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Estudo Dirigido 
 
Disciplina: Sociologia e Extensão Rural 
Curso: Engenharia de alimentos 
Nomes: Maria Izabel Viana Soares da Silva 
 
Referência Bibliográfica: 
 
QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia 
Gardênia Monteiro. Um toque de clássicos: Marx; Durkheim e Weber. 2. ed. rev. amp. 
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. 
 
Questões: 
 
1 - Defina o “objeto” próprio da sociologia na perspectiva de Durkheim, ou seja, o 
fato social e explique o posicionamento metodológico proposto pelo autor para a 
análise dos mesmos (tratar os fatos sociais como coisas). 
 
Para Durkheim fato social é analisado através de três aspectos, coercitividade, 
exterioridade e generalidade, ou seja, é a influência que o meio exerce sobre os indivíduos 
de uma sociedade (padrões culturais). A análise dos fatos sociais pelo sociólogo deve ser 
feita de forma exterior sem apego aos fatos (distanciamento sentimental), assim o fato 
social é tratado como coisa e descrito sem o menor juízo de valor de forma imparcial. 
 
2 - Explique a “socialização” na perspectiva de Durkheim. 
 
Para Durkheim o processo de socialização é provocado através das relações sociais 
durante a vida de um indivíduo, ou seja, desde que este nasce é submetido a relações 
sociais e as normas de convívio do grupo (influência de comportamentos). O processo de 
socialização acontece com todos os indivíduos de forma constante mesmo que pareça um 
processo forçado é o único a ser seguido. 
A socialização pode ser classificada em dois tipos: socialização primaria que ocorre na 
infância no núcleo familiar, a família é a instituição fundamental desse momento ela que 
introduz as normas e valores da sociedade. E socialização secundária neste o indivíduo já 
socializado primariamente desenvolve um papel na sociedade em que está inserido caso 
a socialização primaria tenha sido deficiente o indivíduo terá problemas durante sua vida 
social. 
 
3 - Explique o conceito de consciência coletiva na perspectiva de Durkheim. 
 
Consciência coletiva é o conjunto de normas, valores, crenças, atitudes e símbolos 
partilhados por determinada sociedade ela é formada através da educação, afinal é pela 
educação que as gerações presentes passam o conjunto de valores da sociedade para as 
gerações futuras mantendo uma maior coesão social. A consciência coletiva forma um 
sistema determinado e com vida própria, ou seja, ela é capaz de coagir os indivíduos a 
agirem de determinada forma. 
 
4 - Durkheim chama solidariedade os laços que unem os membros de uma sociedade. 
Identifique os dois tipos de solidariedade e explique cada um deles. 
 
A solidariedade provem da divisão social do trabalho, além disso ela decorre da evolução 
humana e da diferenciação de papeis dentro da sociedade (função social), com isso 
Durkheim estabeleceu dois tipos de solidariedade a mecânica e a orgânica. 
 
A solidariedade mecânica acontece em sociedades mais primitivas nela o individuo 
cumpre o seu papel social por meio da repressão, ou seja, a consciência coletiva restringe 
as ações do indivíduo o que impossibilita a formação de um caráter individual neste tipo 
não há divisão de trabalho e o direito é repressivo. 
A solidariedade orgânica está presente em sociedades mais modernas nela a sociedade 
depende dos indivíduos que a compõe, parte da consciência individual é usada para uma 
função especializada de acordo com a aptidão do indivíduo, ou seja, há divisão de trabalho 
neste tipo de solidariedade o direito é reparador. 
 
5 - A análise de Karl Marx considera as transformações nos modos de produzir da 
sociedade. Para tanto, o autor lança mão do método “materialismo histórico”. 
Explique esse método de análise da realidade vida social. 
 
O materialismo histórico sugere que as alterações que acontecem no decorrer da história 
não se baseiam em ideias, mas em condições econômicas e material, ou seja, o primeiro 
motor histórico é a condição material. Marx trabalha com três conceitos principais dentro 
do materialismo histórico: trabalho (economia desigual), modos de produção e luta de 
classes. Através da dialética (contradição que existe na sociedade) entre a classe 
dominante e a classe dominada baseado nessa contradição existe um conflito entre a ideia 
dominante e a dominada o que gera a transformação na história. 
 
6 - A concepção materialista da história possibilita compreender que os seres 
humanos, na produção da sua vida, geram uma base material (estrutura) e, também, 
produtos que não apresentam forma material (superestrutura). Explique estes dois 
conceitos desenvolvidos por Marx. 
 
A estrutura é a força de produção constituída pelos trabalhadores, matéria prima e meios 
de produção, ou seja, é a base econômica da sociedade onde ocorre as relações de trabalho 
e a exploração da força de trabalho pelo capitalismo. A superestrutura é a ideologia as 
leis, o estado, a religião, moral, política (dimensões imateriais) é ela quem legitima as 
relações econômicas da estrutura e reforça os interesses da classe dominante. 
 
 
7 - Explique o que são “classes sociais” e porque a luta de classes é considerada o 
“motor da história”. 
 
Classes sociais refere-se a um grupo de indivíduos que partilham o mesmo poder 
econômico ela surge da divisão social do trabalho em razão disso para Marx a sociedade 
se divide em dois principais grupos burguesia (dona dos meios de produção) e 
proletariado (força de trabalho). A luta de classes é o motor da história pois é o que faz 
com que a sociedade se transforme por meio da modificação da base material da 
sociedade é a disputa que determina a quem deve pertencer os meios de produção. O 
conflito entre os grupos antagonistas é o que faz com que a história ande e de origem as 
revoluções. 
 
 
8 - Sob o modo de produção capitalista, os homens não se realizam como seres 
humanos nas atividades de trabalho. Explique por que isso ocorre. 
 
O capital é o trabalho acumulado, sendo assim o trabalhador é privado de desejos e 
exposto a frustações e alienações. A miséria social constitui o objetivo econômico na 
medida em que explora a força de trabalho que é incentivada pelo desejo de 
enriquecimento do trabalhador, mas que só se satisfaz por meio do esgotamento físico e 
mental pagando apenas a parcela que o faz existir como trabalhador e não como homem 
gerando uma nova parcela de trabalhadores(filhos) que servirão ao capital e não a 
humanidade.

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