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CONCEITOS 
PSICOPEDAGÓGICOS
2
Juliana Zantut Nutti
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A 
2022
CONCEITOS PSICOPEDAGÓGICOS
1ª edição
3
2022
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
Head de Platos Soluções Educacionais S.A
Silvia Rodrigues Cima Bizatto
Conselho Acadêmico
Alessandra Cristina Fahl 
Ana Carolina Gulelmo Staut
Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Coordenador
Giani Vendramel de Oliveira
Revisor
Nancy Capretz Batista da Silva
Editorial
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Márcia Regina Silva
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
_____________________________________________________________________________ 
 Nutti, Juliana Zantut
Conceitos psicopedagógicos / Juliana Zantut Nutti. – 
 São Paulo: Platos Soluções Educacionais S.A., 2022. 
 S.A., 2022. 
 32 p.
ISBN 978-65-5356-301-8
 1. Ética. 2. Intervenção. 3. Construção. I. Título. 
3. Técnicas de speaking, listening e writing. I. Título. 
CDD 370
_____________________________________________________________________________ 
 Evelyn Moraes – CRB: 010289/O
N985c
© 2022 por Platos Soluções Educacionais S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A.
https://www.platosedu.com.br/
4
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina __________________________________ 05
A construção da Psicopedagogia no mundo e no Brasil ______ 07
ABPp: regulamentação da profissão e ética profissional _____ 17
O objeto de estudo da Psicopedagogia: a aprendizagem e 
suas dificuldades _____________________________________________ 27
Intervenção psicopedagógica e interface com 
as Neurociências _____________________________________________ 38
CONCEITOS PSICOPEDAGÓGICOS
5
Apresentação da disciplina
Seja bem-vindo à disciplina Conceitos psicopedagógicos! Durante nossas 
aulas, abordaremos temas de interesse para a formação na área 
de Psicopedagogia, como a contextualização histórica do campo de 
conhecimento psicopedagógico, a definição do papel profissional do 
psicopedagogo, seu objeto de estudo, os princípios do código de ética 
e a definição de sujeito e de campos de atuação. Analisaremos a práxis 
psicopedagógica diante do fenômeno do fracasso escolar e as interfaces 
com as neurociências.
A disciplina pretende que você desenvolva as seguintes competências e 
habilidades:
• Compreender a constituição histórica da psicopedagogia.
• Refletir sobre a ética da profissão para atuar de acordo com seus 
princípios.
• Compreender o papel da intervenção psicopedagógica no fracasso 
escolar e em outras esferas.
Para isso, está dividida em quatro Temas:
• O Tema 1 analisará a construção da psicopedagogia no mundo e 
no Brasil, desde seu surgimento aos dias atuais.
• O Tema 2 é dedicado ao estudo das ações da Associação Brasileira 
de Psicopedagogia na regulamentação da profissão e na ética 
profissional.
6
• O Tema 3 é voltado para a compreensão do objeto de estudo da 
Psicopedagogia, que é a aprendizagem e suas dificuldades.
• O Tema 4 tem como foco as possibilidades de intervenção 
psicopedagógica e a interface da Psicopedagogia com as 
Neurociências.
Bons estudos! 
7
A construção da Psicopedagogia 
no mundo e no Brasil
Autoria: Juliana Zantut Nutti
Leitura crítica: Nancy Capretz Batista da Silva
Objetivos
• Apresentar o histórico do desenvolvimento da 
Psicopedagogia, desde o seu surgimento na França 
até a sua introdução no Brasil.
• Analisar as contribuições dos psicopedagogos 
argentinos para o desenvolvimento da 
Psicopedagogia no Brasil.
• Identificar as duas áreas de atuação em 
Psicopedagogia: Clínica e Institucional.
8
1. Breve histórico do surgimento da 
Psicopedagogia no Brasil
A Psicopedagogia apresenta antecedentes históricos que levaram ao 
desenvolvimento dessa área de pesquisa e atuação profissional. Seu 
objetivo é atender aos indivíduos com dificuldades para aprender e 
compreender o processo de aprendizagem humana.
Entre o final do século XVIII e início do século XIX, na Europa, verificaram-
se comprometimentos na área escolar relacionados a causas orgânicas, 
e, diante disso, buscou-se identificar no físico as causas determinantes 
das dificuldades do aprendiz. Essa linha diagnóstica faz parte do 
histórico de desenvolvimento da Educação Especial e da Psicopedagogia 
(MASINI et al., 1993).
O surgimento da Psicopedagogia se deu de forma gradual, desde o início 
do século XX, quando os problemas de aprendizagem eram tratados 
na perspectiva médica e relacionados a problemas orgânicos. Nesse 
contexto inicial, ela apresentava um caráter orgânico, com a crença de 
que a dificuldade de aprendizagem estaria mais relacionada a causas 
orgânicas do que psicológicas e pedagógicas, concepção que perdura 
por muitos anos (e até mesmo atualmente) sobre o fracasso escolar.
Segundo Masini et al. (1993) e Bossa (2000), o 1º Centro Psicopedagógico 
foi criado em 1946 por J. Boutonier e George Mauco, na cidade de Paris, 
França. O objetivo desse centro era o desenvolvimento de uma atuação 
interdisciplinar envolvendo a Psicologia, a Psicanálise e a Pedagogia, 
direcionada ao atendimento de crianças com dificuldades escolares e/ou 
de comportamentos, assim como de crianças acometidas com doenças 
crônicas, como diabetes e tuberculose, com problemas sensoriais 
(surdez e cegueira) e motores, em prol da melhora do estado de saúde.
9
Essa interrelação entre os conhecimentos advindos da Psicologia, 
da Psicanálise e da Pedagogia buscava o conhecimento da criança 
e do seu ambiente para o planejamento e a aplicação de ações 
reeducadoras e para diferenciar os indivíduos que aprendiam daqueles 
que apresentavam deficiência intelectual, física ou sensorial. Naquele 
período, a concepção de alguns profissionais era de que pessoas com 
deficiências não eram capazes de aprender. Assim, podemos afirmar 
que a Psicopedagogia inicia a sua trajetória com um caráter médico-
pedagógico.
A Psicopedagogia francesa influenciou significativamente o 
desenvolvimento da Psicopedagogia na Argentina, onde, de acordo 
com Bossa (2000), surgiu no período entre 1950 e 1960 em Buenos 
Aires, primeira cidade a oferecer um curso de graduação na área. 
Na década de 1970, surgiram Centros de Saúde Mental, em Buenos 
Aires, compostos por psicopedagogos que realizavam diagnósticos e 
atividades de intervenção psicopedagógicas. Eles identificaram que, 
posteriormente ao tratamento, as pessoas atendidas haviam resolvido 
os problemas de aprendizagem, mas passaram a desenvolver distúrbios 
de personalidade. Isso os levou a incluir o olhar e a escuta da clínica 
psicanalítica, o que configura o perfil do psicopedagogo argentino 
(BOSSA, 2000).
Assim, a atuação do psicopedagogo na Argentina tem caráter 
diferenciado da praticada no Brasil, pois alguns testes e intervenções 
não são permitidos aos psicopedagogos brasileiros por serem de uso 
exclusivo dos profissionais de Psicologia. Na Argentina, portanto,
os instrumentos empregados são mais variados, recorrendo o 
psicopedagogo argentino, em geral, a provas de inteligência, provas 
de nível de pensamento; avaliação do nível pedagógico; avaliação 
perceptomotora; testes projetivos; testes psicomotores; hora do jogo 
psicopedagógico (BOSSA, 2000, p. 42).
10
A criação do primeiro curso de graduação em Psicopedagogia ocorreu 
na década de 1960, na Universidade de Buenos Aires. Entretanto,a 
atuação prática na área se iniciou anteriormente à criação desse curso e 
teve o objetivo de atender às crianças com problemas para aprender.
A Psicopedagogia chegou ao Brasil na década de 1970, período 
em que as dificuldades de aprendizagem ainda eram relacionadas 
à existência da chamada Disfunção Cerebral Mínima (DCM). Aqui 
ela foi fundamentada no paradigma médico e na concepção de 
que os problemas de aprendizagem eram de natureza orgânica. A 
partir de 1970, surgiram os cursos de formação de especialistas em 
Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre, com 
duração de dois anos (BOSSA, 2000).
Assim como na França, no Brasil os problemas de aprendizagem foram 
estudados e tratados por médicos, tanto que ainda hoje podemos 
perceber que a primeira atitude dos familiares nesses casos é buscar 
avaliação médica. Dessa forma, na prática do psicopedagogo, é 
costumeiro receber crianças já examinadas e encaminhadas por 
médicos e/ou pela escola ou família, devido às dificuldades e/ou ao 
baixo rendimento escolar (BOSSA, 2000).
No início, a Psicopedagogia foi uma área subsidiada pelas concepções 
da Medicina e da Psicologia e, posteriormente, partiu em busca de uma 
identidade e de um conhecimento próprios, com a definição de um 
objeto de estudo específico e a utilização de recursos diagnósticos, de 
reabilitação e prevenção de sua competência (BOSSA, 2000). A partir 
dessa busca de um desenvolvimento independente e complementar, a 
Psicopedagogia brasileira recebeu as contribuições de psicopedagogos 
argentinos, como Jorge Visca, Sara Pain, Alicia Fernández, entre outros.
A maior contribuição da chamada “linha argentina” é a ideia de que 
existem conflitos inconscientes que são projetados no relacionamento 
do sujeito/criança com o professor e na sua relação com o 
https://www.psicopedagogiabrasil.com.br/em-branco-cmlo
11
conhecimento, afetando o desejo de aprender. Segundo Visca (1987, p. 
33):
A psicopedagogia nasceu como uma ocupação empírica pela necessidade 
de atender as crianças com dificuldade de aprendizagem, cujas causas 
eram estudadas pela medicina e psicologia. Com o decorrer do tempo, o 
que inicialmente foi uma ação subsidiária destas disciplinas, perfilou-se 
como um conhecimento independente e complementar, possuidor de um 
objeto de estudo (o processo de aprendizagem) e de recursos diagnósticos, 
corretores e preventivos próprios.
Jorge Visca foi o responsável pela implantação de Centros de 
Psicopedagogia em capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, 
Salvador e Curitiba, e anda ministrou aulas e cursos e estimulou a 
criação de outros cursos de Psicopedagogia. Assim, em 1979, em São 
Paulo, no Instituto Sedes Sapientiae, foi criado o primeiro curso regular 
de pós-graduação em Psicopedagogia. 
A partir da década de 1980, passaram a ser oferecidos cursos de 
especialização Lato Sensu em Psicopedagogia, a princípio em São Paulo 
e depois em outras instituições do Brasil. Devemos destacar que as 
pesquisas do Prof. Dr. Lino de Macedo da USP de São Paulo também 
contribuíram e ainda contribuem muito para o desenvolvimento da 
Psicopedagogia no Brasil (BOSSA, 2000). Os autores nacionais mais 
tradicionais da área são Edith Rubinstein, Laura Monte Serrat, Nádia 
Bossa, Beatriz Scoz, Neide Noffs, entre outros.
De acordo com Bossa (2000), a Psicopedagogia no Brasil apresenta 
um campo vasto de atuação, mas caberá ao profissional construir 
seu conhecimento fundamentado em experiências e formações 
teórico-práticas, já que o compromisso e o discernimento são 
um diferencial para a construção da profissão. O psicopedagogo 
deve ser um profissional especializado em aprendizagem humana, 
com conhecimentos técnicos e científicos capazes de intervir e/
ou potencializar o processo de ensino-aprendizagem e intervir nas 
12
dificuldades de aprendizagem, a partir de instrumentos específicos que 
tragam sucesso a suas ações. Atualmente, a Psicopedagogia passa de 
uma perspectiva puramente clínica e individual para uma compreensão 
mais integradora do processo de aprendizagem e para uma atuação 
mais preventiva.
De modo geral, podemos dizer:
Figura 1 – Psicopedagogia
Fonte: elaborada pela autora.
2. A Psicopedagogia Clínica
Como vimos, a Psicopedagogia é uma área de atuação e conhecimento 
que surgiu da necessidade de se oferecer atendimento às crianças com 
dificuldades de aprendizagem. Constatou-se que algumas dessas crianças 
eram consideradas inaptas no sistema formal de educação, o que era 
apontado como um dos motivos para o fracasso e a evasão escolares 
(BOSSA, 2000).
13
De acordo com Bossa (2000), a forma de abordar o objeto de estudo da 
Psicopedagogia pode assumir características específicas, dependendo 
da modalidade aplicada: clínica, preventiva ou teórica. A atuação na 
área clínica se dá na relação entre um sujeito com sua história pessoal 
e modalidade de aprendizagem e outro sujeito cujo sintoma é o não 
aprender.
Dessa forma, deve-se conhecer a constituição do sujeito, como ele se 
transforma nas várias etapas de sua vida, os recursos de conhecimento 
de que dispõe e a forma como produz conhecimento e aprende. O 
objetivo da atuação clínica é, em primeiro lugar, possibilitar a retomada da 
capacidade de aprender e de se desenvolver cognitivamente, o que pode 
ser feito em consultórios, clínicas e ambulatórios de saúde.
Ao se delimitar o campo de atuação do psicopedagogo, é necessário 
especificar as suas atividades. Para Bossa (2000), o psicopedagogo clínico 
tem por objetivo compreender o sujeito de forma global, de modo a 
entender todos os aspectos que interferem em sua vida, como sociais, 
cognitivos, emocionais e pedagógicos. A partir dessa compreensão, 
o profissional deve buscar formas de intervenção para melhorar o 
processo de aprendizagem, recuperar a autoestima, orientar e solucionar 
problemas e dificuldades.
Desse modo, a área clínica desempenha o papel de investigar e realizar as 
intervenções adequadas para solucionar as dificuldades de aprendizagem. 
Vale salientar que o caminho é percorrido conjuntamente com o 
aprendente, ou seja, o profissional não escolhe o caminho por ele, e sim 
oferece caminhos possíveis para sanar as questões identificadas (BOSSA, 
2000).
O psicopedagogo é se destaca em sua função por estudar a gênese da 
aprendizagem, isto é, como o sujeito aprende, de forma a auxiliar nos 
problemas de aprendizagem, diferentemente do pedagogo, que tem a 
função de transmitir o conhecimento relacionado a um conteúdo escolar 
14
específico, auxiliando no raciocínio, na criatividade etc. Vale salientar que 
um bom profissional clínico deve desenvolver habilidades essenciais para 
o bom desempenho de suas funções, como ter paciência, tolerância à 
frustração, capacidade para ouvir, capacidade para não julgar, respeito 
pelo sujeito que sofre, sensibilidade, vasto conhecimento teórico, além 
de tornar-se isento a preconceitos. Sua práxis exige a aplicação de 
entrevistas, anamnese, técnicas diagnósticas, contato com a escola, 
entrevistas devolutivas, encaminhamentos e intervenção psicopedagógica.
3. A Psicopedagogia Institucional
Para Bossa (2000), a Psicopedagogia tem como objetivo principal a 
atuação na reabilitação da capacidade de aprendizagem, o que ultrapassa 
os limites da Psicologia e da Pedagogia. Assim, o Psicopedagogo deve 
se ocupar de compreender como o sujeito aprende, como ocorrem 
as variações da aprendizagem, como se produzem as alterações na 
aprendizagem e como identificá-las, tratá-las e preveni-las.
As instituições, geralmente as escolares, são o objeto de estudo 
da Psicopedagogia Institucional. Avaliam-se os processos didático-
metodológicos e a dinâmica institucional que interferem no processo de 
ensino e aprendizagem. Além das escolas, o psicopedagogo institucional 
pode atuar em empresas, hospitais, creches, abrigos de idosos, orfanatos, 
ONGs, sindicatos, comércios, ou seja, em instituições onde haja ensino e 
aprendizagem formal ou informal.
Segundo Porto (2011),o trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar 
apresenta duas naturezas. A primeira refere-se a uma Psicopedagogia 
voltada para um grupo de alunos que apresentam dificuldades na escola, 
e, desse modo, seu objetivo é reintegrar e readaptar o aluno à situação 
de sala de aula, de modo a respeitar seu processo de aprendizagem, 
de acordo com suas necessidades e seu ritmo. A meta é desenvolver as 
15
funções cognitivas integradas ao afetivo, desbloqueando e canalizando o 
aluno com o objetivo de contribuir para uma maior aproximação dessa 
realidade que se faz presente, mas que aponta o fracasso escolar.
Já a segunda natureza do trabalho se caracteriza pela detecção do 
sintoma escolar, definido como um entrave que sinaliza que a escola 
vai mal, a família sofre e a criança adoece, o que leva ao fracasso 
escolar. Entretanto, a detecção do sintoma escolar deve levar em conta 
as seguintes perspectivas: análise do sintoma de acordo com sua 
determinação cultural e análise do sintoma no contexto da singularidade 
individual, tendo por base a estrutura da personalidade (PORTO, 2011).
A Psicopedagogia Institucional tem um papel relevante no contexto 
escolar, pois, assim como o Psicopedagogia Clínica, atua como um 
mediador entre o sujeito e sua história traumática, nas questões que 
propiciaram sua dificuldade de aprendizagem, de modo a intervir na 
vivência educacional do sujeito, propiciando formação e capacitação 
intelectual. O objetivo do trabalho do psicopedagogo institucional é 
ajudar a construir e manter uma dinâmica integradora na escola, voltada 
à criticidade e que busque envolver os sujeitos que dela fazem parte. 
Para isso, pode atuar nas questões didáticas com os docentes, na relação 
família-escola e no planejamento de estratégias que visem à superação 
das dificuldades encontradas, avaliando e assegurando a qualidade do 
processo de ensino-aprendizagem, a revisão do currículo, a inserção de 
projetos pedagógicos, entre outros.
A intervenção psicopedagógica requer a adaptação e a organização de 
programas específicos, a avaliação dos alunos quanto ao processo de 
desenvolvimento e aquisição da aprendizagem, a análise das estratégias 
didáticas e das competências profissionais docentes, da família e de 
suas atitudes perante a educação dos filhos e como o contexto escolar 
direciona o processo educativo. Realiza as adaptações curriculares 
necessárias, revendo objetivos, conteúdos, metodologias e instrumentos 
16
de avaliação, além de propor programas e projetos que visem superar as 
dificuldades enfrentadas pela escola.
O psicopedagogo institucional trabalha de acordo com algumas 
especificidades:
• Amenizar as dificuldades de aprendizagem, analisando as práticas 
didático-metodológicas e orientando professores e pais.
• Realizar diagnósticos na instituição a fim de encontrar um déficit 
escolar como causa para as dificuldades de aprendizagem.
• Tratar as dificuldades encontradas elaborando, por exemplo, 
oficinas e projetos específicos.
Ademais, a atuação do psicopedagogo na instituição escolar se dá:
• Na formação e no acompanhamento de professores.
• Na identificação de sintomas de dificuldades no processo de ensino-
aprendizagem.
• Na organização de projetos coletivos de prevenção.
• Na mediação entre os subgrupos envolvidos na relação de ensino-
aprendizagem: pais, professores, alunos e funcionários.
Referências
BOSSA, N, A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 
Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
MASINI, E. F. S. et al. (org.). Psicopedagogia na Escola: buscando condições para a 
aprendizagem significativa. São Paulo: Unimarco, 1993.
PORTO, O. Psicopedagogia Hospitalar. Rio de Janeiro: Wak, 2011.
VISCA, J. Clínica Psicopedagógica – Epistemologia Convergente. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1987.
17
ABPp: regulamentação da 
profissão e ética profissional 
Autoria: Juliana Zantut Nutti
Leitura crítica: Nancy Capretz Batista da Silva
Objetivos
• Analisar o papel da Associação Brasileira de 
Psicopedagogia no fortalecimento da formação e da 
atuação de psicopedagogos.
• Apresentar as diretrizes da formação de 
psicopedagogos no Brasil.
• Discutir o processo de regulamentação da atividade 
profissional em Psicopedagogia.
18
1. A ABPp e suas contribuições para o 
desenvolvimento da Psicopedagogia
Neste Tema, iremos analisar a trajetória da Associação Brasileira de 
Psicopedagogia (ABPp), suas contribuições para o desenvolvimento da 
Psicopedagogia como área de conhecimento, atuação e pesquisa no 
Brasil, e os esforços realizados para a regulamentação da profissão 
de psicopedagogo e o estabelecimento dos fundamentos éticos para 
o trabalho desses especialistas, tanto no contexto da clínica como nas 
instituições.
A Associação Brasileira de Psicopedagogia foi criada em 12 de 
novembro de 1980. Tem caráter de direito privado, sem fins lucrativos, 
e trabalha para o fortalecimento da atuação e a busca dos direitos 
dos psicopedagogos brasileiros. Ela foi criada para atingir os seguintes 
objetivos:
Figura 1 – Objetivos da ABPp
Fonte: adaptada de ABPp (2020a).
19
A fim alcançar essas metas, a ABPp tem como foco a regulamentação 
do exercício da atividade de Psicopedagogia por meio de Projetos de 
Lei, processo iniciado em 1997 (ABPP, 2020a). Além disso, preocupa-se 
com os aspectos relativos à formação de psicopedagogos, mediante 
o oferecimento de sugestões e diretrizes para orientar as instituições 
formadoras (ABPP, 2020a). Ademais, promove formações de atualização, 
virtual ou presencialmente, para oferecer aos associados e/ou ao público 
em geral capacitações técnico-científicas de formação continuada.
2. A Regulamentação do Exercício da Atividade 
em Psicopedagogia
A formação do psicopedagogo no Brasil ocorre desde a década de 
1970, em instituições de nível superior, em todo o território nacional. A 
formação atende à Resolução n. 1, de 6 de abril de 2018, do MEC, que 
estabelece as diretrizes e as normas para as ofertas dos cursos de pós-
graduação lato sensu, como os cursos de especialização, no sistema 
federal de educação superior. A previsão da matriz curricular traz a 
carga horária mínima de formação de 360 horas, mas os estudos da 
Comissão de Formação e Regulamentação do Conselho Nacional da 
ABPp indicam que a maioria dos cursos é ministrada a partir de 600 
horas ou mais, conforme as Diretrizes de Formação de Psicopedagogos 
no Brasil (ABPP, 2013).
A expansão da formação e da atuação prevê o funcionamento de cursos 
de graduação e de pós-graduação em Psicopedagogia, assim como 
estabelece o Projeto de Lei n. 31/10, o qual regulamenta a atividade de 
Psicopedagogia para os diplomados em:
(...) Psicologia, Pedagogia, Fonoaudiologia e/ou cursos de licenciatura que 
concluíram o curso de especialização em Psicopedagogia, com a carga 
horaria mínima de 600 horas e carga horaria de 80% na especialidade 
(BRASIL, 2010, p. 1).
20
O Projeto assegura ainda:
(...) os portadores de diploma de curso superior que já venham exercendo 
ou tenham exercido, comprovadamente, atividades profissionais de 
Psicopedagogia em entidade pública ou privada, até a data de publicação 
desta Lei (BRASIL, 2010, p. 1).
Em seu art. 3º, o Projeto de Lei assegura aos atuais ocupantes de cargos 
ou funções em Psicopedagogia em órgãos ou instituições públicas o 
direito de manterem o exercício das atividades, desde que devidamente 
credenciados pelos órgãos competentes (BRASIL, 2010).
Os cursos de formação devem ser compostos por profissionais que 
conheçam o os processos de ensino-aprendizagem e capacitar a 
intervenção dos psicopedagogos na área clínica e/ou institucional 
(escola, hospital ou empresas), assim como o desenvolvimento de 
pesquisas.
Sabemos que a Psicopedagogia tem como objeto de estudo os 
processos de ensino-aprendizagem que levem à formação e à atuação 
profissional. Há forte caráter interdisciplinar que se dá através da 
articulação entre áreas de conhecimentos, como Pedagogia, Psicologia, 
Fonoaudiologiae Medicina. Assim, a partir da integração das esferas 
acadêmica e legal, deve-se possibilitar a regulamentação do exercício 
da atividade em Psicopedagogia, formalizando-se o que já se encontra 
legitimado no contexto social.  
3. A formação de psicopedagogos no Brasil
A formação em Psicopedagogia tem sido realizada, há mais de três 
décadas, no nível da pós-graduação lato sensu. Apenas em 2006 o 
Ministério da Educação reconheceu os primeiros cursos de graduação 
em Psicopedagogia (SANTOS et al., 2012).
21
Em 2003, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/
RS) iniciou o curso de graduação em Psicopedagogia (bacharelado), 
reconhecido pelo Ministério da Educação em 2007 e extinto em 
2009. Nesse mesmo ano, a Universidade Feevale, na cidade de Novo 
Hamburgo, Rio Grande do Sul, também colocou em funcionamento o 
curso de graduação em Psicopedagogia (bacharelado), posteriormente 
reconhecido pelo Ministério da Educação, com extinção em 2011. Em 
2005, o Centro Universitário Lasalle, na cidade de Canoas, Rio Grande 
do Sul, iniciou o curso de graduação em Psicopedagogia (bacharelado), 
atualmente reconhecido pelo Ministério da Educação. Em São Paulo, 
o Centro Universitário FIEO (UniFIEO) iniciou o curso de graduação em 
Psicopedagogia (bacharelado) em 2006, tendo obtido reconhecimento 
em 2008. Finalmente, em 2010, a Universidade Federal da Paraíba 
implantou o curso de graduação em Psicopedagogia (bacharelado) e 
aguarda reconhecimento legal.
Outro país a apresentar tradição em Psicopedagogia é a Argentina. Ao 
final de 1940, a Psicopedagogia inaugurou-se como uma disciplina na 
recém-criada Facultad de Psicologia de la Universidad del Salvador, 
Buenos Aires. Nesse país, em 1956, a Psicopedagogia constitui-se como 
um curso de graduação de três anos para formar docentes capazes 
de atuar na psicologia aplicada à educação, dedicada explicitamente 
ao aperfeiçoamento docente e ao âmbito educativo, na confluência da 
Psicologia e da Pedagogia. Essa atuação abarcava aspectos preventivos, 
assessoramento e orientação nas aprendizagens sistemáticas/
assistemáticas e terapêuticas, diagnóstico e tratamento dos problemas 
de aprendizagem (SANTOS et al., 2012).
Na Espanha, em 1992, foi criado o curso de Licenciatura em 
Psicopedagogia, como parte integrante de Faculdades de Educação, 
que agrupa a formação de professores. No país, essa é uma titulação 
universitária de segundo ciclo, isto é, inicialmente o aluno cursa, em 
dois anos, as disciplinas comuns aos cursos de formação de professores 
e, posteriormente, outros dois anos da formação específica do 
22
psicopedagogo. Assim, tem como finalidade a formação de profissionais 
com dois perfis: o orientador escolar, que realiza seu trabalho no 
contexto educativo-institucional, e o orientador educativo, que atua em 
contextos sociocomunitários (SANTOS et al., 2012).
A Psicopedagogia é a área de conhecimento, atuação e pesquisa 
que estuda o processo de aprendizagem humana, visando ao 
apoio aos indivíduos e aos grupos envolvidos nesse processo na 
perspectiva da diversidade e da inclusão (ABPP, 2013). A (ABPp), como 
órgão representativo dos psicopedagogos, entende que o curso de 
Psicopedagogia deve formar profissionais para garantir a aprendizagem 
como um direito de todos os cidadãos (ABPP, 2013). Ela afirma que o 
psicopedagogo é o profissional habilitado para atuar com os processos 
de aprendizagem junto com os indivíduos, os grupos, as instituições e 
as comunidades. Desde 2002, pela Classificação Brasileira de Ocupações 
(CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Psicopedagogia 
foi inserida na Família Ocupacional 2394-25 dos Programadores, 
Avaliadores e Orientadores de Ensino.
De acordo com a ABPp (2013), o psicopedagogo é o profissional que 
deve assegurar:
a. A produção e a divulgação do conhecimento científico e 
tecnológico relacionado com a aprendizagem humana.
b. Os compromissos éticos e políticos com a educação de qualidade 
para todos.
c. A articulação com os demais profissionais da educação e da 
saúde para a construção de uma sociedade justa, respeitando 
a equidade e a diversidade, onde todos tenham o direito ao 
aprender.
3.1 Princípios norteadores da formação do 
psicopedagogo
23
Segundo a ABPp (2013), a formação do psicopedagogo deve orientar-se 
pelos seguintes princípios:
Figura 2 – Princípios da formação de psicopedagogos
Fonte: adaptada de ABPp (2013).
A formação em Psicopedagogia deverá propiciar o desenvolvimento 
de habilidades e competências compatíveis com as demandas sociais, 
contemporâneas e/ou potenciais (ABPp, 2013). A atuação profissional 
requer uma formação específica que garanta a aquisição qualificada 
de conhecimentos específicos da área, permitindo a construção de 
habilidades e competências, sendo elas:
a. Planejar, intervir e avaliar o processo de aprendizagem, nos 
variados contextos, mediante a utilização de instrumentos e 
técnicas próprios da Psicopedagogia.
b. Utilizar métodos, técnicas e instrumentos que tenham por 
finalidade a pesquisa e a produção de conhecimento na área.
24
c. Participar na formulação e na implantação de políticas públicas e 
privadas em educação e saúde relacionadas à aprendizagem e à 
inclusão social.
d. Articular a ação psicopedagógica com profissionais de áreas afins 
para atuar em diferentes ambientes de aprendizagem.
e. Realizar consultoria e assessoria psicopedagógicas.
f. Exercer orientação, coordenação, docência e supervisão em 
cursos de Psicopedagogia.
g. Atuar na coordenação e na gestão de serviços de Psicopedagogia 
em estabelecimentos públicos e privados.
Ainda, de acordo com a ABPp (2013), a formação do psicopedagogo 
ocorre em níveis de graduação e de pós-graduação lato sensu 
(especialização) e stricto sensu (mestrado profissional).
A formação na Pós-graduação Lato Sensu (especialização) pauta-se 
nas exigências da Resolução CNE/CES n. 1, de 8 de junho de 2007, 
acrescidas das recomendações que emanam da especificidade da 
formação do psicopedagogo. As disciplinas que fundamentam essa 
formação (introdutórias, específicas, eletivas e de orientação) devem 
estar articuladas por meio da pesquisa e da atuação supervisionada, 
culminando na apresentação de uma monografia, um trabalho de 
conclusão de curso (opcional) ou um artigo científico.
A formação em nível de graduação baseia-se na Resolução CNE/CP 
n. 28/2001, com acréscimo das recomendações que caracterizam a 
especificidade da formação do psicopedagogo. As disciplinas que 
fundamentam essa formação (introdutórias, específicas, eletivas 
e de orientação) devem estar articuladas por meio da pesquisa e 
da atuação supervisionada, culminando na apresentação de uma 
monografia ou um artigo científico. Os cursos de graduação ainda não 
são recomendados pela ABPp, pois a profissão de psicopedagogo não 
foi regulamentada e isso prejudica o reconhecimento do diploma de 
graduação.
25
Por sua vez, a formação na Pós-graduação Stricto Sensu (Mestrado 
Profissional) deve respeitar a Portaria Normativa n. 7, de 22 de junho 
de 2009 (CAPES).
A formação do psicopedagogo na modalidade EaD é validada desde 
que se cumpram as exigências de carga horária e que se contemplem 
os conteúdos específicos da área de Psicopedagogia. Segundo o 
Decreto n. 9.057, de 25 de maio de 2017, que regulamenta o artigo 80 
da LDB n. 9.394/96 em suas disposições gerais:
Art. 1º. Caracteriza-se a educação a distância como modalidade 
educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de 
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de 
informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo 
atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
§1º. A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e 
avaliação peculiares para as quais deve estar prevista a obrigatoriedade 
de momentos presenciais. 
A formação do psicopedagogo na modalidade EAD semipresencial é 
possível, desde que preservados os princípios desta formação.(BRASIL, 
2017, p. 2)
As instituições que se sentirem preparadas para se credenciar nessa 
modalidade deverão atender às exigências do Decreto n. 3.860/2001. 
Recomendamos o contato com a relatoria da Comissão Assessora para 
Educação Superior à Distância estabelecida na Portaria MEC n. 335, de 
6 de fevereiro de 2002, e no Decreto n. 6.303, de 12 de dezembro de 
2007.
Com base em uma compreensão sustentada na ética e no rigor 
científico que essa área de atuação exige, há critérios primordiais 
para que se efetive uma atuação qualificada, tendo como referência 
a formação inicial. Recomenda-se que a organização dos cursos 
contemple a atuação supervisionada, que é uma atividade 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%209.057-2017?OpenDocument
26
intrinsecamente articulada com a prática e com as atividades de 
trabalho acadêmico. Nesse sentido, deve ser previsto um tempo 
suficiente para a realização das atividades de planejamento, avaliação 
e intervenção nos diferentes espaços de atuação do psicopedagogo.
Assim, a atuação supervisionada deverá contar com o 
acompanhamento de um professor supervisor, com experiência 
comprovada na área da Psicopedagogia, responsável direto pelas 
atividades. A elaboração de registros próprios, de prontuários e de 
relatórios deve ser orientada por princípios éticos, fazendo parte da 
rotina do aluno.
Referências
ABPP. Associação Brasileira de Psicopedagogia. Diretrizes da Formação de 
Psicopedagogos no Brasil. ABPp, 2013. Disponível em: https://www.abppbrasilia.
com/sobre-1-c5vg. Acesso em: 17 maio 2022.
ABPP. Associação Brasileira de Psicopedagogia. Quem somos?. ABPp, 2020a. 
Disponível em: https://www.abpp.com.br/quem-somos/. Acesso em: 17 maio 2022.
ABPP. Associação Brasileira de Psicopedagogia. Regulamentação. ABPp, 2020b. 
Disponível em: https://www.abpp.com.br/regulamentacao/. Acesso em: 17 maio 
2022.
BRASIL. Decreto n. 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o artigo 80 da LDB 
9.394/96. Brasília: Presidência da República, 2017.
BRASIL. Projeto de Lei da Câmara n. 31, de 2010. Dispõe sobre a regulamentação 
da atividade de Psicopedagogia. Brasília: Senado Federal, 2010.
SANTOS, J. N. et al. Estudo comparativo sobre a formação em psicopedagogia em 
três países: Argentina, Brasil e Espanha. Revista de Psicopedagogia, São Paulo, v. 
29, n. 90, p. 313-319, 2012.
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%209.057-2017?OpenDocument
27
O objeto de estudo da 
Psicopedagogia: a aprendizagem 
e suas dificuldades
Autoria: Juliana Zantut Nutti
Leitura crítica: Nancy Capretz Batista da Silva
Objetivos
• Apresentar o objeto de estudo da Psicopedagogia 
como área de conhecimento e atuação: a 
aprendizagem e suas dificuldades.
• Analisar as teorias que fundamentam os estudos da 
Psicopedagogia sobre a aprendizagem humana e 
suas dificuldades.
• Discutir as definições de conceitos relativos às 
alterações no processo de aprendizagem
28
1. Objeto de estudo da Psicopedagogia
Neste Tema, estudaremos sobre o objeto de estudo da Psicopedagogia, 
que é a aprendizagem humana, e as dificuldades que surgem nesse 
processo.
À primeira vista, a Psicopedagogia parece ser apenas uma área de 
conhecimento que une conteúdos da Psicologia com os da Pedagogia, 
ideia que advém da própria palavra, que é composta pela palavra 
grega psyké + o + pedagogia, significando literalmente “aplicação de 
conhecimento da psicologia às práticas educativas”. Assim, o nome 
Psicopedagogia nos leva a pensar que essa área é meramente uma 
junção da Psicologia com a Pedagogia, mas, quando a conhecemos 
melhor, percebemos que há um objeto próprio de estudo e um forte 
caráter interdisciplinar, agregando conhecimentos de várias outras 
disciplinas, como Psicanálise, Neurologia, Neuropsicologia, Linguística, 
Educação Especial, Sociologia da Educação, entre outras (BOSSA, 2000).
É considerada uma área de estudo que se preocupa em compreender 
a maneira como o indivíduo constrói conhecimento, investigando o 
processo de aprendizagem humana. De forma sucinta, podemos dizer 
que tem como principal foco de estudo a aprendizagem humana, 
entendida como o processo que leva necessariamente a uma mudança 
de comportamentos obtida por meio da experiência construída por 
fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais (BOSSA, 
2000).
A Psicopedagogia é, então, uma área de conhecimento e atuação voltada 
para os estudos sobre o processo de aprendizagem, investigando 
as causas das dificuldades que alguns indivíduos apresentam para 
aprender, os padrões evolutivos regulares e atípicos relacionados 
ao processo de aprendizagem, e como se dá a influência da família, 
da escola e da sociedade nesse processo. Ela nasceu da necessidade 
29
de haver uma melhor compreensão da gênese e do processo de 
aprendizagem e do sujeito do conhecimento. Seu objeto de estudo deve 
ser entendido a partir dos enfoques preventivo e terapêutico.
O enfoque preventivo da Psicopedagogia tem como objeto os processos 
de desenvolvimento e as alterações desses processos; não se restringe 
apenas à escola, mas inclui a família e a comunidade; e tem como 
objetivo esclarecer para pais, professores e gestores as diferentes 
etapas do desenvolvimento humano, o processo de aprendizagem e 
suas dificuldades. Já o enfoque terapêutico ou remediativo considera 
como objeto de estudo a identificação, a análise, o diagnóstico e o 
tratamento de dificuldades, de forma individualizada.
As áreas de atuação e formação são a Psicopedagogia Clínica (enfoque 
terapêutico), que pode ser realizada em consultórios e clínicas 
multidisciplinares particulares, e a Psicopedagogia Institucional (enfoque 
preventivo), que pode ser realizada em escolas, hospitais, empresas e 
ONGs (BOSSA, 2000).
O símbolo da Psicopedagogia no Brasil é a “Fita de Möbius”, a qual, 
segundo a ABPp, busca representar o olhar do psicopedagogo sobre 
a aprendizagem do indivíduo: o círculo central representa o indivíduo 
em processo para a aquisição de conhecimento, que chega ao final 
do processo com as mudanças perceptíveis (o círculo vermelho). Ele 
caracteriza a área de atuação, representando o psicopedagogo e a sua 
relação com o objeto de conhecimento, a aprendizagem (ABPP, 2020).
30
Figura 1 – Fita de Möbius: símbolo da Psicopedagogia
Fonte: https://abppparananorte.com.br/noticia/SIMBOLO-DA-PSICOPEDAGOGIA/27. 
Acesso em: 23 ago. 2022.
2. A aprendizagem no âmbito da 
Psicopedagogia
A Psicopedagogia é uma área relativamente nova no Brasil e seu objeto 
de estudo é a aprendizagem humana em seus padrões de evolução 
normais e atípicos. Seu foco específico é, portanto, a aprendizagem, 
o que é esperado no desenvolvimento normal e as dificuldades que 
podem ocorrer nesse processo, caso a construção de conhecimento não 
ocorra nos padrões evolutivos esperados (SILVA, 2013).
Em poucas palavras, podemos dizer que aprender é o resultado da 
interação entre estruturas mentais do indivíduo e o meio ambiente e 
implica sempre uma mudança de comportamentos, atitudes, valores 
e crenças. A aprendizagem que a Psicopedagogia estuda é concebida 
como um processo contínuo de construção do conhecimento, presente 
desde o nascimento até a morte do indivíduo, contando com a influência 
da família, da escola e da sociedade em seu desenvolvimento do 
conhecimento.
31
Os estudos produzidos pelas pesquisas em Psicopedagogia contribuem 
para que professores, pais e outros profissionais entendam melhor 
como o indivíduo constrói o conhecimento, a fim de ajudar na prevenção 
e na reabilitação dos problemas e das dificuldades para aprender 
(SILVA, 2013). Nesse sentido, como a Psicopedagogia entende o 
desenvolvimento da aprendizagem e seus padrões evolutivos? Quais 
ideias fundamentam o estudo da aprendizagem humana e a elaboração 
das práticas do psicopedagogo?
A Psicopedagogia se apoia em três pilares teóricos: a Epistemologia 
Genética de Jean Piaget; a Psicanálise de Freud; e a EpistemologiaConvergente de Jorge Visca.
A Epistemologia Genética foi criada por Jean Piaget, que nasceu em 
Neuchâtel, na Suíça, em 9 de agosto de 1896. Ele estudou a evolução do 
pensamento do nascimento até a adolescência, procurando entender os 
processos mentais que o indivíduo utiliza para compreender a realidade. 
Investigou o processo de construção do conhecimento, tendo centrado 
nos últimos anos de sua vida seus estudos no pensamento lógico-
matemático.
Piaget estudou a relação entre o sujeito (aquele que aprende) e o objeto 
do conhecimento (o que está sendo aprendido), que se encontra no 
meio físico e social, afirmando que esses elementos possuem uma 
ampla relação entre si e que, a partir dessa relação, são construídos 
os conhecimentos. Ele aborda o conhecimento como uma construção 
que se processa no sujeito, durante toda a sua vida, mas que tem como 
etapa principal o desenvolvimento infantil.
Piaget pesquisou o desenvolvimento da inteligência e percebeu que 
crianças com faixas etárias diferentes constroem o mesmo tipo de 
conhecimento e cometem os mesmos erros ao tentar explicar a 
realidade. A partir de suas investigações, estabeleceu que existem 
32
quatro etapas ou estágios de desenvolvimento cognitivo, pelos quais são 
construídas as operações mentais (LEAL; NOGUEIRA, 2014).
Figura 2 – Etapas do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget
Fonte: adaptada de Leal e Nogueira (2014).
A Psicanálise, ou Teoria Psicanalítica, foi elaborada por Sigmund Freud, 
médico neurologista, no final do século XIX, em Viena, na Áustria. 
O principal conceito da teoria desenvolvida é de Inconsciente, que 
se define como uma parte do psiquismo humano em que ficariam 
guardadas e reprimidos lembranças, pensamentos e afetos relacionados 
a situações de nosso passado, geralmente as que nos trouxeram 
conflitos e sentimentos negativos, como ódio, raiva e tristeza. O 
ser humano somente teria a percepção e o controle dos processos 
que ocorrem na consciência, mas os conteúdos que permanecem 
inconscientes têm forte determinação no comportamento cotidiano.
Em relação à educação, a Psicanálise considera o novo olhar sobre o 
desenvolvimento humano trazido por Freud, que criticava a educação 
modeladora tradicional que treinava e transmitia valores sem o devido 
respeito ao desejo do aluno. Então, sugere um modelo de educação 
33
não repressiva, que considere o desejo e a autonomia do aluno 
(LEAL; NOGUEIRA, 2014). Assim, o “aprender pela coerção” deveria ser 
substituído pelo “aprender pela satisfação”, de modo a tornar o processo 
ensino-aprendizagem mais prazeroso e, consequentemente, mais 
significativo. Para a Psicanálise, a dimensão afetiva e o desejo do aluno 
têm uma influência marcante na aprendizagem (LEAL; NOGUEIRA, 2014).
A Epistemologia Convergente de Jorge Visca é uma teoria fundamentada 
especialmente para o trabalho psicopedagógico clínico. Da 
Epistemologia Genética de Jean Piaget, Visca aproveita a ideia de “sujeito 
epistêmico”, ou seja, aquele que constrói conhecimentos, e o modelo de 
investigação proposto por Piaget para o raciocínio lógico, chamado de 
método clínico (LEAL; NOGUEIRA, 2014).
O método clínico se trata de uma espécie que busca um “diálogo” 
entre o experimentador e a criança, mediante o qual ela pode decidir 
a sua resposta em função da argumentação do experimentador. Esse 
diálogo é desenvolvido por meio de perguntas e respostas. Esse método 
possibilita que a criança expresse espontaneamente seu pensamento, 
levando o experimentador a se esforçar em compreender seu ponto de 
vista, mas sem deformá-lo.
Na elaboração dessa investigação, as perguntas feitas às crianças 
possuem o mesmo formato das questões espontâneas formuladas por 
crianças e adolescentes, da mesma idade ou mais jovens, sobre aquele 
determinado assunto. Esse cuidado permite afastar o perigo de sugerir 
uma resposta pela própria formulação da pergunta (VISCA, 1991).
Da Psicanálise, Visca utiliza a ideia de que há um significado oculto 
no que é manifestado no comportamento do sujeito, especialmente 
o não aprender e as relações afetivas inconscientes entre professor e 
aluno, que podem impedir ou dificultar o processo de aprendizagem. 
Um exemplo da influência das relações afetivas inconscientes ocorre, 
por exemplo, quando gostamos muito de um professor e tendemos 
34
inconscientemente a estudar mais a disciplina que ele ministra e vice-
versa.
Da Psicologia Social, Visca incorpora a ideia de que em meios 
socioculturais diferentes a aprendizagem também será diferente. Ele 
também retira o conceito de aprendizagem centrada na tarefa, o que 
fundamenta uma de suas técnicas, a chamada Entrevista Operativa 
Centrada na Aprendizagem (E.O.C.A), da qual se extrai um sistema de 
hipóteses sobre as causas pelas quais o sujeito não está aprendendo 
como deveria (LEAL; NOGUEIRA, 2014).
Portanto, o estudo da aprendizagem humana, que é o objeto de 
estudo da Psicopedagogia, precisa estar apoiado nessas bases para a 
sustentação das formas de pensar e de agir diante dos desafios teóricos 
e práticos que se apresentam ao psicopedagogo no seu cotidiano 
profissional.
3. Dificuldades, distúrbios e transtornos 
de aprendizagem
Conhecer os conceitos de distúrbios e dificuldades de aprendizagem 
não é uma tarefa fácil para quem está iniciando os estudos na área 
de Psicopedagogia. Esses conceitos podem aparecer com significados 
diversos e nem sempre são coincidentes nas muitas obras relacionadas 
à temática, o que traz questionamentos e gera dúvidas. Iremos 
apresentar algumas dessas definições existentes na literatura e 
discutir sobre o que se denomina como distúrbios e dificuldades de 
aprendizagem.
Os termos dificuldades, distúrbios e transtornos de aprendizagem são 
muito utilizados nos contextos clínico e educacional. Defini-los não é 
uma tarefa fácil para os que atuam no diagnóstico, na prevenção e 
35
na reabilitação do processo de aprendizagem devido ao significativo 
número de obras relacionadas à temática, o que impede que se 
contemplem todas as definições e abordagens sobre os conceitos 
mencionados.
Os distúrbios de aprendizagem se referem a um grupo diversificado de 
alterações referente à aquisição e ao uso da audição, da fala, da leitura, 
da escrita e do raciocínio lógico-matemático (NUTTI, 2016). A palavra 
distúrbio é composta pelo radical turbare e pelo prefixo dis, ou seja, dis 
+ turbare. O radical turbare significa, literalmente, alteração violenta na 
ordem natural e pode ser identificado também nas palavras turbilhão, 
perturbar, conturbar, entre outras. O prefixo dis tem como significado 
alteração com sentido anormal e patológico, tendo assim uma conotação 
negativa. Esse prefixo é muito utilizado na terminologia médica, como 
nas palavras distensão, distrofia, disartria, dislexia etc. Portanto, 
distúrbio pode ser entendido etimologicamente como uma anormalidade 
patológica por alteração violenta na ordem natural de algum processo 
(COLLARES; MOYSES, 1993 apud NUTTI, 2016).
Ainda, em uma perspectiva etimológica, a expressão distúrbios de 
aprendizagem tem o significado de uma anormalidade patológica 
por alteração violenta na ordem natural da aprendizagem, localizada 
somente no indivíduo que, supostamente, não aprende como deveria 
aprender. Ao se afirmar que as alterações causadas pelos distúrbios 
de aprendizagem são internas ao indivíduo, há o entendimento de que 
a causa do distúrbio deve ser encontrada na pessoa que é afetada, 
com forte relação com a existência de uma disfunção já conhecida ou 
presumida no Sistema Nervoso Central (COLLARES; MOYSES, 1993 apud 
NUTTI, 2016). Em geral, os distúrbios de aprendizagem são crônicos, ou 
seja, não desaparecem com o tempo, apesar de os sintomas poderem 
diminuir com o desenvolvimento do indivíduo e como resultado de 
acompanhamento psicopedagógico e multidisciplinar.
36
Outro conceito bastante semelhante ao de distúrbio de aprendizagem é 
o conceito de transtorno de aprendizagem. Segundo a Classificação de 
TranstornosMentais e de Comportamento da Classificação Internacional 
de Doenças – 11ª versão (CID-11), elaborada pela Organização Mundial 
da Saúde, esse termo é usado de forma a evitar problemas maiores 
inerentes ao uso de termos como “doença” ou “enfermidade” (OMS, 
2022).
Os comprometimentos causados pelos transtornos de aprendizagem 
podem diminuir à medida que a criança cresce, mas os déficits mais 
graves podem perdurar pela vida toda, tendo caráter crônico. Em geral, 
estão presentes desde tão cedo quanto possam ser detectados, sem 
nenhum período anterior de desenvolvimento normal (OMS, 2022).
Ao lado do grupo de pessoas que podem apresentar distúrbios ou 
transtornos de aprendizagem, há ainda um grupo muito maior que 
apresenta baixo rendimento escolar devido à existência das chamadas 
dificuldades de aprendizagem, mas que não apresentam alterações 
no Sistema Nervoso Central. Essas pessoas podem apresentar atrasos 
no desempenho escolar devido, geralmente, à falta de interesse nos 
estudos, a perturbações emocionais, a inadequações metodológicas 
do processo de ensino-aprendizagem e à baixa qualidade de ensino ou 
mudanças nos padrões de exigência da escola.
As dificuldades de aprendizagem manifestam-se como a incapacidade 
de agir adequadamente diante de situações novas, como acontece 
quando a criança ingressa no primeiro ano do ensino fundamental e 
tem que lidar com vários desafios. Tendem a ser o resultado de outros 
insucessos sociais, políticos, culturais, educacionais, pedagógicos, entre 
outros.
Portanto, as dificuldades de aprendizagem são causadas por fatores 
externos ao indivíduo, ou seja, não são de origem orgânica. Não são 
37
crônicas, como ocorre nos distúrbios e transtornos, podendo ser 
pontuais (OMS, 2022).
É extremamente comum que situações de conflito familiar, mudança 
de escola, moradia ou padrão de vida, perda de ente querido, entre 
outras questões, afetem a pessoa com dificuldade de aprendizagem; 
porém, se esses problemas forem resolvidos ou amenizados, 
a dificuldade pode desaparecer ou diminuir. As dificuldades de 
aprendizagem atingem meninos e meninas com a mesma incidência e 
tendem a ser mais frequentes nas classes sociais mais desfavorecidas 
socioeconomicamente, devido ao seu caráter ambiental. As condições 
para aprender que eram consideradas anteriormente como alterações 
normais do desenvolvimento da aprendizagem passam a ser 
consideradas alterações patológicas dentro do contexto educacional 
(NUTTI, 2016).
Referências
ABPP. Associação Brasileira de Psicopedagogia. Símbolo da psicopedagogia. ABPp, 
2020. Disponível em: https://abppparananorte.com.br/noticia/SIMBOLO-DA-
PSICOPEDAGOGIA/27. Acesso em: 23 ago. 2022.
BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil. Contribuições a partir da prática. Porto 
Alegre: Artmed, 2000.
LEAL, D.; NOGUEIRA, M. O. G. Psicopedagogia Clínica: caminhos teóricos e práticos. 
São Paulo: Intersaberes, 2014.
NUTTI, J. Z. Distúrbios, transtornos, dificuldades e problemas de aprendizagem: 
algumas definições e teorias explicativas provisórias. São Carlos: UNICEP, 2016.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Classificação de Transtornos Mentais e de 
Comportamento da CID-11: Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. WHO, 
2022. Disponível em: https://icd.who.int/en. Acesso em: 24 maio 2022.
SILVA, K. C. Introdução à psicopedagogia. São Paulo: Intersaberes, 2013.
VISCA, J. Psicopedagogia: Novas contribuições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.
38
Intervenção psicopedagógica e 
interface com as Neurociências
Autoria: Juliana Zantut Nutti
Leitura crítica: Nancy Capretz Batista da Silva
Objetivos
• Apresentar as possibilidades de intervenção 
psicopedagógica no contexto institucional, como a 
escola e o hospital.
• Analisar as propostas de intervenção no campo 
da Psicopedagogia Clínica, especialmente as que 
envolvem atividades lúdicas, como o uso de jogos de 
regras.
• Discutir as interfaces da Psicopedagogia com as 
Neurociências Cognitivas e os estudos sobre as 
funções executivas e a aprendizagem.
39
1. Intervenções psicopedagógicas na área 
institucional
Neste aula, estudaremos mais sobre a intervenção psicopedagógica nos 
contextos clínico e institucional.
No campo da Psicopedagogia Institucional, o planejamento de atividades 
de intervenção deve ser sempre pautado nos resultados obtidos através 
do processo de avaliação. É por meio da caracterização da instituição, 
seja qual for, que se dá o passo inicial para que qualquer projeto de 
intervenção institucional possa ser realizado. Assim, não há como iniciar 
procedimentos de intervenção se não houver o conhecimento de como 
é e como funciona determinada instituição.
Segundo Porto (2011), a Psicopedagogia na escola tem como objetivo 
desenvolver projetos pedagógicos e enriquecer os procedimentos em 
sala de aula, as avaliações e o planejamentos na educação sistemática 
e assistemática. Também poderá auxiliar na elaboração do projeto 
pedagógico; orientar os professores sobre a forma de ajudar o aluno 
com dificuldades de aprendizagem; realizar um diagnóstico institucional 
para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar 
prejudicando o processo de ensino-aprendizagem; encaminhar alunos 
para a avaliação de profissionais clínicos (psicopedagogo clínico, 
psicólogo, fonoaudiólogo); orientar os pais de alunos com dificuldades 
de aprendizagem; entre outras atividades. O psicopedagogo institucional 
escolar pode, ainda, promover orientações metodológicas, de acordo 
com as características e particularidades dos alunos e professores e 
participar da elaboração dos planos teóricos e projetos educacionais, 
auxiliando professores, diretores e coordenadores a repensar a função 
da instituição em relação ao ensino e à aprendizagem (BOSSA, 2000).
A Psicopedagogia Institucional desenvolvida em organizações não 
governamentais (ONGs) está fundamentada, em grande parte, nos 
40
princípios da Educação não Formal, a qual, segundo Gohn (2006), é um 
dos núcleos básicos da Pedagogia Social, que, por sua vez, é uma área 
científica que fornece ferramentas teóricas para a Educação Social, que 
é uma práxis. A Psicopedagogia na Educação não Formal designa um 
processo com várias dimensões, como as apresentada na Figura 1.
Figura 1 – Dimensões de atuação da Educação não Formal
Fonte: adaptada de Gohn (2006).
Na atuação psicopedagógica voltada aos idosos, a Psicopedagogia 
poderá prevenir e minimizar os efeitos do declínio de capacidades 
cognitivas, melhorando a condição de aprendizagem do ser em 
envelhecimento, fortalecendo a crença na capacidade de aprendizagem 
e ajudando o idoso em sua boa autoestima. O psicopedagogo poderá 
atuar nos ajustes a serem feitos para que o idoso seja capaz de 
recuperar a sua capacidade produtiva e criadora, como em jogos 
de regras, palavras cruzadas, recordação de fatos do cotidiano e na 
aprendizagem de habilidades como a informática, pintura e música.
41
Na Psicopedagogia Hospitalar, Maluf (2007) afirma que o psicopedagogo 
poderá atuar com intervenções no contexto de saúde, considerando o 
processo de aprendizagem, o desenvolvimento e o uso de competências 
físicas, mentais e emocionais. Ele deve levar em conta atividades 
diferenciadas, como as apresentadas na Figura 2.
Figura 2 – Intervenções em Psicopedagogia Hospitalar
Fonte: adaptada de Maluf (2007).
Sobre as contribuições da Psicopedagogia Hospitalar, Maluf (2007) 
afirma que, em qualquer âmbito em que seja aplicada, a Psicopedagogia 
trabalha com questões ligadas à ansiedade, à baixa autoestima e a 
depressões, minimizando os prejuízos no processo de aprendizagem, 
facilitando o desenvolvimento de uma relação mais saudável do 
indivíduo com o seu meio e o preparando para aprender inclusive sobre 
a sua maneira de ser, seus limites e potencialidades.
42
2. Intervenções psicopedagógicas 
na área clínica
Segundo Fagali e Vale (2001), a Psicopedagogia Clínica tem um enfoque 
terapêutico ou curativo em relação às pessoas com distúrbios e 
dificuldadesde aprendizagem. Considera como o objeto de estudo da 
Psicopedagogia a identificação, a análise, o diagnóstico e o tratamento 
de distúrbios e dificuldades de aprendizagem.
A atuação em Psicopedagogia Clínica tem como objetivo possibilitar 
que o indivíduo em atendimento retome a capacidade de aprender e 
de se desenvolver cognitivamente. Para tanto, é essencial que ocorra o 
estabelecimento de uma boa relação terapêutica entre o psicopedagogo 
e o indivíduo em atendimento, cujo sintoma é o não aprender.
A atuação clínica ocorre, na maioria das vezes, em consultórios ou 
clínicas multidisciplinares particulares. De acordo com Bossa (2000, p. 
85):
O trabalho psicopedagógico [...] implica compreender a situação de 
aprendizagem do aprendente, individualmente ou em grupo, dentro 
do seu próprio contexto. Tal compreensão requer uma modalidade 
particular de atuação para a situação em estudo, o que significa que 
não há procedimentos predeterminados. Defino esta característica 
como configuração clínica da prática psicopedagógica. A metodologia do 
trabalho, ou seja, a abordagem e tratamento, enfim a forma de atuação 
se vai tecendo em cada caso, na medida em que a problemática aparece. 
Cada situação é única e requer do profissional atitudes específicas em 
relação àquela situação.
Bossa (2000) ainda afirma que, no trabalho clínico, a postura do 
psicopedagogo é a de compreender o “porquê” de o aprendente não 
estar aprendendo e “como” ele poderia ou deveria estar aprendendo. 
A busca de respostas para essas indagações inicia-se no diagnóstico 
43
clínico, que é o momento de leitura da realidade do aprendente, para 
posteriormente se iniciar o planejamento de intervenções.
A avaliação diagnóstica em Psicopedagogia Clínica envolve a realização 
de procedimentos como:
a. Análise da queixa com a família: com os pais e/ou responsáveis 
pela criança/aprendente, a fim de observar o motivo do 
encaminhamento e a dinâmica familiar diante da problemática do 
aluno.
b. Análise da queixa com o professor do indivíduo: para obter os 
motivos do encaminhamento e investigar a dinâmica do processo 
de aprendizagem do aluno.
c. Análise da queixa com o indivíduo: visa escutar e analisar a 
queixa a partir da ótica do aprendente, estabelecendo um vínculo 
acolhedor e respeitoso e informando a ele sobre os objetivos dos 
encontros psicopedagógicos.
d. Aplicação de anamnese: conjunto de questões que permitem 
investigar a história de desenvolvimento do aprendente, da 
gestação aos dias atuais, especialmente se houve problemas 
eventuais durante o percurso de desenvolvimento intrauterino, no 
pré-natal, no parto, no desmame, no controle dos esfíncteres, na 
aquisição da linguagem, entre outros aspectos.
e. Aplicação de provas projetivas: as provas projetivas são 
divididas em provas de vínculos escolares, provas de vínculos 
familiares e provas de vínculos consigo mesmo. Um exemplo 
de prova projetiva é a Entrevista Operativa Centrada na 
Aprendizagem (EOCA), que foi criada pelo psicopedagogo 
argentino Jorge Visca e é um instrumento de uso simples que 
avalia a aprendizagem em uma só entrevista.
f. Aplicação de provas operatórias: para avaliar o desenvolvimento 
cognitivo no diagnóstico das dificuldades de aprendizagem, a 
instrumentação clássica é a aplicação das chamadas provas 
44
operatórias ou provas piagetianas, as quais permitem analisar o 
nível de estruturação cognitivo-global do sujeito.
Figura 3 – Alguns itens que compõem a Caixa Piagetiana
Fonte: acervo da autora.
As intervenções psicopedagógicas no contexto clínico serão elaboradas de 
acordo com os dados encontrados no processo de avaliação diagnóstica do 
aprendente e envolvem, de forma geral, o uso de atividades lúdicas, como 
jogos de regras e brincadeiras, e de recursos que permitam a reabilitação 
da capacidade de aprender do sujeito.
O elemento lúdico é essencial para o desenvolvimento da aprendizagem. 
Em especial, o uso de jogos de regras estimula o raciocínio lógico, o 
planejamento de estratégias e a resolução de problemas, entre outros 
benefícios.
O jogo favorece o desenvolvimento das ações que o sujeito exerce sobre o 
mundo, como ressalta Piaget em seus estudos sobre os jogos de exercício, 
no período sensório-motor; os simbólicos, no período pré-operatório; 
e os de regras, no período operatório e formal (esses períodos seriam 
estágios de desenvolvimento). Dessa forma, torna-se fundamental ressaltar 
que os jogos e as brincadeiras são aliados permanentes e possibilitam 
às crianças o desenvolvimento de suas habilidades intelectuais, sociais e 
45
físicas, de forma prazerosa e participativa, com grande contribuição para a 
intervenção psicopedagógica em relação às dificuldades para aprender.
Iremos apresentar uma proposta de intervenção que pode ser usada para 
estimular a atenção e a concentração com alunos com Transtorno de Déficit 
de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no contexto clínico, desenvolvida 
por Lima (2014). Essa proposta envolve um recorte de procedimentos e 
aspectos que podem ser considerados em intervenções análogas a essa e 
sugere a indicação de alguns recursos, mas não se constitui a intervenção 
total.
Os alunos com TDAH, em sua grande maioria, possuem intensa dificuldade 
na atenção e concentração e dificilmente se interessam por atividades 
pedagógicas tradicionais, as quais exigem que fiquem parados por 
muito tempo. O objetivo geral da atividade é reduzir as dificuldades de 
aprendizagem provenientes do transtorno, intensificando as condições para 
o desenvolvimento de atenção, concentração, autocontrole e respeito às 
regras com atividades lúdicas que necessitem da atenção e concentração, 
como jogos de regras físicos e/ou virtuais. Voltados ao desenvolvimento 
do raciocínio-lógico, os jogos exigem o raciocínio sobre diversas situações 
e têm como objetivo desenvolver a atenção e a concentração e ampliar 
a percepção, o cálculo mental, as relações espaciais, a resolução de 
problemas e a memória. Os jogos cognitivos a serem utilizados podem ser 
Dominó, Trilha, Jogo de Damas, Jogo de Memória e Quebra-Cabeça.
3. Psicopedagogia e sua interface com as 
Neurociências
Para compreender o complexo humano, nenhuma ciência basta por si só, 
e, por isso, é necessária a interdisciplinaridade da Psicopedagogia com as 
Neurociências, especialmente as Neurociências Cognitivas (KRISTENSEN; 
ALMEIDA; GOMES, 2001).
46
As Neurociências Cognitivas abordam temas relacionados às alterações 
na: memória, atenção, linguagem, emoção, motivação, consciência, 
plasticidade cerebral, cognição, entre outras. A Psicopedagogia aproximou-
se desses estudos e criou uma nova área chamada de Neuropedagogia, 
a qual tenta responder como o cérebro humano aprende e como utiliza 
esse aprendizado. Para responder a essa questão, estuda o cérebro como 
propulsor do aprendizado, considerando metodologias que interferem no 
aprender significativo.
Outro tema que traz grande interface com a Psicopedagogia são as 
funções executivas do cérebro, também chamadas de funções cognitivas. 
As funções cerebrais executivas nos ajudam a “executar” as atividades 
de aprendizagem, auxiliando no planejamento e no monitoramento dos 
processos acadêmicos.
As funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas que 
permitem ao sujeito engajar-se em comportamentos orientados a 
objetivos, realizando ações voluntárias, independentes, auto-organizadas 
e direcionadas a objetivos. Essas habilidades são importantes para a ação 
diante de situações novas ou em circunstâncias que exigem adaptação ou 
flexibilidade de ideias e comportamento. São funções fundamentais para 
o direcionamento e a regulação das habilidades intelectuais, emocionais e 
sociais.
As funções executivas são um conjunto de processos responsáveis 
por iniciar e desenvolver uma atividade com direção a um objetivo 
determinado. São consideradas responsáveis pela utilização de recursos 
cognitivos, de atenção e memória que auxiliam no planejamento, no 
controle e naautoavaliação do comportamento, inclusive o comportamento 
de aprendizagem.
Por sua vez, os distúrbios de aprendizagem têm sido o foco de estudos 
na perspectiva neuropsicológica, que enfatiza a relação entre as funções 
cerebrais executivas e o processo de aprendizagem. A literatura sobre os 
distúrbios de aprendizagem, especialmente na área da Neuropsicologia, 
47
destaca o papel das funções cerebrais executivas no processo de 
aprendizagem e, consequentemente, o déficit dessas funções nos quadros 
de dificuldade de aprendizagem.
Para realizar a atividade escolar, o aluno precisa de planejamento e controle 
das etapas realizadas a fim de alcançar os objetivos de forma eficiente, e 
isso exige a atuação das funções cerebrais executivas. Diante do conteúdo 
escolar, espera-se que o aluno seja capaz de selecionar, organizar, elaborar, 
reter e transformar a informação relevante a todo o momento, devendo 
até mesmo na pré-escola as capacidades cerebrais executivas estarem 
presentes para que a aprendizagem ocorra de forma satisfatória.
Pesquisas verificaram um desempenho significativamente inferior nas 
funções cerebrais executivas entre crianças com dificuldades específicas 
na compreensão da leitura de textos, a qual é garantida por recursos de 
atenção, memória, estratégias de organização e realização de raciocínios, 
entre outros aspectos. Dessa forma, a capacidade de compreensão da 
leitura (ou compreensão leitora) é um momento perfeito para observar 
as relações entre as habilidades relacionadas às funções executivas e a 
aprendizagem.
A chamada síndrome disexecutiva pode levar a dificuldades como 
seleção de informação, distrabilidade, dificuldades na tomada de decisão, 
problemas de organização, comportamento estereotipado, dificuldade 
para estabelecer novos repertórios comportamentais e dificuldades 
para antecipar as consequências do comportamento (DIAS; MENEZES; 
SEABRA, 2010). Se o comprometimento no funcionamento das habilidades 
executivas for considerado uma das possíveis causas dos distúrbios e das 
dificuldades de aprendizagem, indica-se a avaliação do funcionamento das 
funções cerebrais executivas na avaliação psicológica, neuropsicológica 
e psicopedagógica das dificuldades de aprendizagem (DIAS; MENEZES. 
SEABRA, 2010).
48
Porém, a questão que se coloca atualmente é que a avaliação das funções 
cerebrais executivas em crianças e adolescente ainda é emergente, pois 
na avaliação neuropsicológica pediátrica a maioria dos instrumentos são 
adaptações ou aplicações de medidas inicialmente desenvolvidas para 
adultos. Compreender essas alterações é importante e traz consequências 
diretas à prática psicopedagógica. Por exemplo, se em uma sala de aula 
há um aluno com diagnóstico de distúrbio de aprendizagem por síndrome 
disexecutiva que afeta especificamente a memória de trabalho, o professor 
poderá exigir menos atividades com necessidade de muita memorização 
de informações, propondo atividades mais estruturadas, com instruções 
breves e objetivas, retomando com maior frequência os objetivos a serem 
atingidos (DIAS; MENEZES; SEABRA, 2010).
Referências
BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática. Porto 
Alegre: Artmed, 2000.
DIAS, N. M.; MENEZES, A.; SEABRA, A. G. Alterações das funções executivas em 
crianças e adolescentes. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Londrina, v. 1, 
n. 1, p. 80-95, 2010.
FAGALI, E. Q.; VALE, Z. R. Psicopedagogia institucional aplicada: a aprendizagem 
escolar dinâmica e construção na sala de aula. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
GOHN, M. G. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas 
colegiadas nas escolas. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 
27-38, jan./mar. 2006.
KRISTENSEN, C. H.; ALMEIDA, R. M. M.; GOMES, W. B. Desenvolvimento Histórico e 
Fundamentos Metodológicos da Neuropsicologia Cognitiva. Psicologia: Reflexão 
e Crítica, [s.l.], v. 14, n. 2, p. 259-274, 2001.
LIMA, R. S. Propostas Metodológicas para Trabalhar as Dificuldades dos Alunos 
com Transtornos Funcionais Específicos. Curitiba: SEED, 2014. v. 2.
MALUF, M. I. Psicopedagogia hospitalar: por que e para quem? Construção 
Psicopedagógica, São Paulo, v. 15, n. 12, p. 7-26, dez. 2007.
PORTO, O. Psicopedagogia Institucional: teoria, prática e 
assessoramento psicopedagógico. Rio de Janeiro: WAK, 2011.
49
BONS ESTUDOS!
	Sumário
	Apresentação da disciplina
	A construção da Psicopedagogia no mundo e no Brasil
	Objetivos
	1. Breve histórico do surgimento da Psicopedagogia no Brasil
	2. A Psicopedagogia Clínica 
	3. A Psicopedagogia Institucional 
	Referências 
	ABPp: regulamentação da profissão e ética profissional 
	Objetivos
	1. A ABPp e suas contribuições para o desenvolvimento da Psicopedagogia
	2. A Regulamentação do Exercício da Atividade em Psicopedagogia
	3. A formação de psicopedagogos no Brasil 
	Referências 
	O objeto de estudo da Psicopedagogia: a aprendizagem e suas dificuldades
	Objetivos
	1. Objeto de estudo da Psicopedagogia 
	2. A aprendizagem no âmbito da Psicopedagogia
	3. Dificuldades, distúrbios e transtornos de aprendizagem
	Referências 
	Atuação da equipe de enfermagem na atenção ao paciente submetido à hemodiálise e sua família
	Objetivos
	_1v2mu5bxcwp5
	_xgn36qg57hn4

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