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Segurança do Trabalho - Fundamentos de Saúde e ST Vol 01

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Série Segurança do Trabalho
Fundamentos 
de saúde e 
segurança 
do trabalho
Volume 1
Série Segurança do Trabalho
Fundamentos 
de saúde e 
segurança 
do trabalho
Volume 1
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Série Segurança do Trabalho
Fundamentos 
de saúde e
segurança 
do trabalho
Volume 1
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por 
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de 
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por 
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina 
Núcleo de Educação – NED
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
__________________________________________________________________ 
 S491f 
 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. 
Fundamentos de saúde e segurança do trabalho, volume 1 / Serviço Nacional 
de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : 
SENAI/DN, 2012. 
138 p. : il. ; (Série Segurança do Trabalho). 
 
 ISBN 978-85-7519-500-0 
 
 1. Segurança do trabalho. 2. Segurança do trabalho - Legislação. 3. Higiene 
do trabalho. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento 
Regional de Santa Catarina II. Título III. Série. 
 
 
CDU: 614.8 
_____________________________________________________________________________ 
142
lista de ilustrações
Figura 1 - Aspectos da qualidade de vida ...............................................................................................................23
Figura 2 - Pirâmide alimentar ......................................................................................................................................29
Figura 3 - Diagrama de Ishikawa ................................................................................................................................56
Figura 4 - Cena de acidente de trabalho .................................................................................................................58
Figura 5 - Maneiras de registrar acidentes ..............................................................................................................65
Figura 6 - Indicadores para medir e comparar a periculosidade ....................................................................66
Figura 7 - Categorias de perdas ..................................................................................................................................79
Figura 8 - Responsável pela emissão da CAT .........................................................................................................90
Figura 9 - Especificações do estado civil do acidentado ...................................................................................92
Figura 10 - Tipo de filiação do segurado..................................................................................................................93
Figura 11 - Tipo de acidente .........................................................................................................................................94
Figura 12 - Local do acidente .......................................................................................................................................95
Figura 13 - Pirâmide de Frank Bird .......................................................................................................................... 117
Figura 14 - Falhas ativas .............................................................................................................................................. 125
Figura 15 - Queijo suíço de Reason ........................................................................................................................ 125
Quadro 1 - Matriz curricular ..........................................................................................................................................15
Quadro 2 - Consumo de ingredientes .......................................................................................................................30
Quadro 3 - 5W2H ...............................................................................................................................................................57
Quadro 4 - Ficha de cálculo do custo efetivo de acidentes................................................................................86
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Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................12
2 Princípios de Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho ...................................................................17
2.1 Histórico e desenvolvimento industrial ..............................................................................................18
2.2 Responsabilidade socioambiental ........................................................................................................21
2.3 Qualidade de vida .......................................................................................................................................23
3 Terminologia Técnica ....................................................................................................................................................35
3.1 Desvio ..............................................................................................................................................................36
3.2 Incidente .........................................................................................................................................................37
4 Acidentes de Trabalho..................................................................................................................................................43
4.1 Definição ........................................................................................................................................................44
4.2 Aspectos sociais e ambientais ................................................................................................................49
4.3 Consequências .............................................................................................................................................50
4.4 Análise de acidentes...................................................................................................................................54
4.5 Reabilitação profissional ...........................................................................................................................58
4.6 Estatísticas – estadual e nacional.........................................................................................................63
4.7 Custos ..............................................................................................................................................................83
4.8 Comunicação de acidentes do trabalho .............................................................................................87
4.9 Relatórios ........................................................................................................................................................97
5 A Prevenção de Acidentes de Trabalho .............................................................................................................. 105
5.1 Princípios Prevencionistas ..................................................................................................................... 106
6 Teoria de Frank Bird, “Pirâmide” ............................................................................................................................. 113
6.1 Conhecendo a teoria de Frank Bird, “Pirâmide” ............................................................................. 114
7 Estudos de J. Reason “Queijo Suíço” ..................................................................................................................... 121
7.1 Erro humano no ambiente de trabalho ........................................................................................... 122
Referências ........................................................................................................................................................................ 129
Minicurrículo dos Autores ........................................................................................................................................... 137
Índice .................................................................................................................................................................................. 139
8 Legislação e Normas ................................................................................................................................................. 157
8.1 OIT .................................................................................................................................................................. 158
8.1.1 História ....................................................................................................................................... 158
8.1.2 Fundamentos .......................................................................................................................... 160
8.1.3 Estrutura .................................................................................................................................... 161
8.2 Constituição Federal ................................................................................................................................ 164
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8.3 Hierarquia das Leis ................................................................................................................................... 168
8.3.1 Definição ................................................................................................................................... 169
9 Normas Regulamentadoras .................................................................................................................................... 177
9.1 Principais Normas Regulamentadoras ............................................................................................. 178
9.2 Segurança do Trabalho.......................................................................................................................... 184
9.2.1 Rural ............................................................................................................................................ 184
9.2.2 Mineração ................................................................................................................................. 188
9.2.3 Trânsito ...................................................................................................................................... 192
9.2.4 Construção Civil ..................................................................................................................... 197
9.2.5 Laboratórios ............................................................................................................................ 205
9.2.6 No lar ......................................................................................................................................... 207
10 Avaliação e Controle de Riscos Ambientais .................................................................................................... 213
10.1 Riscos ambientais .................................................................................................................................. 214
10.1.1 O Mapa de Risco ................................................................................................................. 215
10.1.2 Fazendo o Mapa de Riscos .............................................................................................. 216
10.2 Ferramentas manuais e portáteis .................................................................................................... 219
10.2.1 Classificação de Ferramentas ......................................................................................... 219
10.2.2 Medidas Preventivas ......................................................................................................... 220
10.2.3 Ferramentas manuais ....................................................................................................... 221
10.2.4 .Ferramentas Portáteis ....................................................................................................... 222
10.3 Proteção de máquinas e equipamentos ....................................................................................... 223
10.3.1 Proteção de Equipamentos.............................................................................................. 223
10.3.2 Dispositivos de Segurança .............................................................................................. 224
10.4 Equipamentos sob pressão ................................................................................................................ 227
10.4.1 Operadores ............................................................................................................................ 229
10.4.2 Vasos de pressão .................................................................................................................. 230
11 Segurança em Eletricidade .................................................................................................................................. 235
11.1 Riscos .......................................................................................................................................................... 236
11.1.1 Choque elétrico .................................................................................................................... 237
11.1.2 Proteção contra efeitos térmicos ................................................................................... 244
11.1.3 Proteção contra queimaduras ........................................................................................ 244
11.1.4 Arco elétrico .......................................................................................................................... 244
11.1.5 Campos eletromagnéticos ............................................................................................... 248
11.1.6 Riscos adicionais – Classificação ................................................................................... 250
11.1.7 Acidentes de origem elétrica ..........................................................................................257
11.2 Métodos de controle ............................................................................................................................ 259
11.2.1 Proteção contra choques elétricos ................................................................................ 259
11.2.2 Desenergização .................................................................................................................... 261
11.2.3 Instalação da sinalização de impedimento de energização ................................ 265
11.2.4 Proteção por separação elétrica ..................................................................................... 270
11.3 Eletricidade estática .............................................................................................................................. 271
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11.4 NR-10 Instalação e serviços de eletricidade ................................................................................. 273
11.4.1 Medidas de proteção coletiva e individual ................................................................ 279
11.4.2 Principais equipamentos de proteção coletiva ........................................................ 281
11.4.3 Principais Equipamentos de Proteção Individual .................................................... 283
11.4.4 Segurança nas instalações elétricas.............................................................................. 284
11.4.5 Alta-tensão ............................................................................................................................. 289
11.4.6 Sinalização obrigatória de segurança .......................................................................... 294
11.4.7 Procedimentos .................................................................................................................... 295
11.4.8 Situações de emergência ................................................................................................. 296
12 Cores de Segurança e Ventilação ........................................................................................................................ 301
12.1 Cores e sinalização ................................................................................................................................. 302
12.2 Ventilação ................................................................................................................................................ 306
12.2.1 Industrial ................................................................................................................................. 307
13 Desenho Técnico ...................................................................................................................................................... 315
13.3 Normas ..................................................................................................................................................... 316
13.3.1 NBR 10068 – Folha de desenho layout e dimensões .............................................. 317
13.3.2 NBR 10647– Desenho Técnico – Norma Geral........................................................... 317
13.3.3 NBR 13142– Desenho Técnico – Dobramento de cópias ...................................... 317
13.3.4 NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos ........ 318
13.3.5 NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenho 
técnico .................................................................................................................................................. 318
13.4 Formatos do papel ............................................................................................................................... 319
13.4.1 NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico ................................ 319
13.4.2 Margens .................................................................................................................................. 319
13.4.3 Espaço para texto ................................................................................................................ 320
13.5 13.3 Legenda e tipos de linha............................................................................................................ 322
13.5.1 Legenda ................................................................................................................................. 322
13.5.2 Caligrafia técnica ................................................................................................................ 322
13.5.3 Tipos de linha ........................................................................................................................ 323
13.6 Desenho Geométrico ........................................................................................................................... 326
13.6.1 Projeções Ortogonais ......................................................................................................... 326
13.7 Perspectiva ............................................................................................................................................... 333
13.7.1 Perspectiva Isométrica ....................................................................................................... 334
13.8 Escalas ........................................................................................................................................................ 335
13.9 Seções projetadas sobre a vista e fora da vista ........................................................................... 336
13.9.1 Cortes e seções ..................................................................................................................... 337
13.9.2 Hachuras (NBR 12.298) ...................................................................................................... 338
13.9.3 Corte Total (DIN-6) .............................................................................................................. 339
13.9.4 Meio corte .............................................................................................................................. 340
13.9.5 Cortes com desvio ............................................................................................................... 341
13.9.6 Corte parcial .......................................................................................................................... 342
13.10 Desenhos de detalhes ....................................................................................................................... 342
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13.10.1 Norma - NBR-5984/80...................................................................................................... 343
13.11 Plantas e leiautes ................................................................................................................................. 346
13.11.1 Planta Baixa ......................................................................................................................... 346
13.12 Geração de elementos geométricos ............................................................................................ 348
13.12.1 Arcos que se interseccionarão no centro desejado ............................................. 349
13.12.2 Divisão de uma reta em duas partes iguais ............................................................. 349
13.12.3 Hexágono ............................................................................................................................ 350
13.12.4 Pentágono ........................................................................................................................... 350
13.12.5 Inscrever uma circunferência em um quadrado .................................................... 350
Referências ........................................................................................................................................................................353
Minicurrículo dos Autores ........................................................................................................................................... 361
Índice .................................................................................................................................................................................. 363
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1
Neste primeiro volume desta unidade curricular conheceremos os fundamentos técnicos e 
científicos visando o desenvolvimento de princípios da área de saúde e segurança do trabalho, 
bem como, o desenvolvimento das capacidades sociais, organizativas e metodológicas ade-
quadas a diferentes situações profissionais. Aqui teremos a oportunidade de refletir sobre os 
princípios de saúde, meio ambiente e segurança do trabalho, terminologia técnica, acidentes 
do trabalho e princípios prevencionistas. 
Você perceberá que esses princípios repercutiram no desenvolvimento industrial, na res-
ponsabilidade socioambiental das empresas e na qualidade de vida dos trabalhadores.
No decorrer do estudo veremos as terminologias técnicas usadas para evitar acidentes de 
trabalho, bem como a sua aplicabilidade no dia a dia. Você saberá o que é o desvio, os inciden-
tes, os perigos, os riscos e os acidentes. Saberá as causas, fatores e medidas preventivas, o que 
é muito importante. 
Com o estudo, terá subsídios para o desenvolvimento e implantação do sistema de Saúde 
e Segurança do Trabalho, além de saber o que é um acidente, as causas e consequências dos 
acidentes e como relatá-los ao Ministério do Trabalho. Além disso, verá como calcular os custos 
envolvidos nesse processo e a maneira de preparar um documento de apoio.
 Em outros capítulos, veremos a teoria de Frank Bird, além dos estudos de J. Reason sobre 
“Queijo Suíço”. Numa visão mais abrangente, neste volume, teremos questões ligadas à segu-
rança do trabalho, tais como: definição, aspectos sociais e ambientais, consequências, análise 
de acidentes, reabilitação profissional, estatísticas, custos, comunicação de acidentes do tra-
balho e relatórios. Um dos aspectos a destacar está na importância do apoio da empresa ao 
trabalhador na hora em que este vai voltar ao trabalho após um acidente.
O último capítulo será dedicado ao estudo de J. Reason “Queijo Suiço”. Esta teoria abrange 
questões muito importantes, ligadas à segurança. Para isso, existe a necessidade de gerencia-
mentos dos erros humanos. Você verá que os erros humanos têm modelo e causa própria e por 
isso, precisam ser tratados de forma distinta.
Já no segundo volume de Fundamentos de Saúde e Segurança no Trabalho, o objetivo será 
proporcionar a aquisição dos fundamentos técnicos e científicos com vistas ao desenvolvi-
mento de princípios da área de saúde e segurança no trabalho, bem como ao desenvolvimen-
to das capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diferentes situações 
profissionais. 
introdução
14 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
Neste volume você terá a oportunidade de refletir e interpretar procedimen-
tos, documentos, normas e legislação de saúde, segurança e meio ambiente. 
Conhecer a hierarquia das leis, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é 
importante que você conheça essa organização para compreender os direitos tra-
balhistas e, a partir daí, entender as bases de como foram fundamentadas nossas 
leis trabalhistas. 
Verá ainda que as Normas Regulamentadoras deverão ser respeitadas e cum-
pridas dentro de todas as funções em território nacional porque elas emanam das 
Leis e complementam toda a legislação trabalhista. Terá também uma visão mais 
abrangente sobre a questão da segurança do trabalho rural, da extração mineral, 
do trânsito, do lar e da construção civil que contempla, entre outros aspectos, 
as edificações, a construção de estradas e de laboratórios. No volume dois você 
ainda poderá compreender como fazer a avaliação e o controle dos riscos am-
bientais e de processos. 
Conhecerá aspectos que envolvem a segurança em eletricidade, onde poderá 
conhecer a NR-10, os riscos inerentes às atividades laborais, quais são as medidas 
de controle, o que é e como evitar a eletricidade estática, bem como, quais são 
as regras de segurança para a instalação de máquinas e equipamentos, além de 
aprender a realizar serviços onde a eletricidade está presente. Você também terá 
a oportunidade de conhecer as cores e as sinalizações utilizadas no ambiente cor-
porativo para identificar riscos e a questão da ventilação dentro das organizações, 
seja ela industrial, natural, geral ou de exaustão, visando eliminar os possíveis po-
luentes que possam colocar em risco a integridade física do trabalhador. 
Por fim, terá a oportunidade de conhecer o desenho técnico que tem a prer-
rogativa de permitir ao futuro técnico interpretar desenhos, especificações, sim-
bologias e projetos seguindo a legislação de saúde e segurança do trabalho. Ter 
este conhecimento será importante para criar mapas de riscos, identificar layouts, 
arranjos físicos, peças que podem causar acidentes, entre outros.
Neste sentido, os conteúdos aqui apresentados pretendem desenvolver em 
você, futuro técnico em segurança do trabalho, a capacidade de planejar ações 
para assegurar a integridade física e mental das pessoas e a preservação do meio 
ambiente, do patrimônio e da imagem da organização, de acordo com a legisla-
ção e normas aplicadas à segurança, saúde e meio ambiente.
Para o profissional, é importante estar preparado tanto nas competências 
técnicas quanto nas relacionais para poder atuar pró-ativamente, conduzindo as 
pessoas com as quais trabalha a excelentes resultados e a satisfação profissional. 
Perceba a importância do aprendizado tanto para sua vida pessoal como profis-
sional.
Como você percebeu, tem muito conteúdo interessante aguardando por você! 
E os Fundamentos de Saúde e Segurança do Trabalho são essenciais não apenas 
para o profissional da área, mas também para serem aplicados no cotidiano, pois 
afinal, saúde e segurança são fundamentais!
1 inTroduçÃo 15
A seguir são descritos na matriz curricular os módulos e as unidades curricula-
res previstos e as respectivas cargas horárias.
Técnico Segurança do Trabalho
MóDULOS DENOMINAÇÃO UNIDADES CURRICULARES
CARGA 
hORáRIA
CARGA hORáRIA 
DO MóDULO
Básico Básico
• Comunicação Oral e 
Escrita 
60h
300h
• Fundamentos de 
Saúde e Segurança do 
Trabalho 
120h
• Cálculos aplicados em 
Saúde e Segurança do 
Trabalho 
60h
• Gestão de pessoas 60h
Específico I
Realização de 
ações de saúde 
e segurança do 
trabalho
• Ações Educativas em 
Saúde e Segurança do 
Trabalho 
• Saúde e Segurança do 
Trabalho 
90h 
360h
450h
Específico II
Coordenação de 
ações de saúde 
e segurança do 
trabalho
• Coordenação de Ações 
em Saúde e Segurança 
do Trabalho
150h 150h
Específico III
Planejamento de 
ações de saúde 
e segurança do 
trabalho
• Planejamento de Ações 
em Saúde e Segurança 
do Trabalho 
300h 300h
Quadro 1 - Matriz curricular
Fonte: SENAI DN
Agora você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento. Faça deste 
processo um momento de construção de novos saberes, onde teoria e prática 
devem estar alinhadas para o seu desenvolvimento profissional. Bons estudos!
2
Princípios de Saúde, meio ambiente 
e Segurança do Trabalho
Está pronto para entrar no mundo da saúde e segurança do trabalho?
Neste capítulo, você conhecerá a trajetória da segurança e saúde do trabalho, desde o seu 
surgimento até os dias atuais. Verá também os passos do desenvolvimento industrial e a impor-
tância da responsabilidade socioambiental nas indústrias. Outro assunto a ser tratado: de que 
forma a qualidade de vida no trabalho vem mudando os conceitos de saúde dos trabalhadores?
Aqui, você terá a oportunidade de explorar assuntos importantes no contexto da saúde e 
segurança do trabalho. As oportunidades de aprendizagem serão muitas. 
Que tal agora conheceros objetivos de aprendizagem? Acompanhe!
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) entender a importância do surgimento das Normas Regulamentadoras do Decreto-lei nº 
5.452;
b) utilizar terminologia técnica de segurança, meio ambiente e saúde;
c) reconhecer os impactos do desenvolvimento industrial;
d) compreender como a responsabilidade socioambiental é interpretada pela indústria;
e) conhecer os benefícios do PQV (Programa Qualidade de Vida).
A partir de agora você terá a oportunidade de conhecer diversos temas sobre o assunto que 
farão a diferença em suas práticas. Faça desse processo uma construção significativa e praze-
rosa.
18 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
2.1 hiSTórico e deSenVolVimenTo induSTrial
Desde que o trabalho foi descoberto, estabeleceram-se várias evidências e 
correlações do trabalho com os acidentes e doenças. Uma das doenças profissio-
nais mais encontradas, na época, foi a silicose, ou seja, a “asma dos mineiros”, uma 
doença típica de trabalhos em minas de extração.
G
et
ty
 Im
ag
es
 (2
01
2)
Decorrente dessas atividades, em 1700, foi publicado um livro, na Itália, que 
tratava dessas doenças e das demais ocupações. Na época, o médico Bernardi-
no Ramazzini, realizou diversos estudos, envolvendo o assunto, mas não evoluiu 
com eficiência devido à grande quantidade trabalhos artesanais e dificuldades 
em constatar que o trabalho poderia estar diretamente ligado às doenças defla-
gradas1 na época.
 VOCÊ 
 SABIA?
Mais tarde, no século XVIII, iniciava-se na Inglaterra, a 
Revolução Industrial. Nessa época, buscava-se a produ-
ção a todo custo, não importando se isso iria refletir na 
saúde e segurança dos trabalhadores.
Com o advento2 dessa revolução, as fábricas se instalavam em beirais de rios 
e lagos, pois a única fonte de energia para o movimento de máquinas e equipa-
mentos era a energia hidráulica, sem falar que a mão de obra, nessas localidades, 
era bastante escassa.
1 DEFLAGRADAS
Provocadas, 
desencadeadas.
2 ADVENTO
Vinda, início.
3 EMISSÃO
Produzir, transmitir.
2 PrincÍPioS de Saúde, meio ambienTe e Segurança do Trabalho 19
iS
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ph
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(2
0-
-?
)
Com o surgimento da máquina a vapor, a grande maioria das fábricas começa-
ram a expandir suas estruturas para as áreas mais centrais das cidades, facilitando 
a contratação de mão de obra. Com essa evolução e a natural necessidade de 
contratações, não existia qualquer tipo de avaliação médica, sendo admitidos tra-
balhadores com doenças, mulheres e crianças de qualquer idade, evidenciando 
com excesso a ocorrência de graves acidentes.
Como a preocupação pela produção era o foco, existiam máquinas e equipa-
mentos sem proteções e a emissão3 de ruídos com decibéis elevados era comum. 
Além disso, havia altas temperaturas no ambiente que, com frequência, gerava 
mal súbitos, principalmente em crianças, por serem mais frágeis. A quantidade de 
horas trabalhadas não era respeitada, assim como, o trabalho noturno.
 VOCÊ 
 SABIA?
Por que o dia 1° de maio foi instituído como dia do tra-
balho?
A história desse dia inicia em 1886, nos Estados Unidos. 
Nessa época começaram a ser organizados movimentos 
de protestos, onde os trabalhadores reivindicavam seus 
direitos. O principal motivo era diminuir a carga horária 
de trabalho de 13 horas por dia, para 8 horas.
Essa greve foi tão grande e intensa que paralisou todo 
o sistema de produção americano. Os funcionários he-
sitavam trabalhar à medida que suas reivindicações não 
eram atendidas. Outros países também organizaram 
esse tipo de manifesto, mas foi somente em 1919 que o 
dia 1º de maio foi oficialmente proclamado feriado.
20 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
A lei de saúde e moral dos aprendizes surgiu em 1802. Essa lei estabeleceu 
alguns parâmetros4 básicos, que buscavam a redução de acidentes de trabalho, 
como: melhores condições de ventilação, a redução para 12 horas de trabalho por 
dia, a necessidade de lavar as paredes e estruturas da fábrica pelo menos duas 
vezes ao ano, entre outras ações.
Mas mesmo seguindo todas essas etapas, as fábricas registravam um número 
muito alto de acidentes de trabalho, não sendo, assim, o suficiente na busca da 
integridade física dos trabalhadores.
 VOCÊ 
 SABIA?
E foi apenas em 1877, que surgiu nos Estados Unidos, 
uma nova lei que exigia a colocação de proteções em 
máquinas e equipamentos, bem como, uma quantidade 
mínima de saídas de emergência para situações de eva-
cuação5 de toda fábrica.
Em meados de 1967 e 1968, um norte americano chamado Frank Bird, iniciou 
um extenso estudo sobre os acontecimentos dos acidentes de trabalho. Na épo-
ca, Frank estudou aproximadamente 170.000 pessoas que estavam envolvidas 
em acidentes de trabalho em companhias americanas, chegando à conclusão 
que para cada 600 incidentes, havia um acidente com afastamento, reforçando 
que esses dados advinham de probabilidades6. O Conselho Nacional para Segu-
rança Industrial surgiu em nova fase da Revolução Industrial americana. Com a 
realização do trabalho em um fluxo produtivo diferenciado, ou seja, em massa, 
os trabalhadores começaram a repensar a sua nova forma de trabalhar com mais 
segurança, até porque novas legislações estavam surgindo, ficando claro que a 
importância pela segurança aumentaria para ambos os lados.
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4 PARÂMETROS
Elemento importante 
a levar em conta para 
avaliar uma situação 
ou compreender um 
fenômeno em detalhe.
5 EVACUAÇÃO
Esvaziamento, saída ou 
retirada.
6 PROBABILIDADE
Razão ou indício que 
faz supor a verdade ou 
possibilidade de um fato.
2 PrincÍPioS de Saúde, meio ambienTe e Segurança do Trabalho 21
Já para a América Latina, estas preocupações começaram a aparecer apenas 
no século XX. Em 1950, foram estabelecidos procedimentos e objetivos para a 
saúde ocupacional por meio da O.I.T. (Organização Internacional do Trabalho). 
Ações, estas, que foram estipuladas devido ao desenvolvimento industrial local.
Seguindo as necessidades mundiais, o Brasil criou sua primeira lei na área de 
prevenção em 1919, onde o foco era o trabalho ferroviário. As leis trabalhistas 
surgiram na sequência, em 1934, instituindo uma ampla regulamentação, a qual 
se refere à prevenção de doenças e acidentes de trabalho.
Em 1972, o governo brasileiro criou a portaria nº 3237, tornando obrigatório o 
cumprimento de trabalhos voltados à higiene e à segurança, e também de saú-
de ocupacional para todas as empresas com mais de cem trabalhadores. Já, em 
1978, surgiu a tão esperada Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho, 
denominada como NR.
E você sabe o objetivo dessa norma? O intuito dessa norma era contemplar to-
das as informações possíveis para um ambiente de trabalho mais digno e seguro 
para o trabalhador.
Na data de sua criação, a NR constava de 28 Normas Regulamentadoras, entre 
elas, a NR-05, que visa à formação de uma comissão interna de prevenção de aci-
dentes e doenças ocupacionais.
E então, gostou do assunto? Percebeu como as conquistas dos trabalhadores 
em relação à sua saúde e à segurança do trabalho foram sendo ampliadas com 
o passar dos anos? E que tal continuar o estudo, agora sobre o tema responsa-
bilidade socioambiental? Esse será o assunto da próxima etapa. Adiante com os 
estudos!
2.2 reSPonSabilidade SocioambienTal
Certamente, você já ouviu falar em responsabilidade socioambiental, não é 
mesmo? Pois saiba que foi na década de 1990, por meio de uma reunião mundial 
sobre o gerenciamento ambiental, que se tornou forte a divulgação do termo res-
ponsabilidade socioambiental. Com a cobrança frequente de uma globalização 
por aspectos mais justos na área social, as organizações começaram a desper-
tar interesse pelo assunto, notando novas cobranças tanto pela parte de clientes 
como pela sociedade onde a organização estava inserida.
22 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
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Mas de que formaas organizações podem chegar a um patamar de responsa-
bilidade socioambiental? Quais os caminhos a percorrer? Quais as dificuldades a 
serem encontradas?
Todos esses questionamentos são naturais quando se busca um objetivo, uma 
nova forma de fazer algo novo. Tal situação refletiu em diversas ações voltadas 
para a área ambiental, entre elas, é possível destacar:
a) respeitar e auxiliar a comunidade;
b) criar políticas de meio ambiente;
c) criar dispositivos para a proteção dos trabalhadores;
d) realizar sistemas que garantam ações ambientalmente corretas;
e) buscar o crescimento sustentável;
f) inserir ações ambientais na missão das organizações;
g) evidenciar o cumprimento da Agenda 21;
h) ser estratégico com as ações ambientais;
i) atender clientes e fornecedores com foco ambiental;
j) auxiliar as comunidades na busca pelo desenvolvimento sustentável.
 FIQUE 
 ALERTA
Nos dias atuais, diversas organizações vêm utilizando es-
tes parâmetros de forma negativa, ou seja, visando apenas 
o lucro e não à busca pela verdadeira essência do que é 
responsabilidade socioambiental.
7 PERMEAR
Atravessar. Fazer passar 
pelo meio.
2 PrincÍPioS de Saúde, meio ambienTe e Segurança do Trabalho 23
No entanto, a responsabilidade socioambiental consiste em permear7 as pes-
soas a conduzirem o seu dia a dia da forma mais ambientalmente possível, cons-
cientizando desde cedo, as crianças sobre a importância de se construir um mun-
do melhor, menos poluído, menos injusto e com mais dignidade.
 SAIBA 
 MAIS
Que tal ampliar seus conhecimentos sobre responsabilidade 
socioambiental? Como você certamente já sabe, ampliar as 
fontes de informação é uma forma de conhecer mais sobre o 
assunto. Veja a indicação de leitura a seguir.
DEMAJOROVIC, Jacques. Sociedade de risco e responsabili-
dade socioambiental: Perspectivas para a educação corpo-
rativa. São Paulo: Editora SENAC, 2003.
Agora, você já sabe que a responsabilidade socioambiental é importante, não 
somente para as empresas, mas para cada ser humano. Você está convidado a 
aprender mais sobre qualidade de vida. Pronto para seguir? Aperte os cintos e 
embarque nesta nova trajetória!
2.3 Qualidade de Vida
Para iniciar o estudo, pense nas seguintes questões: quais são suas preocupa-
ções? Trabalho, relacionamentos, família? Como você tem cuidado do seu corpo? 
Ele é a sua casa e a forma como você cuida dele, é que determina sua aparência, 
seu estado mental e emocional. Você leva uma vida saudável?
Para ter uma vida saudável não basta apenas evitar doenças, é preciso estar 
bem emocionalmente, fisicamente, socialmente e espiritualmente. As nossas es-
colhas afetam a maneira como vivemos e a quantidade de anos que vivemos.
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1)
Figura 1 - Aspectos da qualidade de vida
24 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
 FIQUE 
 ALERTA
Para estar bem fisicamente é preciso ter uma boa noite de 
sono, fazer exercícios físicos e comer adequada e equili-
bradamente.
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O bem-estar mental está relacionado ao equilíbrio emocional e o bom conví-
vio familiar. O bem-estar social tem relação com uma moradia adequada, o acesso 
a tratamento de saúde, o trabalho e renda adequados e a segurança pessoal. Já o 
bem-estar espiritual é obtido por meio da prática de uma religião, meditação ou 
do contato com a natureza, alcançando, com isso, a paz interior.
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2 PrincÍPioS de Saúde, meio ambienTe e Segurança do Trabalho 25
A vida saudável é obtida por meio de ações pessoais e não depende dos ou-
tros. Cada pessoa deve querer buscar e se empenhar para ter boa saúde. Para isso, 
deve planejar, direcionar as prioridade e mudar os hábitos de vida que colocam 
em risco a saúde e o bem-estar.
Aquele que tem uma vida saudável é mais feliz e, com isso, tem mais saúde.
Para ter uma vida saudável é preciso estar bem consigo mesmo, reconhecen-
do seu valor e o dos outros, respeitando os direitos e cumprindo suas obrigações. 
Uma pessoa saudável também observa a qualidade de seus relacionamentos e, 
para isso, se comunica de forma eficiente e dedica tempo para as pessoas com as 
quais convive.
Lembre-se que as relações afetivas estáveis influenciam na saúde, na realiza-
ção pessoal e na segurança do indivíduo.
Além de ter uma vida saudável, é preciso que as pessoas também consigam 
realizar-se em seu trabalho. Sabe-se que as pessoas comprometem-se com algu-
ma coisa quando elas tiram do trabalho a sua realização pessoal, tanto material 
quanto psicologicamente.
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Você sabia que o que impulsiona o homem à ação é a sua motivação, ou seja, 
a realização como ser? É verdade! E, por isso, o trabalho precisa, necessariamente, 
significar e proporcionar um futuro melhor.
Caso isso não ocorra, o trabalho será uma obrigação chata, frustrante e des-
gastante.
26 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
O ser humano não quer apenas trocar tempo por dinheiro, ele deseja fazer 
algo além da sua obrigação. Portanto, cabe a você escolher o caminho que quer 
seguir. Pense em suas escolhas e analise as consequências dos seus atos. Essa 
atitude simples permite que o indivíduo cresça emocionalmente e se destaque 
no mercado de trabalho.
Conheça agora um caso interessante de hábitos errados que trouxeram gran-
des problemas para um consultor. Veja no Casos e relatos.
caSoS e relaToS
Calma aí Silva
O dia a dia de Silva é agitado. Ele acorda às 6h30min, toma seu banho, 
pega uma xícara de café na padaria próxima ao prédio onde fica seu es-
critório e inicia suas atividades de trabalho pontualmente às 7h30min. 
Parada pro almoço? Só quando dá! Nestes casos, Silva costuma pedir um 
lanche com dois hambúrgueres em um bar próximo à sua casa.
As atividades diárias de Silva incluem as visitas às empresas, pois ele é 
consultor em gestão empresarial e viaja com frequência. Em sua última 
viajem ele sentiu um mal estar depois de quase seis horas dirigindo sem 
parar. Quando retornou de viajem, descobriu que estava com uma úlcera 
no estômago, causada principalmente pelo uso indiscriminado de me-
dicamentos que ele tomava para evitar sentir algumas dores na coluna.
Além disso, o alto nível de glicose em seu exame de sangue indicava a 
possibilidade de estar com diabetes, onde a falta de exercícios físicos 
regulares e o consumo excessivo de açúcar poderiam ser as principais 
causas.
Agora, Silva deverá ficar afastado por uma semana e por isso terá con-
sideráveis prejuízos financeiros também, pois uma parte de seu rendi-
mento vem das comissões que ele recebe ao executar os seus serviços 
de consultoria.
Percebeu a importância de hábitos de vida saudáveis no trabalho? Reflita so-
bre a situação enfrentada por Silva e, caso seja necessário, reavalie seus hábitos!
8 PREVENCIONISTA
Estudo dos ambientes 
de trabalho e do 
comportamento humano 
com o objetivo de 
eliminar o potencial 
de acontecimentos de 
incidentes e acidentes.
9 PATOLOGIAS
Ciência das causas e dos 
sintomas das doenças.
10 DOENÇAS OCUPACIONAIS
É designação de várias 
doenças que causam 
alterações na saúde do 
trabalhador, provocadas por 
fatores relacionados com o 
ambiente de trabalho.
2 PrincÍPioS de Saúde, meio ambienTe e Segurança do Trabalho 27
E a medicina do trabalho, você sabe qual sua finalidade? A medicina do traba-
lho é essencialmente preventiva, propondo-se a promover e conservar a saúde 
dos que trabalham. Quando ocorre um dano, que não foi possível evitar, intervi-
rá o mais precocemente possível, minimizando consequências que possam vir a 
ocorrer.
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O Exame Médico Periódico é essencialmente prevencionista8 e deixou de ser 
uma ação voltada para o mero cumprimento do aspecto legal e passou a ter uma 
amplitude maior, agindo pró-ativamente na identificação de eventuais patolo-
gias9 que possam se manifestar. Que tal, agora, conhecer alguns exemplos de 
ações prevencionistas? Acompanhe!
a)Programa de Tratamento e Prevenção ao Tabagismo.
b) Exames Complementares ao periódico.
c) Campanha de vacinação.
d) Campanha de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.
e) Campanha de Controle de Diabetes.
f) Dia Mundial do Coração.
g) Grupos de Síndrome Metabólica, Diabéticos e Pré-diabéticos.
Além desses exemplos, que você conheceu, a ginástica laboral também é uma 
ação prevencionistas. Ela é uma atividade realizada no local de trabalho, com du-
ração média de dez minutos, que atua de forma preventiva, por meio de exercí-
cios que compensam as estruturas mais sobrecarregadas durante a jornada de 
trabalho e também ativam outras que não estejam sendo solicitadas. Ela promo-
ve a melhoria da qualidade de vida e a prevenção de doenças ocupacionais10.
28 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
Conheça os principais benefícios da ginástica laboral.
a) Redução do desconforto físico.
b) Melhora da flexibilidade e mobilidade articular.
c) Melhora da postura e consciência corporal.
d) Melhora da disposição física.
e) Maior integração entre os trabalhadores.
f) Auxílio no gerenciamento do stress.
Dentro desse contexto, é importante refletir sobre a seguinte questão: você se 
alimenta corretamente? A maioria das pessoas responderá que sim! Porém, o que 
os médicos têm observado é que a grande maioria da população brasileira abusa 
das gorduras, massas, carnes e temperos.
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Pare e pense: você consome frutas e verduras diariamente? Muitos respon-
derão que não gostam desses alimentos e, por isso, não os incluem na dieta. É 
verdade que algumas verduras não são tão saborosas assim, mas saiba que elas 
são fundamentais para o funcionamento correto do organismo. Apesar de viver-
mos em um país que possui uma variedade muito grande de frutas, a maioria da 
população não tem o hábito de consumi-las diariamente.
Alguns alegam que elas são muito caras e outros, que tem preguiça de descas-
cá-las. Agora que você já sabe a importância do consumo de frutas, verá algumas 
dicas sobre a orientação nutricional e os benefícios de uma alimentação saudável. 
Além disso, saberá como os alimentos menos populares podem fazer bem para a 
saúde. Pronto para iniciar? Siga atento!
2 PrincÍPioS de Saúde, meio ambienTe e Segurança do Trabalho 29
Primeiramente, é preciso conhecer a pirâmide alimentar para poder compre-
ender quais os alimentos devem ser consumidos para obter-se os nutrientes ne-
cessários e as quantidades adequadas.
Carnes e ovos
1 porção1/2
Frutas
4 porções
Leite, queijo
3 porções
Verduras e
legumes
4 porção1/2
Arroz, pão, mandioca
7 porções
Óleos e gorduras
1 porção1/2
Açúcares e doçes
1 porção1/2
Feijões 1 porção
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Figura 2 - Pirâmide alimentar
Fonte: apud HU - USP (2010)
Na base da pirâmide, é possível encontrar os carboidratos, que são fonte de 
energia. No segundo patamar, as vitaminas, minerais e fibras. No terceiro, estão os 
alimentos que são a fonte das proteínas e, no topo da pirâmide, encontram-se os 
alimentos que devem ser consumidos com moderação, pois são fonte de calorias.
 VOCÊ 
 SABIA?
Uma vida saudável é obtida por meio de ações pessoais 
e não depende dos outros? É verdade! Cada pessoa deve 
querer buscar e se empenhar para ter boa saúde. Para 
isso, deve planejar, direcionar as prioridades e mudar 
os hábitos que põem em risco a saúde e o bem-estar. 
Aquele que tem uma vida saudável é mais feliz.
30 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
Os médicos recomendam uma alimentação equilibrada, variando os alimen-
tos, comendo com moderação e consumindo mais alimentos da base da pirâmide 
do que do topo dela.
A alimentação não precisa ser cara, porém deve estar adequada ao consumo 
humano. Deve ser colorida e saborosa proporcionando, além dos nutrientes que 
necessitamos, a sensação de bem-estar e prazer.
Com o passar dos anos, a indústria alimentícia introduziu uma série de con-
dimentos que tornaram os alimentos mais saborosos e com cheiros irresistíveis. 
Infelizmente, alguns desses ingredientes são prejudiciais à saúde, se consumidos 
em excesso. Veja alguns deles!
INGREDIENTE CONSUMO EXCESSIVO
Açúcar Aumento de peso e excesso de gordura no sangue.
Gordura saturada Acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos e causa doenças do coração.
Gordura trans Problemas de saúde, principalmente ao coração.
Sódio Pode causar pressão alta.
Quadro 2 - Consumo de ingredientes
Alimentar-se de maneira saudável é ingerir alimentos que fornecem todos os 
nutrientes que o corpo necessita para funcionar bem. E você sabia que existem 
dois tipos de nutrientes? Saiba quais são!
MACRONUTRIENTES: proteínas, carboidratos, fibras e gorduras.
MICRONUTRIENTES: vitaminas (A, B, C e E) e sais minerais (fósforo, magnésio, 
potássio, zinco, sódio, cálcio e ferro).
Em função dos nutrientes que os alimentos fornecem ao organismo, eles po-
dem ser classificados como construtores, energéticos ou reguladores. Veja!
CONSTRUTORES: fornecem nutrientes para a constituição do corpo humano.
ENERGÉTICOS: fornecem energia para as células.
REGULADORES: regulam diversos processos que acontecem no corpo.
2 PrincÍPioS de Saúde, meio ambienTe e Segurança do Trabalho 31
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E agora você já sabe: invista em sua saúde, coma alimentos saudáveis e nas 
quantidades necessárias para o funcionamento e manutenção correta do seu cor-
po. Isso dará à você mais disposição e motivação para as atividades do dia a dia. 
Nas empresas, a área de segurança é responsável por ações importantes. Co-
nheça algumas a seguir.
a) Acompanhamento e orientação a grupos de orientação nutricional (obe-
sos), tabagistas e síndrome metabólica.
b) Palestras sobre tensão pré-menstrual (TPM), hábitos alimentares e rótulos.
c) Aferição da pressão arterial dos trabalhadores, em comemoração ao Dia Na-
cional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.
d) Verificação da circunferência abdominal, em comemoração ao Dia Mundial 
do Coração.
e) Verificação da quantidade de refeições ao dia, em comemoração ao Dia 
Mundial da Alimentação.
f) Aferição de peso, estatura e IMC, em comemoração ao Dia Nacional de Con-
trole da Obesidade.
g) Verificação da glicemia capilar, em comemoração ao Dia Nacional e Mun-
dial do Controle de Diabetes.
h) Orientação a respeito do consumo de álcool, em comemoração ao Dia Na-
cional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo.
32 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
Puxa! Como é importante ter hábitos saudáveis, não é mesmo? E a área de 
segurança nas empresas é uma aliada na busca pela qualidade de vida. Que tal 
observar os seus hábitos diários? Pare e reflita um pouco. A saúde deve estar em 
primeiro lugar! 
recaPiTulando
Neste capítulo, você conheceu os princípios da saúde e segurança do 
trabalho e meio ambiente e de que forma esses princípios repercutiram 
no desenvolvimento industrial, na responsabilidade socioambiental das 
empresas e na qualidade de vida dos trabalhadores.
Parabéns pela conclusão desta etapa! Siga com motivação e comprome-
timento, fazendo do seu estudo um momento significativo e prazeroso!
2 PrincÍPioS de Saúde, meio ambienTe e Segurança do Trabalho 33
Anotações:
3
Terminologia Técnica
Neste capítulo, você conhecerá a terminologia técnica de ferramentas práticas e de aplica-
bilidade simples que proporcionam resultados significativos na redução dos acidentes. Aqui 
você verá que medidas simples podem fazer a diferença! Portanto, prepare-se para essa etapa 
de novas descobertas! E agora, o convite é para conhecer os objetivos de aprendizagem.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) entender a aplicabilidade de terminologias técnicas na redução dos acidentes de trabalho.
Inicie com dedicação e atenção, fazendo do seu estudo uma oportunidade de refletir sobre 
suas práticas diárias!
36 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
3.1 deSVio
Você sabe o que édesvio? É toda ação que visa o não cumprimento de uma 
norma ou procedimento de segurança, podendo gerar agravos à saúde e à in-
tegridade física do trabalhador, bem como, uma diminuição na produção fabril.
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Vamos entender melhor através de alguns exemplos:
a) circular fora da faixa de segurança;
b) dirigir uma empilhadeira ou plataforma elevatória sem ser habilitado;
c) executar um trabalho em altura sem utilizar cinto de segurança;
d) realizar um trabalho com solda sem o preenchimento de uma permissão de 
trabalho especial;
e) não realizar o bloqueio de energias perigosas ao realizar uma ação preven-
tiva ou corretiva em máquinas e equipamentos;
f) trabalhar em máquinas ou equipamentos com correias ou engrenagens ex-
postas;
g) não reportar princípios de incêndio ou qualquer outra emergência;
h) não realizar o check-list1 de segurança da empilhadeira antes de utilizá-la.
Percebeu quantas situações podem se tornar riscos no ambiente de trabalho? 
Por isso, fique atento e permaneça longe de situações perigosas! E que tal com-
plementar o estudo, sabendo mais sobre incidentes? Esse será o próximo assun-
to. Até lá!
1 CHECK-LIST
Lista de verificação
3 Terminologia Técnica 37
3.2 incidenTe
Um incidente compreende toda situação que poderia ter gerado dano pesso-
al. Ele inclui o dano material, o de estrutura e a perda de tempo para arrumar algo 
que foi gerado por um incidente. Ficou claro?
Então, acompanhe os seguintes exemplos:
a) batida de empilhadeira em caixas de hidrante;
b) queda de materiais próximo ao trabalhador;
c) vazamento de vapor;
d) vazamento de óleo de máquinas e equipamentos;
e) vazamento de produtos químicos;
f) colisão sem lesão corporal.
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Apesar de não serem graves, os incidentes merecem atenção! E você, já se de-
parou com alguma situação como aquelas que conheceu nos exemplos anterio-
res? Para complementar ainda mais o seu estudo, na etapa seguinte, você verá os 
perigos e riscos. Mãos à obra!
38 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
caSoS e relaToS
Probabilidade de acidentes
Durante uma vistoria em um canteiro de obras, um grupo de membros 
da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), da construtora 
responsável, identificou que o risco de queda de ferramentas ou mate-
riais em uma determinada área da obra é muito alto.
Com base nesta análise, o técnico responsável pela segurança do tra-
balho da empresa propôs uma intervenção que deverá restringir a pas-
sagem de pessoas não autorizadas nesta área, dificultando a execução 
de algumas atividades de outros profissionais, tais como as entregas e o 
transporte de materiais.
Desta forma, mesmo sem ter registrado acidentes de trabalho desde que 
a obra iniciou, esta ação preventiva buscou a diminuição da probabili-
dade de acidentes. Ainda, a empresa estava ciente de que teria de realizar 
ajustes no canteiro de obras para reduzir os possíveis transtornos de lo-
comoção causados pelo isolamento desta área. Mesmo assim, este custo 
seria menor do que aquele resultante de um provável acidente.
Certamente, você já passou ou presenciou uma situação de perigo ou risco, 
como a descrita no Casos e relatos, certo? Pois saiba que o perigo é uma situação 
que prediz ou profetiza que uma determinada situação pode causar algum aci-
dente. Então, perigo é algo iminente.
 FIQUE 
 ALERTA
Portanto, um técnico de segurança do trabalho deve fazer 
um inventário3 das fontes de perigo de uma empresa e le-
var em consideração os principais riscos.
Perigo é toda situação que possa causar dano ou lesão em alguma pessoa ou 
ao patrimônio. Perigo é a situação que contém “uma fonte de energia ou de fa-
tores fisiológicos e de comportamento/conduta que, quando não controlados, 
conduzem a eventos/ocorrências prejudiciais/nocivas.” (SHINAR; GURION; FLAS-
CHER; 1991, p. 1095 apud FISCHER, GUIMARAES e SCHAEFFER, 2002, p. 4).
2 INVENTÁRIO
Rol, registro, catálogo.
3 Terminologia Técnica 39
Você já se perguntou sobre quais os riscos que corre no lugar onde vive? Pois 
saiba que acidentes acontecem em todos os lugares. Mas será que estamos se-
guros?
Os riscos aparecem o tempo todo e, na grande maioria das vezes, nem nos 
damos conta deles. Portanto, segundo Portugal (2000) “o risco é qualquer pos-
sibilidade de perigo e o que conta mesmo é a expressão ‘possibilidade’”. Outra 
definição para o termo: “risco é a probabilidade ou chance de lesão ou morte.” 
(SANDERS; MCCORMICK, 1993, p. 675 apud FISCHER, GUIMARAES; SCHAEFFER, 
2002, p. 4).
 SAIBA 
 MAIS
Que tal ampliar seus conhecimentos sobre risco? As pessoas 
têm fascínio pelo risco, não é mesmo? O risco pode nos tor-
nar prevenidos mas também é responsável pelo prazer que 
sentimos ao superar um desafio. Este livro traz uma reflexão 
sobre essa ambiguidade. Que tal lê-lo? 
 
ADAMS, John. Risco. São Paulo – SP: Senac Editora, 2009.
Risco é a expectativa de uma perda. É uma combinação da gravidade e da 
probabilidade apresentadas por um perigo.
Veja, temos vários equipamentos eletrônicos ligados na energia elétrica em 
nossa casa, certo? Os fios constituem um risco, porém há uma possibilidade pe-
quena de ser um perigo se eles estiverem em perfeito estado de conservação. 
Assim, o risco é visto como algo potencial, sendo:
(...) uma função da natureza do perigo, acessibilidade ou acesso 
de contato (potencial de exposição), características da popu-
lação exposta (receptores), a probabilidade de ocorrência e a 
magnitude da exposição e das consequências (...). (KOLLURU, 
apud FISCHER; GUIMARAES; SCHAEFFER, 2002, p. 4).
Durante todo o seu estudo, você foi desafiado a apropriar-se de novos conhe-
cimentos. E agora, vamos seguir em frente?
40 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
recaPiTulando
Neste capítulo, você conheceu as terminologias técnicas usadas para evi-
tar os acidentes de trabalho, bem como, a sua aplicabilidade no dia a dia. 
Você aprendeu o que é o desvio, os incidentes, os perigos, os riscos, os 
acidentes e o que é preciso fazer para evitá-los. Mas não para por aí. Na 
próxima etapa, você verá temas ligados aos acidentes de trabalho. Siga 
com determinação e comprometimento, trilhando os caminhos de novas 
descobertas!
3 Terminologia Técnica 41
Anotações:
4
acidentes de Trabalho
Alguma vez você já presenciou ou ouviu falar em acidente de trabalho? Sempre que ocorre 
alguma fatalidade, surgem as dúvidas se tal catástrofe poderia ser evitada. Além de compreen-
der quais os aspectos sociais, ambientais, legais, entre outros, neste capítulo, você estará con-
vidado a explorar os processos e componentes de acidentes de trabalho. Mas antes de iniciar, 
conheça os objetivos de aprendizagem!
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) conhecer os processos e componentes relacionados a acidentes de trabalho, além dos 
principais aspectos que interferem ou impactam no cotidiano de um profissional técnico.
Vamos entrar no assunto com muita dedicação e autonomia? Lembre-se que a sua aprendi-
zagem depende da sua participação no processo.
Faça bom proveito dos conteúdos!
44 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
4.1 deFiniçÃo
A existência ou ausência de boas condições de segurança ou da proteção e 
preservação da saúde do trabalhador é facilmente detectada quando são conhe-
cidos e interpretados alguns conceitos fundamentais sobre o significado de ter-
mos, como: “acidente de trabalho” e “doença ocupacional”. Esse será o assunto 
que você iniciará agora.
 VOCÊ 
 SABIA?
Acidente de trabalho pode ser considerado o evento 
casual, com danos para as vidas ou para a capacidade 
de trabalho do trabalhador ou relacionado com suas 
funções. 
Nesta abordagem, pode-se dizer que “evento casual” seria o acidente que não 
pode ser provocado intencionalmente pela vítima. Já a expressão “danos para as 
vidas ou para a capacidade de trabalho” significa que o acidente, para ser consi-
derado “de trabalho”, precisaser associado a algum ferimento ou lesão no tra-
balhador, desde que haja prejuízo na execução das suas atividades. E com base 
nisso, interfira ou interrompa sua produtividade, mesmo que parcialmente, em 
função do acidente sofrido.
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Acidente “sem afastamento” ou “sem perda de tempo” (SPT) ocorre quando o 
acidentado se afasta do serviço, mas retorna no dia seguinte ao do acidente, pois 
as lesões são superficiais.
Entretanto, se o trabalhador não retornar às suas funções no próximo dia nor-
mal de trabalho, o acidente deve ser declarado como “com afastamento” ou “com 
perda de tempo” (CPT).
E o que deve ser feito em casos de CPT? Em casos de CPT, deve haver regis-
tro e providências junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, espe-
cialmente o registro de Comunicação do Acidente do Trabalho (CAT), que pode 
inclusive ser redigido e enviado diretamente ao INSS pela Internet, sendo de res-
ponsabilidade da empresa o seu preenchimento e providências. Os incidentes 
situações anormais no ambiente de trabalho – devem ser considerados, pois po-
deriam provocar lesões. Entretanto, acarretam perda de tempo ou danos mate-
riais para a empresa. O acidente de trajeto é outro conceito importante. Ocorre 
quando o trabalhador está em casa e se desloca até sua empresa ou no caso con-
trário, indo para sua residência, a qualquer momento ou circunstância, como, por 
exemplo, horário de almoço ou fim do expediente.
O que deve ser considerado, no entanto, é que a trajetória ou caminho realiza-
do, deve ser o mesmo utilizado diariamente. Portanto, se um trabalhador pegou 
um caminho alternativo para chegar em casa e sofreu um acidente, descaracteri-
za o acidente de trajeto.
 FIQUE 
 ALERTA
Então, qualquer acidente que aconteça com um traba-
lhador, desde que esteja a serviço da empresa, dentro ou 
fora do ambiente de trabalho e mesmo em casos onde o 
trabalhador esteja viajando a serviço, se houver algum 
acidente, este deve ser considerado como acidente de 
trabalho, sendo coberto pelo INSS, em específico, o seguro 
de acidente de trabalho.
Caso o acidente aconteça no local de trabalho: no refeitório, no trajeto de 
percurso para o refeitório, durante a pausa ou o descanso para a refeição - que 
pode contar com alguma prática esportiva: futebol, tênis de mesa, xadrez, jogos 
eletrônicos ou, simplesmente, uma leitura de revista - será declarado como um 
acidente de trabalho. 
46 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
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É comum escutar que alguém teve um acidente “no” trabalho. Porém, o cor-
reto é expressar que houve um acidente “de” trabalho, por ser mais genérico e 
cobrir várias situações, como você estudou anteriormente.
Existe um caso interessante e que descarta completamente o acidente de 
trabalho. Sabe qual é? Acontece quando o trabalhador não estiver a serviço da 
empresa. Por exemplo, se estiver realizando atividades para usufruto pessoal, tra-
balhando para terceiros, enfim, quando não estiver trabalhando na empresa ou à 
disposição da empresa durante sua jornada de trabalho. Considerando o ocorrido 
como acidente fora de trabalho (AFT).
Vale a pena ressaltar que nesses casos, o trabalhador deve ser considerado 
como ausente das suas funções e sendo que passa a ser considerada sua ausência 
como perda da produção da empresa, que pode cair consideravelmente, a pon-
to de comprometer ganhos e lucros da empresa. Esse assunto será tratado mais 
adiante.
Mas, afinal, o que é acidente de trabalho? De acordo com o Art. 2º da Lei nº 
6367, de 19 de outubro de 1976, acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo 
exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal a serviço 
da empresa, ou perturbação funcional, que cause a morte, ou perda, ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. (BRASIL, 1976).
 Uma doença ocupacional pode ser considerada como “acidente de trabalho”. 
Vamos saber mais sobre esse assunto. Em frente!
1 ANTRACOSE
Presença de poeira de 
carvão no tecido pulmonar.
2 ASBESTOSE
É considerada uma 
pneumoconiose, ou seja, 
uma doença do sistema 
respiratório relacionada ao 
trabalho, que decorre da 
aspiração de poeira com 
asbesto e caracteriza-se por 
fibrose pulmonar crônica e 
irreversível.
4 acidenTeS de Trabalho 47
 VOCÊ 
 SABIA?
Doenças ocupacionais podem ser relacionadas às ati-
vidades ou funções do trabalhador e podem ser subdi-
vididas em “doenças profissionais” e “doenças do traba-
lho”.
Entenda melhor! Uma “doença profissional” é desenvolvida pelo exercício das 
funções específicas às atividades do trabalhador. Por exemplo, um trabalhador 
em uma mina de carvão está mais vulnerável a contrair uma doença profissional, 
a antracose1.
Alguém que trabalha na construção de telhados à base de amianto pode ad-
quirir uma asbestose2.
Existe uma série de agentes, químicos, biológicos, etc., que podem ser noci-
vos aos trabalhadores e o INSS tem o cadastro de todas as atividades, funções e 
operações que podem levar um trabalhador a adquirir uma doença profissional.
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2)
 FIQUE 
 ALERTA
No entanto, para ser considerada como doença do traba-
lho, é necessário que exista um agente causador identi-
ficado no ambiente de trabalho e que esteja cadastrado 
na base de dados do INSS como prejudicial à saúde do 
trabalhador.
48 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
E esta constatação de que existe relação entre o agente causador e as con-
dições de trabalho inadequadas, somente serão identificadas por um perito “in 
loco3”, ou seja, no local do trabalho.
Outros casos de acidente de trabalho podem ser considerados como terroris-
mo ou sabotagem, por terceiros ou não; ofensa ou confronto físico intencional 
por disputa, com motivo relacionado ao trabalho; imprudência; imperícia ou ne-
gligência de terceiros - inclusive de colega de trabalho; desabamentos; inunda-
ções; tragédias ou catástrofes naturais ou algum caso fortuito que leve o trabalha-
dor a um acidente ou como consequência de um acidente de trabalho, a adquirir 
uma doença profissional do trabalho.
É considerado um acidente de trabalho, de acordo com os preceitos legais, o 
acidente ocorrido pelo trabalhador “ainda que fora do local e horário de traba-
lho”, na execução ou realização sob ordem ou “sob a autoridade da empresa”; 
“prestação espontânea” de serviços ao empregador, para proporcionar ou ade-
quar algum proveito a este; em casos de viagens a serviço do empregador; no tra-
jeto de/ou para o trabalho, de/ou para o local designado para refeições, dentro de 
seu intervalo do trabalho, desde que o trajeto seja realizado habitualmente, em 
qualquer situação. O conceito Técnico ou Prevencionista considera a importância 
de registrar os acidentes que possam levar à perda de tempo, ou a danos mate-
riais (em adição, ou não às lesões físicas), ou doenças ocupacionais já explicados.
Nesses casos, são levados em consideração acidentes em que não ocorram 
afastamentos ou obrigação de ausência da função ou que não sejam contabi-
lizados nos registros do INSS. São considerados importantes os registros de in-
cidentes que não gerem doença ocupacional ou lesão física. Contudo, podem 
ocasionar lesão ou doença ocupacional em outros trabalhadores, em momento 
posterior, dependendo da hora, dia, semana, etc.
Como exemplo, pense no caso de um vazamento de combustível no fim de 
semana, em um setor de abastecimento dentro de uma empresa de transportes. 
Se ocorrer em um período que não haja ninguém executando nenhuma função, 
não causará doença ocupacional pela emissão de gases e vapores, nem lesões por 
queimaduras, por exemplo. Porém, se acontecer no horário de trabalho normal 
dos trabalhadores, pode ocasionar uma explosão, queimaduras, enfim, acidentes 
de trabalho com e sem afastamento, dependendo das lesões.
De qualquer modo e especialmente no conceito prevencionista (ou técnico), 
é de fundamentalimportância o registro do acidente de trabalho ou mesmo o 
registro de ocorrências que possam prejudicar ou interferir nas atividades consi-
deradas normais no ambiente produtivo da empresa.
3 IN LOCO
No local.
4 acidenTeS de Trabalho 49
Esses registros devem ser publicados em local de fácil acesso para os traba-
lhadores de toda a empresa, que desejarem consultar os mesmos. Além disso, 
podem ser uma excelente fonte de pesquisa para a Comissão Interna de Preven-
ção de Acidentes (CIPA) ou do Serviço Especializado de Segurança e Medicina do 
Trabalho da empresa (SESMT).
Ficou claro o que são os acidentes de trabalho? Lembre-se que a prevenção 
continua sendo a melhor medida para evitar acidentes de trabalho! 
4.2 aSPecToS SociaiS e ambienTaiS
Dentre os aspectos sociais e ambientais, pode-se dizer que um risco profis-
sional é uma situação de trabalho - operação ou tipo de atividade que permite 
ou predispõe um trabalhador a se acidentar ou contrair uma doença do trabalho 
durante sua jornada de trabalho ou no exercício de suas funções.
É importante destacar que os riscos profissionais podem ser divididos em ris-
cos de ambiente e riscos de operação. O que são riscos de ambiente e riscos de 
operação?
Por operação, entende-se o exercício das funções do trabalho cotidiano, que 
você estudou anteriormente. Nesses riscos se encontram os maiores vilões dos 
acidentes de trabalho, como: pisos molhados ou escorregadios, desnivelados, 
com aberturas ou rachaduras, máquinas sem proteção ou com fios desencapa-
dos, etc.
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50 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
Por outro lado, o risco de ambiente é o que existe no ambiente de trabalho, os 
quais são avaliados e controlados pela higiene ocupacional como por exemplo 
ruídos, vibração mecânica, temperatura excessiva (tanto frio, quanto calor), locais 
úmidos, radiação ionizantes e não ionizantes, pressão anormal entre outros.
 FIQUE 
 ALERTA
É de fundamental importância conhecer os riscos no am-
biente de trabalho, para evitar que estes gerem problemas 
mais graves. 
Assim, é necessário controlar o ambiente para que a concentração ou intensi-
dade não ultrapasse os limites de tolerância definidos pelas Normas Regulamen-
tadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
Alguns riscos, no ambiente, tendem a ter variâncias de lesões em determina-
das pessoas, devido à suscetibilidade4 do indivíduo, em função de raça, cor de 
pele, hábitos e doenças de ordem genética ou hereditária, entre outros fatores.
Por isso, é importante identificar e analisar também os tipos de agentes am-
bientais, como por exemplo, poeira metálica. 
Pense no mercúrio metálico como exemplo, a poeira pode ter resultados de-
sastrosos se em contato com o trabalhador, da mesma forma que o chumbo e 
outros metais pesados ou tóxicos.
Além disso, as propriedades físicas dos agentes ambientais nocivos deixam o 
ambiente variavelmente prejudicial ao ser humano. O tamanho e quantidade de 
partículas suspensas no ar são exemplos. Então, quanto menor a partícula mais 
tempo esta partícula leva para se depositar e maior é o risco de inalação e pene-
tração nos pulmões. Logo, quanto mais denso o material da constituição dessa 
partícula suspensa, mais fácil é a sedimentação no solo.
Percebeu como os aspectos sociais e ambientais interferem nos riscos de aci-
dentes de trabalho? E quais serão suas consequências? Ah, esse será o assunto 
seguinte. Vamos em frente!
4.3 conSeQuênciaS
Além de todos os prejuízos indiretos e os diretos que as organizações ou em-
presas podem vir a ter, devido ao alto grau e à gravidade de ocorrências e elevado 
número de acidentes do trabalho, as condições de risco no trabalho podem con-
tribuir para a redução no desempenho, tanto de sua produção, como da qualida-
4 SUSCETIBILIDADE
Disposição especial para 
sofrer influências e contrair 
enfermidades; exaltação da 
sensibilidade nervosa.
5 NEGLIGÊNCIA
Falta de cuidado, descuido, 
desatenção.
6 IMPERÍCIA
Falta de habilidade, 
experiência ou destreza; 
incompetência.
7 IMPRUDÊNCIA
Falta de cautela, precaução.
4 acidenTeS de Trabalho 51
de de seus produtos e, também do lucro esperado, o que é uma a preocupação 
existente entre a comunidade, familiares e os próprios trabalhadores.
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Mas nenhum ser humano gosta de trabalhar tenso ou preocupado com a pos-
sibilidade de acidentes de trabalho. Assim, dificilmente haverá trabalhadores que 
atuem em organizações onde estatísticas apresentem elevados índices de gravi-
dade ou frequência.
Caso uma empresa exija atividades de risco, para manter os trabalhadores, 
deve pensar em uma elevação considerável de salário, possivelmente acima dos 
valores tradicionalmente oferecidos pelos concorrentes. Essa ação pode ser en-
tendida como uma associação de custo indireto do acidente, que você estudará 
mais adiante. Por enquanto, você deve compreender que organizações que não 
possuem más condições de trabalho e segurança não contam com esses custos 
adicionais. O Auditor-Fiscal do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, em 
suas atribuições, pode forçar as organizações a proporcionarem boas condições 
de segurança do trabalho aos seus trabalhadores, podendo aplicar punições das 
mais diversas, inclusive por meio de multas, além de requisitar grandes investi-
mentos em medidas corretivas e preventivas.
Esses investimentos podem ser direcionados a atender às exigências do Minis-
tério do Trabalho e Emprego que podem ser absorvidos, também, como custos 
indiretos do acidente.
O Ministério Público pode mover ação indenizatória contra as organizações 
que, por negligência5, imperícia6 ou imprudência7 de seus diretores, prejudicaram 
de algum modo, a capacidade produtiva de qualquer um de seus trabalhadores, 
inclusive causando sua morte.
52 FundamenToS de Saúde e Segurança do Trabalho - Volume 1
Uma ação regressiva pode ser aplicada pelo INSS a fim de reaver a quantia gas-
ta com trabalhadores de empresas que não sigam as Normas Regulamentadoras, 
do Ministério do Trabalho e Emprego, ou que sejam consideradas culpadas por 
acidentes de trabalho dos envolvidos. Uma perícia técnica realizada por profissio-
nais especialistas em Engenharia de Segurança do Trabalho pode corroborar este 
processo.
No artigo 186, do Código Civil Brasileiro, está estabelecido que “aquele que, 
por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e cau-
sar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Ainda, o artigo 132, do Código Penal Brasileiro, cita que “expor a vida ou a 
saúde de outrem a perigo direto e iminente” leva à pena de 3 meses a 1 ano de 
detenção, se o fato não constitui crime mais grave. (BRASIL, 1984).
Já o artigo 942 do Código Civil Brasileiro garante que “os bens do responsável 
pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano 
causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente 
pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores 
os co-autores e as pessoas designadas no art. 932.” 
E você sabe quem são os responsáveis pela reparação civil? Então, veja o que 
diz o Art. 932 “são também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua 
companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mes-
mas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, 
no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se alber-
gue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores 
e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a 
concorrente quantia.
Inciso III do Artigo 932 do Código Civil - Lei 10406/02 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou

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