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RESENHA JÔ NO texto falara que acidente de trabalho é considerado um dano quando coloca em risco a saúde ou a vida do trabalhador. Segundo a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, artigo 19, o dano é aquele que ocorre no exercício do trabalho provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Os acidentes causados por exposição á materiais biológicos são mais comuns entre os trabalhadores da saúde associado a varios agravos. que podem ser identicado físico e psicologico manifestando-se em acidentes e doenças do trabalho.Pelo fato da formação na área da saúde ser focada no cuidar de terceiros terceiros acaba havendo um distanciamento do autocuidado desses profissionais.A maior incidência de acordo com o texto está entre os profissionais da enfermagem porque eles passam a maior parte do tempo com os pacientes e participam de procedimentos que os expõe de forma diretamente a microrganismos. os acidentes podem ser influenciados por aspectos do trabalho, por questões de organização, ou associadas ao descumprimento de normas e padrões de segurança ou a falhas técnicas de materiais etc.Entre os vários tipos de acidentes o material perfurocortante é considerado um dos mais graves, e os mais frequentes, porque favorece o desenvolvimento de doenças letais. Dentre os motivos causais dos acidentes com material biológico, estão a sobrecarga, a dupla jornada de trabalho, o excesso de plantões e os baixos salários, fatores que levam à exaustão física e a exposição elevada às situações de tensão emocional e às condições de insalubridade todos esses contribuem para o problema. A forma como cada indivíduo enfrenta as demandas da vida e ocupacionais, nas quais se enquadram os acidentes de trabalho – é denominada coping, que em língua portuguesa pode ser entendido pelos termos “lidar com”, “enfrentar” ou “adaptar-se”.o termo tem sua origem na psicologia significando a luta contra as adversidades internas e externas, conflitos e emoções. a adoção de estratégias de coping de fuga ou negação por parte dos indivíduos pode ser considerada a potencial causadora de problemas de saúde,O coping no ambiente de trabalho,pode ser mensurado por meio da escala de coping ocupacional, que é uma proposta criada a partir de de vários modelos. a autora identifica três novas categorias de estratégias de enfrentamento: o controle, que inclui reavaliações cognitivas feitas em relação às situações estressoras, as ações de evitação e o manejo de sintomas, que são comportamentos que visam o alívio do estresse. a autora agrupou as ações e reavaliações cognitivas, e relacionaou às estratégias de enfrentamento ou de esquiva para a situação estressante. o estudo teve como objetivo identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos trabalhadores da área da saúde acidentados com material biológico. Métodos É um estudo descritivo, com abordagem qualitativa,que foi realizado com trabalhadores da área da saúde do município de Passo Fundo (RS),que sofreram acidentes com material biológico. A escolha foi feita pelo fato dos trabalhadores serem os mais expostos aos riscos com materiais biológicos. Os dados foram coletados atraves de entrevista semiestruturada, com respostas abertas,abrangendo aspectos relacionados na escala de coping ocupacional, analisando as estratégias de enfrentamento diante do acidente com material biológico. As entrevistas foram realizadas e gravadas de forma individual, na casa dos entrevistados,com duração média de 30 minutos, no período entre setembro e novembro de 2016 Foi questionado sobre o conhecimento de algum colega que tivesse se acidentado com material biológico há pelo menos 45 dias. Participaram deste estudo dez profissionais da área da saúde, todos trabalhavam em hospitais privados, oito do sexo feminino e dois do sexo masculino, com faixa etária entre 24 e 42 anos. Destes, três eram médicos, um enfermeiro,um fisioterapeuta e cinco técnicos de enfermagem. Os profissionais entrevistados relataram situações parecidas em relação às ações tomadas após acontecer o evento, como realizar o registro da Comunicação de Acidente de trabalho (CAT) e as demais providências necessárias quanto ao acidente. Essas ações estão previstas pelo protocolo de conduta, após a exposição ao material biológico,elaborado pelo Ministério da Saúde e falaram sobre a importância da notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Estratégias de controle Os participantes do estudo demonstraram recorrer às estratégias de controle com intuito de reavaliar os fatores relacionados ao acidente. os pesquisados buscam formas de superá-los. Resultados de estudos quantitativos também identificam a estratégia de controle como a mais utilizada pelos profissionais. foi possível reconhecer que eles perceberam a ocorrência do acidente como uma oportunidade de aprendizado, uma situação desafiadora e que evidencia a necessidade de prestar mais atenção nos próprios atos. Estrategia de esquiva; A estratégias de enfrentamento de esquiva serve para desviar a atenção da fonte de consternação. As estratégias de esquiva são percebidas por meio das falas dos participantes que demonstraram que os profissionais consideram que o tempo resolverá a situação, preferindo não se preocupar e esquecer o fato.a negação ou fuga ocorre pela necessidade de não investir no objeto causador do estresse. Estratégias de manejo tem como função reduzir a sensação física desagradável dela decorrente, os relatos que seguem mostram as estratégias de manejo adotadas.conforme o texto os profissionais pesquisados demonstraram estratégias como Relaxar, sair, espairecer e mudar a rotina são atitudes que permitem diminuir os sentimentos desagradáveis, e a ansiedadE. entre as três categorias observadas, a das estratégias de controle, por meio da forma de rever as rotinas os procedimentos no ambiente de trabalho, foi a mais intensa conforme o relato dos participantes para as estratégias de enfrentamento.ja De outra parte, nas falas dos entrevistados, foram evidenciados novos enquadramentos não previstos por Latack ( referente ao sentimento de culpa e de fragilidade diante do acidente, e a autoconfiança, normalmente associada à negligência dos trabalhadores para não usar os equipamentos de proteção individual.Prevaleceram na fala dos entrevistados a percepção de incapacidade, de desatenção, de incompetência, e a bobeira”, que dá lugar à vulnerabilidade dos trabalhadores acidentados. Foi concluido que A educação continuada é imprescindível nesse espaço de trabalho. ações preventivas são essenciais e devem incluir atividades conjuntas, estabelecidas entre trabalhadores e a gerência dos serviços,à implantação de programas educativos, com objetivo de sensibilização para a mudança de comportamento tanto dos trabalhadores como dos gestores. foi evidenciado que os trabalhadores abordados escolhem estratégias de enfrentamento voltadas para a resolução dos problemas e que ha procura por aprender com o fato, agregando conhecimento diante do dano.Foi observado também que a autoconfiança pode ser um facilitador para o acidente pelo fato dele achar que não precisa se proteger pela pelo tempo de experiencia de trabalho etc.e que houve maior preocupação pelos profissionais que trabalham em ambiente hospitalar e atuam na docência em relação ao ensino da prevenção de acidentes de trabalho. foi constatado que grande parte dos acidentes com material biológico podem ser evitados.E que os benefícios do uso dos equipamentos de proteção individual colabora para extinção dos riscos mas que a segurança na realização de procedimentos depende do conhecimento do trabalhador sobre o assunto , sendo a formação um requisito fundamental para uma prática profissional segura.