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Esgoto Sanitário
@eu.engenheira
Olá!
Sou a Jéssyca do instagram @eu.engenheira e desde
a elaboração do meu primeiro mapa mental de
engenharia civil em junho de 2018 venho
aperfeiçoando novas técnicas para desenvolver um
material mais claro e objetivo.
Bom, não posso deixar de expressar a minha
felicidade em saber que você confia em meu trabalho.
E para assegurar que a nossa parceria continue firme
e forte por muito tempo, deixo aqui algumas
observações:
O conteúdo desse material não esgota a disciplina
de sistemas prediais de esgoto sanitário;
A leitura de normas e referências consagradas
sobre o tema é indispensável;
Use o mapa como guia para elaboração do seu
material base, e isso inclui adicionar conteúdo
relevante conforme seu critério.
Principais referências usadas na elaboração desse material:
ABNT NBR 8160:1999 – Sistemas prediais de esgoto
sanitário.
DNIT 030/2004 ES – Dispositivos de drenagem pluvial
urbana – especificação de serviço.
Questões de concursos de engenharia civil da banca CESPE.
Leituras recomendadas:
Sistemas Prediais de Esgotos Sanitários. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4535374/mod_r
esource/content/1/html/esgsanitario.html
Notas de aula UFSC. Disponível em:
http://www.labeee.ufsc.br/~luis/ecv5644/aulas/es-
tr.pdf
Notas de aula do Professor Cristiano: Instalações prediais de
esgotos sanitários Disponível em:
https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2014/05/t
opico04-esgotos-sanitarios.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4535374/mod_resource/content/1/html/esgsanitario.html
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4535374/mod_resource/content/1/html/esgsanitario.html
http://www.labeee.ufsc.br/~luis/ecv5644/aulas/es-tr.pdf
http://www.labeee.ufsc.br/~luis/ecv5644/aulas/es-tr.pdf
https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2014/05/topico04-esgotos-sanitarios.pdf
https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2014/05/topico04-esgotos-sanitarios.pdf
Sistema de esgotamento urbano:
1. Esgotamento unitário;
Águas residuárias, de infiltração e
pluviais trafegam em um único
sistema.
2. Separador absoluto;
Águas residuárias e de infiltração trafegam em
sistemas independentes.
3. Separador parcial.
Constituído por redes de esgoto e de galerias de
águas pluviais.
Esgoto
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Esgoto Doméstico ≠ Esgoto industrial
Águas negras:
Contém excremento humano.
Águas cinzas:
Banho, lavagem de pisos etc.
Contém componentes químicos.
Um sistema predial de esgoto sanitário é constituído por:
Subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitário:
A função desse subsistema envolve a captação de
destinação do esgoto sanitário. Componentes:
Aparelhos sanitários;
Caixas e dispositivos de inspeção;
Caixas de gordura;
Coletor predial;
Desconetores;
Instalações de recalque;
Tubos de quedas;
Subcoletores.
Sanitário
@eu.engenheira
PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM SISTEMA DE ESGOTO
a) Caixa coletora:
Reúne efluentes líquidos, promove elevação mecânica;
Deve ser perfeitamente impermeabilizada e provida de
dispositivo que permita a inspeção;
Profundidade mínima = 0,90m (medida da geratriz inferior da
tubulação afluente mais baixa), fundo inclinado e DN 90;
Caso não receba efluentes de bacias sanitárias:
profundidade mínima igual 0,60m e DN 40;
O tempo de detenção do esgoto na caixa não deve
ultrapassar 30minutos.
b) Caixa de inspeção
Dispositivo que permite a limpeza, inspeção
e mudança de declividade e direção da
tubulação.
Recebe dejetos sólidos.
Profundidade máxima = 1,0m e diâmetro interno ≥ 0,60m
c) Caixa de gordura simples
Caixa destinada a reter gordura, graxa e óleo
em sua parte superior para facilitar a remoção
das camadas prejudiciais ao sistema;
Para as pias de cozinha e máquinas de lavar
louças, devem ser previstos tubos de quedas
especiais, providos de ventilação primária;
Caixa de gordura coletiva no térreo;
Pode ser simples (1 cozinha), dupla (até 12
cozinhas) ou especiais (mais de 12 ou cozinhas
de grande operação, exemplo: hospitais).
d) Caixa sifonada
Provida de desconector, recebe efluentes
da instalação secundária de esgoto;
As que coletam despejos de mictórios não
podem receber contribuições de outros
aparelhos.
Definições
@eu.engenheira
e) Caixa de passagem
Possibilita a junção de tubulações;
Profundidade mínima = 0,10m;
int. ≥ 0,15m;
≥DN 50.
f) Coletor predial
“Trecho de tubulação compreendido entre
a última inserção do subcoletor, ramal de
esgoto ou de descarga e o coletor público
ou sistema particular. ”
Devem ser preferencialmente retilíneos,
mas quando necessário desvio, o ângulo
central permitido ≤45;
A distância entre coletor predial com o público
e o dispositivo de inspeção ≤ 15,00m;
DN 100.
g) DESCONECTOR
Dispositivo provido de fecho hídrico com a função
de impedir a passagem de gases.
h) FECHO HÍDRICO
Profundidade da camada líquida 𝒉 ≥ 𝟎, 𝟎𝟓𝒎,
definido por norma como a “medida entre o nível de
saída e o ponto mais baixo da parede ou colo inferior
do desconector, que separa os compartimentos ou
ramos de entrada e saída desse dispositivo”.
Definições
@eu.engenheira
i) Ramal de descarga
Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários;
Declividade máxima = 5%;
Declividade mínima {
𝟏% 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝑫𝑵 ≥ 𝑫𝑵𝟏𝟎𝟎
𝟐% 𝒑𝒂𝒓𝒂 ≤ 𝑫𝑵𝟕𝟓
Mudança de direção {
𝒔𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒏𝒂 𝒉𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒕𝒂𝒍, â𝒏𝒈𝒖𝒍𝒐 ≤ 𝟒𝟓
𝒅𝒆 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐, â𝒏𝒈𝒖𝒍𝒐 ≤ 𝟗𝟎
j) Poço de visita
São caixas intermediárias localizadas
ao longo da rede para permitir
modificações, alinhamento, dimensões,
declividade ou alterações de queda
(DNIT 030/2004 ES – Dispositivos de
drenagem pluvial urbana –
especificação de serviço.
k) Ramal de esgoto
Tubulação primária que recebe efluentes
dos ramais de descarga diretamente ou
a partir de um desconector;
Declividade mínima {
𝟏% 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝑫𝑵 ≥ 𝑫𝑵𝟏𝟎𝟎
𝟐% 𝒑𝒂𝒓𝒂 ≤ 𝑫𝑵𝟕𝟓
Mudança de direção {
𝒔𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒏𝒂 𝒉𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒕𝒂𝒍, â𝒏𝒈𝒖𝒍𝒐 ≤ 𝟒𝟓
𝒅𝒆 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐, â𝒏𝒈𝒖𝒍𝒐 ≤ 𝟗𝟎
ATENÇÃO AS SEQUINTES DISTÂNCIAS
Entre dispositivos de inspeção,
distância ≤ 25m
Entre dispositivo de inspeção e
ligação predial com o coletor
público, distância ≤ 15m
Dos ramais, caixa de gordura e
caixa sifonada com dispositivos de
inspeção ≤ 10m
Definições
@eu.engenheira
ESGOTO PRIMÁRIO
Acesso direto aos gases do coletor
público.
ESGOTO SECUNDÁRIO
Não têm acesso a gases do coletor
público.
É separado da rede primária por um
desconector.
Em 1: tubo de queda;
Em 2: válvula de admissão de ar;
Em 3: Esgoto primário;
Em 4: Esgoto secundário.
3
4
Sistema de
Esgoto Urbano
l) Sifão:
Desconector que recebe efluentes do
esgoto sanitário.
m) Ralo seco
“Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha
na parte superior, destinado a receber águas de
lavagem de piso ou de chuveiro”. No sentido do
fluxo, é instalado antes do ralo sifonado e
diretamente ao esgoto secundário.
n) Ralo sifonado
“Recipiente dotado de desconector, com grelha na
parte superior, destinado a receber águas de
lavagem de pisos ou de chuveiro."
CESPE 2010 - CEF
Fonte: SAGI construtora.
@eu.engenheira
No projeto em via pública é necessário
determinar para cada trecho: Diâmetro dos tubos e as respectivas vazões;
Cotas topográficas de assentamento dos
coletores.
RAMAIS DE DESCARGA
Diâmetro Nominal Mínimo – DNmín
Resumo da tabela 3 da norma NBR 8160 de 1999
Aparelho Hunter DN Observação
Bacia sanitária 6 100
DN 75 –
dimensionamento
efetuado pelo método
hidráulico e bacias com
saída própria, sem
necessidade de
adaptação
Mictório:
Válvula de descarga;
Caixa de descarga;
Descarga automática;
De calha.
6
5
2
2
75
50
40
50 Por metro de calha
Pia de cozinha
residencial
3 50 -
Banheira
Bbebedouro
Bidê
Tanque de lavar
roupas
2
0,5
1
3
40 -
Chuveiro residencial
Chuveiro coletivo
2
4
40 -
.
SEPARADOR ABSOLUTO
O sistema separador absoluto consiste em dois
sistemas distintos de canalizações:
1. Sistema exclusivo de esgoto sanitário;
2. Sistema exclusivo para águas pluviais.
Dentre as vantagens desse sistema:
Impede o retorno dos gases provenientes;
Previne a contaminação da água para consumo;
Proporciona condições melhores para o tratamento de esgoto;
Facilita o escoamento.
Uma das desvantagens está em ser mais poluente quando for previsto o
lançamento do esgoto doméstico bruto em um corpo receptor.
Unidade de Hunter de contribuição (UHC):
Fator numérico que representa a contribuição considerada em função
da utilização habitual de cada tipo de aparelho sanitário.
Separador
Absoluto
@eu.engenheira
COLUNA DE VENTILAÇÃO
Tubulação vertical;
Extremidade superior é aberta à atmosfera ou ligada a um tubo ventilador
primário a 0,15m acima do nível de transbordamento do sanitário;
Ligada a tubo ventilador primário ou barrilete de ventilação.
Tubulação vertical e com diâmetro uniforme;
Um tubo ventilador suplementar a cada 8 (oito) bacias sanitárias;
Se necessário mudanças de direção, 𝜶 < 𝟗𝟎 e aclive mínimo de 1%;
A ligação entre a coluna de ventilação e um ramal de ventilação
horizontal deve ser feita acima do eixo da tubulação do ramal.
Subsistema de ventilação:
Subsistema de ventilação primária
Prolongamento do tubo de queda acima
do ramal mais alto ligando à atmosfera acima da cobertura do prédio
Subsistema de ventilação secundária
Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo interior de colunas, ramais ou
barriletes de ventilação.
Subsistema de ventilação primário
A extremidade aberta de um tubo de ventilação
primária deve situar-se a uma altura ≥ 2,0m
acima de laje utilizada para outros fins além de
cobertura.
Em casos de laje não utilizada e
telhados a altura do tubo de
ventilação primária deve se ≥0,30m.
A extremidade aberta de um tubo ventilador
primário não deve estar situada a menos de
4,0m de qualquer janela, salvo se elevada pelo
menos 1,0 m das vergas dos respectivos vãos.
Sistema Predial
Esgoto Sanitário
@eu.engenheira
Componentes do sistema de coletor público
Coletor de esgoto
Tubulação da rede coletora que recebe
esgoto dos coletores prediais.
Coletor predial
Definido na NBR 8160 como trecho de
tubulação compreendido entre a última
inserção do subcoletor e o coletor público ou
sistema particular.
Coletor principal
Coletor de maior extensão no sistema.
Coletor tronco
Tubulação que recebe apenas contribuição
de esgoto de outros coletores.
Emissário
Tubulação que recebe esgoto exclusivamente
na extremidade de montante.
Ligação predial
Ponto limite entre o terreno e o coletor
público.
RAMAL DE DESCARGA
Dispensado quando a distância da
bacia até o ramal < 2,40m.
Ligação de ramal de ventilação;
Ligação de ramal e ventilação quando da
impossibilidade de ventilação do ramal de
descarga da bacia sanitária;
Dispensa de ventilação de ramal de descarga de
bacia sanitária;
Ventilação em circuito até 8 vasos sanitários;
Sistema predial
Coletor público