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SÍFILIS – A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). SÍFILIS PRIMÁRIA – Após um período de incubação que varia de 3 a 4 semanas (podendo se estender para 13 semanas), surge uma lesão primária no local onde a bactéria foi introduzida. Inicialmente, ocorre uma elevação avermelhada que rapidamente se transforma em uma úlcera, conhecida como cancro. Essa úlcera é geralmente indolor e possui uma base firme, quando inflamada, pode liberar um líquido claro contendo muitas bactérias do tipo espiroqueta. Os gânglios linfáticos próximos a área afetada tendem a ficar inchados, porém não costumam ser dolorosos. SIFILIS SECUNDÁRIA – Após disseminar-se pela corrente sanguínea, a espiroqueta causa lesões na pele e nas mucosas, além de provocar inchaço dos gânglios linfáticos e, em casos menos frequentes, sintomas em outros órgãos. Os sintomas geralmente começam a se manifestar entre 6 a 12 semanas após o surgimentos do cancro. Cerca de 25% dos pacientes continuam a apresentar o cancro. Febre, perda de apetite, sensação de mal-estar entre outros sintomas. Mais de 80% dos pacientes desenvolvem lesões na pele e nas mucosas. Uma variedade de erupções cutâneas e lesões pode surgir em qualquer parte do corpo. Sem tratamento, essas lesões podem desaparecer em poucos dias a semanas, persistir por meses ou eventualmente desaparecer sem deixar cicatrizes. SÍFILIS TERCIÁRIA – Aproximadamente um terço das pessoas sem tratamento desenvolve sífilis tardia, embora, algumas vezes, não muitos anos depois da infecção e pode envolver a pele, ossos e órgãos internos. EPIDEMIOLOGIA – De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, aproximadamente 20 milhões de casos de sífilis foram registrados em pessoas entre 15 e 49 anos, sendo que 6,3 milhões desses foram novos casos. Em 2014, a média global de incidência foi de 17,2 casos por 100.000 mulheres e 17,7 casos por 100.000 homens, com maior prevalência nas regiões do Pacífico Ocidental, África e América. No Brasil a situação da sífilis segue um padrão semelhante ao de outros países. De acordo com os últimos dados epidemiológicos, a taxa de detecção da sífilis adquirida, que é um agravo de notificação compulsória desde 2010, aumentou de 59,1 casos por 100.000 habitantes em 2017 para 75,8 casos por 100.000 habitantes em 2018. DIAGNÓSTICO – Sorologias treponêmicas (ex: teste de absorção de anticorpo antitreponêmico fluorescente ou ensaio de micro-hemaglutinação para anticorpos contra T.pallidum Os testes diagnósticos realizados dependem da fase da sífilis da qual se suspeita. Infecção neurológica é mais bem detectada por, e seguida de, testes reagínicos quantitativos do líquido cefalorraquidiano. TODOS OS CASOS DEVEM SER NOTIFICADOS AOS ÓRGÃOS DE SAÚDE PÚBLICA EXAMES DIAGNÓSTICOS PARA SÍFILIS Incluem testes sorológicos para sífilis (STS), que consistem em · Testes de triagem (reagínicos, ou não treponêmicos) · Testes confirmatórios (treponêmicos) · Microscopia de campo escuro TRATAMENTO · Penicilina benzatina para a maioria das infecções · Penicilina aquosa para sífilis ocular ou neurossífilis · Tratamento dos parceiros sexuais