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WBA0198_v2.0
Auditoria e Controles Internos
Estrutura conceitual para 
trabalhos de asseguração e 
detecção e prevenção de 
fraudes
Bloco 1
Veruska Evanir Pereira
Estrutura conceitual para os trabalhos de 
asseguração
As normas de auditoria contábil
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) edita as Normas 
Brasileira de Contabilidade (NBCs) que devem ser adotadas 
por todos os profissionais da contabilidade no Brasil.
• Convergência das NBCs com os padrões internacionais. 
• Elaboração e revisão das NBCs Técnicas e Profissionais, 
assim como dos Princípios de Contabilidade (CFC, 1993).
NBCs TA 200 a 810 – Última edição, de 2015, com 36 NBCs
(CFC, [s.d.])
NBC TA 200 – OBJETIVOS 
GERAIS DO AUDITOR 
INDEPENDENTE E 
CONDUÇÃO DA 
AUDITORIA EM 
CONFORMIDADE COM 
NORMAS DE AUDITORIA 
NBC TA 320 –
MATERIALIDA-DE NO 
PLANEJAMENTO E NA 
EXECUÇÃO DA 
AUDITORIA
NBC TA 220 – CONTROLE 
DE QUALIDADE DA 
AUDITORIA DE 
DEMONSTRA-ÇÕES 
CONTÁBEIS
NBC TA 810 –
TRABALHOS PARA A 
EMISSÃO DE RELATÓRIO 
SOBRE DEMONSTRA-
ÇÕES CONTÁBEIS 
CONDENSADAS
NBC TA 315 –
IDENTIFICAÇÃO E 
AVALIAÇÃO DOS RISCOS 
DE DISTORÇÃO 
RELEVANTE POR MEIO 
DO ENTENDIMENTO DA 
ENTIDADE E DO SEU 
AMBIENTE
NBC TA 700 –
FORMAÇÃO DA OPINIÃO 
E EMISSÃO DO 
RELATÓRIO DO 
AUDITOR INDEPENDEN-
TE SOBRE AS 
DEMONSTRA-ÇÕES 
CONTÁBEIS 
NBC TA 300 –
PLANEJAMEN-TO DA 
AUDITORIA DE 
DEMONSTRA-ÇÕES 
CONTÁBEIS
NBC TA 500 – EVIDÊNCIA 
DE AUDITORIA
Estrutura fornece quadro de referência
Auditores independentes
Outras pessoas envolvidas com trabalhos de 
asseguração, incluindo os usuários previstos de 
relatório de asseguração e aqueles que contratam o 
auditor independente (parte contratante)
CFC ao emitir normas de asseguração e outras 
normas técnicas
Visão Geral
Introdução Trata dos trabalhos de asseguração executados por auditores independentes.
Descrição dos trabalhos de 
asseguração
Descreve os trabalhos de asseguração e distingue o trabalho direto em relação ao 
trabalho de atestação, assim como o trabalho de asseguração razoável e o trabalho de 
asseguração limitada. 
Abrangência da estrutura 
conceitual
Distingue trabalhos de asseguração de outros trabalhos, como trabalhos de consultoria
Precondições para 
trabalho de asseguração
Estabelece precondições para que o auditor independente aceite trabalho de 
asseguração. 
Elementos de trabalho de 
asseguração
Identifica e discute os cinco elementos presentes em trabalhos de asseguração: o 
relacionamento entre três partes, o objeto, os critérios, as evidências e o relatório de 
asseguração. Explica, adicionalmente, as distinções importantes entre trabalhos de 
asseguração razoável e trabalhos de asseguração limitada. Também discute, por 
exemplo, a variação significativa no objeto dos trabalhos de asseguração; as 
características requeridas dos critérios adequados; a função do risco e da relevância nos 
trabalhos de asseguração; e como as conclusões são expressas em trabalhos de 
asseguração razoável e trabalhos de asseguração limitada.
Outros assuntos
Discute as responsabilidades de outras comunicações do auditor independente que não 
estejam relacionadas com o seu relatório de asseguração, a documentação e as 
implicações da associação do auditor com o objeto ou com a informação do objeto.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 1 – Visão Geral
Descrição dos Trabalhos de Asseguração
É o trabalho no qual o 
auditor busca evidências
apropriadas e suficientes 
para expressar sua 
conclusão, de forma a 
aumentar o nível de 
confiança dos usuários
previstos sobre o resultado 
da mensuração ou avaliação 
do objeto, de acordo com os 
critérios aplicáveis.Fonte: elaborada pela autora.
Figura 1 – Palavras-chave
Abrangência e estrutura conceitual
Nem todos os trabalhos dos auditores são considerados 
trabalhos de asseguração nem são abrangidos por essa 
estrutura. Eles incluem: 
• Trabalhos abrangidos pelas normas de serviços 
correlatos (NBC, TSC, como procedimentos previamente 
acordados e trabalhos de compilação).
• Elaboração de declarações de imposto de renda em que 
nenhuma conclusão de asseguração é expressa.
• Trabalhos de consultoria (ou assessoria), como 
gerenciamento e consultorias tributárias.
Pré-condição para o trabalho de asseguração: aceitação e continuidade
As funções e as responsabilidades das partes 
apropriadas são adequadas às circunstâncias:
• Parte responsável.
• Mensurador ou avaliador.
• Contratante.
Pré-condição para o trabalho de asseguração: aceitação e continuidade
Quadro 2 – O trabalho apresenta todas as seguintes características
O objeto é apropriado 
Os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na 
elaboração da informação do objeto são apropriados às circunstâncias do 
trabalho e estarão disponíveis aos usuários previstos.
O auditor independente espera ser capaz de obter a evidência necessária para 
fundamentar a conclusão.
A conclusão do auditor independente, na forma apropriada tanto para o 
trabalho de asseguração razoável quanto para o de asseguração limitada, será 
incluída no relatório.
Um propósito racional inclui, no caso de trabalho de asseguração limitada, que 
o auditor independente espera ser capaz de obter nível apropriado de 
segurança.
Fonte: elaborado pela autora.
Elementos de trabalho de asseguração
Os seguintes elementos do trabalho de asseguração são discutidos nesta parte
Relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e 
os usuários previstos.
Objeto apropriado.
Critérios aplicáveis.
Evidências apropriadas e suficientes.
Relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de 
asseguração razoável ou de asseguração limitada.
Fonte: elaborado pela autora.
Quadro 3 – Elementos de trabalho de asseguração
Tipos de trabalhos de asseguração permitidos ao auditor independente
Trabalho 
de Asseguraçã
o Razoável
Reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível 
aceitavelmente baixo, considerando as circunstâncias do 
trabalho como base para uma forma positiva de expressão da 
conclusão do auditor independente. Ex.: Auditoria.
Trabalho 
de Asseguraçã
o Limitada
Reduzir o risco de trabalho de asseguração a um nível que seja 
aceitável, considerando as circunstâncias do trabalho, mas em 
que o risco seja maior do que no trabalho de asseguração 
razoável, como base para uma forma negativa de expressão 
da conclusão do auditor independente. Ex.: Revisão.
Estrutura conceitual para 
trabalhos de asseguração e 
detecção e prevenção de 
fraudes
Fraudes no contexto da organização
Bloco 2
Veruska Evanir Pereira
Fraude
• Algum funcionário levou 
vantagem na hora de 
decidir qual fornecedor 
deveria contratar? 
• Trouxe uma nota de 
reembolso maior do que 
o que realmente foi 
gasto?
• Alterou registros 
contábeis para trazer um 
resultado satisfatório?
Fonte: Thomagery/iStock.com.
Figura 2 – Fraude
Fraude
• Fraudes são atos cometidos pelos funcionários de 
organizações privadas ou servidores públicos que 
intencionalmente subtraem, diminuem seus ativos 
com obtenção de alguma vantagem injusta ou 
ilegal. 
• Podem ser caracterizadas desde omissão e/ou 
manipulação de transações, adulterações de 
documentos, registros, relatórios, demonstrações 
contábeis, de forma física, documental ou mesmo 
eletrônica (fraudes digitais).
Estrutura
O erro é a mesma coisa que fraude?
Não, não é. 
• Existe uma diferença fundamental que 
caracteriza erro de fraude: a não 
intencionalidade. 
• Quando se erra, não se tem a intenção. 
Porém, quando se frauda, tem-se a 
intenção de fazê-lo.
• O erro pode acontecer por falta de 
capacitação do funcionário para a tarefa, 
por falta de controles internos eficazes, 
má interpretação de fatos na elaboração 
de registros/relatórios, demonstrações 
contábeis, informações etc.
Fonte: Vanheel/iStock.com.
Figura 3 – Erro e acerto
Fraude e erro
• Tanto o erro quanto a fraude podem ser cometidos por 
qualquer um da força de trabalho (incluindo 
terceirizados)em qualquer nível da organização, sendo 
possível de aplicação em diferentes níveis de 
criticidade. 
• A existência de ocorrências de erros e fraudes em uma 
organização dependerá do modo como a empresa 
estabelece os controles internos e estrutura o modelo 
de monitoramento e prevenção dessas situações.
• Pode começar pequeno, pontualmente de forma 
individual, mas também pode ir aumentando de forma 
mais estruturada e contínua e envolver um grupo de 
pessoas, incluindo terceirizados. 
Fraude e erro
• Estudos apontam que as organizações perdem, em média, 
de 1% a 8% do faturamento devido a fraudes e desvios 
praticados pelos próprios funcionários e terceirizados, 
havendo ainda o conluio com outras partes. 
Fonte: Serhii Brovko/iStock.com.
Figura 4 – Perdas
Características
Pressão ou incentivo
• Necessidade do fraudador de se 
satisfazer cometendo a fraude. 
• Pode estar pressionado por uma 
necessidade financeira ou por 
um problema pessoal 
significativo.
• Ex.: obtenção de bônus anual, 
alcance de metas de 
desempenho difíceis de alcançar 
etc. Fonte: muhamad rukmana/iStock.com.
Figura 5 – Cultura
Características
Oportunidade
• Habilidade do fraudador de 
identificar o momento oportuno 
para praticar a fraude. Quando a 
organização tem uma má gestão em 
supervisionar atividades em que o 
fraudador está inserido, as 
ocorrências podem aparecer.
• As circunstâncias dessas 
ocorrências também podem se dar 
na chance do fraudador de burlar o 
controle interno, ou agir pela falta 
de controle. 
• Geralmente acontece em cargos 
gerenciais de confiança.
Fonte: sorbetto/iStock.com.
Figura 6 – Portas de entrada
Estrutura
Racionalização
• Mesmo indivíduos honestos podem ser 
levados a cometer fraudes em ambientes 
em que se sintam pressionados ou até 
mesmo pela oportunidade sem punição.
• Essa racionalização pode se caracterizar 
pelo pensamento do fraudador de que o 
ato pode ser justificável. 
• Por exemplo, sacar um valor em dinheiro 
e pretender devolvê-lo, ou mesmo por 
estar passando por dificuldades 
financeiras, de tragédia ou de doença, 
tendo que pagar valores que não 
consegue suportar. 
• Para algumas pessoas, em sua cultura, 
esses atos podem parecer aceitáveis ou 
mesmo justificáveis.
Fonte: Mohamad 
rubkama/iStock.com.
Figura 7 – Racionalização
Estatística
Meios de Identificação de Fraudes %
Denúncias anônimas de funcionários 39
Auditoria Interna 17
Ações decorrentes de mudança de gestão 13
Por acaso (acidentalmente) 6
Decorrente de ajuste contábil 6
Auditoria Externa 4
Por sistema de monitoramento e tecnologia 3
Por notificação de órgãos públicos 2
De confissão 1
Fonte: adaptado de Magnabosco (2018).
Quadro 4 – Estatística
Estrutura conceitual para 
trabalhos de asseguração e 
detecção e prevenção de 
fraudes
Tipos de Fraudes
Bloco 3
Veruska Evanir Pereira
Tipos de fraudes
Apropriação indevida de ativos
É o roubo de ativos da organização que podem ser dinheiro, 
materiais, equipamentos e informações. Na maioria dos casos, o 
fraudador adultera os registros documentais ou eletrônicos. 
Técnica Skimming
Ocorre quando há o desvio do dinheiro antes de este ser 
registrado nos livros e documentos (registros) da organização. 
Um exemplo seria o funcionário se apropriar do dinheiro de uma 
venda sem registrar essa venda. É possível acontecer essa ação 
geralmente quando há vulnerabilidades nos controles do 
processo.
Tipos de fraudes
Desembolso
Ocorre quando o indivíduo estimula e convence a organização a 
emitir um pagamento por bens e serviços inexistentes, faturas 
superfaturadas ou faturas até mesmo pessoais. Alguns exemplos 
seriam o pagamento de faturas de serviços que não foram 
prestados, solicitação de seguro-desemprego por pessoas que 
não estão trabalhando, ou pedidos de algum benefício social a 
que não se tenha direito.
Reembolso de Despesas
Essa é uma fraudes bem comum que se apresenta na 
oportunidade de o indivíduo pedir o reembolso de despesas que 
não ocorreram ou mesmo superfaturá-las. Por exemplo, 
despesas de refeição, de combustível, de viagens, entre outras.
Tipos de fraudes
Folha de pagamento
É a prática de emissão de pagamentos por conta de pedidos falsos 
compensatórios. Este seria o caso de um empregado que solicita o 
pagamento de horas extras que não foram efetivamente 
trabalhadas, ou mesmo a inclusão de funcionários inexistentes na 
folha de pagamento.
Informações falsas
Trata-se de geração de informações falsas a serem fornecidas a 
pessoas externas à organização. Por exemplo, o envio de 
demonstrações financeiras fraudulentas, ou outras demonstrações 
e relatórios que não exprimam a realidade, com o intuito de obter 
alguma vantagem.
Corrupção e Suborno
Consiste em obter vantagens no mau uso do poder confiado a uma pessoa. 
A corrupção inclui o suborno e outros usos impróprios do poder. 
Geralmente é uma fraude difícil de se evidenciar, pois há poucos ou não há 
registros evidentes. Os pagamentos de corrupção geralmente acontecem 
em espécie, informalmente, e não há registros. No geral a descoberta da 
corrupção se dá por meio de denúncias ou reclamações de terceiros que 
podem ocorrer pelos canais de reclamações internos da organização ou 
outros meios externos. No senso comum, a maioria das pessoas relaciona 
corrupção apenas a práticas nas entidades governamentais, mas, na 
verdade, ela está em todos os tipos de organização.
Sendo um tipo de corrupção, o suborno consiste no ato de oferecer, dar, 
receber ou pedir qualquer coisa de valor para alterar um resultado. Podem 
ser oferecidos a funcionários estratégicos ou de liderança nas organizações. 
Um exemplo típico é quando um funcionário de compras aceita um valor 
“por fora” da negociação para beneficiar um fornecedor em específico em 
detrimento de uma outra proposta que também seria vantajosa para a 
organização.
Conflito de interesse e desvio de transação
Essa situação ocorre quando um funcionário, em cargo de gestão ou 
alto executivo da organização, tem um interesse pessoal oculto em 
uma transação que afetaria negativamente os interesses da 
organização ou dos acionistas ou até para proveito próprio. Como 
exemplo, temos um gerente que realiza determinada ação visando 
prejudicar alguém dentro da organização, que supostamente seria 
seu adversário.
Trata-se do ato de desviar para um funcionário da empresa ou para 
alguém externo à empresa uma transação potencialmente vantajosa 
ou lucrativa. Como exemplo poderíamos ter um gerente de compras 
que privilegia a transação de compra de uma empresa que tem 
como sócio um parente seu em detrimento de outro fornecedor 
com proposta vantajosa para a organização. Aqui também se 
caracteriza como um conflito de interesses.
Tipos de fraudes
Uso indevido das informações
É o caso da declaração dos impostos devidos registrados a 
menor ou mesmo a abstenção desses valores, com o intuito de 
diminuir o valor a pagar do imposto devido.
Sonegação de impostos
É a utilização não autorizada ou ilegal ou o roubo de 
informações confidenciais, estratégicas ou registradas para 
beneficiar inadequadamente um indivíduo ou outra 
organização. Como exemplos temos a venda de cadastro de 
clientes, ou quando alguém tem informações privilegiadas 
internas (insider information) e as repassa para outra pessoa no 
mercado de ações a fim de obter vantagens nas negociações 
das ações.
Demonstração financeira
É quando há registros falsos de demonstrações financeiras, 
normalmente declarando-se ativos ou receita a maior ou passivos 
ou despesas a menor. Essa fraude é caracterizada como uma 
fraude contábil com distorções intencionais com o objetivo de 
confundir ou enganar quem irá utilizar essas informações. 
Segundo Ribeiro e Coelho (2018 apud SOUZA, 2019), essas fraudes 
podem decorrer dos seguintes pontos: 
“manipulação, falsificação (inclusive de assinatura) ou adulteração de 
registros contábeis ou documentos comprobatórios que serviram como 
referencial à elaboração de demonstrações contábeis;adulteração ou 
omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, operações 
ou outras informações relevantes; aplicação incorreta intencional dos 
princípios contábeis relativos a valores, classificação, forma de 
apresentação ou divulgação, entre outros.”
Prevenção de Fraudes
Atos Praticados % 
Corrupção 35
Desvio de materiais e mercadorias 19
Reembolso de despesas 14
Alterações contábeis 10
Adulteração de boletos 11
Inclusão indevida de eventos ou pessoas 09
Outros 02
Atos mais comuns de fraude, a corrupção está no topo, com 
35% dos casos, sendo o que gerou os maiores prejuízos às 
organizações. (MAGNABOSCO, 2018)
Fonte: Adaptado de Magnabosco (2018).
Quadro 5 – Prevenção de fraudes
Prevenção versus Detecção de fraudes
• A organização pode escolher trabalhar com a prevenção de 
fraudes, estabelecendo políticas e procedimentos de 
capacitação das pessoas, da comunicação e do engajamento 
de todos em relação às atividades fraudulentas. 
• Também pode escolher trabalhar a questão da detecção de 
fraudes e isso dependerá do custo e do nível de risco a que 
a organização esteja exposta. Se o custo para desenvolver, 
implementar e manter as ações de detecção for maior que o 
custo das consequências estimadas (risco), talvez não seja 
viável essa ação. 
• Ou ainda pode implementar as duas estratégias 
simultaneamente, a prevenção e a detecção das fraudes.
Ações para mitigar os riscos
• Controles internos eficazes e eficientes, com limites de autoridade, que 
possibilitem a segregação de funções e sejam avaliados periodicamente pela 
auditoria interna.
• Processo de gerenciamento de riscos corporativos que possibilite a avaliação 
periódica do risco de fraude na organização.
• Implementação de Código de Ética como elemento de desenvolvimento de 
cultura organizacional.
• Canais de denúncias que podem ser utilizados por funcionários, fornecedores, 
clientes e todas as partes interessadas.
• Recrutamento, seleção e contratação de pessoal de acordo com o perfil 
desejado, quanto aos aspectos de qualificação técnica, valores e 
comportamentos desejados.
• Capacitação contínua na prevenção da fraude.
• Monitoramento com acompanhamento proativo sistemático de detecção, que 
pode ser realizado pela auditoria, por tecnologias de trilha (data analytics), 
controles internos, entrevistas de demissão de funcionários, pesquisas 
proativas, entre outros.
Teoria em Prática
Bloco 4
Veruska Evanir Pereira
Reflita sobre a seguinte situação
Vamos tratar aqui de um episódio que aconteceria em um 
órgão público.
Imagine uma entidade de assistência social que atende a 
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Um 
auditor do controle interno da área governamental foi 
destacado para verificar a conformidade nos processos 
licitatórios desta dos últimos 12 meses.
Ao verificar os processos licitatórios em relação à legislação 
de compras na Lei n. 8.666/93, o auditor chegou à conclusão 
de que não havia nenhuma irregularidade, uma vez que todas 
as aquisições estavam dentro dos limites estabelecidos e 
todas as etapas foram cumpridas.
Reflita sobre a seguinte situação
Porém, uma compra chamou a atenção do auditor. Foram 
adquiridas toneladas de sopas em pó para serem diluídas 
posteriormente em água e preparadas para servir às crianças 
e aos adolescentes. Ele estranhou a quantidade e pediu para 
verificar fisicamente o estoque do material, mas encontrou 
apenas uma parte deste. 
Qual seria o procedimento apropriado para que o auditor 
finalizasse essa auditoria? Qual foi a curiosidade do auditor ao 
selecionar essa compra em particular? Por que ele decidiu 
verificar o estoque físico? 
Norte para a resolução...
• Dentro de tantas compras, a questão da materialidade chamou a
atenção, pois foi detectado que a quantidade de sopas adquiridas em
relação à quantidade de sopas servidas em um determinado período
poderia ser bem maior do que o necessário e, assim, perder o prazo de
validade.
• O adequado seria o auditor avaliar a quantidade comprada com a
média de consumo e, ainda, se houve a previsão de prazo de validade
para o alimento. Aqui podemos ter a questão da materialidade.
• Porém, ao checar o estoque físico, também é necessário que sejam 
analisados todos os documentos referentes às entradas e saídas e que o 
estoque seja conferido. 
• Com isso, é possível verificar se não houve desvio de material, bem 
como a questão do prazo de validade, pois, se os alimentos forem 
adquiridos e estragarem no estoque, é desperdício de recurso público, 
o que também poderá ser enquadrado em algum tipo de crime.
Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Veruska Evanir Pereira
Dica do(a) Professor(a)
Além de algumas possibilidades de fraudes que trouxemos 
aqui, ainda há muitos outros tipos de fraudes e golpes que 
ocorrem por aí!
Você sabia que existe um site que monitora fraudes? É o 
Monitor das Fraudes, que segue firme no combate a fraudes, 
à lavagem de dinheiro e à corrupção.
Vale muito a pena acessar e começar ficar esperto.
Referências
ALMEIDA, M. C. Auditoria: abordagem moderna e completa. 
9. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
CFC. Conselho Federal de Contabilidade. NBC TA – de 
Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica. 
[s.d.]. Disponível em: https://cfc.org.br/tecnica/normas-
brasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-
independente/. Acesso em: 16 fev. 2021.
CFC. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n. 
750, de 29 de dezembro de 1993. Dispõe sobre os Princípios 
de Contabilidade (PC). 1993. Disponível em: 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/res750.htm . 
Acesso em: 25 mar. 2021. 
Referências
CRCGO. Conselho Regional de Contabilidade de Goiás. 
Disponível em: https://www.crcgo.org.br/novo/wp-
content/uploads/2015/11/NBCTAESTRUTURACONCEITUAL.pd
f. Acesso em: 23 mar. 2021.
IIA BRASIL. Instituto dos Auditores Internos do Brasil. [s.d.]. 
Disponível em: https://iiabrasil.org.br/. Acesso em: 8 mar. 
2021.
MONITOR DAS FRAUDES. [s.d.]. Disponível em: 
http://www.fraudes.org. Acesso em: 8 mar. 2021.
Referências
MAGNABOSCO, N. Auditoria Prática: normas de auditoria 
interna e externa analisada e comentadas. Curitiba: Íthala, 
2018.
SOUZA, H. E. L. Auditoria Interna: guia básico para formação 
de auditores. Curitiba, PR: Clube de Autores, 2019.
Bons estudos!
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	Estrutura conceitual para trabalhos de asseguração e detecção e prevenção de fraudes
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	Abrangência e estrutura conceitual
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	Elementos de trabalho de asseguração
	Tipos de trabalhos de asseguração permitidos ao auditor independente
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	Tipos de fraudes
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