Classificacao dos Seres Vivos

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Classificação dos 
seres vivos
Todos os seres vivos são agrupados com base em características comuns essenciais. Dentro de cada grupo, os organismos são subdivididos em grupos menores, levando em consideração semelhanças mais específicas. Essa estrutura de classificação facilita o estudo de grupos específicos de organismos pelos cientistas.
Classificação dos Seres Vivos
Por que classificar
os seres vivos?
A classificação dos seres vivos é essencial na biologia, organizando a diversidade de formas de vida para facilitar estudos e compreensão das relações entre organismos. Além de ajudar na reconstrução da história evolutiva, influencia a conservação da biodiversidade e tem aplicações práticas em áreas como pesquisa biomédica e agricultura, proporcionando conhecimento crucial para o desenvolvimento científico e sustentabilidade ambiental.
Critérios para a classificação dos seres vivos
respiração
aeróbia
anaeróbia
respiração
Nutrição
Autótrofos
Heterótrofos
nutrição
reprodução
sexuada
assexuada
reprodução
tipo de célula
eucarionte
procarionte
tipo de célula
Organização celular
unicelular
pluricelular
organização celular
história da Classificação dos Seres Vivos
Aristóteles (384-322 a.C.) foi um filósofo grego do século IV que classificou os seres vivos em dois grupos principais: plantas e animais. Autores que abordaram o tema de animais e plantas utilizaram seus nomes comuns em várias línguas ou adotaram descrições mais ou menos padronizadas.
Aristóteles
O Sistema de Aristóteles dominou por muitos e muitos séculos.
Até que um naturalista talentoso fez mudanças significativas.
Em 1735, Carl Linnaeus divulgou o seu Systema Naturae, que apresentava a sua taxonomia para classificar o mundo natural. Linnaeus propôs três reinos, os quais foram subdivididos em classes. A partir das classes, os grupos foram separados em ordens, famílias, géneros (singular: género) e espécies.
No "Systema Naturae", Lineu propôs uma classificação hierárquica dos seres vivos em três reinos: mineral, vegetal e animal. Com o passar do tempo, essa classificação tornou-se inadequada para representar as novas descobertas sobre a biodiversidade. 
Por isso, outros cientistas elaboraram novas classificações.
Existem 3 reinos: mineral, vegetal e animal
Ernst Haeckel (1834-1919) estudou com sucesso organismos microscópicos unicelulares e, em 1866, propôs a introdução de um terceiro reino da vida chamado Protista. Estes organismos unicelulares não se enquadravam nem na categoria de plantas, nem de animais, mas podiam exibir características de ambos.
Herbert Faulkner Copeland (1902-1968) observou uma diferença significativa entre os eucariontes unicelulares e os procariontes unicelulares. Ele propôs uma classificação em quatro reinos e atribuiu as bactérias a um quarto reino - Monera.
Robert Harding Whittaker (1920-1980) propôs um sistema de classificação em cinco reinos em 1969, incluindo um reino separado para os fungos. Apesar disso, o modelo de cinco reinos ainda é tema de debate nos dias de hoje. Na ciência, é comum que teorias sejam aprimoradas e revisadas à medida que novas descobertas são feitas.
Carl Woese criou um modelo com base na evolução ao analisar sequências de rRNA. A pesquisa demonstrou que os eucariotos possuem relações próximas entre si, enquanto os procariotos podem ser divididos em dois grupos distintos. Como consequência, os seres vivos foram agrupados em três grandes categorias denominadas domínios, superiores ao Reino. Esses três domínios são Archaea, Bacteria e Eukarya.
sistemática filogenética
sistemática
filogênica
É a área da ciência dedicada a estudar e compreender a diversidade da vida no planeta Terra, abrangendo tanto o passado quanto o presente, e envolvendo a classificação e as relações evolutivas entre os seres vivos. Sistemática, por sua vez, consiste na classificação da vida com base em suas relações filogenéticas (evolutivas).
Sistemática filogenética
É a área da ciência que se dedica a estudar e compreender a diversidade da vida no planeta Terra, tanto no passado quanto no presente. Além disso, envolve a classificação e as relações evolutivas entre os seres vivos. Portanto, a sistemática é a classificação da vida de acordo com suas relações filogenéticas (evolutivas).
Sistemática filogenética
classificação dos
seres vivos
Na taxonomia, os seres vivos são classificados em categorias conhecidas como táxons. Esses táxons principais, nove ao todo, compõem uma escala crescente de organização sistemática.
Domínio
Reino
Filo
classe
ordem
família
Gênero
Espécie
Macete para decorar:
“doreficlofage”
Domínio
Domínio é o nível mais alto na hierarquia da classificação biológica, situado acima do reino. A vida é dividida em três domínios: Archaea, Bacteria e Eucarya. As células dos organismos em Archaea e Bacteria são procarióticas, enquanto os do domínio Eucarya, ou eucariotos, possuem células com um núcleo que isola o material genético do resto da célula.
O ecologista norte-americano Robert Whittaker foi o pioneiro em classificar os seres vivos em cinco grandes reinos. Em 1959, ele demonstrou que os fungos não eram organismos vegetais, como se pensava anteriormente, e, uma década depois, sugeriu a criação do reino dos fungos para distingui-los das plantas. A teoria de Whittaker foi amplamente reconhecida e aceita pela comunidade científica.
Reino
O reino Animalia, considerado o grupo mais evoluído na história da evolução, divide-se em dois grupos principais: vertebrados e invertebrados. São organismos multicelulares eucariontes e heterotróficos, que realizam respiração aeróbica, reprodução sexuada e têm capacidade de locomoção. Esse reino é incrivelmente diversificado e engloba mamíferos, peixes, aves, répteis, anfíbios, insetos, moluscos, anelídeos, e outros.
Reino Animal
reino animal
Este é o reino dos microorganismos, que abrange os procariontes (arqueias e bactérias). Encontrados em todos os ambientes, esses seres são constituídos por organismos unicelulares sem um núcleo definido. Enquanto a maioria das bactérias é aeróbica e heterotrófica, as arqueias costumam ser anaeróbicas e possuir um metabolismo quimiossintético.
Reino Monera
O grupo é o mais primitivo entre os eucariotas, com os outros sendo descendentes dele. O reino Protista é considerado parafilético, pois engloba o ancestral comum, mas não todos os seus descendentes, incluindo organismos eucarióticos que não se enquadram em animais, plantas ou fungos, como os protozoários. Devido à sua grande heterogeneidade, categorizá-lo é complicado, uma vez que seus membros compartilham poucas características em comum.
Reino Protista
Este conceito diz respeito ao mundo dos fungos, abrangendo leveduras, bolores, várias espécies de cogumelos e fungos venenosos. Estes organismos eucarióticos multicelulares, heterotróficos e aeróbicos têm quitina em suas paredes celulares, alimentam-se de outros seres vivos e reproduzem-se por meio de esporos.
Reino Fungi
Reino Plantae
Árvores, plantas e várias espécies de vegetação pertencem ao reino Plantae, um dos grupos mais antigos e composto por organismos que não se movem, são multicelulares e eucarióticos. Esses seres autotróficos, com células que possuem celulose e clorofila, são fundamentais para a vida na Terra, pois produzem oxigênio via fotossíntese. Eles podem se reproduzir de maneira sexuada ou assexuada.
A classificação dos cinco reinos da natureza continua sendo amplamente reconhecida nos dias de hoje, apesar dos avanços recentes na pesquisa genética que levantaram possíveis revisões, provocando debates entre os especialistas. Um exemplo é a sugestão do sexto reino por Carl Woese e George Fox em 1977, que dividiu as bactérias em duas categorias (Arqueas e Bactérias), e o sétimo reino de Cavalier-Smith, que adicionou um novo grupo, denominado Cromista, às seis categorias anteriores para as algas.
sexto Reino
Filo
O filo é a categoria imediatamente superior ao reino na classificação dos seres vivos. Ele busca identificar semelhanças físicasentre os organismos dentro de um reino, indicando uma ancestralidade compartilhada entre os organismos de um filo específico. Por exemplo, borboletas, caranguejos, aranhas e escorpiões são do filo Arthropoda.
Exemplos de Filos
Chordata, caracterizados por possuir crânio e coluna vertebral
Artrópodes, que se distinguem por ter pernas articuladas e um exoesqueleto
Anelídeos, vermes segmentados
Classes são usadas para classificar os organismos dentro de um filo de forma mais específica. Tipicamente, os organismos dentro de uma classe possuem características ainda mais semelhantes do que aqueles do filo inteiro. Por exemplo, borboletas, besouros, libélulas e abelhas fazem parte da classe Insecta.
Classe
Exemplos de Classes
Anfíbios
Peixes
Aves
Mamíferos
Répteis
Os organismos de cada classe são reunidos em ordens e identificados através de uma chave taxonómica. Esta chave contém uma lista de características que facilitam a classificação dos organismos. Um exemplo de organismos classificados na ordem Lepidoptera são as mariposas e borboletas.
Ordem
ordem
Família
As ordens são agrupadas em famílias, onde os organismos compartilham mais características entre si do que com organismos em níveis de classificação superiores. Devido às semelhanças, os organismos dentro de uma família são considerados relacionados entre si. As borboletas fazem parte da família Nymphalidae.
gênero
Gênero é uma maneira de descrever o nome genérico de um organismo, com a classificação sendo altamente específica, resultando em menos organismos em cada gênero. Isso leva a uma diversidade de gêneros em animais e plantas. Na taxonomia, o gênero é usado para estabelecer a primeira parte do nome de dois segmentos de um organismo.
As espécies são altamente específicas, representando o nível mais preciso de classificação dos seres vivos. A capacidade de se reproduzir com outros organismos da mesma espécie é o critério principal para designar um organismo a uma espécie específica. A espécie de um organismo é o componente que integra a segunda parte de seu nome científico.
Espécie
Melipona scutellaris - espécie de abelha
Após a adoção do sistema de Lineu, os cientistas puderam comunicar-se sem depender de nomes comuns, que muitas vezes eram confusos. Independentemente do idioma falado, um ser humano foi classificado como Homo sapiens. O sistema de Lineu é crucial porque introduziu a nomenclatura binomial para a identificação de cada espécie.
a maior contribuição de Lineu
Da mesma forma que os microscópios expandiram os horizontes de Hooke, a tecnologia está abrindo novas oportunidades de pesquisa para os taxonomistas modernos. Hoje em dia, a tecnologia baseada na Web e os avanços na análise de DNA permitem a construção de bancos de dados online para classificação e sistemática. Com o avanço da tecnologia, novos métodos de classificação de organismos estão sendo criados.
Taxonomia
nos dias atuais
Atividades
atividades
1. Qual dos seguintes níveis taxonômicos é imediatamente superior ao filo (ou divisão) na hierarquia de classificação biológica?
 • A) Reino
 • B) Classe
 • C) Ordem
 • D) Família
atividades
2. Em qual dos seguintes domínios os organismos têm uma estrutura celular que não possui um núcleo definido, mas que pode realizar a fotossíntese?
 • A) Eucarya
 • B) Archaea
 • C) Bacteria
 • D) Plantae
atividades
 3. Carl Linnaeus é conhecido por desenvolver um sistema de classificação que utiliza nomenclatura binomial. Qual dos seguintes pares está corretamente escrito de acordo com as regras deste sistema?
 • A) Homo Sapiens
 • B) Felis Catus
 • C) Escherichia Coli
 • D) Canis lupus
atividades
4. Considerando a classificação dos organismos eucarióticos, qual das seguintes características é exclusiva do reino Fungi em comparação com os reinos Plantae e Animalia?
 • A) Presença de parede celular feita de quitina
 • B) Capacidade de realizar fotossíntese
 • C) Mobilidade em algum estágio da vida
 • D) Ser multicelular
atividades
 5. Os organismos do reino Protista são extremamente diversos. Qual das seguintes características pode ser encontrada em alguns, mas não em todos, os organismos deste reino?
 • A) Ser unicelular
 • B) Realizar fotossíntese
 • C) Ter células eucarióticas
 • D) Reproduzir-se sexualmente
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