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A
Humana Básica
“Todos os direitos de imagens estão reservados à UFMG.”
 
Esta videoaula
seguindo as recomendações da 
substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais e 
RESOLUÇÃO CEPE
remoto emergencial (ERE) para os cursos de graduação da UFMG 
durante período de pandemia COVID
 
Equipe 
Texto: Karin B. Böttger 
Imagens: Jota Dangelo 
Imagens: Micena R. M. Alves e Silva (coordenadora do Projeto Anathum)
Apoio técnico: Agnaldo G. de Magalhães e Paulo H. G. Barros
 
Anatomia 
Humana Básica 
“Todos os direitos de imagens estão reservados à UFMG.” 
 
 
videoaula foi produzida para fins exclusivamente didáticos 
seguindo as recomendações da Portaria MEC 544/2020
substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais e 
RESOLUÇÃO CEPE-UFMG No 02/2020 que regulamenta o ensino 
remoto emergencial (ERE) para os cursos de graduação da UFMG 
durante período de pandemia COVID-19. 
Imagens: Micena R. M. Alves e Silva (coordenadora do Projeto Anathum)
Magalhães e Paulo H. G. Barros 
 
foi produzida para fins exclusivamente didáticos 
MEC 544/2020 que trata da 
substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais e 
que regulamenta o ensino 
remoto emergencial (ERE) para os cursos de graduação da UFMG 
Imagens: Micena R. M. Alves e Silva (coordenadora do Projeto Anathum) 
 Versão 202401rev01 Página 2 de 174 
Conteúdo 
AULA 9 – SISTEMA URINÁRIO ........................................................................................................................................... 3 
AULA 9 – ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE SISTEMA URINÁRIO .................................................................................. 26 
AULA 10 – SISTEMA GENITAL MASCULINO ..................................................................................................................... 36 
AULA 10 – ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE SISTEMA GENITAL MASCULINO .............................................................. 62 
AULA 11 – SISTEMA GENITAL FEMININO ........................................................................................................................ 72 
AULA 11 – ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE SISTEMA GENITAL FEMININO ............................................................... 109 
AULA 12 – SISTEMA ENDÓCRINO .................................................................................................................................. 118 
AULA 13 – SISTEMA SENSORIAL .................................................................................................................................... 131 
 
 Versão 202401rev01 Página 3 de 174 
AULA 9 – SISTEMA URINÁRIO 
 
 
Figura 01: Ai que aperto! 
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As atividades orgânicas realizadas pelo nosso corpo resultam na decomposição das proteínas, 
lípides e carboidratos com liberação de energia e a formação de produtos residuais, que devem 
ser eliminados para o meio exterior. Um dos veículos de excreção com que conta o organismo é 
a urina. Desta forma, o sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da 
urina, os rins, e órgãos a eles associados, destinados à eliminação da urina. São eles os 
ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Na Figura 02 está representado o conjunto dos órgãos do 
sistema urinário. 
 
 
Figura 02: Componentes do sistema urinário. 
 Versão 202401rev01 Página 5 de 174 
Na Figura 03 vê-se a uretra masculina, numa hemipelve, e na Figura 04 pode-se visualizar a 
uretra feminina, num corte semelhante. 
 
Figura 03: Hemipelve masculina. 
 
 
Figura 04: Hemipelve feminina. 
 
 Versão 202401rev01 Página 6 de 174 
RINS 
O rim é órgão par, abdominal, localizado posteriormente ao peritônio parietal, lembrando que já 
mencionamos na aula de sistema digestório que se trata de órgão retroperitoneal. Os rins estão 
localizados à direita e à esquerda da coluna vertebral, onde o rim direito se situa em nível inferior 
ao esquerdo, pelo fato do fígado ocupar grande parte do antímero direito da cavidade abdominal- 
confira na Figura 05. 
 
Figura 05: Rins, veia cava inferior (em verde) e artéria aorta (em vermelho). 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 7 de 174 
Quando se abre a parede abdominal anteriormente, os rins não podem ser vistos (Figura 06), 
nem mesmo quando rebatido o omento maior (Figura 07). Se retirarmos quase todas as vísceras 
abdominais, ainda assim os rins só são vistos precariamente, uma vez que a lâmina parietal do 
peritônio se coloca anteriormente a eles (Figura 08). 
 
Figura 06: Cavidade abdominal aberta – 1º. Plano. 
 Versão 202401rev01 Página 8 de 174 
 
Figura 07: Cavidade abdominal aberta – 2º plano – omento maior rebatido superiormente. 
 Versão 202401rev01 Página 9 de 174 
 
Figura 08: Cavidade abdominal aberta – 3º. Plano - retirados alguns órgãos. 
 
 Versão 202401rev01 Página 10 de 174 
Para ver os rins distintamente é necessária a retirada de praticamente todas as vísceras 
abdominais e inclusive do peritônio parietal. Assim, vê-se que também a artéria aorta e a veia 
cava inferior são retroperitoneais (Figura 09). 
 
 
Figura 09: Cavidade abdominal após a retirada de vísceras e do peritônio parietal. 
 
 Versão 202401rev01 Página 11 de 174 
Num corte transversal da cavidade abdominal pode-se ver a posição retroperitoneal dos rins e a 
lamina parietal do peritônio colocada anteriormente a eles (Figura 10). 
 
Figura 10: Corte transversal da cavidade abdominal. 
 
No homem, o rim apresenta forma de grão de feijão, apresentando as faces anterior (Figura 11) 
e posterior (Figura 12) e as bordas medial (voltada para o plano mediano) e lateral (voltada 
para o plano lateral). Suas extremidades são os polos superior e inferior, sendo que sobre o 
polo superior fica situada a glândula suprarrenal, que faz parte do sistema endócrino (Figura 
13). 
 
Figura 11: Vista anterior do rim. 
 
 
Figura 12: Vista posterior do rim. 
 
 Versão 202401rev01 Página 12 de 174 
 
Figura 13: Glândulas suprarrenais sobre os polos superiores dos rins. 
 
Em outros animais domésticos observam-se diferenças na morfologia renal. No cavalo o rim 
apresenta-se como uma copa de baralho (Figura 14) e nos bovinos com lobulações mais ou 
menos profundas na sua superfície (Figura 15). 
 
Figura 14: Vista superior de rins de cavalo. 
 Versão 202401rev01 Página 13 de 174 
 
Figura 15: Vista superior de rins de bovino. 
 
O rim humano fetal apresenta exatamente este aspecto lobulado, perdendo estas lobulações 
quando adulto (Figura 16). 
 
Figura 16: Rins humanos fetais com sua típica lobulação. 
 
 Versão 202401rev01 Página 14 de 174 
Por ser órgão retroperitoneal, o rim apresenta um envoltório próprio, também de tecido conjuntivo, 
denominado cápsula fibrosa, sendo envolvido em grau menor ou maior por uma cápsula 
adiposa, externamente. 
Na borda medial do rim observa-se uma fissura vertical denominada hilo do rim, artificialmente 
delimitada por uma margem branca (Figura 17), por onde passam o ureter, artéria e veia renais, 
vasos linfáticos e nervos. Em conjunto, estes elementos são denominados pedículo renal 
(Figura 18). 
 
Figura 17: Borda branca assinalando o hilo renal, que conduz a uma cavidade, seio renal (seta vermelha). 
 Versão 202401rev01 Página 15 de 174 
 
Figura 18: Elementos do pedículo renal. 
 
O hilo conduz a uma cavidade dentro do rim, o seio renal, que aloja a pelve renal, extremidade 
dilatada do ureter (Figura 19). 
 
Figura 19: Corte frontal de rim. 
 
 Versão 202401rev01 Página 16 de 174 
 
Quando fazemos um corte frontal no rim, dividindo-o em duas metades, anterior e posterior, 
podemos reconhecer dois tipos de tecidos no órgão. Na periferia, de coloração mais pálida, vê-
se o córtex renal, que se projeta numa porção mais escura, a medula renal,mais central. No 
homem, o córtex se projeta formando colunas renais, separando porções cônicas da medula 
renal denominadas pirâmides renais. As pirâmides têm os ápices voltados para a pelve renal e 
as bases para a superfície do órgão (Figura 20). 
 
 
Figura 20: Corte frontal de rim. 
 
No cão e no gato observa-se que, apesar do rim apresentar também formato de grão de feijão, a 
medula renal é inteiriça, não sendo separada em formações piramidais. 
A pelve renal, dentro do rim, se divide em cálices renais maiores, que por sua vez se dividem 
nos cálices renais menores (Figura 21), que por sua vez formam um encaixe para receber o 
ápice das pirâmides renais. Este ápice das pirâmides recebe o nome de papila renal, onde, 
microscopicamente, se observam pequenas aberturas, por onde passa a urina formada no 
órgão, caindo no cálice renal menor (c.r.me.), seguindo pelo cálice renal maior- c.r.ma. (Figura 
22), pelve renal e finalmente alcançando o ureter. 
 
Figura 21: Relação entre cálice renal menor e 
pirâmides renais. 
 
 
Figura 22: Subdivisões de cálices renais maiores. 
 
 Versão 202401rev01 Página 17 de 174 
 
 
URETER 
 
É um tubo muscular que une o rim à bexiga. Inicia-se pela pelve renal, porção superior 
dilatada (Figura 23), saindo pelo hilo renal, adota trajeto descendente, acolado à parede 
posterior da cavidade abdominal (Figura 24), penetra na pelve para terminar na bexiga 
(Figura 25), desembocando nesta pelo óstio ureteral (Figura 26). Neste trajeto, 
reconhece-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Sendo muscular, o ureter é 
capaz de se contrair e realizar movimentos peristálticos. 
 
 
Figura 23: Pelve renal e sua continuidade com o ureter. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 18 de 174 
 
Figura 24: Componentes do sistema urinário nas cavidades abdominal e pélvica. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 19 de 174 
 
 
 
 
Figura 25: Vista posterior da bexiga com terminação dos ureteres. 
 
 
 
Figura 26: Vista anterior da bexiga aberta com desembocadura dos óstios ureterais. 
 
 Versão 202401rev01 Página 20 de 174 
BEXIGA 
 
É uma bolsa situada posteriormente à sínfise púbica e funciona como reservatório de urina. 
Graças a ela, o fluxo contínuo de produção de urina é transformado em emissão periódica 
(micção). Sua forma varia com a idade, com o sexo e com órgãos vizinhos. Varia com o 
seu estado de vacuidade ou de plenitude. Quando vazia, se achata contra a sínfise púbica; 
quando cheia, toma a forma de um ovoide e faz saliência na cavidade abdominal (Figura 
27). 
 
 
Figura 27: Relação entre sínfise púbica e bexiga com conteúdo. 
 
No sexo masculino a bexiga situa-se anteriormente ao reto (Figura 28). Desta maneira, 
forma-se entre a bexiga e o reto um espaço revestido pelo peritônio denominado 
escavação retovesical (ERV), conforme a Figura 29. 
 
Figura 28: Hemipelve masculina. 
 Versão 202401rev01 Página 21 de 174 
 
Figura 29: Formação da escavação retovesical pelo peritônio. 
 
 Versão 202401rev01 Página 22 de 174 
No sexo feminino, o útero se coloca entre a bexiga e o reto (Figura 30); neste caso, 
formam-se na cavidade peritoneal feminina dois espaços revestidos pelo peritônio, 
respectivamente escavação vesicouterina (EVU), entre bexiga e útero e escavação 
retouterina (ERU), entre o útero e o reto (Figura 31). 
 
 
Figura 30: Hemipelve feminina. 
 
 
 
Figura 31: Escavações vesicouterina (EVU) e retouterina (ERU). 
 Versão 202401rev01 Página 23 de 174 
URETRA 
 
È o último segmento das vias urinárias e será abordada junto ao sistema genital. O início 
das uretras masculina e feminina se dá na bexiga ao nível do óstio interno da uretra, 
onde se localiza o músculo esfíncter da bexiga. Trata-se de um tubo mediano que 
estabelece a comunicação entre a bexiga urinária e o meio exterior. No homem é via 
comum para a micção e a ejaculação (Figura 32). Na mulher serve apenas à excreção da 
urina (Figura 33). 
 
 
Figura 32: Uretra masculina. 
 
 
Figura 33: Uretra feminina. 
 
∞ 
=-=-=-=-=-=-=-=-=-= 
 Versão 202401rev01 Página 24 de 174 
AULA 9 (Sistema Urinário) 
Lista de Figuras/Referências 
(Conforme orientação, exceto na capa e nas fotos do Projeto Anathum, foram inseridas marcas d’água em todas as 
figuras utilizadas, na qual está explicito que "todos os direitos de imagem estão reservados à UFMG" e 
eventualmente podem ter tido suas cores acentuadas ou modificadas e receberem elementos gráficos como setas e 
ampliações para facilitar a visualização e compreensão.) 
 Figura 01: Ai que aperto! Montagem com situações que envolvem o sistema urinário. 
 
 Fundo: 
- Manneken Pis (Bélgica). Imagem de Walkerssk por Pixabay. Disponível em: < 
https://pixabay.com/pt/photos/manneken-pis-bruxelas-b%C3%A9lgica-1535118/>. Acesso em: 10 out. 
2020. 
 Primeiro plano: 
- Aviso não urinar em pé. Imagem de Michael Rühle por Pixabay. Disponível em: 
<https://pixabay.com/pt/illustrations/escudo-sitzpinkler-stand-up-pisser-2559339/>. Acesso em: 9 out. 
2020. 
- Placa de banheiro. Imagem de Zorro4 por Pixabay. Disponível em: 
<https://pixabay.com/pt/illustrations/homem-mulher-wc-loo-nota-escudo-1337750/>. Acesso em: 9 out. 
2020. 
- Imagem de marian anbu juwan por Pixabay Disponível em: <https://pixabay.com/pt/illustrations/wc-
inscreva-se-banheiro-s%C3%ADmbolo-4585278/>. Acesso em: 9 out. 2020. 
- Placa de banheiro. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:IMG_5026_-_Flickr_-
_Jason_%22Textfiles%22_Scott.jpg>. Acesso em: 9 out. 2020. 
- Jovem querendo urinar. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/saude/faz-mal-segurar-o-xixi-nao-dizem-
os-especialistas/>. Acesso em: 8 out. 2020. 
- Placa de banheiro. Disponível em: <http://www.iun.com.br/noticia/disturbios-de-miccao>. Acesso em: 8 out. 
2020. 
- Desenho de menino querendo urinar. Disponível em: <https://urologiakids.com.br/dicas/a-crianca-segura-o-
xixi-saiba-quando-isso-e-um-problema/>. Acesso em: 10 out. 2020. 
- Homem caminhando querendo urinar. Disponível em: <https://www.buzzfeed.com/br/brittneygibson/16-
batalhas-reais-para-as-pessoas-que-estao-consta>. Acesso em: 10 out. 2020. 
 Figura 02: Componentes do sistema urinário. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 03: Hemipelve masculina. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 04: Hemipelve feminina. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 05: Rins, veia cava inferior (em verde) e artéria aorta (em vermelho). Material audiovisual elaborado 
por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 06: Cavidade abdominal aberta – 1º. Plano. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 07: Cavidade abdominal aberta – 2º plano – omento maior rebatido superiormente. Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Versão 202401rev01 Página 25 de 174 
 Figura 08: Cavidade abdominal aberta – 3º. Plano - retirados alguns órgãos. Material audiovisual elaborado 
por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 09: Cavidade abdominal após retirada de vísceras e do peritônio parietal. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 10: Corte transversal da cavidade abdominal. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 11: Vista anterior do rim. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 12: Vista posterior do rim. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 13: Glândulas suprarrenais sobre os polos superiores dos rins. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 14: Vista superior de rins de cavalo. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 15: Vista superior derins de bovino. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 16: Rins humanos fetais com sua típica lobulação. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 17: Borda branca assinalando o hilo renal, que conduz a uma cavidade, seio renal (seta vermelha). 
Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 18: Elementos do pedículo renal. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 19: Corte frontal de rim. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 20: Corte frontal de rim. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 21: Relação entre cálice renal menor e pirâmides renais. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 22: Subdivisões de cálices renais maiores. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 23: Pelve renal e sua continuidade com o ureter. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 24: Componentes do sistema urinário nas cavidades abdominal e pélvica. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 25: Vista posterior da bexiga com terminação dos ureteres. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 26: Vista anterior da bexiga aberta com desembocadura dos óstios ureterais. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 27: Relação entre sínfise púbica e bexiga com conteúdo. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 28: Hemipelve masculina. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 29: Formação da escavação retovesical pelo peritônio. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 30: Hemipelve feminina. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 31: Escavações vesicouterina (EVU) e retouterina (ERU). Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 32: Figura 32: Uretra masculina. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 33: Uretra feminina. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 
 Versão 202401rev01 Página 26 de 174 
AULA 9 – ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE SISTEMA 
URINÁRIO 
 
Item 01 - A peça utilizada para esta imagem é um segmento do tronco a partir da região lombar, 
em vista anterior. Identifique a posição dos rins, o trajeto dos ureteres (setas brancas) e a 
bexiga (seta amarela). Veja como os ureteres se acolam à parede posterior das cavidades 
abdominal e pélvica e chegam posteriormente à bexiga. Nesta peça não é possível identificar a 
uretra. 
 
 
 
Figura 01: Vista anterior de tronco lombar. 
 
 Versão 202401rev01 Página 27 de 174 
Item 02- Na hemipelve masculina (Figura 02) veja como o peritônio se reflete da bexiga para o 
reto – forma-se assim um espaço denominado escavação reto-vesical (seta branca). Veja 
também o trajeto da uretra (seta vermelha) nesta hemipelve, desde o óstio interno da uretra, na 
saída da bexiga, até o óstio externo da uretra, na extremidade do pênis. 
 
 
 
Figura 02: Hemipelve masculina. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 28 de 174 
Na hemipelve feminina, o útero (seta negra) se situa entre o reto e a bexiga (seta azul), formando 
assim duas escavações, uma entre bexiga e útero, escavação vesico-uterina (seta amarela) e 
outra entre útero e reto, escavação reto-uterina (seta vermelha). Veja também a uretra (seta 
verde) e compare-a com a uretra masculina mostrada na Figura 02 - veja como é mais curta no 
sexo feminino. 
 
 
 
Figura 03: Hemipelve feminina. 
 
Vale mencionar que os espaços das escavações não ficam vazios, as alças intestinais se 
acomodam neles, sem causar maiores transtornos, o mesmo ocorrendo no sexo feminino durante 
a gravidez, quando o útero aumenta de volume dentro da cavidade pélvica. 
 Versão 202401rev01 Página 29 de 174 
Item 03 – Identifique estas imagens. 
 
 
 
Figura 04: Rins humanos com elementos do pedículo renal. 
 
A imagem da esquerda mostra a face anterior do órgão e a imagem da direita mostra a face 
posterior. Se você visualiza a saída do ureter de dentro do órgão, você está olhando a face 
posterior. O ureter é o mais posterior dos elementos que passam pelo hilo renal. 
 
Os elementos do pedículo renal apontam para o plano mediano, portanto, a borda medial é a 
que esta voltada para o centro do corpo, ao passo que é lateral a borda oposta. 
Na posição em que estão os órgãos, o polo superior está apontando para cima. O polo inferior 
está na direção do ureter. 
 
Nesta mesma imagem, o ureter (seta azul) está mais longo e sempre é o que aponta para baixo, 
artéria renal (seta vermelha) e veia renal (seta amarela) se dirigem para o plano mediano. Veja 
e compare, a veia sempre é mais calibrosa que a artéria correspondente, porém tem paredes 
mais finas que as artérias. A seta verde indica a veia cava inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 30 de 174 
Item 04 – Nestes cortes frontais de rins, identifique os vários componentes assinalados. 
 
 
Figura 05: Cortes frontais de rins. 
 
 
a) A região mais clara na periferia do corte (seta amarela) corresponde ao córtex renal. Suas 
projeções em direção ao hilo renal são denominadas colunas renais (seta vermelha). 
 
b) As porções triangulares mais escuras, abaixo do córtex, constituem as pirâmides renais (seta 
azul), cujas bases estão voltadas para a periferia do rim e os ápices, denominados papilas 
renais (seta verde), estão voltados para os cálices renais menores (seta branca). 
 
 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 31 de 174 
Item 05 - Neste corte frontal de rim, veja a pelve renal (seta amarela), um cálice renal maior (seta azul), 
um cálice renal menor (seta branca) e a papila renal (seta vermelha) se encaixando num cálice renal 
menor. 
 
 
Figura 06: Corte frontal de rim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 32 de 174 
Identifique as mesmas estruturas nesta outra imagem, que também é um corte frontal de rim. 
 
 
 
 
Figura 07: Corte frontal de rim. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 33 de 174 
Item 06 - Na Figura 08, a seta vermelha assinala a túnica fibrosa do rim, que confere a cor 
esbranquiçada ao órgão; a seta preta assinala o seio renal, cavidade dentro do rim e que continua o hilo 
renal e aloja a pelve renal. 
 
 
Figura 08: Face anterior do rim sem os elementos do pedículo renal. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 34 de 174 
Na Figura 09, observe a posição das glândulas suprarrenais sobre os polos superiores dos dois rins. 
Observe também a presença das cápsulas fibrosa (interna) e adiposa (externa). 
 
 
Figura 09: Rins com glândulas suprarrenais e cápsulas fibrosa e adiposa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
∞ 
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 Versão 202401rev01 Página 35 de 174 
AULA 9 (Roteiro para aula prática de Sistema Urinário) 
Lista de Figuras/Referências 
(Conforme orientação, exceto na capa e nas fotos do Projeto Anathum, foram inseridas marcas d’água em todas as 
figuras utilizadas, na qual está explicito que "todos os direitos de imagem estão reservados à UFMG" e 
eventualmente podem ter tido suas cores acentuadas ou modificadas e receberem elementos gráficos como setas e 
ampliações para facilitar a visualização e compreensão.) 
 Figura 01: Vista anterior de tronco lombar. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. 
Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 02: Hemipelve masculina.. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento 
de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
Figura 03: Hemipelve feminina. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento de 
Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 04: Rins humanos com elementos do pedículo renal. Foto pertencente ao acervo do projeto 
Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 05: Cortes frontais de rins. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento 
de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 06: Corte frontal de rim. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento de 
Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 07: Corte frontal de rim. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento de 
Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 08: Face anterior do rim sem os elementos do pedículo renal. Foto pertencente ao acervo do 
projeto Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 09: Imagem de peças anatômicas de rins e glândulas suprarrenais. Foto pertencente ao 
acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
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AULA 10 – SISTEMA GENITAL MASCULINO 
 
 
 
 Figura 01: Esculturas e desenhos na antiguidade que remetem ao masculino. 
 
Dá-se o nome de reprodução à capacidade do ser vivo de gerar outro ser vivo da mesma 
espécie, com as mesmas características. É assim que ocorre a perpetuação da espécie. 
O sistema reprodutor é encarregado de executá-la e, sendo assim, na espécie humana e 
na maioria dos animais superiores, a reprodução é sexuada, realizada por células 
especiais – os gametas – de cuja união - a fecundação - vai resultar o zigoto, ponto de 
partida para a formação do novo ser vivo. Assim, na espécie humana, a reprodução 
necessita de dois indivíduos – um macho e uma fêmea - dotados de órgãos que irão se 
ajustar com tamanha contiguidade a ponto de permitir a passagem do gameta masculino 
para os órgãos genitais femininos. 
 
A atividade reprodutora é limitada a certos períodos de vida, iniciando-se na puberdade, 
atingindo o auge na fase adulta e decrescendo com o avançar da idade. Cessa mais cedo 
na mulher do que no homem e neste em idades muito variáveis. 
 
 
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ORGÃOS GENITAIS MASCULINOS 
 
 
 
Figura 02: Conjunto dos órgãos genitais masculinos. 
 
 
Figura 03: Gametas masculinos. 
 
 
 
Os órgãos genitais masculinos podem ser organizados da seguinte maneira: 
 
a) gônadas - são os órgãos produtores dos gametas, os testículos; 
b) vias condutoras dos gametas, ou seja, vias percorridas pelos gametas masculinos 
(espermatozoides) desde o local onde são produzidos até sua eliminação nas vias genitais 
femininas: túbulos e dúctulos dos testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto 
ejaculatório e uretra; 
c) órgão de cópula – pênis - órgão que vai penetrar nas vias genitais femininas, 
possibilitando o lançamento dos espermatozoides nelas; 
d) glândulas anexas, cujas secreções vão facilitar a progressão dos espermatozoides nas 
vias genitais – são as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbo-uretrais; 
e) estruturas eréteis, constituídas de tecido especial que se enche de sangue, ocorrendo 
o aumento de seu volume: são os corpos cavernosos e o corpo esponjoso do pênis; 
f) órgãos genitais externos, visíveis na superfície do corpo: pênis e escroto (bolsa que 
aloja os testículos). 
 
 
 
 
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TESTÍCULOS 
 
São órgãos produtores dos espermatozoides e de hormônios responsáveis pelo 
aparecimento dos caracteres sexuais secundários a partir da puberdade. São dois, 
localizados dentro da bolsa que os aloja denominada bolsa escrotal. Estão envolvidos 
por várias membranas de características diferentes. 
 
 
Figura 04: Corte frontal pelo testículo e seus envoltórios. 
 
 
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Além da pele, pode-se identificar a túnica vaginal, que se dispõe em torno dos testículos 
como a pleura no caso dos pulmões, isto é, com uma lamina parietal, logo abaixo da pele 
e uma lâmina visceral, aderida à túnica albugínea, que é a mais interna e está em íntimo 
contato com o parênquima do testículo. Esta emite septos e divide o parênquima do 
testículo em lóbulos cuneiformes, os lóbulos do testículo. Estes convergem para o 
mediastino do testículo, uma massa de tecido fibroso que é continuo com a túnica 
albugínea. 
 
Figura 05: Lóbulos do testículo formados a partir dos 
septos da túnica albugínea. 
 
 
Figura 06: Mediastino do testículo. 
 
 
 
Figura 07: Esquema de túbulos por onde transitam os espermatozoides. 
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Nos lóbulos localiza-se o parênquima dos testículos, que, sob o aspecto microscópico, contém os 
túbulos seminíferos contorcidos (TSC), ao nível dos quais ocorre a espermatogênese. Estes 
convergem para o ápice dos lóbulos e se tornam retilíneos, passando a ser denominados túbulos 
seminíferos retos (TSR). Ao nível do mediastino do testículo eles se anastomosam e constituem 
a rede testicular (RT), da qual se originam 15 a 20 canais, os dúctulos eferentes do testículo 
(DET), que penetram no epidídimo e constituem os ductos epididimários (DE). 
 
Figura 08: Trajeto a ser seguido pelos espermatozoides dentro do testículo. 
 
Os testículos são formados na cavidade abdominal e durante o desenvolvimento fetal 
descem em direção ao escroto, por volta do 8º mês de gestação, quando o ocupam 
definitivamente. 
 
Nos roedores, o testículo tem posição abdominal e só desce ao escroto na época da 
procriação. No caso do elefante, não há escroto e os testículos permanecem sempre 
localizados na cavidade abdominal. 
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EPIDÍDIMO 
 
Estrutura em forma de “C”, situada na margem posterior do testículo. Aí são armazenados 
os espermatozoides até o momento da ejaculação. Pode-se reconhecer 3 partes no 
epidídimo: cabeça, corpo e cauda. 
 
 
Figura 09: Posição do epidídimo em relação ao 
testículo. 
 
 
 
Figura 10: Partes do epidídimo. 
 
 
Figura11: Esquema das partes constituintes do epidídimo. 
 Versão 202401rev01 Página 42 de 174 
DUCTO DEFERENTE 
Continua a cauda do epidídimo, é um longo tubo e conduz os espermatozoides até o 
ducto ejaculatório. 
 
 
Figura 12: Continuidade da cauda do epidídimo com o ducto deferente. 
 
Figura 13: Trajeto do ducto deferente até o interior da cavidade pélvica. 
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Como o testículo está externamente à cavidade abdominal e o ducto ejaculatório é interno, 
torna-se necessária a existência de uma passagem pela parede abdominal para o ducto 
deferente. Esta passagem recebe o nome de canal inguinal, tem trajeto oblíquo e se 
localiza nas imediações da região inguinal (aproximadamente na altura da dobra da coxa 
com o quadril). 
 
 
Figura 14: Trajeto do ducto deferente para o interior da cavidade pélvica. 
 Versão 202401rev01 Página 44 de 174 
Pelo canal inguinal passam também outros elementos que estão relacionados com os 
testículos, como artérias, veias, vasos linfáticos e nervos, incluindo o ducto deferente. Dá-
se o nome de funículo espermático ao conjunto de todos estes elementos, juntamente 
com seus envoltórios. 
 
 
Figura 15: Posição do funículo espermático a partir da bolsa escrotal. 
 Versão 202401rev01 Página 45 de 174 
Nas Figuras 16 e 17 vê-se a passagem do funículo espermático pelas várias camadas que 
constituem a parede abdominal e, após sua passagem pelo peritônio parietal, os 
elementos do funículo espermático se separam e o ducto deferente se volta em direção à 
bexiga, próximo da qual se encontra o ducto da vesícula seminal. 
 
 
Figura 16: Passagem do funículoespermático através das camadas da parede abdominal. 
 
 
Figura 17: Após passagem pelo peritônio parietal, os elementos do funículo espermático se separam. 
 Versão 202401rev01 Página 46 de 174 
 
Na mulher, o canal inguinal é ocupado pelo ligamento redondo do útero, uma importante 
estrutura de fixação do útero, além de alguns filetes nervosos. 
 
 
Figura 18: Ligamento redondo do útero, análogo do ducto deferente do homem. 
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DUCTO EJACULATÓRIO 
 
É formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal. Está 
quase que totalmente situado na próstata e vai desembocar na parte prostática da uretra, 
junto de uma saliência da mesma denominada colículo seminal. 
 
Figura 19: Junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal, 
formando o ducto ejaculatório dentro da próstata. 
 
 Na Figura 19 vê-se a chegada do ducto deferente na face posterior da bexiga e sua 
junção com o ducto da glândula vesícula seminal, para constituir o ducto ejaculatório, que 
atravessa a próstata e desemboca na uretra prostática. A Figura 20 mostra esta junção sob 
outro ângulo. Na Figura 21 pode-se ver a desembocadura do ducto ejaculatório na uretra 
prostática. 
 
 
Figura 20: Trajeto do ducto deferente, chegando à porção posterior da 
bexiga, junto com o ducto da vesícula seminal. 
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Figura 21: Parte da hemipelve masculina mostrando o ducto ejaculatório passando no interior da próstata. 
 
 
 
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URETRA 
 
É um canal comum para micção e ejaculação, tendo cerca de 20 cm de comprimento. 
Inicia-se no óstio interno da uretra, na bexiga e atravessa a próstata, o assoalho da pelve 
e o pênis e termina na extremidade deste pelo óstio externo da uretra. Pode–se 
reconhecer 3 partes na uretra masculina: parte prostática, quando atravessa a próstata; 
parte membranosa, menor, quando atravessa o assoalho da pelve e parte esponjosa, 
maior, localizada no corpo esponjoso do pênis. 
 
 
Figura 22: Hemipelve masculina e trajeto da uretra. 
 
 Versão 202401rev01 Página 50 de 174 
 
Figura 23: Partes da uretra masculina. 
 
A parte prostática da uretra apresenta no seu interior uma pequena saliência – o colículo 
seminal (CS), de cada lado do qual desembocam os ductos ejaculatórios (DE). 
 
 
Figura 24: Uretra prostática aberta mostrando ducto ejaculatório (DE) e colículo seminal (CS). 
 Versão 202401rev01 Página 51 de 174 
Na parte esponjosa, adjacente ao óstio externo da uretra, há uma porção dilatada 
conhecida como fossa navicular da uretra. 
 
 
Figura 25: Fossa navicular da uretra, em corte mediano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VESÍCULAS SEMINAIS 
 
São bolsas sacciformes situadas posteroinferiormente à bexiga. Cada uma delas consiste 
de um tubo enovelado que emite vários divertículos e termina superiormente em fundo 
cego. Inferiormente sua extremidade se estreita e se torna retilínea para formar o ducto da 
vesícula seminal (DVS), que se junta ao correspondente ducto deferente (DD) para 
constituir o ducto ejaculatório (DE). 
 
 
Figura 26: Desembocadura do ducto ejaculatório no colículo seminal. 
 
O sêmen consta de espermatozoides e componentes líquidos, sendo a função destes 
últimos ativar os espermatozoides e facilitar sua progressão pelas vias de passagem. 
Parece que a secreção das vesículas seminais tem papel na ativação dos gametas 
masculinos. 
 
 
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PRÓSTATA 
 
Órgão pélvico ímpar, situado inferiormente à bexiga e atravessado em toda a sua extensão 
pela uretra. Consiste de musculatura lisa e tecido fibroso, mas também contem glândulas. 
Sua secreção junta-se ao das vesículas seminais para constituir o volume do líquido 
seminal. Sua secreção é lançada diretamente na uretra prostática através de numerosos 
dúctulos prostáticos, não visíveis macroscopicamente e confere odor característico ao 
sêmen. 
 
 
Figura 27: Hemipelve masculina e posição da próstata. 
 
 
Figura 28: Vista posterior da bexiga e de glândulas anexas do 
sistema genital masculino. 
 Versão 202401rev01 Página 54 de 174 
GLÂNDULAS BULBO-URETRAIS 
 
São duas formações arredondadas, pequenas, situadas nas proximidades da parte 
membranosa da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua secreção é 
mucosa. 
 
Figura 29: Posição da glândula bulbo-uretral e trajeto de seu ducto excretor (seta vermelha). 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 55 de 174 
PÊNIS 
 
Órgão masculino de cópula, normalmente flácido, mas quando seus espaços lacunares se 
enchem de sangue, apresenta-se túrgido e com sensível aumento de volume e torna-se 
rígido, ao que se dá o nome de ereção. O pênis é formado por três cilindros de tecido 
erétil, dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso, envolvidos por fáscias, túnicas 
fibrosas e por pele fina e extremamente distensível. 
 
Figura 30: Órgãos genitais externos masculinos. 
 
Os corpos cavernosos se fixam pelas suas extremidades posteriores aos ossos da pelve, 
através dos ramos do pênis. 
 
Figura 31: Constituição do pênis. 
 Versão 202401rev01 Página 56 de 174 
O corpo esponjoso apresenta duas dilatações, uma anterior, a glande do pênis e outra 
posterior, o bulbo do pênis, que se prende a estruturas do assoalho da pelve. 
 
Figura 32: Partes do corpo esponjoso do pênis. 
 
 
Figura 33: Corte mediano, mostrando partes do corpo esponjoso do pênis. 
 Versão 202401rev01 Página 57 de 174 
O pênis apresenta uma raiz e um corpo. A raiz corresponde à sua parte fixa, que inclui os 
ramos e o bulbo do pênis. O corpo do pênis é a parte livre, pendente e recoberta pela 
pele. No corpo, os ramos são continuados pelos corpos cavernosos e o bulbo pelo corpo 
esponjoso. Na extremidade da glande do pênis observa-se uma fenda mediana, que 
corresponde ao óstio externo da uretra. 
 
 
Figura 34: Raiz, parte fixa e corpo, parte livre do pênis. 
 Versão 202401rev01 Página 58 de 174 
A glande do pênis é recoberta em extensão variável por uma dupla camada de pele 
denominada prepúcio. O frênulo do prepúcio é uma prega mediana e inferior que passa 
de sua camada profunda para as adjacências do óstio externo da uretra. 
 
 
Figura 35: Envoltórios da glande do pênis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESCROTO 
 
É uma bolsa situada atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica. É dividida por um septo em 
dois compartimentos, um para cada testículo. Apresenta várias camadas, entre as quais a 
pele, que é fina, hiperpigmentada e com pêlos e a túnica dartos, constituída 
essencialmente por fibras musculares. Pela sua arquitetura propicia temperatura favorável 
à espermatogênese, onde a túnica dartos atua como tesmostato, visando manter a 
constância da temperatura. 
 
Figura 36: Órgãos genitais externos masculinos. 
 
∞ 
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AULA 10 (Sistema Genital Masculino) 
Lista de Figuras/Referências 
 (Conforme orientação, exceto na capa e nas fotos do Projeto Anathum, foram inseridas marcas d’água em todas as 
figuras utilizadas, na qual está explicito que "todos os direitos de imagem estão reservados à UFMG" e 
eventualmente podem ter tido suas cores acentuadas ou modificadas e receberem elementos gráficos como setas e 
ampliações para facilitar a visualização e compreensão.) 
 Figura 01: Esculturas e desenhos na antiguidade que remetem ao masculino. Montagem com representações 
do sistema genital masculino. 
 
 Estátuas da direita para a esquerda:. 
- Apollo Belvedere (também chamado de Pythian Apollo ou Apollo de Belvedere), artista desconhecido. 
Imagem de Livioandronico2013 (https://commons.wikimedia.org/wiki/User:Livioandronico2013),26 de 
outubro de 2014. Disponível em: <>. Acesso em: 11 out. 2020 
- Adonis, autoria desconhecida. Restoration: François Duquesnoy (Flemish, 1597–1643). Imagem de 
Marie-Lan Nguyen, 3 de março de 2007. Disponível em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Adonis_Mazarin_Louvre_MR239.jpg>. Acesso em: 11 out. 2020 
- Davi de Michaelangelo (1501–1504). Imagem de Jörg Bittner Unna 
(https://commons.wikimedia.org/wiki/User:J%C3%B6rg_Bittner_Unna), 23 de agosto de 2011. Disponível 
em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/Michelangelo#/media/File:'David'_by_Michelangelo_JBU01.jpg>. 
Acesso em: 12 out. 2020. 
 Desenhos nas paredes ao centro e a esquerda, respectivamente: 
- Studio sull'apparato riproduttivo (Estudo sobre o sistema reprodutor), de Leonardo da Vinci Disponível 
em: <https://www.leonardodavinci-italy.it/apparato-sessuale>. Acesso em: 11 out. 2020. 
- Männergenitalien (Genitália do homem), de Leonardo da Vinci. Imagem de Eissink 
(https://commons.wikimedia.org/wiki/User:Eissink), 19 de julho de 2020. Disponível em: 
<https://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Leonardo,_M%C3%A4nnergenitalien.JPG>. Acesso em: 12 out. 2020. 
 Figura 02: Conjunto dos órgãos genitais masculinos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 03: Gametas masculinos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 04: Corte frontal pelo testículo e seus envoltórios. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 05: Lóbulos do testículo formados a partir dos septos da túnica albugínea. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 06: Mediastino do testículo. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 07: Esquema de túbulos por onde transitam os espermatozoides. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 08: Trajeto a ser seguido pelos espermatozoides dentro do testículo. Material audiovisual elaborado 
por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 09: Posição do epidídimo em relação ao testículo. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 10: Partes do epidídimo. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 11: Esquema das partes constituintes do epidídimo. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
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 Figura 12: Continuidade da cauda do epidídimo com o ducto deferente. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 13: Trajeto do ducto deferente até o interior da cavidade pélvica.Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 14: Trajeto do ducto deferente para o interior da cavidade pélvica. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 15: Posição do funículo espermático a partir da bolsa escrotal. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 16: Passagem do funículo espermático através das camadas da parede abdominal. Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 17: Após passagem pelo peritônio parietal, os elementos do funículo espermático se separam. 
Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 18: Ligamento redondo do útero, análogo do ducto deferente do homem. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 19: Junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal, formando o ducto ejaculatório dentro 
da próstata. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 20: Trajeto do ducto deferente, chegando à porção posterior da bexiga, junto com o ducto da vesícula 
seminal. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 21: Parte da hemipelve masculina mostrando o ducto ejaculatório passando no interior da próstata. 
Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 22: Hemipelve masculina e trajeto da uretra. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 23: Partes da uretra masculina. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 24: Uretra prostática aberta mostrando ducto ejaculatório (DE) e colículo seminal (CS). Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 25: Fossa navicular da uretra, em corte mediano. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 26: Desembocadura do ducto ejaculatório no colículo seminal. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 27: Hemipelve masculina e posição da próstata. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 28: Vista posterior da bexiga e de glândulas anexas do sistema genital masculino. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 29: Posição da glândula bulbo-uretral e trajeto de seu ducto excretor (seta vermelha). Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 30: Órgãos genitais externos masculinos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 31: Constituição do pênis. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 32: Partes do corpo esponjoso do pênis. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 33: Corte mediano, mostrando partes do corpo esponjoso do pênis. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 34: Raiz, parte fixa e corpo, parte livre do pênis. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 35: Envoltórios da glande do pênis. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 36: Órgãos genitais externos masculinos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
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AULA 10 – ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE SISTEMA 
GENITAL MASCULINO 
 
Item 01 – Para iniciar, faça um esquema dos órgãos genitais masculinos, desde sua 
produção até sua eliminação. Quais são os órgãos considerados como externos? Quais 
são os internos? Você será capaz de citar o exato trajeto por onde passam os 
espermatozoides? O que é sêmen e quais são seus componentes? O que é ejaculação? 
 
Item 02 - Numa vista anterior da pelve, observe o escroto e veja os testículos no seu 
interior. 
 
 
Figura 01: Localização dos testículos. 
 Versão 202401rev01 Página 63 de 174 
Num corte de testículo, identifique, na Figura 02, a túnica albugínea (azul), em íntimo 
contato com o parênquima. Tente identificar os lóbulos do testículo (vermelho) 
originados de septos emitidos pela túnica albugínea e veja como os lóbulos convergem 
para uma região denominada mediastino do testículo (laranja). 
 
Reveja no texto da aula teórica as estruturas microscópicas que se localizam nos lóbulos 
do testículo, a saber: túbulos seminíferos contorcidos, túbulos seminíferos retos, 
rede testicular e dúctulos eferentes do testículo. Quais são as funções dos testículos? 
 
 
No testículo que você está examinando, identifique o epidídimo – identifique sua parte 
mais visível – a cabeça (seta verde). Recorde as outras duas partes que o compõem, 
talvez difíceis de serem visualizados na peça. Qual delas se continua como ducto 
deferente? Qual é a função do epidídimo? 
 
 
Figura 02: Testículos, epidídimo e corte do testículo. 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 64 de 174 
Item 03 - Identifique na Figura 03 o ducto deferente. Nesta peça ele está envolto pela 
linha vermelha juntamente com os elementosdo funículo espermático. O que é canal 
inguinal e para que serve? O que é funículo espermático e quais são seus 
componentes? O que passa pelo canal inguinal no sexo feminino? 
 
 
Figura 03: Pelve masculina e elementos do funículo espermático. 
 
Nesta pelve (Figura 04), em vista posterior, identifique as vesículas seminais (setas 
vermelhas) e a próstata (seta verde). 
 
 
Figura 04: Vista posterior da pelve. 
 
Reveja no texto teórico como se forma o ducto ejaculatório. Memorize que ele atravessa 
a próstata e se abre na uretra prostática. Qual é a função das vesículas seminais? 
 Versão 202401rev01 Página 65 de 174 
Na Figura 05 temos o bloco de genital masculino isolado da pelve, em vista posterior. 
Identifique a bexiga (seta azul), os ureteres (setas verdes), os ductos deferentes (seta 
laranja), as vesículas seminais (setas rosa), a próstata (seta vermelha) e o pênis em 
toda a sua extensão. 
 
 
Figura 05: Bloco de bexiga, glândulas anexas e pênis. 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 66 de 174 
Na Figura 06, vemos a bexiga (seta azul) em vista anterior, com as terminações dos 
ureteres (seta vermelha) e na parte superior da imagem, as vesículas seminais (seta 
verde). 
 
 
Figura 06: Bexiga. 
 
 
 
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Item 04 - A Figura 07 mostra uma hemipelve, onde se vê a próstata (setas vermelhas), 
atravessada pela uretra. Como se denomina a parte da uretra quando atravessa a 
próstata? As diversas setas mostram a uretra, desde seu início no óstio interno da 
uretra (seta branca), na bexiga, até sua abertura na extremidade do pênis pelo óstio 
externo da uretra (seta preta). Nesta peça é possível identificar as 3 partes da uretra, a 
prostática (seta laranja), a membranosa (seta verde) e a esponjosa (seta rosa). Qual é 
a menor? E a maior? Quais componentes líquidos passam pela uretra masculina? 
 
 
Figura 07: Hemipelve masculina. 
 
 
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Item 05 - Na Figura 08 temos uma vista lateral da pelve masculina, tendo sido dissecado 
o pênis, com sua parte livre e sua parte fixa. Veja o corpo do pênis (seta rosa), a glande 
(seta verde), o óstio externo da uretra (seta vermelha) na extremidade do pênis e, na 
parte fixa, um dos ramos do pênis (seta laranja) e o bulbo do pênis (seta branca). 
 
 
Figura 08: Vista lateral da pelve masculina. 
 
Na Figura 09, em outro ângulo, podemos identificar um dos corpos cavernosos do pênis 
(seta rosa) e o corpo esponjoso com suas partes: o bulbo do pênis (seta verde) e a 
glande do pênis (seta vermelha). A seta azul identifica o corpo do pênis. 
 
 
Figura 09: Vista lateral de pelve e pênis. 
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Item 06 - Na Figura 10, pode-se identificar com mais detalhes as três partes da uretra, 
prostática (seta amarelo-alaranjada), membranosa (seta branca) e esponjosa (seta azul 
escuro), vendo-se a fossa navicular, porção dilatada da uretra, na glande do pênis (seta 
azul claro). Pode-se identificar também a proximidade da bexiga (seta preta) com a 
sínfise púbica (seta rosa) e também o detalhe do espaço entre a bexiga e o reto, 
denominado escavação retovesical (seta verde escuro). Pode-se identificar também o 
bulbo do pênis (seta verde claro). Em vermelho, parte da próstata. 
 
 
Figura 10: Secção mediana de parte da pelve masculina. 
 
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Item 07 - Na Figura 11 é possível identificar, nos cortes da extremidade do pênis, o 
prepúcio (seta verde) que é a dupla camada de pele que recobre a glande do pênis e o 
frênulo do prepúcio (seta azul), prega mediana e inferior que liga o prepúcio às 
adjacências do óstio externo da uretra. Em corte transversal, pode-se identificar os dois 
corpos cavernosos (setas vermelhas) e o corpo esponjoso (seta preta), ímpar, 
atravessado pela uretra esponjosa. 
 
 
 
Figura 11: Secções transversais de pênis. 
 
∞ 
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AULA 10 (Roteiro para aula prática de Sistema Genital Masculino) 
Lista de Figuras/Referências 
(Conforme orientação, exceto na capa e nas fotos do Projeto Anathum, foram inseridas marcas d’água em todas as 
figuras utilizadas, na qual está explicito que "todos os direitos de imagem estão reservados à UFMG" e 
eventualmente podem ter tido suas cores acentuadas ou modificadas e receberem elementos gráficos como setas e 
ampliações para facilitar a visualização e compreensão.) 
 
 
 Figura 01: Localização dos testículos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 02: Testículos, epidídimo e corte do testículo. Montagem usando: 
 A direita: foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do 
ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 A esquerda imagem do material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 03: Pelve masculina e elementos do funículo espermático. Foto pertencente ao acervo do projeto 
Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 04: Vista posterior da pelve. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento de 
Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 05: Bloco de bexiga, glândulas anexas e pênis. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. 
Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 06: Bexiga. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do 
ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 07: Hemipelve masculina. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento de 
Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 08: Vista lateral da pelve masculina. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. 
Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 09: Vista lateral de pelve e pênis. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento 
de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 10: Secção mediana de parte da pelve masculina. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. 
Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 11: Secções transversais de pênis. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento 
de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 
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AULA 11 – SISTEMA GENITAL FEMININO 
 
 
Figura 01: Mulheres... 
 
O sistema genital feminino consiste no conjunto de órgãos encarregados da reprodução na 
mulher. É composto de órgãos gametógenos, produtores de gametas, de órgãos gametóforos, 
por onde transitam os gametas, além de um órgão que vai abrigar o novo ser vivo em 
desenvolvimento. 
Assim, a reprodução necessita de dois indivíduos, um macho e uma fêmea, que possuem órgãos 
que produzem os gametas, espermatozoides e óvulos, de cuja união, a fecundação, vai resultar 
o zigoto, ponto de partida para a formação do novo ser vivo. 
 Versão 202401rev01 Página 73 de 174 
 
Figura 02: Perpetuação da espécie. 
 
 
 
Figura 03: Gametas masculino e feminino. 
 Versão 202401rev01 Página 74 de 174 
 
Figura 04: Zigoto. 
 
 
Figura 05: Formação do novo ser vivo. 
 Versão 202401rev01 Página 75 de 174 
Anatômica e funcionalmente, podemos distribuir os componentes do sistema genital feminino 
levando em consideração órgãos internos, órgãos externos e glândulas anexas: 
 
Figura 06: Componentes do sistema genital feminino. 
 
a) gônadas ou órgãos produtores de gametas (Figura 07): os ovários (setas vermelhas), que 
produzem os óvulos; 
 
Figura 07: Cavidade pélvica aberta (seta verde: o útero). 
 Versão 202401rev01 Página 76 de 174 
b) vias condutoras de gametas (Figura 08) – as tubas uterinas (setas vermelhas); 
 
c) órgão que abriga o novo ser vivo (Figura 08) - o útero (seta verde);Figura 08: Tubas uterinas e útero. 
 Versão 202401rev01 Página 77 de 174 
d) órgão de cópula, representado pela vagina (Figura 09); 
 
 
Figura 09: Hemipelve feminina, vista medial. 
 
e) estruturas eréteis: clitóris (Figura 10) e bulbo do vestíbulo (Figura 11); 
 
Figura 10: Glande do clitóris. 
 Versão 202401rev01 Página 78 de 174 
f) glândulas anexas – glândulas vestibulares maiores e menores (Figura 11); 
 
 
Figura 11: Bulbo do vestíbulo (setas amarelas) e glândula vestibular maior (seta vermelha). 
 Versão 202401rev01 Página 79 de 174 
 
g) Órgãos genitais externos, conhecidos no conjunto pelas expressões pudendo feminino ou 
vulva (Figura 12) – monte púbico, lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do 
vestíbulo e glândulas vestibulares. 
 
Figura 12: Lábios maiores (setas verdes) e lábios menores (setas amarelas). 
 
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COMPORTAMENTO DO PERITÔNIO NA CAVIDADE PÉLVICA 
 
Os ovários, tubas uterinas e útero estão situados na cavidade pélvica entre a bexiga, anterior a 
eles, e o reto, posterior a eles. 
 
Figura 13: Hemipelve feminina e órgãos internos. 
 Versão 202401rev01 Página 81 de 174 
O peritônio parietal, que reveste a parede anterior da cavidade, recobre a bexiga como 
peritônio visceral, reflete-se sobre o útero e finalmente sobre o reto. Desta maneira, forma-se 
lateralmente ao útero uma ampla prega transversal, denominada ligamento largo do útero, que 
divide a cavidade pélvica em dois compartimentos, ou escavações, conforme a Figura 14: 
compartimento anterior, entre bexiga e útero, denominado escavação vesico-uterina (EVU) e 
compartimento posterior, a escavação reto-uterina (ERU). 
 
Figura 14: Esquema da posição do ligamento largo do útero (setas vermelhas). 
 
Num corte mediano da pelve pode-se observar as escavações como mostrado na Figura 15. 
 
 
Figura 15: Hemipelve feminina evidenciando escavações. 
 Versão 202401rev01 Página 82 de 174 
Deste modo, ficam envolvidos pelo peritônio visceral praticamente todo o útero e as tubas 
uterinas, estas situadas na borda superior do ligamento largo. Os ovários se prendem à face 
posterior do ligamento largo através de uma prega pequena de peritônio denominada mesovário 
e, sendo assim, eles estão projetados na escavação reto-uterina. O ligamento largo do útero é 
um importante meio de fixação do útero, muito importante durante a gravidez, quando o órgão 
aumenta de volume e se torna mais pesado. 
Observe na Figura 16 a posição dos ovários (setas verdes), sendo que a parte posterior do 
peritônio foi forçada na imagem para se visualizar a posição dos mesmos na escavação reto-
uterina. 
Figura 16: Bloco de órgãos internos do sistema genital feminino, ovários (setas verdes) e tubas uterinas (setas 
vermelhas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 83 de 174 
Se isolarmos as estruturas mencionadas da cavidade pélvica, identifica-se com mais facilidade o 
ligamento largo, como na Figura 17. O ligamento largo é uma estrutura extremamente 
distensível e acompanha o útero quando este aumenta de volume na gestação. Nesta mesma 
imagem, observe outra importante estrutura de fixação do útero. Trata-se do ligamento redondo 
do útero, que se visualiza como um espessamento dentro do ligamento largo e é análogo ao 
ducto deferente do sexo masculino, apresentando trajeto semelhante, passando pelo canal 
inguinal e fixando-se na tela subcutânea dos lábios maiores do pudendo feminino. 
 
 
Figura 17: Ligamento redondo do útero (setas verdes) e ligamento largo do útero (setas vermelhas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 84 de 174 
OVÁRIOS 
 
Produzem os gametas femininos ou óvulos a partir do final da puberdade. Além disto, 
produzem hormônios que controlam o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e 
atuam sobre o útero nos mecanismos de implantação do óvulo fecundado e início do 
desenvolvimento do embrião. Ficam fixados à face posterior do ligamento largo do útero por 
pequena prega de peritônio denominada mesovário e se projetam na escavação reto-uterina. À 
medida que ocorrem ovulações, sua superfície torna-se rugosa e assume aspecto branco-
acinzentado, diminuindo de tamanho na velhice. 
 
Figura 18: Face posterior do ligamento largo do útero, assinalando o ovário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 85 de 174 
Na ovulação, o óvulo rompe a superfície do ovário e deve ser colhido pela extremidade lateral da 
tuba uterina. Por esta razão, o ovário não é recoberto pelo peritônio. 
 
Figura 19: Ovário e momento de ovulação. 
 
 
Figura 20: Tuba uterina acoplada ao ovário no local da ovulação. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 86 de 174 
TUBAS UTERINAS 
 
Transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para a cavidade do útero. Por 
elas passam, em sentido oposto, os espermatozoides e a fecundação habitualmente ocorre 
dentro da tuba. 
 
 
Figura 21: Trajeto dos espermatozoides no sistema genital feminino. 
 
Acompanhe na Figura 22 e identifique as 4 partes da tuba, a saber: uterina (seta amarela), 
quando passa pela parede do útero – é a sua extremidade medial; istmo (seta rosa), porção 
estreitada antes de chegar ao útero; ampola (seta verde), porção dilatada, onde normalmente 
ocorre a fecundação e infundíbulo (seta azul), porção final, lateral, na qual se observa uma série 
de franjas irregulares, as fímbrias (seta vermelha), que se situam ao redor do óstio abdominal 
da tuba. Na passagem da tuba para o útero observa-se o óstio uterino da tuba. 
 
 
Figura 22: Partes da tuba uterina. 
 Versão 202401rev01 Página 87 de 174 
No momento da ovulação, graças a movimentos da tuba, as fímbrias se justapõem à superfície 
do ovário para captar o eventual óvulo que romper a superfície do ovário. 
 
Figura 23: Captação do óvulo pelas fímbrias da tuba uterina, no momento da ovulação. 
 
 
 
 
 
 
 
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O óvulo captado será transportado através das partes da tuba para chegar ao útero, onde, se 
fecundado, deverá se desenvolver um novo ser vivo. 
 
 
Figura 24: Novo ser vivo em desenvolvimento. 
 
Ocasionalmente o óvulo fecundado pode fixar-se na própria tuba uterina e aí dar-se o 
desenvolvimento do embrião, fato conhecido com o nome de gravidez tubária, que quase 
sempre é uma perigosa situação obstétrica. 
 
 
Figura 25: Gravidez tubária. 
 Versão 202401rev01 Página 89 de 174 
O fato de a tuba ter suas duas comunicações, através dos óstios abdominal e uterino, favorece 
a possibilidade de infecções, causadas pela passagem de germes infecciosos, presentes nas 
vaginites, para vias superiores, chegando a alcançar o ovário, podendo levar à esterilidade ou, 
em casos mais graves, causar peritonites. 
 
Figura 26: Esquema da comunicação da cavidade peritoneal com o meio exterior, na mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÚTERO 
 
É o órgão que aloja o embrião e no qual este se desenvolve até o nascimento. Encontra-se 
envolvido na sua quase totalidade pelo ligamento largo, tem geralmente a forma de pera invertida, 
podendo-se reconhecer nele 4 partes: o fundo, que fica acima da desembocadura das tubas 
uterinas; o corpo, que se comunica de cada lado com as tubas uterinas; o istmo, uma zona 
estreitada entre o corpo e o colo ou cérvix , parte inferior que se projeta na vagina e com a qual 
se comunica através do óstio do útero. 
 
 
Figura 27: Partes do útero, vista anterior. 
 
 
 
Figura 28: Vista do colo do útero, que se projeta na vagina. 
 Versão 202401rev01 Página 91 de 174 
O útero varia de forma, tamanho, posição e estrutura. Estas variações dependem da idade, do 
estado de plenitude ou de vacuidade da bexiga e do reto e, principalmente, do estado de 
gestação.A parede do útero é constituída de 3 camadas, a saber: a mais externa é o perimétrio, formada 
pelo peritônio; a camada média, muscular, é o miométrio e, internamente, o útero é forrado pelo 
endométrio, camada fina que sofre modificações de acordo com a fase do ciclo menstrual, 
uterino ou na gravidez. Mensalmente o endométrio se prepara para receber o óvulo fecundado, 
aumentando seu volume e formando inúmeras redes capilares. Se não houver fecundação, o 
endométrio descama, com hemorragia e consequente eliminação sanguínea através de vagina e 
vulva, ao que se dá o nome de menstruação. 
 
Figura 29: Corte frontal dos órgãos genitais femininos, vista posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 92 de 174 
Esta imagem mostra a variação de tamanho do útero de acordo com o mês de gestação. 
 
Figura 30: Variações de tamanho do útero de acordo com o mês de gestação. 
 Versão 202401rev01 Página 93 de 174 
Esta outra imagem mostra o feto no interior do útero grávido. 
 
Figura 31: Feto no interior do útero grávido. 
 
 
 
 
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Esta imagem mostra a sequência da descida do feto no momento do parto. 
 
Figura 32: Sequência da descida do feto através do canal do parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VAGINA 
 
É termo derivado do latim e significa bainha. É o órgão de cópula feminino. É um tubo cujas 
paredes normalmente se encontram colabadas. Comunica-se superiormente com a cavidade 
uterina através do óstio do útero e inferiormente se abre no vestíbulo da vagina através do óstio 
da vagina. 
A cavidade uterina e a vagina constituem em conjunto o canal do parto, através do qual o feto 
passa no momento do nascimento. 
 
 
Figura 33: Canal do parto. A seta vermelha indica o óstio do útero e a azul indica o óstio da vagina. 
 
Nas mulheres virgens, o óstio da vagina é fechado parcialmente por uma membrana de tecido 
conjuntivo forrado por mucosa denominada hímen. Sua forma é variável, sendo geralmente 
anular ou em crescente. (Na Figura 34, da esquerda para a direita: hímen anular, septado e 
cribiforme). Após a ruptura da membrana, restam pequenos fragmentos no local de inserção de 
sua margem- são as carúnculas himenais. 
 
 
Figura 34: Variados tipos de hímen. 
 Versão 202401rev01 Página 96 de 174 
 
Figura 35: Carúnculas himenais após ruptura do hímen. 
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ÕRGÃOS GENITAIS EXTERNOS 
 
1) Monte púbico - elevação mediana, anterior à sínfise púbica, constituída de tecido adiposo, 
apresentando pêlos após a puberdade (seta azul escura, Figura 36). 
2) Lábios maiores (setas verdes, Figura 36) - são duas pregas cutâneas, alongadas, que 
delimitam entre si uma fenda, a rima do pudendo. Após a puberdade, apresentam-se 
hiperpigmentadas e cobertas de pelos. 
3) Lábios menores (setas amarelas, Figura 36) - são duas pequenas pregas cutâneas, situadas 
medialmente aos lábios maiores. No vivente, a pele que os recobre é lisa e vermelha. O espaço 
entre os lábios menores é o vestíbulo da vagina (circundado em vermelho, Figura 36), onde se 
evidenciam o óstio externo da uretra (seta vermelha, Figura 36), o óstio da vagina (seta rosa, 
Figura 36) e os orifícios dos ductos das glândulas vestibulares (setas brancas, Figura 36). 
 
Figura 36: Órgãos genitais externos femininos. 
 Versão 202401rev01 Página 98 de 174 
4) Estruturas eréteis (Figura 37) – são formadas de tecido erétil, capaz de dilatar-se como 
resultado de engurgitamento sanguíneo. 
 
a) O clitóris é o homólogo dos corpos cavernosos do pênis. Possui duas extremidades 
fixadas ao ísquio e ao púbis – ramos do clitóris (setas amarelas), que se unem e formam o 
corpo do clitóris (seta verde) e este termina numa dilatação, a glande do clitóris (seta azul). 
 
b) O bulbo do vestíbulo (seta branca, Figura 37) é formado por duas massas de tecido 
erétil, alongadas, dispostas como uma ferradura ao redor do óstio da vagina. Ficam dispostos nas 
camadas mais profundas do pudendo feminino. São homólogos rudimentares do bulbo do pênis e 
porção adjacente do corpo esponjoso. Quando estas estruturas estão cheias de sangue, dilatam-
se, proporcionando maior contato entre o pênis e o orifício da vagina. 
 
5) Glândulas vestibulares maiores (seta alaranjada, Figura 37) - são duas, situadas 
profundamente e nas proximidades do vestíbulo da vagina, onde se abrem seus ductos. Durante 
a relação sexual são comprimidas e secretam um muco, que serve para lubrificar a porção inferior 
da vagina. As glândulas vestibulares menores, em número variável, têm seus ductos se 
abrindo no vestíbulo da vagina. 
 
Figura 37: Estruturas eréteis femininas. 
 Versão 202401rev01 Página 99 de 174 
 
MAMAS 
 
Figura 38: Mamas. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 100 de 174 
As mamas são estudadas junto com o sistema genital feminino, dadas as suas relações 
funcionais com a reprodução e seus hormônios. 
São anexos da pele, pois seu parênquima é formado de glândulas cutâneas modificadas que se 
especializam na produção de leite após a gestação. Situam-se ventralmente a músculos da 
região peitoral (seta rosa, Figura 39), entre as camadas superficial e profunda da tela subcutânea. 
 
Na sua arquitetura, conforme podemos ver na Figura 39, a mama é constituída de: 
 
a) parênquima (seta azul), tecido glandular ou glândula mamária, composta de 15 a 20 lobos 
piramidais, cuja base está voltada para a região profunda da mama e os ápices estão voltados 
para a superfície. O conjunto destes lobos forma o corpo da mama. Os ductos lactíferos partem 
dos ácinos glandulares e se abrem separadamente na papila mamária por numerosos ductos; 
 
b) estroma (seta amarela), tecido conjuntivo, que envolve cada lobo e o corpo da mama como 
um todo. Predomina tecido adiposo (setas pretas). O tamanho e a forma da mama estão 
relacionados com a quantidade de tecido adiposo do estroma; 
 
c) pele, muito fina, dotada de glândulas sebáceas e sudoríparas. 
 
 
Figura 39: Corte sagital de mama. 
 Versão 202401rev01 Página 101 de 174 
 
Figura 40: Visão tridimensional da mama, setas apontando a parte glandular. 
 
 Versão 202401rev01 Página 102 de 174 
A forma da mama é geralmente cônica, mas há muitas variações, dependendo da quantidade de 
tecido adiposo, do estado funcional (gestação ou lactação) e da idade. Seu desenvolvimento se 
inicia na puberdade e se torna progressivamente pedunculada após gestações sucessivas ou no 
avançar da idade. Observe na Figura 41 a formação dos ácinos glandulares no período de 
gestação, no esquema mostrado à direita da imagem apresentada. 
 
 
Figura 41: Desenvolvimento das mamas, na puberdade (à esquerda), adulta (centro) e na gestação (à direita). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A papila mamária é a projeção anterior da mama, onde desembocam separadamente de 15 a 20 
ductos lactíferos dos respectivos lobos da glândula mamária, através de várias aberturas (Figuras 
42 e 43). A papila é composta principalmente de fibras musculares lisas, sendo abundantemente 
inervada. Ao redor da papila há uma área de maior pigmentação, a aréola mamária, onde se 
observam pequenas elevações, que são glândulas sudoríparas e sebáceas. Durante a gravidez, a 
aréola torna-se mais escura e retém esta coloração posteriormente. Não é raro ocorrer um 
discreto enrijecimento das mamas, às vezes doloroso, durante o período pré-menstrual, devido à 
ação de hormônios femininos. 
 
 
Figura 42: Projeção anterior da mama: papila mamária. 
 
 
Figura 43: Papila mamária. 
 Versão 202401rev01 Página 104 de 174 
O maior aumento da mama ocorre na fase final da gestação, onde seu volume pode até triplicar. 
Permanece com volume acentuado na fase de lactação. Observe na Figura 44, à direita, odesenvolvimento da parte glandular da mama na fase de gestação, por influencia dos hormônios 
circulantes no sangue; e à esquerda, o franco desenvolvimento da parte glandular, estimulado 
pela liberação dos hormônios logo após o parto e já apta a alimentar o recém-nascido. 
 
 
 
Figura 44: Esquema da parte glandular da mama na gestação (direita) e na lactação (esquerda). 
 
Considerações: 
No sexo masculino a mama é pouco desenvolvida, ficando restrita à papila e aréola de 
tamanhos reduzidos. 
 
∞ 
=-=-=-=-=-=-=-=-=-= 
 
 
 
 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 105 de 174 
AULA 11 (Sistema Genital Feminino) 
Lista de Figuras/Referências 
(Conforme orientação, exceto na capa e nas fotos do Projeto Anathum, foram inseridas marcas d’água em todas as 
figuras utilizadas, na qual está explicito que "todos os direitos de imagem estão reservados à UFMG" e 
eventualmente podem ter tido suas cores acentuadas ou modificadas e receberem elementos gráficos como setas e 
ampliações para facilitar a visualização e compreensão.) 
 
 Figura 01: Mulheres... Montagem com imagens de mulheres. 
 
 Na borda a partir do canto superior esquerdo seguindo para baixo temos: 
 
 - Dánae (1636-1643). Autor: Rembrandt (1606-1669). Imagem disponibilizada por "Jan Arkesteijn" 
(https://commons.wikimedia.org/wiki/User_talk:Jan_Arkesteijn) em 14 de novembro de 2009. Disponível em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rembrandt_van_Rijn_-_Dana%C3%AB_1636-
1643.jpg?uselang=es>. Acesso em: 15 out. 2020 
 
 - La maja desnuda (a maja nua, entre 1790 e 1800). Autor: Francisco Goya (1746-1828). Imagem 
disponibilizada por: "Aavindraa" (https://commons.wikimedia.org/wiki/User_talk:Aavindraa) em 14 de abril de 
2012. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Goya_Maja_naga2.jpg>. Acesso em: 16 out. 
2020 
 
 - La Vénusd'Urbino (A Vênus de Urbino, 1538). Autor: Titian (1490-1576). Imagem disponibilizada por 
"Eugene a" em 4 de outubro de 2010. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/File:Tizian_102.jpg>. 
Acesso em: 14 out. 2020. 
 
 - Quellnymphe (A Ninfa na Fonte, entre 1530 e 1534). Autor: Lucas Cranach der Ältere (1472–1553). 
Imagem disponibilizada por "JarektUploadBot" em 13 de junho de 2011. Disponível em: 
<https://en.wikipedia.org/wiki/File:Lucas_Cranach_d._%C3%84._-_Reclining_Nymph_-_WGA05637.jpg>. 
Acesso em: 15 out. 2020. 
 
 - Venere Dormiente (Vênus Dormindo, 1508). Autores: Giorgione (1478-1510) e Titian (1490-1576). Imagem 
disponibilizada por "Artworks" (https://commons.wikimedia.org/wiki/User_talk:Artwork) em 25 de julho de 
2012. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Giorgione_-_Sleeping_Venus_-
_Google_Art_Project_2.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020. 
 
 - Nu couché (Nu deitado, 1917). Autor: Amedeo Modigliani (1884–1920). Imagem disponibilizada por: 
"JVollenhoven" em 24 de outubro de 2015. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/File:Modigliani_-
_Nu_couch%C3%A9.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020. 
 
 - Jovem deitada. Imagem disponibilizada por "hel" através do PxHere. Disponível em: 
<https://pxhere.com/en/photo/1618956>. Acesso em: 15 out. 2020. 
 
 - Baigneuse aux cheveux longs (Banhista de cabelos compridos, em torno de 1895). Autor: Pierre-Auguste 
Renoir (1841–1919). Imagem disponibilizada por "Oxxo" em 8 de abril de 2011. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pierre-Auguste_Renoir_-_Baigneuse_aux_cheveux_longs_(2).jpg>. 
Acesso em: 13 out. 2020. 
 
 Versão 202401rev01 Página 106 de 174 
 - Les Grandes Baigneuses (As Grandes Banhistas).Autor: Pierre-Auguste Renoir (1841-1919). Imagem 
disponibilizada por "DcoetzeeBot" em 2 de outubro de 2012. Disponível em: 
<https://en.wikipedia.org/wiki/File:Pierre-Auguste_Renoir,_French_-_The_Large_Bathers_-
_Google_Art_Project.jpg>. Acesso em: 16 out. 2020. 
 
 - Bather Arranging her Hair (Banhista arranjando o cabelo 1893). Autor: Pierre-Auguste Renoir (1841–1919). 
Imagem disponibilizada por "Hohum" em 11 de janeiro de 2014. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bather_Arranging_her_Hair.jpg>. Acesso em: 16 out. 2020. 
 
 - La Coiffure (Baigneuse arrangeant ses cheveux) - La Coiffure (banhista arrumando o cabelo). Obra de 
1885. Autor: Pierre-Auguste Renoir (1841–1919). Imagem disponibilizada por "Oxxo" em 25 de abril de 2011. 
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pierre-Auguste_Renoir_-
_La_Coiffure_(Baigneuse_arrangeant_ses_cheveux).jpg>. Acesso em: 15 out. 2020. 
 
 - Baigneuse avec un griffon (A Banhista e o Cão Grifon) ou Lise au bord de la Seine (Lise à Beira do Sena). 
Obra de 1870. Autor: Pierre-Auguste Renoir (1841–1919). Imagem disponibilizada por "Maltaper" em 14 de 
junho de 2020. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Renoir_-
_Banhista_com_C%C3%A3o_Grifon.jpg>. Acesso em: 14 out. 2020. 
 
 - Diane chasseresse (Diana a caçadora, 1867). Autor: Pierre-Auguste Renoir (1841–1919). Imagem 
disponibilizada por "Hohum" em 11 de janeiro de 2014. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pierre-Auguste_Renoir_020.jpg>. Acesso em: 17 out. 2020. 
 
 - I Werners Eka (No barco a remo de Werner,1917). Autor: Anders Zorn (1860–1920). Imagem 
disponibilizada por: "Staszek99" em 6 de junho de 2010. Disponível em: 
<https://en.wikipedia.org/wiki/File:Anders_Zorn_I_werners_eka-1917.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020. 
 
 - Bathsheba with David (Bathsheba com David, 1654). Autor Rembrandt (1606–1669). Imagem 
disponibilizada por: "Jan Arkesteijn" em 27 de fevereiro de 2015. Disponível em: 
<https://en.wikipedia.org/wiki/File:Rembrandt_Harmensz._van_Rijn_016.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020. 
 
 - La nascita di Venere (O nascimento de Vênus, em torno de 1485). Autor: Sandro Botticelli (1445-1510). 
Imagem disponibilizada por "Dcoetzee" (https://commons.wikimedia.org/wiki/User_talk:Dcoetzee), em 02 de 
novembro de 2012. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sandro_Botticelli_-
_La_nascita_di_Venere_-_Google_Art_Project_-_edited.jpg>. Acesso em: 17 out. 2020. 
 
 Na faixa mais interna a partir da parte superior a direita seguindo para a esquerda: 
 
 - La Grande Odalisque (A Grande Odalisca, 1814). Autor: Jean Auguste Dominique Ingres (1780–1867). 
Imagem disponibilizada por "Paris 16" em 3 de dezembro de 2008. Disponível em: 
<https://en.wikipedia.org/wiki/File:Jean_Auguste_Dominique_Ingres,_La_Grande_Odalisque,_1814.jpg>. 
Acesso em: 15 out. 2020. 
 
 - The Three Graces (As Três Graças). Autor: Peter Paul Rubens (1577-1640). Imagem disponibilizada por 
"Dcoetzee" (https://commons.wikimedia.org/wiki/User_talk:Dcoetzee) em 10 de novembro de 2012. 
 Versão 202401rev01 Página 107 de 174 
Disponível em: 
<https://en.wikipedia.org/wiki/The_Three_Graces_(Rubens)#/media/File:The_Three_Graces,_by_Peter_Paul_
Rubens,_from_Prado_in_Google_Earth.jpg>. Acesso em: 16 out. 2020. 
 
 - Venere e Cupido (Venere dormiente) - Vênus e Cupido (Vênus dormindo). Pintada entre 1625 e 1630. 
Autor: Artemisia Gentileschi (1593-?).Imagem disponibilizada por "Rfdarsie" em 13 de abril de 2009. 
Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/File:Artemisia_Gentileschi_-_Sleeping_Venus.JPG>. Acesso 
em: 16 out. 2020. 
 
 Ao centro: 
 
 - Les Trois Grâces (As Três Graças). Autor: Rafael (1483-1520). Imagem disponibilizada por "Artworks" 
(https://commons.wikimedia.org/wiki/User_talk:Artwork) em 25 de julho de 2012. Disponível em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rapha%C3%ABl_-_Les_Trois_Gr%C3%A2ces_-
_Google_Art_Project_2.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020. 
 
 Figura 02: Perpetuação da espécie. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 03: Gametas masculino e feminino. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 04: Zigoto. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 05: Formação do novo ser vivo. Materialaudiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 06: Componentes do sistema genital feminino. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 07: Cavidade pélvica aberta (seta verde: o útero). Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 08: Tubas uterinas e útero. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 09: Hemipelve feminina, vista medial. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 10: Glande do clitóris. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 11: Bulbo do vestíbulo (setas amarelas) e glândula vestibular maior (seta vermelha).Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 12: Lábios maiores (setas verdes) e lábios menores (setas amarelas). Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 13: Hemipelve feminina e órgãos internos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 14: Esquema da posição do ligamento largo do útero (setas vermelhas). Adaptado do material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 15: Hemipelve feminina evidenciando escavações. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 16: Bloco de órgãos internos do sistema genital feminino, ovários (setas verdes) e tubas uterinas 
(setas vermelhas). Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 17: Ligamento redondo do útero (setas verdes) e ligamento largo do útero (setas vermelhas). 
Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 18: Face posterior do ligamento largo do útero, assinalando o ovário. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 19: Ovário e momento de ovulação. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 20: Tuba uterina acoplada ao ovário no local da ovulação. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 21: Trajeto dos espermatozoides no sistema genital feminino. Montagem feita por Agnaldo 
Magalhães (07 agosto de 2021) baseada no material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 22: Partes da tuba uterina. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 23: Captação do óvulo pelas fímbrias da tuba uterina, no momento da ovulação. Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 24: Novo ser vivo em desenvolvimento. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
 Versão 202401rev01 Página 108 de 174 
Horizonte, 1971. 
 Figura 25: Gravidez tubária. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 26: Esquema da comunicação da cavidade peritoneal com o meio exterior, na mulher. Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 27: Partes do útero, vista anterior. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 28: Vista do colo do útero, que se projeta na vagina. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 29: Corte frontal dos órgãos genitais femininos, vista posterior. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 30: Variações de tamanho do útero de acordo com o mês de gestação. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 31: Feto no interior do útero grávido. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 32: Sequência da descida do feto através do canal do parto. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 33: Canal do parto. A seta vermelha indica o óstio do útero e a azul indica o óstio da vagina. 
Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 34: Variados tipos de hímen. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 35: Carúnculas himenais após ruptura do hímen. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 36: Órgãos genitais externos femininos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 37: Estruturas eréteis femininas. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 38: Mamas. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 39: Corte sagital de mama. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 40: Visão tridimensional da mama, setas apontando a parte glandular. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 41: Desenvolvimento das mamas, na puberdade (à esquerda), adulta (centro) e na gestação (à 
direita). Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 42: Projeção anterior da mama: papila mamária. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 43: Papila mamária. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 44: Esquema da parte glandular da mama na gestação (direita) e na lactação (esquerda). Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 
 
∞ 
=-=-=-=-=-=-=-=-=-= 
 
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AULA 11 – ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA DE SISTEMA 
GENITAL FEMININO 
 
Inicie seu estudo fazendo uma chave esquemática dos órgãos genitais femininos. Quais são os 
órgãos considerados como externos? E os internos? Você consegue descrever o caminho 
seguido pelo óvulo, fecundado e não fecundado? O que é ovulação? Defina menstruação e 
explique seu significado funcional. 
 
 Item 01 – Nas pelves você consegue verificar que existem órgãos situados na cavidade pélvica – 
como os ovários, as tubas uterinas e o útero e órgãos que não são pélvicos, como o pudendo 
feminino ou vulva. 
 
Item 02 – Identifique as escavações reto-uterina e vesico-uterina na hemipelve da Figura 01– 
o ligamento largo não está visível. Identifique o útero, veja a espessura de sua parede muscular – 
como se chama esta camada do útero? E seu revestimento externo, como se denomina? 
Identifique a bexiga e a uretra feminina. Identifique a vagina e veja como uma parte do útero se 
projeta para dentro dela - como se chama esta parte? Como se chama o orifício de abertura da 
vagina para o meio exterior? O hímen fecha totalmente esta abertura? 
 
 
Figura 01: Hemipelve feminina. 
 Versão 202401rev01 Página 110 de 174 
Item 03 – Esta peça de útero foi isolada da cavidade pélvica. Nela é possível identificar o útero, 
bem ao centro, as tubas uterinas chegando à sua parte superior, os ovários, dos dois lados e 
também parte do ligamento largo do útero e ainda, dos dois lados, partes do ligamento 
redondo do útero. 
 
Quais as características dos ovários nas diversas fases da vida de uma mulher? Você consegue 
justificar porque o ovário não é revestido pelo peritônio? Você acha que a pílula anticoncepcional 
impede a ovulação ou a fecundação? 
 
Figura 02: Bloco de genital feminino isolado. 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 111 de 174 
Item 04 - Tubas uterinas- Localize-as na borda superior, chegando ao útero. Com um pouco 
mais de dificuldade identifique-as na borda superior do ligamento largo, que está revestindo o 
útero nesta peça. Os ovários também podem ser identificados nesta peça. 
 
Figura 03: Bloco de genital feminino. 
 
 Versão 202401rev01 Página 112 de 174 
Item 05- Este é um útero grávido, de cerca de 5 meses de gestação, em vista lateral. Veja como 
se desenvolveu apesar de sua camada muscular não se tornar mais delgada. Ocorre uma 
proliferação de fibras musculares,no sentido de suportar o aumento do peso do embrião/feto e 
dos seus envoltórios. 
 
Figura 04: Útero grávido, de cerca de 5 meses de gravidez. 
 
 Versão 202401rev01 Página 113 de 174 
Item 06 – Nesta hemipelve, tente identificar as partes do útero: o fundo, o corpo, o istmo e o 
cervix, que se projeta na vagina. Veja como a camada muscular é espessa e a sua cavidade é 
pequena. Como você definiria o canal do parto? Que função desempenha o útero? 
 
Figura 05: Hemipelve feminina. 
 Versão 202401rev01 Página 114 de 174 
Item 07- Examine a peça da Figura 06 - trata-se de um útero em corte frontal. Foram adicionados 
detalhes ampliados de parte de suas camadas. Como se chama a camada externa que o 
recobre? E a camada interna, como é denominada? O que acontece com esta camada interna 
durante o ciclo menstrual? 
 
Figura 06: Útero isolado, com detalhes em dois pontos. 
 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 115 de 174 
Item 08 - Na vista anterior de uma pelve inteira, identifique lábios maiores e lábios menores, 
além do monte púbico. No detalhe da Figura 08, identifique também o óstio externo da uretra 
(seta laranja) e o óstio da vagina (seta branca). 
, 
Figura 07: Vista anterior de uma pelve feminina. 
 
, 
Figura 08: Detalhe da vista anterior do pudendo feminino. 
 Versão 202401rev01 Página 116 de 174 
Item 09 – Identifique a mama na Figura 09 e localize a aréola mamária e a papila mamária. Na 
Figura 10, foi dissecado um ducto lactífero, que está amarrado com linha vermelha. Para esta 
dissecação, realizou-se um corte circular na pele no entorno da aréola mamária, que foi rebatido 
para facilitar a visualização do ducto. O que ocorre com a parte glandular da mama no período de 
gestação? 
 
Figura 09: Mama feminina, vista anterior. 
 
 
Figura 10: Mama com ducto lactífero dissecado. 
∞ 
=-=-=-=-=-=-=-=-=-= 
 
 Versão 202401rev01 Página 117 de 174 
AULA 11 (Roteiro para aula prática de Sistema Genital Feminino) 
 (Conforme orientação, exceto na capa e nas fotos do Projeto Anathum, foram inseridas marcas d’água em todas as 
figuras utilizadas, na qual está explicito que "todos os direitos de imagem estão reservados à UFMG" e 
eventualmente podem ter tido suas cores acentuadas ou modificadas e receberem elementos gráficos como setas e 
ampliações para facilitar a visualização e compreensão.) 
 Figura 01. Hemipelve feminina. Foto pertencente ao acervo do Departamento de Morfologia/ICB. 
Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, outubro 2020. 
 Figura 02: Bloco de genital feminino isolado. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. 
Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 03. Bloco de genital feminino. Foto pertencente ao acervo do Departamento de Morfologia/ICB. 
Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, outubro 2020. 
 Figura 04. Útero grávido, de cerca de 5 meses de gravidez. Foto pertencente ao acervo do Departamento de 
Morfologia/ICB. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, outubro 2020. 
 Figura 05: Hemipelve feminina. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. Departamento de 
Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 06. Útero isolado, com detalhes em dois pontos. Foto pertencente ao acervo do Departamento de 
Morfologia/ICB. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, outubro 2020. 
 Figura 07: Vista anterior de uma pelve feminina. Foto pertencente ao acervo do projeto Anathum/UFMG. 
Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 08: Detalhe da vista anterior do pudendo feminino. Foto pertencente ao acervo do projeto 
Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 09: Mama feminina, vista anterior. Foto pertencente ao acervo do Departamento de Morfologia/ICB. 
Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, outubro 2020. 
 Figura 10: Mama com ducto lactífero dissecado. Foto pertencente ao acervo do Departamento de 
Morfologia/ICB. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, outubro 2020. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 118 de 174 
AULA 12 – SISTEMA ENDÓCRINO 
(EXPOSIÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA) 
CONCEITO 
Glândulas são estruturas ligadas a diversos sistemas orgânicos e podem ser divididas em glândulas 
exócrinas, glândulas endócrinas e glândulas anfícrinas, isto é, mistas. Como fazem parte dos sistemas 
orgânicos, as glândulas macroscópicas já foram, na sua maioria, mencionadas durante a exposição dos 
vários sistemas que compõem o corpo humano. 
1 – GLÂNDULAS EXÓCRINAS - são aquelas que apresentam um ducto excretor e seu produto de 
excreção é lançado para o meio exterior, como por exemplo as glândulas sudoríparas, que lançam seu 
produto na superfície da pele, ou para dentro de uma cavidade, como as glândulas salivares, cuja 
secreção é lançada na cavidade bucal ou as glândulas localizadas na mucosa do estômago, que lançam 
sua secreção no interior deste órgão. 
 
Figura 01: Posição das glândulas salivares extraparietais. 
 Versão 202401rev01 Página 119 de 174 
 
Figura 02: Vista medial de duas das glândulas salivares. 
 
 
Figura 03: Vista lateral de glândula salivar extraparietal. 
 Versão 202401rev01 Página 120 de 174 
2 – GLÂNDULAS ENDÓCRINAS, também denominadas glândulas sem ducto ou de secreção interna, 
estão representadas por órgãos pouco volumosos, localizados em regiões diversas do corpo. Como não 
possuem ductos excretores, lançam seus produtos de secreção, denominados hormônios, diretamente na 
corrente sanguínea. 
2.1- Glândula hipófise – É um corpo ovoide, localizado na fossa hipofisária ou sela túrcica do osso 
esfenóide, fazendo parte do hipotálamo e se encontra ligada ao cérebro por uma haste denominada 
infundíbulo. É considerada a glândula mãe, por controlar, através de seus hormônios, todas as demais 
glândulas endócrinas do nosso corpo e por receber de todas elas as informações necessárias para suas 
respostas. 
 
Figura 04: Vista medial de parte de uma hemicabeça. A glândula hipófise se localiza no local 
onde está colocado o barbante vermelho. 
 
 
 
Figura 05: Neste modelo a seta assinala a glândula hipófise. 
 Versão 202401rev01 Página 121 de 174 
2.2- Corpo pineal ou glândula pineal – Também denominada epífise, localizada abaixo do esplênio do 
corpo caloso, fazendo parte do diencéfalo do sistema nervoso central. 
 
Figura 06: Neste modelo a seta assinala a glândula pineal. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 122 de 174 
2.3- Glândula tireoide – situa-se no plano mediano do pescoço, abraçando parte da traqueia e da laringe. 
Apresenta formato de H ou de U, com dois lobos, direito e esquerdo, unidos por uma fita variável de tecido 
glandular, denominada istmo. 
 
 
Figura 07: Vista anterior de parte da laringe, assinalando a glândula tireoide. 
 
 
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2.4 – Glândulas paratireoides – Situam-se, geralmente, na metade medial da face posterior de cada lobo 
da glândula tireoide. Seu número varia de 2 a 6 em cada uma delas, medindo no máximo 6 milímetros. 
 
 
Figura 08: Vista posterior, com faringe em primeiro plano, assinalando as glândulas paratireoides. 
 
 
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2.5 – Glândulas supra-renais - são bilaterais, localizadas no polo superior dos dois rins, fácilmente 
visualizáveis. Possuem porção periférica, córtex e porção central, medula. 
 
Figura 09: Glândulas suprarrenais sobre os polos superiores dos rins. 
 
 
 
Figura 10: Rins com glândulas suprarrenais e cápsulas fibrosa e adiposa assinaladas. 
 Versão 202401rev01 Página 125 de 174 
2.6 – Ovários – glândulas do sistema genital feminino, estão localizados na escavação reto-uterina da 
cavidade pélvica feminina, ligados ao ligamento largo do útero por uma pregadenominada mesovário, 
produtores de óvulos e de hormônios que determinam os caracteres sexuais secundários na mulher. 
 
Figura 11: Bloco de órgãos internos do sistema genital feminino, ovários (setas verdes) e 
tubas uterinas (setas vermelhas). 
 
 
Figura 12: Face posterior do ligamento largo do útero, assinalando o ovário. 
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Figura 13: Bloco de genital feminino isolado, assinalando os ovários. 
 
 
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2.7 – Testículos – localizados na bolsa escrotal, externamente à cavidade pélvica masculina, produtores 
de espermatozoides e de hormônios responsáveis pelo aparecimento dos caracteres sexuais masculinos. 
 
Figura 14: Testículo e epidídimo, com envoltórios. 
 
 
Figura 15: Órgãos genitais externos masculinos. 
 
 
Figura 16: Localização dos testículos dentro da bolsa 
escrotal, com envoltórios. 
 
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3 – GLÂNDULAS ANFÍCRINAS OU MISTAS, são glândulas que possuem parte de suas células com 
função endócrina e parte com função exócrina. 
3.1. Pâncreas – glândula mista, sua porção exócrina produz o suco pancreático, que é lançado no 
duodeno juntamente com a bile, produzida pelo fígado e proveniente do ducto colédoco. Sua parte 
endócrina corresponde às ilhotas pancreáticas, microscópicas, disseminadas na porção exócrina. 
 
Figura 17: Pâncreas, duodeno e desembocadura dos ductos colédoco e pancreático. 
 
 
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Na Figura 18, observe o duodeno isolado abraçando a cabeça do pâncreas e aproveite para rever as 
partes do pâncreas: cabeça, corpo e cauda. Veja que o pâncreas foi dissecado, mostrando no seu 
interior o ducto pancreático. 
 
Figura 18: Duodeno e pâncreas, com ducto pancreático dissecado. 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As células das diversas glândulas responsáveis pela produção de seus respectivos hormônios serão 
assunto de disciplinas do setor microscópico e de fisiologia, cabendo à Anatomia o relato das posições 
destas glândulas e suas relações com os diversos sistemas orgânicos. 
∞ 
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AULA 12 (Sistema Endócrino) 
Lista de Figuras/Referências 
(Conforme orientação, exceto na capa e nas fotos do Projeto Anathum, foram inseridas marcas d’água em todas as 
figuras utilizadas, na qual está explicito que "todos os direitos de imagem estão reservados à UFMG" e 
eventualmente podem ter tido suas cores acentuadas ou modificadas e receberem elementos gráficos como setas e 
ampliações para facilitar a visualização e compreensão.) 
 
 Figura 01: Posição das glândulas salivares extraparietais. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 02: Vista medial de duas das glândulas salivares. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 03: Vista lateral de glândula salivar extraparietal. Foto pertencente ao acervo do projeto 
Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 04: Vista medial de parte de uma hemicabeça. A glândula hipófise se localiza no local onde está 
colocado o barbante vermelho. Imagem do acervo do Departamento de Morfologia/ICB (2020). 
 Figura 05: Neste modelo a seta assinala a glândula hipófise. Imagem do acervo do Departamento de 
Morfologia/ICB (2020). 
 Figura 06: Neste modelo a seta assinala a glândula pineal. Imagem do acervo do Departamento de 
Morfologia/ICB (2020). 
 Figura 07: Vista anterior de parte da laringe, assinalando a glândula tireoide. Foto pertencente ao acervo do 
projeto Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 08: Vista posterior, com faringe em primeiro plano, assinalando as glândulas paratireoides. Imagem 
criada por A. Magalhães, inspirada em imagem disponível em: <https://jornal.usp.br/tag/glandula-
paratireoide/?amp>, acessada em 14 de mar. 2021. 
 Figura 09: Glândulas suprarrenais sobre os polos superiores dos rins. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 10: Rins com glândulas suprarrenais e cápsulas fibrosa e adiposa assinaladas. Imagem do acervo do 
Departamento de Morfologia/ICB (2020). 
 Figura 11: Bloco de órgãos internos do sistema genital feminino, ovários (setas verdes) e tubas uterinas 
(setas vermelhas). Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 12: Face posterior do ligamento largo do útero, assinalando o ovário. Material audiovisual elaborado 
por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 13: Bloco de genital feminino isolado, assinalando os ovários. Foto pertencente ao acervo do projeto 
Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 Figura 14: Testículo e epidídimo, com envoltórios. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 15: Órgãos genitais externos masculinos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 16: Localização dos testículos dentro da bolsa escrotal, com envoltórios. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 17: Pâncreas, duodeno e desembocadura dos ductos colédoco e pancreático. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 18: Duodeno e pâncreas, com ducto pancreático dissecado. Foto pertencente ao acervo do projeto 
Anathum/UFMG. Departamento de Morfologia do ICB/UFMG, Belo Horizonte, 2020(?). 
 
∞ 
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AULA 13 – SISTEMA SENSORIAL 
 
Figura 01: Variedades de sensores. 
 
 
 
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O sistema nervoso central recebe continuamente informações provenientes dos meios externo e 
interno, para que ele possa exercer suas funções de integração e coordenação. Estas 
informações se traduzem como estímulos, que são captados por órgãos específicos, chamados 
sensoriais, que no seu conjunto constituem o sistema sensorial. O receptor é o elemento 
básico de qualquer órgão sensorial e muitos deles são estudados ao longo do curso de Histologia 
Especial, como, por exemplo, os receptores gustativos ou aqueles relacionados com a 
sensibilidade geral. 
 
Figura 02: Via do sentir. 
 
Nesta aula vamos descrever órgãos sensoriais altamente complexos que se desenvolvem na 
extremidade cefálica de nosso corpo e que são encarregados de captar os estímulos luminoso e 
sonoro – são os órgãos da Visão e o órgão Vestíbulo-coclear. 
 
Figura 03: Órgão da visão: olho e anexos. 
 Versão 202401rev01 Página 133 de 174 
 
Figura 04: Órgão vestíbulo-coclear: orelha externa. 
 Versão 202401rev01 Página 134 de 174 
O olho ou bulbo ocular está localizado na órbita e funciona com uma máquina fotográfica, por 
ser dotado de um sistema de lentes que fazem convergir os raios luminosos para os 
fotorreceptores, localizados na retina, sua camada mais interna. 
 
Figura 05: Bulbo ocular e anexos. 
 
 
Figura 06: Órbitas, onde se localizam os bulbos oculares no crânio. 
 Versão 202401rev01 Página 135 de 174 
 
Figura 07: Corte sagital de bulbo ocular, evidenciando camadas constituintes. 
 
Num corte sagital de bulbo ocular podemos identificar, de modo esquemático, suas três túnicas 
de revestimento. Acompanhe na Figura 08. A túnica fibrosa, externa, a túnica vascular, média 
e que aparece aqui em preto e a túnica interna, denominada retina, onde se localizam os 
fotorreceptores. 
 
Figura 08: Camadas da parede do bulbo ocular. 
 Versão 202401rev01 Página 136 de 174 
A túnica externa compreende a córnea, porção anterior e transparente e que funciona como 
meio de refração para os raios luminosos, e a esclera, opaca, constituindo sua maior porção, que 
serve de proteção e dá inserção aos músculos que movimentamo olho. 
 
Figura 09: Constituintes da túnica externa do bulbo ocular. 
 
 
Figura 10: Músculos extrínsecos do bulbo ocular fixados à esclera. 
 Versão 202401rev01 Página 137 de 174 
O detalhe da Figura 11 mostra o ponto de transição entre a córnea, transparente, e a esclera, 
opaca, mas ambas constituem a túnica externa. O que chamamos de “branco do olho” 
corresponde à esclera. Defeitos na curvatura da córnea prejudicam a refração dos raios 
luminosos, produzindo o que se denomina de astigmatismo. 
 
 
Figura 11: Transição entre córnea e esclera, túnica externa. 
 
 
Figura 12: O “branco do olho” corresponde à esclera. 
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Nas Figuras 13 e 14 vemos a túnica externa, mas também parte da túnica média, denominada 
túnica vascular. A esclera foi rebatida para mostrar a túnica média. A túnica vascular 
compreende três partes: corióide, corpo ciliar e íris. 
 
Figura 13: Túnica média, vascular, do bulbo ocular. 
 
 Versão 202401rev01 Página 139 de 174 
Na Figura 14 não é visível o corpo ciliar, podendo ser vistas a corióide, parte maior, posterior e 
muito vascularizada e a íris, colorida. 
 
Figura 14: Partes da túnica média do bulbo ocular. 
 
 
 
 
A íris, circundada pelas diversas setas pretas na Figura 15, é um diafragma circular, pigmentado 
e com uma abertura central, pupila, cujo diâmetro pode variar conforme a intensidade luminosa 
 Versão 202401rev01 Página 140 de 174 
do ambiente. Na Figura 16 podemos observar mais uma vez as três partes que compõem a túnica 
vascular. Observe que o corpo ciliar constitui um espessamento da túnica vascular e une a íris à 
corióide. 
 
Figura 15: Íris e abertura central, pupila. 
 
 
Figura 16: Partes da túnica média do bulbo ocular. 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 141 de 174 
Na Figura 17 vê-se em corte o corpo ciliar, a íris e a corióide. No corpo ciliar dois aspectos 
devem ser observados. A presença de pequenas elevações na sua superfície interna, 
denominadas processos ciliares (Figura 18) e a presença de musculatura lisa, denominado 
músculo ciliar (Figura 19), apontados respectivamente pelas setas. 
 
 
Figura 17: Partes constituintes da túnica vascular. 
 
 
 
 
Figura 18: Processos ciliares do corpo ciliar, túnica média. 
 Versão 202401rev01 Página 142 de 174 
 
Figura 19: Músculo ciliar, liso, presente no corpo ciliar. 
 
Observe na Figura 20 uma estrutura denominada lente ou cristalino, situada imediatamente 
posterior à íris, que se prende ao corpo ciliar por numerosas fibras que constituem em conjunto o 
chamado ligamento suspensor da lente (Figura 21). Estas fibras prendem-se nos processos 
ciliares do corpo ciliar. Repare no detalhe. 
 
Figura 20: Posição da lente ou cristalino, posterior à íris. 
 Versão 202401rev01 Página 143 de 174 
 
Figura 21: Ligamento suspensor da lente, preso aos processos ciliares do corpo ciliar e às bordas da lente. 
 
A lente é um poderoso meio de refração dos raios luminosos. Quando o músculo ciliar se contrai, 
o corpo ciliar é deslocado anteriormente e isto parece diminuir a tensão das fibras do ligamento 
suspensor da lente. Nestas condições, a parte central da lente torna-se mais curva, aumentando 
seu poder de refração e permitindo foco para objetos mais próximos. A este fenômeno dás-se o 
nome de mecanismo de acomodação. 
 
A íris constitui um diafragma circular com abertura central, a pupila, cujo diâmetro varia com a 
quantidade de raios luminosos. Na luz intensa ela se contrai, dilatando-se quando há pouca 
luminosidade. Esta abertura ou fechamento da pupila são ativos, produzidos por músculos lisos 
denominados dilatador da pupila e esfíncter da pupila, não visíveis macroscopicamente. A 
coloração da íris é variável, mas a pupila é sempre negra. 
 
Figura 22: Íris e abertura central, pupila. 
 Versão 202401rev01 Página 144 de 174 
 
Figura 23: Íris e pupila, partes da túnica média. 
 
A túnica mais interna do bulbo ocular é a retina, onde se localizam os fotorreceptores, 
denominados cones e bastonetes e que são microscópicos. A estrutura receptora da retina 
termina ao nível de uma franja denteada denominada ora serrata (Figura 24, seta vermelha). A 
porção da retina onde se acumulam os cones e bastonetes tem o nome de fundo do olho, no qual 
distinguimos a mácula e o disco do nervo óptico (Figura 25). A mácula contém grande 
quantidade de cones, sendo o ponto de maior acuidade visual e por esta razão, para que se 
tenha visão nítida de um objeto, os raios luminosos devem incidir sobre a mácula. 
 
 
Figura 24: Retina, túnica interna do bulbo ocular. 
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Figura 25: Imagem do fundo do olho, mostrando mácula e disco do nervo óptico. 
 
 
 
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Já o disco do nervo óptico não possui fotorreceptores e corresponde ao ponto de emergência do 
nervo óptico, segundo par craniano, sendo considerado o ponto cego da retina. Os impulsos 
luminosos captados na retina são levados ao sistema nervoso central pelo nervo óptico, para que 
o cérebro interprete a imagem. 
 
 
Figura 26: Nervo craniano óptico, IIo par craniano. 
 
 Versão 202401rev01 Página 147 de 174 
O olho se comporta como uma máquina fotográfica, pois possui um sistema de lentes que fazem 
convergir os raios luminosos para os fotorreceptores. O conjunto destas lentes é denominado 
aparelho dióptrico ou refrativo do olho. Duas destas lentes são a córnea e o cristalino, já 
mencionadas. As outras duas lentes são o humor aquoso e o corpo vítreo. 
 
Figura 27: Componentes do aparelho refrativo ou dióptrico do bulbo ocular. 
 
 
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O humor aquoso é uma substancia que ocupa os espaços existentes entre a córnea e a íris, 
denominado câmara anterior e entre a íris e o ligamento suspensor da lente, denominado 
câmara posterior. Ele tem composição semelhante à do plasma sem proteínas e provavelmente 
é formado pelos processos ciliares. 
 
Figura 28: As setas assinalam as câmaras anterior e posterior, onde se encontra o humor aquoso. 
 
 
Figura 29: Câmara anterior (seta vermelha) e câmara posterior (seta preta). 
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O corpo vítreo é uma substancia gelatinosa transparente que se comporta como uma lente, 
tendo propriedade de refração de luz. Ele ocupa toda a porção posterior do bulbo ocular. 
 
 
Figura 30: Em preto, espaço ocupado pelo corpo vítreo. 
 
 
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Dentre os anexos do bulbo ocular fazem parte elementos de proteção, que são os supercílios, 
os cílios, as pálpebras, a conjuntiva e a glândula lacrimal. Os supercílios impedem que o 
suor escorra pela fronte e atinja o olho; os cílios, implantados na borda livre das pálpebras, 
protegem o olho contra a penetração de partículas de poeira e as pálpebras, que fechadas 
ocultam o olho. 
 
Figura 31: Três dos elementos de proteção do bulbo ocular. 
 
As pálpebras apresentam na sua superfície interna uma membrana rósea, muito delgada, a 
conjuntiva, que também recobre a porção anterior do bulbo ocular, com exceção da córnea. 
 
Figura 32: Um dos elementos de proteção do bulbo ocular. 
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A glândula lacrimal protege o bulbo ocular, uma vez que sua secreção o umedece 
constantemente , impedindo o ressecamento da córnea, sendo que neste processo o piscar das 
pálpebras é um auxiliar valioso. 
 
Figura 33: Glândula lacrimal, no ângulo superior e lateral do bulbo ocular. 
 
 
Figura 34: Glândula lacrimal e alguns dos seus ductos excretores. 
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As lágrimas são produzidas constantemente, o que torna necessária a existência de um sistema 
de drenagem. Os canalículos lacrimais se iniciam no ângulo medial do olho e desembocam no 
saco lacrimal, que é continuadopelo ducto nasolacrimal e que se abre no meato inferior da 
cavidade nasal, sob a concha nasal inferior. 
 
Figura 35: Partes componentes do sistema de drenagem das lágrimas. 
 
 Versão 202401rev01 Página 153 de 174 
 
Figura 36: Desembocadura do ducto naso-lacrimal, sob a concha nasal inferior. 
 
Finalmente, deve-se fazer referencia aos músculos motores do olho, denominados músculos 
extrínsecos do bulbo ocular. São sete, dos quais seis estão fixados na esclera e um levanta a 
pálpebra superior, sendo denominado músculo elevador da pálpebra superior. 
 
Figura 37: Vista superior de alguns dos músculos extrínsecos do bulbo ocular. 
 
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Figura 38: Vista lateral de alguns dos músculos extrínsecos do bulbo ocular e do músculo elevador da pálpebra 
superior. 
 
 Os outros seis músculos se fixam na esclera, constituindo os retos superior, inferior, lateral e 
medial e os oblíquos superior e inferior. As ações destes músculos são altamente complexas, 
permitindo grande variedade de movimentos para o bulbo ocular. 
 
Figura 39: Vista anterior do bulbo ocular, mostrando a inserção dos músculos extrínsecos do bulbo ocular. 
 
 Versão 202401rev01 Página 155 de 174 
 
Figura 40: Vista lateral de alguns dos músculos extrínsecos do bulbo ocular. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 156 de 174 
ÓRGÃO VESTÍBULO-COCLEAR 
 
 
Figura 41: Orelha externa, pavilhão auricular. 
 Versão 202401rev01 Página 157 de 174 
É um órgão sensorial que percebe não apenas estímulos sonoros, mas também estímulos 
provocados por alterações da posição da cabeça no espaço, ou seja, o órgão vestíbulo-coclear 
é o órgão da audição e também do equilíbrio. Veja na Figura 42 as três partes que o 
constituem. O termo ouvido atualmente foi substituído por orelha, portanto, orelha externa, 
orelha média e orelha interna. 
 
 
Figura 42: Orelhas externa, média e interna. 
 
A orelha externa compreende o pavilhão auricular, uma dobra cutânea em forma de concha e o 
meato acústico externo, indicado na Figura 43 pelas suas iniciais MAE. Pode-se observar que o 
meato acústico externo é um canal, cartilaginoso no terço lateral e ósseo nos dois terços mediais. 
 
Figura 43: Partes da orelha externa. 
 
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 As ondas sonoras captadas pelo pavilhão seguem pelo meato acústico externo até a 
membrana do tímpano (MT), lamina conjuntiva flexível situada entre a orelha externa e a média 
(Figura 44). 
 
 
 
 
Figura 44: Meato acústico externo e membrana do tímpano. 
 
 Versão 202401rev01 Página 159 de 174 
À orelha externa segue-se a orelha média, pequena cavidade repleta de ar, também denominada 
cavidade do tímpano, circundada pelas diversas setas pretas (Figura 45). Nesta cavidade 
encontra-se uma cadeia de minúsculos ossos, denominados ossículos do ouvido, assinalados 
pelas diversas setas na Figura 46. 
 
 
 
Figura 45: As setas circundam a cavidade correspondente à orelha média. 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 160 de 174 
 
Figura 46: As setas apontam os ossículos da orelha média. 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 161 de 174 
As Figuras 47 e 48 mostram como o martelo, a bigorna e o estribo, que são os ossículos da 
orelha média, se articulam entre si. Observe também como parte do martelo, denominada 
manúbrio, se relaciona com a membrana do tímpano, ou seja, as vibrações da membrana do 
tímpano são transmitidas ao martelo e em sequencia à bigorna e ao estribo. 
 
 
Figura 47: Ossículos da orelha média. 
 
 
 
 Versão 202401rev01 Página 162 de 174 
 
Figura 48: Parte do martelo, denominada manúbrio, se relaciona com a membrana do tímpano. 
 
Repare agora que a base do estribo, apontada pela seta, fecha uma abertura oval da parede da 
orelha interna denominada janela do vestíbulo, também denominada janela oval. 
 
Figura 49: A base do estribo fecha a abertura oval da orelha interna. 
 Versão 202401rev01 Página 163 de 174 
Podemos então acompanhar na Figura 50 o que acontece no fenômeno da audição. As ondas 
sonoras, captadas pelo pavilhão, seguem pelo meato acústico externo e fazem vibrar a 
membrana do tímpano. As vibrações da membrana do tímpano são transmitidas aos ossículos da 
orelha até a base do estribo, e daí passam à orelha interna pela janela do vestíbulo. 
 
Figura 50: Trajeto da onda sonora até a base do estribo. 
 
Antes de estudar as partes componentes da orelha interna, observe com atenção a Figura 51. A 
tuba auditiva, indicada pelas diversas setas, comunica a orelha média com a nasofaringe, 
abrindo-se no óstio faríngico da tuba auditiva, que foi identificada no estudo do sistema 
respiratório, abaixo do torus tubal. 
 
Figura 51: As setas assinalam a tuba auditiva. 
 
 Versão 202401rev01 Página 164 de 174 
 
A orelha interna é intraóssea e tem forma complicada, sendo por isto denominada labirinto. Na 
realidade observam-se dois labirintos, mostrados na Figura 53. Há um labirinto ósseo, visível em 
branco e que aloja um segundo labirinto, o labirinto membranoso, indicado em azul. 
 
Figura 52: Partes da orelha interna ou labirinto. 
 
 
Figura 53: Orelha interna. Em branco, labirinto ósseo e em azul, labirinto membranoso. 
 
 Versão 202401rev01 Página 165 de 174 
Neste modelo do labirinto ósseo podemos distinguir as três partes que o compõem: cóclea, em 
espiral; canais semicirculares, em número de três e o vestíbulo, situado entre a cóclea e os 
canais semicirculares. Sendo assim, lembrando que o labirinto ósseo aloja o labirinto 
membranoso, as partes membranosas são denominadas, respectivamente, ducto coclear, 
ductos semicirculares e utrículo e sáculo, vesículas membranosas que ocupam o vestíbulo. 
 
 
Figura 54: Modelo das partes constituintes da orelha interna. 
 
 Versão 202401rev01 Página 166 de 174 
Na Figura 55, o que aparece em branco está cheio de líquido, denominado perilinfa, de modo 
que o labirinto membranoso está mergulhado na perilinfa. Dentro do labirinto membranoso há 
outro líquido, denominado endolinfa, identificado em azul. 
 
Repare então na base do estribo. Suas vibrações são transmitidas à perilinfa através da janela 
do vestíbulo, daí para o labirinto membranoso e finalmente para a endolinfa. Na cóclea 
membranosa se localiza o receptor auditivo, denominado órgão espiral, antigamente 
denominado órgão de Corti. 
 
Figura 55: Labirintos ósseo e membranoso da orelha interna. 
 Versão 202401rev01 Página 167 de 174 
A Figura 56 mostra à direita o órgão espiral em detalhe. As vibrações da endolinfa são captadas 
pelos receptores, daí partem impulsos nervosos, que por fibras da porção coclear do nervo 
craniano vestíbulo-coclear (VIIIo. par) são levados até núcleos nervosos situados na ponte, de 
onde, por cadeias de neurônios, chegam à área auditiva do cérebro localizada no córtex do lobo 
temporal. Assim, na orelha interna é a cóclea que está relacionada com a audição. 
 
Figura 56: Trajeto seguido pelo impulso auditivo até a área de sua interpretação no 
córtex do lobo temporal do cérebro. 
 Versão 202401rev01 Página 168 de 174 
Vestíbulo e canais semicirculares estão relacionados com o equilíbrio. Na Figura 58 pode-se 
verificar como o vestíbulo está constituído por duas dilatações, ocupadas por vesículas do 
labirinto membranoso, denominadas utrículo e sáculo, unidas por um pequeno canal. 
 
Figura 57: Modelo da orelha interna assinalando o vestíbulo. 
 
 
Figura 58: Labirinto membranoso da orelha interna e partes relacionadas com equilíbrio. 
 Versão 202401rev01 Página 169 de 174 
As porções do labirinto membranoso localizadas dentro dos canais semicirculares são 
denominadas ductos semicirculares, que se abrem no utrículo por uma extremidade dilatada 
denominada ampola. Os receptores relacionados com o equilíbrio estão situados nas ampolasdos ductos semicirculares e recebem o nome de crista ampular e também no sáculo e utrículo, 
onde estes receptores são denominados mácula. 
 
Figura 59: As setas apontam as ampolas dos ductos semicirculares se abrindo no utrículo. 
 
 
Figura 60: As setas assinalam os receptores de equilíbrio da orelha interna, mácula e crista ampular (CA). 
 Versão 202401rev01 Página 170 de 174 
Assim como ocorre com a cóclea, os ductos semicirculares, sáculo e utrículo estão envolvidos 
pela perilinfa e também contêm endolinfa. 
 
Movimentos da cabeça agitam a endolinfa, estimulando os receptores específicos localizados na 
mácula e crista ampular. Os impulsos aí originados são levados a núcleos do tronco encefálico 
pelas fibras da porção vestibular do nervo vestíbulo-coclear e daí chegam ao cerebelo, levando 
informações sobre qualquer alteração na posição da cabeça. Complexa cadeia neuronal integra 
estas informações com outras, captadas no órgão da visão e nos receptores proprioceptivos 
localizados em tendões musculares e cápsulas articulares, levando uma resposta muscular 
reflexa, que mantém o equilíbrio do animal. O estudo destas vias neuronais, entretanto, é assunto 
de neuroanatomia. 
 
Figura 61: Trajeto do impulso de equilíbrio até sua chegada ao cerebelo. 
 Versão 202401rev01 Página 171 de 174 
 
Figura 62: Cadeia neuronal complexa que integra informações dos órgãos da visão e 
do vestíbulo-coclear, para manutenção do equilíbrio do indivíduo. 
∞ 
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 Versão 202401rev01 Página 172 de 174 
AULA 13 (Sistema Sensorial) 
Lista de Figuras/Referências 
(Conforme orientação, exceto na capa e nas fotos do Projeto Anathum, foram inseridas marcas d’água em todas as 
figuras utilizadas, na qual está explicito que "todos os direitos de imagem estão reservados à UFMG" e 
eventualmente podem ter tido suas cores acentuadas ou modificadas e receberem elementos gráficos como setas e 
ampliações para facilitar a visualização e compreensão.) 
 
 Figura 01: Variedade de sensores. Montagem feita por Agnaldo Magalhães em 14 de ago. de 2021 usando 
as seguintes imagens: 
 - Figura de boca no ouvido falando para ele. Layer 00 (fundo). Imagem de Thomas Wolter por Pixabay. 
Disponível em: 
<https: //pixabay.com/pt/photos/orelha-boca-nariz-rosto-cabe%c3%a7a-3971050/>. Acesso em: 14 ago. 2021. 
 - Olho bem aberto. Layer 01. Imagem de Aline Berry por Pixabay. Disponível em: 
<https: //pixabay.com/pt/photos/olho-%c3%adris-aluno-vis%c3%a3o-globo-ocular-3221498/>. Acesso em: 14 ago. 
2021. 
 - Parte do rosto de uma criança de cabeça para baixo segurando do rosto com as mãos enquanto mostrando 
a língua. Layer 02. Imagem de nickybakk por Pixabay. Disponível em: <https: 
//pixabay.com/pt/photos/brincalh%c3%a3o- 
%c3%a1frica-nig%c3%a9ria-sapele-2518081/>. Acesso em: 14 ago. 2021. 
 - Mão sendo massageada. Layer 03. Imagem de andreas160578 por Pixabay. Disponível em: 
<https: //pixabay.com/pt/photos/m%c3%a3os-massagem-tratamento-dedos-1327811/>. Acesso em: 14 ago. 2021. 
 - Pés se coçando. Layer 04. Imagem de Rainer Maiores por Pixabay. Disponível em: 
<https: //pixabay.com/pt/photos/beb%c3%aa-p%c3%a9s-dedos-dos-p%c3%a9s-%c3%banico-256857/>. Acesso em: 
14 ago. 2021. 
 Figura 02: Via do sentir. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 03: Órgão da visão: olho e anexos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 04: Órgão vestíbulo-coclear: orelha externa. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 05: Bulbo ocular e anexos. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 06: Órbitas, onde se localizam os bulbos oculares no crânio. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 07: Corte sagital de bulbo ocular, evidenciando camadas constituintes. Material audiovisual elaborado 
por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 08: Camadas da parede do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 09: Constituintes da túnica externa do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 10: Músculos extrínsecos do bulbo ocular fixados à esclera. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 11: Transição entre córnea e esclera, túnica externa. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 12: O “branco do olho” corresponde à esclera.Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 13: Túnica média, vascular, do bulbo ocular.Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 14: Partes da túnica média do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
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 Figura 15: Íris e abertura central, pupila. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 16: Partes da túnica média do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 17: Partes constituintes da túnica vascular. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 18: Processos ciliares do corpo ciliar, túnica média. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 19: Músculo ciliar, liso, presente no corpo ciliar.Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 20: Posição da lente ou cristalino, posterior à íris. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 21: Ligamento suspensor da lente, preso aos processos ciliares do corpo ciliar e às bordas da lente. 
Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 22: Íris e abertura central, pupila. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 23: Íris e pupila, partes da túnica média. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 24: Retina, túnica interna do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 25: Imagem do fundo do olho, mostrando mácula e disco do nervo óptico. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 26: Nervo craniano óptico, IIo par craniano. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 27: Componentes do aparelho refrativo ou dióptrico do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado 
por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 28: As setas assinalam as câmaras anterior e posterior, onde se encontra o humor aquoso. Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 29: Câmara anterior (seta vermelha) e câmara posterior (seta preta). Material audiovisual elaborado 
por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 30: Em preto, espaço ocupado pelo corpo vítreo. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 31: Três dos elementos de proteção do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 32: Um dos elementos de proteção do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 33: Glândula lacrimal, no ângulo superior e lateral do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 34: Glândula lacrimal e alguns dos seus ductos excretores. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 35: Partes componentes do sistema de drenagem das lágrimas. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 36: Desembocadura doducto naso-lacrimal, sob a concha nasal inferior. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 37: Vista superior de alguns dos músculos extrínsecos do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado 
por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 38: Vista lateral de alguns dos músculos extrínsecos do bulbo ocular e do músculo elevador da 
pálpebra superior. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 39: Vista anterior do bulbo ocular, mostrando a inserção dos músculos extrínsecos do bulbo ocular. 
Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 40: Vista lateral de alguns dos músculos extrínsecos do bulbo ocular. Material audiovisual elaborado 
por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 41: Orelha externa, pavilhão auricular. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 42: Orelhas externa, média e interna. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Versão 202401rev01 Página 174 de 174 
 Figura 43: Partes da orelha externa. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 44: Meato acústico externo e membrana do tímpano. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 45: As setas circundam a cavidade correspondente à orelha média. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 46: As setas apontam os ossículos da orelha média. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 47: Ossículos da orelha média. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 
1971. 
 Figura 48: Parte do martelo, denominada manúbrio, se relaciona com a membrana do tímpano. Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 49: A base do estribo fecha a abertura oval da orelha interna. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 50: Trajeto da onda sonora até a base do estribo. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, 
Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 51: As setas assinalam a tuba auditiva. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 52: Partes da orelha interna ou labirinto. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
 Figura 53: Orelha interna. Em branco, labirinto ósseo e em azul, labirinto membranoso. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 54: Modelo das partes constituintes da orelha interna. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 55: Labirintos ósseo e membranoso da orelha interna. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 56: Trajeto seguido pelo impulso auditivo até a área de sua interpretação no córtex do lobo temporal 
do cérebro. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 57: Modelo da orelha interna assinalando o vestíbulo. Material audiovisual elaborado por Jota 
Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 58: Labirinto membranoso da orelha interna e partes relacionadas com equilíbrio. Material audiovisual 
elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 59: As setas apontam as ampolas dos ductos semicirculares se abrindo no utrículo. Material 
audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 60: As setas assinalam os receptores de equilíbrio da orelha interna, mácula e crista ampular 
(CA).Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 61: Trajeto do impulso de equilíbrio até sua chegada ao cerebelo. Material audiovisual elaborado por 
Jota Dangelo, Belo Horizonte, 1971. 
 Figura 62: Cadeia neuronal complexa que integra informações dos órgãos da visão e do vestíbulo-coclear, 
para manutenção do equilíbrio do indivíduo. Material audiovisual elaborado por Jota Dangelo, Belo 
Horizonte, 1971. 
∞ 
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