é criada a “Lei das Fábricas”. Dentre um dos fatores 
que chamavam a atenção era a ventilação diluidora que tinha a missão de retirar os 
contaminantes presentes no ambiente de trabalho. Na mesma época a Alemanha aprovou 
a “Lei Operária” que trouxe também atenção a Segurança no Trabalho dos operários. 
PRIMEIROS MOVIMENTOS PREVENCIONISTAS NO BRASIL 
No Brasil a primeira lei relacionada à segurança foi criada em 1830. A lei regulava 
sobre a prestação de serviço, e era direcionada a brasileiros e estrangeiros. 
Em 1833 o Brasil encontra dificuldade por causa do trabalho colonizado. Apesar de 
já existir a Lei, não existe preocupação com segurança e saúde no trabalho. No Brasil o 
trabalho ainda é totalmente braçal. Os serviços de lavoura estão em expansão. 
Com a abolição da escravatura surge uma grande dificuldade, a transição do 
trabalho escravo para o trabalho livre. 
Em 1891 foi criada uma lei brasileira que tratava sobre a proteção ao trabalho dos 
menores. 
Como já vimos a criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho) em 1919 
deu novo impulso à criação de normas de procedimentos seguros no trabalho no mundo. 
O Brasil foi um dos membros fundadores da OIT. 
Em 1919 finalmente é criada a Lei 3724 de 15/01/19, essa foi à primeira lei brasileira 
sobre acidentes de trabalho. 
A revolução industrial só chega ao Brasil na década de 40. Nessa época as 
multinacionais começam a se instalar no Brasil. Várias normas de segurança são trazidas 
junto com elas. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 10 
 
Em 1944 a lei de acidentes é reformada dando início à criação do capítulo V da 
CLT. 
Em 1953 o Decreto Lei 34715 de 27/11/53 criou a SPAT (sim, nesse tempo era 
SPAT mesmo), na ocasião deveria ser realizada na quarta semana de cada ano. Também 
no corrente ano foi regulamentada e organizada a CIPA que já havia sido criada no ano de 
1944. 
Em 1960 foi regulamentado o uso de EPI. Isso aconteceu através da Portaria 319 de 
30/12/60. 
Em 1966 foi criada através da Lei número 5161 de 21/10/66 a Fundacentro –
 Fundação Centro Nacional de Segurança Higiene e Medicina do Trabalho, atual Fundação 
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho. Recebeu esse nome em 
homenagem ao seu primeiro Presidente. 
Em 1976 foi criada a sexta lei de acidentes de trabalho. Como diferencial ela 
identificou doença profissional e do trabalho como sinônimos, e os equiparou ao acidente 
de trabalho. 
O PRIMEIRO FORMATO DE SESMT 
Em 1967 surge através da CLT o Decreto Lei número 229 de 28/0267 cria no Brasil 
o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), e a CIPA 
(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). 
É importante ressaltar que o SESMT era facultativo, não 
existia obrigatoriedade e o país não tinha condições nem intenção 
de fiscalizar. Resultado, nada de concreto aconteceu. 
Em 1972 a Portaria número 3237 de 27/07/72 criou o SESMT obrigatório. Era o fim 
do serviço facultativo e o começo da profissionalização do segmento. Criou-se também os 
cursos de formação, essa fase foi um divisor de águas na história do SESMT. 
LEGISLAÇÕES E MUDANÇAS NO NOME DA PROFISSÃO 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 11 
 
1. SUPERVISOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
1972: Portaria 3.237 MTPS Supervisor de Segurança do Trabalho 140 h Primário 
Fundacentro. 
2. INSPETOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
1976: Parecer 775/76 C.F.E Inspetor de Segurança do Trabalho Fundacentro – 1º 
Grau. 
3. TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
1985: Decreto 92.530 de 09.04.86 Regulamenta a Lei 7.410 e cria a profissão de 
Técnico de Segurança do trabalho – Passa o curso da Fundacentro para o MEC, 
supervisor/inspetor vira TST 
1987: Parecer 632/87 C.F.E regulamenta o curso em nível técnico (passa da 
Fundacentro para o MEC) 
1988: Primeiro curso de TST a ser iniciado no Brasil – Sena Aires 
1999: Técnico em Segurança do Trabalho – Eixo Tecnológico: Ambiente, Saúde e 
Segurança – RESOLUÇÃO CNE/CEB N.º 04/99 Institui as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico 
2012: Resolução CNE/CEB nº. 04/12 – Eixo Tecnológico: Segurança 
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO 
 
A profissão é regulamentada pela Lei número 7.410, de 27 de Novembro de 1985. 
Em 1986 – A Lei n° 9235 de 09/04/86 regulamentou a categoria de Técnico de Segurança 
do Trabalho. Que na década de 50 eram chamados de “Inspetores de Segurança”. 
Durante o crescimento industrial o Brasil se via na vergonhosa posição de campeão 
de acidentes de trabalho. Nesse senário e a título de emergência a função Inspetor de 
Segurança foi criada. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 12 
 
O curso de formação a princípio ministrado diretamente pela Fundacentro. O curso 
era feito presencialmente com carga horária de 100 horas. A apostila tinha mais de 200 
páginas, muitos ex-Inspetores ainda possuem a apostila até hoje. 
Logo depois o Ministério do Trabalho autorizou que instituições de ensino 
ministrassem o curso de formação. A Fundacentro tinha a missão de supervisioná-los. 
Mesmo assim, os cursos de formação na Fundacentro existiram até 1986. 
No sistema Federal de Ensino, a Escola Técnica Federal de Pernambuco oferece o 
Curso de Inspetor de Segurança do Trabalho, somente a partir de 1975. 
Em 1976, oConselho Federal de Educação pronuncia-se a favor da habilitação de 
Inspetor de Segurança do Trabalho. Atende proposta da FUNDACENTRO,por intermédio 
do Parecer n° 775/76. 
Mais tarde, em 1980, o Conselho Federal de Educação permite que as escolas 
registrem os diplomas no MEC mesmo sem serem conveniadas com a FUNDACENTRO. E 
elimina a exigência de que a instituição de ensino tenha convênio com a FUNDACENTRO. 
O incentivo do governo cria uma onda de novos cursos pelo Brasil cerca de 100.000 
profissionais são formados entre 1974 e 1985. 
Os recém formados reclamam de pouco 
conhecimento. Na época o governo legaliza o exercício da 
profissão de Técnico de Segurança do Trabalho apenas 
aos portadores de certificados obtidos em sistemas de 
ensino de 2º grau (atual ensino médio), os que foram 
formados em caráter prioritário no período entre 1972 e 
1985, e também os que possuem registro profissional no 
Ministério do Trabalho. 
Em 1985 a profissão finalmente foi regulamentada pela Lei n° 7.410, de 27 de 
novembro do mesmo ano, e Decreto n° 92.350, de 09 de abril de 1986, sendo denominada 
“Técnico de Segurança do Trabalho”. A criação da Lei unifica e corrige desequilíbrios e 
outros erros da formação do profissional. Os cursos que tinha caráter precário são também 
normatizados e com isso eleva-se o nível da instrução dos profissionais da área. 
 
CONCLUSÃO 
Assim nasceu essa categoria tão importante. Foi importante até mesmo para a 
criação do SESMT. O Técnico de Segurança é o único especialista de fato dentro do 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 13 
 
SESMT. É o único formado desde o início para atuar em Segurança do Trabalho. O foco 
preventivo é o traço mais marcante do profissional. 
Esse foi apenas um breve resumo sobre a história da profissão Técnico de 
Segurança do Trabalho. Veja o quanto ele é importante em “A importância da Segurança 
do Trabalho” 
 
O que é Segurança do Trabalho ? 
 
Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são 
adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como 
proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, 
Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, 
Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e 
Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 14 
 
Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, 
Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. 
 
O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe 
multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais 
formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança e Medicina do Trabalho. 
 
Também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças 
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a 
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
 
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. 
 
No Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas 
Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, como 
portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional 
do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. 
 
 
Onde atua o profissional de Segurança do Trabalho? 
 
O profissional de Segurança do Trabalho tem uma área de atuação bastante ampla. 
 
Ele atua em todas as esferas da 
sociedade onde houver trabalhadores. Em geral 
ele atua em fábricas de alimentos, construção 
civil, hospitais, empresas comerciais e 
industriais, grandes empresas estatais, 
mineradoras e de extração. Também pode atuar 
na área rural em empresas agroindustriais. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 15 
 
 
O que faz o profissional de Segurança do Trabalho? 
 
O profissional de Segurança do Trabalho atua conforme sua formação, quer seja ele 
médico, técnico, enfermeiro ou engenheiro. O campo de atuação é muito vasto. Em geral o 
engenheiro e o técnico de segurança atuam em empresas organizando programas de 
prevenção de acidentes, orientando a CIPA, os trabalhadores quanto ao uso de 
equipamentos de proteção individual, elaborando planos de prevenção de riscos 
ambientais, fazendo inspeção de segurança, laudos técnicos e ainda organizando e dando 
palestras e treinamento. Muitas vezes esse profissional também é responsável pela 
implementação de programas de meio ambiente e ecologia na empresa. 
 
O médico e o enfermeiro do trabalho dedicam-se a parte de saúde ocupacional, 
prevenindo doenças, fazendo consultas, tratando ferimentos, ministrando vacinas, fazendo 
exames de admissão e periódicos nos empregados. 
 
 
O que exatamente faz cada um dos profissionais de Segurança do Trabalho? 
 
A seguir a descrição das atividades dos profissionais de Saúde e Segurança do 
Trabalho, de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO. 
 
Engenheiro de Segurança do Trabalho - CBO 0-28.40 
 
 
 
 
 
 Assessora empresas industriais e de outro gênero em assuntos relativos à 
segurança e higiene do trabalho, examinando locais e condições de trabalho, 
instalações em geral e material, métodos e processos de fabricação adotados 
pelo trabalhador, para determinar as necessidades dessas empresas no 
campo da prevenção de acidentes; 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 16 
 
 Inspeciona estabelecimentos fabris, comerciais e de outro gênero, verificando 
se existem riscos de incêndios, desmoronamentos ou outros perigos, para 
fornecer indicações quanto às precauções a serem tomadas; 
 Promove a aplicação de dispositivos especiais de segurança, como óculos de 
proteção, cintos de segurança, vestuário especial, máscara e outros, 
determinando aspectos técnicos funcionais e demais características, para 
prevenir ou diminuir a possibilidade de acidentes; 
 Adapta os recursos técnicos e humanos, estudando a adequação da máquina 
ao homem e do homem à máquina, para proporcionar maior segurança ao 
trabalhador; 
 Executa campanhas educativas sobre prevenção de acidentes, organizando 
palestras e divulgações nos meios de comunicação, distribuindo publicações 
e outro material informativo, para conscientizar os trabalhadores e o público, 
em geral; 
 Estuda as ocupações encontradas nuns estabelecimentos fabris, comerciais 
ou de outro gênero, analisando suas características, para avaliar a 
insalubridade ou periculosidade de tarefas ou operações ligadas à execução 
do trabalho; 
 Realiza estudos sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais, 
consultando técnicos de diversos campos, bibliografia especializada, 
visitando fábricas e outros estabelecimentos,para determinaras causas 
desses acidentes e elaborar recomendações de segurança. 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - CBO 0-39.45 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 17 
 
 Inspeciona locais, instalações e equipamentos da empresa, observando as 
condições de trabalho, para determinar fatores e riscos de acidentes; 
estabelece normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais 
modificações nos equipamentos e instalações e verificando sua observância, 
para prevenir acidentes; 
 Inspeciona os postos de combate a incêndios, examinando as mangueiras, 
hidrantes, extintores e equipamentos de proteção contra incêndios, para 
certificar-se de suas perfeitas condições de funcionamento; 
 Comunica os resultados de suas inspeções, elaborando relatórios, para 
propor a reparação ou renovação do equipamento de extinção de incêndios e 
outras medidas de segurança; 
 Investiga acidentes ocorridos, examinando as condições da ocorrência, para 
identificar suas causas e propor as providências cabíveis; 
 Mantém contatos com os serviços médico e social da empresa ou de outra 
instituição, utilizando os meios de comunicação oficiais, para facilitar o 
atendimento necessário aos acidentados; 
 Registra irregularidades ocorridas, anotando-as em formulários próprios e 
elaborando estatísticas de acidentes, para obter subsídios destinados à 
melhoria das medidas de segurança; 
 Instrui os funcionários da empresa sobre normas de segurança, combate a 
incêndios e demais medidas de prevenção de acidentes, ministrando 
palestras e treinamento, para que possam agir acertadamente em casos de 
emergência; 
 Coordena a publicação de matéria sobre segurança no trabalho, preparando 
instruções e orientando a confecção de cartazes e avisos, para divulgar e 
desenvolver hábitos de prevenção de acidentes; 
 Participa de reuniões sobre segurança no trabalho, fornecendo dados 
relativos ao assunto, apresentando sugestões e analisando a viabilidade de 
medidas de segurança propostas, para aperfeiçoar o sistema existente. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 18 
 
 
Médico do Trabalho - CBO - 0-61.22 
 
 
 
 
 
 Executa exames periódicos de todos os empregados ou em especial 
daqueles expostos a maior risco de acidentes do trabalho ou de doenças 
profissionais, fazendo o exame clínico e/ou interpretando os resultados de 
exames complementares, para controlar as condições de saúde dos mesmos 
a assegurar a continuidade operacional e a produtividade; 
 Executa exames médicos especiais em trabalhadores do sexo feminino, 
menores, idosos ou portadores de subnormalidades, fazendo anamnese, 
exame clínico e/ou interpretando os resultados de exames complementares, 
para detectar prováveis danos à saúde em decorrência do trabalho que 
executam e instruir a administração da empresa para possíveis mudanças de 
atividades; 
 Faz tratamento de urgência em casos de acidentes de trabalho ou alterações 
agudas da saúde, orientando e/ou executando a terapêutica adequada, para 
prevenir consequências mais graves ao trabalhador; 
 Avalia, juntamente com outros profissionais, condições de insegurança, 
visitando periodicamente os locais de trabalho, para sugerir à direção da 
empresa medidas destinadas a remover ou atenuar os riscos existentes; 
 Participa, juntamente com outros profissionais, da elaboração e execução de 
programas de proteção à saúde dos trabalhadores, analisando em conjunto 
os riscos, as condições de trabalho, os fatores de insalubridade, de fadiga e 
outros, para obter a redução de absenteísmo e a renovação da mão-de-obra; 
 Participa do planejamento e execução dos programas de treinamento das 
equipes de atendimento de emergências, avaliando as necessidades e 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 19 
 
ministrando aulas, para capacitar o pessoal incumbido de prestar primeiros 
socorros em casos de acidentes graves e catástrofes 
 Participa de inquéritos sanitários, levantamentos de doenças profissionais, 
lesões traumáticas e estudos epidemiológicos, elaborando e/ou preenchendo 
formulários próprios e estudando os dados estatísticos, para estabelecer 
medidas destinadas a reduzir a morbidade e mortalidade decorrentes de 
acidentes do trabalho, doenças profissionais e doenças de natureza não-
ocupacional; 
 Participa de atividades de prevenção de acidentes, comparecendo a reuniões 
e assessorando em estudos e programas, para reduzir as ocorrências de 
acidentes do trabalho; 
 Participa dos programas de vacinação, orientando a seleção da população 
trabalhadora e o tipo de vacina a ser aplicada, para prevenir moléstias 
transmissíveis; 
 Participa de estudos das atividades realizadas pela empresa, analisando as 
exigências psicossomáticas de cada atividade, para elaboração das análises 
profissiográficas; 
 Procede aos exames médicos destinados à seleção ou orientação de 
candidatos a emprego em ocupações definidas, baseando-se nas exigências 
psicossomáticas das mesmas, para possibilitar o aproveitamento dos mais 
aptos; 
 Participa da inspeção das instalações destinadas ao bem-estar dos 
trabalhadores, visitando, juntamente com o nutricionista, em geral (0-68.10), e 
o enfermeiro de higiene do trabalho (0 -71.40) e/ou outros profissionais 
indicados, o restaurante, a cozinha, a creche e as instalações sanitárias, para 
observar as condições de higiene e orientar a correção das possíveis falhas 
existentes. Pode participar do planejamento, instalação e funcionamento dos 
serviços médicos da empresa. Pode elaborar laudos periciais sobre acidentes 
do trabalho, doenças profissionais e condições de insalubridade. Pode 
participar de reuniões de órgãos comunitários governamentais ou privados, 
interessados na saúde e bem-estar dos trabalhadores 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 20 
 
 Pode participar de congressos médicos ou de prevenção de acidentes e 
divulgar pesquisas sobre saúde ocupacional. 
 
Enfermeiro do Trabalho CBO - 0-71.40 
 
 
 
 
 
 Estuda as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando 
observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para 
identificar as necessidades no campo da segurança, higiene e melhoria do 
trabalho; 
 Elabora e executa planos e programas de proteção à saúde dos empregados, 
participando de grupos que realizam inquéritos sanitários, estudam as causas 
de absenteísmo, fazem levantamentos de doenças profissionais e lesões 
traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados 
estatísticos de morbidade e mortalidade de trabalhadores, investigando 
possíveis relações com as atividades funcionais, para obter a continuidade 
operacional e aumento da produtividade; 
 Executa e avalia programas de prevenções de acidentes e de doenças 
profissionais ou não-profissionais, fazendo análise da fadiga, dos fatores de 
insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho do menor e da mulher, 
para propiciar a preservação de integridade física e mental do trabalhador; 
 Presta primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou 
doença, fazendo curativos ou imobilizações especiais, administrando 
medicamentos e tratamentos e providenciando o posterior atendimentomédico adequado, para atenuar consequências e proporcionar apoio e 
conforto ao paciente; 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 21 
 
 Elabora e executa ou supervisiona e avalia as atividades de assistência de 
enfermagem aos trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento 
ambulatorial, no local de trabalho, controlando sinais vitais, aplicando 
medicamentos prescritos, curativos, instalações e teses, coletando material 
para exame laboratorial, vacinações e outros tratamentos, para reduzir o 
absenteísmo profissional; organiza e administra o setor de enfermagem da 
empresa, provendo pessoal e material necessários, treinando e 
supervisionando auxiliares de enfermagem do trabalho, atendentes e outros, 
para promover o atendimento adequado às necessidades de saúde do 
trabalhador; 
 Treina trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material 
adequado ao tipo de trabalho, para reduzir a incidência de acidentes; 
 Planeja e executa programas de educação sanitária, divulgando 
conhecimentos e estimulando a aquisição de hábitos sadios, para prevenir 
doenças profissionais, mantendo cadastros atualizados, a fim de preparar 
informes para subsídios processuais nos pedidos de indenização e orientar 
em problemas de prevenção de doenças profissionais. 
 
 
 
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 Desempenha tarefas similares às que realiza o auxiliar de enfermagem, em 
geral (5-72.10), porém atua em dependências de fábricas, indústrias ou 
outros estabelecimentos que justifiquem sua presença. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 22 
 
 O profissional Auxiliar de Enfermagem do Trabalho é o Técnico em 
Enfermagem, com especialização na área, que pertence aos Serviços 
Especializados em Medicina do Trabalho com a finalidade de promover a 
Saúde e proteger a integridade do trabalhador no “local de trabalho”, 
participando da equipe multiprofissional da empresa. Trabalha sob a 
supervisão da Enfermeira do Trabalho, em atendimento ambulatorial, 
integrando a equipe de Higiene e Segurança do Trabalho e Medicina 
Ocupacional. Além das funções do Auxiliar de Enfermagem, atua 
especificamente nas seguintes áreas:
 Atendimento ao trabalhador 
 Exames pré-admissionais 
 Atendimento a pequenos 
curativos 
 Coleta de material 
 Encaminhamento de 
exames laboratoriais 
 Preparo do trabalhador para 
exame médico 
 Verificação de sinais vitais 
 Diálogo de segurança 
 Preparo de materiais e 
equipamentos 
 Preparo de relatórios de sua 
competência profissional 
 Controle, preparo e 
esterilização de 
equipamento
 *Fonte: Código Brasileiro de Ocupação - CBO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 23 
 
ACIDENTES – Classificação, causas consequências 
 
Infelizmente, as estatísticas oficiais ainda 
não quantificam, adequadamente, a ocorrência 
anual de acidentes do trabalho no Brasil. 
 
A principal riqueza de uma Nação são os seus recursos humanos. Como 
consequência irrefutável, o bem-estar físico e mental do elemento humano é fator básico 
para o desenvolvimento sócio-econômico de um país. Enfocando o caso específico do 
Brasil, o acidente do trabalho representa um grande mal: anualmente ceifa milhares de 
vidas e deixa dezenas de milhares de incapacitados permanentes; causa grandes 
problemas de ordem social e acarreta prejuízos que atingem 
algumas centenas de milhões de Reais o que significa um ônus 
por demais pesado para nosso país. 
 
 
 
 O que é ACIDENTE ? 
 
Se procurarmos num dicionário poderemos encontrar: 
“Acontecimento imprevisto , casual , que resulta em ferimento , 
dano , estrago , prejuízo, avaria , ruína , etc.” 
 
 
Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores, entre os 
quais se destacam as falhas humanas e falhas materiais. 
Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem 
acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de 
um lado para o outro, para cumprir nossas obrigações diárias. 
Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles 
ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 24 
 
 
 
ACIDENTE DE TRABALHO – Conceito Legal 
 
Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que ocorre 
pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos 
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho". 
 Ao lado da conceituação acima, de acidente de trabalho típico, por expressa 
determinação legal, as doenças profissionais e/ou ocupacionais equiparam-se a acidentes 
de trabalho. Os incisos do art. 20 da Lei nº 8.213/91 as conceitua: 
 - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação 
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; 
 - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função 
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, 
constante da relação mencionada no inciso I. 
 Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º do 
mencionado artigo da Lei nº 8.213/91 estabelece que, "em caso excepcional, constatando-
se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das 
condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a 
Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho". 
 O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja 
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua 
recuperação; 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de: 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 25 
 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro 
de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada 
ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro 
de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de 
força maior; 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de 
sua atividade; 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
a) na execuçãode ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo 
ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por 
esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente 
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer 
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação 
de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é 
considerado no exercício do trabalho. 
 Esses acidentes não causam repercussões apenas de ordem jurídica. Nos 
acidentes menos graves, em que o empregado tenha que se ausentar por período inferior 
a quinze dias, o empregador deixa de contar com a mão de obra temporariamente 
afastada em decorrência do acidente e tem que arcar com os custos econômicos da 
relação de empregado. O acidente repercutirá ao empregador também no cálculo do Fator 
Acidentário de Prevenção - FAP da empresa, nos termos do art. 10 da Lei nº 10.666/2003. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 26 
 
 Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. Incumbe ao 
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS administrar a prestação de benefícios, tais 
como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e 
pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Estima-se que a Previdência 
Social gastou, só em 2010, cerca de 17 bilhões de reais com esses benefícios. 
 
 
 
“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho 
a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional 
que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, 
permanente ou temporária...”. 
 
 
 Conceito Prevencionista 
Acidente do Trabalho: ocorrência imprevista e indesejável, 
instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de 
que resulta ou possa resultar lesão pessoal. (NBR 14280:2001) 
É toda a ocorrência estranha ao andamento do trabalho e não 
programada, da qual pode resultar danos físicos, funcionais ou 
morte ao trabalhador e danos materiais e econômicos à 
empresa. (Prática da Prevenção de Acidentes – Álvaro Zocchio) 
 
Classificação do acidente de trabalho 
 
 Acidentes Típicos 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 27 
 
É todo acidente com ou sem lesão, ocorrido no local e no horário de trabalho a serviço da 
empresa ou em condições especiais de execução de tarefas a serviço da empresa, exceto 
os de trajeto. 
 
 Acidentes de Trajeto 
 É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o 
trabalho ou deste para aquela. 
 
Acidentes Devidos à Doença do Trabalho 
 São os acidentes ocasionados por qualquer tipo de doença profissional 
peculiar a determinado ramo de atividade constante na tabela da Previdência 
Social. 
 
Lesão corporal 
 É qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por 
exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro. 
 
Perturbação funcional 
 É o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Por exemplo, a 
perda da visão, provocada por uma pancada na cabeça, caracteriza uma 
perturbação funcional. 
 *FONTE:Manual de Formação: Higiene e Segurança no Trabalho - Programa Formação PME6/45 
 
 
Doença profissional também é acidente do trabalho? 
 
Doenças profissionais 
 São aquelas que são adquiridas na sequência do exercício do trabalho em si. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 28 
 
 
Doenças do trabalho 
 São aquelas decorrentes das condições especiais em que o trabalho é 
realizado. Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando 
delas decorrer a incapacidade para o trabalho. 
 
Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contagio com colegas de trabalho. 
Essa doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada 
doença profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção. 
Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação 
acidental, no exercício de sua atividade, temos aí um caso equiparado a um acidente de 
trabalho. 
Por exemplo, se operador de um banho de decapagem se queima com ácido ao 
encher a tina do banho ácido isso é um acidente do trabalho. Noutro caso, se um 
trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem proteção auditiva adequada, 
submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma grande 
prensa, isso caracteriza igualmente uma doença de trabalho. Um acidente de trabalho 
pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por algumas horas, o que é 
chamado de acidente sem afastamento. É que ocorre, por exemplo, quando o acidente 
resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho em seguida. 
Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas 
atividades por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador 
acidentado não retornar ao trabalho imediatamente ou até no dia seguinte, temos o 
chamado acidente com afastamento, que pode resultar na incapacidade temporária, ou na 
incapacidade parcial e permanente, ou, ainda, na incapacidade total e permanente para o 
trabalho. 
 
 A incapacidade temporária: É a perda da capacidade para o trabalho por 
um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas 
atividades normais. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 29 
 
 
 A incapacidade parcial e permanente: É a diminuição, por toda vida, da 
capacidade física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, 
quando ocorre a perda de um dedo ou de uma vista. 
 
 Incapacidade total e permanente: É a invalidez incurável para o trabalho. 
Neste último caso, o trabalhador não reúne condições para trabalhar o que 
acontece, por exemplo, se um trabalhador perde as duas vistas num acidente 
do trabalho. Nos casos extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador. 
 
 
Um trabalhador desvia sua atenção do trabalho por fração de 
segundo, ocasionando um acidente sério. Além do próprio 
trabalhador são atingidos mais dois colegas que trabalham ao seu 
lado. O trabalhador tem de ser removido urgentemente para o hospital 
e os dois outros trabalhadores envolvidos são atendidos no 
ambulatório da empresa. Um equipamento de fundamental 
importância é paralisado em consequência do dano em algumas 
peças da máquina. O equipamento parado é uma guilhotina que corta 
a matéria-prima para vários setores de produção. 
 
 
 
INCIDENTE - Nos conceitos 
prevencionistas, considera-se incidente, todo 
acidente sem lesão física, sendo que esta 
conceituação permite a análise de todos os 
acidentes ocorridos, para que possamos 
descobrir as verdadeiras causas e as 
consequentes medidas de prevenção. 
 
O acidente de trabalho deve-se principalmente a duas causas: 
 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 30 
 
I. ATO INSEGURO 
 
É o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está 
contra as normas de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem 
cinto de segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos 
molhadas e dirigir a altas velocidades. 
 
PORTANTO, ATO INSEGURO É TODA CONDUTA OU COMPORTAMENTO, QUE 
GERA DE UMA DECISÃO DESNECESSÁRIA A OCORRÊNCIAS DE ACIDENTES. 
 
 
II. CONDIÇÃO INSEGURA 
 
É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. 
São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, 
máquinas em estado precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos 
com materiais inadequados. 
 
Fator pessoal de insegurança - É a causa relativa ao 
comportamento humano individual e característico, que propicia a 
ocorrência de acidentes. 
Exemplo: Doenças na família, excesso de horas trabalhadas, 
problemas conjugais, etc. 
 
Em um passado não muito distante, a responsabilidade do acidente do trabalho era 
colocada nos trabalhadores, através dos atos inseguros, essa tendência acabou criando 
uma “consciência culposa” nos mesmos, pois era comum a negligência, o descuido, a 
facilitação e o excesso de confiança serem apontados como causas dos acidentes. 
Atualmente com o avanço e a socialização das técnicas prevencionistas o que 
queremos é apurar quais são as verdadeiras causas e não os culpados pelos acidentes do 
trabalho, portanto, não é que não exista o ato inseguro e a condição insegura, mas o que 
precisamos é compreendê-los melhor. 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 31 
 
 
Eliminando-se as Condições Inseguras e os Atos Inseguros 
é possível reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais. 
Esse é o papel da Segurança do Trabalho. 
 
 
O acidente de trabalho e suas consequências 
 
 
 
PARA O ACIDENTADO 
 
PARA A FAMÍLIA 
 
PARA A EMPRESA 
 ferimento do funcionário; 
 incapacidade para o 
trabalho; 
 dificuldades financeiras; 
 problemas na ordem 
psicológica; 
 agravamento das relações 
familiares; 
 depressão, 
 angustia. 
 Despeça com transporte 
do acidentado 
 prejuízos financeiros e 
econômicos para a 
empresa; 
 troca de funcionários no 
setor; 
 perda e atraso da 
produção; 
 quebra de máquinas; 
 custo com formulários; 
 custo com atendimento 
médico; 
 custo com advogados e 
assistentes técnicos em 
reclamações judiciais; 
 custo com a investigação; 
 entre outros. 
 Aumento dos custos do 
INSS; 
 Aumento do nº de 
benefícios Concedidos 
pelo INSS; 
 Aumento do nº de 
pessoas nos hospitais 
 Aumento dos índices de 
Acidentes do Trabalho, 
má reputação para o país; 
 Aumento de casos de 
reclamações judiciais, 
 gerando mais gastos para 
o serviço público; 
 Aumento da taxa de 
cobrança do valor do 
INSS descontados dos 
trabalhadores 
(obrigatório); 
 entre outros.. 
 
 
Portanto, qualquer acidente do trabalho acarreta prejuízos para o acidentado, para a 
empresa, para a Nação. 
Se encararmos o acidente do ponto de vista prevencionista (onde não há 
necessidade de efeito lesivo ao trabalhador em virtude da ocorrência), simples perda de 
tempo para normalizar a situação já representa um custo. Por exemplo, a queda de um 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 32 
 
fardo de algodão mal armazenado, em princípio, teria como consequências: o empregado 
encarregado do rearmazenagem despendera esforço para o trabalho, inclusive passando 
pelo risco inerente a atividade, desnecessário se o armazenamento inicial tivesse feito 
corretamente; O empregador pagará duas vezes pelo serviço armazenagem; há perda de 
produção pela necessidade de execução do serviço varia vezes. 
Se, no exemplo anterior, um trabalhador for atingido 
pelo fardo e necessitar de um afastamento temporário para 
recuperação, cita-se como consequência: o operário ficara 
prejudicado em sua saúde; o empregador arcara com as 
despesas do salário do acidentado, do dia do acidente e dos 
seguintes 15 (quinze) dias; a empresa seguradora (no caso o 
INSS) pagará as despesas de atendimento médico e os 
salários a partir do 15º dia até o retorno do acidentado ao 
trabalho normal. 
Percebe-se que o próprio país é afetado com todo o conjunto de efeitos negativos 
dos acidentes do trabalho. 
Um acidente do trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas 
por algumas horas, o que é chamado de acidente sem afastamento. É o que ocorre, por 
exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna 
ao trabalho em seguida. Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de 
realizar suas atividades por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o 
trabalhador acidentado não retornar ao trabalho imediatamente ou até na jornada seguinte, 
temos o chamado acidente com afastamento, que pode resultar na incapacidade 
temporária, ou na incapacidade parcial e permanente, ou, ainda, na incapacidade total e 
permanente para o trabalho. 
A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período 
limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais. 
A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida, da capacidade 
física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um 
dedo ou de uma vista. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 33 
 
A incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse caso, o trabalhador não tem mais condições para trabalhar. É o que 
acontece, por exemplo, se um trabalhador perde as duas vistas em um acidente do 
trabalho. Nos casos extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador. 
Percebe-se que os danos causados pelos acidentes são sempre bem maiores do 
que se imagina à primeira vista. Há diversos custos que o próprio bom-senso facilmente 
determina. Outros, porém, além de não serem identificados na totalidade, quando o são, 
tornam-se de difícil mensuração. 
Segundo, César P. S. Machado Jr., “o empregador tem responsabilidade ampla 
quanto à integridade física de seu empregado, que extrapola os limites da 
responsabilidade derivada do contrato de trabalho, alcançando a responsabilidade pela 
reparação de danos patrimoniais ou morais advindos” (MACHADO, 1999, p.53). 
A responsabilidade do empregador não se resume ao contrato de trabalho, nesse 
sentido temos o seguinte acórdão do Tribunal de Minas Gerais: 
Indenização – acidente de trabalho – redução da capacidade – 
danos morais e matérias – culpa recíproca. O rebaixamento de função com 
a consequente redução de salário, em decorrência de acidente de trabalho 
que tornou o empregado inabilitado para o exercício da atividade laborativa 
anteriormente desempenhada, acarreta para o empregador obrigação de 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 34 
 
indenização por danos morais e matérias, na proporção de sua culpa, por 
se tratar de indenização de direito comum, sendo admissível a culpaconcorrente se para o evento danoso contribuiu o trabalhador. (apelação 
civil n 1983777 Relator Juiz Tenisson Fernandes). 
No que tange a responsabilidade civil e criminal no acidente de trabalho não se 
pretende despertar para os cuidados para com a segurança apenas porque há o risco de 
uma penalização ao infrator, mas que se tenha essa obrigação porque se está lidando com 
o homem, com o cidadão que deve ter seus direitos individuais respeitados. Cada 
trabalhador deve ser exemplo no trato dessa questão, zelando não só pela sua saúde 
física e mental, mas também pela de seus colegas, pautando por atitudes prevencionistas, 
que considerem o homem, na prática, como o "verdadeiro patrimônio" da empresa. 
Logo, concluímos que o risco de acidentes é inerente à própria atividade do 
trabalhador. Na verdade não existe fórmula capaz de eliminar, radicalmente, os riscos de 
acidentes no trabalho, aqui também compreendidas as doenças ocupacionais, cujas 
causas sejam as condições adversas enfrentadas na atividade laboral. O que a sociedade 
pode e deve fazer é adotar medidas de higiene e segurança que resguardem, o mais 
possível, a vida e a saúde do trabalhador. 
Diante do exposto, não resta dúvida da necessidade de buscar medidas que tenha 
por finalidade prevenir os Acidentes de Trabalho, pois, como já foi demonstrando, os 
reflexos dos acidentes de trabalho incidem sobre diversas áreas da sociedade. 
Desta forma não se deve despertar para os cuidados para com a segurança apenas 
porque há o risco de uma penalização ao infrator, mas que se tenha essa obrigação 
porque se está lidando com o homem, com o cidadão que deve ter seus direitos individuais 
respeitados. Cada trabalhador deve ser exemplo no trato dessa questão, zelando não só 
pela sua saúde física e mental, mas também pela de seus colegas. 
ESTUDO DAS CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO: 
CONDIÇÃO INSEGURA, ATO INSEGURO e FATORES PESSOAIS. 
 
A. ACIDENTE 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 35 
 
1- Acidente do Trabalho: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea 
ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulta ou possa resultar 
lesão pessoal. (NBR 14280:2001) 
 
2- Conceito Prevencionista: é toda a ocorrência estranha ao andamento 
do trabalho e não programada, da qual pode resultar danos físicos, funcionais ou 
morte ao trabalhador e danos materiais e econômicos à empresa. (Prática da 
Prevenção de Acidentes – Álvaro Zocchio) 
 
3- Incidente ou quase acidente: ocorrência com potencial de causar 
danos a alguém ou alguma coisa, mas que nenhum dano visível ou mensurável 
ocasionou. (NBR 14280:2001). Evento que deu origem a um acidente ou que tinha 
o potencial de levar a um acidente.(OHSAS 18001:1999) 
 
4- Acidente Impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir 
acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal. 
(NBR 14280: 2001). (Quadro 2 – pág. 15 e 16) 
 
5- Acidente Pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir 
acidentado. (NBR 14280:2001). (Quadro 3 – pág. 17 a 19) 
 
Na caracterização de acidente impessoal é necessário considerar-se que, muitas 
vezes, um acidente impessoal gera outro acidente impessoal, que, por sua vez, pode 
gerar outro acidente impessoal e assim por diante, sendo cada um desses acidentes 
impessoais capaz de gerar mais acidentes pessoais. 
Exemplo: um galpão que armazena inflamáveis, atingido por um raio (primeiro 
acidente impessoal) incendeia-se (segundo acidente impessoal) e, em virtude desse 
incêndio, cai a rede elétrica externa (terceiro acidente impessoal), atingindo alguém 
(acidente pessoal) que sofre choque elétrico (lesão pessoal). 
 
O acidente impessoal não pode ser considerado causador direto da lesão 
pessoal. Há sempre, entre eles e a lesão um acidente pessoal intermediário, como 
mostram os exemplos a seguir: 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 36 
 
 
Acidente Impessoal Acidente Pessoal Lesão Pessoal 
Queda de objeto Impacto sofrido pela pessoa Fratura 
 
Explosão de caldeira Contato com objeto ou substância a 
temperatura elevada (vapor) 
Queimadura 
Explosão de caldeira Impacto sofrido por pessoa de 
fragmento de caldeira 
Fratura 
Explosão de caldeira Nenhum Nenhuma 
 
Inundação Imersão Afogamento 
 
Inundação Picada de cobra Envenenamento 
 
Inundação Contato com condutor elétrico Choque elétrico 
 
 
 
B. CAUSAS DOS ACIDENTES 
 
1. Condição Ambiente de Insegurança (condição ambiente): condição do 
meio que causou o acidente ou contribuiu para sua ocorrência. (NBR 14280:2001). 
 
Condições Inseguras apresentam-se como deficiências técnicas na: 
a) Construção e instalações: em que se localiza a empresa: áreas 
insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta 
de ordem e de limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta 
de sinalização, piso escorregadio, buracos, saliências, plataforma sem 
corrimão, sem rodapé (falha de projeto) iluminação inadequada (falta e 
excesso), ventilação inadequada, etc; 
 
b) Maquinaria: localização imprópria das máquinas, falta de 
proteção em partes móveis polias, engrenagens e pontos de agarramento, 
máquinas apresentado defeitos, falta de dispositivos de segurança, etc; 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 37 
 
 
c) Proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente 
ausente, roupas não apropriadas, calçados impróprios, equipamento de 
proteção com defeito. 
 
d) Elaboração e redação de procedimentos e normas de trabalho. 
 
e) Execução de ordens advindas de superior, mesmo que 
informalmente. 
 
Estas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos 
acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são 
provocados por haver condições e atos inseguros ao mesmo tempo. 
 
2. Ato Inseguro: ação ou omissão que, contrariando preceito de 
segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente. (NBR 14280:2001). 
Eles podem ser: 
 
Conscientes - as pessoas sabem que estão se expondo ao perigo; 
 
Inconscientes - as pessoas desconhecem o perigo a que se expõem; 
 
Circunstancial – as pessoas podem conhecer ou desconhecer o perigo, mas 
algo mais forte as leva a prática da ação insegura. Exemplos: tentativa de salvar 
alguém em situação perigosa, tentativa de evitar algum prejuízo à empresa; ou 
mesmo fazer algo errado por pressão da chefia. 
 
Quanto à ação perigosa das pessoas, nada muda nos três exemplos; o que 
diferencia um dos outros é o estado de consciência das pessoas ou o motivo que as 
levou a praticar o ato inseguro. Convém não confundir, no caso, ato com atitude. 
Atitude é a decisão mental de praticar a ação física que aproxima as pessoas do 
perigo. 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 38 
 
Alguns atos inseguros destacam-se entre os catalogados como mais 
frequentes, embora a maior evidência de um ou de outro varie de empresa para 
empresa. Os mais conhecidos são: 
 Ficar junto ou sob cargas suspensas 
 Colocar parte do corpo em lugar perigoso 
 Usar máquinas sem habilitação ou autorização 
 Imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga 
 Lubrificar, ajustar e limpar máquinas em movimento 
 Improvisação ou mau emprego deferramentas manuais 
 Uso de dispositivo de segurança inutilizados 
 Não usar proteções individuais 
 Uso de roupas inadequadas ou acessórios desnecessários 
 Manipulação insegura de produtos químicos 
 Transportar ou empilhar inseguramente 
 Fumar ou usar chamas em lugares indevidos 
 Tentativa de ganhar tempo 
 Brincadeiras e Exibicionismo 
 
Na caracterização do ato inseguro deve-se levar em consideração o seguinte: 
a) o ato inseguro pode ser algo que a pessoa fez quando não deveria fazer ou 
deveria fazer de outra maneira, ou, ainda, algo que deixou de fazer quando deveria ter 
feito; 
 
b) o ato inseguro tanto pode ser praticado pelo próprio acidentado como por 
terceiros; 
 
c) a pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo 
inseguramente; 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 39 
 
d) quando o risco já vinha existindo por certo tempo, anteriormente a ocorrência do 
acidente – sendo razoável esperar-se que durante esse tempo a administração o 
descobrisse e eliminasse – o ato que criou esse risco não deve ser considerado ato 
inseguro, pois o ato inseguro deve estar intimamente relacionado com a ocorrência do 
acidente, no que diz respeito ao tempo; 
 
e) o ato inseguro não significa, necessariamente, desobediência às normas ou 
regras constantes de regulamentos formalmente adotados, mas também se caracteriza 
pela não observância de práticas de segurança tacitamente aceitas. Na sua caracterização 
cabe a seguinte pergunta: nas mesmas circunstâncias, teria agido do mesmo modo uma 
pessoa prudente e experiente? 
 
f) a ação pessoal não deve ser classificada como ato inseguro pelo simples fato de 
envolver risco. Por exemplo: o trabalho com eletricidade ou com certas substâncias 
perigosas envolve riscos óbvios, mas, embora potencialmente perigoso, não deve ser 
considerado, em si, ato inseguro. Será, no entanto, considerado ato inseguro trabalhar com 
eletricidade ou com tais substâncias, sem a observância das necessárias precações; 
 
g) só se deve classificar uma ação pessoal como ato inseguro quando tiver havido 
possibilidade de adotar processo razoável que apresenta menor risco. Por exemplo: se o 
trabalho de uma pessoal exigir a utilização de certa máquina perigosa, não provida de 
dispositivo de segurança, isso não deve ser considerado ato inseguro. Entretanto, será 
considerado ato inseguro a operação da máquina dotada de dispositivo de segurança, 
quando tiver sido esse dispositivo retirado ou neutralizado pelo operador; 
 
h) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de 
suas funções, não devem ser classificados como atos inseguros. Assim, também, 
nenhuma ação realizada em obediência a instruções diretas de supervisor deve ser 
considerada ato inseguro. 
 
3. Fator Pessoal de Insegurança: causa relativa ao comportamento 
humano, que pode levar a ocorrência de acidente ou a prática de ato inseguro. 
(NBR 14280:2001) (Quadro 5 – pág. 36) 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 40 
 
 
Alguns fatores que podem levar os trabalhadores a praticar atos inseguros: 
 
a) Inadaptação entre homem e função por fatores constitucionais. 
Exemplos: sexo (mina); idade (serviços pesados); tempo de reação aos estímulos; 
coordenação motora (deficientes físicos); estabilidade X estabilidade emocional; 
extroversão / introversão (conversa); agressividade; impulsividade, problemas 
neurológicos; nível de inteligência; grau de atenção; percepção; coordenação visual-
motora; voluntariedade (iniciativa). 
 
b. Fatores Circunstanciais: são os fatores que estão influenciando o 
desempenho do indivíduo no momento. Exemplos: problemas familiares; abalos 
emocionais; discussão com colegas; alcoolismo e toxicomania (consumo de drogas); 
grandes preocupações; doença; estado de fadiga. 
 
c. Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los. 
Causados por: seleção ineficaz; falhas de treinamento; falta de treinamento (em 
novatos): negação do risco (quando elevado). 
 
d. Desajustamento: relacionado com certas condições específicas do 
trabalho. Exemplos: problemas com chefia; problemas com os colegas; política 
salarial imprópria; política promocional imprópria; clima de insegurança; pressão por 
produtividade. 
 
e. Personalidade: fatores que fazem parte das características de 
personalidade do trabalhador e que se manifestam por comportamentos impróprios. 
Exemplos: o desleixado; o “machão”; o exibicionista calado; o exibicionista falador; o 
desatento o brincalhão; o negligente; o desleixado; o apressado; o indisciplinado; 
excesso de autoconfiança. 
 
4. Fator Material do agente do Acidente: causa relativa a condição 
ambiental de insegurança que pode levar a ocorrência de acidente ou a sua 
existência. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 41 
 
 falha de projeto; 
 erro ou desvios em instalação (na execução do projeto); 
 falha ou falta de manutenção; 
 desorganização ou indisciplina (indicam incompetência ou desleixo da 
chefia e falta de talento para comando, às vezes imputando pressa ao 
trabalho); 
 falta ou não liberação de verba, recursos (falha nas decisões 
administrativas); 
 desvios e improvisações nos processos (segurança não é envolvida 
nas mudanças no processo produtivo). 
 
O esquema, a seguir, demonstra bem como ocorrem os acidentes, 
suas consequências diretas para sabermos como evita-los 
 
 
 
 
 
 
 IMPESSOAL DANO MATERIAL (ou não) 
 NÀO HÁ VÍTIMA 
 
 FONTE DA LESÃO LESÃO 
 
 
 
 
HOMEM PESSOAL VÍTIMA (acidentado) 
 DANO MATERIAL 
 
 
 
 
 
MEIO FATOR 
 OU AGENTE 
 
 
 
 
 
CAUSAS ACIDENTE CONSEQUÊNCIAS 
FATOR 
PESSOAL DE 
INSEGURANÇA 
FATOR 
MATERIAL 
DO 
AGENTE DO 
ACIDENTE 
 
CONDIÇÃO AMBIENTE 
DE 
INSEGURANÇA 
ATOS 
INSEGUROS 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 42 
 
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO - DEFINIÇÃO, IMPORTÂNCIA, 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO, ESTUDO DE CASO. 
 
 
 
Definição: 
Investigação de Acidentes é um 
processo que se baseia no levantamento de dados e a apuração de fatos que contribuíram 
para a ocorrência do acidente, bem como o estudo e dados para chegar à causa – ou às 
causas – do acidente e analisando estas causas, determinar que medidas preventivas 
devem ser tomadas para evitar a recorrência ou minimizar a probabilidade de novas 
ocorrências semelhantes. 
Importância: 
Ter uma sistemática que nos possibilite a oportunidade de aprender com os 
acidentes, evitando que estes se repitam. Não desejamos os acidentes, mas, uma vez que 
ocorrem, devemos aprender com os mesmos. 
Roteiro Para Investigação de Acidente; 
O processo de investigação deve começar omais cedo possível, após o acidente. 
Isto porque, quaisquer alterações que venham a ser praticadas no cenário do acidente 
podem dificultar as investigações, ou mesmo desvia-la dos rumos mais favoráveis à 
elucidação dos fatos. O ideal é que nada se altere, a não ser em casos inevitáveis, para 
prevenir outras consequências, como estancar um vazamento de produtos perigoso, 
remoção do que ainda poderá cair ou explodir, etc. 
O profissional que investiga um acidente deve sempre usar com cautela as 
informações que recebe, principalmente as primeiras. Não é conveniente formular 
hipóteses sobre as primeiras informações e se deixar emocional por qualquer que seja a 
origem ou o tipo de informação. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 43 
 
Boa parte do sucesso de uma investigação de um acidente depende de quem se 
encarrega dela: do domínio que tem do assunto, da sensibilidade na busca e no uso das 
informações – aceite ou rejeição, da habilidade de comunicação e de envolvimento de 
pessoas que devem participar e fornecer informações. 
Uma habilidade importante do investigador é a de fazer perguntas. Ele deve 
entender, antes de tudo, o sentido que as tradicionais perguntas feitas nas investigações 
em geral tomam nas investigações de acidente de trabalho. São perguntas 
indispensáveis, mas para serem feitas nas oportunidades certas e de maneira a se obter 
respostas satisfatórias. Perguntas que ensejam respostas “sim” ou “não” podem não 
acrescentar dados ou outras informações úteis à investigação e até criar barreiras ou 
constrangimento entre os interlocutores. 
“Quem?” A pergunta refere-se às pessoas ou presumivelmente envolvidas na 
ocorrência: quem se ”acidentou?” Quem mais participava do trabalho? Quem fez isto 
errado ou deixou de fazer? E assim por diante, de acordo com a necessidade ou 
conveniência. 
“O Que?” É muito empregado para esclarecer danos ocasionais pelo acidente ou 
de algo que tenha contribuído para a ocorrência: o que resultou do acidente? O que 
falhou? O que deixou de ser feito ou foi feito errado? Deve estar sempre na mente a 
pergunta: o que teria evitado que o acidente acontecesse? 
“Qual?” Pode substituir as perguntas acima comentadas, por parecerem mais 
claras em certas ocasiões, ou por questão de estilo. Em vez de perguntar: o que faz 
normalmente? Pode-se perguntar: qual a atividade normal dele? Qual foi a parte do corpo 
afetada? Qual a norma de segurança que deixou de ser cumprida? 
“Quando” É a pergunta que procura localizar no tempo os fatores que levaram ao 
desencadeamento do acidente. Ela busca respostas como: foi no dia e hora tal;...Quando 
alimentava a máquina X;... Quando soltava a braçadeira do acoplamento, etc. 
“Onde?” Esta procura localizar o acontecimento no espaço, isto é, onde aconteceu 
o acidente: no prédio ”X", na seção “Y”, na máquina “Z”, no trabalho de..., etc. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 44 
 
“Como” É a pergunta para saber como o acidente aconteceu, ou como 
aconteceram outras coisas que contribuíram para que tenha acontecido. Costuma haver 
divergências entre as versões dos acidentados, de testemunhas, da supervisão e de 
outros. Nenhuma deve ser escolhida como a correta, quando isto acontece. É necessário 
compara-las entre si e com outras informações obtidas e indícios ou evidências 
encontradas no local do acidente. De tudo isso deve sair o “como” definitivo. 
“Por quê” É a pergunta que mais se faz; ela pode ser feita em sequência e para 
esclarecer respostas às outras perguntas. Não há limite para essa pergunta. Ela deve ser 
repetida até que exista algo que possa ser por ela esclarecido. O importante é saber 
coloca-la à medida que cada assunto arrolado na investigação for sendo desenvolvido. 
Quem investiga não deve temer o constrangimento. Deve, isso, sim, perguntar o 
porquê de tudo, de conformidade com a necessidade o a conveniência. Deve, além do 
mais, discutir as respostas quando não as entender ou não forem convincentes e procurar 
não perder a sequenciados “porquês” até estar convencido que chegou ao que desejava. 
Elementos da Vítima 
Estes elementos são fundamentais na investigação, pois, dão pistas das possíveis 
causas do acidente. 
Dados pessoais: Alguns dados referentes ao acidentado e mesmo de outros 
envolvidos na ocorrência mesmo sem sofrer lesão poderão ser úteis no transcorrer da 
investigação e no final para as conclusões. Entre eles, além da identificação funcional do 
empregado estão: idade, tempo de casa, função que exerce e se é especialista no 
assunto, tempo que exerce a função, se tem instruções se segurança para o que faz, etc. 
Agente do Acidente - coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à 
condição ambiente de insegurança, tenha provocado o acidente. (Vide quadro 4 – NBR 
14280:2001, pág. 21 a 34). 
Agente do acidente – Indicar a coisa, substância ou ambiente a que se relaciona a 
condição de insegurança. Não se indica como agente do acidente coisa que, no momento 
do acidente, constituía estrutural e fisicamente, parte de alguma outra, mesmo quando dela 
se projetou ou se destacou imediatamente antes do acidente. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 45 
 
A característica do “agente do acidente” é apresentar condição ambiente de 
insegurança e ter contribuído para a ocorrência do acidente. 
Sua escolha é baseada apenas nesse fato, sem se considerar se provocou ou não 
lesão. 
Notas 
1- A relação entre a condição ambiente de insegurança e o agente e tal 
que, quando as duas classificações são comparadas, a condição 
ambiente indica, necessariamente, o agente do acidente. 
2- O agente do acidente pode ser ou não coincidente com a fonte da 
lesão. As duas classificações são inteiramente independentes uma 
da outra. 
Agente do Acidente e Fonte de Lesão 
Para usar-se a classificação da NBR 14280:2001 é necessário que se tenha pleno 
conhecimento de tudo o que está estabelecido com relação à condição ambiente, agente e 
fonte da lesão. 
A classificação do agente e da fonte da lesão tem normalmente a mesma 
denominação, porém nos casos de diversas manifestações de energia que, classificáveis 
como fonte de lesão, não devem, no entanto, ser consideradas como agente (o agente, 
sempre depende da inexistência de uma condição ambiente de insegurança, é o 
equipamento que libera a referida energia): ou o caso das substâncias ou equipamentos 
emissores das radiações ionizantes que, classificáveis como agente não devem ser 
considerados como fonte da lesão- ex. motor elétrico (AA), energia elétrica (FL); 
equipamento de mergulho (AA), pressão ambiente anormal (FL); equipamento de raio X 
(AA), radiação ionizante (FL); lixadeira (AA), ruído (FL). 
Fonte da Lesão – coisa, substância, energia ou movimento do corpo que 
diretamente provocou a lesão. (Vide quadro 4 – NBR 14280:2001, pág. 21 a 34) 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 46 
 
Se uma lesão resultar do contato violento com dois ou mais objetos, 
simultaneamente ou em rápida sequência, sendo impossível determinar qual foi o objeto 
que diretamente produziu a lesão, escolher a fonte da lesão na forma seguinte: 
a) Quando a opção for entre um objeto em movimento e outro parado, escolher o 
objeto em movimento; 
b) Quandoa opção for entre dois objetos em movimento ou entre objetos parados, 
escolher o objeto tocado por último; 
c) Indicar “movimento do corpo” como fonte da lesão, apenas quando a lesão tiver 
resultado, exclusivamente, de tensão provocada por movimento livre do corpo ou 
suas partes (voluntário ou involuntário) ou de posição do corpo forçada ou anormal. 
Compreendem-se, aí, os casos de distensões, luxações, torções, que tenham 
resultado de esforços diversos, inclusive os necessários para retomar o equilíbrio, 
desde que a perda de equilíbrio não culmine em queda ou em contato violento com 
um objeto acima da superfície de sustentação; 
d) Não indicar “movimento de corpo” como fonte da lesão se esta tiver ocorrido durante 
uma queda, ou se tiver decorrido de batida em um objeto qualquer, ou do ato de 
levantar, empurrar, puxar, manusear ou arremessar objetos. No caso de queda, 
indicar a superfície ou o objeto sobre o qual o corpo da pessoa veio a parar. No 
caso de levantar, empurrar, puxar, manusear ou arremessar um objeto, indicar o 
objeto sobre o qual o esforço físico foi exercido; 
e) Se, em decorrência de acidente com veículo, uma pessoa que estava nesse veículo 
sofrer lesão, indicar o veículo como fonte de lesão; 
f) Deve ser assegurada relação entre a fonte da lesão e a natureza da lesão, que 
possibilite a análise comparativa desses elementos. 
Natureza da Lesão – expressão que identifica a lesão, segundo suas 
características principais (contusão, escoriação, distensão, torção, luxação, fratura, 
queimadura, lesões múltiplas, congelamento, geladura, asfixia, afogamento, insolação, 
dermatose, ferida incisa/corte). (Vide quadro 8 – NBR 14280:2001, pág. 44 a 46) 
Localização da Lesão – indica a sede da lesão (cabeça, ouvido(D, E), olho, nariz, 
braço(D, E), antebraço, mão, perna, pé, joelho, etc.) . Muitas vezes a identificação da fonte 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 47 
 
da lesão só se dá por meio da localização desta. O estudo estatístico da localização da 
lesão pode determinar a existência de determinado fator de insegurança, seja por condição 
ambiental, administrativa ou “ato inseguro”. 
 *(Vide quadro 9 – NBR 14280:2001, pág. 46 a 48) 
ESTUDO DE CASO – ACIDENTE COM PEDRO 
Pedro estava furando um cano. Para executar o serviço se equilibrava em cima de 
umas caixas em forma de escada, pois a escada estava muito distante e o serviço 
precisava ser feito rapidamente, afinal de contas, ele já tinha feito isto inúmeras vezes e 
era um dos mais experientes. Utilizava uma furadeira elétrica portátil. Ele já havia feito 
vários furos e a broca estava com o fio gasto e, por esta razão, Pedro estava forçando a 
penetração da mesma. 
“Por um instante, a sua atenção fora desviada por algumas faíscas que 
saíam do cabo de extensão, exatamente onde havia um rompimento, 
que deixava expostos os fios condutores de eletricidade. Ao desviar a 
atenção, ele torceu o corpo, forçando a broca no furo. Com a pressão 
ela quebrou e, neste mesmo instante, ele voltou o rosto para ver o que 
ocorrera, sendo atingido por um estilhaço da broca em um dos olhos 
(direito). Com um grito, largou a furadeira, pôs as mãos no rosto, 
perdeu o equilíbrio e caiu”. 
Um acontecimento semelhante, ocorrido há um ano atrás com um novato, nesta 
mesma empresa, determinava o uso de óculos de segurança na execução desta tarefa. 
Os óculos que Pedro deveria ter usado estava sujo e quebrado, pendurado em um 
prego. 
Segundo o que o encarregado dissera, não ocorrera nenhum acidente nos últimos 
meses e o pessoal não gostava de usar os óculos. Por esta razão, ele não se preocupou 
em recomendar o uso do mesmo nesta operação, porque tinha coisas mais importantes a 
fazer. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 48 
 
Exercício Proposto 
Analise as causas deste acidente, separando-as em condições ambientais de 
insegurança, atos inseguros e os fatores pessoais relacionados, bem como o agente do 
acidente. Aponte também a fonte, natureza e localização da lesão e as medidas 
preventivas para evitar-se acidente semelhante. 
Caracterização do acidente e da lesão 
 
Agente do acidente 
Furadeira elétrica (broca) 
Fonte da lesão 
Furadeira elétrica (broca) 
Natureza da lesão Lesão ocular 
Localização da lesão Olho (direito) 
 
Causas do Acidente 
 
Condição ambiente de 
insegurança 
Medidas Preventivas 
Broca com fio gasto - Treinamento sobre afiação de broca. 
- Revisar procedimento de trabalho quanto a riscos de acidente operando 
com broca sem fio. 
- Escolher broca adequada para cada tipo de material a furar. 
Cabo de extensão com fios 
expostos 
- Treinamento sobre inspeção e preenchimento de check-list de ferramentas 
manuais antes de operá-las. 
- Revisar procedimento de trabalho 
- Não usar extensões com emenda 
Óculo sujo e quebrado - Re-treinamento sobre importância do uso de EPI 
- Conscientização da responsabilidade do superior em fazer cumprir as 
normas de segurança (EPI) 
- Substituição de óculo quebrado (definir claramente as responsabilidades) 
Superior não exigia o uso 
obrigatório do óculo de 
segurança, conforme 
recomendação. 
- Conscientização da responsabilidade do superior em fazer cumprir as 
normas de segurança (EPI) 
- Revisar ou definir uma política de segurança 
Caixas no lugar de escada - Remover caixas do local (não contribuiu para o acidente) 
Ato Inseguro Fator pessoal de insegurança Ações preventivas 
Forçar a penetração da broca - Excesso de autoconfiança 
 
- A pressão sobre o trabalho deve 
ser avaliada frente ao risco de 
acidente 
 - Retreinamento 
Não usar óculo de segurança - Excesso de autoconfiança 
- Problemas com chefia (não 
cumprimento de normas de 
segurança) 
- Retreinamento 
- Atitude pró-ativa frente aos riscos 
de acidente (não fazer tarefa se 
existir risco de acidente) 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 49 
 
Não examinar o cabo da 
extensão antes de iniciar o 
trabalho 
- Negligência do colega com seu 
equipamento de trabalho 
- Desconhecimento dos riscos da 
fiação exposta 
 
- Retreinamento 
 
 
 
Improvisar caixas como 
escada 
- Excesso de autoconfiança 
 
 
- Retreinamento 
- Atitude pró-ativa frente aos riscos 
de acidente (não fazer tarefa se 
existir risco de acidente) 
 
 
 
 
 
 
 
 
VAMOS VER AGORA ALGUNS EXEMPLOS DE ANÁLISES DE 
GRUPOS DE RISCOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERIZAÇÃO, CONSEQUÊNCIAS, 
MEDIDAS DE CONTROLE COLETIVAS E INDIVIDUAIS POR AGENTES 
 
 
 
 
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GRUPO DE RISCO: FÍSICO 
AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Ruídos 
 
O ruído é caracterizado pela sua 
freqüência, intensidade. 
Seus efeitos dependem do NPS 
e tempo de exposição. 
 
(Vide NR 15- Anexo 1 e 2.) 
1.Surdez temporária ou 
permanente 
2.Irritabilidade, fadiga, 
Alteração do sistema 
cardiovascular. 
3.Nervosismo, fadiga 
mental, frustração, 
prejuízo no 
desempenho do 
trabalho(faltas) 
1.Na fonte: diminuição das 
forças dinâmicas e velocidade, 
balanceamento, novas máquinas 
2.Enclausuramento da máquina 
geradora de ruído (controle na 
trajetória) por materiaisabsorventes ou refletivos de 
som. 
3.Trajetória: Barreiras para a 
propagação do ruído 
-Protetor 
auricular 
-Rodízio de 
pessoas 
-Redução da 
jornada 
 
 
Vibrações 
 
(Vide NR 
15- 
Anexo 8) 
Na indústria é comum o uso 
de máquinas e equipamentos 
que produzem vibrações, 
podendo ser nocivas ao 
trabalhador. 
A sensibilidade do corpo 
humano varia em função da 
freqüência e aceleração: 
-tórax-abdômen: 3 a 6 Hz, 
-globo ocular: 60 a 90 Hz, 
-mandíbula e lábios: 200 a 300 
Hz. 
Enjôo ou náuseas (01 a 
1 Hz e aceleração de 5 
a 100 m/s
2
); 
Afundamento do tórax 
– constrição do peito e 
tosse (< 16 Hz e 140 
dB); Artrose do 
cotovelo, necrose dos 
ossos dos dedos, 
problemas nervosos, 
alteração do tato 
(equipamento manual 
vibrante) 
-Amortecedores 
-Isolamento (através de 
amortecedores, fixação não 
rígida) 
 
 
Revezamento 
dos expostos. 
 
Radiações 
Ionizantes 
 
(Vide NR 
15- 
Anexo 5) 
Radiações de interesse: gama, 
raios X, beta, alfa e nêutron 
 
Natural: minerais radiativos – 
U-238; K-40; tório-232; C-14; 
etc. 
Artificial: Iodo-131; Estrôncio-
90; Au-198; Co-60 
 
Radiações são formas de energia 
transmitidas pelo espaço como 
ondas eletromagnéticas. Efeitos 
principais sobre o organismo: 
ionização e excitação. 
 
Ionização: radiação atinge o 
átomo subdividindo-o em 2 
partes carregadas eletricamente 
(par iônico). 
 
Operadores de RX e de 
Radioterapia estão expostos à 
radiação ionizante. 
Radiação beta: percorre curto 
trajeto no ar 
 
Fontes pontuais de raios X, 
gama e nêutrons: a intensidade 
da radiação varia inversamente 
com a distância. I1 = 
(R2)
2
 
 I2 = (R1)
2
 
1.Efeitos dependem da 
dose da radiação 
 
2.Somáticos: 
2.1.crônicos – catarata, 
anemia, leucemia, 
câncer de tireóide ou 
de pele 
2.2. agudos – dor de 
cabeça, náuseas, 
vômitos, queda de 
cabelo, perda de 
apetite, fadiga, 
infecção na garganta, 
diarréia . 
 
3.Genéticos: mutação 
nos genes: aniridia 
(ausência de íris do 
olho), surdo-mudez, 
cataratas 
Radiação externa: 
1.Blindagem: uso de barreiras 
adequadas, constituídas de 
materiais que tenham a 
capacidade de absorver as 
radiações ionizantes. Ex. 
chumbo ou concreto (espessura 
determinada em função do tipo e 
energia da radiação incidente). 
2.Distância: afastar expostos da 
fonte (beta) 
3.Limitação do tempo de 
exposição: 
Radiação interna: 
1.Cabines especiais: em 
trabalhos de laboratório onde há 
desprendimento de gases ou 
outros compostos radioativos – 
ventilação adequada evita que a 
radiação espalhe pelo ambiente, 
atingindo o trabalhador. 
Podem ser usadas cabines 
hermeticamente fechadas 
(materiais altamente perigosos à 
saúde). A manipulação é feita 
com luvas especiais acopladas à 
cabine. O trabalho é mais lento. 
 
Enclausuramento da fonte de 
radiação: pisos e paredes 
revestidas de chumbo em salas 
de raios-X 
1.Vestimenta 
especial que 
impede o 
contato do 
organismo 
com material 
radiativo. 
 
2.Máscaras 
para proteção 
respiratória 
contra fontes 
radiativas 
dispersas no 
ar. 
 
3.Limitação 
do tempo de 
exposição 
(caso de 
radiações de 
elevada 
intensidade – 
um menor 
tempo de 
exposição para 
a dose não 
ultrapassar o 
LT). 
 
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AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Radiação não 
ionizante 
Excitação: radiação atinge o 
átomo excitando-o, aumentando 
sua energia interna (não tem 
energia suficiente para ionizá-lo). 
A radiação pode ser transmitida 
através do vácuo(radiação solar). 
 
1.Microondas: 1 mm <  < 1 m 
(Vide NR 15- Anexo 7) 
 
2.Radiação infravermelha: 1 m 
<  < 1 mm ; emitida por corpos 
cuja superfície encontra-se à 
temperatura maior que a do 
ambiente ao redor deles. Também 
chamado de calor radiante. 
Fontes: solar; fornos 
metalúrgicos, siderúrgicos e na 
ind. vidro, solda oxiacetilênica. 
(Vide NR 15- Anexo 3) 
 
3. Radiação ultravioleta: 10 nm < 
 < 400 nm ; 
 3.1. 250 nm <  < 350 nm 
(faixa eritemática e germicida)- 
fontes: solda elétrica, metais em 
fusão, maçaricos, lâmpadas 
germicidas. (Vide NR 15- Anexo 
7) 
 
4.Raios laser: emissão de apenas 
um comprimento de onda 
9radiação altamente concentrada. 
(Vide NR 15- Anexo 7) 
 
Freqüência: é o nº de vezes que 
um ciclo se repete. 
1 cps = 1 Hz 
comprimento de onda (  ): é a 
distância percorrida pela onda 
durante um ciclo. 
 
(*) Intensidade de corrente 
elétrica - Sombra Nº 
 5 – 75 
9 
 75 - 200 
10 - 11 
 200 – 400 
12 - 13 
 > 400 
14 
 
 
1.Efeito térmico nos 
órgãos internos 
(menor a freqüência, 
maior o risco – maior 
a potência e tempo 
de exposição, maior 
possibilidade de 
órgãos expostos 
ficarem doentes). 
 
2.Queimaduras na 
pele ( < 1,5 m), 
cataratas e lesões na 
retina(casos 
extremos) 
 
 
 
 
 
3.1. Conjuntivite 
(após horas de 
exposição) e câncer 
de pele (exposição 
repetida durante 
muitos anos de 
exposição – 
equivalente à 
irradiação solar). 
 
 
4. Olhos e pele 
 
 
1.Vedação do 
equipamento e parada 
da fonte em caso de 
abertura do aparelho. 
 
2. Isolamento da fonte 
de radiação (biombo 
p/ proteção da 
operação de solda) 
 
 
Sinalização da 
área/fonte radioativa. 
 
3.1. Barreiras de 
chapas metálicas, 
cortinas opacas, ou 
materiais 
transparentes ou semi-
transparentes à luz, 
que eliminam frações 
importantes da 
radiação. 
1.Óculos específicos e 
roupas protetoras para 
microondas em caso 
de emergência. 
 
2. Óculos de 
segurança e 
vestimenta contra o 
calor radiante(luva, 
avental e perneira de 
raspa). 
 
3.1. Protetores 
oculares e faciais, 
mãos, braços e tórax 
em materiais que 
refletem ou absorvem 
o U.V. para evitar 
doença de pele: luva, 
avental e perneira de 
raspa; óculos com 
sombra 2 por baixo da 
máscara de solda para 
evitar exposição aos 
outros soldadores(*). 
 
4. Óculos de 
segurança de 
densidade ótica 
(D.O.) indicada para a 
energia envolvida. 
 
 
 
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AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Temperatura 
Extrema - 
Frio 
Em atividades ao ar livre em regiões de 
clima frio. Em atividades em câmaras 
frigoríficas de conservação, como 
pescados, alimentos congelados. 
Perde-se a destreza manual. 
 
(Vide NR 15- Anexo 9) 
Queimaduras pelo 
frio (geladuras), 
gripes, inflamações 
das amídalas e da 
laringe, resfriados, 
algumas alergias, 
congelamento das 
mãos e pés, 
problemas 
circulatórios. 
1.Isolamento das 
fontes de frio. 
 
Vestimentas contra 
o frio: jaquetas e 
calças térmicas, 
meias e luvas. 
Temperatura 
Extrema - 
Calor 
Presentes em atividades profissionais 
ligadas à indústria siderúrgica, indústria 
de vidro, têxtil e outros ramos que 
liberam grandes quantidades de energia 
térmica. Presente também em 
atividades ao ar livre (construção civil e 
trabalho no campo). 
Mecanismos de trocas térmicas 
Condução: quando dois corpos em 
temperaturas diferentes são colocados 
em contato, haverá um fluxo de calor 
do corpo com temperatura maior para o 
de temperatura menor. Fluxo nulo 
quandotemperaturas tornam-se iguais. 
Condução-convecção: a troca térmica 
se processa como no caso anterior, no 
entanto, neste caso, pelo menos um dos 
corpos é um fluido. Neste caso a 
transmissão do calor provocará a 
movimentação do fluido. (diferença de 
temp. vide fig. Pág.34 – Riscos Físicos 
– Fundacentro) 
Radiação: quando dois corpos 
encontram-se com temperaturas 
diferentes, haverá uma transferência 
de calor, por emissão de radiação 
infravermelha, do corpo com 
temperatura maior para ao corpo de 
temperatura menor. O calor 
transmitido através deste mecanismo 
é denominado de calor radiante. 
Evaporação: Um líquido que envolve 
um sólido, em uma determinada 
temperatura, transforma-se em vapor, 
passando para o meio ambiente. É 
função da quantidade de vapor já 
existente no meio e da velocidade do ar 
na superfície do sólido. Neste caso o 
líquido retira calor do sólido para 
passar a vapor. Conclui-se que o sólido 
perdeu calor ao meio ambiente pelo 
mecanismo da evaporação. (Vide NR 
15- Anexo 3) 
Vasodilatação 
periférica; 
 
Sudorese; 
 
Doenças do calor: 
1. exaustão do calor, 
2. desidratação, 
3. Câimbras de calor, 
4. Choque térmico 
(mudança brusca de 
temperatura em 
ambientes diferentes) 
 
 
1.Insuflação de ar 
fresco no local de 
trabalho – altera a 
temperatura e 
velocidade do ar. 
 
2.Ventilação local 
exaustora com a 
função de retirar 
umidade relativa, 
calor e gases dos 
ambientes. 
 
3.Utilização de 
barreiras refletoras 
(alumínio polido, 
aço inoxidável) ou 
absorventes (ferro 
ou aço oxidado) de 
radiação 
infravermelha, 
colocadas entre a 
fonte e o 
trabalhador. 
 
4. Isolamento das 
fontes de calor (p. 
ex. tubulações). 
1. Aclimatização (é 
total em 
aproximadamente 
2 semanas) 
 
2. Ingestão de água 
e sal (perdido pela 
sudorese). 
 
3. Limitação do 
tempo de 
exposição – 
alternância com 
local de repouso 
térmico. 
 
4. Óculos com 
lentes especiais 
(reter 95% da 
radiação 
infravermelho 
incidente) p/ 
fontes de calor 
radiante. 
Luvas, mangotes, 
aventais e capuzes 
de amianto(isolante 
térmico) revestido 
por tecido 
aluminizado 
(refletir calor 
radiante). 
 
 
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AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Pressões 
Anormais 
 
 
Pressão normal é a atmosférica. 
Patm = 101,3 Kpa (ao nível do mar) 
1 Atm = 760 mm Hg a 0º C 
1 Pa = 1 N / m
2
 
 
Baixas pressões: atividades realizadas onde 
a pressão ambiente está abaixo da 
atmosférica. Ex.: tarefas em grandes 
altitudes. Pilotos em aviões não 
pressurizados esporadicamente expostos. 
 
Altas pressões: atividades realizadas onde a 
pressão ambiente está acima da atmosférica. 
Ex.: tarefas realizadas em tubulão de ar 
comprimido, máquinas de perfuração 
(“shield”), caixões pneumáticos, 
campânulas; trabalhos realizados por 
mergulhadores. 
 
Tubulão de ar comprimido: em escavações 
abaixo do lençol freático. A pressão acima 
do normal é para evitar infiltração de água e 
instabilidade da escavação. 
 
Caixão pneumático: compartimentos 
estanques para realizar trabalhos submersos: 
fundo dos mares, rios e represas. Usado na 
construção de pontes e barragens. 
 
(Vide NR 15 - Anexo 6) 
Devido à compressão: 
1.Rompimento do tímpano 
devido ao aumento brusco 
da pressão. 
2.Irritação nos pulmões : a 
5 atm, o oxigênio, em sua 
concentração normal no ar. 
3.A 15 atm, o ar pode ser 
tolerado por apenas 3 
horas. 
4.Efeito narcótico no 
nitrogênio: a + de 4 atm. 
5.Perda de consciência: a + 
de 10 atm. 
 
Devido à descompressão: 
1.Ruptura dos alvéolos 
pulmonares se a expansão 
brusca do ar nos pulmões. 
2.Dores nas juntas, 
pruridos, suores frios, 
palidez, equimoses, ruptura 
do tímpano e dores nos 
ouvidos. 
As contidas 
na NR 15 – 
Anexo 6. 
As contidas na 
NR 15 – 
Anexo 6. 
Umidade Atividades ou operações executadas em 
locais alagados ou encharcados, com 
umidade excessiva, capazes de causar danos 
à saúde do trabalhador. 
 
(Vide NR 15- Anexo 10) 
Gripes, inflamações das 
amídalas e da laringe, 
resfriados. 
1.Colocação 
de estrados 
de madeira 
 
2.Ralos para 
escoamento. 
Botas, avental 
e luvas de 
borracha para 
empregados 
em 
galvanoplastia, 
cozinha, 
limpeza, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRUPO DE RISCO: QUÍMICO 
AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Substâncias, 
compostos 
ou produtos 
químicos 
em geral 
 
Vide NR 15 
– Anexos 
11 e 13 
1.Agentes químicos que podem poluir o local de 
trabalho e entrar em contato com o organismo 
dos trabalhadores. Podem ter ação localizada ou 
distribuídos em diversos órgãos e tecidos. 
 
2.Vias de ingresso no organismo: 
a-Inalação: principal via de ingresso e 
disseminação no organismo –a superfície dos 
alvéolos pulmonares no adulto é de 80 a 90 m
2
- , 
o que facilita a absorção de gases e vapores, que 
podem passar ao sangue e distribuir-se por todo 
o organismo. 
b-Absorção cutânea: quando uma substância de 
uso industrial entra em contato com a pele, 
podem acontecer as seguintes situações: 
a-A pele e a gordura protetora podem atuar 
como uma barreira protetora efetiva. (Nada 
ocorre) 
b-O agente pode agir na superfície da pele, 
provocando uma irritação primária. 
c-A substância química pode combinar com as 
proteínas da pele e provocar uma sensibilização. 
d-O agente pode penetrar através dela, atingir o 
sangue e atuar como um tóxico generalizado. 
Ex. ácido cianídrico, mercúrio, chumbo 
tetraetila, alguns defensivos agrícolas. 
c-Ingestão: via secundária de ingresso, pois 
somente ocorre acidentalmente (ninguém ingere 
deliberadamente – só se estiver comendo em 
local contaminado). 
 
Para avaliar o potencial tóxico das substâncias 
químicas, alguns fatores devem ser 
considerados: 
-Concentração: > concentração, + rápido efeitos 
-Índice respiratório: representa a quantidade de 
ar inalado pelo trabalhador durante a jornada (é 
função da atividade). 
-Sensibilidade individual: resistência varia de 
indivíduo p/ indivíduo. 
-Toxicidade: é o potencial tóxico da substância 
no organismo. 
-Tempo de exposição: é o tempo que o 
organismo fica exposto ao contaminante. 
Em função das 
características de 
cada substância, 
mas basicamente 
as mesmas 
descritas abaixo. 
1. Substituição do 
produto químico 
utilizado por outro 
menos tóxico ou 
não tóxico. 
2.Mudança ou 
alteração do 
processo ou 
operação. 
3.Enclausuramento 
do processo. 
4.Segregação da 
operação ou 
processo (levar 
para fora). 
5. Ventilação 
Geral diluidora 
6.Ventilação e 
exaustão do 
local.(captura do 
contaminante no 
local de origem) 
associado a 
ciclones, câmaras 
de sedimentação, 
filtro de mangas, 
precipitadores 
eletrostáticos, 
processos úmidos, 
lavadores de gases. 
7.Armazenamento 
adequado. 
8.Fazer refeições 
em refeitório (não 
no local de 
trabalho) 
 
 
Máscara de 
proteção 
respiratória, 
luvas de 
borracha, 
neoprene, 
aventais e 
botas. 
 
Limitação da 
exposição. 
 
Controle 
médico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVAINDIVIDUAL 
Vapores 
e Gases 
 
Vide NR 
15 – 
Anexos 
11 e 13 
Vapor: é a fase gasosa de uma substância, que a 25º C e 
760 mm Hg é líquida ou sólida. Ex. vapores de água, 
vapores de gasolina, vapores de naftalina, mercúrio. 
 
Gás: é a denominação dada às substâncias que, em 
condições normais de pressão e temperatura (25º C e 760 
mm Hg), estão no estado gasoso. Ex. hidrogênio, 
oxigênio, nitrogênio, butano, GLP. 
 
Classificam-se, segundo a ação sobre o homem: 
1.Irritantes: 
 -Primários: ação sobre as vias respiratórias superiores: 
sobre os brônquios; sobre os pulmões; irritantes atípicos. 
 -Secundários:além de irritantes, têm ação tóxica 
generalizada sobre o organismo. Ex. gás sulfídrico 
 
2.Anestésicos: maioria dos solventes orgânicos; ação 
depressiva sobre o sistema nervoso central. 
 
De acordo com a ação sobre o organismo: 
a.Anestésicos primários: substâncias que não produzem 
outro efeito além da anestesia, mesmo em exposições 
repetidas a baixas concentrações. Ex. hidrocarbonetos 
alifáticos (butano, propano, eteno), ésteres, aldeídos, 
cetonas. 
b.Anestésicos de efeitos sobre as vísceras: Ex. 
hidrocarbonetos clorados (tetracloreto de carbono, 
tricloroetileno, percloroetileno). 
c.Anestésicos de ação sobre o sistema formador do 
sangue: substâncias que se acumulam preferencialmente 
nos tecidos graxos, medula óssea e sistema nervoso. Ex. 
hidrocarbonetos aromáticos (benzeno, tolueno, xileno) 
d.Anestésicos de ação sobre o sistema nervoso: Ex. 
Álcoois (metílico e etílico, ésteres de ácidos orgânicos, 
dissulfeto de carbono) 
e.Anestésicos de ação sobre o sangue e o sistema 
circulatório: Ex. Nitrocompostos orgânicos 
(nitrotolueno, nitrito de etila, nitrobenzeno, anilina, 
toluidina). 
 
3.Asfixiantes: chama-se de asfixia o bloqueio dos 
processos vitais tissulares, causado por falta de oxigênio. 
Os gases podem ser subdivididos em: 
a.Asfixiantes simples: substâncias que tem a propriedade 
de deslocar o oxigênio do ambiente (alta concentração). 
O ar deve ter no mínimo 18% de O2 para que a vida 
humana seja mantida sem risco algum. Ex. hidrogênio, 
nitrogênio, hélio (fisiologicamente inertes); metano, 
etano, acetileno (também anestésicos simples, de ação 
narcótica muito fraca); CO2 (devido a outros efeitos, 
possui LT) 
b.Asfixiantes químicos: substâncias que, ao ingressarem 
no organismo, interferem na perfeita oxigenação dos 
tecidos. Não alteram a concentração do oxigênio no 
ambiente. O asfixiante não permite que o oxigênio seja 
adequadamente aproveitado pelo organismo. Ex. CO, 
anilina e ácido cianídrico. 
 
 
 
 
 
 
 
1. Inflamação na 
pele, na 
conjuntiva ocular 
e nas vias 
respiratórias. 
Gases e vapores 
altamente 
solúveis em água 
atacam o nariz e a 
garganta, 
enquanto que os 
de baixa 
solubilidade os 
alvéolos 
pulmonares. 
 
2.b.Dano ao fígado 
e aos rins 
2.c.Anemia 
irreversível e 
leucemia 
(benzeno) 
Hipertrofia do 
fígado e anemia 
discreta (tolueno e 
xileno). 
2.d.Perturbação da 
visão e 
conjuntivites; 
inconsciência, 
dificuldade de 
respiração, 
depressão cardíaca, 
coma e morte 
(dependendo da 
concentração) 
 
2.e.Alteração na 
hemoglobina do 
sangue. 
Idem às 
acima 
descritas. 
 
No caso de 
asfixiantes 
simples, 
avaliar a 
concentração 
de O2 para 
tomar ações 
preventivas. 
 
 
 
Limitação da 
exposição. 
 
2.d.Óculos de 
segurança; 
Quando a 
concentração 
for superior ao 
LT, usar 
respiradores 
com filtros 
químicos. 
 
Controle 
médico. 
 
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AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Aero- 
dispersóides 
(poeiras, 
fumos, 
névoas, 
neblinas) 
 
Vide NR 15 
– Anexos 
12 e 13. 
1.Poeiras: são partículas sólidas, produzidas 
por ruptura mecânica de sólidos. Geradas 
nos processos de moagem, perfuração, 
explosão, transporte e minérios; limpeza 
abrasiva (jateamento de areia); corte e 
polimento de mármore e granitos. Diâmetro 
da partícula < 100μ (mícron: que é a 
milésima parte de 1 mm). Partículas < 0,5 μ 
são reexaladas ao exterior. Maior problema é 
a sílica livre cristalizada. Pós orgânicos: 
Processos envolvendo atividades com 
vegetais: (Vide NR 15 - Anexo 12). 
 
2.Fumos: são partículas sólidas 
produzidas por condensação ou oxidação 
de vapores de substâncias que são sólidas 
a temperatura normal. Processos de 
combustão de madeira ou fusão de 
metais: chumbo, mercúrio, arsênio, 
cromo, manganês e seus compostos (mais 
importantes), antimônio, estanho, cobre, 
níquel, zinco, cádmio, selênio, ferro e seus 
compostos (menor importância). 
 
3.Névoas: são partículas líquidas produzidas 
por ruptura mecânica de líquidos. 
 
4.Neblinas: são partículas líquidas 
produzidas por condensação de vapores de 
substâncias que são líquidas a temperatura 
normal. 
 
 
1. Silicose (sílica); 
asbestose (asbesto); 
pneumoconiose(minerais 
contendo sílica livre 
cristalizada ou silicatos, 
carvão mineral); doenças 
broncopulmonares 
crônicas: bissinose 
(algodão, agave (sisal), 
bagaçose (bagaço de 
cana); alergias, asmas ou 
dermatoses (semente de 
rícino, de amido e de 
tabaco). 
2.Saturnismo ou 
plumbismo (fumos de 
chumbo); distúrbios do 
sistema nervoso central 
(mercúrio); 
desarranjo intestinal 
(zinco) 
 
-Ventilação e 
exaustão do 
local.(captura do 
contaminante no 
local de origem) 
associado a 
ciclones, 
câmaras de 
sedimentação, 
filtro de mangas, 
precipitadores 
eletrostáticos, 
processos 
úmidos, 
lavadores de 
gases. 
-Ventilação 
Geral diluidora 
-
Enclausuramento 
do processo 
-Limpeza do 
local 
-Fazer refeições 
em refeitório 
(não no local de 
trabalho) 
 
-Limitação da 
exposição. 
 
-Óculos de 
segurança; 
Quando a 
concentração 
for superior ao 
LT, usar 
respiradores 
para poeira ou 
com filtros 
químicos 
 
-Controle 
médico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRUPO DE RISCO: BIOLÓGICO 
 
AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Vírus, 
bactérias, 
protozoários, 
fungos, 
parasitas, 
bacilos 
 
 
Os agentes biológicos podem 
ser encontrados na indústria 
da alimentação, em hospitais, 
laboratórios, na limpeza 
pública (coleta de lixo), em 
estações de tratamento de 
esgoto, estábulos, etc. 
As vias de entrada dos 
agentes são: 
1-Cutânea: contato pela pele 
2-Digestiva: na ingestão de 
alimentos 
3-Respiratória: ao inalar o ar 
contaminado 
 
(Vide NR 15 – Anexos 14) 
-Infecção por tétano em ferimentos 
e machucados (esmagamento) em 
atividades com carne e aves . 
-Hepatite, tuberculose, micoses da 
pele que podem ser levados por 
outros funcionários ao ambiente de 
trabalho. 
-Diarréias causadas por falta de 
asseio e higiene em ambientes 
destinados à alimentação. 
1-leptospirose: pelo contato com 
águas contaminadas com urina de 
rato. 
3-Pneumonia 
-Saneamento 
básico 
-Anti-ratização. 
-Higiene rigorosa 
nos locais de 
trabalho 
-Hábitos de 
higiene pessoal 
-Vacinação 
-Ventilação / 
exaustão 
adequada 
-Treinamento 
 
 
-Uso de EPI: 
máscara 
cirúrgica; luvas 
de látex ou 
cirúrgica, avental 
e botas de 
borracha ou látex; 
- Controle médico 
permanente 
-Roupas 
adequadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRUPO DE RISCO: ERGONÔMICOS 
AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Esforço físico 
intenso 
 
 
-O esforço físico realizado pelo 
trabalhador é incompatível com 
sua capacidade de força e 
comprometa a sua saúde ou sua 
segurança. (17.2.6) 
 
(Vide NR 17 – Ergonomia) 
-Leões na coluna, 
lombalgia, hérnia, 
-Rever o processo produtivo 
-O esforço deve ser 
compatível com a capacidade 
de força do trabalhador. 
-Trabalhos em dupla 
-Usar equipamentos ou 
ferramentas que diminuam o 
esforço físico. 
-Treinamento 
- Controle 
médico e das 
queixas 
Levantamento e 
transporte 
manual de peso 
 
 
-Transporte manual de sacas em 
distâncias acima de 60 m 
(11.2.2) 
-O peso para levantamento 
manual de carga é superior a 23 
kg. 
 
(Vide NR11 – Transporte, 
movimentação, armazenamento 
e manuseio de materiais) 
-Leões na coluna, 
lombalgia, hérnia, 
-Rever o processo produtivo 
-Usar o critério do NIOSH 
(National Institute for 
Occupational Safety and 
Health) para levantamento de 
cargas para determinar o peso 
máximo. 
-Usar equipamentos ou 
ferramentas que diminuam o 
esforço físico. 
- Treinamento 
- Controle 
médico e das 
queixas 
Exigência de 
postura 
inadequada 
-O posto de trabalho foi feito 
exclusivamente em função do 
processo. O fator humano não 
foi contemplado no projeto. 
-Mobiliário inadequado. 
 
-Lombalgias, lesão 
na coluna 
-O posto de trabalho deve ser 
feito em função de fatores 
psico-fisiológicos. 
-Disponibilizar mobiliário 
ergonômico 
- Treinamento 
-Corrigir 
postura do 
trabalho 
- Controle 
médico e das 
queixas 
Controle rígido 
de produtividade 
-O desempenho ou a produção 
é controlada individualmente e 
nível de exigência é severo. 
 
-Stresse -Rever o processo produtivo 
-Não realizar controle rígido 
de produtividade. 
 
- Controle 
médico e das 
queixas 
Imposição de 
ritmos 
excessivos 
Ritmo de trabalho muito 
intenso 
-Fadiga -Rever o processo produtivo 
-Alteração no ritmo de 
trabalho 
- Controle 
médico e das 
queixas 
Trabalho em 
turno e noturno 
-O trabalho em turno de 
revezamento ou noturno vai 
contra o ritmo biológico: 
horários de sono 
principalmente. 
 
-Insônia, 
perturbação do 
sono 
-Estresse 
 
-Rever o processo produtivo - Controle 
médico e das 
queixas 
Jornadas de 
trabalho 
prolongadas 
-Necessidade freqüente de 
realização de horas extras ou 
jornadas prolongadas, causando 
sono, desconcentração, 
cansaço, maior probabilidade 
de ocorrência de acidentes. 
-Sono, fadiga, 
estresse 
-Rever o processo produtivo 
-Planejamento adequado das 
atividades de forma a não ser 
necessário a realização de HE. 
- Controle 
médico e das 
queixas 
Monotonia e 
repetitividade 
Trabalhos muito parados, sem 
mobilidade, repetitivos (ciclos 
< 30 s e que corresponde a + 
de 50% da jornada). 
-Sono, 
desconcentração, 
fadiga, estresse, 
DORT 
Rever o processo - Controle 
médico e das 
queixas 
 
 
 
 
 
 
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GRUPO DE RISCO: DE ACIDENTE 
AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Arranjo 
físico 
inadequado 
 
 
 
Layout inadequado impossibilitando a 
circulação segura das pessoas. Partes baixas 
constituindo-se em obstáculos a passagem e 
possibilidade de se bater com a cabeça. 
Piso com aberturas desprotegidas ou não 
sinalizadas (saliências, depressões). Piso 
escorregadio (8.3). 
Falta de proteção contra intempéries (8.4) 
Partes móveis de máquinas com menos de 
0,70 m de faixa livre (12.1.3). Distância 
entre máquinas e equipamentos menor do 
que 0,60 m (12.1.4). 
 
(Vide NR 8 – Edificações e NR 12 – 
Máquinas e Equipamentos) 
Lesões na cabeça 
(contusão, corte, 
ferida contusa, 
hematomas) mãos, 
braços, joelhos e 
pés (torção, 
luxação), pernas. 
 
 
-Projeto considerando 
todas as normas de 
segurança. 
-Almofadas de 
proteção 
-Sinalização de partes 
baixas e salientes no 
piso. 
 
 
 
 
Capacete 
Máquinas e 
equipamentos 
sem proteção 
 
 
 
Máquinas e equipamentos sem proteção de 
partes móveis, dispositivos de segurança; 
válvulas de segurança, micro-switch, fim 
de curso, travas de segurança,dispositivos 
de parada de emergência (12.2 e 12.3), 
freios, dispositivos de controle de poluição. 
 
(Vide NR 12 – Máquinas e Equipamentos) 
Lesões do tipo 
amputação, 
contusão, 
esmagamento, 
luxação, fratura, 
corte, ferida 
contusa. 
-Proteções de partes 
móveis (polias, 
engrenagens, 
correntes, eixos, 
excêntricos, etc). 
-Micro-switch 
-Válvulas de 
segurança testadas 
periodicamente 
-Acionadores de 
parada de emergência 
-Tapetes de segurança 
-Cortina de proteção 
 
 
Ferramentas 
inadequadas 
ou 
defeituosas 
Chaves de boca e de fenda rombudas, 
tortas, desgastadas; cunhas encabeçadas 
(rombudas). Ferramentas com cabos 
rachados (martelo, enxada, picareta, etc.); 
ferramentas de uso em eletricidade sem 
proteção isolante ou apresentando 
rompimento. 
Leões do tipo 
corte, ferida 
contusa, 
esmagamento, 
fratura. 
-Ferramentas em boas 
condições 
-Substituição de 
ferramentas 
defeituosas 
-Check-list de 
ferramentas 
-Luvas de 
raspa ou 
vaqueta 
-Óculo de 
segurança 
 
 
Iluminação 
inadequada 
 
 
Nível de iluminância abaixo dos valores 
estabelecidos pela NBR 5413. 
 
(Vide NR 17 – Ergonomia) 
-Fadiga visual. 
-Quedas, batidas 
em função da 
pouca visibilidade. 
Adequação aos níveis 
especificados pela 
NBR 5413. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGENTE CARACTERIZAÇÃO CONSEQÜÊNCIA MEDIDAS DE CONTROLE 
 COLETIVA INDIVIDUAL 
Eletricidade 
 
 
Instalações elétricas desprotegidas. 
Falta de aterramento de motores, 
máquinas e equipamentos. 
Falta de sistema de proteção contra 
descargas atmosféricas. 
Acúmulo de eletricidade estática. 
 
(Vide NR 10 – Instalações e serviços 
em eletricidade) 
-Parada cardio-
respiratória 
-Queimaduras 
-Fibrilação 
-Morte 
 
 
-Relés de fuga 
-Sistema de 
aterramento contra 
eletricidade estática, 
curtos circuitos, 
descargas 
atmosféricas. 
-Testador de presença 
de tensão 
-Cabos para realização 
de aterramento 
-Duplo isolamento 
-Hastes e varas de 
manobra 
 
-Calçado de 
segurança para 
eletricista 
-Luvas de 
proteção para 
trabalhos em 
eletricidade 
 
Probabilidade 
de incêndio ou 
explosão 
 
 
Ambientes como depósitos de materiais 
combustíveis e inflamáveis com 
atmosfera dentro da faixa de 
explosividade. 
-Perda de 
patrimônio. 
-Morte, 
queimadura, 
fratura 
-Depósitos organizados 
e limpos; 
-Ventilação adequada; 
-Sistema de iluminação 
e equipamentos a 
prova de explosão 
-Sistemas de combate a 
incêndio fixas 
(hidrantes, sprinklers) 
e móveis (extintores). 
-Sinalização de áreas 
de risco; 
-Proibição de 
condução/geração de 
faísca, chama, fonte de 
calor. 
 
 
Armazenamento 
inadequado 
 
 
Empilhamento inadequado, acima do 
limite de altura (mais de 30 fiadas de 
saco, quando o processo é mecanizado; 
ou mais de 20 fiadas de sacos, quando o 
processo de empilhamento é manual) 
(11.2.5 e 11.2.6) ou com número de 
embalagens empilhadas acima do 
recomendado pelo fabricante. 
O empilhamento interfere na 
iluminação(11.3.4). 
Afastamento de menos de 50 cmentre o 
material empilhado e as estruturas 
laterais do prédio, ou obstruindo o 
acesso a equipamentos de combate a 
incêndio (11.3.2 e 11.3.3). 
 
(vide NR 11- Transporte, 
movimentação, armazenagem e 
manuseio de materiais) 
-Morte, fratura, 
contusão, 
esmagamento 
-Armazenamento 
dentro das normas de 
segurança, conforme 
previsto na NR 11. 
-Empilhamento de 
embalagens segundo a 
especificação do 
fabricante. 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 61 
 
Animais 
peçonhentos 
(venenosos) 
Áreas rurais ou próximas de vegetação, 
mata, ou em materiais advindos de 
áreas rurais possibilitam a ocorrência de 
cobras, aranhas, escorpiões, taturanas. 
Empeçonhamento -Ambientes roçados e 
limpos; 
-Colocação de telas de 
proteção ou outra 
forma de vedação de 
aberturas. 
 
-Luvas de 
raspa ou 
vaqueta; 
perneiras; 
botas de 
segurança 
 
 
 
 
MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS 
ÁREA/SETOR: 
Caldeiras 
N° DE TRABALHADORES EXPOSTOS AO 
RISCO: 10 (safra) 2 (entre safra) 
CIPEIRO RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO: 
Fulano de Tal 
 
GRUPO I: RISCOS FÍSICOS (sinalizar no mapa com círculo verde) DATA 31/07/04 
 FOLHA 1 
RISCO 
FONTE 
GERADORA 
Nº no 
MAPA 
PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL/COLETIVA RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES 
Ruído Compressores, 1 EPIs 
Uso obrigatório de protetor 
auricular 
 exaustores e Diálogo prevencionista. 
 insufladores 
Vibrações 
 
Radiações Ionizantes 
 
Radiações não 
Ionizantes Caldeira e Soldas 4 EPI'S Usar os EPIs específicos para 
 cada função. 
 
Pressões Anormais 
 
Temperaturas 
extremas 
Fornalhas das 
caldeiras. 6 EPIs 
Usar os EPIs específicos para cada 
função 
 
Atenção ao descer no porão das 
caldeiras. 
 Treinamento específico e diálogo. 
Umidade 
 
Outros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS 
ÁREA/SETOR:Ca
ldeiras 
N° DE TRABALHADORES EXPOSTOS 
AO RISCO: 10 
CIPEIRO RESPONSÁVEL PELA 
AVALIAÇÃO: Fulano de Tal e Cicrano de Talio 
 
GRUPO II: RISCOS QUÍMICOS (sinalizar no mapa com círculo 
vermelho) DATA 
31/07/
04 
 
FOL
HA 1 / 1 
RISCO 
FONTE 
GERADORA 
N° no 
MAPA 
PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL/COLETIVA RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES 
Poeiras 
Lenha, 
carregamento do 10 EPIs Uso de máscara para poeiras. 
 
pó e cinza da 
fornalha. 
 
Fumos 
 
Névoas 
 
Vapores 
 
Gases 
Monóxido de 
carbono 14 Manter a caldeira em perfeito estado de 
 funcionamento, evitando vazamento de CO 
 para o ambiente interno. Ventilar em caso de 
 situação anormal ou de emergência. 
Produtos 
químicos em 
Produtos para 
tratamento 15 EPIs específicos 
Máscara c/ filtro, avental, 
luvas nitrílicas, 
Geral 
da água da 
caldeira. calçado de segurança, treinamento e 
 diálogo prevencionista. 
Neblina 
 
Outros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS 
ÁREA/SETOR: Caldeiras N° DE TRABALHADORES EXPOSTOS AO RISCO: 10 
CIPEIRO RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO: Fulano de Tal e Cicrano de 
Talio 
 DATA: 31/07/2004 
GRUPO III: RISCOS BIOLÓGICOS (sinalizar no mapa com círculo 
marrom) FOLHA : 1 / 1 
 
RISCO N° no MAPA LOCAL RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES 
Vírus 16 Sanitários Manter limpos e esterelizados. Orienta- 
 ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
 usar EPIs adequados. 
Bactérias 17 Sanitários Manter limpos e esterelizados. Orienta- 
 ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
 usar EPIs adequados. 
Protozoários 18 Sanitários Manter limpos e esterelizados. Orienta- 
 ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
 usar EPIs adequados. 
Fungos 19 Sanitários Manter limpos e esterelizados. Orienta- 
 ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
 usar EPIs adequados. 
Bacilos 20 Sanitários Manter limpos e esterelizados. Orienta- 
 ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
 usar EPIs adequados. 
Parasitas 21 Sanitários Manter limpos e esterelizados. Orienta- 
 ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
 usar EPIs adequados. 
Outros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 64 
 
 
 
VAMOS APRENDER UM POUCO MAIS SOBRE 
OS AGENTES DOS ACIDENTES E FONTES DE LESÕES 
 
 
LESÃO COM AFASTAMENTO 
 É A LESÃO PESSOAL QUE IMPEDE O ACIDENTADO DE VOLTAR AO TRABALHO NO 
DIA IMEDIATO AO DIA DO ACIDENTE OU QUE RESULTE DIA DO ACIDENTE OU QUE 
RESULTE INCAPACIDADE PERMANENTE 
 
LESÃO SEM AFASTAMENTO 
 É AQUELA QUE NÃO IMPEDE O ACIDENTADO DE VOLTAR AO TRABALHO NO DIA 
IMEDIATO AO DO ACIDENTE, DESDE QUE NÃO HAJA INCAPACIDADE PERMANENTE 
 
 
AGENTE DO ACIDENTE E FONTE DE LESÃO 
 
DOENÇA OCUPACIONAL 
 É A LESÃO ENTENDIDA COMO SENDO PRODUZIDA OU DESENCADEADA PELO 
EXERCÍCIO DO TRABALHO PECULIAR A DETERMINADA ATIVIDADE 
 
NATUREZA DO TRABALHO 
 É O TIPO DO TRABALHO QUE ESTAVA SENDO DESENVOLVIDO NA ÁREA EM QUE O 
EMPREGADO ACIDENTOU-SE. 
 PODENDO SER: 
NORMAL: TRABALHOS NORMAIS NO ÓRGÃO; 
MANUTENÇÃO : CONCENTRADA COMO PARADA DA UNIDADE; 
EMERGÊNCIA : ATENDIMENTO OU EXPOSIÇÃO AO RISCO; 
 
ATIVIDADE 
 É A AÇÃO OU TRABALHO QUE O ACIDENTADO ESTAVA DESENVOLVENDO QUANDO 
DA OCORRÊNCIA DO ACIDENTE. 
 
 
 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 65 
 
NATUREZA DA LESÃO 
 É A EXPRESSÃO QUE IDENTIFICA A LESÃO, SEGUNDO SUAS CARACTERÍSTICAS 
PRINCIPAIS 
 OBSERVAÇÕES: 
 DEVE SER INDICADA A LESÃO BÁSICA. 
 CLASSIFICAR LESÕES MULTIPLAS NO CASO DE ACIDENTADO QUE TENHA 
SOFRIDO VÁRIAS LESÕES, SEM PREPONDERÂNCIA. 
 
LOCALIZAÇÃO DA LESÃO 
 É A INDICAÇÃO DA SEDE DA LESÃO. 
EXEMPLOS: APARELHO GENITO-URINÁRIO; TÓRAX; PERNA; CRÂNIO;BRAÇO E MÃO. 
 
FONTE DA LESÃO 
 É A COISA, SUBSTÂNCIA, ENERGIA OU MOVIMENTO DO CORPO QUE DIRETAMENTE 
PROVOCOU A LESÃO. 
EXEMPLOS:MÁQUINAS EM GERAL; ESTRUTURAS E EDIFICAÇÕES; ESCADAS; 
EQUIPAMENTO AQUECIMENTO; EQUIPAMENTOS DE GUINDAR; MOTORES E 
BOMBAS; SUBSTÂNCIAS E PRODUTOS. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO 
 É A CLASSIFICAÇÃO EMPREGADA PARA DETERMINAR SE A LESÃO OCORREU COM 
RETORNO IMEDIATO, COM OU SEM RESTRIÇÃO DE ATIVIDADE, INCAPACIDADES 
TEMPORÁRIA OU PERMANENTE OU AINDA COM MORTE. 
 TIPOS: 
RETORNO IMEDIATO SEM RESTRIÇÕES; RETORNO SEM RESTRIÇÃO DE ATIVIDADE; 
RETORNO COM RESTRIÇÃO DE ATIVIDADE; INCAPACIDADE TEMPORÁRIA TOTAL; 
INCAPACIDADE PERMANENTE; MORTE. 
 
CUSTO DA LESÃO 
 É O CUSTO ENVOLVIDO DIRETAMENTE NA LESÃO. É CALCULADO A PARTIR DOS 
DIAS PERDIDOS E DO SALÁRIO BRUTO DO ACIDENTADO. 
 
 
 
AGENTE DO ACIDENTE 
 É O OBJETO, SUBSTÂNCIA OU LOCAL NO QUAL OU AO REDOR DO QUAL EXISTIA A 
CONDIÇÃO AMBIENTE DE INSEGURANÇA ESCOLHIDA NO ITEM ANTERIOR. 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 66 
 
EXEMPLOS: SUPERFÍCIES E ESTRUTURAS; ESTRUTURAS E EDIFICAÇÕES; 
MÁQUINAS; EQUIPAMENTOS DE GUINDAR; EQUIPAMENTO ELÉTRICO; EMISSORES 
DE RADIAÇÃO; EQUIPAMENTO SOB PRESSÃO. 
 
DATA DO ACIDENTE 
 É A DATA QUANDO O ACIDENTE FOI REGISTRADO. 
 
DATA DO AFASTAMENTO 
 É A DATA EMPREGADA PARA OS CASOS DE LESÃO COM AFASTAMENTO, OU SEJA, 
A DATA DE INÍCIO DO AFASTAMENTO DO ACIDENTADO. 
 
DATA DA ALTA 
 É A DATA DO TÉRMINO DO AFASTAMENTO DO ACIDENTADO A QUAL 
CORRESPONDE ÀQUELA EM QUE O ACIDENTADO FOI CONSIDERADO APTO A 
RETORNAR AO TRABALHO. 
 
HORA DO ACIDENTE 
 É A DETERMINAÇÃO EXATA DO HORÁRIO DE ACONTECIMENTO DO ACIDENTE 
 
DESCRIÇÃO 
 É A DESCRIÇÃO COMPREENSÍVEL DE COMO OCORREU O ACIDENTE E A LESÃO, 
INDICANDO DANOS MATERIAIS, PRINCIPAIS OMISSÕES OU AÇÕES QUE SURGIRAM 
A PARTIR DO EVENTO. 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS/CORRETIVAS 
 ONDE SE PODE ENUMERAR AS AÇÕES QUE FORAM TOMADAS PARA PREVENIR 
E/OU MITIGAR O ACIDENTE EM QUESTÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 67 
 
Segurança no Lar 
 
Os acidentes domésticos podem ter consequências 
muito graves e até fatais. 
Transforme a sua casa num lugar mais seguro! 
 
Os acidentes domésticos são muito comuns. Mesmo com todo o 
cuidado, há objetos e situações que representam risco e podem provocar 
acidentes. Para as crianças e para os idosos, em especial, todas as divisões 
da casa podem representar um enorme risco. 
Um tapete que não está devidamente assente com 
proteção antiderrapante, uma gaveta da cómoda aberta, a porta 
de um armário, um fio do telefone solto, podem provocar quedas 
e traumatismos com consequências muito graves. Por vezes, 
esses acidentes são tão graves que podem levar à morte. 
 
QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO OU CAUSAS MAIS FREQUENTES 
DE ACIDENTES DOMÉSTICOS? 
 Escorregar ao andar sobre pisos molhados, úmidos ou encerados; 
 Andar de meias ou usar chinelos e sapatos mal apertados; 
 Móveis no meio do caminho (gavetas abertas, por exemplo), principalmente entre o 
quarto e a casa de banho; 
 Escadas com degraus de tamanhos diferentes; 
 Tapetes nos quartos, casas de banho, corredores e outras divisões da casa; 
 Pouca iluminação; 
 Estar em pé em cima de um banco ou cadeira; 
 Tonturas ao levantar-se; 
 Visão alterada pela idade; 
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 Perda do equilíbrio, muitas vezes causada por remédios; 
 Nos mais idosos, enfraquecimento dos ossos e dos músculos; 
 Soleiras das portas não niveladas com o chão. 
 
QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO OU CAUSAS MAIS FREQUENTES 
DE ACIDENTES DOMÉSTICOS ENVOLVENDO IDOSOS? 
 Visão e audição deficientes; 
 Enfraquecimento dos ossos e dos músculos; 
 Problemas de locomoção ou osteoarticulares e tremores; 
 Fatores do ambiente; 
 Iluminação deficiente; 
 Inexistência de corrimão ou de barras de segurança, nomeadamente na banheira; 
 Mobília 
instável; 
 Pavimento 
escorregadio; 
 Calçado não 
apropriado. 
 
 
 
 
 
 
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Consideremos o texto, a seguir: 
Veja Dicas de prevenção 
Armadilhas dentro de casa. 
 *(extraído do site www.clicabrasilia.com.br) 
A cada dia, Corpo de Bombeiros atende uma média de 13 ocorrências desta 
natureza. Crianças estão entre as vítimas! 
Um descuido dentro de casa pode ser 
fatal. As armadilhas estão por todos os 
lados. A cada dia, o Corpo de Bombeiros 
registra uma média de 13 casos de 
acidentes domésticos. Intoxicações, 
quedas e queimaduras são os mais 
comuns. 
A ocorrência mais recente foi registrada, ontem, em Sobradinho. Uma 
mulher morreu eletrocutada no quintal de casa. 
Somente nos primeiros quatro meses deste ano, o Corpo de Bombeiros 
registrou 1.606 ocorrências de acidentes domésticos no Distrito Federal. 
Apesar de os números estarem ainda em um patamar elevado, os casos 
têm diminuído com o passar dos anos. De janeiro a abril de 2005, foram 
computados 2.250 acidentes domésticos. No mesmo período de 2006, o 
índice foi reduzido para 1.938 casos. 
Os campeões de ocorrências no ano são vítimas de quedas, com 1.233 
casos. Logo em seguida, aparecem acidentes provocados por intoxicações 
diversas (114) e vazamento de gás de cozinha (79). Mesmo com a redução 
de ocorrências em relação ao ano passado, o mês de abril voltou a 
preocupar. Em janeiro, foram 410 acidentes domésticos, passando para 422 
em fevereiro e 310 em março. Já em abril o número saltou para 448 casos. 
Feriados 
O chefe de da Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, major Rogério 
Santos Soares, explica que o mês de abril é natural que haja um incremento 
no número de ocorrências em virtude dos feriados. "Quanto mais a pessoa 
fica em casa, mais chance tem de sofrer um acidente doméstico", ressalta. 
O auxiliar de pedreiro Manoel Neves da Silva, 46 anos, passou por maus 
bocados ao tentar ascender um fogão de lenha. Manoel diz que esqueceu 
uma garrafa de álcool próximo ao fogão, quando de repente viu seu corpo 
ser consumido pelo fogo. "Foi muito rápido. Eu só senti uma quentura nas 
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minhas costas e depois comecei a rolar no chão. Depois disso eu só me 
lembro de ter acordado aqui no hospital", relata. 
 
 Manoel Neves da Silva, pedreiro 
 
Para o major Rogério, a intensificação nos 
trabalhos de prevenção contribuiu para reduzir os números relacionados a 
acidentes domésticos. "Nós estamos empenhados em mostrar para a 
população os cuidados que devem ser tomados para evitar esses tipos de 
acidentes. São procedimentos bastante simples e que se forem seguidos 
corretamente podem salvar vidas", comentou. 
 
 
Acidentes Domésticos 
Os acidentes domésticos são 
muito comuns, e mesmo com todo o 
cuidado alguns objetos e situações 
apresentam riscos, principalmente para 
as crianças; às vezes esses acidentes 
são tão graves que podem levar à 
morte. 
Os pais devem lembrar que para 
a criança tudo pode ser brinquedo 
interessante e ela não é capaz de 
avaliar o perigo. Por isso devem ficar 
atentos a pequenos objetos como 
moedas, tampinhas de garrafas, clips, 
botões até brinquedos que possuam 
peças pequenas e que se soltam com 
facilidade e possam causar engasgos e sufocamento. 
 
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Siga algumas regras básicas e transforme sua casa em um lugar seguro: 
 
 MEDICAMENTOS 
Todo medicamento deve ser guardado em lugares altos e, de preferência, trancados com 
chave. Nenhum medicamento deve ser tomado sem orientação médica. 
 ESCADAS 
As escadas devem possuir corrimão e o piso não deve ser liso. Quando as crianças forem 
pequenas e principalmente na época em que estão engatinhando ou começando a andar, 
procure colocar protetores e barreiras em todos os acessos da casa que levem à escada. 
 JANELAS E SACADAS 
Para quem tem crianças em casa e principalmente em apartamentos, devem ser colocadas 
grades ou redes de proteção. Muitos acidentes acontecem pela falta de proteção em janelas 
e sacadas. 
 PISCINAS 
Crianças nunca devem ser deixadas sozinhas perto das piscinas. Em casa deve ser 
colocada tela de proteção ou grade em volta da piscina. Toda vez que a criança for nadar, 
em casa ou no clube, nunca deve deixar de usar bóias. 
 COZINHAS 
As pessoas e muito menos as crianças não têm noção do perigo que a cozinha representa, 
por isso mantenha as crianças sempre longe. Criança não tem medo de fogo, nunca deixe 
as panelas com os cabos virados para fora do fogão. Cuidado também com vazamento de 
gás. Verifique sempre os botões do fogão e se as mangueiras do gás estão em ordem. 
 PRODUTOS QUÍMICOS E MATERIAL DE LIMPEZA 
Por serem produtos altamente tóxicos e, muitas vezes, inflamáveis devem ser deixados em 
local de difícil acesso para crianças e animais. Nunca permita que crianças mexam com 
álcool ou outros produtos abrasivos e inflamáveis. A ingestão de certos produtos pode ser 
fatal. 
 TOMADAS 
Utilize sempre protetores especiais para as tomadas evitando assim choques e outros 
acidentes. 
 OBJETOS PONTIAGUDOS OU CORTANTES 
Facas, tesouras, chaves-de-fenda e outros objetos perfuro-cortantes nunca devem ser 
dados às crianças. Mantenha esses objetos em locais fechados onde a criança não tenha 
acesso. 
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 FERRO DE PASSAR ROUPA 
Nunca deixe o ferro ligado com o fio desenrolado e ao alcance das crianças. Além da alta 
temperatura, é perigoso por seu peso e eletricidade. 
 
 *Em caso de acidente saiba como praticar os 
PRIMEIROS SOCORROS E CHAME SOCORRO 
ESPECIALIZADO URGENTE, SE NECESSÁRIO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ATLAS – Manuais De Legislação ATLAS. Segurança e Medicina Do Trabalho. São Paulo 
48ª Edição. 
BRASIL. Consolidação das Leis Trabalhistas: decreto-lei 5452/43. 
In:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm (Acesso em 22/09/2011, 
às 19h). 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Brasília, DF: Senado, 
1988. In:http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988 (acesso em 20/09/2010, às 
17h. 
CAMPOS, Armando Augusto Martins. CIPA uma Nova Abordagem. 
CAMPOS, José Luiz Dias; CAMPOS, Adelina Bitelli Dias. Acidentes do Trabalho. São 
Paulo: LTr, 1991. 
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. Edit. Saraiva, 24ª 
Edição. 
FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin de. Direito ambiental e a saúde dos 
trabalhadores. São Paulo: LTr, 2000. 
GONÇALES, Odonel Urbano. Manual de Direito Previdenciário. 10. ed. São Paulo: Atlas, 
2002. 
GONÇALVES, Edwar Abreu. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. Edit. LTR 2000. 
JORGE NETO, Francisco Ferreira e CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. 
MANUAIS DE LEGISLAÇÃO, SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Edit. Atlas, 47ª 
Edição. 
Manual de Formação: Higiene e Segurança no Trabalho - Programa Formação PME 7/45 
MELO, Raimundo Simão de. Direito Ambiental do Trabalho e Saúde do Trabalhador. 4. 
ed. São Paulo: LTr, 2010. 
MICHEL, Oswaldo. Acidentes do Trabalho e Doenças Profissionais. Edit. LTR/2000. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO 75 
 
MONTEIRO, Antonio Lopes e BERTAGNI, Acidentes do Trabalho e Doenças Profissionais, 
Edit. Saraiva, 2ª ed. Atualizada. 
OLIVEIRA, José de. Acidentes do Trabalho. Edit. Saraiva, 3ª Edição. 
PADILHA, Norma Sueli. Do meio ambiente do trabalho equilibrado. São Paulo: LTr, 
2002. 
REVISTA CIPA – Revista CIPA, Traz Várias Informações Como Congressos Sobre SST. 
REVISTA PROTEÇÃO – Site Da Revista Proteção. Eventos, Guia De Produtos, Artigos. 
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Edit. IOB, 14ª Ed., Mar/2000. 
SITE ÁREA SEG.COM CARTILHA DO SESI/SEBRAE. GASPARI, Adalton. APOSTILA 
PRODA SAÚDE SEGTRABALHO. 
Site do FENATEST – Federação Nacional Dos Técnicos De Segurança Do Trabalho. 
Site do FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueiredo De Segurança e Medicina 
Do trabalho. 
Site do Ministério da Previdência Social 
Site do MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – Site do Ministério do Trabalho e 
Emprego. NRs, CAs, portarias, FAT, FGTS. 
 
 
 
Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-lourodessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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