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Aspectos Psicológicos na Fibromialgia Gabriel Henrique Rogge Possamai Se um paciente chegar assim? E deste modo? Queixas Inespecíficas Dor difusa Indisposição Fadiga crônica Alterações no padrão de sono Alterações no humor Podemos pensar em Fibromialgia? SIM E por que devemos pensar em Fibromialgia? • É considerada um problema de saúde pública, porque além de ser um desafio para um bom diagnóstico para os médicos da atenção básica gera um custo elevado para o SUS • Causa grande prejuízo funcional aos pacientes Etiopatogenia • Pouco esclarecida • Multifatorial • Sensibilização central • Áreas matriciais da dor no cérebro são mais ativadas • Hipersensibilidade à percepção da dor. Experimento Rubber A hipervigilância constante da dor também está associada a inúmeros problemas psicológicos. Níveis elevados dos neurotransmissores excitatórios como glutamato e substância P Níveis reduzidos de serotonina e norepinefrina nas vias anti-nociceptivas descendentes na medula espinhal, Aumento prolongado das sensações de dor Desregulação da dopamina, alteração na atividade de opioides endógenos cerebrais. • Jung, Y. H. et al (2021) realizou um estudo com espectroscopia de ressonância magnética de protóns para identificar neurometabólitos no córtex, tálamo e insula. • Portadores de SFM e depressão demonstraram aumento do fluxo sanguíneo cerebral na amigdala e insula anterior, áreas importantes na resposta afetiva à dor. • Isso infere que, pacientes que portam concomitantemente SFM e depressão tem uma maior sensibilidade à dor, podendo ser essa uma das causas de tais patologias cursarem juntas em tantos casos Resumindo • A circulação de certos neurotransmissores é afetada, não apenas contribuindo para o surgimento e/ou manutenção de sintomas depressivos e ansiosos, mas também alterando a percepção de dor do indivíduo, fazendo com que perceba como dolorosos alguns estímulos que não seriam dolorosos para outras pessoas. Relação com transtornos mentais • A depressão é o transtorno psicológico mais frequente entre os pacientes com fibromialgia. • A prevalência da síndrome depressiva entre os pacientes com fibromialgia é de aproximadamente 28-30% • TAG/TEPT/TAB Ciclo de interação • O problema é que parece existir uma vida de mão dupla: • Se a fibromialgia aumenta os sintomas de transtornos mentais, os transtornos, por sua vez, também intensificam os sintomas da fibromialgia. • Em outras palavras, o emocional e psicológico pode afetar diretamente como os sintomas da fibromialgia se manifestam. Sono • Achados evidenciaram que a má qualidade do sono tanto precede a dor na fibromialgia quanto exacerba os sintomas. • Desta forma, um sono pobre, especialmente quando crônico, parece aumentar a vulnerabilidade à dor e diminuir a funcionalidade física, favorecendo assim, a depressão. • A deterioração mental pode ser estabelecida antes mesmo da manifestação da SFM. O que vamos fazer? • Segundo a evidência atualmente disponível, o tratamento da fibromialgia é multidisciplinar. • É necessário reforçar a importância das medidas não farmacológicas (principalmente exercícios físicos) e estimular a participação ativa do paciente no tratamento e sempre orientar sobre a benignidade da condição. • Além disso a orientação sobre a doença, higiene do sono, atividades físicas, terapia cognitivo-comportamental são pilares do tratamento. Slide 1: Aspectos Psicológicos na Fibromialgia Slide 2: Se um paciente chegar assim? Slide 3: E deste modo? Slide 4: Queixas Inespecíficas Slide 5: Podemos pensar em Fibromialgia? Slide 6: E por que devemos pensar em Fibromialgia? Slide 7: Etiopatogenia Slide 8: Experimento Rubber Slide 9 Slide 10 Slide 11: Resumindo Slide 12: Relação com transtornos mentais Slide 13: Ciclo de interação Slide 14: Sono Slide 15: O que vamos fazer?