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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – IFBA CAMPUS DE VITÓRIA DA CONQUISTA CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA Joseane Oliveira Costa Lidy Lei de Stokes Vitória da Conquista - BA Julho/2024 Joseane Oliveira Costa Lidy Lei de Stoker Relatório apresentado ao Professor Doutor Luiz Elói da Silva como requisito parcial para cumprimento do componente curricular Físico - Química Experimental II. Vitória da Conquista Julho/2024. 1. Introdução A viscosidade é uma propriedade importante dos líquidos, ou seja, é uma medida de resistência de um fluido ao escoamento ou a deformação (KOTZ, 2012). Ao se movimentar em um meio viscoso o corpo é influenciado por uma ação chamada de força viscosa proporcional a velocidade de queda (Lei de Stokes), podemos definir como: [1] Onde: Fv: Força de viscosidade, que se opõe ao movimento do objeto; b: Coeficiente de arrasto ou fator de resistência, que incorpora a viscosidade do fluido, a forma e o tamanho do objeto; v: Velocidade do objeto em relação ao fluido. Para casos em que esferas apresentam velocidades relativamente pequenas, a expressão pode ser definida como: [2] Onde r o raio da esfera e η o coeficiente de viscosidade do meio. Se uma esfera de densidade maior que a de um líquido for solta na superfície do mesmo, no instante inicial a velocidade é zero, mas a força resultante acelera a esfera de forma que sua velocidade vai aumentando. Pode-se verificar que a velocidade aumenta não-uniformemente com o tempo e atinge um valor limite, que ocorre quando a força resultante for nula. As três forças que atuam sobre a esfera estão representadas na Fig. 1 e são, além da força viscosa, o peso da esfera, P, e o empuxo, E. Igualando a resultante dessas três forças a zero, obtêm-se a velocidade limite, vL: [3] onde ρ e ρ’ são as densidades da esfera e do meio, respectivamente, e g é a aceleração da gravidade. Figura 1: Forças que atuam numa esfera num meio viscoso Existem dois tipos principais de viscosidade, que são o Dinâmico (ou absoluto) e a viscosidade cinemática. A viscosidade dinâmica mede o grau de interferência que a resistência ao escoamento terá sobre a velocidade, ou seja, mede a resistência ao escoamento. Para os cálculos de viscosidade dinâmica em pequenas espessuras de fluido utiliza-se a simplificação prática da lei de Newton da viscosidade (BRUNETTI,2008). A definição pela relação entre a tensão de cisalhamento () e o gradiente de velocidade perpendicular ao plano de cisalhamento. Essa relação é expressa pela fórmula: [4] onde: · η é a viscosidade dinâmica; · é a tensão de cisalhamento; · é o gradiente de velocidade. A viscosidade cinemática é uma propriedade fundamental dos fluidos que relaciona a viscosidade dinâmica com a densidade do fluido. Ela é uma medida da resistência ao escoamento de um fluido sob a influência da gravidade. Enquanto a viscosidade dinâmica (η) mede a resistência ao cisalhamento de um fluido, a viscosidade cinemática (ν) considera também a densidade do fluido (ρ). A viscosidade cinemática () é definida como a razão entre a viscosidade dinâmica (η) e a densidade (ρ) do fluido: [5] onde: · é a viscosidade cinemática; · η é a viscosidade dinâmica; · ρ é a densidade do fluido. A Lei de Stokes relaciona o tamanho de uma esfera e a velocidade de queda dela. Existem três forças que atuam sobre a esfera: uma força gravitacional descendente (Fg), uma força de flutuação ascendente (Fb) e uma força de arraste de sentido para cima (Fd). A força gravitacional é uma função “g” (aceleração da gravidade) e a massa da partícula, portanto, diâmetro e densidade da esfera. A força de flutuação é uma função da massa de fluido deslocada pela esfera e assim, o diâmetro e a densidade do fluido. E a força de arraste é uma função do tamanho da esfera e da viscosidade e assim, do diâmetro e da viscosidade do fluido. Sua formula é: [6] Essa expressão é utilizada para a obtenção experimental do valor da viscosidade dinâmica (μ) em laboratório, sendo que o experimento deve ser sempre feito com uma esfera que apresenta densidade maior do que a do fluido. 2. Objetivos O objetivo deste experimento é investigar o movimento de algumas esferas em um meio viscoso (glicerina), e determinar a velocidade. Será empregado um tubo de vidro de 2000ml e uma proveta de 50ml com uma escala graduada, na posição vertical. 3. Materiais e Reagentes · Bolinhas de vidro 10mm; · Provetas de 50ml e 2000ml; · Glicerina; · Balança analítica; 4. Procedimentos 1. Na primeira parte, usou uma proveta de 50 ml contendo glicerina, foi adicionado 3 bolinhas de vidro de 10mm e foi observado o volume final; 2. No momento seguinte, usando uma proveta de 2000 ml também com glicerina, adicionou 3 bolinhas de vidro de 10mm, marcando o tempo com o cronometro. No tubo foi marcado a distância inicial e final. 5. Resultados e discursões Começa-se escolhendo 3 esferas de metal de mesmo peso e diâmetro (iguais). Coloca-se o fluido (Glicerina) dentro do tubo cilíndrico e solta-se a esfera no fluido. Para uma análise precisa, escolheu-se uma distância certa para que a velocidade esteja aproximadamente constante, ou seja, com aceleração nula. Para isso, escolheu-se duas marcações: para o início e o final do movimento. Com as duas marcações prontas, tem-se a informação de onde começa e onde termina o movimento. Com as duas marcas prontas (Xi, Xf) tem-se a informação de onde começa e onde termina o movimento. Cronometrou-se o tempo de queda dos diferentes corpos em um meio viscoso a partir do repouso. Para minimizar o erro dessa medida de tempo, realizou-se 3 medidas de tempo para cada grupo de esfera de vidro. Figura 2. Esquema do experimento. Parte I Para resolver um problema envolvendo a queda de esferas de vidro em glicerina usou-se a Lei de Stokes e a viscosidade da glicerina. A Lei de Stokes é aplicável para esferas em movimento lento (regime de fluxo laminar) em um fluido viscoso. Neste experimento, usa-se os dados da tabela: Raio das esferas (r) 10 mm 0,01 m Peso das esferas 1,145 g 0,001145 kg Volume de glicerina 3,2 ml Densidade da glicerina 1260 Kg/m3 Viscosidade dinâmica da glicerina (η) 0,95 Pa·s Aceleração da gravidade (g) 9,81 m/s² TABELA 1: Parâmetros usados no experimento. No experimento usou-se uma proveta de 50 ml e adicionado 3,2 ml de glicerina, ao adicionar as bolinhas de metal este volume aumentou para 3,7 ml. O volume deslocado é: 3,7ml– 3,2ml Convertendo para metros cúbicos (1 ml = 1×10−6 m3), então o V(deslocado)=0,5×10−6 m3= 5×10−7m3. Este é o volume combinado das 3 esferas. As bolas de metal são esferas com 10 mm de diâmetro (ou 1 cm), então o raio é 0,5 cm. O volume de uma esfera é: V(esfera) ≈1,0466ml A massa total das esferas é de 1,1451 g, portanto, a densidade das 3 esferas são: Calcula-se a velocidade das esferas com base nesta densidade usando a Lei de Stokes, Usando os valores: · Raio da esfera (r): 10 mm/2 = 5mm = 0,005m; · Densidade da esfera:2,29 g/ml ou 2290 kg/m3; · Densidade da glicerina: 1260 kg/m3; · Aceleração da gravidade (g): 9,81 m/s; · Viscosidade dinâmica da glicerina: 1,49 Kg/m.s. A viscosidade é característica intrínseca de um fluido, o qual cria uma força de resistência perante ao deslocamento de um corpo no fluido, como por exemplo uma esfera. Na simplicidade, as interações das partículascom o fluido são consideradas a viscosidade, ou seja o atrito entre as moléculas do fluido. Vale ressaltar, que esta característica intrínseca está diretamente ligada a temperatura. O movimento de um fluido viscoso e incompressível em termos de velocidade e pressão pode ser descrito pela equação de Navier Stokes, a qual é de suma importância na engenharia. Tal equação é composta por equações diferenciais parciais não lineares de segunda ordem. Por meio dessa equação, é possível determinar a viscosidade de um fluido e a velocidade terminal de uma esfera no líquido A viscosidade é característica intrínseca de um fluido, o qual cria uma força de resistência perante ao deslocamento de um corpo no fluido, como por exemplo uma esfera. Na simplicidade, as interações das partículas com o fluido são consideradas a viscosidade, ou seja o atrito entre as moléculas do fluido. Vale ressaltar, que esta característica intrínseca está diretamente ligada a temperatura. O movimento de um fluido viscoso e incompressível em termos de velocidade e pressão pode ser descrito pela equação de Navier Stokes, a qual é de suma importância na engenharia. Tal equação é composta por equações diferenciais parciais não lineares de segunda ordem. Por meio dessa equação, é possível determinar a viscosidade de um fluido e a velocidade terminal de uma esfera no líquido A viscosidade é característica intrínseca de um fluido, o qual cria uma força de resistência perante ao deslocamento de um corpo no fluido, como por exemplo uma esfera. Na simplicidade, as interações das partículas com o fluido são consideradas a viscosidade, ou seja o atrito entre as moléculas do fluido. Vale ressaltar, que esta característica intrínseca está diretamente ligada a temperatura. O movimento de um fluido viscoso e incompressível em termos de velocidade e pressão pode ser descrito pela equação de Navier Stokes, a qual é de suma importância na engenharia. Tal equação é composta por equações diferenciais parciais não lineares de segunda ordem. Por meio dessa equação, é possível determinar a viscosidade de um fluido e a velocidade terminal de uma esfera no líquido A viscosidade é característica intrínseca de um fluido, o qual cria uma força de resistência perante ao deslocamento de um corpo no fluido, como por exemplo uma esfera. Na simplicidade, as interações das partículas com o fluido são consideradas a viscosidade, ou seja o atrito entre as moléculas do fluido. Vale ressaltar, que esta característica intrínseca está diretamente ligada a temperatura. O movimento de um fluido viscoso e incompressível em termos de velocidade e pressão pode ser descrito pela equação de Navier Stokes, a qual é de suma importância na engenharia. Tal equação é composta por equações diferenciais parciais não lineares de segunda ordem. Por meio dessa equação, é possível determinar a viscosidade de um fluido e a velocidade terminal de uma esfera no líquido A viscosidade é característica intrínseca de um fluido, o qual cria uma força de resistência perante ao deslocamento de um corpo no fluido, como por exemplo uma esfera. Na simplicidade, as interações das partículas com o fluido são consideradas a viscosidade, ou seja o atrito entre as moléculas do fluido. Vale ressaltar, que esta característica intrínseca está diretamente ligada a temperatura. O movimento de um fluido viscoso e incompressível em termos de velocidade e pressão pode ser descrito pela equação de Navier Stokes, a qual é de suma importância na engenharia. Tal equação é composta por equações diferenciais parciais não lineares de segunda ordem. Por meio dessa equação, é possível determinar a viscosidade de um fluido e a velocidade terminal de uma esfera no líquido Substituindo os valores: Parte 2 Nesta parte do experimento, usou-se uma proveta de vidro de 2000ml. Utilizando as marcas já citadas a cima. Para saber a velocidade média de cada esfera usa-se a altura de 28,4 cm (ou 0,284 m) e os tempos fornecidos na tabela 2: ESFERAS TEMPO (SEGUNDOS) Esfera 1 13:28 Esfera 2 14:58 Esfera 3 14:28 Tabela 2: Tempo de queda das esferas. A velocidade média (v) é dada por: Então, as velocidades das esferas são: · Esfera 1 · Esfera 2 · Esfera 3 O tempo médio das velocidades: Usando a formula de Stokes: Usando os valores: · Raio da esfera (r): 10 mm/2 = 5mm = 0,005m; · Densidade da esfera:2,29 g/ml ou 2290 kg/m3; · Densidade da glicerina: 1260 kg/m3; · Aceleração da gravidade (g): 9,81 m/s; · Viscosidade dinâmica da glicerina: 1,49 Kg/m.s. Substituindo: Esferas Tempo de Queda(seg) Esfera 1 13:28 Esfera 2 14:58 Esfera 3 14:28 Tempo médio 0,0203 Desvio Padrão 0,6808 s Incerteza final +/- 0,00098m/s 6. Conclusão Os valores experimentais estão relativamente próximos da previsão teórica, indicando que os cálculos estão coerentes, mas sugerindo que possa haver pequenas variações devido a fatores experimentais. Tanto as partes 1 e 2 apresentaram a mesma velocidade, mostrando que as esferas afundaram no liquido, porque apresentaram valores positivos. Outros fatores, como viscosidades e raios poderiam ter sido apontados, porém, faltou ter variedades de tamanhos de bolinhas de metal e outros líquidos para comparações. 7. Referências BRUNETTI, Franco. Mecânica dos Fluidos. 2ª. ed. rev. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. KOTZ, J. C. Química geral e reações químicas, 2012. image1.wmf image2.jpeg image3.jpeg