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Resumo o Discurso do Desejo Interpretação dos Sonhos

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O DISCURSO DO DESEJO: A INTERPRETAÇÃO DOS
SONHOS
● Freud escreveu que os impulsos hostis dirigidos contra os pais são um elemento integrante da neuroses e
que, no filho, esse desejo de morte está voltado contra o pai, enquanto na filha está voltado contra mãe =
Complexo de Édipo.
● Os sonhos neuróticos não diferem do sonho das pessoas normais.
● Uma pessoa sadia é virtualmente neurótica, só que os únicos sintomas que ela consegue produzir são os
seus sonhos.
● Os sonhos não são apenas a via privilegiada de acesso ao inconsciente, eles são também o ponto de
articulação entre o normal e o anormal.
● Ponto de partida:
1. Os sonhos não são absurdos mas possuem um sentido.
2. Os sonhos são realizações de desejos.
Os sonhos são produções e comunicações da pessoa que sonha
⬇
O que é interpretado é o relato do sonhador e não o sonho
⬇
A pessoa que sonha sabe o significado de seu sonho, apenas não sabe que sabe, e isso ocorre porque a
censura impede de saber
⬇
A função da interpretação é produzir inteligibilidade e buscar sentido oculto.
SENTIDO E INTERPRETAÇÃO:
➡ Ex: Quando estamos com sede e sonhamos que estamos bebendo água
● O sonho é uma forma disfarçada de realização de desejos (a censura opera uma deformação onírica)
● O sonho que recordamos foi submetido a uma deformação cujo objetivo é proteger o sujeito do caráter
ameaçador dos seus desejos.
● O sonho se inscreve em dois registros: o que corresponde ao sonho lembrado e contado pela pessoa, e um
outro oculto, inconsciente, que pretendemos atingir pela interpretação
● Encontrar o sentido de um sonho é percorrer o caminho que nos leva do conteúdo manifesto aos
pensamentos latentes,e o procedimento que permite isso é a
interpretação.
● O conteúdo latente dos sonhos é suprimido e escondido pela
mente subconsciente, a fim de proteger o indivíduo de
pensamentos e sentimentos que são difíceis de lidar e o conteúdo
manifesto nada mais é do que o relato descritivo do que o sujeito
faz do seu sonho
● O que se interpreta não é o sonho sonhado, mas o relato do
sonho.
● O trabalho da interpretação é realizado ao nível da linguagem e não
ao nível das imagens oníricas recordadas pelo paciente.
● Métodos de interpretação anteriores:
1. Simbólico - em que o sonho é analisado em seu aspecto geral, procurando substituí-lo por outro que lhe
seja análogo e inteligível
2. Decifração - trata os sonhos como uma espécie de criptografia: cada signo pode ser traduzido por outro
signo de significado conhecido, de acordo com o código fixo.
O DISCURSO DO DESEJO: A INTERPRETAÇÃO DOS
SONHOS
● Inconsciente comumente aparece como aquilo de que se fala, quando, na realidade, ele fala à sua maneira,
com sua sintaxe particularmente.
● Como se dá a formação do sonho? O que são esses conteúdos que imaginamos, fantasiamos quando
estamos dormindo? São restos do nosso dia, coisas que aconteceram no nosso dia que são adicionados a
conteúdos inconscientes infantis e a partir dessa somatória dos conteúdos restos diurnos e mais nosso
conteúdo inconsciente se dá a manifestação do sonho
ELABORAÇÃO ONÍRICA E INTERPRETAÇÃO:
● A racionalidade: afasta o desejo para encontrar a verdade
● A psicanálise vai procurar exatamente a verdade do desejo
➔ Sua função é fazer aparecer o desejo que o discurso oculta, e esse desejo é de nossa infância
➔ O único modo desse desejo aparecer, de passar a barreira imposta continuamente pela censura, é de forma
distorcida, cujo o exemplo é o sonho manifesto
➔ O sonho manifesto, assim como os sintomas, são o efeito de uma distorção cuja a causa é a censura
➔ Distorção = Elaboração onírica ou trabalho do sonho
⬇
➔ O trabalho que transforma os pensamentos latentes em conteúdo manifesto, impondo-lhes uma distorção
que os torna inacessíveis ao sonhador - elaboração onírica
● Mecanismos fundamentais do trabalho do sonho:
1. CONDENSAÇÃO: O conteúdo manifesto é uma versão abreviada do conteúdo latente. E pode ser de três
maneiras:➡ (junção ou a fragmentação)
➔ Primeiro, omitindo determinados elementos do conteúdo latente
➔ Segundo, permitindo que apenas um fragmento de alguns complexos do sonho latente apareça no
sonho manifesto
➔ Terceiro, combinando vários elementos do conteúdo latente que possuem algo em comum num único
elemento do conteúdo manifesto
2. DESLOCAMENTO: Censura dos sonhos. Opera em duas maneiras:
➔ Primeira, pela substituição de um elemento latente por um outra mais remoto que funciona em relação
ao primeiro como uma simples alusão
➔ A segunda maneira é quando o acento é mudado de um elemento importante para outros sem
importância, é uma forma de descentramento da importância
➡ (deslocamento para outros objetos, outros sentidos invertidos e valores)
3. FIGURAÇÃO: Consiste ela na seleção e transformação dos pensamentos do sonho em imagem
➔ Essas transformações não afeta a totalidade dos pensamentos oníricos. alguns deles conservam sua
forma original e aparecem no sonho manifesto também como pensamento
➔ Esse mecanismo é responsável pela distorção da elaboração onírica
4. ELABORAÇÃO SECUNDÁRIA: É a modificação do sonho a fim de que ele apareça sob a forma de uma
história coerente e compreensível
➔ A sua finalidade é que o sonho perca sua aparência de absurdidade, aproximando-o do pensamento
diurno
O DISCURSO DO DESEJO: A INTERPRETAÇÃO DOS
SONHOS
SOBREDETERMINAÇÃO E SUPERINTERPRETAÇÃO
● Todo sonho é sobredeterminado (um mesmo elemento do sonho manifesto pode nos remeter a série de
pensamentos latentes inteiramente diferentes) *os sonhos lembrados podem representar diferentes formas
de pensamentos que estão no nosso inconsciente
● A sobredeterminação é característica de qualquer formação do inconsciente
● Sobredeterminação atinge tanto o sonho considerado como um todo como seus elementos considerados
isoladamente
● A sobredeterminação diz respeito à relação do conteúdo manifesto com pensamentos latentes e não aos
pensamentos latentes entre si
● A superinterpretação é uma segunda interpretação que se sobrepõe à primeira e que nos fornece um outro
significado do sonho distinto daquele que foi obtido pela interpretação original
● Interpretação é portadora de uma incompletude essencial
O SIMBOLISMO NOS SONHOS
● A palavra “símbolo” era empregada, dentre outras maneiras, para designar as duas metades de um objeto
partido que se aproximavam
● O símbolo já era, desde Aristóteles, visto como um signo convencional (não natural)
● Segundo Peirce, o signo é aquilo que representa alguma coisa. Em função da sua relação com o objeto
pode ser denominado:
● O símbolo não pertence ao universo físico ou biológico e sim ao universo do sentido
● Lévi-Strauss vai colocar o simbólico como próprio a priori do social
⬇
A vida social só pode emergir a partir do pensamento simbólico. O simbólico não é o ponto de chegada
do social, mas o seu ponto de partida
● Simbologia na obra de Freud:
➔ Utiliza como sinônimo de “sintoma mnêmico" ou “sintoma histérico” : o signo não expressa o ato
traumático, apenas associa-se a ele temporalmente
O CAPÍTULO VII E A PRIMEIRA TÓPICA
● A tópica do capítulo VII refere-se aos vários modos e graus de distribuição do desejo, sendo que os
lugares aos quais ele se refere são lugares metafóricos e não lugares anatômicos
● A primeira tópica freudiana, isto é, a concepção do aparelho psíquico formado por instâncias ou
sistemas: inconsciente, pré-conciente e o consciente
O DISCURSO DO DESEJO: A INTERPRETAÇÃO DOS
SONHOS
● Esse aparelho é orientado no sentido progresivo- regressivo e é marcado pelo conflito entre
sistemas, o que o torna a concepção tópica inseparável da concepção dinâmica.
OS SISTEMAS Ics, Pcs E Cs
● Essa tópica pretende expressar é o sentido progressivo- regressivo do funcionamento do aparelho
psíquico, e é nessa medida que o conceito de regressão se impõem
● O fluxo de excitação que percorreria o aparelho do sistema P até a via motora é chamado por Freud
de “progressivo”, e a excitação que o percorreria no sentido inverso - ou seja, dos sistemas de
memória ao sistema P - caminharia,portanto, em sentido “regressivo”
● Nossa atividade psíquica inicia-se a partir de estímulos (internos ou externos) e termina numa
descarga motora
● A primeira representação do aparelho seria a de um conjunto formado por dois sistemas:
1. Sistema perceptivo- Pcpt: Localizado na extremidade sensória do aparelho, recebe estímulos
2. Sistema motor- M : Ficaria localizado na extremidade motora, daria acesso à atividade motora
● As percepções deixavam traços de memória na extremidade sensória e estes traços eram
considerados por Freud como modificações permanentes dos elementos do sistema
● O mesmo sistema não poderia reter modificações e continuar sempre aberto à percepção, isto é,
como ele não poderia desempenhar, simultaneamente, as funções de percepção e de memória,
impunha-se uma distinção entre a parte responsável pela recepção dos estímulos (Pept) e a parte
responsável pelo armazenamento dos traços (Mnem)
● O sistema Pect situa na frente do aparelho psíquico, recebe os estímulos perceptivos, mas não
os registra nem os associa, isso porque ele necessita ficar permanentemente abertos aos novos
estímulos
● As funções de armazenamento e de associação ficam reservadas aos vários sistemas
mnêmicos que recebem as excitações do primeiro sistema e as transformam em traços
permanentes
● A associação entre traços ocorre apenas no interior dos sistemas mnêmicos.
O DISCURSO DO DESEJO: A INTERPRETAÇÃO DOS
SONHOS
REGRESSÃO
● Uma pessoa adulta está sob grande estresse no tra no trabalho e começa a gir como criança,
chorando, tendo acessos de raiva e birras
● Exemplo: O adulto está estressado e começa a chupar o dedo
RECALQUE
● Processo psicológico no qual o indivíduo reprime ou empurra para o inconsciente
pensamentos , emoções ou impulsos que são considerados inaceitáveis ou perturbadores para
consciência
● Mecanismo de defesa, em que a pessoa remete para o inconsciente aquilo que vai contra as
pulsões do seu próprio “eu”.
● Ex: Pode ser uma pessoa que se sente sexualmente atraída por alguém do mesmo sexo, mas
não consegue admitir isso para si mesma ou para os outros devido a crenças internalizadas
homofóbicas ou tabus sociais.
● O recalque é um tipo de censura
● Recalque primário: refere-se ao processo inicial pelo qual um conteúdo mental ou emocional
é reprimido e deslocado do consciente para o inconsciente. Esse processo é automático e
ocorre em resposta a um estímulo ou situação que é percebida como ameaçadora para o ego.
➔ Por exemplo, uma criança que testemunha a morte repentina de um ente querido pode
reprimir o evento e tentar esquecê-lo para evitar a dor emocional associada a ele. Esse
conteúdo reprimido pode permanecer no inconsciente e causar sintomas psicológicos ou
emocionais mais tarde na vida.
● Recalque secundário: refere-se ao processo de manter o conteúdo reprimido no inconsciente e
impedir sua ressurgência no consciente. Esse processo é mais ativo e envolve o uso de outras
defesas, como a negação ou a racionalização, para manter o conteúdo reprimido no
inconsciente.
➔ Por exemplo, uma pessoa pode negar a atração que sente por alguém do mesmo sexo,
reprimindo o desejo consciente, e usar a racionalização para explicar essa negação em termos
socialmente aceitáveis. Esse processo de recalque secundário pode ajudar a pessoa a evitar a
dor emocional ou a rejeição social associada ao desejo reprimido