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Análise de dados em saúde
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Must University/2018
Análise de dados em saúde • 2/13
Objetivos de Aprendizagem
• Entender os objetivos das análises de dados clínicos e financeiros;
• Conhecer políticas que resguardam a confidencialidade de dados clínicos
de pacientes.
Análise de dados em saúde
Conteúdo organizado por Tamara Martins Vanini do livro Essentials of 
Managed Health Care, Sixth Edition de Peter R. Kongstvedt, 2012.
https://player.vimeo.com/video/735878183
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Introdução 
A análise de dados da assistência à saúde – em 
especial os dados financeiros e clínicos – têm 
grande importância dentro de um contexto 
da avaliação de custos em saúde. Esses dados 
podem revelar possíveis excessos nos custos 
de serviços de saúde e facilitar a busca por 
soluções.
Atualmente, os planos de saúde têm aplicado 
novos recursos no desenvolvimento de 
relatórios e análises que os ajudarão a fornecer 
dados aos seus clientes e compradores. Além 
disso, os grandes compradores de saúde desses 
planos (como é o caso dos empregadores) 
geralmente trabalham com empresas de 
consultoria terceirizada especializada em 
análise de dados para apoiar a avaliação dessas 
informações.
Dados em saúde
Entre os dados de saúde estão resultados 
de exames laboratoriais, informações 
biométricas como pressão arterial ou índice 
de massa corporal, registros eletrônicos de 
saúde em clínicas ou hospitais, satisfação 
do paciente com os cuidados recebidos e 
informações operacionais sobre programas de 
gerenciamento de saúde executados por planos 
ou fornecedores.
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No entanto, os dados referentes a custos e despesas em saúde ainda são a base 
da maioria dos relatórios. Como os planos de saúde pagam os provedores de 
assistência por meio de sinistros, incluindo hospitais, farmácias, consultórios 
médicos, dentre outros, esses dados estão amplamente disponíveis e fornecem uma 
visão completa sobre os gastos com saúde de seus funcionários.
https://player.vimeo.com/video/735878362
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Confidencialidade de dados do paciente
Sempre houve grande preocupação por parte dos provedores e dos planos de 
saúde em proteger a confidencialidade das informações do paciente. Contudo, 
ainda ocorriam variações de estado para estado com relação à confidencialidade 
dos dados, não havendo um padrão referente ao assunto. 
A partir de 1996, com a promulgação da Lei de Portabilidade e Responsabilidade 
do Seguro de Saúde (HIPAA – Health Insurance Portability and Accountability Act), 
instituiu-se um rigoroso conjunto mínimo de padrões de privacidade e segurança 
das informações dos pacientes, embora os estados permaneçam livres para impor 
restrições maiores. Além disso, a Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente (ACA ou 
PPACA – Patient Protection and Affordable Care Act), de 2010, fortaleceu ainda 
mais os requisitos de privacidade da HIPAA.
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A HIPAA focaliza os requisitos para manter 
a segurança física das informações de saúde. 
A legislação se aplica a qualquer pessoa ou 
organização que mantenha ou transmita 
informações eletrônicas de assistência à saúde. A 
HIPAA define padrões para manter a proteção 
dessas informações de saúde contra ameaças, 
riscos ou usos não autorizados. A HIPAA proíbe 
revelações errôneas de informações de saúde e 
impõe penalidades por violações de sua política.
A HIPAA permite que os dados sejam usados para 
gerenciamento médico, incluindo gerenciamento 
de utilização (UM) e gerenciamento de qualidade. 
Além disso, permite o uso de dados “cegos”, 
para fins de produção de relatórios em nível de 
análise de uma população ou um grupo – desde 
que não haja como alguém utilizar esses dados 
para rastrear um paciente individualmente. Em 
determinados casos, pode ocorrer a necessidade 
de permissão específica por parte do paciente 
para utilização de seus dados. Ainda, a HIPAA 
garante proteções especiais para os registros de 
saúde mental. 
Em resumo, é claro que o uso de dados para 
fins analíticos requer um alto grau de atenção às 
políticas e aos procedimentos para proteger a 
confidencialidade dos pacientes. Nesse sentido, 
os métodos para produzir relatórios devem 
considerar esses requisitos de confidencialidade. 
No entanto, esses requisitos de confidencialidade, 
embora criem altos padrões de proteção às 
informações, não impedem que os planos de 
saúde usem esses dados para análises.
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Saiba Mais
Lei de Portabilidade e Responsabilidade do Seguro de Saúde 
(HIPAA – Health Insurance Portability and Accountability Act): 
promulgada em 1996, garante a privacidade de dados e provisões 
de segurança das informações médicas, além de outras exigências na 
assistência à saúde.
Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente (ACA ou PPACA – 
Patient Protection and Affordable Care Act) de 2010: trata-se de 
um ato assinado em lei federal pelo presidente Barack Obama em 
2010. A ACA prevê uma revisão abrangente das regras sob as quais o 
seguro de saúde pode operar, dentre outras disposições, incluindo 
alguns direitos dos pacientes.
Relatório e análise do empregador
Todo comprador de cobertura de saúde está interessado na identificação dos 
principais gastos com saúde. Nesse sentido, com base em análises, será possível 
buscar soluções focadas ou personalizadas para reduzir os custos de assistência 
médica. 
Para cada tipo de serviço, o empregador quer ver a contabilidade do plano de 
saúde para entender exatamente onde os excessos ocorrem. Esses excessos devem 
ser comparados e justificados por meio do uso de benchmarks confiáveis. 
Os relatórios são com frequência produzidos trimestralmente desde o início do ano. 
Assim, cada trimestre será adicionado ao anterior cumulativamente, de modo que o 
relatório do quarto trimestre represente a análise do ano inteiro. Dessa forma, será 
possível que um empregador compare os custos e a utilização dos serviços em um 
determinado trimestre, observando, assim, uma possível tendência da busca pelos 
serviços de saúde, e avalie esse impacto na intenção de encontrar alternativas que 
levam à redução de custos.
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Em resumo
Por fim, o acompanhamento dos gastos da assistência à saúde ocorre mediante 
análise de dados. Através dessas análises será possível que compradores de serviços 
de saúde entendam discrepâncias do uso de serviços de saúde, ou seja, tomem 
conhecimento da utilização em excesso desses serviços. Dessa forma, será possível 
monitorar gastos e buscar alternativas para redução de custos.
Aplicação prática
Na prática, de acordo com Kongstvedt (2012), o principal uso futuro 
de dados e análises de planos de saúde será pautado pelo termo 
genérico da “transparência”. Aos consumidores/clientes, os dados estarão 
disponíveis pela internet para que se permita realizar comparações 
facilmente compreensíveis de custo e qualidade entre os provedores 
de assistência à saúde (com exceção de dados confidenciais, conforme 
políticas de privacidade tratadas ao longo deste tema).
Além disso, outro uso futuro desses dados reafirma o que já é praticado 
atualmente, ou seja, refere-se ao uso dessas informações para pesquisas 
sobre serviços de saúde. Ao ter acesso a inventários nacionais de dados 
de sinistros, as análises poderão indicar o contexto geral do uso da 
assistência à saúde nos EUA. Em última análise, prevê-se que haverá 
melhores respostas sobre a relação entre custo e qualidade na prestação 
de serviços de saúde.
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Saiba Mais
Para aprofundar seus estudos sobre o tema, leia o Capítulo 10 da 
sexta edição do livro-base desta disciplina, Essentials of Managed 
Health Care, de Peter R. Kongstvedt.
Saiba mais sobre a Lei de Portabilidade e Responsabilidade do 
Seguro de Saúde (HIPAA) por meio do link: https://
www.govinfo.gov/content/pkg/PLAW-104publ191/pdf/PLAW-104publ191.pdf. Acesso em 16 de agosto de 2022.
Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/735878701
https://www.govinfo.gov/content/pkg/PLAW-104publ191/pdf/PLAW-104publ191.pdf
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Referências Bibliográficas
Kongstvedt, P.R. (2012). Essentials of managed health care. Burlington: Jones and 
Bartlett Learning, 6. ed.
Ledlow, G.R., Corry, A.P. & CWIEK, M.A. (2007). Optimize your healthcare supply 
chain performance. Chicago: Health Administration Press.
Spath, P. (2013). Introduction to healthcare quality management. Chicago: Health 
Administration Press, 2 ed.
White, K.R. & Griffith, J.R. (2015). The well-managed healthcare organization. 
Chicago: Health Administration Pressed.
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Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Essentials of Managed Health Care, Sixth Edition
Peter R. Kongstvedt
Jones and Bartlett Learning © 2012

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