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1. Com relação ao Termo de Referência para o Plano Diretor, defina e conceitue as fases. Diagnóstico: Esta fase envolve a coleta e análise de dados sobre a situação atual do município. Inclui a avaliação de aspectos demográficos, econômicos, sociais, ambientais e urbanísticos. O objetivo é identificar os problemas e potencialidades do município. Prognóstico: Baseado nos dados coletados na fase de diagnóstico, esta fase projeta cenários futuros, considerando diferentes tendências e possibilidades. O objetivo é prever as consequências de manter o status quo ou de implementar determinadas intervenções. Objetivos e Diretrizes: Nesta fase, são definidos os objetivos e diretrizes que orientarão o desenvolvimento do município. Estes devem ser alinhados com os princípios do desenvolvimento sustentável e devem atender às necessidades e expectativas da população. Propostas de Intervenção: Com base nos objetivos e diretrizes definidos, são elaboradas propostas concretas de intervenção. Estas podem incluir planos para infraestrutura, habitação, transporte, meio ambiente, entre outros. Planejamento e Gestão: Nesta fase, são definidos os mecanismos e instrumentos de gestão que serão utilizados para implementar o Plano Diretor. Inclui a criação de políticas públicas, regulamentações, incentivos, e mecanismos de financiamento. Participação Popular: Ao longo de todas as fases, é fundamental garantir a participação ativa da população. Isto pode ser feito através de consultas públicas, audiências, oficinas e outras formas de engajamento comunitário. 2. Qual o principal objetivo do Plano Diretor? O principal objetivo do Plano Diretor é orientar o desenvolvimento físico, econômico e social do município de forma ordenada, sustentável e integrada. Ele visa garantir uma melhor qualidade de vida para os habitantes, promovendo o uso racional dos recursos naturais, a distribuição equitativa de infraestruturas e serviços urbanos, e a inclusão social. O Plano Diretor deve também prevenir e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus impactos negativos sobre o meio ambiente. 3. As Áreas de Preservação Permanente foram instituídas pelo Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012) e consistem em espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis, podendo ser públicas ou privadas, urbanas ou rurais, cobertas ou não por vegetação nativa. A manutenção das APP em meio urbano possibilita a valorização da paisagem e do patrimônio natural e construído (de valor ecológico, histórico, cultural, paisagístico e turístico). Esses espaços exercem, do mesmo modo, funções sociais e educativas relacionadas com a oferta de campos esportivos, áreas de lazer e recreação, oportunidades de encontro, contato com os elementos da natureza e educação ambiental (voltada para a sua conservação), proporcionando uma maior qualidade de vida às populações urbanas, que representam 84,4% da população do país. Os efeitos indesejáveis do processo de urbanização sem planejamento, como a ocupação irregular e o uso indevido dessas áreas, tende a reduzi-las e degradá-las cada vez mais. Isso causa graves problemas nas cidades e exige um forte empenho no incremento e aperfeiçoamento de políticas ambientais urbanas voltadas à recuperação, manutenção, monitoramento e fiscalização das APP nas cidades. Com base no texto acima, quais serviços ambientais as Áreas de APP em meio urbano proporcionam e como implantar alternativas de Gestão Ambiental que preservem e recuperem essas áreas? Serviços Ambientais Proporcionados pelas Áreas de APP: Valorização da Paisagem: Melhoram a estética urbana, oferecendo espaços verdes que aumentam o bem-estar e a qualidade de vida. Conservação do Patrimônio Natural e Construído: Protegem ecossistemas e paisagens de valor histórico, cultural e turístico. Funções Sociais e Educativas: Promovem a educação ambiental e oferecem espaços para recreação, esportes e lazer. Regulação do Microclima: Contribuem para a redução das temperaturas urbanas e melhoram a qualidade do ar. Controle da Erosão e Qualidade da Água: Protegem as margens de corpos d'água e mantêm a qualidade das águas subterrâneas e superficiais. Alternativas de Gestão Ambiental: Criação de Parques e Reservas Urbanas: Transformar APP em parques urbanos para promover lazer e educação ambiental. Fiscalização e Monitoramento: Implementar sistemas de monitoramento para evitar ocupações irregulares e uso indevido. Restaurar Áreas Degradadas: Promover programas de recuperação de áreas degradadas, incluindo reflorestamento e controle de erosão. Educação e Conscientização: Desenvolver campanhas de conscientização sobre a importância das APPs. Parcerias Público-Privadas: Incentivar parcerias para financiar a recuperação e manutenção das APPs. 4. As cidades estão em processos contínuos de construção, influenciadas por desordens em torno do uso e da ocupação do solo urbano, conflitos socioambientais, injustiças e exclusões. Onde existem interesses, pressões e disputas quanto a esse uso e apropriação do solo e dos recursos disponíveis. As ações antrópicas provocadas pelos seres humanos são responsáveis pela degradação do meio, essas ações podem ser entendidas como define Souza (2005, p. 113): “o solapamento da qualidade de vida de uma coletividade na esteira dos impactos negativos exercidos sobre o ambiente”. As condições socioeconômicas extremamente desfavoráveis para alguns, com baixos níveis de renda, escolaridade e saneamento ambiental, contribuindo para agravar o processo de risco e vulnerabilidade ambiental, no qual a insustentabilidade nas cidades são intensamente percebidos. Quais seriam os impactos negativos que vem provocando esses conflitos socioambientais e quais instrumentos são necessários para desenvolver um planejamento urbano/ambiental integrado? Impactos Negativos: Desigualdade Social: Agravamento das disparidades socioeconômicas. Degradação Ambiental: Poluição, desmatamento e perda de biodiversidade. Problemas de Saúde Pública: Aumento de doenças relacionadas ao ambiente degradado. Desvalorização de Áreas Urbanas: Perda de valor econômico das propriedades em áreas degradadas. Conflitos Sociais: Aumento de tensões e conflitos entre diferentes grupos sociais. Instrumentos Necessários: Plano Diretor Integrado: Ferramenta essencial para orientar o desenvolvimento urbano de forma integrada. Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS): Para garantir habitação e infraestrutura básica para populações de baixa renda. Impacto Ambiental e Social: Avaliação de impactos antes da implementação de projetos de desenvolvimento. Regulamentação de Uso do Solo: Para garantir que o uso do solo seja sustentável e equitativo. Participação Popular: Engajamento da comunidade no planejamento e tomada de decisões. 5. O parcelamento, para fins da Lei n.º 6.766/79, consiste na subdivisão de gleba, situada em zonas determinadas do território municipal urbano, em lotes destinados à edificação. Sendo que o parcelamento compreende conforme a lei em quais tipos e estabeleça a diferença. De acordo com a Lei n.º 6.766/79, o parcelamento do solo urbano refere-se à subdivisão de uma gleba (uma grande área de terra) em lotes menores para fins de edificação. Esse parcelamento pode ser feito na forma de: Loteamento: Divisão de uma gleba em lotes destinados à edificação com a abertura de novas vias de circulação. Desmembramento: Divisão de uma gleba em lotes destinados à edificação, utilizando a infraestrutura existente, sem a abertura de novas vias. O objetivo do parcelamento é promover a ordenação e ocupação do solo urbano de maneira organizada e sustentável, facilitando o acesso à infraestrutura e aos serviços urbanos essenciais. Atividade de Pesquisa: Planejamento Urbano e Meio Ambiente