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Profª Rossana Ghilardi Transtorno do Espectro Autista Aula 6 Relações familiares e TEA Família identifica de forma progressiva, dolorosa – não desenvolve como esperado Dificuldade de interação social, agressividade – impacto na família – isolamento Família: diagnóstico e prognóstico "Nessa perspectiva, o surgimento de uma condição crônica e o seu manejo no seio das interações familiares são um desafio, o que pode determinar o enfraquecimento dos laços familiares e de sua estrutura" (Mapelli et al., 2018, p. 2) Diagnóstico Medicamento / Insegurança / Redefinição da dinâmica familiar Forma de comunicar – diferentes reações Assistência aos familiares negligenciada AMA - https://www.ama.org.br/site/ Diagnóstico Familiares ativos nas intervenções – aspectos desenvolvimentais, autocuidado etc. Normalmente mãe sobrecarregada Separação Renda familiar reduzida Irmãos com atenção reduzida Tensão na família Relação familiares – escola Auxiliar os familiares a perceber atitudes não produtivas Via de mão dupla – receber informações dos familiares / repassar informações do que acontece na escola Continuidade nos procedimentos Importante para os filhos – outro espaço de convívio Alguns identificam avanços no desenvolvimento Valoriza até mesmo a possibilidade da matrícula escolar Como familiares percebem a escola Atividades remotas e TEA Lynshinoda/Shutterstock Pandemia – evidenciou atividade remota – escolar e terapêutica Aulas on-line emergenciais – dificuldade para alunos típicos, ainda mais para Educação Especial Familiares de alunos com TEA – ainda mais sobrecarregados Familiares – organizando as rotinas visuais em casa para as tarefas "As modificações na rotina devem ser antecipadas e demonstradas visualmente através do quadro de rotina, com a retirada ou colocação da figura representativa da tarefa e sua substituição por outra, podendo o processo ser realizado pela própria criança com ajuda dos pais" (Araripe et al., 2019, p. 3) Recomendações (Araripe et al., 2019) Arranjos ambientais para otimizar procedimentos "A organização do ambiente pode atuar favorecendo ou desfavorecendo sua realização e a própria aprendizagem“ (Araripe et al., 2019, p. 4) Recomendações (Araripe et al., 2019) Acompanhamento remoto dos pais para implementar os novos arranjos "avaliar habilidades, conduzir treino de pais, dispensar reforçadores e organizá-los, usar rotinas visuais e modelar respostas na criança" (Araripe et al., 2019, p. 6) Recomendações (Araripe et al., 2019) Tecnologias digitais O recurso deve ser central na intervenção e servir a pessoa com autismo “Nos repositórios da Googe Play e Apple Store encontrou-se cerca de 200 apps relacionados com os descritores `autismo’, ‘TEA’, ‘Educação de Autistas’” (Capuzzo et al., [S.d.], p. 154) Tecnologias educacionais Jogo desenvolvido para crianças com autismo e com outros atrasos no desenvolvimento, com capacidade cognitiva de 2 a 8 anos de idade. Cada detalhe do jogo teve o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar formada por psicopedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e pais de uma criança com autismo, o Biel. O jogo facilitará o aprendizado e interação da criança em seu dia a dia. ABC AUTISMO - Um mundo de atividades coloridas e pedagógicas para realizar e curtir! A diversão para os pequenos começa agora com o jogo ABC Autismo! Utilizando fundamentos da metodologia TEACCH tem como objetivo auxiliar no processo de aprendizagem de crianças autistas por meio de divertidas atividades! ABC Autismo – Demonstração https://www.youtube.com/watch?v=w_-3JLz7Y-s Habilidades socioemocionais Programas para alfabetização Habilidades acadêmicas Autocuidado Redução de comportamentos desafiadores Ganhos para saúde mental Organograma do plano investigativo Fonte: elaborado por Santarosa; Conforto, 2015, com base no Relatório Geral Unesco, 2014. Políticas públicas de inclusão escolar e digital Empoderamento de estudantes com deficiência Práticas de inclusão escolar e social Dispositivos moveis (laptops e computadores) O ciberespaço abarca diferentes ambientes de socialização, com variadas formas de interação entre pessoas, pessoas e máquinas e até entre máquinas, embora sempre criado e frequentado por pessoas, portanto, também é um espaço cultural Programas de robótica – trabalhar e desenvolver habilidades motoras e cognitivas Robôs para interação terapêutica Robótica e TEA Participação dos especialistas em TEA no desenvolvimento dos programas e robôs Preparar ambiente de utilização Diminuir manipulação remota (terapeuta) Atender aos princípios propostos (ABA) Efetividade de resultados – critérios de verificação da habilidade proposta Ajustes no desenvolvimento (Alves et al., 2020) Depois da vida escolar Segundo Lacerda (2020), há equivoco em entender a quantidade de matrículas como parâmetro para comprovar efetividade do atendimento e bons resultados da inclusão escolar Trajetória escolar – aluno autista Atibaia-SP Tipos de trajetórias Número Porcentagem (%) Trajetória completa 6 6,38% Trajetória completa com retenção 1 1,06% Trajetória parcial 24 25,53% Trajetória parcial com retenção 17 18,08% Trajetória incompleta 46 48,93% Total de trajetórias 94 100% Fonte: elaborado com base em Lima; Laplane, 2016, p. 278 Apesar das garantias expressadas em leis, documentos e diretrizes, a participação de alunos com autismo no ambiente escolar ainda é problemática e se encontra distante das metas inclusivas. Os alunos têm acesso a serviços de educação, mas a sua permanência no sistema de ensino é incerta, como atestam as trajetórias traçadas no município, o atendimento educacional especializado é pouco abrangente e a sua progressão para níveis e etapas superiores ainda é muito diferente daquela apresentada pelos demais alunos (Lima; Laplane, 2016, p. 281) Na idade adulta, a maior parte destes indivíduos esteve e/ou ainda está inserida em instituições educacionais especiais, sendo que apenas uma parcela muito pequena de adultos com TEA se manteve no ensino regular. Foram reveladas perspectivas educacionais para a vida adulta, nas quais os participantes buscam locais para convivência, realização de terapias multidisciplinares, acolhimento às famílias, atividades de profissionalização para os adultos com TEA, atendimento individualizado e a presença de profissionais qualificados (Rosa et al., 2019, p. 314)