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FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA SEMINÁRIO ADVENTISTA LATINO-AMERICANO DE TEOLOGIA SAMUEL RODRIGUES DA SILVA TEIXEIRA BARROS UMA PROPOSTA DE PLANTIO DE IGREJA COM PEQUENO GRUPO CACHOEIRA 2023 SAMUEL RODRIGUES DA SILVA TEIXEIRA BARROS UMA PROPOSTA DE PLANTIO DE IGREJA COM PEQUENO GRUPO Trabalho de Conclusão de Curso, submetido ao Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia da Faculdade Adventista da Bahia como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Teologia, sob a orientação do Prof. Dr. Manoel Rodri- gues. CACHOEIRA 2023 SAMUEL RODRIGUES DA SILVA TEIXEIRA BARROS UMA PROPOSTA DE PLANTIO DE IGREJA COM PEQUENO GRUPO Trabalho de Conclusão de Curso, submetido ao Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia da Faculdade Adventista da Bahia como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Teologia, sob a orientação do Prof. Dr. Manoel Rodri- gues. Aprovado em: ____/____/_____. BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Prof. Me. Manoel Rodrigues Orientador __________________________________________________ Prof. Dr. Charles Fabian AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por tudo em minha vida, especialmente pelos milagres in- contáveis durante teste tempo de estudo. À minha mãe pelo apoio e incentivos para nunca desisti durante meus estudos. Profunda gratidão à minha esposa pelo seu amor, paciência, incentivo, ora- ções e parceria constante. Sua presença e apoio foram fundamentais para que eu pudesse alcançar meus objetivos. Me sinto realizado por tê-la ao meu lado nesta jor- nada. E ao Dr. Pr. Manoel Rodrigues, pela orientação e oportunidade. Sou grato pelos incentivos e ideias para o cumprimento da missão. Agradeço de coração aos irmãos que sempre oraram por mim e me ajudaram onde quer que eu fosse enviado. Suas orações e apoio foram uma bênção inestimável em minha jornada. Estou profundamente grato por cada gesto de solidariedade e amor. RESUMO Este artigo sugere uma estratégia para plantio de igrejas por meio de pequenos gru- pos, enfatizando a relevância e eficácia desses grupos na comunidade como a impor- tância desse método de plantio. Essas comunidades servirão como bases para a pre- paração e formação de novas igrejas. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográ- fica e consultas de referências relevantes ao tema em questão. analisa os princípios e desafios no plantio de igrejas por meio de pequenos grupos, enfatizando de forma implícita, a distinção entre métodos com e sem esses grupos. Em frentes desafios estruturais e exemplifica a complexidade por meio de casos bem-sucedidos. oferece diretrizes para avançar no plantio com pequenos grupos. Por fim, é apresentado uma estratégia concreta para a implementação dessa abordagem, visando apoiar igrejas e líderes religiosos na expansão de suas comunidades de fé. . Palavras-chave: Plantio de igreja. Pequeno Grupo. Comunidade. Estratégia. ABSTRACT This article proposes a strategy for church planting through small groups, emphasizing the relevance and effectiveness of these groups in the community and the importance of this planting method. These communities will serve as bases for the preparation and formation of new churches. The methodology used involved literature review and con- sultations of relevant references on the topic. It analyzes the principles and challenges in church planting through small groups, implicitly highlighting the distinction between methods with and without these groups. It addresses structural challenges and exem- plifies the complexity through successful cases. By evaluating crucial principles for healthy and vibrant groups, it provides technical guidelines to advance in planting with small groups. Finally, a concrete strategy is presented for implementing this approach, aiming to support churches and religious leaders in expanding their faith communities. Keywords: Church Planting. Small Group. Community. Strategy. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 7 2 PRINCÍPIOS IMPORTANTES NA IMPLANTAÇÃO DE IGREJAS ...................... 8 2.1 REFLETIR A IMAGEM DE DEUS:UMA FORMA DE COMEÇAR. ........................ 8 2.2 DEFINIÇÃO DA PALAVRA IGREJA ................................................................... 10 2.3 MODELOS DE PLANTIOS. ................................................................................ 11 2.4 SÍNTESE DESSES PRINCÍPIOS. ...................................................................... 13 3 DESAFIOS DO PLANTIO DE IGREJAS COM PEQUENOS GRUPOS ............. 14 3.1 ERA PÓS-MODERNA E O PEQUENO GRUPO ................................................ 16 3.2 EVANGELISMO EFICIENTE DOS PEQUENOS GRUPOS ................................ 17 4 DEFININDO O PEQUENO GRUPO NA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA ............... 18 4.1 CARACTERÍSTICAS DOS PEQUENOS GRUPOS ............................................ 19 4.2 CARACTERÍSTICA DA IMPLANTAÇÃO DOS PEQUENO GRUPOS ................ 20 5 CARACTERÍSTICAS DO PLANTIO DE IGREJAS POR MEIO DE PEQUENOS GRUPOS ................................................................................................................... 21 5.1 UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DO PEQUENO GRUPO PARA O PLANTIO22 5.2 A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO DE PLANTIO .................................................. 23 5.3 O PRECURSOR DO PLANTIO COM PEQUENOS GRUPOS NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA ......................................................................... 26 6 UMA ESTRATÉGIA SUGESTIVA PARA REALIZAR O PLANTIO COM UM PEQUENO GRUPO (PG) .......................................................................................... 27 7 INSTRUÇÃO PARA A EXECUÇÃO DO PLANTIO ............................................ 27 8 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 33 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35 ANEXOS ................................................................................................................... 38 7 1 INTRODUÇÃO O plantio de igrejas é, sem dúvida, um método fantástico para estabelecer novas comunidades religiosas. No entanto, é crucial reconhecer que esse método pre- cisa ser adaptado às condições contemporâneas. A forma de evangelismo tem geralmente sido levar muitas pessoas para um auditório, para desenvolver todo o contato que envolve conseguir ganhar a confiança e cuidado em todas as áreas dos interessados. Entretanto, na sociedade atual, tornou-se evidente que há uma urgência em desenvolver abordagens que verdadeiramente envolvam as pessoas, integrando-as em comunidades sólidas. O pequeno grupo apresenta-se como uma ótima opção para atingir esse objetivo. Neste cenário, será apresentada uma proposta de como realizar o plantio de igrejas com pequenos grupos. É fundamental criar vínculos fortes que as preparem adequadamente para to- mar decisões significativas em suas vidas espirituais. Portanto, torna-se essencial re- pensar e ajustar o processo de como realizar o plantio de igrejas, integrando-o aos pequenos grupos. O plantio de igrejas, segundo Joel Comiskey (1999, p. 122), pode começar por meio de células/pequenos grupos e, ao persistir, pode tornar-se o método de con- solidação e multiplicação para novos grupos, que eventualmente se tornarão novas igrejas. Essa falta de compreensão da estrutura e funcionamento dos pequenos gru- pos afetará a visão de uma plantação eficiente.Emílio Abdala (2011, p. 6) valoriza esse tipo de plantio, declarando que cada pequeno grupo é uma igreja em potencial. Nesta pesquisa, utilizamos ensinamentos valiosos de Emílio Abdala sobre como iniciar igrejas. Também incluímos as ideias de Joel Comiskey, que têm uma abordagem inovadora e transformadora. Juntando essas duas visões de começar novas congregações. O plantio de igrejas com pequenos grupos é uma das soluções para o evan- gelismo na sociedade contemporânea. O objetivo é levar a mensagem do evangelho completo, atingindo não só a quantidade, mas com foco na qualidade. O interesse pela pesquisa é motivado pela importância de compreender como o plantio de igrejas por meio de pequenos grupos pode efetivamente expressar a es- sência de Deus em comunidades e como pode ser uma abordagem eficaz para forta- lecer a igreja e transformar vidas. 8 Pensando sobre as condições atuais e a forma de alcançá-las, Paulien (2004, p. 5) descreve que a comunidade deve viver baseada no modelo sal, onde as pessoas se misturam a ponto de, quando estão juntas, obterem um senso de pertencimento maior. Esse processo melhora todos os passos evangelísticos, pois é contextualizado. Esses são alguns dos princípios que encontramos no plantio com pequeno grupo. Este tema se fundamenta nas transformações que a igreja pode promover ao expressar a essência de Deus por meio de suas ações e atitudes, inspirando outros a trilharem um caminho espiritual semelhante. O alvo central é utilizar o pequeno grupo do início ao fim do plantio. Dessa forma, determinar os princípios de multiplicação de um pequeno grupo utilizando sua metodologia para o plantio. 2 PRINCÍPIOS IMPORTANTES NA IMPLANTAÇÃO DE IGREJAS Uma ferramenta torna-se verdadeiramente valiosa quando compreendemos seu funcionamento detalhado. A execução eficaz advém do conhecimento de cada uma de suas partes. Pretendemos apresentar algumas dessas ferramentas para rea- lizar com precisão o estabelecimento de igrejas. Podemos usar essas ideias em gru- pos pequenos, pois eles já têm o que precisamos para alcançar nosso objetivo. 2.1 REFLETIR A IMAGEM DE DEUS: UMA FORMA DE COMEÇAR. A narrativa bíblica é a história de Cristo buscando ativamente o ser humano para salvá-lo, conforme mencionado em Lucas 19:10, com o propósito de viver em comunhão próxima a Ele e refletir Seu caráter. Deus criou o ser humano à Sua ima- gem e semelhança, conforme registrado em Gênesis 1:26-27. No entanto, quando o homem se afasta de Cristo, ocorre uma quebra nesse relacionamento, e a imagem é maculada. À medida que esse relacionamento é res- taurado, o ser humano se torna parecido com seu Criador. De acordo com Cairus (2011, p. 234), a ideia de criatura como imagem de Deus aponta, acima de tudo, para o papel do homem como representante sobre toda a criação. Essa afirmação reflete o conceito de que o homem foi criado à sombra de Deus, como uma extensão de características como amor, bondade, paciência, fideli- dade, etc. Assim, refletindo o caráter divino, inspiraremos os demais a seguirem esse exemplo (Efésios 4:24; Atos 2:42-47; João 13:34-35; Hebreus 10:24-25; Mateus 5:16). 9 As histórias bíblicas retratam a busca de Deus por um relacionamento com as pessoas e como Ele age através delas para cumprir seus propósitos. No trecho bíblico em que Deus utiliza a forma plural "façamos e nosso", Rosa (2013, p. 22-23) esse relato é interpretado como uma representação da Trindade Divina trabalhando em perfeita harmonia. Essa escolha linguística sugere que Deus não existe fora da comunidade e que, de maneira semelhante, a imagem de Deus não pode ser plenamente restaurada se os seres humanos, homens e mulheres, viverem de forma isolada e desconectada uns dos outros. Dessa forma, essa expressão não apenas nos ensina sobre a natureza divina, mas também nos lembra da grande importância da comunidade. Intrinsecamente, a essência de Deus é amor, mas se manifesta na forma da vivência em comunidade. Com a queda dos nossos primeiros pais, Cristo declarou que veio para subs- tituir o primeiro Adão e pagar o preço em seu lugar (romanos 5:18-19), trazendo es- perança, renovação e redenção para toda a humanidade. Compreendendo a missão de Cristo, podemos, então, vislumbrar a nobreza da missão que Deus compartilha com a igreja, pois assim como recebeu esse man- dato do Pai, Ele transfere para a igreja a sagrada obra de ser seu representante na continuação da missão. Aqueles que seguem os passos de Cristo se tornarão discí- pulos dotados de uma fé fervorosa, capaz de realizar obras maiores do que Ele fez (João 20:21; João 14:12). Diante desse contexto, compreendemos que a missão que a igreja herdou de Deus consiste em estabelecer comunidades que auxiliam as pessoas a alcançar o propósito divino, que é renovar a sua imagem na vida de cada indivíduo, e que a experiência em pequenos grupos contribui para essa restauração. O Nisto Cremos (2018, p. 81) declara que o crescimento cristão e uma vida de testemunho, aliados a uma constante expansão, são sinais práticos de confirmação gradual da restauração. A experiência em comunidade permite expressar a essência de Deus e evi- denciar ações e atitudes que incentivam os outros a trilharem um caminho espiritual semelhante. Portanto, a missão que Deus concedeu a igreja é ser um instrumento de transformação, proporcionando um ambiente onde as pessoas possam vivenciar a presença de Deus, aprender seus princípios e serem fortalecidas em sua jornada es- piritual. 10 2.2 DEFINIÇÃO DA PALAVRA IGREJA Quando pensamos sobre o conceito de igreja, podemos implicitamente asso- ciar a um pequeno grupo. A palavra para "igreja" no Antigo Testamento, conforme explica Erickson (2015, p. 997) é kahal ou edah, que significam assembleia ou con- gregação. Elas se referem ao povo de Israel reunido para adorar a Deus e tratar de assuntos espirituais. No Novo Testamento, a palavra grega ekklesia é usada para descrever a igreja cristã, significando "chamados para fora". A igreja cristã é uma comunidade de crentes que se reúnem, não apenas em edifícios, mas como uma comunidade viva e comprometida com Deus e uns com os outros (Mateus 16:18; 1 Coríntios 1:1-3; Colossenses 1:18; Efésios 1:22; 5 :25; He- breus 12:23). O significado de "ekklesia" implica que só podemos ser considerados igreja quando nos reunimos, portanto. Um pequeno grupo pode ser chamado de igreja se se reúne, e nesse contexto, há verdadeiras ajudas mútuas entre eles. Esta definição é mantida apenas no contexto de reciprocidade e pastoreio. Em Mateus 18:20, Jesus diz: "Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali estou eu no meio deles. Ao examinarmos o contexto mais amplo de Mateus 18:15-35, vemos que Je- sus está ensinando aos discípulos uma lição sobre como lidar com o pecado e o per- dão; portanto, esta instrução serve para vermos características de uma igreja. A pala- vra igreja, de acordo com o contexto, refere-se a uma assembleia maior do que dois ou três. Jesus nos ensina algumas características para sabermos se de fato se somos uma igreja; 1. Define que deve ter mais de três pessoas. 2. As pessoas devem prestar contas à liderança da igreja (Heb13:17) 3. Devem viver sob o senhorio de cristo efésios 5 4. Devem participar da cerimonias da igreja (Mt 28:18-20) Entendendo a igreja como comunidade (I Ts2:14; I Co16:1) e não como en- xergamos agora, nos leva a ver as pessoas como membros do corpo de Cristo em sua forma mais básica, pequena o suficiente para que a verdadeira comunhão possa ser experimentada. 11 Jesus não está falando sobre uma assembleia impessoal e anônima em Ma- teus 18. Ele menciona especificamente a prestação de contas e a disciplina da igreja. A assembleia conhece uns aos outros e pode agir com responsabilidade para con- frontar um irmão ou irmã que tenha cometido um erro.Nesse texto, sem dúvida, refere- se a um grupo pequeno que no sentido de pastoreio pode ser chamado de Igreja. O Pequeno Grupo é essencialmente uma comunidade cristã básica e cons- tante (Cox, 2000, p. 22). De acordo com Russill (2005, p. 36), Deus tem o desejo de estabelecer novas comunidades e reparar o que foi quebrado, para que, por meio dessas comunidades, possamos novamente refletir o ideal divino. O foco dos discípulos deve ser seguir este sonho. Para esse propósito Peter Wagner (1995, p.78) afirma: “O método evangelístico mais eficaz debaixo do céu é plantar igreja” Esse método cumpre com propriedade a tarefa de alcançar o maior número de pessoas para o reino de Deus. Portanto o plantio de igreja é fundamental para a missão. A implantação de igreja não é algo separado da vida em comunidade. Se- gundo Ronaldo Lidório (2007, p. 44), o plantio de igreja é parte fundamental da missão de Deus em restaurar o mundo por meio de uma comunidade; sem este, o propósito da missão fica comprometido. Dessa forma, a comunidade local se torna exemplo vivo da presença de Deus e de seu poder transformador. 2.3 MODELOS DE PLANTIOS. Quando se trata de iniciar igrejas, existem diferentes abordagens. Algumas buscam resultados rápidos, enquanto outras se concentram em transformações gra- duais e duradouras. Na tradição adventista, encontramos métodos que se encaixam em ambas as categorias, proporcionando tanto resultados imediatos quanto mudan- ças significativas a longo prazo. Dentro dos modelos existentes, temos o modelo Colmeia ou mãe e filha, que ocorre quando uma igreja decide estabelecer uma nova igreja próxima à original; ge- ralmente, há convertidos na localidade, e a igreja cuida de toda a logística do plantio. Outro modelo é chamado de colonização, onde o plantador é recrutado da igreja local e enviado para outra localidade, sem a presença de membros conversos. Algumas novas igrejas surgem quando a igreja mãe enfrenta muitos problemas e bri- gas entre seus membros. 12 No entanto, essas novas igrejas geralmente começam em um ambiente não saudável por causa desses conflitos. Apesar de o modelo anterior enfrentar dificulda- des nos relacionamentos, há um modelo em que novas congregações surgem por meio de círculos de amizade e afinidade, originando-se de pequenos grupos. Uma compreensão apropriada do conceito de plantio de igreja deve estar en- raizada na perspectiva bíblica, vinculando-se à obra redentora de Cristo e à natureza da igreja. Para Joel Comiskey (2002, p. 17), o plantio de igrejas é uma estratégia de multiplicação de células que passa por passos intencionais, exigindo tanto esforço que para tal ação, aqueles que se engajam nesta tarefa têm que sentir o senso do cha- mado de Deus. Comiskey defende que o plantio de igrejas deve ser realizado de forma estra- tégica e planejada, envolvendo o treinamento de líderes, a adaptação ao contexto local e a utilização de métodos eficazes de evangelização. Um processo que visa o crescimento e o fortalecimento da igreja por meio de grupos pequenos. Alguém que deseja estabelecer igrejas deve, primeiramente, se preparar ade- quadamente para esse tipo de plantio, buscando capacitação e conhecimento sobre a metodologia. Em seguida, é necessário formar líderes comprometidos com a visão e os valores da igreja, que serão responsáveis por conduzir os grupos de células e desenvolver outros líderes. É fundamental ter clareza sobre a visão e os propósitos da igreja em pequeno grupo (PG), compartilhando-os com a equipe de liderança e os membros da igreja. A implantação dos primeiros grupos de células pode ser feita por meio de estratégias de evangelismo, convidando pessoas da comunidade ou membros da igreja a participa- rem desses grupos. A multiplicação dos grupos ocorre à medida que eles crescem e desenvolvem novos líderes, incentivando-os a iniciar novos grupos e alcançar mais pessoas em diferentes áreas. O discipulado é um elemento fundamental nesse processo, promo- vendo o crescimento espiritual, o compartilhamento da Palavra de Deus, a oração e o apoio mútuo entre os membros. É importante realizar avaliações periódicas para identificar áreas de melhoria e fazer ajustes necessários ao longo do processo. A plantação de uma igreja em cé- lulas, segundo Joel Comiskey, proporciona um ambiente propício para o crescimento saudável e sustentável da igreja, conectando as pessoas em comunidades mais pró- ximas e oferecendo oportunidades de discipulado significativo. 13 Para o autor Emílio Abdala (2009, p. 42-43), o plantio de igrejas é uma tarefa essencial, que tem como objetivo alcançar novas pessoas com a mensagem do evan- gelho e proporcionar um ambiente de adoração e crescimento espiritual. Abdala destaca que o plantio de igrejas deve ser realizado de forma contex- tualizada, levando em consideração a cultura e as necessidades das pessoas da re- gião onde a congregação será estabelecida. O referido autor segue e ensina passos estratégicos baseados na Bíblia (Atos 1:8; 13:1-4; 8:29; 16:6-10), inspirados na abordagem utilizada durante a segunda me- tade do primeiro século da era cristã. É possível alcançar resultados significativos no plantio e colheita da mensagem do Evangelho. A estratégia, descrita no manual para evangelistas, visa estabelecer: (1) um alvo determinado, (2) escolher locais estratégicos de pregação, (3) aproveitar oportu- nidades favoráveis, (4) planejar a continuidade do trabalho, (5) identificar áreas pre- paradas e (6) coordenar os ministérios em cooperação. Essa abordagem, comprovada ao longo dos anos, continua a ser uma referência valiosa para aqueles que desejam fazer a diferença na propagação do Evangelho. Esse modelo tem sido utilizado com sucesso em vários países, principal- mente em regiões onde as igrejas ainda não têm presença consolidada. As estratégias e os métodos do plantio de igrejas devem ser adaptados ao contexto local, conside- rando as características da população, suas crenças, valores e formas de vida. Enquanto um método é baseado nas três viagens missionárias de Paulo, o outro utiliza o pequeno grupo/célula. Também, os autores destacam a necessidade de uma abordagem contextualizada para o plantio de igreja, levando em consideração a cultura e as necessidades das pessoas da região onde a congregação será estabe- lecida. 2.4 SÍNTESE DESSES PRINCÍPIOS. Quando começamos uma igreja, é importante pensar nas pessoas da comu- nidade e na vida social delas e como ajudá-las. Alguns princípios essenciais para um início bem-sucedido incluem: Alvo e Planejamento: um plantio de igrejas deve ser planejado de forma es- tratégica, envolvendo a definição clara de objetivos, a escolha adequada do local e a identificação dos recursos necessários para o processo. 14 Treinamento de líderes: para que um plantio de igrejas seja bem-sucedido, é fundamental que os líderes envolvidos no processo sejam capacitados e treinados para lidar com os desafios e oportunidades que surgem. Adaptação ao contexto local: a contextualização é um princípio fundamental para um plantio de igrejas eficaz. Isso significa que as estratégias e métodos devem ser adaptados às características da população e do ambiente onde a congregação será estabelecida. Foco na evangelização: o plantio de igrejas deve ter como objetivo central a evangelização das pessoas da região de onde está inserido, proporcionando-lhes um ambiente de adoração, relacionamentos e crescimento espiritual. Formação de pequeno grupo protótipo: A base está neste pequeno grupo, onde o treinamento, a formação e o exemplo prático devem ser mantidos para que haja uma multiplicação saudável e, assim, produza uma igreja viva e em constante movimento. Comunicação eficaz: uma comunicação eficaz é fundamental para que o plan- tio de igrejas seja bem-sucedido. É preciso comunicar de forma clara e objetivaos objetivos, valores e propósitos da nova congregação, atraindo pessoas para o pro- cesso e mantendo uma relação saudável com a comunidade local. Esses são apenas alguns princípios que devem ser considerados no processo de plantio de igrejas. É importante lembrar que cada situação é única e que as estra- tégias devem ser adaptadas às necessidades e características específicas de cada região. 3 DESAFIOS DO PLANTIO DE IGREJAS COM PEQUENOS GRUPOS A pesquisa busca fornecer respostas relevantes sobre a implementação de um plantio com pequeno grupo. No entanto, é importante destacar que enfrentaremos desafios específicos no contexto da igreja ou do grupo responsável pela execução desse projeto. A seguir, apresentaremos alguns desses desafios, buscando compreender melhor os obstáculos que teremos que superar para alcançar nosso objetivo. A estra- tégia de utilizar o pequeno grupo para o plantio de igrejas enfrenta desafios significa- tivos, como a dificuldade em encontrar pessoas comprometidas com a execução do projeto de evangelização 15 A igreja elabora grandes projetos e estratégias, mas muitas vezes falha em envolver o material humano necessário para alcançar seus objetivos. Isso tem sido um grande desafio para obter um número plausível de pessoas verdadeiramente com- prometidas com a evangelização e o estabelecimento de novas igrejas. Ter uma liderança capacitada para guiar e pastorear é uma das chaves para o sucesso do plantio de igrejas com pequenos grupos. Isso requer investimento de tempo, recursos e discernimento para identificar pessoas com o chamado e as habili- dades necessárias. A multiplicação dos Pequenos Grupos (PGs) é um dos alvos desejados na vivência em comunidade, buscando que eles se multipliquem à medida que crescem. No entanto, a multiplicação nem sempre ocorre de maneira fácil ou rápida. Requer planejamento estratégico, suporte adequado e motivação tanto dos líderes quanto dos membros para se envolverem no processo de multiplicação. O plantio de igrejas com PGS prioriza o discipulado como parte essencial do crescimento espiritual. No entanto, assegurar um discipulado efetivo e significativo em todos os PGS pode ser desafiador. Isso envolve o desenvolvimento de recursos de ensino, acompanhamento pessoal e a promoção de uma cultura de discipulado em toda a igreja. À medida que a igreja em PGS cresce, é essencial desenvolver uma infraes- trutura sólida para sustentar esse crescimento. Isso inclui questões como a disponibi- lização de espaços para reuniões, alocação de recursos financeiros, formação de equipes de apoio administrativo e implementação de sistemas para acompanhar o progresso e o desenvolvimento das células. A integração dos ministérios para uma gestão mais eficiente de cada atividade é essencial. Na Igreja Adventista, 'a verdadeira implementação do pequeno grupo é confirmada quando há uma harmonia perfeita entre a unidade de ação e o pequeno grupo (PG)' (MOURA, 2013, p. 116). O plantio de igrejas com pequenos grupos pode enfrentar resistência e oposi- ção provenientes de diversas fontes, como resistência cultural, oposição religiosa ou desafios logísticos. Superar esses obstáculos requer perseverança, sabedoria e uma constante dependência de Deus. É necessário estar preparado para enfrentar as dificuldades, confiando no poder e na direção divina para lidar com a resistência e superar os obs- táculos que surgirem ao longo do caminho. 16 Outro desafio é superar os paradigmas impostos pela secularização, que tem afetado os membros da igreja e roubado deles o desejo de salvar. Para enfrentar esse desafio, a estratégia proposta envolve a formação de pequenos grupos como base do esforço cristão. Ellen White afirma: “Se houver um grande número na igreja, os mem- bros devem ser divididos em pequenos grupos a fim de trabalhar pelos descrentes” (Ellen White, 1997, p. 115). 3.1 ERA PÓS-MODERNA E O PEQUENO GRUPO No contexto da transição da era moderna para a pós-moderna, é essencial compreender e alcançar pessoas com essa mentalidade, que se caracteriza por uma mente questionadora, secularizada e em constante busca por uma experiência de ple- nitude. Estamos passando por um deslocamento cultural; conforme Bauman (2004, p. 70) afirma, é necessário estar atento às transformações individuais que afetam pro- fundamente a vida humana. Nesse sentido, é importante considerar as mudanças necessárias no modelo tradicional de evangelismo para atender às demandas desse novo contexto. Segundo Paulien (2008, p. 6), defende a adoção do evangelismo relacional, que envolve um tempo maior de interação, programas que atendam às necessidades dos interessados e uma ênfase na comunidade e individualidade de cada pessoa, salientando que ela é 'sede de Deus'. Essas mudanças são respaldadas pela orientação profética de Ellen White (2023, p. 32), que destaca a necessidade de introduzir novos métodos de evangelismo e despertar a igreja para a compreensão da época em que vive. A compreensão do contexto é fundamental para o efetivo trabalho de evangelização. Araújo (2009, p. 24) destaca que em uma comunidade onde as pessoas se conhecem melhor, fica evidente que influenciar indivíduos de mentalidade secular com a verdade é benéfico. Nesse sentido, a autenticidade se revela como o melhor cami- nho para alcançá-las com o evangelho, permitindo assim sua identificação conosco. Muitas vezes, essas pessoas veem a igreja como um refúgio para evitar rea- lidades dolorosas; porém, ao testemunharem seres humanos imperfeitos seguindo a Cristo, suas concepções equivocadas acerca da fé cristã são abaladas. Ao se depa- rarem com pessoas reais que encontraram a fé, são tentadas a fazer a experiência por conta própria. 17 Descobrem, então, que até mesmo Jesus, que era sem pecado, passou por necessidades, experimentou ira, tristeza e frustração. Essa percepção torna-as aces- síveis a um relacionamento com Ele. Quando os cristãos são autênticos, os inquirido- res têm motivos para esperar que também serão bem-vindos ao se aproximarem do trono de Deus. 3.2 EVANGELISMO EFICIENTE DOS PEQUENOS GRUPOS Para se conectar com a nossa geração, como Paulien (2004, p. 5) destaca, Jesus fala sobre duas formas de comunidade cristã em Mateus 5:13-16. O primeiro é baseado no modelo de uma cidade/fortaleza, enquanto o segundo é baseado no sal. No modelo de fortaleza do evangelismo, os santos estão isolados dentro de paredes protetoras e evitam influências externas, visando salvaguardar a integridade da comunidade. Periodicamente, eles realizam cruzadas para capturar cativos, que são trazidos de volta para a fortaleza antes que os portões sejam fechados nova- mente. No entanto, essa abordagem tem resultado em menos cativos e maiores per- das. Por outro lado, no modelo de sal do evangelismo, o sal se mistura com o prato de comida e se dissolve completamente, a ponto de não ser mais possível distinguir o sal da comida. Esse processo melhora o sabor de todo o prato. O modelo do sal é encarnacional e enfatiza a ideia de se tornar parte do contexto e da cultura para im- pactar positivamente o mundo. A igreja precisa mudar o modelo para trabalhar eficazmente nessa geração. Na perspectiva da mentalidade pós-moderna, os pequenos grupos se apresentam como o método mais viável para a igreja alcançar pessoas secularizadas. 'Sua abor- dagem relacional é capaz de atender às individualidades de cada interessado' (Milton, 2007). A criação de um ambiente de relacionamento e confiança, por meio de cone- xões pré-existentes, tem um impacto significativo no sucesso das abordagens de evangelização. Através desses relacionamentos, os missionários podem estabelecer uma base sólida para compartilhar a mensagem de forma mais eficaz, levando a uma maior receptividade e tomada de decisão por parte dos interessados. Isso evidencia a eficiênciados pequenos grupos na criação de um ambiente propício para a evangelização e na conquista de decisões significativas. Considerando as características da mentalidade pós-moderna e as demandas desse contexto, os 18 pequenos grupos são uma estratégia eficiente para alcançar pessoas nessa cosmo- visão. 4 DEFININDO O PEQUENO GRUPO NA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA Para entender melhor como plantar uma igreja usando pequenos grupos, é crucial definir claramente o que realmente é um pequeno grupo. Não podemos consi- derar todas as atividades da igreja como pequenos grupos, pois isso só cria confusão e não ajuda no entendimento. Moura oferece uma definição importante que foi criada em 1999 e ainda é relevante hoje em dia. Os pequenos grupos ... são um processo organizado intencionalmente para o crescimento, conservação e preparo final da igreja. Tem como objetivo a missão espiritual, social, profética e escatológica...sob a direção da vontade de Deus revelada na bíblia, e a direção do espírito santo. Desenvolver-se através de reuniões interativas em grupo de 3 a 12 pessoas, que acontecem em dia, local e horário regulares, buscando através de louvores, oração, tes- temunho e estudo da palavra, o aperfeiçoamento de cada cristão, família e congregação. Como processo, os pequenos grupos necessitam de tempo para se desenvolver, aglutinar os departamentos, promover a unidade e via- bilizar as possibilidades evangelísticas, de acordo comas características lo- cais. Eles não nascem prontos, mas se desenvolvem, quase naturalmente, numa dinâmica eclética. Valem-se de recurso pedagógicos e didáticos, funci- onam como uma escola que transmite conhecimento através do ensino e das experiências ou testemunho. (Moura 2013, p. 23) Nem todo grupo pequeno na igreja é um 'pequeno grupo' genuíno. De acordo com Comiskey (1997, p. 18), nem todo grupo pequeno é uma verdadeira comunidade. No entanto, a mera presença de um grupo pequeno não é suficiente para defini-lo, uma vez que é um conjunto de princípios intrínsecos que o caracterizam. A verdadeira essência de um pequeno grupo vai além de seu tamanho; está enraizada na conexão profunda, no cuidado mútuo e no compartilhamento sincero. Esses elementos-chave são o que realmente diferenciam. Portanto, é crucial explicar claramente o significado e o funcionamento des- ses grupos, a fim de que as pessoas compreendam como liderar e participar adequa- damente. A visão do pequeno grupo é diferente dos grupos formados pela psicologia, sociologia e outras ciências. Por isso é importante definir com clareza os aspectos e características do pequeno grupo. Embora o termo "pequeno grupo" possa ter dife- rentes interpretações, é essencial esclarecer sua importância e propósito na experi- ência religiosa. 19 Mesmo em lugares onde o evangelho ainda não alcançou, o pequeno grupo desempenha o papel da igreja, sendo um microcosmo que representa sua essência. Não se trata apenas de uma parte da igreja, mas sim de uma representação significa- tiva que cumpre seu propósito e função. Ele é tanto uma expressão da comunidade de fé quanto a própria comunidade de fé em ação. O número de pessoas reunidas por si só não define se é um pequeno grupo ou não. É necessário que alguns aspectos organizacionais e de sistema estejam pre- sentes para determinar o que é um pequeno grupo. O pequeno grupo é uma célula viva pertencente ao corpo de Cristo, estando inseparavelmente ligado à igreja (1 Co- ríntios 12:12-13). Rode Daniel e Rode Silva (2007, p. 66) mencionam que os pequenos grupos dentro do contexto adventista têm passado por evoluções ao longo do tempo, ado- tando diferentes formatos e nomes, como "unidade de ação" da Escola Sabatina, "gru- pos familiares", "igrejas no lar", "grupos de oração", "unidades dos Desbravadores" na Sociedade de Jovens "koinonías" e, atualmente, "pequenos grupos". É importante exercermos cautela ao buscarmos uma definição precisa, pois a compreensão atual que temos sobre o assunto é resultado de exemplos que evoluí- ram ao longo do tempo. Portanto, é importante compreender o que é o pequeno grupo para que o processo de plantio de igreja neste modelo seja bem-sucedido A falta de uma definição clara pode causar dificuldades na organização e de- senvolvimento no plantio de igreja. Para ajudar na compreensão, vamos apresentar as características do pequeno grupo/ células. 4.1 CARACTERÍSTICAS DOS PEQUENOS GRUPOS Embora possam variar de um lugar para outro, de maneira geral, esses grupos são caracterizados por: (1) reuniões semanais, (2) geralmente ocorrendo em um lar, mas também podendo ocorrer em outros locais adequados, (3) com dia e horário fixos e determinados, (4) compostos por três a 12 pessoas, (5) intencionalmente evange- lísticos, (6) enfatizando fortes relações interpessoais, (7) possuindo uma estrutura e (8) funcionando como um sistema. No contexto adventista, é importante filtrar o tema e identificar os diferentes componentes do pequeno grupo. Também é necessário diferenciar entre uma ativi- dade de pequeno grupo e o próprio pequeno grupo. Conforme apontado por Silva 20 (2008, p. 41), certos grupos, como os de oração, estudo bíblico, discipulado, pregação e cura interior, não se caracterizam como células por si só. Uma atividade ou tarefas do PGS não o define por completo; é necessário que ele seja definido como um sistema, ou seja, um conjunto de ações e atividades como estilo de vida ligado à igreja local. A declaração de Cox (2004, p. 13) que menciona: “as classes semanais da Escola Sabatina consistem em pequenos grupos de pesso- as'." Embora não tenham tido o perfil que o modelo de Pequenos Grupos (PGs) possuem atualmente, mas isso indica que essas classes refletem este modelo. No entanto, possui muitas características em comum que podem ser considerada como um tipo de pequeno grupo. 4.2 CARACTERÍSTICA DA IMPLANTAÇÃO DOS PEQUENO GRUPOS Para que uma igreja saiba que a implantação do pequeno grupo foi bem-su- cedida, é necessário que todos os membros estejam envolvidos nesses grupos. Isso ocorre quando há um reavivamento sustentável, aumento no número de membros e envolvimento em atividades de testemunho. Os pequenos grupos se tornam uma parte integrante da consciência coletiva e permanente dos membros, demonstrando a importância desses grupos para a igreja. Uma igreja saudável manifesta essa felicidade como um programa bem-suce- dido. A utilização de pequenos grupos (PGs) é uma abordagem eficaz para alcan- çar a formação de igrejas saudáveis e vibrantes. O objetivo é estabelecer comunida- des cristãs sólidas e até mesmo iniciar novas igrejas. Ao implementar esse modelo em uma igreja que não estava estruturada neste formato, o termo "pequeno grupo" não deve ser utilizado indiscriminadamente para rotular qualquer atividade da igreja. É necessário um entendimento preciso e aprofun- dado do conceito. De acordo com Moura (2013, p. 23), os pequenos grupos são um processo organizado intencionalmente para o crescimento, conservação, comunhão e preparo final da igreja, com objetivos espirituais, sociais, proféticos e escatológicos. 21 Devem ser um sistema e somente assim podem se chamar estilo de vida da igreja. Esses grupos se desenvolvem através de reuniões interativas, envolvendo de 3 a 12 pessoas, que se encontram regularmente para louvor, oração, testemunho e estudo da palavra. Quando um pequeno grupo é holístico a evangelização, envolvimento e amor mútuo, são atividades rotineiras. Essa transformação só é possível através de Cristo e do Espírito Santo, permitindo que o grupo alcance a maturidade. Assim, é possível realizar plantações saudáveis de igrejas com pequenos grupos que reflitam a imagem de Deus. 5 CARACTERÍSTICAS DO PLANTIO DE IGREJAS POR MEIO DE PEQUENOS GRUPOS De acordo com Emilio Abdala (2011), um projeto saudável de plantio de igre- jasdeve refletir cinco poderosos princípios. (1) a igreja mãe comprometida com a grande comissão. (2) mobilizar todos os membros de acordo com seus dons específicos. (3) realizar ministérios relevantes para a comunidade que deseja alcançar. (4) evangelismo relevante capacitando os membros da igreja a alcançarem sua comunidade relacional e local para o cresci- mento através da conversão, e não apenas por transferência de membros. (5) ressalta a necessidade de estabelecer uma rede robusta de pequenos grupos especializados em alcançar pessoas, treinar liderança e assimilar os novos membros. Esses critérios compreendidos e aplicados corretamente ao plantio trarão êxito e farão com que ocorra um despertamento da visão resultando em um trabalho em conjunto. O perfil do Pequeno Grupo (PG) ideal é, muitas vezes, difícil de alcançar, mas pode ser alcançado quando seus membros refletem o amor, bondade e fidelidade que Deus deseja que tenhamos. Embora este grupo possa apresentar falhas devido à sua composição hu- mana, quando seus membros refletem o ideal divino, eles completam o amor de Deus na vida das pessoas e são transformados à medida que cuidam e mantêm uns aos outros engajados na vivência desse PG. 22 5.1 UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DO PEQUENO GRUPO PARA O PLANTIO Os princípios reproduzidos do Pequeno Grupo são uma fonte de luz, vinda de Deus, que nos guia. A organização da igreja de acordo com essa metodologia prepara a comunidade para um reavivamento espiritual e permite que desfrutem dos momentos finais da presença do Espírito Santo em seus corações, proporcionando- lhes a tranquilidade de estarem no caminho correto. Portanto, a metodologia do Pequeno Grupo atua como um suporte em todas as fases para o plantio: cuidado, conservação e multiplicação desses grupos. Apre- sentaremos algumas características bem estabelecidas que nos ajudarão a alcançar o propósito divino nessa empreitada. Uma das principais características dessa abordagem é a construção de rela- cionamentos genuínos. Os grupos pequenos oferecem um ambiente acolhedor onde as pessoas podem compartilhar suas experiências de vida, dúvidas, anseios e desco- bertas espirituais. Isso cria uma atmosfera de confiança, fortalecendo os laços entre os membros e com Deus. Além disso, esses grupos permitem um cuidado mais individualizado e um discipulado personalizado. Os líderes capacitados têm a responsabilidade de ensinar e acompanhar cada membro, ajudando-os a crescer espiritualmente e desenvolver seus dons e talentos para servir à comunidade. Essa abordagem também enfatiza a participação ativa e treinamento de todos os membros. Cada pessoa desempenha um papel relevante na vida do grupo, contri- buindo com seus talentos e habilidades, compartilhando seu conhecimento da Palavra de Deus e experiências de vida. Essa interação e compartilhamento mútuo fortalecem a comunhão e incenti- vam o crescimento espiritual coletivo. Além disso, a estratégia de multiplicação é fun- damental. À medida que os grupos pequenos crescem e se fortalecem, são encoraja- dos a se multiplicarem em novos grupos, liderados por membros capacitados. Essa multiplicação permite que a igreja alcance diferentes áreas e comunida- des, expandindo o alcance do evangelho e formando uma rede de pequenos grupos interconectados. O pastoreio é uma atividade fundamental do pequeno grupo adventistas. Como pastores amorosos, os líderes dos grupos incentivam o florescimento do indiví- duo em todas as dimensões da vida, assegurando que cada pessoa seja nutrida de maneira eficiente (Abdala, 2008, p.85). 23 A mobilização espiritual é essencial para motivar as pessoas a se envolverem na evangelização. A espiritualidade se torna o grande veículo de motivação tanto para os líderes como para os grupos de liderança. Os pequenos grupos fornecem um local de oração, intercessão e crescimento espiritual, o que é fundamental para mobilizar os membros da igreja. Através do convite para participar de um pequeno grupo, as pessoas têm a expectativa de encontrar amigos reunidos para oração e estudo, tornando a oração a maior força na mobilização dos membros. A criação de estratégias do pequeno grupo para o avanço é outro princípio maravilhoso dessa importante ferramenta. Isso é feito através do treinamento e envol- vimento dos membros do grupo em diferentes atividades, como visitação de casa em casa, estudos bíblicos e recepção calorosa aos convidados. Os pequenos grupos proporcionam um ambiente propício para o desenvolvi- mento dessas habilidades, tornando os membros aptos a desempenharem papéis im- portantes no plantio de igrejas. O discipulado é fundamental nesse processo, promovendo o crescimento es- piritual e oferecendo oportunidades de discipulado significativos. A plantação de uma igreja em células proporciona um ambiente propício para o crescimento saudável e sustentável da igreja, conectando as pessoas em comunidades mais próximas. 5.2 A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO DE PLANTIO O plantio de igreja com pequeno grupo oferece um ambiente acolhedor, pro- move relacionamentos genuínos, investe em discipulado personalizado, valoriza a participação de todos os membros e incentiva a multiplicação dos grupos. Essa estra- tégia é uma poderosa ferramenta para alcançar e transformar vidas, estabelecendo uma igreja saudável e vibrante. Conforme afirma Cho (1987, p. 91), se o pequeno grupo não tem o evange- lismo como parte do programa, então o grupo não está seguindo o modelo dado por Deus. A evangelização é um elemento automático nos pequenos grupos, que nem sempre acontece nas igrejas organizadas. Os pequenos grupos podem desbravar o campo, realizar visitas, estudos bí- blicos e interagir com os interessados. Eles se tornam uma estrutura forte na evange- lização e crescimento da igreja, pois desenvolvem relacionamentos mais próximos e quebram preconceitos, facilitando a ida dos convidados para a igreja. 24 Ao longo da história, o Pequeno Grupo tem sido utilizado por diversas deno- minações de diferentes maneiras. Alguns grupos são utilizados exclusivamente para nutrir a igreja, enquanto outros são direcionados para a evangelização. No entanto, entendemos que devemos trabalhar com o PG de forma abran- gente, incorporando as dimensões de missão, comunhão e relacionamento, abar- cando todas as áreas da vida, este é o ideal porque o evangelho é integral e o Pe- queno Grupo se torna uma poderosa ferramenta para transformar seus membros em embaixadores ativos do Reino de Deus. A proposta de Wagner (1976) afirma que se uma igreja tornar a multiplicação de congregações ou grupos relacionais parte integrante de seu planejamento de cres- cimento, haverá a conversão de novas almas. Essa proposta é confirmada por Schwarz (1996, p. 32), que concluiu em um estudo mundial que os Pequenos Grupos são um princípio de crescimento e, consequentemente, plantio de igrejas. Em áreas onde não há presença de uma igreja, um PG pode servir como a base para a realização de reuniões preparatórias, visando ao desenvolvimento do plantio. Uma estratégia adicional de grande importância consiste na multiplicação dos grupos. À medida que os grupos menores crescem e se fortalecem, são encorajados a se multiplicar, originando novos grupos liderados por membros capacitados. Conforme mencionado por Comiskey (2002, p.21), a multiplicação ocorre quando o grupo de PG se expande de uma a quatro vezes, ou seja, dentro do contexto do evangelismo interno. Essa quantidade já é suficiente para iniciar uma nova igreja. Esse processo de multiplicação possibilita que a igreja se estabilize e cresça na organização da nova igreja. Um pequeno grupo dentro do contexto do plantio de igreja apresenta todo o seu potencial, pois está focado no seu objetivo principal. Porque os membros desse grupo estão conectados, provenientes de uma co- munidade, vivemna comunidade e têm a comunidade como destino. À medida que seus membros crescem em relação com Deus e uns com os outros, eles se tornam agentes de transformação em seu círculo de influência mais amplo Esse grupo se torna a plataforma que capacita seus membros a compartilhar o amor de Deus com suas famílias, amigos e colegas de trabalho, tornando-se assim uma força multiplicadora. Isso permite que a comunidade da igreja alcance e impacte vidas além de suas próprias fronteiras. 25 O plantio através de pequenos grupos está profundamente enraizado na com- preensão de que tudo começa em comunidade. Isso possibilita a formação de todas as características essenciais, criando uma combinação ideal para um crescimento saudável da comunidade. Esse modelo de plantio cria a base ideal, reunindo amizade, ligação com Deus, troca de experiências e apoio verdadeiro. Essas características são fundamentais para o crescimento espiritual e para atrair novos membros e potenciais participantes. Assim, percebe-se uma abordagem estratégica e lógica, permitindo que a igreja cresça de maneira orgânica à medida que os pequenos grupos florescem e se multiplicam. Conforme a igreja como um todo expande sua influência positiva na socie- dade, ela cresce, expandindo seu impacto além de suas próprias fronteiras. Essa abordagem estratégica demonstra uma visão clara e uma compreensão de que o cres- cimento da igreja ocorre de forma saudável, alcançando um maior número de pes- soas. De acordo com Comiskey (2002, p. 17), o plantio de igrejas é uma estratégia de multiplicação de células que requer esforço e um senso de chamado de Deus por parte daqueles que se envolvem nessa tarefa. Ele defende que o plantio de igrejas deve ser realizado de forma estratégica e planejada, envolvendo o treinamento de líderes, a adaptação ao contexto local e a utilização de métodos eficazes de evangelização. No início, busca-se capacitação e conhecimento sobre a metodologia, seguido pela formação de líderes comprometidos com a visão e valores da igreja. A implantação dos primeiros pequenos grupos pode ocorrer por meio de evan- gelismo, convidando pessoas da comunidade ou membros da igreja a participarem desses grupos. A multiplicação dos grupos se dá à medida que crescem e desenvol- vem novos líderes O discipulado é fundamental nesse processo, promovendo o crescimento es- piritual e oferecendo oportunidades de discipulado significativo. A plantação de uma igreja em células proporciona um ambiente propício para o crescimento saudável e sustentável da igreja, conectando as pessoas em comunidades mais próximas. 26 5.3 O PRECURSOR DO PLANTIO COM PEQUENOS GRUPOS NA IGREJA ADVEN- TISTA DO SÉTIMO DIA Desde o início da igreja, a Escola Sabatina tem sido fundamental e está ligada ao conceito de Pequeno Grupo, promovendo inclusão e ação coletiva. Ser membro da Igreja Adventista significa viver dentro de uma estrutura semelhante a um Pequeno Grupo durante toda a vida. “A Escola Sabatina é essencial para a Igreja Adventista, sendo um marco em sua história e indispensável para compreender sua trajetória” (MOURA,2013, p. 114). A Igreja Adventista tem utilizado com eficácia a unidade da Escola Sabatina para crescer de forma expansiva e efetiva. As unidades de ação do departamento de Escola Sabatina desempenham um papel fundamental nesse processo. A Escola Sabatina tem sido eficaz no crescimento expansivo e efetivo da Igreja Adventista por meio de suas unidades, que funcionam fora do templo, em dife- rentes dias da semana, e têm um propósito evangelístico significativo no cumprimento da missão da igreja. Ela é organizada geograficamente, pois isso fortalece a base do pequeno grupo e evidencia sua importância como estrutura fundamental da igreja. O plantio de igrejas pode ser realizado por meio da Escola Sabatina usando a unidade de ação. Isso envolve multiplicar grupos de discípulos estrategicamente, formando novas unidades. Essas unidades podem ser enviadas para regiões especí- ficas por um período de tempo, onde cuidam das necessidades locais e estabelecem amizades. Ao morar nessas regiões, eles aprendem a evangelizar de forma efetiva. Dessa maneira, “é possível formar novas igrejas através da multiplicação da unidade de ação”. (Escola Sabatina: Multiplicando discípulos. 2021, p. 79). Uma abordagem adicional, chamada de Escola Sabatina Filial, é utilizada para o evangelismo de não adventistas. Essa abordagem ocorre no mesmo horário da Escola Sabatina regular e utiliza os materiais da Escola Sabatina. “O objetivo é estabelecer uma nova Escola Sabatina”, e consequentemente, uma nova igreja. (Ma- nual da Escola Sabatina, 2013, p. 113). 27 6 UMA ESTRATÉGIA SUGESTIVA PARA REALIZAR O PLANTIO COM UM PE- QUENO GRUPO (PG) No contexto atual, é fundamental encontrar estratégias eficazes para alcançar as pessoas e estabelecer novas congregações. A Igreja Adventista reconhece a im- portância de ter relacionamentos genuínos em meio a uma sociedade que muitas ve- zes se afasta de questões religiosas. Por isso, é necessário buscar abordagens diferentes. Uma sugestão é usar pequenos grupos como uma estratégia para plantar novas congregações. Mateus 13:31-32 traz uma analogia utilizada por Jesus para ilustrar o crescimento do reino de Deus por meio do exemplo de uma semente. Podemos aplicar essa ideia ao desenvolvimento saudável de um Pequeno Grupo (PG) que busca estabelecer uma nova igreja neste mundo. Assim como uma semente, o processo de plantio de uma nova igreja passa por quatro fases sequen- ciais até que possa frutificar. Embora a semente passe por outros processos, nos deteremos nos principais, especialmente ligados à germinação, berçário, transplante, desenvolvimento e frutifi- cação (JUNQUEIRA; CARNEIRO 2005, p. 332). O processo de estabelecimento de um novo PG pode ser comparado às dife- rentes fases do crescimento de uma semente. Uma possível abordagem inicial é con- tar com um instrutor bíblico que, por meio de um evangelismo inicial, forma grupos promocionais com ênfase em saúde, preparando o caminho para o plantio e a forma- ção futura do pequeno grupo consolidado. Outra opção é seguir o ciclo normal de evangelismo do próprio pequeno grupo, que inclui atividades como evangelismo, oração, estudo da Bíblia, encoraja- mento, cuidado mútuo e criação de comunidades. Também é possível iniciar com um pequeno grupo em uma área que ainda não tenha sido alcançada. Este processo su- gerido de plantio deve durar de 1 a 2 meses nestes formatos. 7 INSTRUÇÃO PARA A EXECUÇÃO DO PLANTIO Portanto, ao entender e aplicar essas fases de crescimento de uma semente ao estabelecimento de um PG, podemos visualizar o processo de um crescimento gradual. Neste modelo, iremos analisar a analogia da semente em cada uma dessas fases, comparando-as com elementos naturais que refletem o desenvolvimento sau- dável de um grupo e a formação de uma nova igreja. 28 Santos (2013, p. 45-55) apresenta sete passos eficientes para o plantio por meio de pequenos grupos: (1) capacitando o obreiro, (2) conhecendo a comunidade, (3) criando relacionamentos, (4) apresentando a mensagem, (5) colhendo os primeiros frutos, (6) formação de novos líderes e (7) a maturidade da nova igreja. Esses passos foram implementados a partir de relatos de campo na cidade de Cumbe, Sergipe, e obtiveram muito sucesso. É importante notar que essas orien- tações são especialmente úteis para um obreiro ou um pequeno grupo que se mudou para uma localidade sem a presença da igreja. A sugestão dessa pesquisa se valerá desse referencial importante para o avanço da pregação do evangelho. FASE 1: GERMINAÇÃO - FORMAÇÃO DO PEQUENO GRUPO Essa é a etapa preparatória para a mobilização, recrutamento e início do pe- queno grupo. Cada passo deve ser rigorosamente intencional no processo. Na fase de plantio, as basessão estabelecidas, assim como a visão e o propósito do novo pequeno grupo, para possibilitar o crescimento da nova igreja. Com a formação de líderes comprometidos, o desenvolvimento de uma cultura de discipulado e uma iden- tidade clara. Assim como uma semente, o pequeno grupo passa pela fase de germinação. Nesta etapa, é essencial que haja entrosamento e união entre os membros, seme- lhante às raízes que se estendem e se fortalecem no solo. Como afirma Sofia Esteves (2019), o entrosamento entre os membros é fundamental para o crescimento saudável do grupo. Além disso, o grupo precisa conhecer os princípios básicos, como o nome de cada membro e a liturgia do programa, a fim de estabelecer uma base sólida para o crescimento futuro. Joel Comiskey (2010, p. 93) equipara a raiz da planta com lide- rança, ou seja, primeiro tem que se formar a liderança para depois seguir com os planos e conseguir o desenvolvimento. Realizar reuniões temáticas com ênfase em racionalidade, louvor, estudo dos temas-chave e aprofundamento teórico-prático. Desafios: Conhecer os desafios específicos da comunidade em que a igreja será plan- tada, como questões culturais ou condições climáticas. 29 Adaptar as estratégias de plantio de acordo com os desafios encontrados, buscando soluções criativas e eficazes. Comunidade: Criar relacionamentos saudáveis com a comunidade, encontrando pontos em comum entre as pessoas envolvidas. Realizar visitas individuais às casas dos participantes do pequeno grupo, ofe- recendo acompanhamento de aprendizado através de um guia de estudo da Bíblia. Promover encontros públicos semanais para reunir todos os interessados em estudos bíblicos e discipulado. FASE 2: CRESCIMENTO DO CAULE - EVANGELIZAÇÃO E CONVITE O próximo estágio é o crescimento, onde o PG se fortalece em número de membros, relacionamentos internos e aprofundamento no conhecimento bíblico e na prática da fé. No crescimento do caule, a planta começa a se elevar e se ramificar, bus- cando a luz do sol. Da mesma forma, o pequeno grupo se dedica à evangelização e ao convite. Conforme mencionado por Johnson (2000, p. 25), os membros do pequeno grupo se tornam os "caules" que se estendem para alcançar os interessados, com- partilhando a mensagem do evangelho. O objetivo é convidar e compartilhar o evan- gelho, atraindo pessoas que ainda não são adventistas, mas que estão em busca de espiritualidade. Doutrinas: Ensinar as doutrinas bíblicas de forma clara e acessível, utilizando materiais didáticos adequados. Incentivar o estudo em grupo e a discussão sobre os temas abordados, forta- lecendo o entendimento e a aplicação das doutrinas na vida dos membros Liderança Devemos ensinar aos nossos amigos a pescar, não apenas falar sobre isso. Isso significa que, como membros, devemos ajudar uns aos outros a aprender habili- dades importantes. Mas mesmo se alguém não for membro, ainda podemos realizar 30 projetos comunitários para ajudar as pessoas a aprenderem e crescerem juntas, con- tando com a ajuda dos futuros novos membros. Juntos, podemos fazer a diferença na comunidade. FASE 3: DESENVOLVIMENTO DAS FOLHAS – DISCIPULADO Enquanto as folhas se desenvolvem e se tornam verdes, o pequeno grupo concentra-se no discipulado e no amadurecimento espiritual. Assim como as folhas desempenham um papel vital na captação da luz solar para a planta, o discipulado é essencial para nutrir e fortalecer os membros. Conforme ressaltado por Ribeiro e Busson (2007, p. 117-118), o discipulado envolve a formação de duplas missionárias e trios compostos por adventistas e não adventistas, criando um ambiente de aprendizado e crescimento mútuo. Esse pro- cesso contribui para o desenvolvimento espiritual dos membros e os capacita a com- partilhar a mensagem de salvação. Conversão: Priorizar a evangelização e o convite para tomar decisões por Cristo. Realizar visitas e contatos missionários, incluindo estudos bíblicos e momen- tos de interação com os interessados. Criar um ambiente acolhedor e receptivo nos pequenos grupos e nas reuniões públicas, quebrando preconceitos e facilitando a ida dos convidados à igreja. Discipulado: Formar discípulos comprometidos com a obra de salvar pecadores, capaci- tando-os para o ministério. Acompanhar de perto o desenvolvimento dos novos membros, oferecendo treinamento e orientação para que se tornem ganhadores de almas Promover a frutificação do discipulado, integrando os novos membros à igreja e encorajando-os a compartilhar sua fé com outros. 31 FASE 4: FLORESCIMENTO E FRUTIFICAÇÃO - MULTIPLICAÇÃO E LIDERANÇA Por fim, na fase da frutificação, a nova igreja começa a impactar sua comuni- dade, compartilhando o amor de Deus, realizando obras de serviço e levando pessoas a um relacionamento transformador com Cristo. No florescimento e frutificação, a planta atinge seu potencial máximo. Da mesma forma, o pequeno grupo está pronto para multiplicar-se e estabelecer novos grupos. Conforme mencionado por Kurt Johnson (2000, p. 119), é como se as flores simbolizassem a multiplicação do trabalho, e os frutos representassem os resultados alcançados. O líder associado, que amadureceu durante as fases anteriores, está pronto para liderar outros grupos. A multiplicação ocorre com a formação de dois novos pe- quenos grupos, permitindo um crescimento contínuo e uma liderança compartilhada. Independência: Trabalhar para que a nova igreja se torne desenvolvida. A primeira ocorre uma vez por semana na qual busca reunir todos os interessados pelo estudo bíblico, inde- pendentemente de participarem ou não do pequeno grupo. Esse encontro deve ser realizado em um local estratégico, como uma sala alugada em um local de fácil acesso para a comunidade. Nesse encontro, é apresentado um estudo bíblico mais abrangente, que aborda os princípios fundamentais da fé adventista. Deve ocorrer a repetição do cír- culo do discipulado dentro do pequeno grupo, assim se repetem todos os passos no- vamente. Ao aplicar a analogia da semente em cada fase do plantio de um pequeno grupo, percebemos a importância de cada etapa para o desenvolvimento saudável e a multiplicação da igreja no mundo atual. Assim como a semente precisa passar pela germinação, crescimento do caule, desenvolvimento das folhas e florescimento para frutificar, o pequeno grupo também precisa seguir essas fases para alcançar resultados significativos.Cada fase possui sua própria importância e necessidades específicas. Assim como a semente precisa de entrosamento e raízes fortes para crescer, o pequeno grupo precisa estabelecer vínculos sólidos entre seus membros na fase de formação. 32 O crescimento do caule representa a evangelização e o convite, onde os membros se estendem para alcançar os interessados, levando a mensagem do evan- gelho. O desenvolvimento das folhas simboliza o discipulado e o amadurecimento es- piritual. Assim como as folhas captam a luz do sol para a planta, o discipulado permite que os membros cresçam na fé, fortalecendo uns aos outros e compartilhando a men- sagem de salvação. Nessa fase, as duplas missionárias e os trios compostos por adventistas e não adventistas desempenham um papel fundamental na realização de atividades so- ciais, comunitárias, recreativas e missionárias. Por fim, o florescimento e frutificação representam a multiplicação e o cresci- mento contínuo da igreja. Assim como as flores geram novas sementes e os frutos demonstram o sucesso do processo de crescimento, o pequeno grupo alcança a ma- turidade necessária para multiplicar-se e estabelecer novas igrejas. Os líderes associados capacitados lideram esses grupos, compartilhando os ensinamentos e os princípios aprendidos ao longo das fases anteriores. A multiplica- ção não apenas amplia o alcance da igreja, mas também promove uma liderançacompartilhada, permitindo que mais pessoas se envolvam ativamente no ministério. É essencial compreender que essas fases não são lineares e podem variar de acordo com as circunstâncias e necessidades do grupo. No entanto, ao seguir essa analogia da semente, guiados pelos princípios bíblicos, o pequeno grupo estará pre- parado para enfrentar os desafios e experimentar um crescimento saudável. Portanto, ao aplicar esse modelo bíblico, baseado na analogia da semente, os pequenos grupos serão fortalecidos, as pessoas serão alcançadas pelo evangelho, e a igreja crescerá de forma significativa. Que possamos estar atentos e comprometidos em cada fase, buscando sem- pre a vontade de Deus e o propósito de levar Sua mensagem de amor e salvação ao mundo atual. 33 8 CONCLUSÃO Com base no exposto, podemos concluir que o plantio de igrejas com peque- nos grupos desempenha um papel fundamental na restauração gradual da imagem de Deus no ser humano. No entanto, reconhecemos que o plantio de igrejas continua sendo um desafio para as estruturas atuais de algumas igrejas. Ao longo da história, os pequenos grupos têm sido a base em que a igreja se desenvolveu e sobreviveu. Na atualidade, essa forma de plantio desafia o modelo tra- dicional, exigindo compreensão e aceitação por parte dos membros da igreja. Muitos plantios não alcançam seu potencial devido à falta de compreensão e utilização dessa importante ferramenta que é o pequeno grupo. Na abordagem de plantio de igrejas através de pequenos grupos, a descen- tralização não apenas amplia a participação ativa, mas também fomenta um senso de comunidade mais profundo. Essa proximidade permite uma personalização maior no atendimento às necessidades individuais, promovendo uma compreensão mais holís- tica das pessoas. Ademais, a flexibilidade inerente aos grupos menores facilita a adaptação a diferentes contextos culturais e sociais, tornando o processo de apresentação de Cristo mais relevante e autêntico para cada grupo específico. Essa abordagem cen- trada em relacionamentos verdadeiros não apenas fortalece a fundação da nova igreja, mas também estabelece laços duradouros entre os membros, criando uma base sólida para o crescimento espiritual e comunitário Esta pesquisa é vital, pois apontou uma maneira de iniciar novas igrejas que esteja em sintonia com as mentalidades atuais, marcando uma mudança significativa no método de plantio para o avanço. Igrejas bem-sucedidas geralmente começam com um grupo base, frequentemente formado por familiares ou selecionado estrate- gicamente para iniciar novas igrejas. Na realidade, esse pequeno grupo precisa refletir as dimensões completas do evangelho para alcançar a multiplicação e, finalmente, o plantio. Esses pontos incluem o reconhecimento da importância do pequeno grupo e a conscientização de que o plantio pode ocorrer através da reprodução natural do pequeno grupo ou ser o grupo base da implantação de uma nova igreja, que servirá como um protótipo para futuras reproduções e implantações. Manter um diálogo constante com a igreja e os líderes sobre esses assuntos é crucial. 34 Neste estudo, foi apresentada uma proposta para o plantio de igrejas utili- zando pequenos grupos, tomando como exemplo as Escolas Sabatinas filiais e a re- produção da unidade de ação em lugares onde não há uma Escola Sabatina perma- nente. É importante ressaltar que as unidades de ação estão se transformando gra- dualmente em pequenos grupos. No entanto, o estudo se limitou a fornecer processos práticos para realizar o plantio com pequeno grupo. Com base nessa proposta e metodologia, é possível identificar que o plantio por meio de pequenos grupos pode ajudar a alcançar pessoas que nunca frequenta- riam uma igreja no modelo tradicional. Obviamente, esses pequenos grupos fazem parte de uma plataforma maior, a igreja. O plantio com pequeno grupo ajudará no aumento de membros nos grandes centros urbanos, considerando que o contexto de cada lugar pode variar amplamente. Portanto, este estudo buscou fornecer uma ideia concisa e limitante para cum- prir o ide na atualidade. Pastores evangelistas e leigos podem desempenhar um tra- balho habilidoso nesse formato, superando os desafios da forma tradicional, levando as pessoas a um melhor engajamento na igreja e desenvolvendo nelas o desejo de participar de tais comunidades que auxiliam no crescimento holístico 35 REFERÊNCIAS ABDALA, E. Manual para Evangelistas: Estratégias modernas para series de co- lheitas e plantio de igrejas. Cachoeira, BA: CePLiB, 2009. ___________. 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Formação de Líderes: - Identificar e treinar líderes comprometidos com a missão. - Desenvolver habilidades de liderança e comunicação. 3. Cultura de Discipulado: - Criar uma atmosfera de aprendizado e crescimento espiritual. - Fomentar a prática regular de estudos bíblicos em grupo. 4. Conexão com a Comunidade: - Realizar pesquisas para entender as necessidades locais. - Estabelecer laços com organizações locais para apoio comunitário. Fase 2: Crescimento do Caule - Expandindo Relacionamentos 1. Evangelização Ativa: - Realizar eventos evangelísticos para a comunidade. - Encorajar membros a compartilhar suas histórias de fé. 2. Estudo Bíblico Focado: - Conduzir estudos sistemáticos sobre doutrinas adventistas. - Utilizar material didático acessível para novos interessados. 3. Fortalecendo Relacionamentos: - Promover atividades sociais para fortalecer laços entre membros. - Incentivar a comunicação aberta e empática dentro do grupo. 4. Aconselhamento e Apoio: - Oferecer apoio emocional e aconselhamento pastoral quando necessário. - Criar grupos de apoio para membros com necessidades específicas. 39 Fase 3: Desenvolvimento das Folhas - Nutrindo Espiritualidade 1. Discipulado Profundo: - Estabelecer mentorias individuais para o crescimento espiritual. - Encorajar a leitura regular da Bíblia e oração pessoal. 2. Envolvimento na Comunidade: - Participar ativamente em iniciativas comunitárias. - Apoiar projetos sociais e humanitários na área local. 3. Treinamento de Liderança: - Oferecer cursos e workshops para desenvolvimento de líderes. - Incentivar liderança participativa e colaborativa. 4. Missões e Evangelismo Externo: - Realizar campanhas de doação e ajuda humanitária. - Organizar eventos evangelísticos abertos à comunidade. Fase 4: Florescimento e Frutificação - Multiplicando o Impacto 1. Multiplicação de Grupos: - Identificar líderes emergentes para começar novos grupos. - Treinar e apoiar líderes para replicar o processo de plantio. 2. Impacto na Comunidade: - Promover ações de caridade e assistência regularmente. - Participar ativamente em projetos de melhoria local. 3. Desenvolvimento de Liderança de Alto Nível: - Investir em liderança sênior para orientar múltiplos grupos. - Oferecer mentoria contínua para líderes experientes. 4. Estabelecendo Raízes Profundas: - Integrar a igreja plantada na estrutura global da denominação. - Fomentar uma atmosfera de unidade e cooperação. - Reproduzir o modelo.