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Funções Essenciais à Justiça
EMENTA: CONSTITUCIONAL. RESOLUÇÃO DO CNMP.
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA.
1. Resolução editada pelo CNMP no exercício de sua competência
constitucional, em caráter geral e abstrato, não constitui ato normativo
secundário. Ausentes outros vícios na petição inicial, as questões
preliminares devem ser rejeitadas e ação direta conhecida.
2. Breves considerações sobre interceptações telefônicas:
fundamentação das decisões, prorrogações e transcrições.
3. O ato impugnado insere-se na competência do CNMP de
disciplinar os deveres funcionais dos membros do Ministério Público,
entre os quais o dever de sigilo, e de zelar pela observância dos princípios
previstos no art. 37 da Constituição, aí incluído o princípio da eficiência.
4. Ausência de violação à reserva de lei formal ou à autonomia
funcional dos membros do Parquet.
5. Pedido em ação direta de inconstitucionalidade julgado
improcedente.
Enunciado 601 do STJ: "O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviços públicos."
Iniciativa de leis sobre a organização do Ministério Público estadual - ADI 400/ES
Tese fixada:
“A atribuição de iniciativa privativa ao Governador do Estado para leis que disponham sobre a organização do Ministério Público estadual contraria o modelo delineado pela Constituição Federal nos arts. 61, § 1º, II, d, e 128, § 5º.”
Resumo:
É inconstitucional a atribuição de iniciativa privativa a governador de estado para leis que disponham sobre a organização do Ministério Público estadual.
Nos estados, os Ministérios Públicos poderão estabelecer regras sobre sua organização, atribuições de seus membros e seu estatuto por meio de lei complementar de iniciativa do respectivo Procurador-Geral de Justiça (1).
Assim, na esfera estadual, coexistem dois regimes de organização: (i) a Lei Orgânica Nacional (Lei 8.625/1993); e (ii) a Lei Orgânica do estado-membro, que delimita as regras acima referidas e que, como visto, se dá através de lei complementar de iniciativa do Procurador-Geral de Justiça (2).
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, julgou procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade da expressão “do Ministério Público”, contida no art. 63, parágrafo único, V, da Constituição do Estado do Espírito Santo (3).
(1) CF/1988: “Art. 128 (...) § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:”
(2) Precedente: ADI 4142.
(3) CE/ES: “Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição. Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre: (...) V - organização do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública;”
ADI 400/ES, relator Min. Nunes Marques, redator do acórdão Min. Roberto Barroso, julgamento virtual finalizado em 20.6.2022 (segunda-feira) às 23:59
Fonte: https://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo1059.htm#Iniciativa
Lei complementar de organização do MPU--> competência concorrente do Presidente da República+ PGR
Lei complementar de organização do MP dos estados--> competência concorrente do Governador + PGJ
Lei complementar de organização do MPDFT--> competência concorrente do Presidente da República+ PGR
Normas Gerais para Organização do MP nos Estados e DF--> competência Privativa do Presidente da República
I) Os princípios institucionais e as prerrogativas funcionais do Ministério Público e da Defensoria Pública não podem ser estendidos às Procuradorias de Estado, porquanto as atribuições dos procuradores de estado – sujeitos que estão à hierarquia administrativa – não guardam pertinência com as funções conferidas aos membros daquelas outras instituições.
Origem: STF - Informativo: 975
II) É inconstitucional a atribuição de iniciativa privativa a Governador de estado para leis que disponham sobre a organização do Ministério Público estadual.
Origem: STF - Informativo: 1059
III) A prerrogativa de requisição conferida aos membros da Defensoria Pública é constitucional.
Origem: STF - Informativo: 1045
É constitucional lei complementar estadual que, desde que observados os parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade, confere à Defensoria Pública a prerrogativa de requisitar, de quaisquer autoridades públicas e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias ao exercício de suas atribuições.
STF. Plenário. ADI 6860/MT, ADI 6861/PI e ADI 6863/PE, Rel. Min. Nunes Marques, julgados em 13/9/2022 (Info 1067).
De acordo com a interpretação prevalecente acerca das funções do Ministério Público na área penal, esse órgão tanto pode reunir elementos de prova por meio de inquérito policial quanto realizar investigações criminais diretamente.
O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham investidos, em nosso país, os advogados (Lei 8.906/1994, art. 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade — sempre presente no Estado Democrático de Direito — do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessa instituição.
[Tese definida no RE 593.727, rel. min. Cezar Peluso, red. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, P, j. 14-5-2015, DJE 175 de 8-9-2015, Tema 184.]
podem exercer a advocacia fora das suas atribuições institucionais, desde que não haja vedação expressa na Constituição Estadual e na Lei Orgânica do respectivo Município.
O dispositivo prevê que “não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados.”
RESPOSTA:
"Todavia, desde o RE 576.155/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 12/08/2010, apesar da disposição legal acima, o Supremo já acenava para admitir a legitimidade do Ministério Público para dispor da ação civil pública com o objetivo de anular acordo de natureza tributária firmado entre empresa e o poder público, pois estaria presente a defesa em prol do patrimônio público. Conferiu-se legitimidade ao MP para propor ação civil pública, pois se estaria defendendo o patrimônio público."
FONTE:
Trata-se de entendimento sedimentado pelo STF. Vejamos: “- Ministério Público. Legitimidade ativa. Medida judicial para internação compulsória de pessoa vítima de alcoolismo. Ausência. O Ministério Público não tem legitimidade ativa ad causam para requerer a internação compulsória, para tratamento de saúde, de pessoa vítima de alcoolismo. Existindo defensoria pública organizada, tem ela competência para atuar nesses casos. [RE 496.718, rel. p/ o ac. min. Menezes Direito, j. 12-8-2008, 1ª T, DJE de 31-10-2008.]”
Defensoria Pública:
· Vitaliciedade: NÃO
· Inamovibilidade: SIM
· Independência funcional: SIM
· Autonomia administrativa, funcional e orçamentária: SIM - DPE após a ec 45/04 e DPU e DF: após a ex 74/13
· Princípios institucionais (unidade, indivisibilidade e independência funcional: SIM, desde a ec 80/14
É assegurada a todos os servidores que exercem as funções essenciais à Justiça a garantiade vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio,
O Ministério Público tem legitimidade privativa para propor ação civil pública com vistas à proteção do patrimônio público.
Súmula 329 STJ
O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público.
Porém, não é legitimidade privativa, uma vez que a legitimidade ativa para a ACP está prevista no artigo 5º da Lei 7.347 /85 e artigo 82 do CDC:
Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I - o Ministério Público;
II - a Defensoria Pública;
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;
V - a associação que, concomitantemente:

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