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A CAÇADA AO HOMEM DA MEIA NOITE
TEXTO: BRUNO CASALUNGA &
MARIA EDUARDA ASSIS CRUZ
CENA 1
ALÍCIA - No início da década de 30, perambulava pelas ruas de Olinda um homem alto bonitão, usando um elegante terno e dente de ouro, que só aparecia por volta da meia-noite e depois ninguém mais sabia do seu paradeiro.
Entram os delegados...
DANIEL: Tenho certeza que ele foi por ali (aponta para a esquerda) PEDRO HENRIQUE - Não foi não... Foi por ali... (aponta para a direita)
(Repetem duas vezes)
ALÍCIA - Descobriu-se, então, que o galanteador pulava janelas de sobrados olindenses para namorar as donzelas.
(Entram as meninas com uma flor)
ÁGATHA - Eu tenho certeza que ele vai casar "com eu"! ANA SOFIA - Não vai não... Ele vai é casar "com eu"!
(Entra uma terceira criança, muito brava)
MELISSA: Eu posso saber o que as duas "dondocas" estão fazendo aqui num horário desse? ÁGATHA - Estávamos indo pra casa!
ANA SOFIA - É VERDADE!
MELISSA - Pois as duas esqueceram onde moram, é? (aponta pro lado oposto delas) - Moramos perto da igreja!
AS DUAS - É VERDADE!
ALÍCIA - Pois a confusão toda começou depois da chegada do xerife! (Xerfife entra)
MURILO - Posso saber o que as três crianças estão fazendo na rua num horário desses?
MELISSA - Foi exatamente o que eu perguntei, seu xerife! MURILO - "Ocês" nunca ouviram falar no Homem da Meia Noite? AS DUAS - Não!
MURILO - Pois a partir de agora as três estão proibidas de ficar passeando pelas ruas de Olinda depois das dez horas...
MELISSA (ofendida) - Viu... E ainda sobra pra mim! Vamos que eu vou contar tudo pra vovó! (Saem as três meninas)
ALÍCIA - O problema, minha gente, é que abriu-se na cidade uma verdadeira onda de medo... Todo mundo falava do homem, mas morriam de medo de encontrar com ele frente a frente!
CENA 2
(Entram os delegados)
DANIEL - Guardas!
(Entram os guardas) PEDRO ROCHA - Chamou "foi"? JORGE - Eu ouvi de longe...
PEDRO HENRIQUE - CHAMAMOS SIM!
DANIEL - A partir de hoje vocês vão ficar aqui de madrugada A PARTIR da meia noite! GUARDAS - O QUE?
PEDRO ROCHA - Eu não posso! JORGE - Muito menos eu...
DANIEL - Pois eu to achando é que vocês estão com medo! PEDRO ROCHA - Eu não!
JORGE - Muito menos eu...
PEDRO HENRIQUE - É por um motivo urgente!
PEDRO ROCHA - Oxi... Mas se é tão urgente assim, por que vocês mesmos não ficam aqui? JORGE - A delegacia tem que ficar aberta a noite toda!
PEDRO ROCHA - É verdade?
ALICIA - Dada a confusão, o problema foi parar na PREFEITURA! E o prefeito chamou todo mundo e deu a ordem:
HEITOR - A partir de hoje a delegacia ficará aberta a noite toda e se pegarmos alguém "perambulando" por aí... Vai preso. Até a gente achar o Homem da Meia Noite.
ALICIA - E o que aconteceu? Uma vez por noite um guarda ficava perambulando "de um canto pro outro"
PEDRO ROCHA - Eu não tenho medo... Mas não quero encontrar com o homem não... Eu vou é pra casa!
(Entra o xerife)
MURILO - O que você ta fazendo aqui? PEDRO ROCHA - Oxi! To trabalhando! MURILO - Pois agora ta preso!
(Saem os dois)
ALÍCIA - No dia seguinte...
CENA 3
(Entra o segundo guarda) MURILO - O que você ta fazendo aqui? JORGE - Oxi! To trabalhando!
MURILO - Pois agora ta preso! (Saem os dois)
ALÍCIA - Pois de tanto prender os outros sem motivo, a cidade foi ficando cada vez mais perigosa... E não é que em plena meia noite apareceram duas meninas desesperadas...
(Entram as meninas)
ÁGATHA - Delegados... Delegados... DANIEL - O QUE ACONTECEU?
MELISSA - Nossa parente sumiu! PEDRO HENRIQUE - O que?
DANIEL - Só pode ter sido o Homem da Meia Noite! MELISSA - É isso que dá não escutar as mais velhas! ALÍCIA - No dia seguinte a menina apareceu!
TODO O ELENCO - Graças a Deus!
ALÍCIA - Mas não revelou o motivo do sumiço! ANA SOFIA - Sai pra dar uma volta e me perdi... MELISSA - Que história mal contada...
ALICIA - Pois no mesmo dia... Olha o que aconteceu! ANA SOFIA - Delegados... Delegados...
DANIEL - O QUE ACONTECEU?
MELISSA - Nossa parente sumiu!
PEDRO HENRIQUE - O que?
DANIEL - Só pode ter sido o Homem da Meia Noite!
MELISSA - Mas não é possível, nem parece que moramos numa cidade pequena! ALÍCIA - Fato que tudo que acontecia, botavam a culpa no coitado...
ÁGATHA - PERDI MEU BRINCO...
ELENCO - FOI O HOMEM DA MEIA NOITE ENZO - QUEBROU MEU COPO
ELENCO - FOI O HOMEM DA MEIA NOITE
ENZO - A IGREJA ESTAVA FECHADA NO DOMINGO ELENCO - FOI O HOMEM DA MEIA NOITE
ENZO - SUMIU MEU CHAPEU
ELENCO - FOI O HOMEM DA MEIA NOITE MURILO - CHEGA!
HEITOR - A PARTIR DE AGORA ESTÁ PROIBIDO FALAR ESSE NOME AQUI NA CIDADE! ENZO - O HOMEM DA MEIA NOITE?
HEITOR - Sim!
ALÍCIA - Pois para a surpresa de TODOS! Uma bela noite apareceu um homem alto, estranhíssimo que ficou perambulando pelo centro da cidade! Não tinha uma alma na rua... Até a chegada de uma mulher estranhíssima, que nem ele!
PEDRO JORGE - Que bela dama!
MANU - Obrigada! Assim você me deixa sem graça!
ALÍCIA - Pois foi uma paixão a primeira vista, que alvoroçou ainda mais todo mundo! PEDRO ROCHA - Ele era grande!
JORGE - Ele era gordo! HEITOR - Ele era feio! MURILO - Eu só vi a sombra!
PEDRO JORGE – Quer casar “com eu”?
MANU - NÃO SEI... Acho que sim... Acho que não! Acho que não sei! PEDRO JORGE – Pois então, decida!
MANU – Sim, sim...
ALICIA - Misterioso, ou não... O tal homem e a tal mulher se casaram na igreja da cidade A MEIA NOITE! E depois daquele dia NUNCA MAIS ouviu-se falar nele! Só no carnaval de Olinda, com um bloco fundado por BENEDITO BARBAÇA e LUCIANO DE QUEIROZ...
CENA 4
(Volta a roda das crianças)
MELISSA - E essa era uma história contada por minha avó... TODOS - QUE LEGAL...
ÁGATHA - Olha gente... O bloco ta chegando...
(Entra o Bloco do Homem da Meia Noite... Fim da peça)
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