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fragataeantunes.mg@fragataeantunes.com.br 
Rua Paraíba, 550- 8º andar 
Savassi - Belo Horizonte - MG 
CEP: 30130-141 
 
SÃO PAULO - RIO DE JANEIRO - SALVADOR - BELO HORIZONTE - CURITIBA - PORTO ALEGRE 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 
DA COMARCA DE PINHÃO– PR. 
 
 
 
PROCESSO Nº: 0002351-76.2021.8.16.0134 
 
 
 
 
 
VIA VAREJO S/A., devidamente qualificada nos Autos da Ação movida por JOSOALDO 
KLUGER ROCHA, também já qualificada, por seu advogado que esta subscreve, vem, 
respeitosamente, à presença de V. Excelência, apresentar suas CONTRARRAZÕES ao 
Recurso Inominado interposto, requerendo-se a remessa dos autos ao Colégio Recursal 
competente para o seu julgamento. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Paraná,13 de Junho de 2022. 
FRANCISCO ANTONIO FRAGATA JUNIOR 
OAB/PR 48.835, OAB/SC 55.916 e OAB/RS 69.584. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 fragataeantunes.mg@fragataeantunes.com.br 
Rua Paraíba, 550- 8º andar 
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SÃO PAULO - RIO DE JANEIRO - SALVADOR - BELO HORIZONTE - CURITIBA - PORTO ALEGRE 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO 
 
 
 
Recorrente: JOSOALDO KLUGER ROCHA 
Recorrida: VIA VAREJO S/A 
Origem: JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PINHÃO– PR. 
 
 
 
Egrégia turma recursal, 
Colenda Câmara, 
Ínclitos Julgadores. 
 
RESUMO DOS FATOS 
DA SÍNTESE DA DEMANDA 
 
Trata-se de ação ordinária na qual a parte autora pede indenização por danos morais, 
alegando, em síntese, nunca efetuado compras com a requerida, e, tomou ciência que seu 
nome foi cadastrado nos órgãos de proteção ao credito. 
 
O juízo a quo julgou improcedente o pedido da parte autora, senão vejamos: 
 
“(...)Pelo exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos apresentados 
na inicial, com fundamento no artigo 487, I, do Código de Processo 
Civil, para o fim de: a) CONFIRMAR a tutela antecipada e 
DECLARAR inexistente as dívidas e ilegais as cobranças efetuadas 
nos em relação ao contrato/fatura 21111900769710; b) 
DETERMINAR a retirada em definitivo do nome da autora dos 
cadastros de inadimplentes em relação ao contrato/fatura 
21111900769710; c) CONDENAR a ré, ao pagamento de R$ 
4.000,00 (quatro mil reais) de indenização por danos morais, 
devidamente atualizado pela correção monetária do INPC, desde a 
data homologação desta sentença, devidamente publicada, e ainda, 
acrescido de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês a partir da 
inscrição indevida, nos termos do Enunciado 4.5, letra “B”, das 
Turmas Recursais do TJPR. (...)” 
 
Irresignado com a r. sentença, interpôs o Recorrente o presente Recurso, requerendo a 
reforma do julgado. Entretanto, a mesma não merece prosperar, senão vejamos: 
 
DO MÉRITO 
DOS DANOS MORAIS 
 
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SÃO PAULO - RIO DE JANEIRO - SALVADOR - BELO HORIZONTE - CURITIBA - PORTO ALEGRE 
Em apertada síntese, o Douto Juízo a quo reconheceu que não há nos autos qualquer 
indicativo de sua influência nos danos que a parte autora alega ter sofrido. Ora, não restou 
demonstrado nos autos elementos suficientes para firmar convicção quanto a existência do 
fato constitutivo do seu direito, porque não consta nos autos provas de que houve a 
ocorrência dos fatos alegados na exordial. 
Assim, coaduna com a verdade o entendimento do M. Magistrado a quo, visto que ausente 
qualquer falha na prestação de serviço da recorrida. As provas juntadas pelo autor são 
insuficientes, e não demonstraram qualquer desídia da Recorrida. 
Não houve nos autos a demonstração dos alegados danos alegados pelo demandante. O 
fato é que a ausência de provas prejudica, ou melhor, torna impossível a aferição das 
informações contidas na inicial, pois restou claro que não houve danos, não houve falha, e 
sim alegações infundadas e inverídicas. Deveria, o demandante ter se desincumbido de 
provar os fatos alegados, assim não o fez. 
Importante pontuar que o Código Civil Brasileiro adota como regra a responsabilidade civil 
subjetiva, onde, para que seja imputada a alguém a responsabilidade pela reparação dos 
danos, deve ser comprovado o nexo entre a condição e o resultado. 
Pela referida teoria, nominada de “causalidade adequada”, tem-se, que é considerada causa 
a condição apropriada ou apta a provocar o resultado experimentado pela vítima. 
Sem que se reconheça a existência do trinômio “ato ilícito, nexo causal e dano”, não é 
possível a condenação de qualquer pessoa ao pagamento de indenização por danos morais 
e, no presente caso, nenhum destes requisitos está presente. Ainda segundo Rui Stocco: 
“Não basta que o agente haja procedido contra jus, isto é, não se 
define a responsabilidade pelo fato de cometer um „erro de conduta‟. 
Não basta que a vítima sofra um dano, que é o elemento objetivo do 
dever de indenizar, pois se não houver um prejuízo a conduta 
antijurídica não gera obrigação de indenizar. É necessário que se 
estabeleça uma relação de causalidade entre a injuridicidade da ação 
e o mal causado , ou, na feliz expressão de Demogue, 'é preciso 
esteja certo que, sem este fato, o dano não teria acontecido. Assim, 
não basta que uma pessoa tenha contravindo a certas regras, é 
preciso que sem esta contravenção, o dano não ocorreria' (Traitédes 
Obligationsen Général, vol. IV, n.66). O nexo causal se torna 
indispensável, sendo fundamental que o dano tenha sido causado 
pela culpa do sujeito." (em “Responsabilidade Civil e sua 
Interpretação Jurisprudencial”, Editora Revista dos Tribunais: 1995, 
2ª edição, p. 59) (grifos nossos). 
Contudo, para que exista o dano moral é necessário que a ofensa tenha alguma grandeza e 
esteja revestida de certa importância e gravidade. A fim de se evitar um número enorme de 
ações judiciais, é importante se reconhecer a diferença entre a verdadeira lesão que atinge 
a pessoa do mero desconforto, tornando claro que não é qualquer molestamento ou 
sensação de desagrado que merece indenização., 
 
 fragataeantunes.mg@fragataeantunes.com.br 
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CEP: 30130-141 
 
SÃO PAULO - RIO DE JANEIRO - SALVADOR - BELO HORIZONTE - CURITIBA - PORTO ALEGRE 
Existe um mínimo de incômodos e inconvenientes que temos o dever de suportar, a fim de 
garantir a convivência social. 
 
RECURSO DE AGRAVO REGIMENTAL NA APELAÇÃO. AÇÃO DE 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. FALHA GENÉRICA NA 
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. AUSENCIA DE COMPROVAÇÃO DE 
DANO. PRECEDENTES TJPE. RECURSO A QUE SE NEGA 
PROVIMENTO. DECISÃO UNANIME. 1. Analisando os autos, vê-se que a 
decisão prolatada encontra-se em consonância com a farta jurisprudência 
desta Egrégia Corte na medida em que não há que se falar em 
indenização por danos morais advindos de falha na prestação de 
serviço genérica, sem apontar os danos efetivos do ato ilícito. 2. 
Agravo a que se nega provimento. (Processo AGV 4122814 PE Orgão 
Julgador 1ª Câmara Regional de Caruaru - 1ª Turma. Publicação 
23/03/2016.Julgamento 9 de Março de 2016. Relator José Viana Ulisses 
ilho) 
Ora, a análise levada a efeito pelo MM Juiz atende ao princípio do livre convencimento 
motivado, pelo qual, a partir do caso concreto que lhe foi posto, e após a apresentação de 
provas e argumentos dispostos pelas partes, tem ele liberdade para decidir acerca de seu 
conteúdo de forma que considerar mais adequada – conforme seu convencimento – e 
dentro dos limites impostos pela lei e pela Constituição, e dando motivação à sua decisão. 
Conclui-se, portanto, que a sentença proferida pelo magistrado está em conformidade com o 
princípio da proporcionalidade e razoabilidade, não devendo ser reformada, haja vista a 
caracterização do enriquecimento ilícito por parte do Recorrente. 
DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, requer que seja negado provimento ao recursoinominado interposto 
pela parte autora, mantendo a r. sentença proferida pelo D. Juízo a quo pelos seus exatos 
termos. 
 
Nestes termos, 
 
Pede deferimento. 
 
Paraná, 13 de Junho de 2022. 
 
FRANCISCO ANTONIO FRAGATA JUNIOR 
OAB/PR 48.835, OAB/SC 55.916 e OAB/RS 69.584.

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