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CLÍNICA PSICANALÍTICA Prof: Esp. Fabiano Ribeiro FORMAÇÃO DO INCONSCIENTE: • Sonhos; • Lapsos; • Atos falhos; • Chistes; SONHOS • O sonho como realização de desejos, é possível compreender o sonho como “porta de acesso” aos conteúdos inconscientes. • Tais conteúdos travestem-se de alusões e simbolismos revelando-se fragmentadamente no sonho através de experiências alucinatórias e conflitivas, em que “a pessoa que sonha sabe o significado do seu sonho, mas não sabe que sabe [...] porque a censura a impede de saber” . SONHOS • Os sonhos noturnos devem ser entendidos da forma que nos propôs, pensamentos que em vida de vigília tornaram- se insuportáveis ao ego (Freud, 1900/1972). • Em razão de estarmos dormindo, o ego, agora imbuído de outras funções, sendo uma das principais a de nos manter dormindo, tem suas defesas "rebaixadas". • Esses pensamentos, insuportáveis em vida de vigília, ganham, a possibilidade de virem à consciência. Passarão por transformações e se mostrarão em forma de imagens, de cenários que serão vividos como agradáveis ou aterrorizantes. SONHOS • O sonho é composto de um conteúdo manifesto e um conteúdo latente; • O sonho tem a função de manutenção do sono. Pode, posteriormente, ser utilizado para a investigação da vida mental, própria ou do analisando; • O trabalho onírico transforma o conteúdo latente em conteúdo manifesto; CONTEÚDO MANIFESTO • Aqueles conteúdos que se apresentam no sonho; • Exemplo: Materiais de construção, setting analítico etc. CONTEÚDO LATENTE • Conteúdos que não se apresentam de forma direta. Local onde se localiza o desejo na sua forma mais pura. • Sofre censura. • Exemplo: A construção que o paciente faz devido ao processo de análise. SONHOS • O trabalho onírico se compõe de condensação, deslocamento, figuração ou adaptabilidade e elaboração secundária; • Durante o estado do sono há um relaxamento da repressão e da censura, assim, os impulsos inconscientes recalcados, se agregam aos pensamentos latentes pré-conscientes, e se dá o trabalho onírico, • O sonho, apresentando-se com a forma de desejos realizados; CONDENSAÇÃO • O sonho é um fragmento pequeno, mas quando vamos analisar ele se torna grande. • Um sintoma e suas várias formações (traumas); • Comum sujeitos sonharem com rostos, partes do corpo, vestimentas tudo em uma única pessoa. • “Tradução abreviada” do conteúdo latente ao manifesto. DESLOCAMENTO • Consiste em “disfarçar” a importância de um conteúdo deslocando-o para um elemento que aparente menor significância ou o substituindo por outro que não possui nenhum valor psíquico. • É um mecanismo de característica “despistadora” do sonho, faz o sonhador perguntar-se “Mas por que eu sonhei com isso?” FIGURAÇÃO • Seleção e transformação dos pensamentos do sonho em imagens, ou pensamentos. • Simbolismo; • É responsável pela distorção resultante da elaboração onírica. “O sonho é um pensamento que se vê". ELABORAÇÃO SECUNDÁRIO • Também conhecido como "considerações de inteligibilidade". A imagem correspondente que sugiro é a de uma espécie de "arrumação". • A censura que não foi totalmente abolida durante o sono, bem como os elementos conscientes e o superego, serão os encarregados por deixar o trabalho do sonho em condições de apresentabilidade. SONHOS • O trabalho onírico se compõe de condensação, deslocamento, consideração à apresentabilidade e elaboração secundária; • Durante o estado do sono há um relaxamento da repressão e da censura, assim, os impulsos inconscientes recalcados, se agregam aos pensamentos latentes pré-conscientes, e se dá o trabalho onírico, • O sonho, apresentando-se com a forma de desejos realizados; SONHOS • O trabalho onírico em si não cria nem pensa nada de novo, somente transforma o modo de apresentação dos conteúdos psíquicos inconscientes e pré- conscientes para outra linguagem, aquela dos processos primários. • Por meio de um processo intenso de compressão, que se dá pelos mecanismos de deslocamento e condensação, o trabalho onírico apresenta aqueles mesmos conteúdos (latentes) em outra forma, predominantemente de imagens visuais, na mente durante o sonho; SONHOS • Ao dormir as vias de descarga motora apoiadas nos objetos da realidade externa estão bloqueadas, causando um refluxo de energia e uma regressão tópica, e levando a um funcionamento na borda da alucinação; • Nunca se termina ou esgota uma interpretação, ideia expressa já em 1900, sobre o "umbigo do sonho", que o liga ao desconhecido, inalcançável. SONHOS Freud (1900 ) explica que a expressão “isso foi apenas um sonho ” é uma ação da censura com o intuito de que o sonhador não dê importância ao que foi sonhado possibilitando que sonho siga sem ser interrompido. EXEMPLO DE UMA INTERPRETAÇÃO DE SONHOS NA ANÁLISE TEXTO NA ÍNTEGRA http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352017000200007 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352017000200007 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352017000200007 INDICAÇÃO DE LEITURA FREUD, S. (1900). A interpretação dos sonhos. In: FREUD, S. Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996. vol. IV e V.