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FICHA TÉCNICA DO MATERIAL grancursosonline.com.br CÓDIGO: 2401104954M TIPO DE MATERIAL: Gran Vade Mecum CNU Concurso Público Nacional Unificado CARGO: Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos BANCA: Fundação Cesgranrio EDITAL: Pós-Edital ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 01/2024 Este material está sujeito a atualizações. O Gran não se responsabiliza por custos de impressão, que deve ser realizada sob responsabilidade exclusiva do aluno. SUMÁRIO Conhecimentos Gerais Decreto n. 7.037, de 21 de Dezembro de 2009 ......................................5 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 ....................... 149 Decreto n. 1.171, de 22 de Junho de 1994 ........................................ 395 Decreto n. 9.203, de 22 de Novembro de 2017 .................................. 403 Decreto n. 11.529, de 16 de Maio de 2023 ........................................ 417 Lei n. 14.129, de 29 de Março de 2021 ............................................. 428 Lei n. 12.527, de 18 de Novembro de 2011. ...................................... 456 Decreto-Lei n. 200, de 25 de Fevereiro de 1967 ................................. 479 Lei n. 8.112, de 11 de Dezembro de 1990 ......................................... 544 Lei Complementar n. 101, de 4 de Maio de 2000 ............................... 635 Conhecimentos Específicos Eixo Temático 1 – Gestão Governamental, Governança Pública Lei n. 13.709, de 14 de Agosto de 2018 ........................................... 688 Eixo Temático 2 – Políticas Públicas: Educação, Ciência e Tecnologia e Justiça Decreto n. 9.761, de 11 de Abril de 2019.......................................... 732 Lei n. 11.343, de 23 de Agosto de 2006 ........................................... 764 Lei Nº 13.445, de 24 de Maio de 2017 .............................................. 811 Lei n. 13.243, de 11 de Janeiro de 2016. .......................................... 854 Eixo Temático 3 – Políticas Públicas: Saúde e Desenvolvimento Social Lei n. 8.080, de 19 de Setembro de 1990 ......................................... 881 Lei n. 8.142, de 28 de Dezembro de 1990 ......................................... 919 Lei n. 11.346, de 15 de Setembro de 2006 ....................................... 922 Eixo Temático 4 – Direitos Humanos, Direitos dos Povos Originários e das Populações Tradicionais Declaração Universal dos Direitos Humanos ...................................... 930 Decreto n. 591 de 6 de Julho de 1992 .............................................. 939 Lei n. 8.069, de 13 de Julho de 1990. .............................................. 956 Lei n. 10.741, de 1º de Outubro de 2003 ........................................ 1090 Lei n. 13.146, de 6 de Julho de 2015 ............................................. 1128 Decreto Nº 6.044, de 12 de Fevereiro de 2007. ............................... 1193 Decreto n. 9.937, de 24 de Julho de 2019 ....................................... 1199 Decreto n. 10.815, de 27 de Setembro de 2021 ............................... 1213 Decreto n. 10.088, de 5 de Novembro de 2019 ................................ 1218 Decreto n. 10.932, de 10 de Janeiro de 2022 .................................. 2086 Resolução n. 454, de 22 de Abril de 2022. ...................................... 2101 Resolução n. 287, de 25 de Junho de 2019. .................................... 2114 Lei n. 6.001, de 19 de Dezembro de 1973. ...................................... 2121 Decreto n. 4.887, de 20 de Novembro de 2003 ................................ 2138 Resolução n. 466, de 12 de Dezembro de 2012 ............................... 2146 Resolução n. 510, de 07 de Abril de 2016 ....................................... 2171 Resolução n. 580, de 22 de Março de 2018. .................................... 2189 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 5 DECRETO N. 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009 Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, DECRETA: Art. 1º Fica aprovado o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH- 3, em consonância com as diretrizes, objetivos estratégicos e ações progra- máticas estabelecidos, na forma do Anexo deste Decreto. Art. 2º O PNDH-3 será implementado de acordo com os seguintes eixos orientadores e suas respectivas diretrizes: I – Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil: a) Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento da democracia participativa; b) Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática; e c) Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informações em Di- reitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua efetivação; II – Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos: a) Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com in- clusão social e econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente res- ponsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e não discriminatório; b) Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central do pro- cesso de desenvolvimento; e c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos; http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC 7.037-2009?OpenDocument GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 6 III – Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desi- gualdades: a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisí- vel e interdependente, assegurando a cidadania plena; b) Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma não discriminatória, assegurando seu di- reito de opinião e participação; c) Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e d) Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade; IV – Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência: a) Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública; b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segu- rança pública e justiça criminal; c) Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionaliza- ção da investigação de atos criminosos; d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradica- ção da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária; e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas; f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efe- tivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de direitos; V – Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos: a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos; GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 7 b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino supe- rior e nas instituições formadoras; c) Diretriz 20: Reconhecimentoda educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direitos Humanos; d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e VI – Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade: a) Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como Direito Humano da cidadania e dever do Estado; b) Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção pública da verdade; e c) Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com promoção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a democracia. Parágrafo único. A implementação do PNDH-3, além dos responsáveis nele indicados, envolve parcerias com outros órgãos federais relacionados com os temas tratados nos eixos orientadores e suas diretrizes. Art. 3º As metas, prazos e recursos necessários para a implementação do PNDH-3 serão definidos e aprovados em Planos de Ação de Direitos Humanos bianuais. Art. 4º Fica instituído o Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3, com a finalidade de: (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) I – promover a articulação entre os órgãos e entidades envolvidos na implementação das suas ações programáticas; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) II – elaborar os Planos de Ação dos Direitos Humanos; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 8 III – estabelecer indicadores para o acompanhamento, monitoramento e avaliação dos Planos de Ação dos Direitos Humanos; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) IV – acompanhar a implementação das ações e recomendações; e (Revo- gado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) V – elaborar e aprovar seu regimento interno. (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) § 1º O Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3 será integrado por um representante e respectivo suplente de cada órgão a se- guir descrito, indicados pelos respectivos titulares: (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) I – Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que o coordenará; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) II – Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) III – Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Pre- sidência da República; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) IV – Secretaria-Geral da Presidência da República; (Revogado pelo Decre- to n. 10.087, de 2019) (Vigência) V – Ministério da Cultura; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) VI – Ministério da Educação; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) VII – Ministério da Justiça; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) VIII – Ministério da Pesca e Aquicultura; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) IX – Ministério da Previdência Social; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 9 X – Ministério da Saúde; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XI – Ministério das Cidades; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XII – Ministério das Comunicações; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XIII – Ministério das Relações Exteriores; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XIV – Ministério do Desenvolvimento Agrário; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XV – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XVI – Ministério do Esporte; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XVII – Ministério do Meio Ambiente; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XVIII – Ministério do Trabalho e Emprego; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XIX – Ministério do Turismo; (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XX – Ministério da Ciência e Tecnologia; e (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) XXI – Ministério de Minas e Energia. (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) § 2º O Secretário Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Repú- blica designará os representantes doComitê de Acompanhamento e Monito- ramento do PNDH-3. (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) § 3º O Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3 pode- rá constituir subcomitês temáticos para a execução de suas atividades, que http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 10 poderão contar com a participação de representantes de outros órgãos do Governo Federal. (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) § 4º O Comitê convidará representantes dos demais Poderes, da socieda- de civil e dos entes federados para participarem de suas reuniões e ativida- des. (Revogado pelo Decreto n. 10.087, de 2019) (Vigência) Art. 5º Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os órgãos do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público, serão convidados a aderir ao PNDH-3. Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º Fica revogado o Decreto no 4.229, de 13 de maio de 2002. Brasília, 21 de dezembro de 2009; 188º da Independência e 121º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro Celso Luiz Nunes Amorim Guido Mantega Alfredo Nascimento José Geraldo Fontelles Fernando Haddad André Peixoto Figueiredo Lima José Gomes Temporão Miguel Jorge Edison Lobão Paulo Bernardo Silva Hélio Costa José Pimentel Patrus Ananias João Luiz Silva Ferreira http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10087.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4229.htm GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 11 Sérgio Machado Rezende Carlos Minc Orlando Silva de Jesus Junior Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho Geddel Vieira Lima Guilherme Cassel Márcio Fortes de Almeida Altemir Gregolin Dilma Rousseff Luiz Soares Dulci Alexandre Rocha Santos Padilha Samuel Pinheiro Guimarães Neto Edson Santos Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.12.2009 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 12 ANEXO Eixo Orientador I • Interação democrática entre Estado e sociedade civil A partir da metade dos anos 1970, começam a ressurgir no Brasil iniciati- vas de rearticulação dos movimentos sociais, a despeito da repressão política e da ausência de canais democráticos de participação. Fortes protestos e a luta pela democracia marcaram esse período. Paralelamente, surgiram inicia- tivas populares nos bairros reivindicando direitos básicos como saúde, trans- porte, moradia e controle do custo de vida. Em um primeiro momento, eram iniciativas atomizadas, buscando conquistas parciais, mas que ao longo dos anos foram se caracterizando como movimentos sociais organizados. Com o avanço da democratização do País, os movimentos sociais multi- plicaram-se. Alguns deles institucionalizaram-se e passaram a ter expressão política. Os movimentos populares e sindicatos foram, no caso brasileiro, os principais promotores da mudança e da ruptura política em diversas épocas e contextos históricos. Com efeito, durante a etapa de elaboração da Cons- tituição Cidadã de 1988, esses segmentos atuaram de forma especialmente articulada, afirmando-se como um dos pilares da democracia e influenciando diretamente os rumos do País. Nos anos que se seguiram, os movimentos passaram a se consolidar por meio de redes com abrangência regional ou nacional, firmando-se como su- jeitos na formulação e monitoramento das políticas públicas. Nos anos 1990, desempenharam papel fundamental na resistência a todas as orientações do neoliberalismo de flexibilização dos direitos sociais, privatizações, dogmatis- mo do mercado e enfraquecimento do Estado. Nesse mesmo período, mul- tiplicaram-se pelo País experiências de gestão estadual e municipal em que lideranças desses movimentos, em larga escala, passaram a desempenhar funções de gestores públicos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 13 Com as eleições de 2002, alguns dos setores mais organizados da sociedade trouxeram reivindicações históricas acumuladas, passando a influenciar dire- tamente a atuação do governo e vivendo de perto suas contradições internas. Nesse novo cenário, o diálogo entre Estado e sociedade civil assumiu es- pecial relevo, com a compreensão e a preservação do distinto papel de cada um dos segmentos no processo de gestão. A interação é desenhada por acor- dos e dissensos, debates de ideias e pela deliberação em torno de propos- tas. Esses requisitos são imprescindíveis ao pleno exercício da democracia, cabendo à sociedade civil exigir, pressionar, cobrar, criticar, propor e fiscalizaras ações do Estado. Essa concepção de interação democrática construída entre os diversos órgãos do Estado e a sociedade civil trouxe consigo resultados práticos em termos de políticas públicas e avanços na interlocução de setores do poder público com toda a diversidade social, cultural, étnica e regional que caracte- riza os movimentos sociais em nosso País. Avançou-se fundamentalmente na compreensão de que os Direitos Humanos constituem condição para a preva- lência da dignidade humana, e que devem ser promovidos e protegidos por meio do esforço conjunto do Estado e da sociedade civil. Uma das finalidades do PNDH-3 é dar continuidade à integração e ao aprimoramento dos mecanismos de participação existentes, bem como criar novos meios de construção e monitoramento das políticas públicas sobre Di- reitos Humanos no Brasil. No âmbito institucional o PNDH-3, amplia as conquistas na área dos direi- tos e garantias fundamentais, pois internaliza a diretriz segundo a qual a pri- mazia dos Direitos Humanos constitui princípio transversal a ser considerado em todas as políticas públicas. As diretrizes deste capítulo discorrem sobre a importância de fortalecer a garantia e os instrumentos de participação social, o caráter transversal dos Direitos Humanos e a construção de mecanismos de avaliação e monitora- mento de sua efetivação. Isso inclui a construção de sistema de indicadores GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 14 de Direitos Humanos e a articulação das políticas e instrumentos de monito- ramento existentes. O Poder Executivo tem papel protagonista na coordenação e implemen- tação do PNDH-3, mas faz-se necessária a definição de responsabilidades compartilhadas entre a União, Estados, Municípios e do Distrito Federal na execução de políticas públicas, tanto quanto a criação de espaços de partici- pação e controle social nos Poderes Judiciário e Legislativo, no Ministério Pú- blico e nas Defensorias, em ambiente de respeito, proteção e efetivação dos Direitos Humanos. O conjunto dos órgãos do Estado – não apenas no âmbito do Executivo Federal – deve estar comprometido com a implementação e mo- nitoramento do PNDH-3. Aperfeiçoar a interlocução entre Estado e sociedade civil depende da im- plementação de medidas que garantam à sociedade maior participação no acompanhamento e monitoramento das políticas públicas em Direitos Huma- nos, num diálogo plural e transversal entre os vários atores sociais e deles com o Estado. Ampliar o controle externo dos órgãos públicos por meio de ouvidorias, monitorar os compromissos internacionais assumidos pelo Esta- do brasileiro, realizar conferências periódicas sobre a temática, fortalecer e apoiar a criação de conselhos nacional, distrital, estaduais e municipais de Direitos Humanos, garantindo-lhes eficiência, autonomia e independência são algumas das formas de assegurar o aperfeiçoamento das políticas públicas por meio de diálogo, de mecanismos de controle e das ações contínuas da sociedade civil. Fortalecer as informações em Direitos Humanos com produ- ção e seleção de indicadores para mensurar demandas, monitorar, avaliar, reformular e propor ações efetivas, garante e consolida o controle social e a transparência das ações governamentais. A adoção de tais medidas fortalecerá a democracia participativa, na qual o Estado atua como instância republicana da promoção e defesa dos Direitos Humanos e a sociedade civil como agente ativo – propositivo e reativo – de sua implementação. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 15 Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como ins- trumento de fortalecimento da democracia participativa. Objetivo estratégico I: Garantia da participação e do controle social das políticas públicas em Direitos Humanos, em diálogo plural e transversal entre os vários atores sociais. Ações programáticas: a)Apoiar, junto ao Poder Legislativo, a instituição do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, dotado de recursos humanos, materiais e orçamentá- rios para o seu pleno funcionamento, e efetuar seu credenciamento junto ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos como “Instituição Nacional Brasileira”, como primeiro passo rumo à adoção plena dos “Princípios de Paris”. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores b) Fomentar a criação e o fortalecimento dos conselhos de Direitos Hu- manos em todos os Estados e Municípios e no Distrito Federal, bem como a criação de programas estaduais de Direitos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c) Criar mecanismos que permitam ação coordenada entre os diversos conselhos de direitos, nas três esferas da Federação, visando a criação de agenda comum para a implementação de políticas públicas de Direitos Hu- manos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria-Geral da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 16 d) Criar base de dados dos conselhos nacionais, estaduais, distrital e mu- nicipais, garantindo seu acesso ao público em geral. Responsáveis: Secretaria-Geral da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e) Apoiar fóruns, redes e ações da sociedade civil que fazem acompa- nhamento, controle social e monitoramento das políticas públicas de Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria-Geral da Presidência da República f) Estimular o debate sobre a regulamentação e efetividade dos instru- mentos de participação social e consulta popular, tais como lei de iniciativa popular, referendo, veto popular e plebiscito. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria-Geral da Presidência da República g) Assegurar a realização periódica de conferências de Direitos Humanos, fortalecendo a interação entre a sociedade civil e o poder público. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico II: Ampliação do controle externo dos órgãos públicos. Ações programáticas: a)Ampliar a divulgação dos serviços públicos voltados para a efetivação dos Direitos Humanos, em especial nos canais de transparência. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Propor a instituição da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, em substituição à Ouvidoria-Geral da Cidadania, com independência e autonomia GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 17 política, com mandato e indicação pelo Conselho Nacional dos Direitos Huma- nos, assegurando recursos humanos, materiais e financeiros para seu pleno funcionamento. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Fortalecer a estrutura da Ouvidoria Agrária Nacional. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática. Objetivo estratégico I: Promoção dos Direitos Humanos como princípios orientadores das políticas públicas e das relações internacionais. Ações programáticas: a)Considerar as diretrizes e objetivosestratégicos do PNDH-3 nos instru- mentos de planejamento do Estado, em especial no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria-Geral da Presidência da República; Ministério do Pla- nejamento, Orçamento e Gestão b)Propor e articular o reconhecimento do status constitucional de instrumentos internacionais de Direitos Humanos novos ou já existentes ainda não ratificados. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 18 c)Construir e aprofundar agenda de cooperação multilateral em Direitos Humanos que contemple prioritariamente o Haiti, os países lusófonos do con- tinente africano e o Timor-Leste. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores d)Aprofundar a agenda Sul-Sul de cooperação bilateral em Direitos Huma- nos que contemple prioritariamente os países lusófonos do continente africa- no, o Timor-Leste, Caribe e a América Latina. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores Objetivo estratégico II: Fortalecimento dos instrumentos de interação democrática para a promoção dos Direitos Humanos. Ações programáticas: a)Criar o Observatório Nacional dos Direitos Humanos para subsidiar, com dados e informações, o trabalho de monitoramento das políticas públicas e de gestão governamental e sistematizar a documentação e legislação, nacionais e internacionais, sobre Direitos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Estimular e reconhecer pessoas e entidades com destaque na luta pelos Direitos Humanos na sociedade brasileira e internacional, com a concessão de premiação, bolsas e outros incentivos, na forma da legislação aplicável. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 19 c)Criar selo nacional “Direitos Humanos”, a ser concedido às entidades públicas e privadas que comprovem atuação destacada na defesa e promoção dos direitos fundamentais. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informação em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua efetivação. Objetivo estratégico I: Desenvolvimento de mecanismos de controle social das políti- cas públicas de Direitos Humanos, garantindo o monitoramento e a transparência das ações governamentais. Ações programáticas: a)Instituir e manter sistema nacional de indicadores em Direitos Huma- nos, de forma articulada com os órgãos públicos e a sociedade civil. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Integrar os sistemas nacionais de informações para elaboração de qua- dro geral sobre a implementação de políticas públicas e violações aos Direitos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Articular a criação de base de dados com temas relacionados aos Direi- tos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 20 d)Utilizar indicadores em Direitos Humanos para mensurar demandas, monitorar, avaliar, reformular e propor ações efetivas. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidên- cia da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do Desen- volvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Justiça; Ministério das Cidades; Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Cultura; Ministério do Turismo; Ministério do Esporte; Ministério do Desenvolvimento Agrário e)Propor estudos visando a criação de linha de financiamento para a im- plementação de institutos de pesquisa e produção de estatísticas em Direitos Humanos nos Estados. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico II: Monitoramento dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro em matéria de Direitos Humanos. Ações programáticas: a)Elaborar relatório anual sobre a situação dos Direitos Humanos no Bra- sil, em diálogo participativo com a sociedade civil. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores b)Elaborar relatórios periódicos para os órgãos de tratados da ONU, no prazo por eles estabelecidos, com base em fluxo de informações com órgãos do governo federal e com unidades da Federação. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 21 c)Elaborar relatório de acompanhamento das relações entre o Brasil e o sistema ONU que contenha, entre outras, as seguintes informações: • Recomendações advindas de relatores especiais do Conselho de Direitos Humanos da ONU; • Recomendações advindas dos comitês de tratados do Mecanismo de Re- visão Periódica; Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores d)Definir e institucionalizar fluxo de informações, com responsáveis em cada órgão do governo federal e unidades da Federação, referentes aos rela- tórios internacionais de Direitos Humanos e às recomendações dos relatores especiais do Conselho de Direitos Humanos da ONU e dos comitês de tratados. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores e)Definir e institucionalizar fluxo de informações, com responsáveis em cada órgão do governo federal, referentes aos relatórios da Comissão Inte- ramericana de Direitos Humanos e às decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores f)Criar banco de dados público sobre todas as recomendações dos siste- mas ONU e OEA feitas ao Brasil, contendo as medidas adotadas pelos diver- sos órgãos públicos para seu cumprimento. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 22 Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos O tema “desenvolvimento” tem sido amplamente debatido por ser um conceito complexo e multidisciplinar. Não existe modelo único e preestabele- cido de desenvolvimento, porém, pressupõe-se que ele deva garantir a livre determinação dos povos, o reconhecimento de soberania sobre seus recursos e riquezas naturais, respeito pleno à sua identidade cultural e a busca de equidade na distribuição dasriquezas. Durante muitos anos, o crescimento econômico, medido pela variação anual do Produto Interno Bruto (PIB), foi usado como indicador relevante para medir o avanço de um país. Acreditava-se que, uma vez garantido o au- mento de bens e serviços, sua distribuição ocorreria de forma a satisfazer as necessidades de todas as pessoas. Constatou-se, porém, que, embora impor- tante, o crescimento do PIB não é suficiente para causar, automaticamente, melhoria do bem estar para todas as camadas sociais. Por isso, o conceito de desenvolvimento foi adotado por ser mais abrangente e refletir, de fato, me- lhorias nas condições de vida dos indivíduos. A teoria predominante de desenvolvimento econômico o define como um processo que faz aumentar as possibilidades de acesso das pessoas a bens e serviços, propiciadas pela expansão da capacidade e do âmbito das ativida- des econômicas. O desenvolvimento seria a medida qualitativa do progresso da economia de um país, refletindo transições de estágios mais baixos para estágios mais altos, por meio da adoção de novas tecnologias que permitem e favorecem essa transição. Cresce nos últimos anos a assimilação das ideias desenvolvidas por Amartya Sem, que abordam o desenvolvimento como li- berdade e seus resultados centrados no bem estar social e, por conseguinte, nos direitos do ser humano. São essenciais para o desenvolvimento as liberdades e os direitos básicos como alimentação, saúde e educação. As privações das liberdades não são GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 23 apenas resultantes da escassez de recursos, mas sim das desigualdades ine- rentes aos mecanismos de distribuição, da ausência de serviços públicos e de assistência do Estado para a expansão das escolhas individuais. Este conceito de desenvolvimento reconhece seu caráter pluralista e a tese de que a expan- são das liberdades não representa somente um fim, mas também o meio para seu alcance. Em consequência, a sociedade deve pactuar as políticas sociais e os direitos coletivos de acesso e uso dos recursos. A partir daí, a medição de um índice de desenvolvimento humano veio substituir a medição de aumento do PIB, uma vez que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) combina a riqueza per capita indicada pelo PIB aos aspectos de educação e expectativa de vida, permitindo, pela primeira vez, uma avaliação de aspectos sociais não mensurados pelos padrões econométricos. No caso do Brasil, por muitos anos o crescimento econômico não levou à distribuição justa de renda e riqueza, mantendo-se elevados índices de desi- gualdade. As ações de Estado voltadas para a conquista da igualdade socioe- conômica requerem ainda políticas permanentes, de longa duração, para que se verifique a plena proteção e promoção dos Direitos Humanos. É necessário que o modelo de desenvolvimento econômico tenha a preocupação de aper- feiçoar os mecanismos de distribuição de renda e de oportunidades para todos os brasileiros, bem como incorpore os valores de preservação ambiental. Os debates sobre as mudanças climáticas e o aquecimento global, gerados pela preocupação com a maneira com que os países vêm explorando os recursos naturais e direcionando o progresso civilizatório, está na agenda do dia. Esta discussão coloca em questão os investimentos em infraestrutura e modelos de desenvolvimento econômico na área rural, baseados, em grande parte, no agronegócio, sem a preocupação com a potencial violação dos direitos de pequenos e médios agricultores e das populações tradicionais. O desenvolvimento pode ser garantido se as pessoas forem protagonistas do processo, pressupondo a garantia de acesso de todos os indivíduos aos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais, e incorporando a preo- GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 24 cupação com a preservação e a sustentabilidade como eixos estruturantes de proposta renovada de progresso. Esses direitos têm como foco a distribuição da riqueza, dos bens e serviços. Todo esse debate traz desafios para a conceituação sobre os Direitos Hu- manos no sentido de incorporar o desenvolvimento como exigência funda- mental. A perspectiva dos Direitos Humanos contribui para redimensionar o desenvolvimento. Motiva a passar da consideração de problemas individuais a questões de interesse comum, de bem-estar coletivo, o que alude novamente o Estado e o chama à corresponsabilidade social e à solidariedade. Ressaltamos que a noção de desenvolvimento está sendo amadurecida como parte de um debate em curso na sociedade e no governo, incorporando a relação entre os direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais, bus- cando a garantia do acesso ao trabalho, à saúde, à educação, à alimentação, à vida cultural, à moradia adequada, à previdência, à assistência social e a um meio ambiente sustentável. A inclusão do tema Desenvolvimento e Direi- tos Humanos na 11a Conferência Nacional reforçou as estratégias governa- mentais em sua proposta de desenvolvimento. Assim, este capítulo do PNDH-3 propõe instrumentos de avanço e reforça propostas para políticas públicas de redução das desigualdades sociais con- cretizadas por meio de ações de transferência de renda, incentivo à economia solidária e ao cooperativismo, à expansão da reforma agrária, ao fomento da aquicultura, da pesca e do extrativismo e da promoção do turismo sustentável. O PNDH-3 inova ao incorporar o meio ambiente saudável e as cidades sustentáveis como Direitos Humanos, propõe a inclusão do item “direitos am- bientais” nos relatórios de monitoramento sobre Direitos Humanos e do item “Direitos Humanos” nos relatórios ambientais, assim como fomenta pesqui- sas de tecnologias socialmente inclusivas. Nos projetos e empreendimentos com grande impacto socioambiental, o PNDH-3 garante a participação efetiva das populações atingidas, assim como prevê ações mitigatórias e compensatórias. Considera fundamental fiscalizar GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 25 o respeito aos Direitos Humanos nos projetos implementados pelas empresas transnacionais, bem como seus impactos na manipulação das políticas de de- senvolvimento. Nesse sentido, avalia como importante mensurar o impacto da biotecnologia aplicada aos alimentos, da nanotecnologia, dos poluentes orgânicos persistentes, metais pesados e outros poluentes inorgânicos em relação aos Direitos Humanos. Alcançar o desenvolvimento com Direitos Humanos é capacitar as pessoas e as comunidades a exercerem a cidadania, com direitos e responsabilidades. É incorporar, nos projetos, a própria população brasileira, por meio de parti- cipação ativa nas decisões que afetam diretamente suas vidas. É assegurar a transparência dos grandes projetos de desenvolvimento econômico e meca- nismos de compensação para a garantia dos Direitos Humanos das popula- ções diretamente atingidas. Por fim, este PNDH-3 reforça o papel da equidade no Plano Plurianual, como instrumento de garantia de priorização orçamentária de programas sociais. Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equilibrado e tec- nologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, parti- cipativo e não discriminatório. Objetivo estratégico I: Implementação de políticas públicas de desenvolvimento com inclusão social. Ações programáticas: a)Ampliar e fortalecer as políticas de desenvolvimento social e de combate à fome, visando a inclusão e a promoção da cidadania, garantindo a segu- rança alimentar e nutricional,renda mínima e assistência integral às famílias. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 26 b)Expandir políticas públicas de geração e transferência de renda para er- radicação da extrema pobreza e redução da pobreza. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome c)Apoiar projetos de desenvolvimento sustentável local para redução das desigualdades inter e intrarregionais e o aumento da autonomia e sustenta- bilidade de espaços sub-regionais. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Agrário d)Avançar na implantação da reforma agrária, como forma de inclusão social e acesso aos direitos básicos, de forma articulada com as políticas de saúde, educação, meio ambiente e fomento à produção alimentar. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário e)Incentivar as políticas públicas de economia solidária, de cooperativismo e associativismo e de fomento a pequenas e micro empresas. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desen- volvimento Agrário; Ministério das Cidades; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome f)Fortalecer políticas públicas de apoio ao extrativismo e ao manejo flores- tal comunitário ambientalmente sustentáveis. Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvi- mento Agrário; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior g)Fomentar o debate sobre a expansão de plantios de monoculturas que geram impacto no meio ambiente e na cultura dos povos e comunidades tra- dicionais, tais como eucalipto, cana-de-açúcar, soja, e sobre o manejo flores- tal, a grande pecuária, mineração, turismo e pesca. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República h)Erradicar o trabalho infantil, bem como todas as formas de violência e exploração sexual de crianças e adolescentes nas cadeias produtivas, com base em códigos de conduta e no Estatuto da Criança e do Adolescente. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 27 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Turismo i)Garantir que os grandes empreendimentos e projetos de infraestrutura resguardem os direitos dos povos indígenas e de comunidades quilombolas e tradicionais, conforme previsto na Constituição e nos tratados e convenções internacionais. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério dos Transportes; Ministé- rio da Integração Nacional; Ministério de Minas e Energia; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Mi- nistério do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Pesca e Aquicultura; Secretaria Especial de Portos da Presidência da República j)Integrar políticas de geração de emprego e renda e políticas sociais para o combate à pobreza rural dos agricultores familiares, assentados da reforma agrá- ria, quilombolas, indígenas, famílias de pescadores e comunidades tradicionais. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Integração Nacional; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério da Pesca e Aquicultura k)Integrar políticas sociais e de geração de emprego e renda para o com- bate à pobreza urbana, em especial de catadores de materiais recicláveis e população em situação de rua. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Meio Am- biente; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério das Cidades; Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República l)Fortalecer políticas públicas de fomento à aquicultura e à pesca susten- táveis, com foco nos povos e comunidades tradicionais de baixa renda, con- tribuindo para a segurança alimentar e a inclusão social, mediante a criação e geração de trabalho e renda alternativos e inserção no mercado de trabalho. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 28 Responsáveis: Ministério da Pesca e Aquicultura; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome m)Promover o turismo sustentável com geração de trabalho e renda, res- peito à cultura local, participação e inclusão dos povos e das comunidades nos benefícios advindos da atividade turística. Responsáveis: Ministério do Turismo; Ministério do Desenvolvimento, In- dústria e Comércio Exterior Objetivo estratégico II: Fortalecimento de modelos de agricultura familiar e agroecológica. Ações programáticas: a)Garantir que nos projetos de reforma agrária e agricultura familiar se- jam incentivados os modelos de produção agroecológica e a inserção produ- tiva nos mercados formais. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do De- senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior b)Fortalecer a agricultura familiar camponesa e a pesca artesanal, com ampliação do crédito, do seguro, da assistência técnica, extensão rural e da infraestrutura para comercialização. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Pes- ca e Aquicultura c)Garantir pesquisa e programas voltados à agricultura familiar e pesca artesanal, com base nos princípios da agroecologia. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério da Pes- ca e Aquicultura; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior d)Fortalecer a legislação e a fiscalização para evitar a contaminação dos alimentos e danos à saúde e ao meio ambiente causados pelos agrotóxicos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 29 Responsáveis: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Mi- nistério do Meio Ambiente; Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvi- mento Agrário e)Promover o debate com as instituições de ensino superior e a sociedade civil para a implementação de cursos e realização de pesquisas tecnológicas voltados à temática socioambiental, agroecologia e produção orgânica, res- peitando as especificidades de cada região. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Agrário Objetivo estratégico III: Fomento à pesquisa e à implementação de políticas para o desen- volvimento de tecnologias socialmente inclusivas, emancipatórias e ambientalmente sustentáveis. Ações programáticas: a)Adotar tecnologias sociais de baixo custo e fácil aplicabilidade nas políti- cas e ações públicas para a geração de renda e para a solução de problemas socioambientais e de saúde pública. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desen- volvimento Social e Combate à Fome; Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Saúde b)Garantir a aplicação do princípio da precaução na proteção da agrobio- diversidade e da saúde, realizando pesquisas que avaliem os impactos dos transgênicos no meio ambiente e na saúde. Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Meio Ambiente; Minis- tério de Ciência e Tecnologia c)Fomentar tecnologias alternativas para substituir o uso de substâncias danosas à saúde e ao meio ambiente, como poluentes orgânicospersistentes, metais pesados e outros poluentes inorgânicos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 30 Responsáveis: Ministério de Ciência e Tecnologia; Ministério do Meio Am- biente; Ministério da Saúde; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci- mento; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior d)Fomentar tecnologias de gerenciamento de resíduos sólidos e emissões atmosféricas para minimizar impactos à saúde e ao meio ambiente. Responsáveis: Ministério de Ciência e Tecnologia; Ministério do Meio Am- biente; Ministério da Saúde; Ministério das Cidades e)Desenvolver e divulgar pesquisas públicas para diagnosticar os impactos da biotecnologia e da nanotecnologia em temas de Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério de Ciência e Tecnologia f)Produzir, sistematizar e divulgar pesquisas econômicas e metodologias de cálculo de custos socioambientais de projetos de infraestrutura, de energia e de mineração que sirvam como parâmetro para o controle dos impactos de grandes projetos. Responsáveis: Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério de Minas e Energia; Ministério do Meio Ambiente; Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República; Ministério da Integração Nacional Objetivo estratégico IV: Garantia do direito a cidades inclusivas e sustentáveis. Ações programáticas: a)Apoiar ações que tenham como princípio o direito a cidades inclusivas e acessíveis como elemento fundamental da implementação de políticas urbanas. Responsáveis: Ministério das Cidades; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento, Indús- tria e Comércio Exterior GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 31 b)Fortalecer espaços institucionais democráticos, participativos e de apoio aos Municípios para a implementação de planos diretores que atendam aos preceitos da política urbana estabelecidos no Estatuto da Cidade. Responsável: Ministério das Cidades c)Fomentar políticas públicas de apoio aos Estados, Distrito Federal e Municí- pios em ações sustentáveis de urbanização e regularização fundiária dos assen- tamentos de população de baixa renda, comunidades pesqueiras e de provisão habitacional de interesse social, materializando a função social da propriedade. Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Ambiente; Mi- nistério da Pesca e Aquicultura d)Fortalecer a articulação entre os órgãos de governo e os consórcios mu- nicipais para atuar na política de saneamento ambiental, com participação da sociedade civil. Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Ambiente; Se- cretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e)Fortalecer a política de coleta, reaproveitamento, triagem, reciclagem e a destinação seletiva de resíduos sólidos e líquidos, com a organização de cooperativas de reciclagem, que beneficiem as famílias dos catadores. Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Trabalho e Empre- go; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do Meio Ambiente f)Fomentar políticas e ações públicas voltadas à mobilidade urbana sus- tentável. Responsável: Ministério das Cidades g)Considerar na elaboração de políticas públicas de desenvolvimento ur- bano os impactos na saúde pública. Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério das Cidades h)Fomentar políticas públicas de apoio às organizações de catadores de materiais recicláveis, visando à disponibilização de áreas e prédios desocu- GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 32 pados pertencentes à União, a fim de serem transformados em infraestrutura produtiva para essas organizações. Responsáveis: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Minis- tério das Cidades; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvol- vimento Social e Combate à Fome i)Estimular a produção de alimentos de forma comunitária, com uso de tecnologias de bases agroecológicas, em espaços urbanos e periurbanos ocio- sos e fomentar a mobilização comunitária para a implementação de hortas, viveiros, pomares, canteiros de ervas medicinais, criação de pequenos ani- mais, unidades de processamento e beneficiamento agroalimentar, feiras e mercados públicos populares. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento. Objetivo estratégico I: Garantia da participação e do controle social nas políticas públi- cas de desenvolvimento com grande impacto socioambiental. Ações programáticas: a)Fortalecer ações que valorizem a pessoa humana como sujeito central do desenvolvimento, enfrentando o quadro atual de injustiça ambiental que atinge principalmente as populações mais pobres. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 33 b)Assegurar participação efetiva da população na elaboração dos instru- mentos de gestão territorial e na análise e controle dos processos de licen- ciamento urbanístico e ambiental de empreendimentos de impacto, especial- mente na definição das ações mitigadoras e compensatórias por impactos sociais e ambientais. Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades c)Fomentar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), in- corporando o sócio e etnozoneamento. Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Ambiente d)Assegurar a transparência dos projetos realizados, em todas as suas etapas, e dos recursos utilizados nos grandes projetos econômicos, para via- bilizar o controle social. Responsáveis: Ministério dos Transportes; Ministério da Integração Na- cional; Ministério de Minas e Energia; Secretaria Especial dos Direitos Huma- nos da Presidência da República e)Garantir a exigência de capacitação qualificada e participativa das co- munidades afetadas nos projetos básicos de obras e empreendimentos com impactos sociais e ambientais. Responsáveis: Ministério da Integração Nacional; Ministério de Minas e Energia; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República f)Definir mecanismos para a garantia dos Direitos Humanos das popu- lações diretamente atingidas e vizinhas aos empreendimentos de impactos sociais e ambientais. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República g)Apoiar a incorporação dos sindicatos de trabalhadores e centrais sin- dicais nos processos de licenciamento ambiental de empresas, de forma a garantir o direito à saúde do trabalhador. Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Saúde GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 34 h)Promover e fortalecer ações de proteção às populações mais pobres da convivência com áreas contaminadas, resguardando-as contra essa ameaça e assegurando-lhes seus direitos fundamentais. Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades; Mi- nistério do Desenvolvimento Sociale Combate à Fome; Ministério da Saúde Objetivo estratégico II: Afirmação dos princípios da dignidade humana e da equidade como fundamentos do processo de desenvolvimento nacional. Ações programáticas: a)Reforçar o papel do Plano Plurianual como instrumento de consolidação dos Direitos Humanos e de enfrentamento da concentração de renda e rique- za e de promoção da inclusão da população de baixa renda. Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão b)Reforçar os critérios da equidade e da prevalência dos Direitos Huma- nos como prioritários na avaliação da programação orçamentária de ação ou autorização de gastos. Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão c)Instituir código de conduta em Direitos Humanos para ser considerado no âmbito do poder público como critério para a contratação e financiamento de empresas. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República d)Regulamentar a taxação do imposto sobre grandes fortunas previsto na Constituição. Responsáveis: Ministério da Fazenda; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 35 e)Ampliar a adesão de empresas ao compromisso de responsabilidade so- cial e Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Objetivo estratégico III: Fortalecimento dos direitos econômicos por meio de políticas pú- blicas de defesa da concorrência e de proteção do consumidor. Ações programáticas: a)Garantir o acesso universal a serviços públicos essenciais de qualidade. Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Educação; Ministério de Minas e Energia; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério das Cidades b)Fortalecer o sistema brasileiro de defesa da concorrência para coibir condutas anticompetitivas e concentradoras de renda. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Fazenda c)Garantir o direito à informação do consumidor, fortalecendo as ações de acompanhamento de mercado, inclusive a rotulagem dos transgênicos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento, Indús- tria e Comércio Exterior; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento d)Fortalecer o combate à fraude e a avaliação da conformidade dos produ- tos e serviços no mercado. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento, In- dústria e Comércio Exterior GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 36 Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direi- tos Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos. Objetivo estratégico I: Afirmação dos direitos ambientais como Direitos Humanos. Ações programáticas: a)Incluir o item Direito Ambiental nos relatórios de monitoramento dos Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente b)Incluir o tema dosDireitos Humanos nos instrumentos e relatórios dos órgãos ambientais. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente c)Assegurar a proteção dos direitos ambientais e dos Direitos Humanos no Código Florestal. Responsável: Ministério do Meio Ambiente d)Implementar e ampliar políticas públicas voltadas para a recuperação de áreas degradadas e áreas de desmatamento nas zonas urbanas e rurais. Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades e)Fortalecer ações que estabilizem a concentração de gases de efeito es- tufa em nível que permita a adaptação natural dos ecossistemas à mudança do clima, controlando a interferência das atividades humanas (antrópicas) no sistema climático. Responsável: Ministério do Meio Ambiente f)Garantir o efetivo acesso a informação sobre a degradação e os riscos ambientais, e ampliar e articular as bases de informações dos entes federa- dos e produzir informativos em linguagem acessível. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 37 Responsável: Ministério do Meio Ambiente g)Integrar os atores envolvidos no combate ao trabalho escravo nas opera- ções correntes de fiscalização ao desmatamento e ao corte ilegal de madeira. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Meio Ambiente Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma em seu preâmbulo que o “reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberda- de, da justiça e da paz no mundo”. No entanto, nas vicissitudes ocorridas no cumprimento da Declaração pelos Estados signatários, identificou-se a ne- cessidade de reconhecer as diversidades e diferenças para concretização do princípio da igualdade. No Brasil, ao longo das últimas décadas, os Direitos Humanos passaram a ocupar uma posição de destaque no ordenamento jurídico. O País avançou decisivamente na proteção e promoção do direito às diferenças. Porém, o peso negativo do passado continua a projetar no presente uma situação de profunda iniquidade social. O acesso aos direitos fundamentais continua enfrentando barreiras estru- turais, resquícios de um processo histórico, até secular, marcado pelo genocí- dio indígena, pela escravidão e por períodos ditatoriais, práticas que continu- am a ecoar em comportamentos, leis e na realidade social. O PNDH-3 assimila os grandes avanços conquistados ao longo destes úl- timos anos, tanto nas políticas de erradicação da miséria e da fome, quan- to na preocupação com a moradia e saúde, e aponta para a continuidade e ampliação do acesso a tais políticas, fundamentais para garantir o respeito à dignidade humana. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 38 Os objetivos estratégicos direcionados à promoção da cidadania plena preconizam a universalidade, indivisibilidade e interdependência dos Direitos Humanos, condições para sua efetivação integral e igualitária. O acesso aos direitos de registro civil, alimentação adequada, terra e moradia, trabalho decente, educação, participação política, cultura, lazer, esporte e saúde, deve considerar a pessoa humana em suas múltiplas dimensões de ator social e sujeito de cidadania. À luz da história dos movimentos sociais e de programas de governo, o PNDH-3 orienta-se pela transversalidade, para que a implementação dos di- reitos civis e políticos transitem pelas diversas dimensões dos direitos econô- micos, sociais, culturais e ambientais. Caso contrário, grupos sociais afetados pela pobreza, pelo racismo estrutural e pela discriminação dificilmente terão acesso a tais direitos. As ações programáticas formuladas visam enfrentar o desafio de eliminar as desigualdades, levando em conta as dimensões de gênero e raça nas polí- ticas públicas, desde o planejamento até a sua concretização e avaliação. Há, neste sentido, propostas de criação de indicadores que possam mensurar a efetivação progressiva dos direitos. Às desigualdades soma-se a persistência da discriminação, que muitas vezes se manifesta sob a forma de violência contra sujeitos que são histórica e estruturalmente vulnerabilizados. O combate à discriminação mostra-senecessário, mas insuficiente en- quanto medida isolada. Os pactos e convenções que integram o sistema re- gional e internacional de proteção dos Direitos Humanos apontam para a necessidade de combinar estas medidas com políticas compensatórias que acelerem a construção da igualdade, como forma capaz de estimular a in- clusão de grupos socialmente vulneráveis. Além disso, as ações afirmativas constituem medidas especiais e temporárias que buscam remediar um passa- do discriminatório. No rol de movimentos e grupos sociais que demandam po- líticas de inclusão social encontram-se crianças, adolescentes, mulheres, pes- GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 39 soas idosas, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, pessoas com deficiência, pessoas moradoras de rua, povos indígenas, populações negras e quilombolas, ciganos, ribeirinhos, varzanteiros e pescadores, entre outros. Definem-se, neste capítulo, medidas e políticas que devem ser efetivadas para reconhecer e proteger os indivíduos como iguais na diferença, ou seja, para valorizar a diversidade presente na população brasileira para estabelecer acesso igualitário aos direitos fundamentais. Trata-se de reforçar os progra- mas de governo e as resoluções pactuadas nas diversas conferências nacio- nais temáticas, sempre sob o foco dos Direitos Humanos, com a preocupação de assegurar o respeito às diferenças e o combate às desigualdades, para o efetivo acesso aos direitos. Por fim, em respeito à primazia constitucional de proteção e promoção da infância, do adolescente e da juventude, o capítulo aponta suas diretrizes para o respeito e a garantia das gerações futuras. Como sujeitos de direitos, as crianças, os adolescentes e os jovens são frequentemente subestimadas em sua participação política e em sua capacidade decisória. Preconiza-se o dever de assegurar-lhes, desde cedo, o direito de opinião e participação. Marcadas pelas diferenças e por sua fragilidade temporal, as crianças, os adolescentes e os jovens estão sujeitos a discriminações e violências. As ações programáticas promovem a garantia de espaços e investimentos que assegurem proteção contra qualquer forma de violência e discriminação, bem como a promoção da articulação entre família, sociedade e Estado para for- talecer a rede social de proteção que garante a efetividade de seus direitos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 40 Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, in- divisível e interdependente, assegurando a cidadania plena. Objetivo estratégico I: Universalização do registro civil de nascimento e ampliação do acesso à documentação básica. Ações programáticas: a)Ampliar e reestruturar a rede de atendimento para a emissão do registro civil de nascimento visando a sua universalização. • Interligar maternidades e unidades de saúde aos cartórios, por meio de sistema manual ou informatizado, para emissão de registro civil de nascimen- to logo após o parto, garantindo ao recém nascido a certidão de nascimento antes da alta médica. • Fortalecer a Declaração de Nascido Vivo (DNV), emitida pelo Sistema Único de Saúde, como mecanismo de acesso ao registro civil de nascimento, contemplando a diversidade na emissão pelos estabelecimentos de saúde e pelas parteiras. • Realizar orientação sobre a importância do registro civil de nascimento para a cidadania por meio da rede de atendimento (saúde, educação e assis- tência social) e pelo sistema de Justiça e de segurança pública. • Aperfeiçoar as normas e o serviço público notarial e de registro, em ar- ticulação com o Conselho Nacional de Justiça, para garantia da gratuidade e da cobertura do serviço de registro civil em âmbito nacional. Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento So- cial e Combate à Fome; Ministério da Previdência Social; Ministério da Justi- ça; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 41 b)Promover a mobilização nacional com intuito de reduzir o número de pessoas sem registro civil de nascimento e documentação básica. • Instituir comitês gestores estaduais, distrital e municipais com o objetivo de articular as instituições públicas e as entidades da sociedade civil para a im- plantação de ações que visem à ampliação do acesso à documentação básica. • Realizar campanhas para orientação e conscientização da população e dos agentes responsáveis pela articulação e pela garantia do acesso aos ser- viços de emissão de registro civil de nascimento e de documentação básica. • Realizar mutirões para emissão de registro civil de nascimento e docu- mentação básica, com foco nas regiões de difícil acesso e no atendimento às populações específicas como os povos indígenas, quilombolas, ciganos, pes- soas em situação de rua, institucionalizadas e às trabalhadoras rurais. Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento So- cial e Combate à Fome; Ministério da Defesa; Ministério da Fazenda; Minis- tério do Trabalho e Emprego; Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Criar bases normativas e gerenciais para garantia da universalização do acesso ao registro civil de nascimento e à documentação básica. • Implantar sistema nacional de registro civil para interligação das infor- mações de estimativas de nascimentos, de nascidos vivos e do registro civil, a fim de viabilizar a busca ativa dos nascidos não registrados e aperfeiçoar os indicadores para subsidiar políticas públicas. • Desenvolver estudo e revisão da legislação para garantir o acesso do cidadão ao registro civil de nascimento em todo o território nacional. • Realizar estudo de sustentabilidade do serviço notarial e de registro no País. • Desenvolver a padronização do registro civil (certidão de nascimento, de casamento e de óbito) em território nacional. • Garantir a emissão gratuita de Registro Geral e Cadastro de Pessoa Físi- ca aos reconhecidamente pobres. • Desenvolver estudo sobre a política nacional de documentação civil básica. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 42 Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento So- cial e Combate à Fome; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Mi- nistério da Fazenda; Ministério da Justiça; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Previdência Social; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República d)Incluir no questionário do censo demográfico perguntas para identificar a ausência de documentos civis na população. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico II: Acesso à alimentação adequada por meio de políticas estruturantes. Ações programáticas: a)Ampliar o acesso aos alimentos por meio de programas e ações de gera- ção e transferência de renda, com ênfase na participação das mulheres como potenciais beneficiárias. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República b)Vincular programas de transferência de renda à garantia da segurança alimentar da criança, por meio do acompanhamento da saúde e nutrição e do estímulo de hábitos alimentares saudáveis, com o objetivo de erradicar a desnutrição infantil. Responsáveis:Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Educação; Ministério da Saúde c)Fortalecer a agricultura familiar e camponesa no desenvolvimento de ações específicas que promovam a geração de renda no campo e o aumento da produção de alimentos agroecológicos para o autoconsumo e para o mer- cado local. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 43 Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do De- senvolvimento Social e Combate à Fome d)Ampliar o abastecimento alimentar, com maior autonomia e fortaleci- mento da economia local, associado a programas de informação, de educação alimentar, de capacitação, de geração de ocupações produtivas, de agricultu- ra familiar camponesa e de agricultura urbana. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério do Desenvol- vimento Agrário e)Promover a implantação de equipamentos públicos de segurança ali- mentar e nutricional, com vistas a ampliar o acesso à alimentação saudável de baixo custo, valorizar as culturas alimentares regionais, estimular o apro- veitamento integral dos alimentos, evitar o desperdício e contribuir para a recuperação social e de saúde da sociedade. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome f)Garantir que os hábitos e contextos regionais sejam incorporados nos modelos de segurança alimentar como fatores da produção sustentável de alimentos. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome g)Realizar pesquisas científicas que promovam ganhos de produtividade na agricultura familiar e assegurar estoques reguladores. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 44 Objetivo estratégico III: Garantia do acesso à terra e à moradia para a população de baixa renda e grupos sociais vulnerabilizados. Ações programáticas: a)Fortalecer a reforma agrária com prioridade à implementação e recupe- ração de assentamentos, à regularização do crédito fundiário e à assistência técnica aos assentados, atualização dos índices Grau de Utilização da Terra (GUT) e Grau de Eficiência na Exploração (GEE), conforme padrões atuais e regulamentação da desapropriação de áreas pelo descumprimento da função social plena. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Agri- cultura, Pecuária e Abastecimento b)Integrar as ações de mapeamento das terras públicas da União. Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão c)Estimular o saneamento dos serviços notariais de registros imobiliários, possibilitando o bloqueio ou o cancelamento administrativo dos títulos das terras e registros irregulares. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento Agrário d)Garantir demarcação, homologação, regularização e desintrusão das terras indígenas, em harmonia com os projetos de futuro de cada povo indí- gena, assegurando seu etnodesenvolvimento e sua autonomia produtiva. Responsável: Ministério da Justiça e)Assegurar às comunidades quilombolas a posse dos seus territórios, aceleran- do a identificação, o reconhecimento, a demarcação e a titulação desses territórios, respeitando e preservando os sítios de valor simbólico e histórico. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 45 Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igual- dade Racial da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério do Desenvolvimento Agrário f)Garantir o acesso a terra às populações ribeirinhas, varzanteiras e pes- cadoras, assegurando acesso aos recursos naturais que tradicionalmente uti- lizam para sua reprodução física, cultural e econômica. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do Meio Ambiente g)Garantir que nos programas habitacionais do governo sejam priorizadas as populações de baixa renda, a população em situação de rua e grupos so- ciais em situação de vulnerabilidade no espaço urbano e rural, considerando os princípios da moradia digna, do desenho universal e os critérios de acessi- bilidade nos projetos. Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome h)Promover a destinação das glebas e edifícios vazios ou subutilizados pertencentes à União, para a população de baixa renda, reduzindo o déficit habitacional. Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Planejamento, Or- çamento e Gestão i)Estabelecer que a garantia da qualidade de abrigos e albergues, bem como seu caráter inclusivo e de resgate da cidadania à população em situa- ção de rua, estejam entre os critérios de concessão de recursos para novas construções e manutenção dos existentes. Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome j)Apoiar o monitoramento de políticas de habitação de interesse social pelos conselhos municipais de habitação, garantindo às cooperativas e asso- ciações habitacionais acesso às informações. Responsável: Ministério das Cidades GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 46 k)Garantir as condições para a realização de acampamentos ciganos em todo o território nacional, visando a preservação de suas tradições, práticas e patrimônio cultural. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Cidades Objetivo estratégico IV: Ampliação do acesso universal a sistema de saúde de qualidade. Ações programáticas: a)Expandir e consolidar programas de serviços básicos de saúde e de atendimento domiciliar para a população de baixa renda, com enfoque na prevenção e diagnóstico prévio de doenças e deficiências, com apoio dife- renciado às pessoas idosas, indígenas, negros e comunidades quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas em situação de rua, lésbicas, gays, bisse- xuais, travestis, transexuais, crianças e adolescentes, mulheres, pescadores artesanais e população de baixa renda. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Espe- cial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Pesca e Aquicultura b)Criar programas de pesquisa e divulgação sobre tratamentos alternati- vos à medicina tradicional no sistema de saúde. Responsável: Ministério da Saúde c)Reformular o marco regulatório dos planos de saúde, de modo a dimi- nuir os custos para a pessoa idosa e fortalecer o pacto intergeracional, es- timulando a adoção de medidas de capitalização para gastos futuros pelos planos de saúde. Responsável: Ministério da Saúde GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 47 d)Reconhecer as parteiras como agentes comunitárias de saúde. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e)Aperfeiçoar o programa de saúde para adolescentes, especificamente quanto à saúde de gênero, à educação sexual e reprodutiva e à saúde mental. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial dos DireitosHu- manos da Presidência da República f)Criar campanhas e material técnico, instrucional e educativo sobre pla- nejamento reprodutivo que respeite os direitos sexuais e reprodutivos, con- templando a elaboração de materiais específicos para a população jovem e adolescente e para pessoas com deficiência. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República g)Estimular programas de atenção integral à saúde das mulheres, consi- derando suas especificidades étnico-raciais, geracionais, regionais, de orien- tação sexual, de pessoa com deficiência, priorizando as moradoras do campo, da floresta e em situação de rua. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério do De- senvolvimento Social e Combate à Fome h)Ampliar e disseminar políticas de saúde pré e neonatal, com inclusão de campanhas educacionais de esclarecimento, visando à prevenção do surgi- mento ou do agravamento de deficiências. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 48 i)Expandir a assistência pré-natal e pós-natal por meio de programas de visitas domiciliares para acompanhamento das crianças na primeira infância. Responsável: Ministério da Saúde j)Apoiar e financiar a realização de pesquisas e intervenções sobre a mor- talidade materna, contemplando o recorte étnico-racial e regional. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República k)Assegurar o acesso a laqueaduras e vasectomias ou reversão desses procedimentos no sistema público de saúde, com garantia de acesso a infor- mações sobre as escolhas individuais. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República l)Ampliar a oferta de medicamentos de uso contínuo, especiais e excepcio- nais, para a pessoa idosa. Responsável: Ministério da Saúde m)Realizar campanhas de diagnóstico precoce e tratamento adequado às pessoas que vivem com HIV/AIDS para evitar o estágio grave da doença e prevenir sua expansão e disseminação. Responsável: Ministério da Saúde n)Proporcionar às pessoas que vivem com HIV/AIDS programas de aten- ção no âmbito da saúde sexual e reprodutiva. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República o)Capacitar os agentes comunitários de saúde que realizam a triagem e a captação nas hemorredes para praticarem abordagens sem preconceito e sem discriminação. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 49 p)Garantir o acompanhamento multiprofissional a pessoas transexuais que fazem parte do processo transexualizador no Sistema Único de Saúde e de suas famílias. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República q)Apoiar o acesso a programas de saúde preventiva e de proteção à saúde para profissionais do sexo. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República r)Apoiar a implementação de espaços essenciais para higiene pessoal e centros de referência para a população em situação de rua. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome s)Investir na política de reforma psiquiátrica fomentando programas de tratamentos substitutivos à internação, que garantam às pessoas com trans- torno mental a possibilidade de escolha autônoma de tratamento, com convi- vência familiar e acesso aos recursos psiquiátricos e farmacológicos. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Ministério da Cultura t)Implementar medidas destinadas a desburocratizar os serviços do Instituto Nacional de Seguro Social para a concessão de aposentadorias e benefícios. Responsável: Ministério da Previdência Social u)Estimular a incorporação do trabalhador urbano e rural ao regime geral da previdência social. Responsável: Ministério da Previdência Social v)Assegurar a inserção social das pessoas atingidas pela hanseníase isola- das e internadas em hospitais-colônias. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Saúde GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 50 w)Reconhecer, pelo Estado brasileiro, as violações de direitos às pessoas atingidas pela hanseníase no período da internação e do isolamento compul- sórios, apoiando iniciativas para agilizar as reparações com a concessão de pensão especial prevista na Lei no 11.520/2007. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República x)Proporcionar as condições necessárias para conclusão do trabalho da Comissão Interministerial de Avaliação para análise dos requerimentos de pensão especial das pessoas atingidas pela hanseníase, que foram internadas e isoladas compulsoriamente em hospitais-colônia até 31 de dezembro de 1986. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico V: Acesso à educação de qualidade e garantia de permanência na escola. Ações programáticas: a)Ampliar o acesso a educação básica, a permanência na escola e a uni- versalização do ensino no atendimento à educação infantil. Responsável: Ministério da Educação b)Assegurar a qualidade do ensino formal público com seu monitoramento contínuo e atualização curricular. Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Desenvolver programas para a reestruturação das escolas como pólos de integração de políticas educacionais, culturais e de esporte e lazer. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Ministério do Esporte GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 51 d)Apoiar projetos e experiências de integração da escola com a comunida- de que utilizem sistema de alternância. Responsável: Ministério da Educação e)Adequar o currículo escolar, inserindo conteúdos que valorizem as di- versidades, as práticas artísticas, a necessidade de alimentação adequada e saudável e as atividades físicas e esportivas. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Ministério do Esporte; Ministério da Saúde f)Integrar os programas de alfabetização de jovens e adultos aos progra- mas de qualificação profissional e educação cidadã, apoiando e incentivando a utilização de metodologias adequadas às realidades dos povos e comunida- des tradicionais. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Pesca e Aquicultura g)Estimular e financiar programas de extensão universitária como forma de integrar o estudante à realidade social. Responsável: Ministério da Educação h)Fomentar as ações afirmativaspara o ingresso das populações negra, indígena e de baixa renda no ensino superior. Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Justiça i)Ampliar o ensino superior público de qualidade por meio da criação per- manente de universidades federais, cursos e vagas para docentes e discentes. Responsável: Ministério da Educação j)Fortalecer as iniciativas de educação popular por meio da valorização da arte e da cultura, apoiando a realização de festivais nas comunidades tradicionais e valorizando as diversas expressões artísticas nas escolas e nas comunidades. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 52 Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República k)Ampliar o acesso a programas de inclusão digital para populações de baixa renda em espaços públicos, especialmente escolas, bibliotecas e cen- tros comunitários. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério da Pesca e Aquicultura l)Fortalecer programas de educação no campo e nas comunidades pes- queiras que estimulem a permanência dos estudantes na comunidade e que sejam adequados às respectivas culturas e identidades. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Pesca e Aquicultura Objetivo estratégico VI: Garantia do trabalho decente, adequadamente remunerado, exer- cido em condições de equidade e segurança. Ações programáticas: a)Apoiar a agenda nacional de trabalho decente por meio do fortalecimen- to do seu comitê executivo e da efetivação de suas ações. Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego b)Fortalecer programas de geração de emprego, ampliando progressiva- mente o nível de ocupação e priorizando a população de baixa renda e os Estados com elevados índices de emigração. Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego c)Ampliar programas de economia solidária, mediante políticas integra- das, como alternativa de geração de trabalho e renda, e de inclusão social, priorizando os jovens das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 53 Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desen- volvimento Social e Combate à Fome d)Criar programas de formação, qualificação e inserção profissional e de geração de emprego e renda para jovens, população em situação de rua e população de baixa renda. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desen- volvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Educação e)Integrar as ações de qualificação profissional às atividades produtivas executadas com recursos públicos, como forma de garantir a inserção no mercado de trabalho. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desen- volvimento Social e Combate à Fome f)Criar programas de formação e qualificação profissional para pescadores artesanais, industriais e aquicultores familiares. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Pesca e Aquicultura g)Combater as desigualdades salariais baseadas em diferenças de gênero, raça, etnia e das pessoas com deficiência. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República h)Acompanhar a implementação do Programa Nacional de Ações Afirma- tivas, instituído pelo Decreto no 4.228/2002, no âmbito da administração pública federal, direta e indireta, com vistas à realização de metas percentu- ais da ocupação de cargos comissionados pelas mulheres, população negra e pessoas com deficiência. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República i)Realizar campanhas envolvendo a sociedade civil organizada sobre pa- ternidade responsável, bem como ampliar a licença-paternidade, como forma GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 54 de contribuir para a corresponsabilidade e para o combate ao preconceito quanto à inserção das mulheres no mercado de trabalho. Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Pre- sidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego j)Elaborar diagnósticos com base em ações judiciais que envolvam atos de assédio moral, sexual e psicológico, com apuração de denúncias de desres- peito aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, visando orientar ações de combate à discriminação e abuso nas relações de trabalho. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Se- cretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República k)Garantir a igualdade de direitos das trabalhadoras e trabalhadores do- mésticos com os dos demais trabalhadores. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Previ- dência Social l)Promover incentivos a empresas para que empreguem os egressos do sistema penitenciário. Responsáveis: Ministério da Fazenda; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Justiça m)Criar cadastro nacional e relatório periódico de empregabilidade de egressos do sistema penitenciário. Responsável: Ministério da Justiça n)Garantir os direitos trabalhistas e previdenciários de profissionais do sexo por meio da regulamentação de sua profissão. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 55 - Objetivo estratégico VII: - Combate e prevenção ao trabalho escravo. Ações programáticas: a)Promover a efetivação do Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Apoiar a coordenação e implementação de planos estaduais, distrital e municipais para erradicação do trabalho escravo. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Monitorar e articular o trabalho das comissões estaduais, distrital e mu- nicipais para a erradicação do trabalho escravo. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República d)Apoiar a alteração da Constituição para prever a expropriação dos imó- veis rurais e urbanos nos quais forem encontrados trabalhadores reduzidos à condição análoga a de escravos. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e)Identificar periodicamente as atividades produtivas em que há ocorrên- cia de trabalho escravo adulto e infantil. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República f)Propor marco legal e ações repressivas para erradicar a intermediação ilegal de mão de obra. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 56 Responsáveis: Ministério do Trabalhoe Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políti- cas de Promoção da Igualdade Racial g)Promover a destinação de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para capacitação técnica e profissionalizante de trabalhadores rurais e de povos e comunidades tradicionais, como medida preventiva ao trabalho escravo, assim como para implementação de política de reinserção social dos libertados da condição de trabalho escravo. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República h)Atualizar e divulgar semestralmente o cadastro de empregadores que utilizaram mão de obra escrava. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico VIII: Promoção do direito à cultura, lazer e esporte como elementos formadores de cidadania. Ações programáticas: a)Ampliar programas de cultura que tenham por finalidade planejar e im- plementar políticas públicas para a proteção e promoção da diversidade cul- tural brasileira, em formatos acessíveis. Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério do Esporte b)Elaborar programas e ações de cultura que considerem os formatos acessíveis, as demandas e as características específicas das diferentes faixas etárias e dos grupos sociais. Responsável: Ministério da Cultura GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 57 c)Fomentar políticas públicas de esporte e lazer, considerando as diversida- des locais, de forma a atender a todas as faixas etárias e aos grupos sociais. Responsável: Ministério do Esporte d)Elaborar inventário das línguas faladas no Brasil. Responsável: Ministério da Cultura e)Ampliar e desconcentrar os pólos culturais e pontos de cultura para ga- rantir o acesso das populações de regiões periféricas e de baixa renda. Responsável: Ministério da Cultura f)Fomentar políticas públicas de formação em esporte e lazer, com foco na intersetorialidade, na ação comunitária na intergeracionalidade e na diversi- dade cultural. Responsável: Ministério do Esporte g)Ampliar o desenvolvimento de programas de produção audiovisual, mu- sical e artesanal dos povos indígenas. Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça h)Assegurar o direito das pessoas com deficiência e em sofrimento mental de participarem da vida cultural em igualdade de oportunidade com as demais, e de desenvolver e utilizar o seu potencial criativo, artístico e intelectual. Responsáveis: Ministério do Esporte; Ministério da Cultura; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República i)Fortalecer e ampliar programas que contemplem participação dos idosos nas atividades de esporte e lazer. Responsáveis: Ministério do Esporte; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República j)Potencializar ações de incentivo ao turismo para pessoas idosas. Responsáveis: Ministério do Turismo; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 58 Objetivo estratégico IX: Garantia da participação igualitária e acessível na vida política. Ações programáticas: a)Apoiar campanhas para promover a ampla divulgação do direito ao voto e participação política de homens e mulheres, por meio de campanhas infor- mativas que garantam a escolha livre e consciente. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República b)Apoiar o combate ao crime de captação ilícita de sufrágio, inclusive com campanhas de esclarecimento e conscientização dos eleitores. Responsável: Ministério da Justiça c)Apoiar os projetos legislativos para o financiamento público de campa- nhas eleitorais. Responsável: Ministério da Justiça d)Garantir acesso irrestrito às zonas eleitorais por meio de transporte pú- blico e acessível e apoiar a criação de zonas eleitorais em áreas de difícil acesso. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades e)Promover junto aos povos indígenas ações de educação e capacitação sobre o sistema político brasileiro. Responsável: Ministério da Justiça f)Apoiar ações de formação política das mulheres em sua diversidade étni- co-racial, estimulando candidaturas e votos de mulheres em todos os níveis. Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presi- dência da República g)Garantir e estimular a plena participação das pessoas com deficiência no ato do sufrágio, seja como eleitor ou candidato, assegurando os mecanismos de acessibilidade necessários, inclusive a modalidade do voto assistido. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 59 Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma não discriminatória, asse- gurando seu direito de opinião e participação. Objetivo estratégico I: Proteger e garantir os direitos de crianças e adolescentes por meio da consolidação das diretrizes nacionais do ECA, da Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU. Ações programáticas: a)Formular plano de médio prazo e decenal para a política nacional de pro- moção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Desenvolver e implementar metodologias de acompanhamento e ava- liação das políticas e planos nacionais referentes aos direitos de crianças e adolescentes. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Elaborar e implantar sistema de coordenação da política dos direitos da criança e do adolescente em todos os níveis de governo, para atender às re- comendações do Comitê sobre Direitos da Criança, dos relatores especiais e do Comitê sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 60 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores d)Criar sistema nacional de coleta de dados e monitoramento junto aos Municípios, Estados e Distrito Federal acerca do cumprimento das obrigações da Convenção dos Direitos da Criança da ONU. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e)Assegurar a opinião das crianças e dos adolescentes que estiverem ca- pacitados a formular seus próprios juízos, conforme o disposto no artigo 12 da Convenção sobre os Direitos da Criança, na formulação das políticas pú- blicas voltadas para estes segmentos, garantindo sua participação nas confe- rências dos direitos das crianças e dos adolescentes. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico II: Consolidar o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Ado- lescentes, com o fortalecimento do papel dos Conselhos Tutelares e de Direitos. Ações programáticas: a)Apoiar a universalização dos Conselhos Tutelares e de Direitos em todos os Municípios e no Distrito Federal, e instituir parâmetros nacionais que orien- tem o seu funcionamento. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Implantar escolasde conselhos nos Estados e no Distrito Federal, com vistas a apoiar a estruturação e qualificação da ação dos Conselhos Tutelares e de Direitos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 61 Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Apoiar a capacitação dos operadores do sistema de garantia dos direitos para a proteção dos direitos e promoção do modo de vida das crianças e ado- lescentes indígenas, afrodescendentes e comunidades tradicionais, contem- plando ainda as especificidades da população infanto-juvenil com deficiência. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça d)Fomentar a criação de instâncias especializadas e regionalizadas do sis- tema de justiça, de segurança e defensorias públicas, para atendimento de crianças e adolescentes vítimas e autores de violência. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça e)Desenvolver mecanismos que viabilizem a participação de crianças e adolescentes no processo das conferências dos direitos, nos conselhos de di- reitos, bem como nas escolas, nos tribunais e nos procedimentos judiciais e administrativos que os afetem. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República f)Estimular a informação às crianças e aos adolescentes sobre seus direi- tos, por meio de esforços conjuntos na escola, na mídia impressa, na televi- são, no rádio e na Internet. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 62 Objetivo estratégico III: Proteger e defender os direitos de crianças e adolescentes com maior vulnerabilidade. Ações programáticas: a)Promover ações educativas para erradicação da violência na família, na es- cola, nas instituições e na comunidade em geral, implementando as recomenda- ções expressas no Relatório Mundial de Violência contra a Criança da ONU. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Desenvolver programas nas redes de assistência social, de educação e de saúde para o fortalecimento do papel das famílias em relação ao desenvol- vimento infantil e à disciplina não violenta. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Saúde c)Propor marco legal para a abolição das práticas de castigos físicos e cor- porais contra crianças e adolescentes. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça d)Implantar sistema nacional de registro de ocorrência de violência es- colar, incluindo as práticas de violência gratuita e reiterada entre estudantes (bullying), adotando formulário unificado de registro a ser utilizado por todas as escolas. Responsável: Ministério da Educação e)Apoiar iniciativas comunitárias de mobilização de crianças e adolescen- tes em estratégias preventivas, com vistas a minimizar sua vulnerabilidade em contextos de violência. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 63 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério do Esporte; Ministério do Turismo f)Extinguir os grandes abrigos e eliminar a longa permanência de crianças e adolescentes em abrigamento, adequando os serviços de acolhimento aos parâmetros aprovados pelo CONANDA e CNAS. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome g)Fortalecer as políticas de apoio às famílias para a redução dos índices de abandono e institucionalização, com prioridade aos grupos familiares de crianças com deficiências. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome h)Ampliar a oferta de programas de famílias acolhedoras para crianças e adolescentes em situação de violência, com o objetivo de garantir que esta seja a única opção para crianças retiradas do convívio com sua família de ori- gem na primeira infância. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome i)Estruturar programas de moradia coletivas para adolescentes e jovens egressos de abrigos institucionais. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome j)Fomentar a adoção legal, por meio de campanhas educativas, em conso- nância com o ECA e com acordos internacionais. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores k)Criar serviços e aprimorar metodologias para identificação e localização de crianças e adolescentes desaparecidos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República l)Exigir em todos os projetos financiados pelo Governo Federal a adoção de estratégias de não discriminação de crianças e adolescentes em razão de GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 64 classe, raça, etnia, crença, gênero, orientação sexual, identidade de gênero, deficiência, prática de ato infracional e origem. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República m)Reforçar e centralizar os mecanismos de coleta e análise sistemática de dados desagregados da infância e adolescência, especialmente sobre os gru- pos em situação de vulnerabilidade, historicamente vulnerabilizados, vítimas de discriminação, de abuso e de negligência. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República n)Estruturar rede de canais de denúncias (Disques) de violência contra crianças e adolescentes, integrada aos Conselhos Tutelares. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República o)Estabelecer instrumentos para combater a discriminação religiosa sofri- da por crianças e adolescentes. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico IV: Enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Ações programáticas: a)Revisar o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, em consonância com as recomendações do III Con- gresso Mundial sobre o tema. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 65 b)Ampliar o acesso e qualificar os programas especializados em saúde, educação e assistência social, no atendimento a crianças e adolescentes víti- mas de violência sexual e de suas famílias Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria Especial dos Direi- tos Humanos da Presidência da República c)Desenvolver protocolos unificados de atendimento psicossocial e jurídico a vítimas de violência sexual. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presi- dência da República d)Desenvolver ações específicas para combate à violência e à exploraçãosexual de crianças e adolescentes em situação de rua. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. e)Estimular a responsabilidade social das empresas para ações de en- frentamento da exploração sexual e de combate ao trabalho infantil em suas organizações e cadeias produtivas. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Turismo; f)Combater a pornografia infanto-juvenil na Internet, por meio do forta- lecimento do Hot Line Federal e da difusão de procedimentos de navegação segura para crianças, adolescentes, famílias e educadores. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Ministério da Educação GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 66 Objetivo estratégico V: Garantir o atendimento especializado a crianças e adolescentes em sofrimento psíquico e dependência química. Ações programáticas: a)Universalizar o acesso a serviços de saúde mental para crianças e ado- lescentes em cidades de grande e médio porte, incluindo a garantia de reta- guarda para as unidades de internação socioeducativa. Responsável: Ministério da Saúde b)Fortalecer políticas de saúde que contemplem programas de desintoxi- cação e redução de danos em casos de dependência química. Responsável: Ministério da Saúde Objetivo estratégico VI: Erradicação do trabalho infantil em todo o território nacional. Ações programáticas: a)Erradicar o trabalho infantil, por meio das ações intersetoriais no Gover- no Federal, com ênfase no apoio às famílias e educação em tempo integral. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Educa- ção; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Fomentar a implantação da Lei de Aprendizagem (Lei no 10.097/2000), mobilizando empregadores, organizações de trabalhadores, inspetores de trabalho, Judiciário, organismos internacionais e organizações não governa- mentais. Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 67 c)Desenvolver pesquisas, campanhas e relatórios periódicos sobre o tra- balho infantil, com foco em temas e públicos que requerem abordagens es- pecíficas, tais como agricultura familiar, trabalho doméstico, trabalho de rua. Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério do Desen- volvimento Agrário; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Mi- nistério da Justiça Objetivo estratégico VII: Implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Ações programáticas: a)Elaborar e implementar um plano nacional socioeducativo e sistema de avaliação da execução das medidas daquele sistema, com divulgação anual de seus resultados e estabelecimento de metas, de acordo com o estabeleci- do no ECA. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Implantar módulo específico de informações para o sistema nacional de atendimento educativo junto ao Sistema de Informação para a Infância e Adolescência, criando base de dados unificada que inclua as varas da infância e juventude, as unidades de internação e os programas municipais em meio aberto. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Implantar centros de formação continuada para os operadores do siste- ma socioeducativo em todos os Estados e no Distrito Federal. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 68 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome d)Desenvolver estratégias conjuntas com o sistema de justiça, com vistas ao estabelecimento de regras específicas para a aplicação da medida de pri- vação de liberdade em caráter excepcional e de pouca duração. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e)Apoiar a expansão de programas municipais de atendimento socioedu- cativo em meio aberto. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República f)Apoiar os Estados e o Distrito Federal na implementação de programas de atendimento ao adolescente em privação de liberdade, com garantia de escolarização, atendimento em saúde, esporte, cultura e educação para o trabalho, condicionando a transferência voluntária de verbas federais à obser- vância das diretrizes do plano nacional. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Saúde; Ministério do Es- porte; Ministério da Cultura; Ministério do Trabalho e Emprego g)Garantir aos adolescentes privados de liberdade e suas famílias infor- mação sobre sua situação legal, bem como acesso à defesa técnica durante todo o período de cumprimento da medida socioeducativa. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça h)Promover a transparência das unidades de internação de adolescentes em conflito com a lei, garantindo o contato com a família e a criação de co- missões mistas de inspeção e supervisão. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 69 i)Fomentar a desativação dos grandes complexos de unidades de interna- ção, por meio do apoio à reforma e construção de novas unidades alinhadas aos parâmetros estabelecidos no SINASE e no ECA, em especial na observân- cia da separação por sexo, faixa etária e compleição física. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República j)Desenvolver campanhas de informação sobre o adolescente em conflito com a lei, defendendo a não redução da maioridade penal. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República k)Estabelecer parâmetros nacionais para a apuração administrativa de possíveis violações dos direitos e casos de tortura em adolescentes privados de liberdade, por meio de sistema independente e de tramitação ágil. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais. Objetivo estratégico I: Igualdade e proteção dos direitos das populações negras, histori- camente afetadas pela discriminação e outras formas de intolerância. Ações programáticas: a)Apoiar, junto ao Poder Legislativo, a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial. Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 70 b)Promover ações articuladas entre as políticas de educação, cultura, saú- de e de geração de emprego e renda, visando incidir diretamente na qualida- de de vida da população negra e no combate à violência racial. Responsáveis: Secretaria Especialde Políticas de Promoção da Igual- dade Racial da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Saúde c)Elaborar programas de combate ao racismo institucional e estrutural, implementando normas administrativas e legislação nacional e internacional. Responsável: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República d)Realizar levantamento de informações para produção de relatórios peri- ódicos de acompanhamento das políticas contra a discriminação racial, con- tendo, entre outras, informações sobre inclusão no sistema de ensino (básico e superior), inclusão no mercado de trabalho, assistência integrada à saúde, número de violações registradas e apuradas, recorrências de violações, e da- dos populacionais e de renda. Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e)Analisar periodicamente os indicadores que apontam desigualdades vi- sando à formulação e implementação de políticas públicas afirmativas que valorizem a promoção da igualdade racial. Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Minis- tério da Saúde f)Fortalecer a integração das políticas públicas em todas as comunidades remanescentes de quilombos localizadas no território brasileiro. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 71 Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualda- de Racial da Presidência da República; Ministério da Cultura g)Fortalecer os mecanismos existentes de reconhecimento das comunida- des quilombolas como garantia dos seus direitos específicos. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Cul- tura; Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial da Pre- sidência da República h)Fomentar programas de valorização do patrimônio cultural das popula- ções negras. Responsável: Ministério da Cultura; Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República i)Assegurar o resgate da memória das populações negras, mediante a pu- blicação da história de resistência e resgate de tradições das populações das diásporas. Responsável: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República Objetivo estratégico II: Garantia aos povos indígenas da manutenção e resgate das con- dições de reprodução, assegurando seus modos de vida. Ações programáticas: a)Assegurar a integridade das terras indígenas para proteger e promover o modo de vida dos povos indígenas. Responsável: Ministério da Justiça b)Proteger os povos indígenas isolados e de recente contato para garantir sua reprodução cultural e etnoambiental. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 72 c)Aplicar os saberes dos povos indígenas e das comunidades tradicionais na elaboração de políticas públicas, respeitando a Convenção no 169 da OIT. Responsável: Ministério da Justiça d)Apoiar projetos de lei com objetivo de revisar o Estatuto do Índio com base no texto constitucional de 1988 e na Convenção no 169 da OIT. Responsável: Ministério da Justiça e)Elaborar relatório periódico de acompanhamento das políticas indige- nistas que contemple dados sobre os processos de demarcações das terras indígenas, dados sobre intrusões e conflitos territoriais, inclusão no sistema de ensino (básico e superior), assistência integrada à saúde, número de viola- ções registradas e apuradas, recorrências de violações e dados populacionais. Responsável: Ministério da Justiça f)Proteger e promover os conhecimentos tradicionais e medicinais dos po- vos indígenas. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde g)Implementar políticas de proteção do patrimônio dos povos indígenas, por meio dos registros material e imaterial, mapeando os sítios históricos e arqueológicos, a cultura, as línguas e a arte. Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça h)Promover projetos e pesquisas para resgatar a história dos povos indí- genas. Responsável: Ministério da Justiça i)Promover ações culturais para o fortalecimento da educação escolar dos povos indígenas, estimulando a valorização de suas próprias formas de pro- dução do conhecimento. Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça j)Garantir o acesso à educação formal pelos povos indígenas, bilíngues e com adequação curricular formulada com a participação de representantes das etnias indigenistas e especialistas em educação. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 73 k)Assegurar o acesso e permanência da população indígena no ensino supe- rior, por meio de ações afirmativas e respeito à diversidade étnica e cultural. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação l)Adotar medidas de proteção dos direitos das crianças indígenas nas re- des de ensino, saúde e assistência social, em consonância com a promoção dos seus modos de vida. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria Especial dos Direi- tos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico III: Garantia dos direitos das mulheres para o estabelecimento das condições necessárias para sua plena cidadania. Ações programáticas: a)Desenvolver ações afirmativas que permitam incluir plenamente as mulhe- res no processo de desenvolvimento do País, por meio da promoção da sua au- tonomia econômica e de iniciativas produtivas que garantam sua independência. Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presi- dência da República b)Incentivar políticas públicas e ações afirmativas para a participação igualitária, plural e multirracial das mulheres nos espaços de poder e decisão. Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presi- dência da República c)Elaborar relatório periódico de acompanhamento das políticas para mu- lheres com recorte étnico-racial, que contenha dados sobre renda, jornada e ambiente de trabalho, ocorrências de assédio moral, sexual e psicológico, ocorrências de violências contra a mulher, assistência à saúde integral, dados reprodutivos, mortalidade materna e escolarização. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 74 Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presi- dência da República d)Divulgar os instrumentos legais de proteção às mulheres, nacionais e internacionais, incluindo sua publicação em formatos acessíveis, como braile, CD de áudio e demais tecnologias assistivas. Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presi- dência da República e)Ampliar o financiamento de abrigos para mulheres em situação de vul- nerabilidade, garantindo plena acessibilidade. Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presi- dência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome f)Propor tratamento preferencial de atendimento às mulheresem situação de violência doméstica e familiar nos Conselhos Gestores do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e junto ao Fundo de Desenvolvimento Social. Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Pre- sidência da República; Ministério das Cidades; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome g)Apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, consi- derando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos. g) Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde. (Redação dada pelo Decreto n. 7.177, de 2010) Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Justiça h)Realizar campanhas e ações educativas para desconstruir os estereóti- pos relativos às profissionais do sexo. Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presi- dência da República http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 75 Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade. Objetivo estratégico I: Afirmação da diversidade para construção de uma sociedade igualitária. Ações programáticas: a)Realizar campanhas e ações educativas para desconstrução de estere- ótipos relacionados com diferenças étnico-raciais, etárias, de identidade e orientação sexual, de pessoas com deficiência, ou segmentos profissionais socialmente discriminados. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidên- cia da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Cultura b)Incentivar e promover a realização de atividades de valorização da cul- tura das comunidades tradicionais, entre elas ribeirinhos, extrativistas, que- bradeiras de coco, pescadores artesanais, seringueiros, geraizeiros, varzan- teiros, pantaneiros, comunidades de fundo de pasto, caiçaras e faxinalenses. Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério do Desenvolvimento So- cial e Combate à Fome; Ministério do Esporte c)Fomentar a formação e capacitação em Direitos Humanos, como meio de resgatar a autoestima e a dignidade das comunidades tradicionais, rurais e urbanas. Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igual- dade Racial da Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da Cultura d)Apoiar políticas de acesso a direitos para a população cigana, valorizan- do seus conhecimentos e cultura. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 76 e)Apoiar e valorizar a associação das mulheres quebradeiras de coco, pro- tegendo e promovendo a continuidade de seu trabalho extrativista. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome f)Elaborar relatórios periódicos de acompanhamento das políticas dire- cionadas às populações e comunidades tradicionais, que contenham, entre outras, informações sobre população estimada, assistência integrada à saú- de, número de violações registradas e apuradas, recorrência de violações, lideranças ameaçadas, dados sobre acesso à moradia, terra e território e conflitos existentes. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Secretaria Es- pecial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da Repú- blica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico II: Proteção e promoção da diversidade das expressões culturais como Direito Humano. Ações programáticas: a)Promover ações de afirmação do direito à diversidade das expressões culturais, garantindo igual dignidade e respeito para todas as culturas. Responsável: Ministério da Cultura b)Incluir nos instrumentos e relatórios de políticas culturais a temática dos Direitos Humanos. Responsável: Ministério da Cultura GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 77 Objetivo estratégico III: Valorização da pessoa idosa e promoção de sua participação na sociedade. Ações programáticas: a)Promover a inserção, a qualidade de vida e a prevenção de agravos aos idosos, por meio de programas que fortaleçam o convívio familiar e comuni- tário, garantindo o acesso a serviços, ao lazer, à cultura e à atividade física, de acordo com sua capacidade funcional. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério do Esporte b)Apoiar a criação de centros de convivência e desenvolver ações de valo- rização e socialização da pessoa idosa nas zonas urbanas e rurais. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura c)Fomentar programas de voluntariado de pessoas idosas, visando valo- rizar e reconhecer sua contribuição para o desenvolvimento e bem-estar da comunidade. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República d)Desenvolver ações que contribuam para o protagonismo da pessoa ido- sa na escola, possibilitando sua participação ativa na construção de uma nova percepção intergeracional. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e)Potencializar ações com ênfase no diálogo intergeracional, valorizando o conhecimento acumulado das pessoas idosas. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 78 f)Desenvolver ações intersetoriais para capacitação continuada de cuida- dores de pessoas idosas. Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Cultura g)Desenvolver política de humanização do atendimento ao idoso, princi- palmente em instituições de longa permanência. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura h)Elaborar programas de capacitação para os operadores dos direitos da pessoa idosa. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. i)Elaborar relatório periódico de acompanhamento das políticas para pes- soas idosas que contenha informações sobre os Centros Integrados de Aten- ção a Prevenção à Violência, tais como: quantidade existente; sua partici- pação no financiamento público; sua inclusão nos sistemas de atendimento; número de profissionais capacitados; pessoas idosas atendidas; proporção dos casos com resoluções; taxa de reincidência; pessoas idosas seguradas e aposentadas; famílias providas por pessoas idosas; pessoas idosas em abri- gos; pessoas idosas em situação de rua; principal fonte de renda dos idosos; pessoas idosas atendidas, internadas e mortas por violência ou maus-tratos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério da Previdência Social; Ministé- rio da Justiça; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 79 Objetivo estratégico IV: Promoção e proteção dos direitos das pessoas com deficiência e garantia da acessibilidade igualitária. Ações programáticas: a)Garantir às pessoas com deficiência iguale efetiva proteção legal contra a discriminação. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça b)Garantir salvaguardas apropriadas e efetivas para prevenir abusos a pessoas com deficiência e pessoas idosas. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Assegurar o cumprimento do Decreto de Acessibilidade (Decreto no 5.296/2004), que garante a acessibilidade pela adequação das vias e pas- seios públicos, semáforos, mobiliários, habitações, espaços de lazer, trans- portes, prédios públicos, inclusive instituições de ensino, e outros itens de uso individual e coletivo. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério das Cidades d)Garantir recursos didáticos e pedagógicos para atender às necessidades educativas especiais. Responsável: Ministério da Educação e)Disseminar a utilização dos sistemas braile, tadoma, escrita de sinais e li- bras tátil para inclusão das pessoas com deficiência em todo o sistema de ensino. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação f)Instituir e implementar o ensino da Língua Brasileira de Sinais como dis- ciplina curricular facultativa. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 80 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação g)Propor a regulamentação das profissões relativas à implementação da acessibilidade, tais como: instrutor de Libras, guia-intérprete, tradutor-intér- prete, transcritor, revisor e ledor da escrita braile e treinadores de cães-guia. Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego h)Elaborar relatórios sobre os Municípios que possuam frota adaptada para subsidiar o processo de monitoramento do cumprimento e implementação da legislação de acessibilidade. Responsáveis: Ministério das Cidades; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico V: Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero. Ações programáticas: a)Desenvolver políticas afirmativas e de promoção de cultura de respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero, favorecendo a visibilidade e o reconhecimento social. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Apoiar projeto de lei que disponha sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça c)Promover ações voltadas à garantia do direito de adoção por casais ho- moafetivos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 81 Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República d)Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público to- das as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade. Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e)Desenvolver meios para garantir o uso do nome social de travestis e transexuais. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República f)Acrescentar campo para informações sobre a identidade de gênero dos pacientes nos prontuários do sistema de saúde. Responsável: Ministério da Saúde g)Fomentar a criação de redes de proteção dos Direitos Humanos de Lésbi- cas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), principalmente a partir do apoio à implementação de Centros de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia e de núcleos de pesquisa e promoção da cidadania daquele segmento em universidades públicas. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República h)Realizar relatório periódico de acompanhamento das políticas contra discriminação à população LGBT, que contenha, entre outras, informações sobre inclusão no mercado de trabalho, assistência à saúde integral, número de violações registradas e apuradas, recorrências de violações, dados popu- lacionais, de renda e conjugais. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 82 Objetivo estratégico VI: Respeito às diferentes crenças, liberdade de culto e garantia da laicidade do Estado. Ações programáticas: a)Instituir mecanismos que assegurem o livre exercício das diversas prá- ticas religiosas, assegurando a proteção do seu espaço físico e coibindo ma- nifestações de intolerância religiosa. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Cultura; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Promover campanhas de divulgação sobre a diversidade religiosa para disseminar cultura da paz e de respeito às diferentes crenças. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura; Secretaria Especial de Políticas de Pro- moção da Igualdade Racial da Presidência da República c)Desenvolver mecanismos para impedir a ostentação de símbolos reli- giosos em estabelecimentos públicos da União. (Revogado pelo Decreto n. 7.177, de 2010) Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (Revogado pelo Decreto n. 7.177, de 2010) d)Estabelecer o ensino da diversidade e história das religiões, inclusive as derivadas de matriz africana, na rede pública de ensino, com ênfase no reco- nhecimento das diferenças culturais, promoção da tolerância e na afirmação da laicidade do Estado. Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e)Realizar relatório sobre pesquisas populacionais relativas a práticas re- ligiosas, que contenha, entre outras, informações sobre número de religiões praticadas, proporção de pessoas distribuídas entre as religiões, proporção de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art7 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 83 pessoas que já trocaram de religião, número de pessoas religiosas não prati- cantes e número de pessoas sem religião. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência Por muito tempo, alguns segmentos da militância em Direitos Humanos mantiveram-se distantes do debate sobre as políticas públicas de segurança no Brasil. No processo de consolidação da democracia, por diferentes razões, movimentos sociais e entidades manifestaram dificuldade no tratamento do tema. Na base dessa dificuldade, estavam a memória dos enfrentamentos com o aparato repressivo ao longo de duas décadas de regime ditatorial, a postura violenta vigente, muitas vezes, em órgãos de segurança pública, a percepção do crime e da violência como meros subprodutos de uma ordem social injusta a ser transformada em seus próprios fundamentos. Distanciamento análogo ocorreu nas universidades, que, com poucas ex- ceções,não se debruçaram sobre o modelo de polícia legado ou sobre os desafios da segurança pública. As polícias brasileiras, nos termos de sua tra- dição institucional, pouco aproveitaram da reflexão teórica e dos aportes ofe- recidos pela criminologia moderna e demais ciências sociais, já disponíveis há algumas décadas às polícias e aos gestores de países desenvolvidos. A cultura arraigada de rejeitar as evidências acumuladas pela pesquisa e pela experiência de reforma das polícias no mundo era a mesma que expressava nostalgia de um passado de ausência de garantias individuais, e que identifi- cava na ideia dos Direitos Humanos não a mais generosa entre as promessas construídas pela modernidade, mas uma verdadeira ameaça. Estavam postas as condições históricas, políticas e culturais para que hou- vesse um fosso aparentemente intransponível entre os temas da segurança pública e os Direitos Humanos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 84 Nos últimos anos, contudo, esse processo de estranhamento mútuo pas- sou a ser questionado. De um lado, articulações na sociedade civil assumiram o desafio de repensar a segurança pública a partir de diálogos com especia- listas na área, policiais e gestores. De outro, começaram a ser implantadas as primeiras políticas públicas buscando caminhos alternativos de redução do crime e da violência, a partir de projetos centrados na prevenção e influen- ciados pela cultura de paz. A proposição do Sistema Único de Segurança Pública, a modernização de parte das nossas estruturas policiais e a aprovação de novos regimentos e leis orgânicas das polícias, a consciência crescente de que políticas de segu- rança pública são realidades mais amplas e complexas do que as iniciativas possíveis às chamadas “forças da segurança”, o surgimento de nova geração de policiais, disposta a repensar práticas e dogmas e, sobretudo, a cobrança da opinião pública e a maior fiscalização sobre o Estado, resultante do pro- cesso de democratização, têm tornado possível a construção de agenda de reformas na área. O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e os investimentos já realizados pelo Governo Federal na montagem de rede na- cional de altos estudos em segurança pública, que têm beneficiado milhares de policiais em cada Estado, simbolizam, ao lado do processo de debates da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, acúmulos históricos significa- tivos, que apontam para novas e mais importantes mudanças. As propostas elencadas neste eixo orientador do PNDH-3 articulam-se com tal processo histórico de transformação e exigem muito mais do que já foi alcançado. Para tanto, parte-se do pressuposto de que a realidade brasi- leira segue sendo gravemente marcada pela violência e por severos impasses estruturais na área da segurança pública. Problemas antigos, como a ausência de diagnósticos, de planejamento e de definição formal de metas, a desvalorização profissional dos policiais e dos agentes penitenciários, o desperdício de recursos e a consagração de privilé- GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 85 gios dentro das instituições, as práticas de abuso de autoridade e de violência policial contra grupos vulneráveis e a corrupção dos agentes de segurança pública, demandam reformas tão urgentes quanto profundas. As propostas sistematizadas no PNDH-3 agregam, nesse contexto, as con- tribuições oferecidas pelo processo da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos e avançam também sobre temas que não foram objeto de debate, trazendo para o PNDH-3 parte do acúmulo crítico que tem sido proposto ao País pelos especialistas e pesquisadores da área. Em linhas gerais, o PNDH-3 aponta para a necessidade de ampla reforma no modelo de polícia e propõe o aprofundamento do debate sobre a implan- tação do ciclo completo de policiamento às corporações estaduais. Prioriza transparência e participação popular, instando ao aperfeiçoamento das esta- tísticas e à publicação de dados, assim como à reformulação do Conselho Na- cional de Segurança Pública. Contempla a prevenção da violência e da crimi- nalidade como diretriz, ampliando o controle sobre armas de fogo e indicando a necessidade de profissionalização da investigação criminal. Com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária, confere atenção especial ao estabelecimento de procedimentos operacionais padronizados, que previnam as ocorrências de abuso de auto- ridade e de violência institucional, e confiram maior segurança a policiais e agentes penitenciários. Reafirma a necessidade de criação de ouvidorias in- dependentes em âmbito federal e, inspirado em tendências mais modernas de policiamento, estimula as iniciativas orientadas por resultados, o desen- volvimento do policiamento comunitário e voltado para a solução de proble- mas, elencando medidas que promovam a valorização dos trabalhadores em segurança pública. Contempla, ainda, a criação de sistema federal que inte- gre os atuais sistemas de proteção a vítimas e testemunhas, defensores de Direitos Humanos e crianças e adolescentes ameaçados de morte. Também como diretriz, o PNDH-3 propõe profunda reforma da Lei de Exe- cução Penal que introduza garantias fundamentais e novos regramentos para GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 86 superar as práticas abusivas, hoje comuns. E trata as penas privativas de liberdade como última alternativa, propondo a redução da demanda por en- carceramento e estimulando novas formas de tratamento dos conflitos, como as sugeridas pelo mecanismo da Justiça Restaurativa. Reafirma-se a centralidade do direito universal de acesso à Justiça, com a possibilidade de acesso aos tribunais por toda a população, com o fortaleci- mento das defensorias públicas e a modernização da gestão judicial, de modo a garantir respostas judiciais mais céleres e eficazes. Destacam-se, ainda, o direito de acesso à Justiça em matéria de conflitos agrários e urbanos e o ne- cessário estímulo aos meios de soluções pacíficas de controvérsias. O PNDH-3 apresenta neste eixo, fundamentalmente, propostas para que o Poder Público se aperfeiçoe no desenvolvimento de políticas públicas de pre- venção ao crime e à violência, reforçando a noção de acesso universal à Jus- tiça como direito fundamental, e sustentando que a democracia, os processos de participação e transparência, aliados ao uso de ferramentas científicas e à profissionalização das instituições e trabalhadores da segurança, assinalam os roteiros mais promissores para que o Brasil possa avançar no caminho da paz pública. Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública Objetivo estratégico I: Modernização do marco normativo do sistema de segurança pública. Ações programáticas: a)Propor alteração do texto constitucional, de modo a considerar as polí- cias militares não mais como forças auxiliares do Exército, mantendo-as ape- nas como força reserva. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 87 b)Propor a revisão da estrutura, treinamento, controle, emprego e regi- mentos disciplinares dos órgãos de segurança pública, de forma a potencia- lizar as suas funções de combate ao crime e proteção dos direitos de cidada- nia, bem como garantir que seus órgãos corregedores disponham de carreira própria, sem subordinação à direção das instituições policiais.Responsável: Ministério da Justiça c)Propor a criação obrigatória de ouvidorias de polícias independentes nos Estados e no Distrito Federal, com ouvidores protegidos por mandato e esco- lhidos com participação da sociedade. Responsável: Ministério da Justiça d)Assegurar a autonomia funcional dos peritos e a modernização dos ór- gãos periciais oficiais, como forma de incrementar sua estruturação, assegu- rando a produção isenta e qualificada da prova material, bem como o prin- cípio da ampla defesa e do contraditório e o respeito aos Direitos Humanos. Responsável: Ministério da Justiça e)Promover o aprofundamento do debate sobre a instituição do ciclo com- pleto da atividade policial, com competências repartidas pelas polícias, a par- tir da natureza e da gravidade dos delitos. Responsável: Ministério da Justiça f)Apoiar a aprovação do Projeto de Lei no 1.937/2007, que dispõe sobre o Sistema Único de Segurança Pública. Responsável: Ministério da Justiça Objetivo estratégico II: Modernização da gestão do sistema de segurança pública. Ações programáticas: a)Condicionar o repasse de verbas federais à elaboração e revisão peri- ódica de planos estaduais, distrital e municipais de segurança pública que GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 88 se pautem pela integração e pela responsabilização territorial da gestão dos programas e ações. Responsável: Ministério da Justiça b)Criar base de dados unificada que permita o fluxo de informações entre os diversos componentes do sistema de segurança pública e a Justiça criminal. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República c)Redefinir as competências e o funcionamento da Inspetoria-Geral das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Defesa Objetivo estratégico III: Promoção dos Direitos Humanos dos profissionais do sistema de segurança pública, assegurando sua formação continuada e compa- tível com as atividades que exercem. Ações programáticas: a)Proporcionar equipamentos para proteção individual efetiva para os pro- fissionais do sistema federal de segurança pública. Responsável: Ministério da Justiça b)Condicionar o repasse de verbas federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, à garantia da efetiva disponibilização de equipamentos de prote- ção individual aos profissionais do sistema nacional de segurança pública. Responsável: Ministério da Justiça c)Fomentar o acompanhamento permanente da saúde mental dos profis- sionais do sistema de segurança pública, mediante serviços especializados do sistema de saúde pública. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 89 d)Propor projeto de lei instituindo seguro para casos de acidentes in- capacitantes ou morte em serviço para os profissionais do sistema de se- gurança pública. Responsável: Ministério da Justiça; e)Garantir a reabilitação e reintegração ao trabalho dos profissionais do sistema de segurança pública federal, nos casos de deficiência adquirida no exercício da função. Responsável: Ministério da Justiça; Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal. Objetivo estratégico I: Publicação de dados do sistema federal de segurança pública. Ação programática a)Publicar trimestralmente estatísticas sobre: - Crimes registrados, inquéritos instaurados e concluídos, prisões efetu- adas, flagrantes registrados, operações realizadas, armas e entorpecentes apreendidos pela Polícia Federal em cada Estado da Federação; - Veículos abordados, armas e entorpecentes apreendidos e prisões efetu- adas pela Polícia Rodoviária Federal em cada Estado da Federação; - Presos provisórios e condenados sob custódia do sistema penitenciário federal e quantidade de presos trabalhando e estudando por sexo, idade e raça ou etnia; - Vitimização de policiais federais, policiais rodoviários federais, membros da Força Nacional de Segurança Pública e agentes penitenciários federais; - Quantidade e tipos de laudos produzidos pelos órgãos federais de perícia oficial. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 90 Objetivo estratégico II: Consolidação de mecanismos de participação popular na elaboração das políticas públicas de segurança. Ações programáticas: a)Reformular o Conselho Nacional de Segurança Pública, assegurando a participação da sociedade civil organizada em sua composição e garantindo sua articulação com o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Responsável: Ministério da Justiça b)Fomentar mecanismos de gestão participativa das políticas públicas de segurança, como conselhos e conferências, ampliando a Conferência Nacional de Segurança Pública. Responsável: Ministério da Justiça Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos. Objetivo estratégico I: Ampliação do controle de armas de fogo em circulação no País. Ações programáticas: a)Realizar ações permanentes de estímulo ao desarmamento da população. Responsável: Ministério da Justiça b)Propor reforma da legislação para ampliar as restrições e os requisitos para aquisição de armas de fogo por particulares e empresas de segurança privada. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 91 c)Propor alteração da legislação para garantir que as armas apreendidas em crimes que não envolvam disparo sejam inutilizadas imediatamente após a perícia. Responsável: Ministério da Justiça d)Registrar no Sistema Nacional de Armas todas as armas de fogo destruídas. Responsável: Ministério da Defesa Objetivo estratégico II: Qualificação da investigação criminal. Ações programáticas: a)Propor projeto de lei para alterar o procedimento do inquérito policial, de modo a admitir procedimentos orais gravados e transformar em peça ágil e eficiente de investigação criminal voltada à coleta de evidências. Responsável: Ministério da Justiça b)Fomentar o debate com o objetivo de unificar os meios de investigação e obtenção de provas e padronizar procedimentos de investigação criminal. Responsável: Ministério da Justiça c)Promover a capacitação técnica em investigação criminal para os profis- sionais dos sistemas estaduais de segurança pública. Responsável: Ministério da Justiça d)Realizar pesquisas para qualificação dos estudos sobre técnicas de in- vestigação criminal. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 92 Objetivo estratégico III: Produção de prova pericial com celeridade e procedimento padronizado. Ações programáticas: a)Propor regulamentação da perícia oficial. Responsável: Ministério da Justiça b)Propor projeto de lei para proporcionar autonomia administrativa e fun- cional dos órgãos periciais federais. Responsável: Ministério da Justiça c)Propor padronização de procedimentos e equipamentos a serem utiliza- dos pelas unidades periciais oficiais em todos os exames periciais criminalís- ticos e médico-legais. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República d)Desenvolver sistema de dados nacionalinformatizado para monitora- mento da produção e da qualidade dos laudos produzidos nos órgãos periciais. Responsável: Ministério da Justiça e)Fomentar parcerias com universidades para pesquisa e desenvolvimen- to de novas metodologias a serem implantadas nas unidades periciais. Responsável: Ministério da Justiça f)Promover e apoiar a educação continuada dos profissionais da perícia oficial, em todas as áreas, para a formação técnica e em Direitos Humanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 93 Objetivo estratégico IV: Fortalecimento dos instrumentos de prevenção à violência. Ações programáticas: a)Elaborar diretrizes para as políticas de prevenção à violência com o ob- jetivo de assegurar o reconhecimento das diferenças geracionais, de gênero, étnico-racial e de orientação sexual. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República b)Realizar anualmente pesquisas nacionais de vitimização. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República c)Fortalecer mecanismos que possibilitem a efetiva fiscalização de empre- sas de segurança privada e a investigação e responsabilização de policiais que delas participem de forma direta ou indireta. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República d)Desenvolver normas de conduta e fiscalização dos serviços de seguran- ça privados que atuam na área rural. Responsável: Ministério da Justiça e)Elaborar diretrizes para atividades de policiamento comunitário e poli- ciamento orientado para a solução de problemas, bem como catalogar e di- vulgar boas práticas dessas atividades. Responsável: Ministério da Justiça f)Elaborar diretrizes para atuação conjunta entre os órgãos de trânsito e os de segurança pública para reduzir a violência no trânsito. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 94 g)Realizar debate sobre o atual modelo de repressão e estimular a dis- cussão sobre modelos alternativos de tratamento do uso e tráfico de drogas, considerando o paradigma da redução de danos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Gabinete de Segurança Institucional; Ministério da Saúde Objetivo estratégico V: Redução da violência motivada por diferenças de gênero, raça ou etnia, idade, orientação sexual e situação de vulnerabilidade. Ações programáticas: a)Fortalecer a atuação da Polícia Federal no combate e na apuração de crimes contra os Direitos Humanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República b)Garantir aos grupos em situação de vulnerabilidade o conhecimento so- bre serviços de atendimento, atividades desenvolvidas pelos órgãos e ins- tituições de segurança e mecanismos de denúncia, bem como a forma de acioná-los. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Pro- moção da Igualdade Racial da Presidência da República c)Desenvolver e implantar sistema nacional integrado das redes de saúde, de assistência social e educação para a notificação de violência. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social e GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 95 Combate à Fome; Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República d)Promover campanhas educativas e pesquisas voltadas à prevenção da violência contra pessoas com deficiência, idosos, mulheres, indígenas, ne- gros, crianças, adolescentes, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, traves- tis e pessoas em situação de rua. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secre- taria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério do Turismo; Ministério do Esporte e)Fortalecer unidade especializada em conflitos indígenas na Polícia Fede- ral e garantir sua atuação conjunta com a FUNAI, em especial nos processos conflituosos de demarcação. Responsável: Ministério da Justiça f)Fomentar cursos de qualificação e capacitação sobre aspectos da cultu- ra tradicional dos povos indígenas e sobre legislação indigenista para todas as corporações policiais, principalmente para as polícias militares e civis es- pecialmente nos Estados e Municípios em que as aldeias indígenas estejam localizadas nas proximidades dos centros urbanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República g)Fortalecer mecanismos para combater a violência contra a população in- dígena, em especial para as mulheres indígenas vítimas de casos de violência psicológica, sexual e de assédio moral. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Secretaria Es- pecial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República h)Apoiar a implementação do pacto nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres de forma articulada com os planos estaduais de segurança pública e em conformidade com a Lei Maria da Penha (Lei no 11.340/2006). GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 96 Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Saúde; Secretaria Es- pecial dos Direitos Humanos da Presidência da República i)Avaliar o cumprimento da Lei Maria da Penha com base nos dados sobre tipos de violência, agressor e vítima. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República j)Fortalecer ações estratégicas de prevenção à violência contra jovens negros. Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualda- de Racial da Presidência da República; Ministério da Justiça k)Estabelecer política de prevenção de violência contra a população em situação de rua, incluindo ações de capacitação de policiais em Direitos Hu- manos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República l)Promover a articulação institucional, em conjunto com a sociedade civil, para implementar o Plano de Ação para o Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Saúde m)Fomentar a implantação do serviço de recebimento e encaminhamen- to de denúncias de violência contra a pessoa idosa em todas as unidades da Federação. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República n)Capacitar profissionais de educação e saúdepara identificar e notificar crimes e casos de violência contra a pessoa idosa e contra a pessoa com de- ficiência. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 97 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério da Educação o)Implementar ações de promoção da cidadania e Direitos Humanos das lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, com foco na prevenção à violência, garantindo redes integradas de atenção. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República Objetivo estratégico VI: Enfrentamento ao tráfico de pessoas. Ações programáticas: a)Desenvolver metodologia de monitoramento, disseminação e avaliação das metas do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, bem como construir e implementar o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Trá- fico de Pessoas. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Turismo; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presi- dência da República b)Estruturar, a partir de serviços existentes, sistema nacional de atendi- mento às vítimas do tráfico de pessoas, de reintegração e diminuição da vul- nerabilidade, especialmente de crianças, adolescentes, mulheres, transexuais e travestis. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 98 c)Implementar as ações referentes a crianças e adolescentes previstas na Política e no Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República d)Consolidar fluxos de encaminhamento e monitoramento de denúncias de casos de tráfico de crianças e adolescentes. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e)Revisar e disseminar metodologia para atendimento de crianças e ado- lescentes vítimas de tráfico. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República f)Fomentar a capacitação de técnicos da gestão pública, organizações não governamentais e representantes das cadeias produtivas para o enfrenta- mento ao tráfico de pessoas. Responsável: Ministério do Turismo g)Desenvolver metodologia e material didático para capacitar agentes pú- blicos no enfrentamento ao tráfico de pessoas. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Turismo; Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República h)Realizar estudos e pesquisas sobre o tráfico de pessoas, inclusive sobre exploração sexual de crianças e adolescentes. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Turismo; Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 99 Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na er- radicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária. Objetivo estratégico I: Fortalecimento dos mecanismos de controle do sistema de segurança pública. Ações programáticas: a)Criar ouvidoria de polícia com independência para exercer controle ex- terno das atividades das Polícias Federais e da Força Nacional de Segurança Pública, coordenada por um ouvidor com mandato. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República b)Fortalecer a Ouvidoria do Departamento Penitenciário Nacional, dotan- do-a de recursos humanos e materiais necessários ao desempenho de suas atividades, propondo sua autonomia funcional. Responsável: Ministério da Justiça c)Condicionar a transferência voluntária de recursos federais aos Estados e ao Distrito Federal ao plano de implementação ou à existência de ouvidorias de polícia e do sistema penitenciário, que atendam aos requisitos de coorde- nação por ouvidor com mandato, escolhidos com participação da sociedade civil e com independência para sua atuação. Responsável: Ministério da Justiça d)Elaborar projeto de lei para aperfeiçoamento da legislação processual penal, visando padronizar os procedimentos da investigação de ações poli- ciais com resultado letal. Responsável: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República e)Dotar as Corregedorias da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional de recursos humanos e materiais GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 100 suficientes para o desempenho de suas atividades, ampliando sua autonomia funcional. Responsável: Ministério da Justiça f)Fortalecer a inspetoria da Força Nacional de Segurança Pública e tornar obrigatória a publicação trimestral de estatísticas sobre procedimentos ins- taurados e concluídos e sobre o número de policiais desmobilizados. Responsável: Ministério da Justiça g)Publicar trimestralmente estatísticas sobre procedimentos instaurados e concluídos pelas Corregedorias da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Fe- deral, e sobre a quantidade de policiais infratores e condenados, por cargo e tipo de punição aplicada. Responsável: Ministério da Justiça h)Publicar trimestralmente informações sobre pessoas mortas e feridas em ações da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública. Responsável: Ministério da Justiça i)Criar sistema de rastreamento de armas e de veículos usados pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública, e fomentar a criação de sistema semelhante nos Estados e no Distrito Federal. Responsável: Ministério da Justiça Objetivo estratégico II: Padronização de procedimentos e equipamentos do sistema de segurança pública. Ações programáticas: a)Elaborar procedimentos operacionais padronizados para as forças poli- ciais federais, com respeito aos Direitos Humanos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 101 Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República b)Elaborar procedimentos operacionais padronizados sobre revistas aos visitantes de estabelecimentos prisionais, respeitando os preceitos dos Direi- tos Humanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República c)Elaborar diretrizes nacionais sobre uso da força e de armas de fogo pelas instituições policiais e agentes do sistema penitenciário. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República d)Padronizar equipamentos, armas, munições e veículos apropriados à atividade policial a serem utilizados pelas forças policiais da União, bem como aqueles financiados com recursosfederais nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República e)Disponibilizar para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e para a Força Nacional de Segurança Pública munição, tecnologias e armas de menor potencial ofensivo. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 102 Objetivo estratégico III: Consolidação de política nacional visando à erradicação da tortura e de outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. Ações programáticas: a)Elaborar projeto de lei visando a instituir o Mecanismo Preventivo Na- cional, sistema de inspeção aos locais de detenção para o monitoramento regular e periódico dos centros de privação de liberdade, nos termos do pro- tocolo facultativo à convenção da ONU contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores; b)Instituir grupo de trabalho para discutir e propor atualização e aperfei- çoamento da Lei no 9.455/1997, que define os crimes de tortura, de forma a atualizar os tipos penais, instituir sistema nacional de combate à tortura, estipular marco legal para a definição de regras unificadas de exame médi- co-legal, bem como estipular ações preventivas obrigatórias como formação específica das forças policiais e capacitação de agentes para a identificação da tortura. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Promover o fortalecimento, a criação e a reativação dos comitês estadu- ais de combate à tortura. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República d)Propor projeto de lei para tornar obrigatória a filmagem dos interrogató- rios ou audiogravações realizadas durante as investigações policiais. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 103 e)Estabelecer protocolo para a padronização de procedimentos a serem realizados nas perícias destinadas a averiguar alegações de tortura. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República f)Elaborar matriz curricular e capacitar os operadores do sistema de segu- rança pública e justiça criminal para o combate à tortura. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República g)Capacitar e apoiar a qualificação dos agentes da perícia oficial, bem como de agentes públicos de saúde, para a identificação de tortura. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República h)Incluir na formação de agentes penitenciários federais curso com conteú- dos relativos ao combate à tortura e sobre a importância dos Direitos Humanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República i)Realizar campanhas de prevenção e combate à tortura nos meios de comunicação para a população em geral, além de campanhas específicas vol- tadas às forças de segurança pública, bem como divulgar os parâmetros in- ternacionais de combate às práticas de tortura. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República j)Estabelecer procedimento para a produção de relatórios anuais, conten- do informações sobre o número de casos de torturas e de tratamentos desu- manos ou degradantes levados às autoridades, número de perpetradores e de sentenças judiciais. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 104 - Objetivo estratégico IV: - Combate às execuções extrajudiciais realizadas por agentes do Estado. Ações programáticas: a)Fortalecer ações de combate às execuções extrajudiciais realizadas por agentes do Estado, assegurando a investigação dessas violações. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República b)Desenvolver e apoiar ações específicas para investigação e combate à atuação de milícias e grupos de extermínio. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas. Objetivo estratégico I: Instituição de sistema federal que integre os programas de proteção. Ações programáticas: a)Propor projeto de lei para integração, de forma sistêmica, dos progra- mas de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas, defensores de Direitos Humanos e crianças e adolescentes ameaçados de morte. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Desenvolver sistema nacional que integre as informações das ações de proteção às pessoas ameaçadas. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 105 c)Ampliar os programas de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas, defensores dos Direitos Humanos e crianças e adolescentes ameaçados de morte para os Estados em que o índice de violência aponte a criação de pro- gramas locais. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República d)Garantir a formação de agentes da Polícia Federal para a proteção das pessoas incluídas nos programas de proteção de pessoas ameaçadas, obser- vadas suas diretrizes. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República e)Propor ampliação os recursos orçamentários para a realização das ações dos programas de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas, defensores dos Direitos Humanos e crianças e adolescentes ameaçados de morte. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Objetivo estratégico II: Consolidação da política de assistência a vítimas e a testemunhas ameaçadas. Ações programáticas: a)Propor projeto de lei para aperfeiçoar o marco legal do Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, ampliando a proteção de escolta policial para as equipes técnicas do programa, e criar sistema de apoio à reinserção social dos usuários do programa. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 106 b)Regulamentar procedimentos e competências para a execução do Pro- grama Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, em espe- cial para a realização de escolta de seus usuários. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República c)Fomentar a criação de centros de atendimento a vítimas de crimes e a seus familiares, com estrutura adequada e capaz de garantir o acompanha- mento psicossocial e jurídico dos usuários, com especial atenção a grupos sociais mais vulneráveis, assegurando o exercício de seus direitos. Responsáveis: Secretaria Especial dos DireitosHumanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República d)Incentivar a criação de unidades especializadas do Serviço de Proteção ao Depoente Especial da Polícia Federal nos Estados e no Distrito Federal. Responsável: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República e)Garantir recursos orçamentários e de infraestrutura ao Serviço de Prote- ção ao Depoente Especial da Polícia Federal, necessários ao atendimento pleno, imediato e de qualidade aos depoentes especiais e a seus familiares, bem como o atendimento às demandas de inclusão provisória no programa federal. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 107 Objetivo estratégico III: Garantia da proteção de crianças e adolescentes ameaçados de morte. Ações programáticas: a)Ampliar a atuação federal no âmbito do Programa de Proteção a Crian- ças e Adolescentes Ameaçados de Morte nas unidades da Federação com maiores taxas de homicídio nessa faixa etária. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Formular política nacional de enfrentamento da violência letal contra crianças e adolescentes. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Desenvolver e aperfeiçoar os indicadores de morte violenta de crianças e adolescentes, assegurando publicação anual dos dados. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Saúde d)Desenvolver programas de enfrentamento da violência letal contra crian- ças e adolescentes e divulgar as experiências bem sucedidas. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 108 Objetivo estratégico IV: Garantia de proteção dos defensores dos Direitos Humanos e de suas atividades. Ações programáticas: a)Fortalecer a execução do Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, garantindo segurança nos casos de violência, ameaça, retaliação, pressão ou ação arbitrária, e a defesa em ações judiciais de má-fé, em decorrência de suas atividades. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República b)Articular com os órgãos de segurança pública de Direitos Humanos nos Estados para garantir a segurança dos defensores dos Direitos Humanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República c)Capacitar os operadores do sistema de segurança pública e de justiça sobre o trabalho dos defensores dos Direitos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República d)Fomentar parcerias com as Defensorias Públicas dos Estados e da União para a defesa judicial dos defensores dos Direitos Humanos nos processos abertos contra eles. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e)Divulgar em âmbito nacional a atuação dos defensores e militantes dos Direitos Humanos, fomentando cultura de respeito e valorização de seus pa- péis na sociedade. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 109 Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, prio- rizando a aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário. Objetivo estratégico I: Reestruturação do sistema penitenciário. Ações programáticas: a)Elaborar projeto de reforma da Lei de Execução Penal (Lei no 7.210/1984), com o propósito de: • Adotar mecanismos tecnológicos para coibir a entrada de substâncias e materiais proibidos, eliminando a prática de revista íntima nos familiares de presos; • Aplicar a Lei de Execução Penal também a presas e presos provisórios e aos sentenciados pela Justiça Especial; • Vedar a divulgação pública de informações sobre perfil psicológico do preso e eventuais diagnósticos psiquiátricos feitos nos estabelecimentos pri- sionais; • Instituir a obrigatoriedade da oferta de ensino pelos estabelecimentos penais e a remição de pena por estudo; • Estabelecer que a perda de direitos ou a redução de acesso a qualquer direito ocorrerá apenas como consequência de faltas de natureza grave; • Estabelecer critérios objetivos para isolamento de presos e presas no regime disciplinar diferenciado; • Configurar nulidade absoluta dos procedimentos disciplinares quando não houver intimação do defensor do preso; • Estabelecer o regime de condenação como limite para casos de regres- são de regime; • Assegurar e regulamentar as visitas íntimas para a população carcerária LGBT. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 110 b)Elaborar decretos extraordinários de indulto a condenados por crimes sem violência real, que reduzam substancialmente a população carcerária brasileira. Responsável: Ministério da Justiça c)Fomentar a realização de revisões periódicas processuais dos processos de execução penal da população carcerária. Responsável: Ministério da Justiça d)Vincular o repasse de recursos federais para construção de estabeleci- mentos prisionais nos Estados e no Distrito Federal ao atendimento das di- retrizes arquitetônicas que contemplem a existência de alas específicas para presas grávidas e requisitos de acessibilidade. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e)Aplicar a Política Nacional de Saúde Mental e a Política para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas no sistema penitenciário. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde f)Aplicar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher no contexto prisional, regulamentando a assistência pré-natal, a existência de celas específicas e período de permanência com seus filhos para aleitamento. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Secretaria Es- pecial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República g)Implantar e implementar as ações de atenção integral aos presos pre- vistas no Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário. Responsável: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde h)Promover estudo sobre a viabilidade de criação, em âmbito federal, da carreira de oficial de condicional, trabalho externo e penas alternativas, para acompanhar os condenados em liberdade condicional, os presos em trabalho externo, em qualquer regime de execução, e os condenados a penas alterna- tivas à prisão. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 111 Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Planejamento, Orça- mento e Gestão i)Avançar na implementação do Sistema de Informações Penitenciárias (InfoPen), financiando a inclusão dos estabelecimentos prisionais dos Estados e do Distrito Federal e condicionando os repasses de recursos federais à sua efetiva integração ao sistema. Responsável: Ministério da Justiça j)Ampliar campanhas de sensibilização para inclusão social de egressos do sistema prisional. Responsável: Ministério da Justiça k)Estabelecer diretrizes na políticapenitenciária nacional que fortaleçam o processo de reintegração social dos presos, internados e egressos, com sua efetiva inclusão nas políticas públicas sociais. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento So- cial e Combate à Fome; Ministério da Saúde; Ministério da Educação; Minis- tério do Esporte l)Debater, por meio de grupo de trabalho interministerial, ações e estra- tégias que visem assegurar o encaminhamento para o presídio feminino de mulheres transexuais e travestis que estejam em regime de reclusão. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República Objetivo estratégico II: Limitação do uso dos institutos de prisão cautelar. Ações programáticas: a)Propor projeto de lei para alterar o Código de Processo Penal, com o objetivo de: GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 112 • Estabelecer requisitos objetivos para decretação de prisões preventivas que consagrem sua excepcionalidade; • Vedar a decretação de prisão preventiva em casos que envolvam crimes com pena máxima inferior a quatro anos, excetuando crimes graves como formação de quadrilha e peculato; • Estabelecer o prazo máximo de oitenta e um dias para prisão provisória. Responsável: Ministério da Justiça b)Alterar a legislação sobre abuso de autoridade, tipificando de modo es- pecífico as condutas puníveis. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República Objetivo estratégico III: Tratamento adequado de pessoas com transtornos mentais. Ações programáticas: a)Estabelecer diretrizes que garantam tratamento adequado às pessoas com transtornos mentais, em consonância com o princípio de desinstitucio- nalização. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde b)Propor projeto de lei para alterar o Código Penal, prevendo que o perío- do de cumprimento de medidas de segurança não deve ultrapassar o da pena prevista para o crime praticado, e estabelecendo a continuidade do tratamen- to fora do sistema penitenciário quando necessário. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde c)Estabelecer mecanismos para a reintegração social dos internados em medida de segurança quando da extinção desta, mediante aplicação dos be- nefícios sociais correspondentes. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 113 Objetivo estratégico IV: Ampliação da aplicação de penas e medidas alternativas. Ações programáticas: a)Desenvolver instrumentos de gestão que assegurem a sustentabilidade das políticas públicas de aplicação de penas e medidas alternativas. Responsáveis: Ministério da Justiça b)Incentivar a criação de varas especializadas e de centrais de monitora- mento do cumprimento de penas e medidas alternativas. Responsável: Ministério da Justiça c)Desenvolver modelos de penas e medidas alternativas que associem seu cumprimento ao ilícito praticado, com projetos temáticos que estimulem a capacitação do cumpridor, bem como penas de restrição de direitos com controle de frequência. Responsável: Ministério da Justiça d)Desenvolver programas-piloto com foco na educação, para aplicação da pena de limitação de final de semana. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 114 Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa dos direitos. Objetivo estratégico I: Acesso da população à informação sobre seus direitos e sobre como garanti-los. Ações programáticas: a)Difundir o conhecimento sobre os Direitos Humanos e sobre a legislação pertinente com publicações em linguagem e formatos acessíveis. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República b)Fortalecer as redes de canais de denúncia (disque-denúncia) e sua arti- culação com instituições de Direitos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República c)Incentivar a criação de centros integrados de serviços públicos para prestação de atendimento ágil à população, inclusive com unidades itineran- tes para obtenção de documentação básica. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça d)Fortalecer o governo eletrônico com a ampliação da disponibilização de informações e serviços para a população via Internet, em formato acessível. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 115 Objetivo estratégico II: Garantia do aperfeiçoamento e monitoramento das normas jurídicas para proteção dos Direitos Humanos. Ações programáticas: a)Implementar o Observatório da Justiça Brasileira, em parceria com a sociedade civil. Responsável: Ministério da Justiça b)Aperfeiçoar o sistema de fiscalização de violações aos Direitos Huma- nos, por meio do aprimoramento do arcabouço de sanções administrativas. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério da Justiça; Ministério do Traba- lho e Emprego c)Ampliar equipes de fiscalização sobre violações dos Direitos Humanos, em parceria com a sociedade civil. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República d)Propor projeto de lei buscando ampliar a utilização das ações coletivas para proteção dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos, ga- rantindo a consolidação de instrumentos coletivos de resolução de conflitos. Responsável: Ministério da Justiça e)Propor projetos de lei para simplificar o processamento e julgamento das ações judiciais; coibir os atos protelatórios; restringir as hipóteses de re- curso ex officio e reduzir recursos e desjudicializar conflitos. Responsável: Ministério da Justiça f)Aperfeiçoar a legislação trabalhista, visando ampliar novas tutelas de proteção das relações do trabalho e as medidas de combate à discriminação e ao abuso moral no trabalho. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 116 Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República g)Implementar mecanismos de monitoramento dos serviços de atendi- mento ao aborto legalmente autorizado, garantindo seu cumprimento e faci- lidade de acesso. Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República Objetivo estratégico III: Utilização de modelos alternativos de solução de conflitos. Ações programáticas: a)Fomentar iniciativas de mediação e conciliação, estimulando a resolução de conflitos por meios autocompositivos, voltados à maior pacificação social e menor judicialização. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério das Cidades b)Fortalecer a criação de núcleos de justiça comunitária, em articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, eapoiar o financiamento de infraestrutura e de capacitação. Responsável: Ministério da Justiça c)Capacitar lideranças comunitárias sobre instrumentos e técnicas de media- ção comunitária, incentivando a resolução de conflitos nas próprias comunidades. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República d)Incentivar projetos pilotos de Justiça Restaurativa, como forma de ana- lisar seu impacto e sua aplicabilidade no sistema jurídico brasileiro. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 117 e)Estimular e ampliar experiências voltadas para a solução de conflitos por meio da mediação comunitária e dos Centros de Referência em Direitos Humanos, especialmente em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento Hu- mano (IDH) e com dificuldades de acesso a serviços públicos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça Objetivo estratégico IV: Garantia de acesso universal ao sistema judiciário. Ações programáticas: a)Propor a ampliação da atuação da Defensoria Pública da União. Responsável: Ministério da Justiça b)Fomentar parcerias entre Municípios e entidades de proteção dos Direi- tos Humanos para atendimento da população com dificuldade de acesso ao sistema de justiça, com base no mapeamento das principais demandas da po- pulação local e no estabelecimento de estratégias para atendimento e ações educativas e informativas. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República c)Apoiar a capacitação periódica e constante dos operadores do Direito e servidores da Justiça na aplicação dos Direitos Humanos voltada para a com- posição de conflitos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República d)Dialogar com o Poder Judiciário para assegurar o efetivo acesso das pessoas com deficiência à justiça, em igualdade de condições com as demais pessoas. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 118 Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República e)Apoiar os movimentos sociais e a Defensoria Pública na obtenção da gratuidade das perícias para as demandas judiciais, individuais e coletivas, e relacionadas a violações de Direitos Humanos. Responsável: Ministério da Justiça Objetivo estratégico V: Modernização da gestão e agilização do funcionamento do sistema de justiça. Ações programáticas: a)Propor legislação de revisão e modernização dos serviços notariais e de registro. Responsável: Ministério da Justiça b)Desenvolver sistema integrado de informações do Poder Executivo e Judiciário e disponibilizar seu acesso à sociedade. Responsável: Ministério da Justiça Objetivo estratégico VI: Acesso à Justiça no campo e na cidade. Ações programáticas: a)Assegurar a criação de marco legal para a prevenção e mediação de conflitos fundiários urbanos, garantindo o devido processo legal e a função social da propriedade. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 119 b)Propor projeto de lei voltado a regulamentar o cumprimento de man- dados de reintegração de posse ou correlatos, garantindo a observância do respeito aos Direitos Humanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades; Ministério do Desenvolvimento Agrário c)Promover o diálogo com o Poder Judiciário para a elaboração de pro- cedimento para o enfrentamento de casos de conflitos fundiários coletivos urbanos e rurais. Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento Agrário d) Propor projeto de lei para institucionalizar a utilização da mediação nas demandas de conflitos coletivos agrários e urbanos, priorizando a oitiva do INCRA, institutos de terras estaduais, Ministério Público e outros órgãos públicos especializados, sem prejuízo de outros meios institucionais para so- lução de conflitos. (Redação dada pelo Decreto n. 7.177, de 2010) Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Justiça Eixo Orientador V: Educação e cultura em Direitos Humanos A educação e a cultura em Direitos Humanos visam à formação de nova mentalidade coletiva para o exercício da solidariedade, do respeito às diver- sidades e da tolerância. Como processo sistemático e multidimensional que orienta a formação do sujeito de direitos, seu objetivo é combater o precon- ceito, a discriminação e a violência, promovendo a adoção de novos valores de liberdade, justiça e igualdade. A educação em Direitos Humanos, como canal estratégico capaz de pro- duzir uma sociedade igualitária, extrapola o direito à educação permanente e de qualidade. Trata-se de mecanismo que articula, entre outros elementos: a) a apreensão de conhecimentos historicamente construídos sobre Direitos Humanos e a sua relação com os contextos internacional, regional, nacional http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art2 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 120 e local; b) a afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que expressem a cultura dos Direitos Humanos em todos os espaços da sociedade; c) a for- mação de consciência cidadã capaz de se fazer presente nos níveis cognitivo, social, ético e político; d) o desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de construção coletiva, utilizando linguagens e materiais di- dáticos contextualizados; e) o fortalecimento de políticas que gerem ações e instrumentos em favor da promoção, da proteção e da defesa dos Direitos Humanos, bem como da reparação das violações. O PNDH-3 dialoga com o Plano Nacional de Educação em Direitos Huma- nos (PNEDH) como referência para a política nacional de Educação e Cultura em Direitos Humanos, estabelecendo os alicerces a serem adotados nos âm- bitos nacional, estadual, distrital e municipal. O PNEDH, refletido neste programa, se desdobra em cinco grandes áreas: Na educação básica, a ênfase do PNDH-3 é possibilitar, desde a infância, a formação de sujeitos de direito, priorizando as populações historicamente vulnerabilizadas. A troca de experiências entre crianças de diferentes raças e etnias, imigrantes, com deficiência física ou mental, fortalece, desde cedo, sentimento de convivência pacífica. Conhecer o diferente, desde a mais tenra idade, é perder o medo do desconhecido, formar opinião respeitosa e comba- ter o preconceito, às vezes arraigado na própria família. No PNDH-3, essa concepção se traduz em propostas de mudanças curricu- lares, incluindo a educação transversal e permanente nos temas ligados aos Direitos Humanos e, mais especificamente, o estudo da temática de gênero e orientação sexual, das culturas indígena e afro-brasileira entre as disciplinas do ensino fundamental e médio. No ensino superior, as metas previstas visam a incluir os Direitos Huma- nos, por meio de diferentes modalidades como disciplinas, linhas de pesquisa, áreas de concentração, transversalização incluída nos projetos acadêmicos dos diferentes cursos de graduação e pós-graduação, bem como em progra- mas e projetos de extensão. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos- Pós-Edital 121 A educação não formal em Direitos Humanos é orientada pelos princípios da emancipação e da autonomia, configurando-se como processo de sensi- bilização e formação da consciência crítica. Desta forma, o PNDH-3 propõe inclusão da temática de Educação em Direitos Humanos nos programas de capacitação de lideranças comunitárias e nos programas de qualificação pro- fissional, alfabetização de jovens e adultos, entre outros. Volta-se, especial- mente, para o estabelecimento de diálogo e parcerias permanentes como o vasto leque brasileiro de movimentos populares, sindicatos, igrejas, ONGs, clubes, entidades empresariais e toda sorte de agrupamentos da sociedade civil que desenvolvem atividades formativas em seu cotidiano. A formação e a educação continuada em Direitos Humanos, com recortes de gênero, relações étnico-raciais e de orientação sexual, em todo o serviço público, especialmente entre os agentes do sistema de Justiça de segurança pública, são fundamentais para consolidar o Estado Democrático e a proteção do direito à vida e à dignidade, garantindo tratamento igual a todas as pessoas e o funcionamento de sistemas de Justiça que promovam os Direitos Humanos. Por fim, aborda-se o papel estratégico dos meios de comunicação de mas- sa, no sentido de construir ou desconstruir ambiente nacional e cultura social de respeito e proteção aos Direitos Humanos. Daí a importância primordial de introduzir mudanças que assegurem ampla democratização desses meios, bem como de atuar permanentemente junto a todos os profissionais e empre- sas do setor (seminários, debates, reportagens, pesquisas e conferências), buscando sensibilizar e conquistar seu compromisso ético com a afirmação histórica dos Direitos Humanos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 122 Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacio- nal de educação em Direitos Humanos para fortalecer cultura de direitos. Objetivo estratégico I: Implementação do Plano Nacional de Educação em Direitos Hu- manos - PNEDH Ações programáticas: a)Desenvolver ações programáticas e promover articulação que viabilizem a implantação e a implementação do PNEDH. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça b)Implantar mecanismos e instrumentos de monitoramento, avaliação e atualização do PNEDH, em processos articulados de mobilização nacional. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça c)Fomentar e apoiar a elaboração de planos estaduais e municipais de educação em Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça d)Apoiar técnica e financeiramente iniciativas em educação em Direitos Humanos, que estejam em consonância com o PNEDH. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça e)Incentivar a criação e investir no fortalecimento dos comitês de educa- ção em Direitos Humanos em todos os Estados e no Distrito Federal, como ór- gãos consultivos e propositivos da política de educação em Direitos Humanos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 123 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça Objetivo Estratégico II: Ampliação de mecanismos e produção de materiais pedagógicos e didáticos para Educação em Direitos Humanos. Ações programáticas: a)Incentivar a criação de programa nacional de formação em educação em Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Secretaria Espe- cial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República b)Estimular a temática dos Direitos Humanos nos editais de avaliação e seleção de obras didáticas do sistema de ensino. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; c)Estabelecer critérios e indicadores de avaliação de publicações na temá- tica de Direitos Humanos para o monitoramento da escolha de livros didáticos no sistema de ensino. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação d)Atribuir premiação anual de educação em Direitos Humanos, como for- ma de incentivar a prática de ações e projetos de educação e cultura em Di- reitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 124 e)Garantir a continuidade da “Mostra Cinema e Direitos Humanos na Amé- rica do Sul” e o “Festival dos Direitos Humanos” como atividades culturais para difusão dos Direitos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República f)Consolidar a revista “Direitos Humanos” como instrumento de educação e cultura em Direitos Humanos, garantindo o caráter representativo e plural em seu conselho editorial. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República g)Produzir recursos pedagógicos e didáticos especializados e adquirir ma- teriais e equipamentos em formato acessível para a educação em Direitos Humanos, para todos os níveis de ensino. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação h)Publicar materiais pedagógicos e didáticos para a educação em Direitos Humanos em formato acessível para as pessoas com deficiência, bem como promover o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em eventos ou divul- gação em mídia. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação. i)Fomentar o acesso de estudantes, professores e demais profissionais da educação às tecnologias da informação e comunicação. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 125 Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Di- reitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino superior e outras instituições formadoras. Objetivo Estratégico I: Inclusão da temática de Educação e Cultura em Direitos Humanos nas escolas de educação básica e em outras instituições formadoras. Ações Programáticas: a)Estabelecer diretrizes curriculares para todos os níveis e modalidades de ensino da educação básica para a inclusão da temática de educação e cultura em Direitos Humanos, promovendo o reconhecimento e o respeito das diversidades de gênero, orientação sexual, identidade de gênero, geracional, étnico-racial, re- ligiosa, com educação igualitária, não discriminatória e democrática. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República b)Promover a inserção da educação em Direitos Humanos nos processos de formação inicial e continuada de todos os profissionais da educação, que atuam nas redes de ensino e nas unidades responsáveis por execução de me- didas socioeducativas. Responsáveis: SecretariaEspecial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação c)Incluir, nos programas educativos, o direito ao meio ambiente como Di- reito Humano. Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação d)Incluir conteúdos, recursos, metodologias e formas de avaliação da edu- cação em Direitos Humanos nos sistemas de ensino da educação básica. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 126 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação e)Desenvolver ações nacionais de elaboração de estratégias de mediação de conflitos e de Justiça Restaurativa nas escolas, e outras instituições for- madoras e instituições de ensino superior, inclusive promovendo a capacita- ção de docentes para a identificação de violência e abusos contra crianças e adolescentes, seu encaminhamento adequado e a reconstrução das relações no âmbito escolar. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça f)Publicar relatório periódico de acompanhamento da inclusão da temáti- ca dos Direitos Humanos na educação formal que contenha, pelo menos, as seguintes informações: • Número de Estados e Municípios que possuem planos de educação em Direitos Humanos; • Existência de normas que incorporam a temática de Direitos Humanos nos currículos escolares; • Documentos que atestem a existência de comitês de educação em Di- reitos Humanos; • Documentos que atestem a existência de órgãos governamentais espe- cializados em educação em Direitos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República g)Desenvolver e estimular ações de enfrentamento ao bullying e ao cyber- bulling. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação h)Implementar e acompanhar a aplicação das leis que dispõem sobre a inclusão da história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas em todos os níveis e modalidades da educação básica. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 127 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação Objetivo Estratégico II: Inclusão da temática da Educação em Direitos Humanos nos cursos das Instituições de Ensino Superior. Ações Programáticas: a)Propor a inclusão da temática da educação em Direitos Humanos nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação b)Incentivar a elaboração de metodologias pedagógicas de caráter trans- disciplinar e interdisciplinar para a educação em Direitos Humanos nas Insti- tuições de Ensino Superior. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação c)Elaborar relatórios sobre a inclusão da temática dos Direitos Humanos no ensino superior, contendo informações sobre a existência de ouvidorias e sobre o número de: • cursos de pós-graduação com áreas de concentração em Direitos Humanos; • grupos de pesquisa em Direitos Humanos; • cursos com a transversalização dos Direitos Humanos nos projetos polí- ticos pedagógicos; • disciplinas em Direitos Humanos; • teses e dissertações defendidas; • associações e instituições dedicadas ao tema e com as quais os docentes e pesquisadores tenham vínculo; • núcleos e comissões que atuam em Direitos Humanos; GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 128 • educadores com ações no tema Direitos Humanos; • projetos de extensão em Direitos Humanos; Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República d)Fomentar a realização de estudos, pesquisas e a implementação de pro- jetos de extensão sobre o período do regime 1964-1985, bem como apoiar a produção de material didático, a organização de acervos históricos e a criação de centros de referências. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça e)Incentivar a realização de estudos, pesquisas e produção bibliográfica sobre a história e a presença das populações tradicionais. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas de Pro- moção da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Justiça Objetivo Estratégico III: Incentivo à transdisciplinariedade e transversalidade nas ativida- des acadêmicas em Direitos Humanos. Ações Programáticas: a)Incentivar o desenvolvimento de cursos de graduação, de formação con- tinuada e programas de pós-graduação em Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas de Pro- moção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 129 b)Fomentar núcleos de pesquisa de educação em Direitos Humanos em instituições de ensino superior e escolas públicas e privadas, estruturando-as com equipamentos e materiais didáticos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Ciência e Tecnologia c)Fomentar e apoiar, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a criação da área “Direitos Humanos” como campo de conhecimento transdisciplinar e recomendar às agências de fomento que abram linhas de financiamento para atividades de ensino, pesquisa e exten- são em Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Fazenda d)Implementar programas e ações de fomento à extensão universitária em direitos humanos, para promoção e defesa dos Direitos Humanos e o de- senvolvimento da cultura e educação em Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 130 Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espa- ço de defesa e promoção dos Direitos Humanos. Objetivo Estratégico I: Inclusão da temática da educação em Direitos Humanos na educação não formal. Ações programáticas: a)Fomentar a inclusão da temática de Direitos Humanos na educação não formal, nos programas de qualificação profissional, alfabetização de jovens e adultos, extensão rural, educação social comunitária e de cultura popular. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Mi- nistério da Cultura; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Pre- sidência da República b)Apoiar iniciativas de educação popular em Direitos Humanos desenvol- vidas por organizaçõescomunitárias, movimentos sociais, organizações não governamentais e outros agentes organizados da sociedade civil. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério da Justiça c)Apoiar e promover a capacitação de agentes multiplicadores para atua- rem em projetos de educação em Direitos Humanos. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República d)Apoiar e desenvolver programas de formação em comunicação e Direi- tos Humanos para comunicadores comunitários. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 131 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Comunicações; Ministério da Cultura e)Desenvolver iniciativas que levem a incorporar a temática da educação em Direitos Humanos nos programas de inclusão digital e de educação à distância. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério das Comunicações; Ministé- rio de Ciência e Tecnologia f)Apoiar a incorporação da temática da educação em Direitos Humanos nos programas e projetos de esporte, lazer e cultura como instrumentos de inclusão social. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Ministério do Esporte g)Fortalecer experiências alternativas de educação para os adolescentes, bem como para monitores e profissionais do sistema de execução de medidas socioeducativas. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça Objetivo estratégico II: Resgate da memória por meio da reconstrução da história dos movimentos sociais. Ações programáticas: a)Promover campanhas e pesquisas sobre a história dos movimentos de grupos historicamente vulnerabilizados, tais como o segmento LGBT, movimen- tos de mulheres, quebradeiras de coco, castanheiras, ciganos, entre outros. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 132 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República b)Apoiar iniciativas para a criação de museus voltados ao resgate da cul- tura e da história dos movimentos sociais. Responsáveis: Ministério da Cultura; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público. Objetivo Estratégico I: Formação e capacitação continuada dos servidores públicos em Direitos Humanos, em todas as esferas de governo. Ações programáticas: a) Apoiar e desenvolver atividades de formação e capacitação continuadas interdisciplinares em Direitos Humanos para servidores públicos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Ministério das Re- lações Exteriores b)Incentivar a inserção da temática dos Direitos Humanos nos programas das escolas de formação de servidores vinculados aos órgãos públicos federais. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Ra- cial da Presidência da República c)Publicar materiais didático-pedagógicos sobre Direitos Humanos e fun- ção pública, desdobrando temas e aspectos adequados ao diálogo com as várias áreas de atuação dos servidores públicos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 133 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Objetivo Estratégico II: Formação adequada e qualificada dos profissionais do sistema de segurança pública. Ações programáticas: a)Oferecer, continuamente e permanentemente, cursos em Direitos Humanos para os profissionais do sistema de segurança pública e justiça criminal. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Pro- moção da Igualdade Racial da Presidência da República b)Oferecer permanentemente cursos de especialização aos gestores, poli- ciais e demais profissionais do sistema de segurança pública. Responsável: Ministério da Justiça c)Publicar materiais didático-pedagógicos sobre segurança pública e Direi- tos Humanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República d)Incentivar a inserção da temática dos Direitos Humanos nos programas das escolas de formação inicial e continuada dos membros das Forças Armadas. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Defesa e)Criar escola nacional de polícia para educação continuada dos profissio- nais do sistema de segurança pública, com enfoque prático. Responsável: Ministério da Justiça GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 134 f)Apoiar a capacitação de policiais em direitos das crianças, em aspectos básicos do desenvolvimento infantil e em maneiras de lidar com grupos em situação de vulnerabilidade, como crianças e adolescentes em situação de rua, vítimas de exploração sexual e em conflito com a lei. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao aces- so à informação para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos. Objetivo Estratégico I: Promover o respeito aos Direitos Humanos nos meios de comu- nicação e o cumprimento de seu papel na promoção da cultura em Direitos Humanos. Ações Programáticas: a) Propor a criação de marco legal, nos termos do art. 221 da Constitui- ção, estabelecendo o respeito aos Direitos Humanos nos serviços de radio- difusão (rádio e televisão) concedidos, permitidos ou autorizados. (Redação dada pelo decreto n. 7.177, de 2010) Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da Cultura b)Promover diálogo com o Ministério Público para proposição de ações ob- jetivando a suspensão de programação e publicidade atentatórias aos Direitos Humanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art3 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 135 c)Suspender patrocínio e publicidade oficial em meios que veiculam pro- gramações atentatórias aos Direitos Humanos. Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos da Presidênciada República; Ministério da Justiça d)Elaborar critérios de acompanhamento editorial a fim de criar ranking na- cional de veículos de comunicação comprometidos com os princípios de Direi- tos Humanos, assim como os que cometem violações. (Revogado pelo decre- to n. 7.177, de 2010) Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério da Justiça (Revogado pelo decreto n. 7.177, de 2010) e)Desenvolver programas de formação nos meios de comunicação públi- cos como instrumento de informação e transparência das políticas públicas, de inclusão digital e de acessibilidade. Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério da Justiça f)Avançar na regularização das rádios comunitárias e promover incentivos para que se afirmem como instrumentos permanentes de diálogo com as co- munidades locais. Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério da Justiça g)Promover a eliminação das barreiras que impedem o acesso de pessoas com deficiência sensorial à programação em todos os meios de comunicação e informação, em conformidade com o Decreto no 5.296/2004, bem como acesso a novos sistemas e tecnologias, incluindo Internet. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art7 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 136 Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça Objetivo Estratégico II: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à in- formação. Ações Programáticas: a)Promover parcerias com entidades associativas de mídia, profissionais de comunicação, entidades sindicais e populares para a produção e divulga- ção de materiais sobre Direitos Humanos. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério das Comunicações b)Incentivar pesquisas regulares que possam identificar formas, circuns- tâncias e características de violações dos Direitos Humanos na mídia. Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos da Presidência da República c)Incentivar a produção de filmes, vídeos, áudios e similares, voltada para a educação em Direitos Humanos e que reconstrua a história recente do au- toritarismo no Brasil, bem como as iniciativas populares de organização e de resistência. Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério da Justiça Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade A investigação do passado é fundamental para a construção da cidadania. Estudar o passado, resgatar sua verdade e trazer à tona seus acontecimentos GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 137 caracterizam forma de transmissão de experiência histórica, que é essencial para a constituição da memória individual e coletiva. O Brasil ainda processa com dificuldades o resgate da memória e da ver- dade sobre o que ocorreu com as vítimas atingidas pela repressão política du- rante o regime de 1964. A impossibilidade de acesso a todas as informações oficiais impede que familiares de mortos e desaparecidos possam conhecer os fatos relacionados aos crimes praticados e não permite à sociedade elaborar seus próprios conceitos sobre aquele período. A história que não é transmitida de geração a geração torna-se esquecida e silenciada. O silêncio e o esquecimento das barbáries geram graves lacunas na experiência coletiva de construção da identidade nacional. Resgatando a memória e a verdade, o País adquire consciência superior sobre sua própria identidade, a democracia se fortalece. As tentações totalitárias são neutrali- zadas e crescem as possibilidades de erradicação definitiva de alguns resquí- cios daquele período sombrio, como a tortura, por exemplo, ainda persistente no cotidiano brasileiro. O trabalho de reconstituir a memória exige revisitar o passado e compar- tilhar experiências de dor, violência e mortes. Somente depois de lembrá-las e fazer seu luto, será possível superar o trauma histórico e seguir adiante. A vivência do sofrimento e das perdas não pode ser reduzida a conflito privado e subjetivo, uma vez que se inscreveu num contexto social, e não individual. A compreensão do passado por intermédio da narrativa da herança histó- rica e pelo reconhecimento oficial dos acontecimentos possibilita aos cidadãos construírem os valores que indicarão sua atuação no presente. O acesso a todos os arquivos e documentos produzidos durante o regime militar é funda- mental no âmbito das políticas de proteção dos Direitos Humanos. Desde os anos 1990, a persistência de familiares de mortos e desapare- cidos vem obtendo vitórias significativas nessa luta, com abertura de impor- tantes arquivos estaduais sobre a repressão política do regime ditatorial. Em dezembro de 1995, coroando difícil e delicado processo de discussão entre GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 138 esses familiares, o Ministério da Justiça e o Poder Legislativo Federal, foi aprovada a Lei no 9.140/95, que reconheceu a responsabilidade do Estado brasileiro pela morte de opositores ao regime de 1964. Essa Lei instituiu Comissão Especial com poderes para deferir pedidos de indenização das famílias de uma lista inicial de 136 pessoas e julgar outros casos apresentados para seu exame. No art. 4º, inciso II, a Lei conferiu à Co- missão Especial também a incumbência de envidar esforços para a localização dos corpos de pessoas desaparecidas no caso de existência de indícios quanto ao local em que possam estar depositados. Em 24 de agosto de 2001, foi criada, pela Medida Provisória no 2151-3, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Esse marco legal foi reeditado pela Medida Provisória no 65, de 28 de agosto de 2002, e finalmente con- vertido na Lei no 10.559, de 13 de novembro de 2002. Essa norma regula- mentou o art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição de 1988, que previa a concessão de anistia aos que foram perseguidos em decorrência de sua oposição política. Em dezembro de 2005, o Governo Federal determinou que os três arquivos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) fossem entregues ao Arquivo Nacional, subordinado à Casa Civil, onde passaram a ser organizados e digitalizados. Em agosto de 2007, em ato oficial coordenado pelo Presidente da Repúbli- ca, foi lançado, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políti- cos, o livro-relatório “Direito à Memória e à Verdade”, registrando os onze anos de trabalho daquela Comissão e resumindo a história das vítimas da ditadura no Brasil. A trajetória de estudantes, profissionais liberais, trabalhadores e campo- neses que se engajaram no combate ao regime militar aparece como docu- mento oficial do Estado brasileiro.O Ministério da Educação e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos formularam parceria para criar portal que in- cluirá o livro-relatório, ampliado com abordagem que apresenta o ambiente GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 139 político, econômico, social e principalmente os aspectos culturais do período. Serão distribuídas milhares de cópias desse material em mídia digital para estudantes de todo o País. Em julho de 2008, o Ministério da Justiça e a Comissão de Anistia promo- veram audiência pública sobre “Limites e Possibilidades para a Responsabili- zação Jurídica dos Agentes Violadores de Direitos Humanos durante o Estado de Exceção no Brasil”, que discutiu a interpretação da Lei de Anistia de 1979 no que se refere à controvérsia jurídica e política, envolvendo a prescrição ou imprescritibilidade dos crimes de tortura. A Comissão de Anistia já realizou setecentas sessões de julgamento e promoveu, desde 2008, trinta caravanas, possibilitando a participação da so- ciedade nas discussões, e contribuindo para a divulgação do tema no País. Até 1º de novembro de 2009, já haviam sido apreciados por essa Comissão mais de cinquenta e dois mil pedidos de concessão de anistia, dos quais qua- se trinta e cinco mil foram deferidos e cerca de dezessete mil, indeferidos. Outros doze mil pedidos aguardavam julgamento, sendo possível, ainda, a apresentação de novas solicitações. Em julho de 2009, em Belo Horizonte, o Ministro de Estado da Justiça realizou audiência pública de apresentação do projeto Memorial da Anistia Política do Brasil, envolvendo a remodelação e construção de novo edifício junto ao antigo “Coleginho” da Universidade Fe- deral de Minas Gerais (UFMG), onde estará disponível para pesquisas todo o acervo da Comissão de Anistia. No âmbito da sociedade civil, foram levadas ao Poder Judiciário importan- tes ações que provocaram debate sobre a interpretação das leis e a apuração de responsabilidades. Em 1982, um grupo de familiares entrou com ação na Justiça Federal para a abertura de arquivos e localização dos restos mor- tais dos mortos e desaparecidos políticos no episódio conhecido como “Guer- rilha do Araguaia”. Em 2003, foi proferida sentença condenando a União, que recorreu e, posteriormente, criou Comissão Interministerial pelo Decreto no 4.850, de 2 de outubro de 2003, com a finalidade de obter informações GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 140 que levassem à localização dos restos mortais de participantes da “Guerrilha do Araguaia”. Os trabalhos da Comissão Interministerial encerraram-se em março de 2007, com a divulgação de seu relatório final. Em agosto de 1995, o Centro de Estudos para a Justiça e o Direito Inter- nacional (CEJIL) e a Human Rights Watch/América (HRWA), em nome de um grupo de familiares, apresentaram petição à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), denunciando o desaparecimento de integrantes da “Guerrilha do Araguaia”. Em 31 de outubro de 2008, a CIDH expediu o Relatório de Mérito no 91/08, onde fez recomendações ao Estado brasileiro. Em 26 de março de 2009, a CIDH submeteu o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos, requerendo declaração de responsabilidade do Estado brasileiro sobre violações de direitos humanos ocorridas durante as operações de repressão àquele movimento. Em 2005 e 2008, duas famílias iniciaram, na Justiça Civil, ações declarató- rias para o reconhecimento das torturas sofridas por seus membros, indican- do o responsável pelas sevícias. Ainda em 2008, o Ministério Público Federal em São Paulo propôs Ação Civil Pública contra dois oficiais do exército acu- sados de determinarem prisão ilegal, tortura, homicídio e desaparecimento forçado de dezenas de cidadãos. Tramita também, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, Arguição de Des- cumprimento de Preceito Fundamental, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que solicita a mais alta corte brasileira posicionamento formal para saber se, em 1979, houve ou não anistia dos agentes públicos res- ponsáveis pela prática de tortura, homicídio, desaparecimento forçado, abuso de autoridade, lesões corporais e estupro contra opositores políticos, considerando, sobretudo, os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil e a insuscetibi- lidade de graça ou anistia do crime de tortura. Em abril de 2009, o Ministério da Defesa, no contexto da decisão transi- tada em julgado da referida ação judicial de 1982, criou Grupo de Trabalho para realizar buscas de restos mortais na região do Araguaia, sendo que, GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 141 por ordem expressa do Presidente da República, foi instituído Comitê Inte- rinstitucional de Supervisão, com representação dos familiares de mortos e desaparecidos políticos, para o acompanhamento e orientação dos trabalhos. Após três meses de buscas intensas, sem que tenham sido encontrados res- tos mortais, os trabalhos foram temporariamente suspensos devido às chuvas na região, prevendo-se sua retomada ao final do primeiro trimestre de 2010. Em maio de 2009, o Presidente da República coordenou o ato de lança- mento do projeto Memórias Reveladas, sob responsabilidade da Casa Civil, que interliga digitalmente o acervo recolhido ao Arquivo Nacional após de- zembro de 2005, com vários outros arquivos federais sobre a repressão po- lítica e com arquivos estaduais de quinze unidades da federação, superando cinco milhões de páginas de documentos (www.memoriasreveladas.arquivo- nacional.gov.br). Cabe, agora, completar esse processo mediante recolhimento ao Arqui- vo Nacional de todo e qualquer documento indevidamente retido ou ocultado, nos termos da Portaria Interministerial assinada na mesma data daquele lan- çamento. Cabe também sensibilizar o Legislativo pela aprovação do Projeto de Lei no 5.228/2009, assinado pelo Presidente da República, que introduz avanços democratizantes nas normas reguladoras do direito de acesso à informação. Iimportância superior nesse resgate da história nacional está no imperati- vo de localizar os restos mortais de pelo menos cento e quarenta brasileiros e brasileiras que foram mortos pelo aparelho de repressão do regime ditatorial. A partir de junho de 2009, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República planejou, concebeu e veiculou abrangente campanha publicitá- ria de televisão, internet, rádio, jornais e revistas de todo o Brasil buscando sensibilizar os cidadãos sobre essa questão. As mensagens solicitavam que informações sobre a localização de restos mortais ou sobre qualquer docu- mento e arquivos envolvendo assuntos da repressão política entre 1964 e 1985 sejam encaminhados ao Memórias Reveladas. Seu propósito é assegu- rar às famílias o exercício do direito sagrado de prantear seus entes queridos GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 142 e promover os ritos funerais, sem os quais desaparece a certeza da morte e se perpetua angústia que equivale a nova forma de tortura. As violações sistemáticas dos Direitos Humanos pelo Estado durante o regime ditatorial são desconhecidas pela maioria da população, em especial pelos jovens. A radiografia dos atingidos pela repressão política ainda está longe de ser concluída, mas calcula-se que pelo menos cinquenta mil pessoas foram presas somente nos primeiros meses de 1964; cerca de vinte mil bra- sileiros foram submetidos a torturase cerca de quatrocentos cidadãos foram mortos ou estão desaparecidos. Ocorreram milhares de prisões políticas não registradas, cento e trinta banimentos, quatro mil, oitocentos e sessenta e duas cassações de mandatos políticos, uma cifra incalculável de exílios e re- fugiados políticos. As ações programáticas deste eixo orientador têm como finalidade assegu- rar o processamento democrático e republicano de todo esse período da his- tória brasileira, para que se viabilize o desejável sentimento de reconciliação nacional. E para se construir consenso amplo no sentido de que as violações sistemáticas de Direitos Humanos registradas entre 1964 e 1985, bem como no período do Estado Novo, não voltem a ocorrer em nosso País, nunca mais. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 143 Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como Direi- to Humano da cidadania e dever do Estado. Objetivo Estratégico I: Promover a apuração e o esclarecimento público das viola- ções de Direitos Humanos praticadas no contexto da repres- são política ocorrida no Brasil no período fixado pelo art. 8º do ADCT da Constituição, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional. Ação Programática: a)Designar grupo de trabalho composto por representantes da Casa Civil, do Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, para elaborar, até abril de 2010, projeto de lei que institua Comissão Nacional da Verdade, composta de forma plural e suprapartidária, com mandato e prazo definidos, para exa- minar as violações de Direitos Humanos praticadas no contexto da repressão política no período mencionado, observado o seguinte: • O grupo de trabalho será formado por representantes da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá, do Ministério da Justiça, do Ministé- rio da Defesa, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, do presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, criada pela Lei no 9.140/95 e de representante da sociedade civil, indicado por esta Comissão Especial; • Com o objetivo de promover o maior intercâmbio de informações e a proteção mais eficiente dos Direitos Humanos, a Comissão Nacional da Verda- de estabelecerá coordenação com as atividades desenvolvidas pelos seguin- tes órgãos: GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 144 • Arquivo Nacional, vinculado à Casa Civil da Presidência da República; • Comissão de Anistia, vinculada ao Ministério da Justiça; • Comissão Especial criada pela Lei no 9.140/95, vinculada à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; • Comitê Interinstitucional de Supervisão instituído pelo Decreto Presiden- cial de 17 de julho de 2009; • Grupo de Trabalho instituído pela Portaria no 567/MD, de 29 de abril de 2009, do Ministro de Estado da Defesa; • No exercício de suas atribuições, a Comissão Nacional da Verdade pode- rá realizar as seguintes atividades: - requisitar documentos públicos, com a colaboração das respectivas au- toridades, bem como requerer ao Judiciário o acesso a documentos privados; - colaborar com todas as instâncias do Poder Público para a apuração de violações de Direitos Humanos, observadas as disposições da Lei no 6.683, de 28 de agosto de 1979; - promover, com base em seus informes, a reconstrução da história dos casos de violação de Direitos Humanos, bem como a assistência às vítimas de tais violações; - promover, com base no acesso às informações, os meios e recursos necessários para a localização e identificação de corpos e restos mortais de desaparecidos políticos; - identificar e tornar públicas as estruturas utilizadas para a prática de violações de Direitos Humanos, suas ramificações nos diversos aparelhos do Estado e em outras instâncias da sociedade; - registrar e divulgar seus procedimentos oficiais, a fim de garantir o es- clarecimento circunstanciado de torturas, mortes e desaparecimentos, de- vendo-se discriminá-los e encaminhá-los aos órgãos competentes; - apresentar recomendações para promover a efetiva reconciliação nacio- nal e prevenir no sentido da não repetição de violações de Direitos Humanos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 145 • A Comissão Nacional da Verdade deverá apresentar, anualmente, rela- tório circunstanciado que exponha as atividades realizadas e as respectivas conclusões, com base em informações colhidas ou recebidas em decorrência do exercício de suas atribuições. Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção pública da verdade. Objetivo Estratégico I: Incentivar iniciativas de preservação da memória histórica e de construção pública da verdade sobre períodos autoritários. Ações programáticas: a)Disponibilizar linhas de financiamento para a criação de centros de me- mória sobre a repressão política, em todos os Estados, com projetos de va- lorização da história cultural e de socialização do conhecimento por diversos meios de difusão. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da Cultura; Ministério da Educação b)Criar comissão específica, em conjunto com departamentos de História e centros de pesquisa, para reconstituir a história da repressão ilegal relacio- nada ao Estado Novo (1937-1945). Essa comissão deverá publicar relatório contendo os documentos que fundamentaram essa repressão, a descrição do funcionamento da justiça de exceção, os responsáveis diretos no governo di- tatorial, registros das violações, bem como dos autores e das vítimas. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Ministério da Cultura c)Identificar e sinalizar locais públicos que serviram à repressão ditatorial, bem como locais onde foram ocultados corpos e restos mortais de persegui- dos políticos. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 146 c) Identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionados à prática de violações de direitos humanos, suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos estatais e na sociedade, bem como promover, com base no acesso às informações, os meios e recursos necessários para a localização e identificação de corpos e restos mortais de desaparecidos políticos. (Redação dada pelo Decreto n. 7.177, de 2010) Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Casa Civil da Presidência da República; Ministério da Justiça; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República d)Criar e manter museus, memoriais e centros de documentação sobre a resistência à ditadura. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da Cultura; Secretaria de Rela- ções Institucionais da Presidência da República e)Apoiar técnica e financeiramente a criação de observatórios do Direito à Memória e à Verdade nas universidades e em organizações da sociedade civil. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação f)Desenvolver programas e ações educativas, inclusive a produção de mate- rial didático-pedagógico para ser utilizado pelos sistemas de educação básicae superior sobre o regime de 1964-1985 e sobre a resistência popular à repressão. f) Desenvolver programas e ações educativas, inclusive a produção de material didático-pedagógico para ser utilizado pelos sistemas de educação básica e superior sobre graves violações de direitos humanos ocorridas no período fixado no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988. (Redação dada pelo Decreto n. 7.177, de 2010) Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Ministério da Cul- tura; Ministério de Ciência e Tecnologia http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#adctart8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#adctart8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art4 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 147 Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com promo- ção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a democracia. Objetivo Estratégico I: Suprimir do ordenamento jurídico brasileiro eventuais normas re- manescentes de períodos de exceção que afrontem os compromissos internacionais e os preceitos constitucionais sobre Direitos Humanos. Ações Programáticas: a)Criar grupo de trabalho para acompanhar, discutir e articular, com o Congresso Nacional, iniciativas de legislação propondo: • revogação de leis remanescentes do período 1964-1985 que sejam con- trárias à garantia dos Direitos Humanos ou tenham dado sustentação a gra- ves violações; • revisão de propostas legislativas envolvendo retrocessos na garantia dos Direitos Humanos em geral e no direito à memória e à verdade. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República b)Propor e articular o reconhecimento do status constitucional de instru- mentos internacionais de Direitos Humanos novos ou já existentes ainda não ratificados. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores c) Fomentar debates e divulgar informações no sentido de que logradou- ros, atos e próprios nacionais ou prédios públicos não recebam nomes de GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 148 pessoas identificadas reconhecidamente como torturadores. (Redação dada pelo Decreto n. 7.177, de 2010) Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos da Presidência da República; Casa Civil da Presidência da República; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República d) Acompanhar e monitorar a tramitação judicial dos processos de res- ponsabilização civil sobre casos que envolvam graves violações de direitos humanos praticadas no período fixado no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988. (Redação dada pelo Decreto n. 7.177, de 2010) Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça * http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7177.htm#art5 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 149 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem- -estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pa- cífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Demo- crático de Direito e tem como fundamentos: I – a soberania; II – a cidadania III – a dignidade da pessoa humana; IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei n. 13.874, de 2019) V – o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 150 Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações inter- nacionais pelos seguintes princípios: I – independência nacional; II – prevalência dos direitos humanos; III – autodeterminação dos povos; IV – não intervenção; V – igualdade entre os Estados; VI – defesa da paz; VII – solução pacífica dos conflitos; VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X – concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 151 TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natu- reza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV – é livre a manifestação do pensamento,sendo vedado o anonimato; V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 152 X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral de- corrente de sua violação; XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desas- tre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide Lei n. 13.105, de 2015) (Vigência) XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegrá- ficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por or- dem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de inves- tigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei n. 9.296, de 1996) XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendi- das as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de ca- ráter paramilitar; XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas in- dependem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu fun- cionamento; XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art212%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9296.htm GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 153 XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII – é garantido o direito de propriedade; XXIII – a propriedade atenderá a sua função social; XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por neces- sidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente po- derá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débi- tos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII – são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodu- ção da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respecti- vas representações sindicais e associativas; XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio tem- porário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à pro- priedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econô- mico do País; GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 154 XXX – é garantido o direito de herança; XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus; XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão presta- das no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regula- mento) (Vide Lei n. 12.527, de 2011) XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamen- to de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou con- tra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direi- tos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ame- aça a direito; XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11111.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11111.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm Highlight GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 155 XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liber- dades fundamentais; XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles responden- do os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) XLIV – constitui crime inafiançávele imprescritível a ação de grupos arma- dos, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obriga- ção de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII – não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 156 XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam perma- necer com seus filhos durante o período de amamentação; LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvi- mento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação crimi- nal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento) LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de trans- gressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comu- nicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 157 LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de perma- necer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV – o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do de- positário infiel; LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomo- ção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o respon- sável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente cons- tituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma re- gulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII – conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades gover- namentais ou de caráter público; GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 158 b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Esta- do participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei n. 7.844, de 1989) a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento) LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) LXXIX – é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 115, de 2022) § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem ou- tros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9265.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2267506 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2267506 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 159 § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois tur- nos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) (Vide DLG n. 186, de 2008), (Vide Decreto n. 6.949, de 2009), (Vide DLG 261, de 2015), (Vide Decreto n. 9.522, de 2018) (Vide ADIN 3392) (Vide DLG 1, de 2021), (Vide Decreto n. 10.932, de 2022) § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cujacriação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 90, de 2015) Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em progra- ma permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de aces- so serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária (Incluído pela Emenda Constitucional n. 114, de 2021) Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensa- tória, dentre outros direitos; II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III – fundo de garantia do tempo de serviço; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-186-2008.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-261-2015.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-261-2015.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9522.htm http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2267506 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Congresso/DLG-1-2021.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Congresso/DLG-1-2021.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc90.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc114.htm#art1 Highlight GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 160 IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previ- dência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acor- do coletivo; VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua reten- ção dolosa; XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunera- ção, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme de- finido em lei; XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de bai- xa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998) XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e qua- renta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (Vide Decre- to-Lei n. 5.452, de 1943) XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininter- ruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cin- quenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art7xii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art7xii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art478%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art478%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art59%C2%A71 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 161 XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV – aposentadoria; XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 53, de 2006) XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 28, de 2000) a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 28, de 2000) b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 28, de 2000) XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de cri- tério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 162 XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998) XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatí- cio permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domés- ticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as con- dições estabelecidas em leie observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de tra- balho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 72, de 2013) Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sin- dicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessa- dos, não podendo ser inferior à área de um Município; III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou indi- viduais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art7xxxiii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art7xxxiii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc72.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc72.htm GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 163 IV – a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organiza- ções sindicais; VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ain- da que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover- -lhes o entendimento direto com os empregadores. GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 164 CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE Art. 12. São brasileiros: I – natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estran- geiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a re- sidir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 54, de 2007) II – naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Fe- derativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 1994) § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver re- ciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 1994) § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e natu- ralizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I – de Presidente e Vice-Presidente da República; II – de Presidente da Câmara dos Deputados; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc54.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc54.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12iib http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12iib http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A71 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 165 III – de Presidente do Senado Federal; IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V – da carreira diplomática; VI – de oficial das Forças Armadas. VII – de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucio- nal n. 23, de 1999) § 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de fraude relacionada ao processo de naturalização ou de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 131, de 2023) II – fizer pedido expresso de perda da nacionalidade brasileira perante autoridade brasileira competente, ressalvadas situações que acarretem apa- tridia. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 131, de 2023) a) revogada; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 131, de 2023) b) revogada. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 131, de 2023) § 5º A renúncia da nacionalidade, nos termos do inciso II do § 4º des- te artigo, não impede o interessado de readquirir sua nacionalidade brasi- leira originária, nos termos da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 131, de 2023) Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbo- los próprios. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art12%C2%A73vii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art12%C2%A73vii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc131.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc131.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc131.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc131.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc131.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc131.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso PúblicoNacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 166 CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II – facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I – a nacionalidade brasileira; II – o pleno exercício dos direitos políticos; III – o alistamento eleitoral; IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; V – a filiação partidária; Regulamento VI – a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distri- to Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9096.htm GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 167 § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional n. 16, de 1997) § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Go- vernadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Pre- sidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Fe- deral, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses ante- riores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a mo- ralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder eco- nômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administra- ção direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n. 4, de 1994) § 10 O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11 A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr4.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr4.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr4.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 168 § 12 Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as con- sultas populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 111, de 2021) § 13 As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio e na televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 111, de 2021) Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspen- são só se dará nos casos de: I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II – incapacidade civil absoluta; III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternati- va, nos termos do art. 5º, VIII; V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 4, de 1993) CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políti- cos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartida- rismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento I – caráter nacional; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc04.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9096.htm GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 169 II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou go- verno estrangeiros ou de subordinação a estes; III – prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estru- tura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas elei- ções majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, es- tadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 97, de 2017) § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na for- ma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratui- to ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternati- vamente: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 97, de 2017) I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos vo- tos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n. 97, de 2017) II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 97, de 2017) § 4º É vedada a utilizaçãopelos partidos políticos de organização paramilitar. § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação con- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 170 siderada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda Constitu- cional n. 97, de 2017) § 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Dis- tritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 111, de 2021) § 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de progra- mas de promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 117, de 2022) § 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse partidário. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 117, de 2022) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc117.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc117.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc117.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 171 TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transforma- ção em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmem- brar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municí- pios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Com- plementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabi- lidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar- -lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de in- teresse público; II – recusar fé aos documentos públicos; III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm#art96adct GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 172 CAPÍTULO II DA UNIÃO Art. 20. São bens da União: I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortifi- cações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preser- vação ambiental, definidas em lei; III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu do- mínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros pa- íses, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV – as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 46, de 2005) V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI – o mar territorial; VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII – os potenciais de energia hidráulica; IX – os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X – as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré- -históricos; XI – as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. § 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Fe- deral e aos Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continen- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 173 tal, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 102, de 2019) (Produção de efeito) § 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Art. 21. Compete à União: I – manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; II – declarar a guerra e celebrar a paz; III – assegurar a defesa nacional; IV – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças es- trangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam tempo- rariamente; V – decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; VI – autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;VII – emitir moeda; VIII – administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X – manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permis- são, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 8, de 15/08/95:) XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 174 a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 8, de 15/08/95:) b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento ener- gético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasi- leiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII – organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Dis- trito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 69, de 2012) (Produção de efeito) XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 104, de 2019) XV – organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, ge- ologia e cartografia de âmbito nacional; XVI – exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII – conceder anistia; XVIII – planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX – instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento) XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habita- ção, saneamento básico e transportes urbanos; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 175 XXI – estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII – executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fron- teiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) XXIII – explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e re- processamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utili- zação de radioisótopos para pesquisa e uso agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 118, de 2022) c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercializa- ção e a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso médicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 118, de 2022) d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 49, de 2006) XXIV – organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXV – estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. XXVI – organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 115, de 2022) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II – desapropriação; III – requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV – águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V – serviço postal; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art2 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 176 VI – sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII – política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII – comércio exterior e interestadual; IX – diretrizes da política nacional de transportes; X – regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e ae- roespacial; XI – trânsito e transporte; XII – jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII – nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV – populações indígenas; XV – emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de es- trangeiros; XVI – organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII – organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 69, de 2012) (Produção de efeito) XVIII – sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX – sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX – sistemas de consórcios e sorteios; XXI – normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) XXII – competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviá- ria federais; XXIII – seguridade social; XXIV – diretrizes e bases da educação nacional; XXV – registros públicos; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 177 XXVI – atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalida- des, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) XXVIII – defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX – propaganda comercial. XXX – proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 115, de 2022) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democrá- ticas e conservar o patrimônio público; II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pes- soas portadoras de deficiência; (Vide ADPF 672) III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitu- cional n. 85, de 2015) VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art3 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 178 VII – preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; (Vide ADPF 672) X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, pro- movendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pes- quisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional n. 53, de 2006) Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar con- correntemente sobre: I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei n. 13.874, de 2019) II – orçamento; III – juntas comerciais; IV – custas dos serviços forenses; V – produção e consumo; VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 179 IX – educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 85, de 2015) X – criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI – procedimentos em matéria processual; XII – previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide ADPF 672) XIII – assistência jurídica e Defensoria pública; XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV – proteção à infância e à juventude; XVI – organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar- -se-á a estabelecer normas gerais. (Vide Lei n. 13.874, de 2019) § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. (Vide Lei n. 13.874, de 2019) § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. (Vide Lei n. 13.874, de 2019) § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a efi- cácia da lei estadual, no que lhe for contrário. (Vide Lei n. 13.874, de 2019) CAPÍTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam ve- dadas por esta Constituição. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitu- cional n. 5, de 1995) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 180 § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões me- tropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupa- mentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento ea execução de funções públicas de interesse comum. Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depó- sito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domí- nio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incor- poração às Forças Armadas. § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Re- dação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os res- pectivos cargos. § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 181 Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 111, de 2021) § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observa- do o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) CAPÍTULO IV DOS MUNICÍPIOS Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois tur- nos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 16, de1997) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art77 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 182 III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano sub- sequente ao da eleição; IV – para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limi- te máximo de: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide ADIN 4307) a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habi- tantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emen- da Constitucional n. 58, de 2009) c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquen- ta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (In- cluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (In- cluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (tre- zentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habi- tantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art3 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4307&processo=4307 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 183 i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (qua- trocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habi- tantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seis- centos mil) habitantese de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitan- tes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (se- tecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habi- tantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (nove- centos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habi- tantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e du- zentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e tre- zentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e qui- nhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oito- centos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 184 r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três mi- lhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitan- tes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habi- tantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitan- tes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 58, de 2009) V – subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional n. 19, de 1998) VI – o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Mu- nicipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art29v http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art29v http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 185 a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Verea- dores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) VII – o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) VIII – inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) IX – proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assem- bleia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 186 X – julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) XI – organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Muni- cipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) XII – cooperação das associações representativas no planejamento muni- cipal; (Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Muni- cípio, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucio- nal n. 1, de 1992) XIV – perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não pode- rá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) (Vide Emenda Constitucional n. 109, de 2021) (Vigência) I – 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucio- nal n. 58, de 2009) (Produção de efeito) II – 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n. 58, de 2009) III – 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n. 58, de 2009) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm#art28%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm#art28%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 187 IV – 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n. 58, de 2009) V – 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional n. 58, de 2009) VI – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional n. 58, de 2009) § 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Ve- readores. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) § 2º Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) I – efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) II – não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) III – enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) § 3º Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Munici- pal o desrespeito ao § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 25, de 2000) Art. 30. Compete aos Municípios: I – legislar sobre assuntos de interesse local; II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (Vide ADPF 672) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 188 III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como apli- car suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislaçãoestadual; V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou per- missão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte cole- tivo, que tem caráter essencial; VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 53, de 2006) VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual pode- rá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 189 CAPÍTULO V DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS Seção I Do Distrito Federal Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reser- vadas aos Estados e Municípios. § 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. § 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Fede- ral, da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 104, de 2019) Seção II Dos Territórios Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se apli- cará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título. § 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art2 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 190 § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. CAPÍTULO VI DA INTERVENÇÃO Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I – manter a integridade nacional; II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos con- secutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos esta- duais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e de- senvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 191 Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Mu- nicípios localizados em Território Federal, exceto quando: I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos conse- cutivos, a dívida fundada; II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000) IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para pro- ver a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I – no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; II – no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; III – de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de re- cusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) IV – (Revogado pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será sub- metido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art9 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 192 § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, oudo art. 35, IV, dispensada a apre- ciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto li- mitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I Disposições Gerais Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên- cia e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasilei- ros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos es- trangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, pror- rogável uma vez, por igual período; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 193 IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocu- pantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramen- to; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determina- do para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; (Vide Emenda constitucional n. 106, de 2020) X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anu- al, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) (Regulamento) XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e em- pregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos mem- bros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumula- tivamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra na- tureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsí- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10331.htm GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 194 dio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Go- vernador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribu- nal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003) XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies re- muneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulterio- res; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) XV – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste ar- tigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quan- do houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o dispos- to no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitu- cional n. 19, de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 34, de 2001) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc34.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc34.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 -Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 195 XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abran- ge autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais se- tores administrativos, na forma da lei; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fun- dação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de sub- sidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a partici- pação de qualquer delas em empresa privada; XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, servi- ços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigên- cias de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumpri- mento das obrigações. (Regulamento) XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 196 § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracteri- zem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. § 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administra- ção pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a ava- liação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações so- bre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) (Vide Lei n. 12.527, de 2011) III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. (Incluído pela Emen- da Constitucional n. 19, de 1998) § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalva- das as respectivas ações de ressarcimento. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado presta- doras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 197 § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a infor- mações privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e enti- dades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante con- trato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) (Regulamento) (Vigência) I – o prazo de duração do contrato; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obriga- ções e responsabilidade dos dirigentes; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) III – a remuneração do pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às socie- dades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- tucional n. 19, de 1998) § 10 É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria de- correntes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, em- prego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional n. 20, de 1998) § 11 Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 47, de 2005) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13934.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13934.htm#art12 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art37%C2%A710 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art37%C2%A710 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art11 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 198 § 12 Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facul- tado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emen- da às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste pa- rágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 47, de 2005) § 13 O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, en- quanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 14 A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribui- ção decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 15 É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públi- cos e de pensões por morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 16 Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou con- juntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 199 Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e funda- cional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horá- rios, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será apli- cada a norma do inciso anterior; IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de man- dato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V – na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) Seção II DOS SERVIDORES PÚBLICOS (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 18, de 1998) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fun- dações públicas. (Vide ADI n. 2.135) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) (Vide ADI n. 2.135) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc18.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc18.htm#art2 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=11299 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=11299 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 200 § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal n. 19, de 1998) I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos car- gos componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) II – os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) III – as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo- -se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a na- tureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusiva- mente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra es- pécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art4 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 201 § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disci- plinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do ser- viço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira po- derá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) § 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensio- nistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) I – por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obriga- tória a realização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 202 II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contri- buição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitu- cional n. 88, de 2015) (Vide Lei Complementar n. 152, de 2015) III – no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mu- lher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei comple- mentar do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitu- cional n. 103, de 2019) § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disci- plinadas em lei do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para con- cessão de benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela Emenda Consti- tucional n. 103, de 2019) § 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicos- social realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc88.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc88.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp152.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CNU - Concurso Público Nacional Unificado Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos - Pós-Edital 203 de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agen- tes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (In- cluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) § 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103,