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Brincar, significação e representação
-Na terapia infantil, interagir com a criança, fornecer meios de comunicação e interpretar suas expressões por meio de brinquedos estabelecem um diálogo adaptado ao universo infantil.
-Esse "diálogo" ocorre enquanto a criança, por meio dos brinquedos, expressa suas preocupações, concordando ou discordando de sua presença na sessão.
-O desafio para o adulto está em lidar com a linguagem pré-verbal, interpretando padrões de signos expressos pelos brinquedos, exigindo uma compreensão sensível para decodificar mensagens não apenas verbais, mas também simbólicas.
-O psicólogo interpreta as ações da criança por meio do material lúdico, entendendo o diálogo pré-verbal da criança. Mudanças podem ser impostas ao diálogo, suscetíveis à contestação da criança.
Porque a brincadeira lúdica é um bom recurso para se conversar com a criança e, portanto, entendê-la?
Se o analista não pode brincar, nesse caso, ele não serve para o ofício, por quê? Porque através do brincar a criança estabelece um vínculo e mostra, através da simbologia, seu inconsciente, como na associação livre.
Ludodiagnóstico- É um procedimento de investigação fundamentado nos princípios da associação Livre. (Freud, 1990), nas quais o sujeito fica inteiramente livre na sua forma de expressão. (Anzieu, 1978)
- Embora a técnica consista na utilização da brincadeira infantil, o objetivo não é brincar com a criança. E sim permitir que ela expresse através dos brinquedos as dificuldades que porventura estejam enfrentando, requerendo habilidade do profissional. Não basta, portanto o desejo de brincar com a criança. Aliás, dificilmente o irá literalmente “Brincar” com a criança, considerando que a sua postura é mais de compreensão das expressões lúdicas.
- Klein(1927, 1928), encontrou no brincar da criança normal graus de violência e uma luta por dominar esses impulsos agressivos. A ação externa do brincar permite que o mundo real tranquilize o ego de que a violência não é temível, permitindo que no brincar novas fantasias apareçam e melhorem a violência interna. 
- Abordou o conceito e projeção como auxiliar no processo de identidade, na medida em que considerava que o ego projeta para fora impulsos originados da pulsão de morte, procurando introjetar o que é bom.
- Anzieu (1978), descreve o uso de conceito de projeção nas técnicas projetivas como meio para expulsar da consciência os sentimentos repreensíveis, tendo como consequência o favorecimento de uma descarga emocional. A criança pode expressar a sua raiva atribuindo à sessão lúdica ou através da personificação do ódio que não pode admitir no plano consciente. Ou seja, o brinquedo atua como instrumento de descarga, ao mesmo tempo favorecendo a compreensão dos aspectos inconscientes.
Sala de atendimento:
-Sala dedicada exclusivamente ao atendimento infantil, proporcionando um espaço onde a criança possa se movimentar livremente e se envolver em atividades lúdicas, como jogar bola.
-Infraestrutura composta por chão e paredes laváveis para lidar com eventual sujeira decorrente das atividades, assegurando que descontroles nas ações não gerem desconforto. Cadeiras iguais para o psicólogo e a criança, promovendo uma interação em um mesmo plano.
-Seleção cuidadosa de materiais, considerando a possibilidade de reparação após descontroles, garantindo segurança e conforto para a criança.
- Opção de um divã lavável para situações em que a criança prefira verbalizar ou deitar-se para associações.
- São medidas consideradas rigorosas, mas fundamentais diante da variabilidade das crianças em relação à prontidão para a associação livre.
Caixa lúdica e os materiais
- Quanto aos materiais, Klein (1932), sugere que sejam pequenos, permitindo que a criança os manipule, ou seja, tenha o controle sobre os mesmos, mas não tão pequenos que possam pôr em risco a vida da criança, pois algumas deverão querer colocar na boca.
- Os materiais estruturados devem ser uma miniatura da realidade, para que a criança possa encontrá-los e reconhecê-los como representantes de sua realidade. Logo cada caixa deverá respeitar a realidade cultural da criança em questão. 
- Efron e colaboradores (1976) e Aberastury (1962), recomendam que sejam utilizados materiais estruturados e não estruturados. Não há ainda uma padronização para a caixa lúdica, embora se estejam estudando esta possibilidade, mas os profissionais devem ter alguns cuidados da escolha dos materiais. 
- É recomendável que sejam manipuláveis pelas crianças, não devendo ser grandes demais, pois, podem assustar as crianças e os pequenos, pôr em risco a sua manipulação. 
-> Materiais estruturados:
Materiais estruturados para uma cultura urbana brasileira
· Famílias de bonecos;
· Famílias de animais selvagens e domésticos;
· Casinha com quarto, cozinha, sala e banheiro;
· Posto de gasolina;
· Carros e caminhões;
· Armas de brinquedo;
· Soldados em campo de guerra;
· Índios;
· Equipamentos de cozinha;
· Telefone;
· Aeroporto;
· Porto de barquinhos.
->Materiais não estruturados
· Lápis preto;
· Caixa de lápis coloridos;
· Borracha;
· Guaches coloridos;
· Pincel;
· Apontador;
· Cola e fita adesiva;
· Tesoura;
· Massa de modelar;
· Barbante;
· Papéis;
· Blocos de madeiras;
· Brinquedos de construção;
· Panos e bacias.
- Os materiais estruturados têm a função de facilitar a expressão, permitindo um rápido acesso à capacidade simbólica da criança, considerando que esta é a sua forma mais comum de interagir com o mundo no seu dia a dia, logo o material lúdico estruturado teria essa finalidade facilitadora. 
- Logo, as casinhas, os bonecos, e os utensílios de cozinha servem para a expressão de vivências familiares, e é possível adquirir várias cenas muito utilizadas pelas meninas no seu cotidiano natural. 
No caso dos meninos, isso já não ocorre com tanta frequência. 
- Os materiais não estruturados também têm a finalidade de facilitar a expressão infantil, principalmente para aquelas crianças que se sentem ameaçadas com o material estruturado, além de permitir a expressão da criatividade na sua forma de construção. 
- Alguns autores na psicanálise sugerem que, por ser uma técnica projetiva, sejam utilizados somente materiais não estruturados, apoiados no fato de que os estruturados sofrem influência cultural de quem escolhe (Brougère, 2000).
- Klein (1995) e Soifer (1974), são contrários ao uso dos jogos de competição, sob a alegação de que levam o terapeuta a se afastar de sua atitude investigativa, ou seja, podemos não encontrar um consenso em relação à escolha desses materiais. 
-A necessidade comum é o uso de materiais, proporcionando a observação de fenômenos não expressos verbalmente, possibilitando análise tanto durante o brincar como na forma como a criança interage com eles, independentemente de serem estruturados ou não.
- O material estruturado ou não estruturado, é um instrumento de expressão da saúde mental infantil, que permitirá a manifestação da brincadeira simbólica e que poderá permitir a imaginação de uma realidade dolorosa ou não, ou seja, cumpre um papel da expressão de aspectos positivos ou negativos de suas vivências. 
- Logo, a criança que não interage com os materiais ou não manifesta a brincadeira simbólica apresenta alguma problemática a ser investigada. 
-> Klein, (1929) aponta os cuidados que devemos ter com a criança que não brinca e o quanto este bloqueio está relacionado ao comprometimento pessoal e ou social. 
Manejo técnico 
- Segundo Aberastury (1962), os móveis podem e fazem parte do contexto interpretativo a ser analisado, pois podem representar a maneira como a criança interage com o mundo externo, com os conteúdos de figuras de autoridade, com um adulto, etc. portanto, certos cuidados com o local podem facilitar a interação e fazem parte da análise neste contexto diagnóstico. Neste sentido é importante que o local esteja limpo, sem materiais de outras crianças expostos e facilite o contato e a interação com os materiais que serão usados. 
Contrato de sessão
Assim que acriança entra na sala de atendimento,sugere-se esclarecer os objetivos.
Já que houve o contato inicial com os pais;
1)Primeiro pergunta se à criança sabe os motivos;
São apresentados os motivos, cuidado para não causar indignação na criança;
2)Apresentar os materiais, tem a função de colaborar para o entendimento;
Esclarecer o início e orientar os envolvidos;
Após tais esclarecimentos, é o momento em que a criança pode demonstrar através dos materiais consciência ou não do problema,
Aguardar as manifestações da criança. Ex: Conte-me algo sobre o que você está fazendo, se fosse um lugar, onde poderia ser? O que poderia estar acontecendo?

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