Prévia do material em texto
1 Medicamentos psicotrópicos e seus efeitos. Estudantes: Germano, Guilherme Gil, Guilherme Leal, Arthur Dias Orientador: Jorge L. Bitello 2 Introdução Atualmente, o uso de substâncias psicoativas vem se tornando uma prática cada vez mais comum e disseminada na sociedade. Visando compreender como o uso exagerado de substâncias psicotrópicas afeta os indivíduos, foi realizada esta pesquisa. . 3 3 1.Problema Como a utilização de medicamentos psicotrópicos afeta os usuários e as pessoas no seu redor? Quais são suas consequências? 4 2. Objetivo Compreender o funcionamento das substancias psicoativas no nosso corpo, como elas impactam o nosso psicológico e quais são as consequências que elas podem trazer para os usuários e para as pessoas ao redor. 5 3. Referencial teórico Contextualização: 1.1. Definição: psicotrópicos, psicofármacos ou psicoativos tem a definição por: psyché (mente) + trópos (atração) As drogas psicotrópicas são, então, aquelas que têm atração para atuar no cérebro, modificando nossa maneira de sentir, de pensar e, muitas vezes, de agir (TJMT, 2015). 6 1.2. Significado de drogas: Drogas são substâncias psicoativas utilizadas para produzir alterações nas sensações, no grau de consciência ou no estado emocional (SILVEIRA, 2014). Ou seja, as drogas, tem uma complexidade envolvida no seu nível de atuação, circunstâncias e grau de toxicidade. 7 1.3. História: O consumo de drogas psicotrópicas data de tempos pré-históricos. Com a ajuda de evidências arqueológicas (Archaeological Evidence for the Tradition of Psychoactive Plant Use in the Old World, 2003), é comprovado que os psicoativos ao longo da história foram utilizados de diversos meios que, dos quais, podemos citar: rituais religiosos; uso como medicamento e; o que mais se discute nos tempos contemporâneos, o uso recreativo. 8 1.3.1. Práticas em rituais religiosos O uso de psicoativos em contextos religiosos é uma tradição milenar que se manifesta de diversas formas ao redor do mundo. No continente americano, essa prática se destaca por sua rica história e diversidade. 1.3.2. práticas médicas Medicamentos psiquiátricos são ferramentas indispensáveis no tratamento de diversas doenças mentais e emocionais reduzindo os sintomas, melhorando a qualidade de vida e promovendo a recuperação dos pacientes. 1.3.3. Uso recreativo Pesquisas mostram que essa prática data desde os tempos antigos como no Antigo Egito, alguns deuses, eram representados segurando plantas psicoativas. (BERTOL E, FINESCHI V, KARCH S, MARI F, RIEZZO I, 2004). 9 2. Classificações As drogas psicotrópicas, configuram um universo complexo e multifacetado, com diversas classificações possíveis. Cada uma delas oferece uma lente única para compreendermos os efeitos e as implicações do uso dessas substâncias. Um dos critérios mais utilizados para classificar as drogas psicotrópicas se baseia em seus efeitos no sistema nervoso central (SNC) e no comportamento do usuário. 10 CLASSIFICAÇÃO DO COTIDIANO: 1. Origem: Natural ou Sintética: 2. Status Legal: Lícitas ou Ilícitas Fonte: ALARCON S, JORGE M (2012) 11 Fonte: ALARCON S, JORGE M (2012) CLASSIFICAÇÕES MÉDICAS: Louis Chaloult (1971). 12 As classificações das substâncias psicotrópicas refletem os riscos relacionados ao consumo? 13 Fonte: Nutt, Leslie e King (2010), com adaptações. 14 3. Impactos As drogas psicotrópicas, substâncias com a capacidade de alterar a química cerebral e, consequentemente, a percepção, o humor e a consciência, representam um tema complexo e intrigante com implicações profundas em diversos âmbitos da vida humana. Sua influência se estende para além da mente individual, impactando relações interpessoais, comportamentos sociais e até mesmo a estrutura da sociedade como um todo. 15 Destruição de Neurônios: O uso de drogas pode levar à destruição de neurônios por diversos meios. Substâncias como álcool, cocaína, ecstasy e metafetamina aumentam a liberação de neurotransmissores e bloqueiam a sua receptação, causando uma superestimulação das sinapses, além de causarem danos oxidativos, inflamação e excitação neuronal excessiva. 16 Desenvolvimento de Doenças Psiquiátricas: O uso de drogas pode precipitar o desenvolvimento de doenças psiquiátricas ao alterar a química cerebral e a função dos neurotransmissores, essenciais para a regulação do humor e comportamento. Substâncias como a cocaína e as anfetaminas aumentam os níveis de dopamina, o que pode desencadear psicose e paranoia. O abuso de álcool e cannabis está associado a depressão e ansiedade, devido à sua interferência nos sistemas de serotonina e GABA. 17 Desenvolvimento de Doenças Crônicas: O uso prolongado de drogas pode levar ao desenvolvimento de doenças crônicas ao causar danos contínuos e sistemáticos aos órgãos e sistemas do corpo. Substâncias como o álcool e drogas injetáveis podem causar doenças hepáticas crônicas, como cirrose e hepatite. Drogas inaladas, como tabaco e crack, são associadas a doenças pulmonares crônicas, incluindo DPOC e câncer de pulmão. 18 4.Panorama do uso de drogas no Brasil: O Brasil se destaca como um campo de pesquisa crucial no combate às drogas psicoativas. Nossa alta taxa de consumo, somada à diversidade da população e aos desafios sociais que enfrentamos, nos torna um cenário único para entendermos os efeitos e as causas do uso de substâncias psicoativas. 19 DADOS SOBRE O USO DE DROGAS PSICOTRÓPICAS EM DIVERSOS CASOS NO BRASIL: USO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS fonte: II Relatório de Drogas, governo Federal (2015) 20 O CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS ENTRE ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO NO BRASIL Estudos demonstram que a presença de amigos que consomem drogas aumenta significativamente a probabilidade de um adolescente também iniciar o uso de substâncias ilícitas. (FACUNDO e PEDRÃO, 2008) Foi levantado um estudo a partir de dados realizados pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (CEBRID) que abrangeu estudantes do Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada nas 27 capitais brasileiras e coletou dados acerca do uso de diversas substâncias, incluindo álcool, tabaco, maconha, cocaína e crack. 21 fonte: II Relatório de Drogas, governo Federal (2015) 22 MORTALIDADE E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS a cada 100.000 habitantes, 4,3 perdiam a vida em decorrência do uso de drogas (BARROSO L, DUARTE P, STEMPLIUK V. 2009). o álcool é o principal responsável por esse cenário desolador, sendo associado a cerca de 90% das mortes relacionadas a drogas no país. Essa taxa supera a de diversas nações, como Argentina (1,9), Chile (2,3), Itália (0,4), Japão (0,4), Portugal (0,7), Grã-Bretanha (1,7) e Austrália (1,4). Porém, fica abaixo de nações como França (5,6), Alemanha (6,2) e Rússia (5,8). 23 “O indivíduo sob o efeito de substâncias psicoativas utilizadas de diferentes formas (oral, inalatória ou endovenosa) tem maior chance de se colocar em situação de risco para aquisição das doenças sexualmente transmitidas (DST) uma vez que o efeito da droga prejudica sua capacidade de julgamento” (BARROSO L, DUARTE P, STEMPLIUK V. 2009). 24 Observa-se que o termo DST - Doença sexualmente transmissível - não é mais utlizado, sendo substituido por IST - Infecções sexualmente transmissíveis. Conclusão: No âmbito da saúde pública, observa-se um alarmante aumento nas taxas de mortalidade por overdose, com usuários de drogas apresentando um risco significativamente maior de acidentes fatais. As sequelas a longo prazo do uso de drogas, incluindo a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis, configuram-se como um problema de saúde pública de extrema relevância. 25 4. Procedimentos Metodológicos O grupo utilizou do procedimento metodológico de pesquisa bibliográfica, para a partir da consulta se diversos artigos e gráficos, elaborar um trabalho de autoria própria, interpretando os dados fornecidose resumindo todos em um só documento, citando sempre todas as fontes e os autores pesquisados. 26 5. Resultados e Discussões Por fim, o grupo percebeu por meio de debates que as drogas psicotrópicas não necessariamente precisam ser ilícitas para serem prejudiciais para o bem-estar individual e coletivo. 27 28 Fonte: Nutt, Leslie e King (2010), com adaptações. 6. Considerações Finais Como a utilização de medicamentos psicotrópicos afeta os usuários e as pessoas no seu redor? Quais são suas consequências? 29 7. Referências Bibliográficas TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MATO GROSSO. Drogas Psicotrópicas. 2015. pp 3. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwj0p9yqwvWGAxV5pZUCHQeNAK8QFnoECA8QAw&url=https%3A%2F%2Fwww.tjmt.jus.br%2Fintranet.arq%2Fcms%2Fgrupopaginas%2F105%2F988%2FDrogas_psicotr%25C3%25B3picas.pdf&usg=AOvVaw20-zZQO8ia8VzNCQWVRPuS&opi=89978449. Acessado em: 24 de abril de 2024. DA SILVEIRA, Dartiu Xavier. Classificação das substâncias psicoativas e seus efeitos. 2014. pp 70. Disponível em: https://sgmd.nute.ufsc.br/content/sgmd-resources-conselheiros/ebook/medias/pdf/Livro_didatico.pdf. Acessado em: 26 de abril de 2024. El-SEEDI H R, De SMET P A, BECK O, POSSNERT G, BRUHN J G. Prehistoric peyote use: alkaloid analysis and radiocarbon dating of archaeological specimens of Lophophora from Texas. Journal of Ethnopharmacology. 2005. pp. 238–42. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15990261/. Acessado em: 1 de maio de 2024. SCHATZBERG, A F. New indications for antidepressants. Journal of Clinical Psychiatry. 2000. pp. 9–17. Disponível em: https://www.kff.org/state-category/mental-health/?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwsuSzBhCLARIsAIcdLm5v4kvQKB3A76f-wG9MbJCW2oDvfpVYREBFHwFuJlWaApiIKQTaIv0aAsijEALw_wcB BERTOL E, FINESCHI V, KARCH S, MARI F, RIEZZO I . Nymphaea cults in ancient Egypt and the New World: a lesson in empirical pharmacology». Journal of the Royal Society of Medicine. 2004 . Pp 5-84. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1079300/ ALARCON S, JORGE M. Álcool e outras drogas diálogos sobre um mal-estar contemporâneo. 2012. pp 104-105. Disponível em: https://books.scielo.org/id/8q677/pdf/alarcon-9788575415399.pdf#page=102 CARLINI; NAPPO; GALDURÓZ; NOTO. - USO DE DROGAS PSICOTRÓPICAS NO BRASIL: PESQUISA DOMICILIAR ENVOLVENDO AS 107 MAIORES CIDADES DO PAÍS. 2001. https://www.scielo.br/j/rlae/a/3hMtm3dSj6fx65tMswgS8Rx/?format=pdf&lang=pt BARROSO L, DUARTE P, STEMPLIUK V. Relatório Brasileiro sobre Drogas. 2009. Brasília. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjNq9LBzvWGAxUPmpUCHSfKAGwQFnoECA4QAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.gov.br%2Fmj%2Fpt-br%2Fassuntos%2Fsua-protecao%2Fpoliticas-sobre-drogas%2Farquivo-manual-de-avaliacao-e-alienacao-de-bens%2FSumarioExecutivoIIRelatrioBrasileirosobreDrogas.pdf&usg=AOvVaw02fOntpOqCz7p-TxAi8K1c&opi=89978449. Acessado em: 21 de junho de 2024. 30 30 Praça Dom Sebastião, 2 - Porto Alegre - RS Cep 90035-080 | 51 3284 1200 maristarosario.org.br MaristaRosario periquitorosariense image1.emf image13.png image14.png image15.png image16.jpeg image17.png image18.png image2.png image11.png image12.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png