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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 90 
Professor: Humberto Bomfim – humberto.agro@bol.com.br 
 
GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
DISCIPLINA: Gênese e Morfologia do Solo 
 
 
 
 
 
 
11 - PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 
São caracterizados como processos específicos de formação de solos, aqueles 
em que ocorre atuação destacada de um ou mais dos processos gerais de adição, 
remoção, translocação ou transformação, de formação do solo. Os principais proces-
sos específicos de formação do solo são: latossolização, podzolização, hidromor-
fismo, salinização. 
 
11.1 - Latossolização 
 
É o processo específico de formação dos latossolos, no qual sobressaem os 
processos gerais de remoção e transformação. Nesse processo, os fatores ativos de 
formação do solo (clima e organismos) apresentam uma ação intensa por um longo 
tempo, em uma condição de relevo que propicia a remoção de sais solúveis e a trans-
formação acentuada de minerais, em busca de uma condição de equilíbrio, resultando 
no acúmulo de minerais mais estáveis como argilominerais 1:1 (caulinita) e óxidos de 
Fe e Al. 
No processo de latossolização, com a perda de sais básicos (mais solúveis), o 
solo vai se tornando mais ácido, aproximando o seu pH ao pH onde ocorre a neutrali-
dade de carga das argilas. Esta aproximação da neutralidade de cargas no solo dimi-
nui o movimento das argilas, provocado pela repulsão entre cargas de igual sinal, leva 
à floculação, e em seguida à formação de agregados pequenos e de forma granular, 
que passam a ser fortemente cimentados por óxidos de Fe e Al. 
Esta estrutura permite que os latossolos apresentem uma alta permeabilidade 
e arejamento, semelhante a solos arenosos, mesmo que contenham elevados teores 
de argila. 
Os latossolos ocupam extensos chapadões planos onde a água em abundância 
se infiltrou profundamente, causando intensa lixiviação e acentuado intemperismo. 
Estas condições podem não mais existir atualmente, fazendo com que se encontrem 
AULA 11 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 91 
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latossolos associados a relevo acidentado em condições climáticas que favorecem 
menos a latossolização. Sendo estes solos muito intemperizados, as evidências do 
material de origem são mais difusas do que em solos jovens. O material intemperizado 
foi intensamente revolvido pelos organismos vivos (formigas, cupins, raízes mortas 
etc) e transportados a grandes distancias na paisagem por ação dos agentes erosivos 
(vento, chuvas, cursos d´água etc.). Esses agentes promovem mistura de substratos 
de diferentes origens. 
 
11.2 - Podzolização 
 
Este processo específico é caracterizado pela translocação de argila e de com-
postos organo-minerais dentro do perfil. Mesmo que a translocação seja um processo 
de destaque, os processos de adição, perda e transformação também ocorrem. Dois 
grandes grupos de solos apresentam a podzolização: os Argissolos (antigos podzóli-
cos)1, Espodossolos (antigos Podzóis). Além destes temos os Luvissolos (antigos 
Bruno não cálcicos) e Planossolos. 
Nos Espodossolos é notável a translocação de complexos de matéria orgâ-
nica e óxidos de ferro e/ou alumínio de um horizonte eluvial (E) para um horizonte 
espódico (Bhs) onde estes complexos se precipitam. Estes solos são formados a partir 
de material arenoso e sob condições que facilitam o acúmulo superficial de matéria 
orgânica e a acidólise (baixas temperaturas ou hidromorfismo acentuado). 
Os solos Argissolos apresentam translocação de argila dos horizontes mais 
superficiais para um horizonte mais profundo (horizonte de acumulação de argila 
translocada, Horizonte B Textural – Bt). São bem mais argilosos do que os podzóis e 
são formados em condições de alternância de ciclos de umedecimento e de secagem 
(clima com estações seca e úmida definidas, ou posição na paisagem que permita tal 
alternância, tal como sopé de encostas). O movimento descendente da argila no perfil, 
leva ao entupimento de macroporos no horizonte Bt, facilitando a erosão no horizonte 
superficial. 
 
11.3 - Salinização (ou halomorfismo) 
 
É o processo específico de formação de solos que apresentam acumulação de 
sais no perfil. É comum nesses solos o processo de adição de sais pelo lençol freático 
ou pela erosão das elevações circundantes. Esses solos estão associados a planícies 
 
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ou depressões onde a drenagem é deficiente e a precipitação pluviométrica é menor 
do que a evapotranspiração. Os solos formados por esse processo tem suas caracte-
rísticas diferenciadas conforme a assembléia de cátions (principalmente Ca+2, Mg+2, 
Na+, H+) que satura as cargas de suas argilas e são reconhecidos pelos atributos: 
- caráter sódico: saturação das cargas por Na > 15%. 
- caráter solódico: saturação das cargas por Na > 6% e < 15%. 
- caráter salino: condutividade elétrica > 4 ds/m2 e < 7 ds/m2. 
- caráter sálico: condutividade elétrica > 7 ds/m2. 
Exemplo de classes de solos: Gleissolos Sálicos (antigos Solonchaks) e Pla-
nossolos Nátricos (antigos Solonetz solodizado). São solos encontrados no Nordeste 
brasileiro e no Pantanal Mato-grossense. 
1 Antigos nomes referem-se aos termos utilizados em versões anteriores do Sistema 
Brasileiro de Classificação de Solos. 
 
11.4 - Hidromorfismo 
 
Neste processo específico de formação de solos, alguns horizontes do solo es-
tão sujeitos à submersão contínua ou durante a maior parte do tempo. Os processos 
gerais de formação do solo que mais se destacam são a transformação de minerais 
passíveis de redução, e a adição de matéria orgânica, que se acumula devido à menor 
taxa de decomposição. 
A menor quantidade de oxigênio do solo, causada pelo excesso de água, per-
mite a proliferação de organismos anaeróbicos que, neste ambiente de baixo potencial 
de oxi-redução, reduzem o Fe3+ dissolvido na solução do solo, usando-o como recep-
tor de elétrons no processo de oxidação dos compostos de carbono. 
Essa forma solúvel do Fe está em equilíbrio químico com os óxidos de ferro 
(Fe(OH)3 ↔ Fe3+ + 3OH-) e, uma vez consumida na solução, desloca a reação para 
dissolução das formas minerais cristalizadas (hematita e goethita). Assim, as argilas 
oxídicas ferruginosas vão sendo consumidas e o solo vai perdendo as cores vivas 
(vermelha e amarela) dessas argilas. A cor esbranquiçada e acinzentada dos solos 
hidromórficos reflete a redução do ferro férrico presente nos óxidos. Estes solos são 
freqüentemente escurecidos pela pigmentação da matéria orgânica que se acumula, 
uma vez que os organismos anaeróbicos são menos eficientes na mineralização da 
 
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matéria orgânica, do que os aeróbicos. Os solos onde o hidromorfismo é marcante 
são denominados Organossolos, Gleissolos e Planossolos Hidromórficos. 
Os Neossolos Flúvicos, formados pela deposição de sedimentos ao longo das 
margens dos rios, e por isso denominados sedimentos aluviais antigos, estão muito 
frequentemente associados na paisagem a esses solos hidromórficos. Entretanto, 
eles não são considerados solos hidromórficos por terem melhor drenagem ao longo 
do perfil (geralmentearenoso), e apresentarem horizonte A sobre uma sucessão de 
camadas de sedimentos que não têm relação pedogenética entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
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EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (Embrapa). Sistema Bra-
sileiro de Classificação de Solos. 4 ed. Brasília: SPI-EMBRAPA, 2014. 412p. 
Vá no tópico, 
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DISCIPLINA: Gênese e Morfologia do Solo 
 
FARIA, G. E. et al. Carbono orgânico total e frações da matéria orgânica do solo em 
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