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para familiares/cuidadores de pacientes com dependência de autocuidado devido doenças crônicas não transmissíveis. CARTILHA EDUCATIVA Certamente se recebeu este exemplar, é provável que esteja com algum familiar, amigo, ou até mesmo apenas um conhecido, em uma unidade de internação hospitalar, em um momento próximo de receber alta. Por razões clínicas , este enfermo dependerá de alguém que o auxilie e dê suporte em suas atividades de vida diária, como por exemplo: a alimentação, cuidados de higiene pessoal, locomoção , etc. Acredito que nesses dias, durante a internação, os profissionais tenham fornecido informações a respeito do caso, e dado instruções em relação a cuidados. Sabemos que lidar com situações como essa, não é facil, e de primeiro momento pode parecer assustador. Mas calma, pensando em você e nesse paciente, foi desenvolvido esse material, que contém as principais técnicas a ser realizadas, e que podem ser consultadas quando precisar. Caro (a) leitor (a), ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA ORAL Se atentar ao receituário médico, quanto ao nome da medicação, o horario e a quantidade seja em ML ou número de comprimidos. Administrar comprimidos com água ao paciente Caso o medicamento for em gotas, dar por meio de um copinho Caso o paciente tiver dificuldade para engolir, triturar o comprimido, ou se for em capsula, abri-la e misturar em uma pequena quantidade de agua ORIENTAÇÕES Armazenamento correto dos medicamentos Atenção quanto ao risco de interação entre dieta e medicamentos Local e utensílios a ser utilizados no preparo dos medicamentos Lavagem das mãos Posição do paciente ao receber medicamento pela sonda enteral 45 º (Sentado com as costas levemente inclinada. Utilizar coxins ou travesseiro, para colocar o paciente nessa posição) Lavagem da sonda com agua filtrada 20 ml após o uso da medicação. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÕES VIA ENTERAL ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÕES VIA ENTERAL Administração simultânea de múltiplos medicamentos Triturar e diluir cada medicamento em água de forma independente. Lavar a sonda com água depois de cada solução do medicamento injetado. Medicamentos líquidos viscosos Diluição em 10 a 30 ml de água, para prevenir obstrução da sonda e ocorrência de efeitos adversos. Sonda nasoenteral Sonda uretral ileostomia/colostomi a Traqueostomia Gastrostomia Inicialmente, antes de mais nada iremos apresentar os dispositivos médicos, que o paciente pode precisar utilizar, no domicilio após a alta. DISPOSITIVOS UTILIZADOS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE É indicada quando há restrição da via oral para alimentação, devido a problemas para engolir alimentos, devido neoplasias (cancêr), ou doenças neurodegenerativas LAVAR A SONDA COM 20ML DE ÁGUA FILTRADA APÓS ALIMENTAÇÃO/ MEDICAMENTOS SONDA NASOENTERAL ELEVAR A CABECEIRA A 45º DURANTE INFUSÃO DE DIETA DIETA DEVE ESTAR SUSPENSA EM SUPORTE TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO Gotejamento lento Aproximadamente 30cm da cabeça Para evitar obstrução da sonda enteral Para evitar que o paciente engasgue GASTROSTOMIA CUIDADOS ADMINISTRAÇÃO DE DIETA E MEDICAÇÃO Higienização das mãos; Lavar a sonda com 20 a 50ml de água filtrada após dieta; Manter a sonda sempre fechada enquanto não estiver em uso; Durante e 60 minutos após a administração da dieta, manter o paciente com a cabeceira elevada a 45° (Sentado com as costas levemente inclinada. Utilizar coxins ou travesseiro, para colocar o paciente nessa posição) - A troca da bolsa pode ser realizada a cada 3 dias, podendo varias da qualidade do dispositivo coletor e do transito intestinal. Esvaziamento: Abrir o orifício localizado na parte inferior da bolsa eliminando as secreções no vaso sanitário em seguida, instilam água e lavam a bolsa, e por fim, secam o dispositivo e fecham com um clamp Pode ser realizado varias vezes no dia, dependendo da quantidade de efluentes, não permitindo que as fezes ocupem toda a bolsa OSTOMIAS CUIDADOS Lavar as mãos com sabão e água corrente Realizar higiene intima Lavar as mãos novamente Calçar a luva na mão que ira passar a sonda Passar gel anestésico na extremidade da sonda Retirar a sonda após esvaziar a bexiga Lavar a sonda por dentro com auxilio da seringa Passar sabão na gaze e deslizar na sonda uma unica vez Guardar a sonda e a seringa em um pote de vidro limpo OBS: Reutilizar a sonda por 5 a 7 dias após isso desprezar no lixo SONDA DE ALIVIO MATERIAL 1 Sonda de alivio 1 seringa de 10 ml gel anestesico 2% Gaze esteril Luva de procedimento PROCEDIMENTO ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS E TRAQUEOSTOMIA Repetir a aspiração quantas vezes forem necessárias, a quantidade e a qualidade das secreções determinam a frequência das aspirações, aspirar quando realizar procedimento de mudança de decúbito e/ou fisioterapia. Para posicionar adequadamente o indivíduo, é necessário um ângulo de 45 graus. ((Sentado com as costas levemente inclinada. Utilizar coxins ou travesseiro, para colocar o paciente nessa posição) Introduzir a sonda até sentir resistência, aspirar sempre em primeiro lugar a traqueostomia e após, aspirar nariz e boca (se necessário) Durante a aspiração, deve-se pinçar a sonda no momento de introduzi-la na traqueostomia ou vias aéreas, sem fazer sucção até a introdução do cateter na altura desejada, em seguida soltar o látex e retirar a sonda, succionando as secreções com movimentos rotacionais para evitar danos à parede traqueal e reduzir o desconforto Ligue o aspirador CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA Retirar a parte interna do dispositivo e limpar com água corrente, após reintroduzir a canula e travar É necessário realizar a limpeza diária do dispositivo e da região Para a limpeza utilizar gaze e soro fisiologico a 0,9% e limpar sempre do centro para fora Higienizar as mãos LIMPEZA FIXAÇÃO A fixação pode ser realizada por meio de velcro, cadarço ou qualquer outra opção que melhor atenda às necessidades da família. A fixação deve ser realizada de preferencia por duas pessoas para evitar que saia a canula da traqueostomia Deixar aproximadamente 1cm de folga entre a pele e a fixação. Dobrar uma gaze ao meio e colocar em cada lado da canula, para proteção da pele do paciente USO DE O2 DOMICILIAR POR CATETER NASAL Cateter nasal, por meio do qual o oxigênio entra no nariz e segue em direção aos pulmões. Deverá ser trocado a cada 7 dias Adaptar o cateter nasal nas narinas; Passar os tubos na parte posterior das orelhas (2,3) fazendo com que elas sirvam de apoio para o cateter; Ajustar o cateter com o auxílio do conector Ajustar a litragem de oxigênio conforme a prescrição médica. Instruções de uso: Uso de CPAP ou BIPAP Como colocar o aparelho Explicar ao paciente que irá colocar o aparelho; Deixar o paciente bem sentado; Ligar o aparelho antes de colocar no paciente; Observar o monitor; Permanecer ao lado do paciente segurando a máscara; Iniciar a colocação da máscara sem prender, até o paciente acostumar; Fixar a máscara com cuidado; Ficar atento aos alarmes; Reavaliar o paciente periodicamente. Uso de CPAP ou BIPAP Não utilizar a máscara se: Se o paciente apresentar náuseas ou vômitos; Quando o paciente apresentar convulsão; Após a refeição, aguardar 1 hora; Quando o paciente apresentar sangramento pela boca ou nariz; Se houver machucado no rosto que impossibilite a colocação da máscara. USO DE O2 EM DOMICÍLIO Necessita de uma fonte de energia para ser ligado; Pode ser levado de um cômodo ao outro da casa; Deve ser limpo externamente com pano úmido, e o filtro lavado uma vez por semana com água corrente e sabão neutro. CONCENTRADOR DE OXIGÊNIO Armazena oxigênio e deve ser reabastecido sempre que o manômetro indicar que a pressão pressão do oxigênio está baixa; O cilindro deve sempre estar na posição vertical e devidamente fixado em um suporte ou carrinho; Nunca seguro o cilindro pela válvula nem coloque-o em área fechada. CILINDRO DE OXIGÊNIO USO DE O2 EM DOMICÍLIO Necessário para o uso de O2 para não ressecar a mucosa nasal; Deve ser lavado todosos dias em água corrente e sabão neutro; A água deve ser trocado diariamente, por água fervida ou filtrada em temperatura ambiente; UMIDIFICADOR Tubo flexível que transporte o oxigênio até o cateter no nariz do paciente; Para a limpeza deve-se colocar em uma bacia com água e sabão neutro durante meia hora e depois lave-o em água corrente. EXTENSÃO DE SILICONE USO DE OXIMETROS 95-99% NORMAL 91-94% HIPOXIA LEVE 86-90% HIPOXIA MODERADA < 86% HIPOXIA GRAVE Parâmetros A oximetria de pulso serve para medir quanto oxigênio está sendo transportado na corrente sanguínea. Como usar Ligue o aparelho e posicione-o no dedo indicador de preferência; O uso de esmalte altera a leitura do aparelho; A temperatura do corpo deve estar normal, pois quando está baixa altera a leitura do aparelho. O HIGIENE BUCAL Retirar a prótese Coloca-la em recipiente e realizar escovação da mesma Realizar escovação da gengiva, e lingua Colocar prótese ainda molhada Escova de dente ou espatula com gaze Copo com água Enxaguante Bucal Procedimento Utilizar escova ou bonequinha com movimentos da raiz em direção extremidade dos dentes Repetir procedimento na lingua Oferecer copo com agua para enxague Utilizar enxaguante bucal Materiais Se tiver prótese: Proteger o colchão, com um saco plástico Realizar higiene intima, com água e sabonete, sempre que a fralda estiver molhada ou apresentar fezes Secar bem, se necessário passar pomada para assaduras Colocar uma fralda limpa e trocar forro de cama, se precisar. HIGIENE INTIMA BANHO NO LEITO Organizar materiais necessários bacia+ agua morna compressa Fechar Janelas e cortinas Para prevenir correntes de ar frio. sabonete Se necessário, proteger o colchão com um saco plástico Toalha BANHO NO LEITO Colocar água morna na bacia, verificar sempre a temperatura da água Lavar os cabelos do paciente sempre que necessário Limpar á area dos olhos com uma gaze e água (não utilizar sabonete) Com uma compressa (pano amacio) e sabonete, iniciar o banho sempre pelo rosto, seguindo pelos braços e restante do corpo. Deixar as partes intimas por ultimo. Secar o paciente com suavidade Após o banho hidratar a pele Prepare com antecedência o banheiro com todos os objetos de higiene necessários; Feche portas e janelas, separe as roupas que serão utilizadas após o banho; Ajuste a temperatura da água para morna; Auxilie o paciente até o banheiro Evite deixá-lo sozinho para prevenir quedas; Após o banho, seque bem o corpo. AUXILIO DE BANHO EM CADEIRA Se necessário, utilizar superfícies de distribuição de pressão. PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO Identificar e avaliar a pele nos locais de risco Manter a pele limpa e hidratada Realizar mudança de posição a cada DUAS horas Adquirir colchão pneumático para prevenção de LPP ALIMENTAÇÃO PARA PESSOAS COM HIPERTENSÃO (PRESSÃO ALTA) Diminuir consumo de alimentos industrializados ou processados pois os mesmos contem muita quantidade de sódio. Reduzir o consumo de alimentos com sal ALIMENTAÇÃO PARA PESSOAS DIABÉTICAS Diminuir consumo de carboidratos Reduzir o consumo de alimentos com açucar Aumentar o consumo de verduras e legumes Se o paciente conseguir andar é desejável a retirada de tapetes, inclusive no banheiro para evitar quedas e machucados. Se o paciente depender de cadeira de rodas ou cadeira de banho, verificar a largura das portas para ter a passagem ideal. Evitar escadas ou colocar corrimão na escada caso não possa evita. Não utilizar sapatos com sola lisa, evitando quedas. Evitar ambientes sem iluminação. Tomar cuidado com fios que passam no meio dos cômodos da casa. Se possível instalar barras de apoio no banheiro. ORIENTAÇÕES IMPORTANTES Cuide da sua saúde emocional e física; Manter a vida social ativa, não ficar a mercê do cuidado somente; Dividir a tarefa com mais pessoas se possível; Procurar grupos de apoio; Praticar atividades físicas; Dormir bem. Cuidador Orientações para melhor qualidade de vida do cuidador Adna Batista Aline C. Bueno Marcela Maria Rosada Faculdades Integradas Einstein Limeira, Limeira SP, 2023. Referência Bibliografica Cíntia M.B.L, Ana S.B.S.F, Maria Helena B, Denise C.Z, Cassiana M.B.F ORIENTAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA SONDA ENTERAL: UM VÍDEO EDUCATIVO CIET,ENPED 26/6-13/07 -201 https://www.portaldaenfermagem.com.br/protocolosleitura.asp? id=259#:~:text=%2D%20Proporcionar%20higiene%20e%20conforto%20 ao,hamper%2C%2001%20carrinho%20de%20banho. Souza Freitas, Luana; Galvão Queiroz, Cintia; Pinheiro de Medeiros, Lays; Dantas Medeiros Melo, Marjorie; Sousa de Andrade, Rosane; Fernandes Costa, Isabelle Katherinne INDICADORES DO RESULTADO DE ENFERMAGEMAUTOCUIDADO DA OSTOMIA: REVISÃO INTEGRATIVA Cogitare Enfermagem, vol. 20, núm. 3, julio-septiembre, 2015, pp. 618-625 8 MIASSO, A. I.; CASSIANI, S. H. D. B.. Administração de medicamentos: orientação final de enfermagem para a alta hospitalar. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 39, n. 2, p. 136–144, jun. 2005. Luisa Paola S.F, PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO BUCAL EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS DOMICILIADOS: UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR, UEPG, Ponta Grossa 24 março 202 NAMUNO MRDL & MARCHINI JS. Sonda nasogastrica/nasoentérica: cuidados na instalação, na administração da dieta e prevenção de complicações. Medicina, Ribeirão Preto, 35: 95-101, jan./mar.2002 NASCIMENTO, Raphael Gabriel Costa do. Cuidados de enfermagem com gastrostomia em pacientes idosos: revisão de literatura. 2021. 33 f. (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)-Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense, 2021. MAXIMINO, Natalia Patrizi; FONTES, Cassiana Mendes Bertoncello. ORIENTAÇÕES PÓS-ALTA HOSPITALAR PARA O CUIDADOR DE PACIENTES ACAMADOS. Medicina, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, 2018. PAULA, A. et al. MARIA ANGÉLICA CARNEIRO DA CUNHA CLÁUDIA DIZIOLI FRANCO BUENO. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://editorapascal.com.br/wp- content/uploads/2022/06/POP-AMPEDE.pdf#page=27>. Acesso em: 15 out. 2023. Orientação sobre o uso de medicamentos. – Rio de Janeiro: Fiocruz, Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), 2021 https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/marco/hipertensao-e-diabetes- sao-os-principais-fatores-de-risco-para-a-saude-no-pais