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Especialização em
Controladoria Financeira
Gestão de Tributos
Professor: MsC. Leni Regina Segura
Aulas 1 e 2 – Conceitos Tributários
Controladoria Financeira
A controladoria definida como o ramo da Administração,
coordenada por Controllers, com o papel de controlar toda a
movimentação financeira empresarial com estratégias, gastos e
quanto de disponível para cada tipo de atividade, auxiliando a
tomada de decisões de uma determinada organização no mundo
empresarial, também tendo a decisão para modificar a estrutura
empresarial, para melhorar o desenvolvimento da empresa.
Tributos e Controladoria
• Os tributos são parte importante na composição dos preços de
vendas de produtos e serviços e sua gestão competente ou
incompetente pode contribuir de forma positiva ou negativa
para o resultado da empresa.
Jurisdição 
RECEITA PÚBLICA
Originária Derivada
Proveniente dos meios próprios do Estado:
Exploração do patrimônio próprio:
Ex: Arrendamento, aluguel ou venda de bens 
públicos, entre outros
Advém do patrimônio particular e passa a fazer 
parte do patrimônio do Estado devido a uma 
previsão legal que obrigada ao contribuinte 
entregar, de forma compulsóriam, recursos ao 
Estado para seu custeio.
Conceito de Tributo
O Estado brasileiro arrecada tributos. O Código Tributário 
Nacional Brasileiro, em seu artigo 3º, determina que tributo é: 
 
toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato 
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada 
Constituição Federal
Arts. 145 a 156 da Constituição Federal
• Espécies de Tributos
• Competência legal
• Limites ao Poder de Tributar
• Competência para instituir tributos
Princípios Constitucionais
A) LEGALIDADE
B) IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA
C) ANTERIORIDADE
D) ISONOMIA TRIBUTÁRIA
E) COMPETENCIA TRIBUTÁRIA
F) CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
G) RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR
Legalidade
Sempre? 
Art. 153, §1º: II, IE, IOF e IPI?
“Somente é possível exigir ou aumentar tributos por meio
de Lei”
Legalidade
Sempre? 
E se a alíquota foi minorada?
Não é possível cobrar nem majorar tributos em relação a
fatos geradores anteriores ao início da vigência da lei que os
houver instituído ou majorado.
Irretroatividade
Sempre? 
E se a alíquota foi minorada?
Não é possível cobrar nem majorar tributos em
relação a fatos geradores anteriores ao início da
vigência da lei que os houver instituído ou majorado.
Anterioridade Anual
Não é permitido que uma Lei aumente ou institua um
tributo no mesmo ano de sua edição.
Sempre?
Anterioridade Nonagesimal 
• A Lei que majora ou cria determinados tipos de tributos só
entra em vigor no mês seguinte após completar 90 dias de sua
publicação
• Em que casos?
• IPI, II, IE, Contribuições? 
Anterioridade Nonagesimal 
Anual e Nonagésimal Anual Nonagésimal Imediata
Taxas IR IPI II e IE
Contribuições de Melhoria B C - IPTU e IPVA CSLL IOF
ITBI e ITCMD COFINS Emprestimo Compulsório
ICMS e ISS CPMF
IPTU e IPVA (exceto a based de cálculo) INSS
ITR PIS/PASEP
Imposto Grandes Fortunas
Contribuições exceto Seguridade Social
Princípio da Anterioridade
Medida Provisória
• Devem ser convertidas em Lei no prazo máximo de 120 dias
(60 dias + 60 dias);
• Impostos: 1º dia do exercício seguinte
• Contribuições: 90 dias da conversão em Lei
Isonomia Tributária
É proibido instituir tratamento desigual entre contribuintes com
situações equivalentes, sendo proibida qualquer distinção em
razão da ocupação profissional , objeto social, função por eles
exercida e etc.
Como explicar a tabela progressiva do IR?
Como explicar o aumento da CSLL de 9% para 15% e depois
para 20% nas instituições financeiras e equiparadas?
Competência Tributária
 Os tributos somente poderão ser instituídos e cobrados pelos
entes federados que tenham competência constitucional para
tanto.
 A competência é atribuída pelos artigos 153 a 156 da
Constituição Federal.
Competência Tributária
TRIBUTO União Estados Municipios Distrito Federal
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
CONTRIBUIÇOES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO
CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS
CONTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES REGIME PREVIDENCIÁRIO
CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO
IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO
IMPOSTOS SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL
IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS
IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEICULOS AUTOMOTORES
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL
IMPOSTO DE TRANSMISSÃO INTER VIVOS
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA
TAXAS (PODER DE POLICIA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS)
Capacidade Contributiva
Os tributos devem ser graduados conforme a capacidade
econômica do contribuinte.
Sempre?
Reserva de Lei Complementar
Cabe à Lei Complementar estabelecer norma gerais em matérias de
legislação tributária, especialmente sobre a definição dos tributos e
suas espécies, dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes.
Lei Complementar: quórum qualificado (maioria absoluta) – Mais
de 50% de um total de membros da casa.
Sistema Jurídico Tributário
Constituição Federal
Lei 
Complementar
Lei
Ordinária
Emenda
Constitucional
Medida 
Provisória
Tratados 
Internacionais
Resoluções Decreto 
Legislativo
Decreto
Regulamentar
Instrução
Normativa
Ato
Declaratório
Espécies de Tributos
• IMPOSTOS
• TAXAS
• CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
• CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
• EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Classificação dos Tributos
• VINCULADOS: São vinculados à uma contraprestação por parte
do Estado (Taxas) ou tem sua receita vinculada a uma finalidade
(PIS)
• NÃO VINCULADOS: não possuem vínculos entre a arrecadação
e a destinação.
IMPOSTOS
Art. 16 do CTN: “impostos é o tributo cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa aos contribuintes”
TAXAS
Art. 77 do CTN: “As taxas têm como fato gerador o exercício
do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte
ou posto a sua disposição. Não pode ter base de cálculo
idêntico à do imposto, nem ser calculada em razão do capital
das empresas.”
TAXAS
Código do Estabelecimento Descrição Número de empregados (vide Nota 1) Valor da TFE - 2019
UFIR 3,41660 
30104 De 0 a 5 empregados R$ 162,83
30104 mais de 5 empregados R$ 250,06
Código do Estabelecimento Descrição Número de empregados (vide Nota 1) Valor da TFE - 2019
30201 De 0 a 5 empregados R$ 162,83
30201 de 6 a 10 empregados R$ 325,67
30201 de 11 a 25 empregados R$ 488,51
30201 mais de 25 empregados R$ 1.000,24
Código do Estabelecimento Descrição Número de empregados (vide Nota 1) Valor da TFE - 2019
30309 De 0 a 5 empregados R$ 162,83
30309 de 6 a 10 empregados R$ 325,67
30309 de 11 a 25 empregados R$ 488,51
30309 mais de 25 empregados R$ 1.000,24
Código do Estabelecimento Descrição Número de empregados (vide Nota 1) Valor da TFE - 2019
30406 De 0 a 5 empregados R$ 162,83
30406 de 6 a 10 empregados R$ 325,67
30406 de 11 a 25 empregados R$ 488,51
30406 mais de 25 empregados R$ 1.000,24
Agricultura, pecuária, silvicultura, 
exploração florestal, pesca, aquicultura 
e serviços relacionados com essas 
atividades.
Indústrias extrativa e de transformação
Produção e distribuição de eletricidade, 
gás e água
Construção civil
Contribuição de Melhoria
As contribuições de melhoria, cobradas pela União, Estados,
Municípios e Distrito Federal pode ser instituída para
“devolução” do custo de obras públicas que gerem valorização
imobiliária ao contribuinte
Minhocão?
Contribuições
• As contribuições são uma das espécies tributáriasque se
caracterizam pela vinculação. A contribuição é a espécie de
tributo cujo receita deve necessariamente estar vinculada a uma
finalidade especificada em Lei.
• São espécies as contribuições sociais e as contribuições
econômicas especiais
Contribuições Sociais
At. 195 da CF:
a) Folha de salários e de Terceiros – INSS
b) Faturamento ou Receita – PIS e COFINS
c) Lucro: CSLL
Contribuições Econômicas Especiais
a) CIDE: Contribuição para intervenção no domínio
econômico
b) Contribuição para sindicatos e profissões regulamentadas
Empréstimo Compulsório
• Privativo da União
• Só pode ser instituído:
a) para atender despesas extraordinárias decorrentes de
calamidade publica, guerra externa ou sua iminência; e,
b) Investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional
Para discussão
• A conta de água que se paga para a Sabesp é tributo?
• A tarifa de pedágio é tributo?
• Multa por infração tributária é tributo?
• INSS é tributo?
• Emolumentos da Junta Comercial?
Para discussão
• Valor pago para emissão do RG?
• Zona Azul?
• Laudêmio?
• Custas de Registro e Cartório?
• Custas Judiciais?
Constituição de Crédito Tributário
• Por lançamento
• Por homologação
Para Discutir
• Diferença entre prescrição e decadência para fins
tributários?
Para discutir
• Na prescrição, o sujeito perde o direito à determinada ação. Ou seja,
seu direito de exigir algo por meios legais deixam de existir. Já na
decadência, a pessoa perde o próprio direito material, por não ter
formalizado o pedido de seu direito dentro de um prazo definido.
Para discutir
• Quando há lançamento por homologação em que momento ocorre
a decadência e a prescrição?
Obrigação Tributária
De acordo com o artigo 113 do CTN — Código Tributário
Nacional a obrigação tributária divide-se em:
1) Principal.
2) Acessória
Obrigação Tributária Principal
• A obrigação é principal quando o contribuinte tem por prestação (por
dever) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (multa em
dinheiro).
• A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato
gerador e extingue-se juntamente com o crédito tributário dela
decorrente (artigo 113, § 1, do CTN). Exemplo: fato gerador -
circulação de mercadorias, sujeita ao ICMS.
Obrigação Tributária Acessória
A obrigação é acessória quando, por força de lei, a prestação a ser cumprida é a de
fazer ou não fazer alguma coisa, ou permitir que ela seja feita pelo Fisco, tudo no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos (artigo 113, § 2, do CTN).
Obrigação Tributária Acessória
A obrigação é acessória quando, por força de lei, a prestação a ser cumprida é a de
fazer ou não fazer alguma coisa, ou permitir que ela seja feita pelo Fisco, tudo no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos (artigo 113, § 2, do CTN).
Obrigação Tributária Acessória
A obrigação é acessória quando, por força de lei, a prestação a ser cumprida é a de
fazer ou não fazer alguma coisa, ou permitir que ela seja feita pelo Fisco, tudo no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos (artigo 113, § 2, do CTN).
Obrigação Tributária Acessória
• Quando tem inicio a obrigação tributária?
• É correta a seguinte afirmação: “A obrigação principal somente se
extingue com o pagamento (recolhimento) do valor integral
devido. Se for recolhido parcialmente, não se considera extinto.”
• Se inexiste a obrigação principal, está dispensada a obrigação
acessória?
Extinção do Crédito Tributário
• O crédito tributário é diferente da obrigação tributária, pois a
obrigação “tem por objeto o pagamento do tributo ou
penalidade pecuniária” enquanto o crédito “se trata da própria
obrigação tributária no estágio do lançamento” (Amaro, 2014,
pág. 411). Ocorre portanto que a extinção do crédito tributário,
geralmente, acarreta a extinção da obrigação, ou seja, a
obrigação “extingue-se juntamente com ele” (idem).
Extinção do Crédito Tributário
• Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
• I - o pagamento;
• II - a compensação;
• III - a transação;
• IV - a remissão;
• V - a prescrição e a decadência;
• VI - a conversão de depósito em renda;
• Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
• VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
• IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
• X - a decisão judicial passada em julgado.
• XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em
lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
Extinção do Crédito Tributário
Limitação ao Poder de Tributar
• Imunidade: Constitucional – Restritiva – Não há Competência
• Isenção: Legal – Impedido de realizar o Lançamento
• Alíquota Zero: Legal
• Não incidência: ocorre o fato mas ele não está de acordo com a
norma
Tributos Diretos
• Recaem sobre a pessoa: a carga econômica do tributo é suportada pelo
contribuinte.
• Incidem sobre o patrimônio e a renda
• São de responsabilidade pessoal
• Não repercute: o ônus não é transferido a outra pessoa
• IR, ITBI, IPVA, IPTU, ITCMD
Tributos Diretos
• IR (Imposto de Renda)
• ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis)
• IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
• IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
• ITCMD (Imposto Transmissão Causa Mortis e Doação)
• CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)
Tributos Indiretos
• Recaem sobre a produção e circulação de bens e serviços
• São repassados para o preço dos produtos e serviços
• Repercutem: o ônus é transferido a outra pessoa
• O consumidor é o contribuinte de fato e os demais (vendedor, produtor ou
prestador de serviços) são contribuintes de direito.
Tributos Indiretos
• Repercussão: Os tributos são cobrados de produtores,
comerciantes, empresários, porém acabam atingindo
indiretamente os consumidores, pois são repassados para os
preços destes produtos e serviços
Tributos Indiretos
• IPI (Impostos sobre Produtos Industrializados);
• ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços);
• Imposto de Importação;
• Imposto de Exportação;
• PIS/PASEP; 
• COFINS;
• CIDE (Contribuição Intervenção no Domínio Econômico);
• INSS sobre Faturamento (Contr.Patronal Previdenciária);
• IOF (Imposto sob operações financeiras).
Sujeito Passivo
• Conforme o Art. 121, parágrafo único do CTN:
•O sujeito da obrigação principal diz-se:
•I – o contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação
que constitua o respectivo fato gerador;
•II – responsável, quando sem revestir a condição do contribuinte, sua
obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Sujeição Tributária
Sujeito Passivo
Contribuinte 
Obrigado ao Pagamento do 
Tributo
Sujeito Ativo
Fisco
Receptor ou Beneficiário do Tributo 
Responsável 
Tributário
(Terceiro) 
Serviços
Pagamento (-) 
Tributos retidos
Tributos retidos
Base de Cálculo e Alíquota
• Valor sobre o qual serão aplicados percentuais (alíquotas) afim da
apuração do tributo a ser pago
• Lucro Real
• Lucro Presumido
• Simples Nacional
Escrituração
• Lançamentos para apuração dos tributos
• ECD e ECF

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