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79
ANATOMIA
Unidade II
5 APARELHO LOCOMOTOR
Embora o corpo humano seja o resultado da interpretação de todos os sistemas, existem alguns 
que, devido a relações mais íntimas no desenvolvimento (embriologia), na situação (topografia) 
e na função (fisiologia) e a fatores didáticos, podem ser considerados ou concentrados, caso em 
que recebem o nome de aparelho. Como vimos anteriormente, podemos listar vários sistemas do 
ponto de vista da Anatomia Sistêmica. Portanto, temos o aparelho osteoarticular, formado pelos 
sistemas esquelético e articular, e o aparelho locomotor, composto de três sistemas: o esquelético, 
o articular e o muscular. 
No aparelho locomotor, o sistema esquelético inclui os ossos, os quais dão fixação aos músculos, 
delimitam cavidades para a proteção dos órgãos nelas contidas, formam alavancas e servem 
como órgãos passivos de movimento e como hematocitopoieticos. O sistema articular é composto 
de conexões ou articulações que se estabelecem entre os ossos, ao nível das quais se observam 
movimentos, lembrando o que acontece nos artrópodes, o que significa “com as patas e todos os 
outros apêndices articulados”. O sistema muscular compreende o conjunto dos músculos voluntários 
ou esqueléticos, assim chamados por estarem sujeitos ao controle da vontade e por estarem ligados 
ao esqueleto. Envolvidos por fáscias musculares, os músculos esqueléticos se originam ou se inserem 
por meio dos seus tendões e das suas aponeuroses, além de outras estruturas anatômicas que formam 
esse sistema, como o retináculo, as bainhas tendíneas e as bolsas sinoviais. Os músculos esqueléticos 
são os órgãos ativos do movimento.
Assim, com a integração desses três sistemas, temos os ossos como as estruturas anatômicas simples 
e rígidas que amparam os músculos esqueléticos; eles sustentam a massa corpórea e trabalham com os 
músculos esqueléticos para gerar os movimentos controlados e precisos. Sem a estrutura de sustentação 
dos ossos, a contração muscular apenas tornaria os músculos esqueléticos mais curtos e espessos. Os 
músculos esqueléticos devem tracionar o esqueleto para fazer-nos sentar, levantar, andar ou correr. 
Entenderemos que as articulações existem sempre que dois ou mais ossos se encontram, podendo 
estar em contato direto ou separadas por tecido fibroso, cartilagíneo ou sinóvia, sendo que cada 
tipo de articulação executa um movimento específico. Veremos que quase todos os 700 músculos 
esqueléticos individuais que formam o sistema muscular, como o músculo bíceps braquial, contêm 
tanto tecido muscular quanto tecido conjuntivo. De tal forma, a ação principal de alguns músculos 
esqueléticos é estabilizar os ossos para que outros músculos esqueléticos possam realizar movimentos 
de forma mais eficaz. 
Esta unidade apresentará muitos dos principais músculos esqueléticos do corpo humano, sendo 
a maioria encontrada em ambos os lados. Além disso, identificaremos os locais de origem e inserção 
Gilberto
Realce
80
Unidade II
de cada músculo esquelético citado, assim como as suas principais ações. Detalharemos também a 
musculatura apendicular, músculos esqueléticos que são responsáveis pela estabilização das cinturas 
dos membros superiores e inferiores e pela motilidade dos membros superiores e inferiores. Os músculos 
apendiculares correspondem a cerca de 40% dos músculos esqueléticos do corpo.
Os papéis e a amplitude dos movimentos requeridos diferem altamente entre esses grupos. As 
conexões musculares entre a cintura do membro superior e o esqueleto axial elevam a motilidade 
do membro superior porque a posição dos elementos esqueléticos não fica atravancada em relação 
ao esqueleto axial. As conexões musculares agem também como amortecedores de impactos. Por 
exemplo, os indivíduos podem correr e apesar disso realizar movimentos suaves com as mãos 
porque os músculos apendiculares absorvem e atenuam os impactos da corrida. Diferencialmente 
dessa situação, a cintura do membro inferior ampliou uma forte conexão com o esqueleto para 
transmitir o peso do esqueleto axial para o apendicular. A evidência é centralizada mais na força 
do que na multifuncionalidade, e as mesmas características que reforçam as articulações limitam 
a amplitude do movimento.
A aquisição desses conhecimentos é especial e primordial para os profissionais da Educação Física 
e do esporte, pois influenciam de maneira definitiva na elaboração e na implementação de programas 
voltados à promoção de saúde e de programas de treinamento desportivo. Essa reflexão pode ser 
conceituada como imprescindível, principalmente para aqueles que iniciam os seus estudos sobre o 
movimento humano. 
Como vimos anteriormente, durante o Renascimento, Leonardo da Vinci despontou como um 
dos maiores artistas de todos os tempos, muito conhecido, ainda hoje, por suas descrições artísticas 
do corpo humano. Ele dissecou centenas de corpos para que pudesse adquirir uma compreensão da 
musculatura e da forma do corpo humano, e podem-se notar o conhecimento e a valorização expressos 
em seu trabalho artístico. A figura a seguir mostra que desde os tempos antigos até os dias de hoje, a 
apreciação da beleza da forma humana em movimento sempre seduziu a atenção de artistas, cientistas, 
profissionais da saúde e atletas:
Figura 74 – A plástica na ginástica artística 
81
ANATOMIA
Essa investigação sobre o movimento humano evoluiu de pura arte para um conjunto de arte e 
ciência que combinava teorias e princípios procedentes da Anatomia, da Fisiologia, da Antropologia, da 
Física, da Mecânica e da Biomecânica.
No estudo da anatomia do aparelho locomotor, o foco central está nos músculos e nos ossos aos 
quais eles se prendem. Os ossos também se conectam uns aos outros formando as articulações. Assim, as 
três principais estruturas nas quais devemos nos ater na anatomia do aparelho locomotor são os ossos, 
as articulações e os músculos.
 Observação
O esqueleto é o arcabouço resistente no qual o organismo humano está 
construído. Muito parecido à armação de um edifício, o esqueleto deve ser 
forte o suficiente para sustentar e proteger todas as estruturas anatômicas 
do corpo humano. A estrutura esquelética ordena nossa forma e tamanho. 
Ela pode também ser imensamente influenciada pela nutrição, nível de 
exercícios físicos e hábitos posturais.
A B
Figura 75 – Esqueleto humano em vistas anterior (A) e posterior (B)
No esqueleto imaturo em desenvolvimento ou imaturo, conforme ilustra a figura a seguir, a 
interferência do apoio de peso e forças musculares terá uma ação mais considerável na constituição 
do tamanho e no formato dos ossos do que as mesmas forças aplicadas sobre um esqueleto maduro. 
Por esse motivo, é relevante dar valor extremo aos tipos de exercícios físicos e hábitos posturais de 
um pré-adolescente.
82
Unidade II
Figura 76 – Esqueleto imaturo 
 Observação
Um exemplo clássico de alteração no esqueleto imaturo é a presença 
de escoliose idiopática, uma curvatura lateral da coluna vertebral, existente 
em aproximadamente 15 a 20% das meninas entre 10 e 12 anos de idade. 
Essa modificação seria por que as mulheres mais novas passam muito 
tempo mantendo a massa corporal sobre os saltos finos? Tem a ver com 
uma postura que compreende joelhos hiperestendidos e lordose? É simples 
supor sobre prováveis causas, porém ainda não há temas científicos cruciais. 
É sabido que o sistema esquelético é flexível, podendo ser modelado e 
formado por meio da atividade. Agora você já sabe que os hábitos posturais 
ou aspectos sociais podem levar a modificações no esqueleto imaturo. 
Quando as meninas forem utilizar saltos finos, observe as consequências e 
faça a sua escolha.
5.1 Osteologia
O esqueleto humano representa 20% da massa corpórea, ou seja, 14 quilogramas em um 
indivíduo de 70 quilogramas. O sistema esquelético desempenha um papel principal e vários papéis 
secundários para cooperar com outros sistemas em papéis substanciais. 
Lembre-se que os ossos são formados por diversos tecidos que agemem conjunto, como 
o tecido ósseo, a cartilagem, o tecido conjuntivo denso, o epitélio, o tecido adiposo e o tecido 
nervoso. Por essa razão, cada osso do corpo é considerado um órgão. Portanto, o tecido ósseo 
é um tecido vivo, complexo e dinâmico, participando assim de forma contínua em um processo 
83
ANATOMIA
chamado remodelação, ou seja, a formação de novo tecido ósseo e a degeneração do tecido ósseo 
antigo. Toda a estrutura dos ossos e suas cartilagens, juntamente com os ligamentos e os tendões, 
compõem o sistema esquelético. Também iremos examinar os vários elementos dos ossos a fim 
de auxiliá-lo a compreender como os ossos se constituem e envelhecem; além disso, entenderemos 
como o exercício físico afeta a densidade e a resistência óssea. 
 Observação
O estudo da estrutura óssea e o tratamento dos distúrbios ósseos são 
chamados osteologia.
5.1.1 Os principais papéis do esqueleto e dos ossos
Como vimos anteriormente, o esqueleto fornece as alavancas e os eixos de rotação sobre os quais o 
sistema muscular realiza os movimentos. Assim, uma alavanca consiste em uma máquina simples que 
eleva a força ou a velocidade de movimento. Podemos dizer que as alavancas são inicialmente os ossos 
longos do corpo humano e os eixos são as articulações nas quais os ossos se deparam, conforme ilustra 
a figura a seguir: 
Figura 77 – Sistema de alavancas
Um segundo papel relevante do esqueleto é servir de arcabouço e suporte para as partes moles 
do corpo humano. Os ossos dos membros inferiores, da pelve e da coluna vertebral suportam o corpo 
humano e são utilizados para a manutenção da postura ereta. Quase todos os ossos proveem suporte 
para os músculos e apoio para os dentes. 
Encontram-se ainda outros papéis adicionais não associados exclusivamente com o movimento 
humano. Tecidos e órgãos vulneráveis são comumente protegidos por elementos do esqueleto. As 
84
Unidade II
costelas, por exemplo, protegem o coração e os pulmões, conforme ilustram as figuras a seguir. Por 
sua vez, o crânio aloja o encéfalo, as vértebras fornecem abrigo para a medula espinal e a pelve óssea 
acomoda órgãos digestórios e genitais.
A B
Figura 78 – As costelas protegendo o coração e os pulmões. Vistas anterior (A) e posterior (B)
Descreveremos, agora, o osso como um depósito para minerais, especialmente, cálcio e fósforo. 
O cálcio é o mineral mais farto no corpo humano. Um indivíduo apresenta aproximadamente 1 a 2 
quilogramas de cálcio, dos quais mais de 98% estão armazenados nos ossos e nos dentes. Os minerais 
armazenados são liberados na circulação sanguínea quando há necessidade de distribuição a todas 
as partes do corpo humano. Ele é essencial para a contração muscular, para a coagulação do sangue 
e para a movimentação de íons através da membrana celular. Já o fósforo é essencial para as funções 
dos ácidos nucleicos DNA e RNA. Na hipótese de os minerais não se encontrarem na alimentação em 
quantidades satisfatórias, eles podem ser retirados dos ossos até serem compensados pela própria 
alimentação. Na realidade, “depósitos” e “retiradas” de minerais para os ossos e a partir deles acontecem 
quase incessantemente.
 Observação
DNA (ácido desoxirribonucleico) é uma molécula presente no núcleo 
das células de quase todos os seres vivos e que carrega toda a informação 
genética de um organismo.
RNA (ácido ribonucleico) é o responsável por sintetizar as proteínas. 
Se todo o mineral é extraído de um osso longo, o colágeno se torna o principal constituinte, e o 
osso fica excessivamente flexível. Contudo, se o colágeno é retirado do osso, os componentes minerais 
se tornam o constituinte principal, e o osso fica muito quebradiço, conforme ilustra a figura a seguir:
85
ANATOMIA
(a)
(b) sem minerais (c) sem colágeno
Figura 79 – A) Osso normal; B) Osso desmineralizado, no qual o colágeno é o principal componente, pode ser dobrado sem quebrar; 
C) Quando o colágeno é extraído, os minerais são o principal componente restante, tornando o osso tão quebradiço que é facilmente 
destruído
 Observação
O colágeno é uma proteína de relevância essencial na composição da 
matriz extracelular do tecido conjuntivo, sendo responsável por grande 
parte de suas propriedades físicas. 
Podemos descrever os ossos como órgãos hematocitopoieticos, ou seja, eles realizam a produção de 
células sanguíneas por meio da medula óssea vermelha, conforme ilustram as figuras a seguir:
Pontos ósseos palpados facilmente através da pele
Distribuição da medula óssea vermelha
Figura 80 – Vista anterior
86
Unidade II
Pontos ósseos palpados facilmente através da pele
Distribuição da medula óssea vermelha
Figura 81 – Vista posterior
Estima-se que uma média de 2,5 milhões de células sanguíneas vermelhas é produzida a cada 
segundo pela medula óssea vermelha para suprir aquelas que são excluídas e degradadas pelo fígado. 
Em uma criança, o baço e o fígado também produzem células sanguíneas. Com o passar da idade, a 
maior parte da medula óssea vermelha transforma-se em medula óssea amarela, de maneira que no 
adulto encontra-se medula óssea vermelha apenas em alguns ossos, como no esterno. Já a medula óssea 
amarela é formada basicamente de células adiposas, que armazenam triglicerídeos. Os triglicerídeos 
armazenados são reservas potenciais de energia química.
Por fim, citaremos os osteoblastos, as células responsáveis pela síntese dos componentes 
orgânicos da matriz óssea, como colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas. Essas células ósseas 
também estão envolvidas no metabolismo, pois secretam osteocalcina, um hormônio que influencia 
na regulação de glicemia.
5.1.2 Arquitetura óssea
Como descrito anteriormente, os ossos são peças duras e calcificadas, em número, coloração e 
formas variáveis. Apresentam matéria orgânica (1/3) e matéria inorgânica (2/3). A matéria orgânica atribui 
elasticidade aos ossos, enquanto a matéria inorgânica atribui rigidez e força.
 Observação
Quão fortes são os ossos? Calcula-se que, se for empregada carga 
vagarosamente sobre um crânio humano, ele é capaz de suportar três 
toneladas antes de se quebrar! As extremidades de um osso longo são 
Gilberto
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Gilberto
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87
ANATOMIA
chamadas de epífises, enquanto a parte média é chamada de diáfise. 
Durante o crescimento ósseo, as epífises são compostas de um material 
cartilagíneo chamado de placa de crescimento. 
Macroscopicamente, os ossos têm dois tipos diferenciados de substâncias ósseas, a esponjosa e a 
compacta. Os dois tipos podem aparecer de maneira simultânea, porém em quantidades variadas, num 
mesmo osso, conforme ilustram as figuras a seguir:
A B
Substância 
esponjosa
Cavidade 
medular
Substância 
compacta
Figura 82 – Um corte longitudinal da extremidade proximal de uma tíbia (A) e da diáfise 
de um fêmur (B), mostrando as substâncias ósseas e a cavidade medular
Como visto na imagem anterior, a substância óssea esponjosa é mais leve, o que diminui a 
massa total de um osso, de modo que ele se mova com maior simplicidade quando tracionado pelo 
músculo esquelético. Ela é porosa e se situa na parte interna dos ossos, constituindo as trabéculas 
ósseas (do latim pequenos feixes). As trabéculas ósseas suportam e protegem a medula óssea 
vermelha. Além disso, a presença da substância óssea esponjosa diminui a massa do esqueleto 
e colabora na mobilidade dos ossos pelos músculos esqueléticos. A substância óssea esponjosa 
é encontrada em grandes quantidades nas epífises dos ossos longos e nos ossos curtos, sendo 
recobertas por fina camada de substância óssea compacta. 
Observem que a substância óssea compacta se caracteriza por um revestimento externo denso e rijo. 
Ela sempre reveste completamente todo osso e tende a variar de espessura. Assim, a substância óssea 
compacta predomina na diáfise dos ossos longos. Além disso, ela envolve uma cavidade chamada de 
cavidade medular, que contém a medula óssea, vermelha ou rubra e amarela ou flava, conforme ilustra 
a figura a seguir:
Gilberto
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88
Unidade II
Medula óssea vermelha
Medula óssea vermelha
Medula óssea amarela
Figura 83 – Medula óssea
 Saiba mais
Indicamos o filme:
UMA Prova de amor. Dir. Nick Cassavetes. EUA: Playarte, 2009. 109 minutos.
Neste filme, Sara e Brian Fitzgerald são comunicados que Kate, sua filha, 
tem leucemia e possui poucos anos de vida. O médico recomenda aos pais 
que tentem um método médico ortodoxo, gerando um filho de proveta que 
seja um doador compatível com Kate. Disposto a tudo para salvar a filha, 
eles aprovam a ideia. Assim nasce Anna, que logo ao nascer doa sangue de 
seu cordão umbilical para a irmã. Anos depois, os médicos decidem realizar 
um transplante de medula de Anna para Kate.
 Lembrete
O osso esponjoso localiza-se profundamente ao periósteo, 
compondo uma fina substância compacta, o córtex, que prossegue para 
o interior do osso, como substância esponjosa, composta de trabéculas 
ósseas. Entre as trabéculas ósseas e nas cavidades medulares situa-se 
a medula óssea.
89
ANATOMIA
 Saiba mais
A estrutura de um osso pode ser analisada considerando-se as 
partes de um osso longo. Como outros tecidos conjuntivos, o osso ou o 
tecido ósseo contém uma matriz abundante de materiais intercelulares, 
circundando as células amplamente separadas.
Complemente os seus conhecimentos com a leitura das páginas 
117-125 da obra a seguir. Você explorará mais sobre a estrutura dos ossos 
nos níveis macroscópicos e microscópicos e entenderá a importância da 
formação óssea durante as diferentes fases da vida de uma pessoa. 
TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de 
Anatomia e Fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
5.1.3 O periósteo e o endósteo
A superfície externa de um osso é comumente revestida pelo periósteo, exceto as superfícies 
articulares que são recobertas por cartilagem do tipo hialina. Ele isola e protege o osso dos tecidos 
vizinhos, provê uma via e um local de união para o suprimento cardiovascular e nervoso, e participa 
ativamente no crescimento ósseo em diâmetro e na reparação de fraturas. Entretanto, o periósteo não 
reveste os ossos sesamoides.
No interior do osso, o endósteo celular reveste a cavidade medular, conforme ilustra a figura a seguir. 
O endósteo está em atividade durante o crescimento e sempre que a reparação e o remodelamento da 
arquitetura óssea estiverem acontecendo.
Diáfise
Epífise proximal
Osso esponjoso
Osso compacto
Periósteo
Cavidade medular
Linha epifisial
Epífise distal
Cartilagem articular
Endósteo
Fibras perfurantes
Forame nutricio
Vasos nutrientes
Figura 84 – Osso longo com periósteo rebatido
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
90
Unidade II
 Lembrete
O periósteo, o endósteo e a medula óssea são relevantes estruturas 
anatômicas pertinentes aos ossos.
 Saiba mais
Leia o capítulo 5 da obra a seguir:
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 
Porto Alegre: Artmed, 2009. 
A página 118 apresenta a nota clínica Formação Óssea Heterotrópica e 
a página 123 apresenta a nota clínica Doenças Congênitas do Esqueleto. 
5.1.4 Vascularização óssea
Os ossos são muito vascularizados, sendo que eles recebem amplo suprimento de sangue. De 
particular relevância são os vasos metafisários e os vasos epifisários. As artérias adentram nos 
ossos a partir do periósteo. As artérias periosteais acompanhadas por nervos adentram na diáfise 
e irrigam o periósteo e a parte externa da substância compacta. Próximo ao centro da diáfise, uma 
grande artéria nutrícia adentra no osso compacto por meio do forame nutrício, conforme ilustra a 
figura anterior. Ao adentrar na cavidade medular, a artéria nutrícia se ramifica em ramos proximal 
e distal, que irrigam a parte interna da substância óssea compacta da diáfise, substância óssea 
esponjosa, e a medula óssea. Na tíbia há uma artéria nutrícia, enquanto no fêmur existem diversas. 
As extremidades dos ossos são irrigadas pelas artérias metafisárias e epifisárias. Ambas irrigam a 
medula óssea vermelha e as substâncias ósseas da metáfise. As artérias epifisárias irrigam a medula 
óssea e as substâncias ósseas das epífises.
Uma ou duas veias nutrícias seguem a artéria nutrícia na diáfise. Abundantes veias epifisárias e 
metafisárias saem das epífises com as suas relativas artérias. As veias periosteais saem do periósteo com 
as suas relativas artérias. Os vasos linfáticos dos ossos estão no periósteo, porém alguns podem adentrar 
no tecido ósseo. 
5.1.5 Inervação óssea
Os nervos seguem as artérias que irrigam os ossos. O periósteo, conforme ilustra a figura anterior, 
é rico em nervos sensitivos, responsáveis pela sensação de dor. São exemplos as dores consequentes de 
uma fratura, de tumores ósseos ou de uma biópsia da medula óssea vermelha por meio de uma agulha. 
Microscopicamente a medula óssea vermelha é avaliada em situações, por exemplo, em leucemias, 
Gilberto
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91
ANATOMIA
linfomas e anemias aplásicas. Apresentam-se dores à medida que a agulha adentra no periósteo; assim 
que a agulha adentra e ultrapassa o periósteo há poucas dores.
 Saiba mais
Leia o conteúdo Fatores de regulação do crescimento ósseo (páginas 
123-124) da obra a seguir:
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 
Porto Alegre: Artmed, 2009. 
 Lembrete
Na maior parte dos casos, os ossos são abundantemente 
vascularizados. Cada tipo recebe suprimento de sangue e nervoso de 
forma característica.
5.1.6 Morfologia óssea
Os ossos podem apresentar diversos tamanhos e formatos. Por exemplo, o osso pisiforme da 
mão possui o tamanho e a forma de uma ervilha, enquanto o fêmur pode ter até 60 centímetros de 
comprimento em alguns indivíduos e uma cabeça arredondada em formato de bola. Desse modo, o 
fêmur suporta a grande massa corporal e pressão, sendo que a sua arquitetura de cilindro oco provê 
força máxima com peso mínimo.
Na maioria dos casos, os ossos são classificados conforme sua forma geométrica aproximada em: 
longos, alongados, curtos, planos e irregulares. Existem, ainda, os ossos pneumáticos, sesamoides 
e acessórios.
Os ossos longos são formados por uma diáfise e duas epífises. Apresentam o comprimento maior 
em relação à largura e à espessura que são equivalentes. Os ossos longos são encontrados apenas no 
esqueleto apendicular, por exemplo, o osso úmero, conforme ilustram as figuras a seguir, em vista 
anterior e posterior. Eles proporcionam suporte ao organismo e oferecem uma série de alavancas e elos 
que nos possibilitam criar movimentos. 
Gilberto
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92
Unidade II
A B
Figura 85 – Úmero em vista anterior (A) e posterior (B)
Os ossos alongados são achatados, sendo eles um subgrupo dos ossos longos. Eles não apresentam 
epífises bem definidas e não têm cavidade medular. A clavícula e as costelas são exemplos típicos de 
ossos alongados, conforme ilustra a figura a seguir: 
A B
Figura 86 – Vista anterior da clavícula direita (A) e vista interna da costela (B)
Os ossos curtos apresentam as três dimensões – comprimento, largura e espessura – equivalentes, 
as quais lhes conferem uma forma cúbica. Exemplos clássicos desse grupo são os ossos do carpo e os 
do tarso, exceto o pisiforme, que é um osso sesamoide, e o osso calcâneo, que é um osso irregular, 
conforme ilustram as figuras a seguir. Esses ossos apresentam um papel relevante na absorção de 
choque e transmissão de forças.
Gilberto
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Gilberto
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93
ANATOMIA
Osso do carpo Osso pisiforme
Figura 87 – Ossos do carpo 
Figura 88 – Ossos calcâneo
Nos ossos planos, a largura e o comprimento predominam sobre a espessura. Alguns exemplos de 
ossos planos são os que formam a calvária. Eles possuem duas lâminas compactas, onde temos um 
tecido ósseo mais denso e, entre essas camadas, uma camada esponjosa composta de osso menos denso, 
chamada díploe, conforme ilustram as figuras a seguir, respectivamente. Os ossos planos proporcionam 
proteçãopara o conteúdo interno e ampla superfície para a fixação muscular.
Parietal
Frontal
Lâmina externa
Lâmina interna
Diploe
A B
Figura 89 – Parietal em vista interna (A) e díploe (B)
Gilberto
Realce
94
Unidade II
Os ossos irregulares não possuem formas geométricas bem definidas. As vértebras, os ossos da base 
do crânio e os ossos da face são exemplos desse grupo (veja as figuras a seguir). Eles oferecem suporte 
de massa corporal, dissipação de cargas, proteção da medula espinal e contribuição com os movimentos 
e locais de inserção muscular. 
Figura 90 – Vértebra lombar, vista superior
Figura 91 – Temporal, vista lateral
Os tipos morfológicos que acabamos de ver podem ainda apresentar características adicionais que 
nos possibilitam classificá-los também como se segue. 
Os ossos pneumáticos apresentam uma ou mais cavidades de volumes variáveis, chamados 
seios, que se apresentam revestidas de mucosa e preenchidas por ar. Os ossos pneumáticos estão 
localizados no crânio, sendo eles o frontal, a maxila, o etmoide e o esfenoide, conforme ilustra a 
figura a seguir:
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
95
ANATOMIA
Células etmoidais
Seio maxilar
Seio esfenoidal
Seio 
frontal
Figura 92 – Cavidades do crânio
 Observação
O osso temporal é considerado pneumatizado, pois apresenta 
cavidades que se comunicam com a cavidade da orelha, enquanto os ossos 
pneumáticos se comunicam com a cavidade nasal.
Os ossos sesamoides se assemelham a sementes de gergelim e estão localizados em regiões em que 
alguns tendões cruzam epífises de ossos longos. Eles se desenvolvem dentro dos tendões e os protegem 
de desgaste exorbitante junto ao osso. Também alteram o ângulo de inserção de um tendão. Os ossos 
sesamoides estão presentes no desenvolvimento fetal, mas não são considerados partes do esqueleto 
axial ou apendicular, exceto pelas patelas, que são os maiores ossos sesamoides, conforme ilustra a 
figura a seguir:
Figura 93 – Patela, vista anterior 
Gilberto
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96
Unidade II
Os outros ossos sesamoides mais frequentes estão situados nas plantas dos pés e na base do primeiro 
metatarso. Nos membros superiores, os ossos sesamoides são frequentemente encontrados nos tendões 
próximos à superfície palmar e na base dos metacarpos. Outro exemplo clássico é o hioide, conforme 
ilustra a figura a seguir:
Figura 94 – Hioide, vista anterior 
 Lembrete
Embora apresentem o comprimento maior que a largura, as costelas e a 
clavícula não têm canal medular, muito menos metáfises; por esse motivo, 
são classificadas como ossos alongados.
Os ossos acessórios são raros e sua sede, as suas dimensões e o seu número podem ser muito 
variáveis. Acontecem mais comumente na superfície externa do que na superfície interna. Do ponto de 
vista da Anatomia Comparativa, alguns desses ossos correspondem aos que se deparam normalmente 
em outros vertebrados e outros não apresentam essa correspondência. A estes ossos acidentais dá-se 
o nome de ossos suturais ou wormianos, os quais acontecem muitas vezes na sutura lambdoide, em 
crânios hidrocefálicos. Como exemplos de ossos acessórios podemos mencionar os ossos bregmático, o 
osso ptérico e o osso astérico, conforme ilustra a figura a seguir:
eu
ms
ast
Figura 95 – Ossos acessórios: ast = Asterion, eu = Eurion, i = Inion, l = Lambda, mas = Mastoidale e o = Opisthion
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
97
ANATOMIA
 Observação
As lâminas das epífises dos ossos longos específicos ossificam em prazos 
previstos. Os médicos radiologistas comumente podem especificar a idade 
de um indivíduo jovem analisando as lâminas das epífises para observar 
se elas ossificaram. Uma diferença entre a idade dos ossos e a cronológica 
pode sugerir alguma disfunção metabólica.
5.1.7 Características anatômicas de superfície dos ossos
Os ossos apresentam acidentes ósseos ou detalhes ósseos, como as proeminências, as fossas, as 
depressões, os tubérculos, as eminências, os orifícios, os canais, as cavidades e os seios, para referir 
apenas as características mais frequentes, que compõem relevantes pontos de referência em Anatomia, 
Radiologia, Ortopedia e Antropologia Física. As seguir há exemplos de características anatômicas da 
superfície dos ossos:
• O forame (do latim foramine = orifício) é uma abertura por meio da qual passam artérias ou 
nervos, como o forame magno do osso occipital.
• A fossa (do latim fossa = fenda, trincheira) é uma depressão rasa sobre um osso, como a fossa 
cerebelar do osso occipital.
• O côndilo (do grego Kondylo = elevação arredondada) é uma proeminência grande e arredondada 
que constitui uma união, como os côndilos medial e lateral do fêmur.
• A cabeça é uma projeção arredondada que compõe uma união e é sustentada na constrição (colo) 
do osso, como a cabeça do úmero).
• A tuberosidade é uma projeção grande e arredondada, frequentemente com uma superfície 
áspera, como a tuberosidade da tíbia.
• A espinha é uma projeção aguda e delgada, oriunda da face de um osso, como a espinha 
da escápula.
• A crista é uma margem ou borda proeminente, comumente rugosa, como a crista ilíaca do quadril.
• A incisura é uma chanfradura ou entalhe em uma margem óssea, como a incisura da mandíbula.
Gilberto
Realce
98
Unidade II
Forame 
magno
Fossa 
cerebelar
Figura 96 – Forame magno Figura 97 – Fossa cerebelar
Côndilo
Cabeça
Figura 98 – Côndilo do fêmur Figura 99 – Cabeça do úmero
Tuberosidade
Figura 100 – Tuberosidade da tíbia
Espinha
Crista
Figura 101 – Espinha da escápula Figura 102 – Crista ilíaca
99
ANATOMIA
Incisura
Figura 103 – Incisura da mandíbula
Exemplo de aplicação
Vamos conhecer mais sobre os detalhes ósseos? Leia a obra a seguir: 
ALVES, N.; CÂNDIDO, P. L. Anatomia para o curso de Odontologia Geral e Específica. 4. ed. São Paulo: 
Grupo Gen, 2016.
Veja, nas páginas 17 até 39, os ossos que formam as cinturas (escapular e pélvica) e os ossos dos 
esqueletos apendicular e axial. Utilize o livro indicado, papel vegetal, lápis Hb2, lápis para colorir e caneta 
Stabilo e elabore pranchas de Anatomia, apontando os detalhes anatômicos de cada osso. Certamente 
tal tarefa irá enriquecer os seus conhecimentos e facilitará o entendimento dos demais conteúdos 
relacionados ao aparelho locomotor. 
5.1.8 Fatores de variação anatômica no número de ossos
Existem 206 ossos no indivíduo adulto médio e normal, excluindo-se os ossos sesamoides e os 
ossículos da audição, na orelha média, conforme ilustra a figura a seguir: 
Figura 104 – Ossículos da audição: martelo, bigorna e estribo (da esquerda para a direita)
O número de peças ósseas varia com a idade, havendo maior número no recém-nascido do 
que na idade avançada. Por exemplo, no crânio de uma criança permanecem duas peças ósseas 
paramedianas ou hemifrontais que, com a sinostose da sutura metópica, conforme ilustra a figura a 
seguir, comporão o osso frontal, enquanto na idade avançada, com a sinostose de todas as suturas, 
tornam o crânio uma esfera óssea. 
Gilberto
Realce
100
Unidade II
Figura 105 – Norma anterior do osso frontal: sutura metópica e parte anterior da fontanela anterior 
 Saiba mais
Leia o tópico “Crescimento ósseo” nas páginas 176-178 da obra a seguir: 
VANPUTTE, C. L. et al. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. São Paulo: 
AMGH, 2016. 
Após esse estudo você estará apto a compreender o crescimento ósseo 
em comprimento e largura, assim como a cartilagem articular. Além disso, 
entenderá os fatores que afetam o crescimento ósseo, como a nutrição e 
os hormônios.
Leia também, na página 191 da obra a seguir, a respeito de como o 
exercício e o estresse mecânico afetam o tecido ósseo:
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
5.1.9 Divisão do esqueleto
Como visto anteriormente, o esqueleto humano adulto consiste em 206 ossos, a maioria 
deles pares, com um membro de cada par nos lados direito e esquerdo do corpo. Vimos que há 
fatoresde variação no número de ossos. Assim, os esqueletos de recém-nascidos, lactentes e 
crianças apresentam mais de 206 ossos porque alguns deles se unem mais tarde na vida. Como 
exemplos, podemos citar os ossos do quadril e alguns da parte final da coluna vertebral, o sacro 
e o cóccix.
101
ANATOMIA
Os ossos do esqueleto adulto estão agrupados em três divisões principais: o esqueleto axial, 
o esqueleto apendicular e as cinturas escapular e pélvica. O esqueleto axial apresenta 80 
ossos; o esqueleto apendicular, 126 ossos. A figura a seguir mostra como as duas divisões se 
unem para compor o esqueleto completo. O esqueleto axial consiste em ossos em torno do eixo 
longitudinal do corpo humano, descrevendo uma linha vertical imaginária que atravessa o centro 
de gravidade do corpo, indo da cabeça até o espaço entre os pés. Portanto, o esqueleto axial é 
composto de ossos do crânio, o hioide, as costelas, o esterno e os ossos da coluna vertebral. Já 
o esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores. Os ossos 
que compõem as cinturas unem os membros ao esqueleto axial. Portanto, a cintura escapular 
une os membros superiores ao esqueleto axial, enquanto a cintura pélvica liga os membros 
inferiores ao esqueleto axial. 
Figura 106 – Visão geral do esqueleto humano
 Observação
Funcionalmente, os ossículos da audição na orelha média, que vibram 
em resposta às ondas sonoras, atingindo ao tímpano, não integram o 
esqueleto axial nem o apendicular, porém são agrupados com o esqueleto 
axial por conveniência. 
 Lembrete
O esqueleto humano adulto consiste em 206 ossos, podendo ser dividido 
em esqueletos axial e apendicular, além das cinturas escapular e pélvica.
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
102
Unidade II
5.1.10 O esqueleto da cabeça
O esqueleto da cabeça ou esqueleto cefálico abrange os ossos do crânio e os ossos da face ou 
viscerocrânio. Consiste, portanto, em uma sequência de ossos que na sua maioria estão unidos entre si 
por articulações imóveis, com exceção realizada apenas para a mandíbula, que se articula com o osso 
temporal pela articulação sinovial, a articulação temporomandibular.
 Lembrete
O esqueleto da cabeça ou esqueleto cefálico é composto de 22 ossos 
divididos em duas partes: o neurocrânio e os ossos da face.
O neurocrânio envolve os ossos relacionados com a proteção dos órgãos do sistema nervoso central. 
Ele é formado pelos seguintes ossos: frontal, temporal, etmoide, esfenoide, parietal e occipital.
Os ossos da face estão relacionados com os órgãos dos sentidos: o paladar, a visão e o olfato. 
Além disso, eles ancoram os músculos da expressão facial e são formados pelos seguintes ossos: 
maxilas, mandíbula, palatinos, vômer, nasais, zigomáticos, lacrimais e conchas nasais inferiores. 
Com exceção à mandíbula, os demais ossos da face se articulam com as maxilas, que servem de 
implantação dos dentes superiores. 
É relevante examinar a “geografia” básica do esqueleto da cabeça antes de descrever os seus ossos 
individualmente. Com a mandíbula retirada, o esqueleto da cabeça equipara-se a uma esfera óssea 
desigual e vazia. Portanto, veremos que os ossos da face compõem sua norma anterior e o neurocrânio 
constitui o resto do esqueleto da cabeça. 
O neurocrânio pode ser dividido em calota craniana e base do crânio. A calota craniana, também 
chamada de calvária, compõe as normas superior, lateral e posterior do esqueleto da cabeça, assim 
como a região da fronte. A base do crânio, ou soalho, constitui a norma inferior do esqueleto da cabeça. 
Internamente, detalhes ósseos proeminentes dividem a base do crânio em três “andares” ou fossas: as 
fossas anterior, média e posterior do esqueleto da cabeça. O encéfalo aloja-se plenamente nessas fossas, 
sendo envolvido pela calota craniana. Dessa maneira, o encéfalo preenche a cavidade craniana.
Além da grande cavidade craniana, o esqueleto da cabeça apresenta diversas outras. Entre elas estão 
as cavidades da orelha média e da orelha interna, entalhadas na norma lateral da base do crânio e, 
anteriormente, a cavidade nasal e as órbitas. As órbitas abrigam os globos oculares. 
Exemplo de aplicação
Enquanto você lê sobre os ossos do esqueleto da cabeça, identifique, com o auxílio de um atlas de 
Anatomia, cada um deles nas diferentes normas, conforme ilustram as figuras a seguir:
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
103
ANATOMIA
A B
Figura 107 – Esqueleto da cabeça: normas anterior (A) e lateral (B)
A B
Figura 108 – Esqueleto da cabeça: normas posterior (A) e inferior (B)
A B
Figura 109 – Esqueleto da cabeça: norma superior da base do crânio (A) e da calvária (B)
104
Unidade II
5.1.10.1 Os ossos do neurocrânio
Veremos agora algumas informações sobre os ossos do neurocrânio:
• O osso frontal é plano, anterior, ímpar e mediano da calvária. 
• O osso occipital é plano, inferior, posterior, mediano, pertencente à base do crânio, perfurado por 
uma abertura ampla e oval, o forame magno, por meio do qual a cavidade craniana comunica-se 
com o canal vertebral. 
• O osso esfenoide é irregular, ímpar, mediano e situa-se na base do crânio anteriormente aos 
temporais e à parte basilar do osso occipital. 
• O osso etmoide é leve, esponjoso, irregular, ímpar, inferior e situa-se na base do crânio. 
• O osso parietal é plano, par e compõe o teto do crânio. 
• O osso temporal é irregular, par e muito complexo. Possui três partes: a escamosa, a petrosa e a 
timpânica. A parte petrosa abrange o órgão vestibulococlear e a cavidade timpânica que contém 
os três ossículos da audição. 
5.1.10.2 Os ossos da face
Veremos agora algumas informações sobre os ossos da face:
• O osso zigomático, frequentemente referido como “maçã do rosto”, forma parte da parede lateral 
e assoalho da órbita. É par e irregular. 
• O osso nasal é um pequeno osso retangular que forma, com o nasal do lado oposto, o dorso 
do nariz. 
• A maxila é um osso plano, anterior e irregular. Forma quatro cavidades: o teto da cavidade oral, o 
soalho e a parede lateral do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar. Possui os alvéolos dentários 
para abrigar os dentes superiores. 
• O osso lacrimal é pequeno, aproximadamente, retangular, situado na parte medial da órbita. É o 
menor e mais frágil osso da face. 
• O osso palatino é irregular, localizado posteriormente à maxila. Forma a parte posterior do palato 
duro, parte do soalho e parede lateral da cavidade nasal e o soalho da órbita. 
• O vômer é ímpar, plano, de formato trapezoidal. Forma as partes posteriores e inferiores do 
septo nasal. 
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
105
ANATOMIA
• A concha nasal inferior é um pequeno osso com o formato de uma placa delgada e alongada e 
com margens curvas. Situa-se ao longo da parede lateral da cavidade nasal, separando os meatos 
nasais médio e inferior. É a única concha nasal independente, pois as outras conchas, a superior e 
a média, pertencem ao etmoide. 
• A mandíbula, conforme ilustra a figura a seguir, é um osso ímpar, móvel da cabeça, o maior e mais 
forte da face, onde tem situação anteroinferior. Apresenta o formato de uma ferradura e contém 
os alvéolos dentários para abrigar os dentes inferiores. 
Figura 110 – A mandíbula
5.1.10.3 Os ossos do esqueleto da cabeça em conjunto
5.1.10.3.1 A cefalometria
Por meio da cefalometria, ou mensuração da cabeça permite-nos reconhecer crânios microcéfalos, 
mesocéfalos e macrocéfalos, ou seja, pequenos, médios e grandes. Quando as dimensões são extrapoladas, 
esses tipos são ditos patológicos, como o crânio hidrocéfalo, que possui descomunal hidrocefalia.
 Observação
Hidrocefalia é o acúmulo do líquor nas cavidades encefálicas, causando 
aumento na pressão intracraniana sobre o cérebro, o que pode levar a 
lesões no tecido cerebral, bem como ao aumento do crânio. 
5.1.10.3.2 O esqueleto da cabeça do RN: espaços suturais e fontanelas
As principais variações do esqueleto da cabeça do recém-nascido (RN) em relação ao adultoresidem 
na falta dos seios paranasais, por exemplo, dos ossos esfenoide e frontal. As margens dos ossos da 
calvária no feto de termo estão espaçadas, mas unidas por suturas membranáceas, que possibilitam a 
diminuição de volume da cabeça fetal, muito relevante para a passagem pela vagina e vulva, durante o 
parto normal.
106
Unidade II
Ao nível dos ângulos dos ossos, sem ter ocorrido ainda a ossificação, deparam-se as fontanelas do 
esqueleto da cabeça, a saber: as fontanelas medianas (anterior e a posterior) e as fontanelas laterais 
(anterolateral ou esfenoidal e a posterolateral ou mastóidea). À medida que a ossificação toma as 
áreas membranáceas, as reduzem de dimensões até sumir. A última fontanela a realizá-la é a fontanela 
anterior, que desaparece entre o 2º e o 3º anos de vida, conforme ilustram as figuras a seguir:
Figura 111 – Diferentes vistas das fontanelas em crânio desarticulado e reconstruído 
Figura 112 – Norma superior: fontanela anterior 
Figura 113 – Norma lateral: fontanela anterolateral e posterolateral
107
ANATOMIA
Figura 114 – Norma posterior: fontanela posterior 
5.1.10.3.3 O esqueleto da cabeça nos indivíduos senis
Nos indivíduos senis, a elasticidade do esqueleto da cabeça reduz e as suturas somem, por sinostoses, 
após os 40 anos de idade, conforme ilustra a figura a seguir. Segue uma relação de algumas suturas e do 
início de sua calcificação: por volta dos 22 anos de idade, a sutura sagital e a sutura esfenofrontal; dos 24 
anos de idade, a sutura coronal; dos 26 anos de idade, a sutura lambdoide e a sutura occipitomastóidea; 
dos 30 anos de idade, a sutura parietomastóidea; e dos 37 anos de idade, a sutura temporoparietal. 
O fechamento começa a acontecer vagarosamente, e vai sofrer um surto na idade avançada. Tende a 
completar-se após os 80 anos de idade. 
Figura 115 – Sinostose da sutura coronal. Vista lateral do crânio
5.1.10.3.4 O esqueleto da cabeça e o dimorfismo sexual
Os caracteres mais dimórficos e usuais do crânio são o tamanho geral do crânio (maior nos homens 
do que nas mulheres), os processos mastoides (maiores e mais desenvolvidos nos homens do que nas 
mulheres), os arcos superciliares (muito marcados nos homens e pouco nas mulheres), o túber frontal 
(bem marcado nas mulheres e pouco nos homens), a protuberância occipital externa (relevo muito 
marcado nos homens e pouco nas mulheres) e a mandíbula (maior e mais quadrangular nos homens do 
que nas mulheres). Veja as figuras:
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
108
Unidade II
A
B
Arco superciliar
Forma quadrangular
Túber frontal
Margem supraorbital
Forma arredondada
Protuberância 
occipital 
externa
Processo 
mastóideo
Protuberância 
occipital externa
Crista 
supramastóideo
Arco 
superciliar
Figura 116 – A) Comparação genérica de algumas características anatômicas cranianas entre indivíduos do sexo masculino e 
feminino, norma anterior; B) Comparação genérica de algumas características anatômicas cranianas entre indivíduos do sexo 
masculino e feminino, norma lateral
 Saiba mais
O processo de identificação, a partir de exames periciais, do segmento 
cefálico ou de partes dele tem sido de significante relevância para o 
esclarecimento de fatos de interesse jurídico-social. Uma tentativa de 
observar o dimorfismo sexual e estimar a idade consiste em examinar os 
crânios secos. Faça uma leitura do artigo científico a seguir: 
ALMEIDA JUNIOR, E. de. et al. Estimativa do sexo e idade por meio de 
mensurações cranianas. Revista Bahiana de Odontologia, v. 6, n. 2, 2015. 
Disponível em: <https://www5.bahiana.edu.br/index.php/odontologia/
article/view/672>. Acesso em: 29 abr. 2018. 
Exemplo de aplicação
Para conhecer mais sobre os ossos do crânio, leia: 
LAROSA, P. R. R. Anatomia humana: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
Leia as páginas 34 até 41, sobre os ossos do crânio. Utilize o livro indicado, papel vegetal, lápis 
Hb2, lápis para colorir e caneta Stabilo para elaborar pranchas de Anatomia, apontando os detalhes 
109
ANATOMIA
anatômicos de cada osso. Com esse exercício você memorizará com maior facilidade os detalhes 
anatômicos dos ossos do neurocrânio e da face.
 Lembrete
Os ossos do neurocrânio são: o frontal, o etmoide, o esfenoide, os 
parietais, os temporais e o occipital. Os ossos da face são: as maxilas, a 
mandíbula, os palatinos, os nasais, os lacrimais, as conchas nasais inferiores, 
os zigomáticos e o vômer. 
5.1.11 O esqueleto do pescoço
Partiremos agora para os ossos do esqueleto do pescoço. Ele é composto das vértebras cervicais 
(ver coluna vertebral) e, do ponto de vista topográfico, do hioide. O hioide é um osso ímpar, mediano 
e sesamoide que faz parte de um conjunto de estruturas anatômicas e une a base do crânio ao 
esqueleto do pescoço. Está localizado na parte anterossuperior do pescoço, superiormente à laringe e 
posteroinferiormente à mandíbula. Apresenta como papel oferecer suporte para a língua, fornecendo 
locais de fixação para os músculos da língua, do pescoço e da faringe, fazendo dele um elemento 
relevante nas ações de mastigação e no ato de engolir. O hioide é um osso móvel e não se articula com 
mais nenhum outro.
5.1.12 O esqueleto do tronco
Veremos agora o esqueleto do tronco. Ele, conforme ilustra a figura a seguir, abrange o tórax, as 
vértebras lombares, as vértebras sacrais, as vértebras coccígeas e a pelve óssea. O tórax é a parte do 
organismo localizada no tronco, entre o pescoço e o abdome, exatamente entre a abertura superior do 
tórax e o diafragma. Seu formato abobadado possibilita grande rigidez, tendo em vista o pouco peso de 
seus constituintes, e propicia:
• proteger os órgãos internos torácicos e abdominais, sendo que a maioria deles é cheia de ar ou 
líquido contra as forças externas;
• resistir às pressões internas negativas produzidas pela retração elástica dos pulmões e pelos 
movimentos inspiratórios;
• oferecer fixação para os membros superiores e sustentar a sua massa;
• proporcionar a fixação de diversos músculos que movem e sustentam a posição dos membros 
superiores em relação ao tronco, além de possibilitar fixação para os músculos do abdome, do 
pescoço, do dorso e da respiração.
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
110
Unidade II
O formato do tórax depende da idade, do sexo e do biótipo. O tórax do feto é mais desenvolvido 
sagital do que transversalmente, em virtude ao maior desenvolvimento do coração, do timo e dos 
órgãos abdominais do que dos pulmões. Aos 18 anos de idade, o tórax assume seu formato definitivo, 
prosseguindo a crescer até 35 anos de idade no sexo masculino e 25 anos de idade no sexo feminino. 
No indivíduo senil, as costelas e as cartilagens costais perdem a flexibilidade e as articulações sofrem 
anquilose, conduzindo o tórax a perder a elasticidade e a mobilidade. Com a ampliação da coluna 
vertebral, as costelas ficam mais próximas umas das outras. O tórax masculino é mais largo do que o 
feminino, com a máxima largura ao nível da VIII costela, com pequeno aperto inferior. O tórax feminino 
é mais curto e arredondado, com maior aperto inferior do que o masculino. No indivíduo longilíneo, cujo 
crescimento é mais dinâmico e leva a um maior desenvolvimento em altura, o tórax é longo e estreito, 
enquanto no indivíduo brevilíneo, cujo desenvolvimento transversal prevalece sobre o vertical, o tórax 
é mais curto e largo.
Crânio
Sacro
Cóccix
Costelas
Esterno
Vértebras 
lombares
Figura 117 – Esqueleto do tórax
5.1.12.1 O esterno
O esterno, conforme ilustra a figura a seguir, é um osso plano com aproximadamente 15 centímetros 
de extensão, mediano, ímpar, localizado medianamente na parede anterior do tórax. É um relevante osso 
hematocitopoietico. O esterno articula-se com as clavículas e as cartilagens das sete primeiras costelas. 
Possui três partes: o manúbrio do esterno, o corpo do esterno e o processo xifoide.
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
111
ANATOMIA
Figura 118 – O esterno
5.1.12.2 As costelas
Entãoo Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; 
e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; e da costela 
que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a 
Adão (Gênesis 2: 21,22). 
Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada 
mulher, porquanto do homem foi tomada (Gênesis 2: 23). 
A mulher foi tirada do lado de Adão, isto é, da sua costela, ela não foi tirada 
da cabeça, pois não é sua função dominá-la; nem de seus pés, pois não foi 
criada para ser pisada por ele (Gênesis 2: 21,22).
A Bíblia nos relata o momento em que Deus criou a primeira mulher: Eva. Na realidade essa passagem 
bíblica é apenas uma metáfora, pois tanto os homens como as mulheres possuem 12 pares de costelas 
que protegem o coração, os pulmões, o fígado e o baço.
Entretanto, na Medicina, diversas são as indicações cirúrgicas que retiram costelas com objetivos 
terapêuticos e reparadores. Em cirurgia torácica, deformidades relevantes do tórax, como o pectus 
excavatum e o pectus carinatum, são reparados com a retirada parcial das cartilagens costais e o 
reposicionamento do esterno. Também não é incomum a necessidade de retirada de costelas após 
traumatismos torácicos ou em toracotomias muito extensas.
De natureza igual, a retirada de costelas tem sido uma indicação frequente em cirurgia 
plástica para usá-las como enxerto em processos reparadores de orelhas, nariz e outras cirurgias 
craniomaxilofaciais. Parece existir uma bruma em torno desse processo, pois, ao que parece, diversas 
celebridades sujeitam-se a essa cirurgia, sem, conquanto, assumirem tal fato. Isso já é considerável 
para que exista uma agitação nos meios de difusão de informação e a existência de diversas candidatas 
a sua realização, procurando conquistar um corpo visto como “perfeito” pela sociedade, pondo em 
risco sua plenitude física e emocional.
112
Unidade II
Sabemos agora que as costelas são em número de 12 pares, tanto em indivíduos do sexo masculino como 
do sexo feminino. Elas têm formato de semiarcos, conforme ilustra a figura a seguir, unindo as vértebras 
torácicas ao esterno. As costelas são classificadas em: costelas verdadeiras, I-VII (articulam-se diretamente 
ao esterno por intermédio das cartilagens costais); costelas falsas, VIII-X (articulam-se indiretamente com 
o esterno, unindo-se suas cartilagens costais umas às outras); e por fim as costelas flutuantes, costelas XI 
e XII (são curtas e livres e protegem o fígado e o estômago).
Figura 119 – As costelas
Logo abaixo do arco costal direito é possível palpar o fígado, durante a inspiração. Abaixo do arco 
costal esquerdo situa-se o estômago, não palpável, e o baço, que pode ser palpado no lado esquerdo, 
especialmente quando possui um aumento patológico.
Uma costela típica apresenta a cabeça, o colo e o corpo. Com exceção das costelas I, XI, e XII, as 
outras podem ser consideradas costelas típicas, embora a VIII, a IX e a X sejam mais curtas e cooperem 
para constituir a margem costal. A primeira costela é a mais curta entre as costelas verdadeiras. Além 
disso, ela é mais larga e plana do que as outras, localizando-se sob a clavícula anteriormente, o que 
dificulta sua palpação. A artéria subclávia e a veia subclávia sulcam na face posterior. 
 Observação
Excepcionalmente, pode existir uma costela cervical e uma costela 
lombar, as quais são consideradas costelas supranumerárias, geralmente 
conectadas com a C7 e a L1, concomitantemente. 
5.1.13 A coluna vertebral
Estudaremos agora a coluna vertebral, ilustrada na figura a seguir. Ela oferece um suporte axial para 
o tronco. A coluna vertebral estende-se desde o crânio até a pelve, onde o peso do tronco é transmitido 
aos membros inferiores. Outra função dela consiste em proteger a medula espinal, provendo ainda 
pontos de fixação para as costelas e para os músculos do dorso e do pescoço. No feto e na criança, a 
coluna vertebral consiste de 33 ossos separados, ou vértebras. Inferiormente, nove vértebras se fundem 
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
113
ANATOMIA
para compor dois ossos, o sacro e o cóccix. Os 24 ossos restantes permanecem como vértebras individuais 
separadas por discos intervertebrais.
Figura 120 – Arranjo anatômico geral da coluna vertebral em vistas 
anterior, lateral e posterior, respectivamente
 Observação
Herófilo, e depois Vesalius, chamaram assim o cóccix por sua semelhança, 
em conjunto, com o formato do bico do pássaro cuco. Jean Riolan dá 
outra explicação: declara que na emissão de gases pelo ânus, o som “ecoa” 
no cóccix, o osso do “apito”. Curiosamente, devido do costume do cuco 
fêmea em se apoderar dos ovos de outros pássaros e chocá-los como seus, 
os gregos antigos utilizavam a palavra Kókkys como termo grosseiro às 
mulheres adúlteras.
5.1.13.1 Regiões e curvaturas
A coluna vertebral mede aproximadamente 70 centímetros em um adulto, sendo responsável por 
dois quintos da massa corporal total e possui cinco regiões principais. São sete vértebras cervicais, 12 
vértebras torácicas, cinco vértebras lombares, cinco sacrais e três a cinco vértebras coccígeas.
Quando a coluna vertebral é vista lateralmente, se observam as quatro curvaturas, conforme 
ilustra a figura a seguir, responsáveis por seu formato sinuoso. As curvaturas cervical e lombar 
são côncavas posteriormente; as curvaturas torácica e sacral são convexas posteriormente. Essas 
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Unidade II
curvaturas aumentam a elasticidade e a flexibilidade da coluna, possibilitando que ela trabalhe de 
maneira mais semelhante a uma mola do que a uma haste rija.
 Lembrete
Curvaturas convexas na vista posterior são chamadas cifoses, e na vista 
anterior, lordoses.
 
Normal NormalHipercitose Hiperlordose Escoliose
Figura 121 – Curvaturas da coluna vertebral 
A cifose é uma curvatura normal da coluna vertebral localizada na região torácica, presente em todos 
os indivíduos. A hipercifose é uma modificação nessa região da coluna vertebral que leva a um aumento 
da cifose normal, deixando os ombros projetados para frente e o dorso arredondado. A curvatura normal 
da região lombar é uma curvatura anterior chamada de lordose. Em caso de uma curvatura excessiva 
dessa região, dizemos então que se trata de uma hiperlordose. A escoliose é uma condição em que a 
coluna vertebral do indivíduo apresenta uma deformação lateral em forma de curva. A curva, em geral, 
tem um formato em “S” ou “C”. 
5.1.13.2 Elementos das vértebras
As estruturas anatômicas encontradas em quase todas as vértebras, exceto em C1 e C2, servem como 
meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto. Todas as vértebras têm sete elementos 
fundamentais: o corpo vertebral, o processo espinhoso, o processo transverso, os processos articulares, 
as lâminas, os pedículos e o forame vertebral. A C7 possui um processo espinhoso longo e proeminente, 
conforme ilustra a figura a seguir:
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115
ANATOMIA
Processo articular superior
Processo articular inferior
Processo transverso
Processo espinhosoLâmina
Arco 
vertebral
Corpo vertebral
Pedículo
Figura 122 – Vista posterossuperior esquerda. Com exceção de C1 e C2, todas as vértebras são 
formadas pelos mesmos elementos estruturais
Na idade avançada acontece especialmente em mulheres uma redução de massa óssea chamada de 
osteoporose. A desmineralização e a diminuição do número de trabéculas ósseas reduzem a resistência 
dos corpos vertebrais que podem de tal modo sofrer fraturas, mesmo na falta de traumas. Algumas das 
causas da osteoporose são a falta de estrógenos, dependente da idade, e uma alimentação pobre em 
vitamina D e cálcio. 
As características regionais possibilitam a diferenciação das vértebras pertencentes a cada 
região, conforme ilustra a figura a seguir. Diversos são os elementos de distinção. As vértebras 
cervicais apresentam um corpo pequeno. Geralmente possuem o processo espinhoso bífidoe 
horizontalizado, e os seus processos transversos têm os forames transversários que permitem a 
passagem da artéria vertebral. Nas vértebras torácicas o processo espinhoso não é bifurcado, se 
apresenta descendente e pontiagudo.
As vértebras torácicas se articulam com as costelas, sendo que as superfícies articulares dessas 
vértebras são chamadas de fóveas e hemifóveas. As fóveas podem estar situadas no corpo vertebral, no 
pedículo ou nos processos transversos. O forame vertebral tem o formato circular. 
Nas vértebras lombares os corpos vertebrais são maiores, pois suportam a massa corporal. O processo 
espinhoso é quadrilátero, além de estar disposto em posição horizontal. Apresenta o forame vertebral em 
formato triangular e os processos mamilares. Possui o processo transverso bem desenvolvido, chamado 
de apêndice costiforme. Pode ser distinguido também por não possuir forame no processo transverso e 
nem a fóvea costal. 
As vértebras consideradas atípicas são C1, ou atlas, e C2, ou áxis, ou ainda epistrofeu. 
C1 C2 Cervical Torácica Lombar
Figura 123 – Características regionais das vértebras
Gilberto
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116
Unidade II
 Lembrete
C1 não possui corpo vertebral, nem processo espinhoso.
 
Atlas, representado na figura a seguir, foi um gigante mitológico de força cavalar, filho 
de Iápeto e Clímene, que após a derrota dos Titãs para os Deuses foi condenado por Júpiter 
a amparar o mundo nos ombros. É essa imagem do Titã que é relizada por vários escultores. 
Chama-se atlas a vértebra C1, por analogia, já que ela sustenta a cabeça. 
Figura 124 – Atlas, em Viena, Áustria
 
A C1 apresenta como a principal distinção dela para as outras vértebras o fato de não ter corpo 
vertebral. Além disso, essa vértebra possui outras estruturas: o arco anterior do atlas, que constitui 
aproximadamente 1/5 do anel; o tubérculo anterior; a fóvea do dente, que se articula com o processo 
odontoide; o arco posterior do atlas, que constitui aproximadamente 2/5 do anel; e o tubérculo posterior. 
A C2 apresenta um processo ósseo forte chamado de processo odontoide.
O sacro tem o formato de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para cima e o ápice para 
baixo. Articula-se superiormente com L5 e inferiormente com o cóccix. Ele é diferente conforme o sexo. 
Nas mulheres o sacro é mais largo e curto do que nos homens e tem uma curva mais pronunciada, 
possivelmente relacionada com a forma do restante da pelve óssea feminina, adequada para a gestação.
5.1.13.3 Os discos intervertebrais
Os 23 discos intervertebrais conectam os corpos vertebrais vizinhos. A defasagem entre o número de 
vértebras e o número de discos intervertebrais deriva do fato de que os ossos das regiões sacral e coccígea 
não possuem disco intervertebral entre si e que C1 e C2 são conectadas através de articulações sinoviais.
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117
ANATOMIA
 Lembrete
As articulações da cabeça não apresentam discos intervertebrais. A 
falta dos discos entre o osso occipital, a C1 e a C2 possibilita a grande 
movimentação dessa região. 
Os discos intervertebrais consistem em um anel fibroso externo que envolve um núcleo pulposo 
interno. A pressão sobre o disco intervertebral gera uma expansão do núcleo pulposo, em todas as 
direções, uma vez que é abundante a presença de água e o disco não pode ser comprimido. Essa expansão 
determina uma força de tração no anel fibroso. Portanto, o disco intervertebral desempenha um papel 
de “almofada aquosa”.
O esforço de compressão diário motiva uma diminuição reversível de água do núcleo pulposo, que 
implica a redução da altura dos discos intervertebrais e da estatura do corpo. Com a descompressão 
acontece uma reidratação, induzindo nutrientes ao disco intervertebral. Entretanto, os vasos de sangue 
estão presentes apenas nas camadas mais externas do anel fibroso.
A figura a seguir mostra que diversas atividades esportivas, como pular corda, saltos de trampolim 
ou jogging, levam a um aumento considerável da carga que age sobre a coluna vertebral. Saltos leves 
sobre um trampolim provocam uma pressão máxima de 240%; saltos altos, uma carga de 380%. Pular 
corda sem grande esforço resulta em uma carga de 240%. Jogging realizado com sapatos apropriados 
eleva a carga para valores de 170%, um dos motivos pelos quais indivíduos com artrose avançada 
de joelho deveriam evitar esse tipo de carga. Citamos também que valores consideravelmente mais 
altos com cargas dinâmicas estão presentes. Por esse motivo, durante cargas esportivas, como no 
levantamento de peso, deve-se prestar atenção para que a realização do movimento seja efetuada 
com a técnica apropriada, uma vez que ela leva a uma melhor distribuição de cargas na região dos 
discos intervertebrais. 
Em pé
Deslizando sobre bolas suíças
Praticando jogging
Saltando do trampolim
Pulando corda
Apoiando sobre quatro apoios
Com as costas arqueadas
Com acentuação da lordose lombar
0% 50% 100% 150% 200% 250%
Momento de curvatura
Pressão intradiscal
Figura 125 – Pressão intradiscal e momentos de curvatura nos fixadores vertebrais para diferentes 
atividades esportivas relacionados aos valores na posição em pé
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118
Unidade II
 Lembrete
Os discos intervertebrais representam um tecido com redução do 
metabolismo e mínima aptidão regenerativa. 
A herniação do núcleo pulposo para dentro do anel fibroso ou através dele é uma causa comum 
de lombalgia e, muitas vezes, é chamada de ruptura ou deslizamento do disco intervertebral. Atividade 
física, como os alongamentos, descomprime os discos e aumenta a circulação de sangue geral, o que 
acelera a captação de O2 e de nutrientes pelos discos e a retirada de metabólitos.
 Observação
Uma musculatura abdominal e lombar forte protege a coluna vertebral 
e é capaz de fazer com que o disco intervertebral seja predominantemente 
submetido à pressão.
5.1.13.4 Variações no número das vértebras
A maioria dos indivíduos apresenta 33 vértebras, porém alguns podem ter 32 ou 34 vértebras em 
razão de erros no desenvolvimento. As estimativas da frequência de números anormais das vértebras 
acima do sacro alteram entre 5% e 12%. As variações das vértebras são afetadas por diversos fatores 
de variação anatômica, como a raça e o sexo, e ambientais. O aumento do número de vértebras é mais 
comum em homens e a diminuição do número é mais habitual em mulheres. Algumas raças expõem 
maior variação do número de vértebras. As variações do número de vértebras podem ser clinicamente 
relevantes. 
5.1.14 A cintura escapular
Veremos agora a cintura escapular, composta de escápula e clavícula, conforme ilustram as figuras 
a seguir. A clavícula é um osso par que compõe parte da cintura escapular. Ela é um osso alongado, 
ou seja, que embora comprido, nem sempre apresenta cavidade medular, conforme estudamos na 
classificação da morfologia óssea. Portanto, não é um osso longo típico por não possuir todos os 
atributos indispensáveis para assim ser contemplada. A clavícula tem o formato curvado como um “S” 
itálico e se localiza quase que horizontalmente logo acima da I costela. A escápula é um osso par, plano 
e triangular, que articula-se com dois ossos: o úmero e a clavícula.
 Observação
O nome escápula provém de uma palavra que significa “pá”, pois em 
culturas antepassadas as escápulas de animais eram usadas como pás.
Gilberto
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119
ANATOMIA
Figura 126 – A escápula
Figura 127 – A clavícula
5.1.15 O membro superior
Estudaremos agora os ossos dos membros superiores. Os membros superiores dos seres humanos, 
ao passar da posição quadrúpede para a bípede, reduziu sua função de locomoção, porém ganhou 
mobilidade e preensão. Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em três segmentos: o 
braço, o antebraço e as mãos.
O úmero, localizado no braço, é o maior e mais longo osso do membro superior. Dois ossos longos 
paralelos, o rádio e a ulna, compõem o esqueleto do antebraço. Na posição anatômica, o rádio situa-se 
lateralmente e a ulna medialmente.Veja as figuras a seguir:
Figura 128 – O úmero
Figura 129 – O rádio
120
Unidade II
Figura 130 – A ulna
 Observação
Algumas vezes é pertinente utilizar algum recurso que auxilie a lembrar 
de um novo dado. Tal ajuda é chamada de dispositivo mnemônico, ou, mais 
facilmente, “ativador da memória”. Para auxiliá-lo a lembrar da localização 
da ulna em relação à mão, um mnemônico pode ser m.u. (o “mindinho” está 
no lado da ulna), ou, ainda, o polegar é a “antena” do rádio.
A mão preênsil representa, em companhia com o encéfalo e a laringe, o seu comprometimento na 
capacidade da fala, um “órgão cultural” imprescindível para a evolução dos homens. É consenso que 
a evolução da mão, até atingir a aptidão de produção de ferramentas, aconteceu anteriormente ao 
avanço da fala. De qualquer maneira, a mão apresenta um papel relevante na comunicação não verbal, 
ou guiando a palavra proferida ou, ainda, como parte da linguagem corporal. 
As funções preênsil e tátil da mão são fundamentais e carecem das articulações dos dedos, com 
o polegar exibindo uma movimentação extraordinária e podendo ostentar uma posição de oposição 
em relação aos quatro outros dedos. Os papéis das articulações das mãos são inerentes no uso e no 
posicionamento adequado das mãos em relação ao antebraço. Para que os dedos ajam em afazeres 
mais concisos, manuseando artefatos pequenos, na escala de milímetros, os dedos têm que ser finos: 
não apresentam músculos e são movidos por longos tendões dos músculos do antebraço e, ainda, dos 
músculos intrínsecos da mão. 
Coligado à visão, os humanos podem utilizar o sentido tátil da mão para o reconhecimento de um 
espaço tridimensional e de seus artefatos. A relevância da mão procedeu no uso da expressão “palpar” 
também para o entendimento de processos abstratos.
A mão se divide em carpo, metacarpo e ossos dos dedos, conforme ilustra a figura a seguir. O carpo 
é formado por oito ossos dispostos em duas fileiras: proximal e distal. A fileira proximal de lateral para 
medial inclui o escafoide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme. A fileira distal de lateral para medial 
inclui o trapézio, o trapezoide, o capitato e o hamato. 
O metacarpo é composto de cinco ossos, que são numerados de lateral para medial em I, II, III, IV e V 
metacarpos e obedecem aos dedos da mão. Eles são classificados como ossos longos. Entre os ossos do 
metacarpo há os espaços interósseos. 
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121
ANATOMIA
Os cinco dedos da mão de lateral para medial são: o polegar (I), o dedo indicador (II), o dedo médio 
(III), o dedo anular (IV) e o dedo mínimo (V). Apresentam 14 falanges, cada uma com uma base, um corpo 
e uma cabeça. Elas são classificadas como ossos longos. Os dedos de II a V apresentam três falanges: 
proximal, média e distal. O dedo I possui duas falanges: proximal e distal.
Rádio UlnaUlna
Escafoide
Trapézio
Tubérculo do escafoide
Tubérculo do rapezoide
Trapezoide
Processo estiloide do rádio Processo estiloide da ulna
Semilunar
Piramidal
Pisiforme
Hamato
Hâmulo do osso hamato 
Osso do metacarpo
Capitato 
Figura 131 – A mão
 Observação
Para memorizar os ossos do carpo (de proximal para distal e de lateral 
para medial): “Um barco (escafoide) viajou a luz do luar (semilunar) em 
torno da pirâmide (piramidal) e pela plantação de ervilhas (pisiforme). O 
grande trapézio (trapézio), o trapézio pequeno (trapezoide) e a grande 
cabeça (capitato) têm que permanecer junto ao gancho (hamato)”. 
5.1.16 A cintura pélvica
Abordaremos agora a cintura escapular. Ao assumir a marcha ereta, e em similaridade à coluna 
vertebral, a pelve humana possui grandes desigualdades funcionais, em comparação à dos quadrúpedes. 
Ela é extraordinariamente maciça, em comparação à pelve de quadrúpedes, uma vez que ampara grande 
parte da massa corporal, exceto dos membros inferiores. Na posição ereta, o peso das vísceras abdominais 
e das vísceras pélvicas é empregado especialmente sobre a pelve.
A cintura pélvica, do latim pelvis (bacia), é formada pelos ossos do quadril, que se articulam entre si, 
pelas vértebras coccígeas e pelo sacro. O osso do quadril, conforme ilustra a figura a seguir, é classificado 
morfologicamente em plano ou irregular. A sua constituição inclui três ossos isolados: o ílio, o ísquio 
e o púbis. Nos seres humanos, até à puberdade, as três peças ósseas que compõem o osso do quadril 
continuam conectadas umas às outras por cartilagem; a partir desse período acontece a ossificação 
da cartilagem, e o osso do quadril passa a ser único, apesar de permanecerem as nomeações das peças 
ósseas que o formam originalmente. 
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Unidade II
Figura 132 – O osso do quadril
O estreito superior da pelve, ao nível das linhas arqueadas, a divide numa parte superior, a 
pelve maior ou falsa, e outra parte inferior, a pelve menor ou verdadeira. A pelve maior aloja 
os órgãos abdominais, enquanto a menor acomoda os órgãos do sistema genital e o final do 
sistema digestório.
 Observação
O conhecimento da pelve feminina apresenta relevância durante a 
gestação e o parto. As dimensões da pelve menor aumentam e a sínfise 
púbica se torna mais flexível nas gestantes à medida que os hormônios – 
no caso, a relaxina, produzida pelo corpo lúteo e pela placenta – promovem 
o relaxamento dos ligamentos pélvicos.
A sínfise púbica é uma articulação semimóvel que une os ossos do quadril. 
 Lembrete
A pelve representa um conjunto ósseo, em formato de anel, que 
transmite o peso da cabeça, do pescoço, dos membros superiores e do 
tronco, através de suas articulações até os membros inferiores.
Conforme ilustram as figuras a seguir, a pelve feminina e a pelve masculina possuem peculiaridades 
distintas. Comparada com a pelve masculina, a feminina possui os ossos mais suaves e delgados, com as 
saliências e as depressões menos pronunciadas; o promontório é mais saliente; a sínfise púbica e o sacro 
são mais curtos; a concavidade sacral é mais funda; as fossas ilíacas são maiores, mais rasas, achatadas 
e horizontais; a inclinação pélvica apresenta 4° a mais; o arco púbico é mais ampliado; os acetábulos são 
mais separados; o forame obturado é mais oval, com predomínio transverso nos homens, e mais circular 
nas mulheres; e os ossos fêmures são mais oblíquos.
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123
ANATOMIA
Articulação 
sacroilíaca
Promontório 
sacral
Diâmetro anatômico 
≅ 11 cm da abertura 
superior da pelve
Diâmetro transverso 
≅ 13 cm da abertura 
superior da pelve
Diâmetro oblíquo 
≅ 12,5 cm da abertura 
superior da pelve
Eminência iliopúbica
Espinha isquiática
Túber isquiático
Arco púbico
Sínfise púbica
 
Figura 133 – A pelve feminina
As asas do ílio são 
mais alargadas
Diâmetro 
transverso da 
pelve
Diâmetro oblíquo 
da pelve
Todas as medidas são 
ligeiramente menores que 
no sexo feminino, no que diz 
respeito ao tamanho do corpo
A sínfise púbica 
é mais profunda 
(mais lata)
O arco púbico e o 
ângulo subpúbico 
são mais estreitos
A abertura superior da 
pelve está orientada mais 
anteroposteriomente 
que no sexo feminino, 
onde ela tende a ser 
transversalmente oval
Diâmetro anatômico 
da pelve
Os túberes 
isquiáticos estão 
mais afastados
Figura 134 – A pelve masculina
5.1.17 O membro inferior
Veremos agora os membros inferiores. Os membros inferiores dos seres humanos desenvolveram-se, 
sobretudo, para a manutenção da massa corporal e a locomoção. Portanto, eles têm a capacidade de 
movimentar-se de um lugar para outro e sustentar o equilíbrio. Os ossos dos membros inferiores podem 
ser divididos em três segmentos: a coxa, a perna e os pés. Os membros inferiores são unidos ao tronco 
pela cintura pélvica. 
A marcha ereta dos humanos solicita adaptações morfológicas, não apenas na pelve, mas também 
na parte livre do membro inferior, responsáveis por muitas diferenças entre os membros inferiores e os 
Gilberto
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124
UnidadeII
membros superiores. Em virtude da sustentação de massa corporal, o fêmur é um osso muito mais vigoroso 
do que o úmero. O acetábulo da articulação do quadril é expressivamente mais profundo do que a cavidade 
glenoide da articulação do ombro, ocasionando em uma resistência maior contra luxações, contudo, 
possuindo uma movimentação mais restringida. Ao mesmo objetivo desempenham os ligamentos que são 
muito fortes, cujo arranjo possibilita a postura ereta, com um mínimo de empenho, em uma articulação do 
quadril em extensão. Os prestigiosos ligamentos do joelho não apenas resistem a luxações como se exibem 
estendidos, transformando os membros inferiores em “colunas estáveis”, adequados para sustentar a massa 
corporal sem grande vigor muscular. A disposição assimétrica dos ligamentos da articulação do quadril e 
da articulação do joelho, por exemplo, possibilita uma flexão máxima sincrônica durante a corrida.
O fêmur, representado na figura a seguir, é o mais longo e pesado osso do organismo humano. Influencia, 
de maneira significativa, a estatura de um indivíduo, em vida, que pode ser medida a partir do comprimento do 
fêmur, por exemplo, na Arqueologia. O fêmur transmite o peso do tronco e da pelve para a tíbia. 
Figura 135 – O fêmur
 Observação
Em caso de fratura do fêmur acontece a perda de aproximadamente um 
a dois litros de sangue, isto é, há o risco de choque por hipovolemia. 
Hipovolemia é o estado de diminuição do volume de sangue.
A patela é um osso pequeno e triangular, situada anteriormente à articulação do joelho. É o maior 
osso sesamoide do corpo humano e se divide em base, ápice, face anterior e face articular. A face anterior 
é convexa, enquanto a posterior possui uma área articular lisa e oval, conforme vimos anteriormente. 
Afora pelo fêmur, a tíbia, conforme ilustra a figura a seguir, é o maior osso no corpo humano que 
aguenta a massa corporal. Está situada medialmente na perna. A tíbia tem o papel de transferir o peso 
do fêmur para o tálus.
Figura 136 – A tíbia 
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125
ANATOMIA
 Observação
O termo tíbia quer dizer flauta, pois os ossos tibiais de pássaros eram 
utilizados antigamente para fazer instrumentos musicais.
A fíbula, conforme ilustra a figura a seguir, localiza-se lateralmente e um pouco posterior à tíbia. 
Não possui a função de manutenção da massa corporal. 
Ela não contribui com a articulação do joelho e tão-só auxilia a estabilizar a articulação do tornozelo. 
Figura 137 – A fíbula
 Observação
A fíbula, do latim fíbula (espeto, agulha, prego) é reconhecida como 
termo anatômico em virtude à similaridade com a agulha. O termo estaria 
relacionado à “infibulação”, processo usado pelos romanos no qual uma 
agulha de prata era inserida no prepúcio de adolescentes a fim de evitar 
relações sexuais prematuras.
 Lembrete
A fíbula não transfere, de maneira significativa, o peso do fêmur para o pé.
Vamos estudar o último segmento dos membros inferiores? O pé se divide em: tarso, metatarso e 
falanges, que compõem o esqueleto dos dedos (veja a figura a seguir). Os pés são responsáveis pela 
sustentação e pela locomoção. O pequeno desenvolvimento dos ossos dos dedos dos pés recorre-se 
pelo fato de que, com a aquisição da postura ereta, os dedos dos pés humanos abandonaram o papel de 
órgãos de preensão, diversamente de outros primatas.
O tarso apresenta sete ossos, divididos em duas fileiras: a proximal e a distal. Os dois ossos da fileira 
proximal são o calcâneo e o tálus. Já a fileira distal abrange o osso navicular, o osso cuboide, o osso 
cuneiforme medial, o osso cuneiforme intermédio e o osso cuneiforme lateral. Ele transmite a massa 
corpórea em dois sentidos: inferior e posterior, para o calcâneo; e inferior e anterior, para o calcâneo e 
o osso navicular, os quais, por sua vez, a transmitem para os ossos da fileira distal e para os metatarsos. 
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126
Unidade II
O calcâneo é um osso quadrangular que compõe o calcanhar, transferindo a massa corporal 
transmitida pelo tálus ao solo. É o mais volumoso dos ossos do tarso. O osso navicular está localizado 
medialmente no pé. O osso cuneiforme medial apresenta o formato de “cunha”. O osso cuboide é o maior 
da fileira distal do tarso.
O metatarso é composto de cinco ossos, que são numerados de medial para lateral em I, II, III, IV e 
V. Esses ossos são longos e determinam a ligação entre o tarso e as falanges. Diferentemente das mãos, 
em que o polegar possui enorme independência de movimentação, no metatarso todos os ossos são 
paralelos e no mesmo plano. Os dedos dos pés de medial para lateral são: o hálux, ou I dedo, o II dedo, o 
III dedo, o IV dedo e o dedo mínimo ou V dedo. As falanges são ossos longos. Há três falanges – proximal, 
média e distal – em cada dedo, exceto o hálux e, às vezes, o dedo mínimo possuem tão-só duas falanges. 
Falange proximal
Falange média
Falange distal
Falange distal hálux
Falange proximal do hálux
Falanges
Articulações interfalangeanas
Metatarsos
Cuneiformes
Cuboide
Calcâneo
Fíbula
Tíbia
TarsoNavicular
Tálus
Figura 138 – O pé
 Observação
Na clínica médica usa-se, comumente, outra divisão, que define a região 
do antepé, na divisão anatômica supracitada. O tálus e o calcâneo compõem 
o retropé. Os demais ossos do tarso e do metatarso formam o mediopé. 
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127
ANATOMIA
6 ARTROLOGIA E MIOLOGIA
6.1 Artrologia
Note uma manobra de um esquiador estilo livre em uma montanha ou um jogador driblando e 
deixando os defensores para trás e você estará observando as articulações em ação, conforme ilustram 
as figuras a seguir. Os músculos puxam os ossos para movê-los, entretanto, o movimento não seria 
possível sem as articulações entre os ossos. 
Figura 139 – Esquiador
Figura 140 – Drible no futebol 
Agora estudaremos as articulações. O local onde dois ou mais ossos se encontram, existindo ou não 
movimento entre eles, é chamado de articulações ou junturas. 
Ainda que sempre reflitamos em articulações como móveis, esse nem sempre é o caso. Muitas 
possibilitam apenas movimentos limitados e outras não consentem nenhum tipo de movimento 
aparente. A estrutura de uma determinada articulação está diretamente relacionada com o seu grau 
de movimento. As articulações móveis são locais do corpo onde os ossos se movimentam em contato 
próximo um com o outro. Ao trabalhar com máquinas, compreendemos que as peças que fazem contato 
entre si demandam maior conservação. Contudo, em nossos corpos, destinamos a dar pouca importância 
às articulações móveis até que patologias ou danos tornem a mobilidade muito precária. Se a mobilidade 
for limitada, mesmo em uma articulação altamente móvel, a qualquer instante durante a vida de um 
indivíduo uma articulação móvel pode ser transformada em uma articulação imóvel.
128
Unidade II
Veremos, então que os três tipos principais de articulações podem ser subdivididos em sinartroses, 
anfiartroses e diartroses. As partes ósseas das sinartroses são conectadas por um “tecido de preenchimento”. 
Nas sinartroses encontram-se as articulações fibrosas, cuja conexão óssea é constituída por tecido 
conjuntivo, enquanto nas anfiartroses encontram-se as articulações cartilagíneas, cuja conexão óssea 
é composta de cartilagem. As diartroses se caracterizam pela presença de uma cavidade articular entre 
os ossos articulados, preenchida por líquido, o líquido sinovial ou sinóvia. As articulações fibrosas e 
cartilagíneas são estabelecidas pela continuidade dos ossos articulantes por meio do tecido interposto. 
As articulações sinoviais se fazem por contiguidade.
6.1.1 Articulações fibrosas
Estudaremos a seguir as articulações fibrosas. Nelas, os ossos são conectados, entre si, por fibras de 
tecido conjuntivo, e desse modo é possível muito pouco movimento. Consideram-se os seguintes tipos 
de articulações fibrosas: as suturas, as sindesmoses, as gonfosese as esquindileses.
6.1.1.1 Suturas
Nas suturas, existe pequeno afastamento entre os ossos e, consequentemente, pequena quantidade 
de tecido conjuntivo interposto. As suturas da calota craniana são exemplos deste tipo de articulação.
A morfologia dessas suturas difere. Distinguimos: a sutura serrátil, a sutura escamosa e a sutura 
plana, conforme as figuras a seguir:
Sutura sagital
Figura 141 – Vista superior do crânio 
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129
ANATOMIA
Sutura escamosa
Figura 142 – Vista lateral do crânio
Sutura palatina 
mediana
Figura 143 – Palato duro, vista inferior
Na sutura serrátil as margens apresentam dentículos que se engrenam, sendo simples, 
inicialmente, e podendo, mais tarde, exibir a extremidade mais dilatada que a base, o que impede 
o afastamento dos ossos. A sutura escamosa possui as margens ósseas cortadas em bisel, à custa 
das faces opostas dos ossos. Na sutura plana as margens ósseas são planas e lisas.
6.1.1.2 Sindesmoses
Nessas articulações fibrosas, as sindesmoses ocorrem quando o afastamento entre os ossos é 
grande e há consequentemente grande quantidade de tecido conjuntivo interposto. Os dois ossos 
vizinhos são conectados por fibras colágenas de tecido conjuntivo, como a membrana interóssea 
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Unidade II
do antebraço, entre os ossos rádio e ulna, ou a sindesmose tibiofibular, conforme ilustram as 
figuras a seguir, a membrana interóssea da perna, entre os ossos: tíbia e fíbula; ou ainda por 
fibras elásticas de tecido conjuntivo, como, por exemplo, nos ligamentos amarelos entre os arcos 
de vértebras vizinhas.
Membrana interóssea Sindesmose 
tibiofibular
Figura 144 – Sindesmoses
6.1.1.3 Gonfoses
Nas gonfoses temos a união das raízes de um dente com as paredes dos alvéolos dentários. As fibras 
colágenas de tecido conjuntivo conectam o periósteo do osso alveolar ao periodonto, conforme ilustra 
a figura a seguir:
Articulação 
dentoalveolar
(gonfose)
Figura 145 – Corte vestibulolingual do primeiro molar inferior e da mandíbula
6.1.1.4 Esquindilese
As esquindileses acontecem quando a margem óssea aguda é inserida em uma fenda, por exemplo, 
do corpo do esfenoide, que se aloja em uma superfície em forma de fenda entre as asas do osso vômer, 
conforme ilustra a figura a seguir:
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131
ANATOMIA
Esquindilese
esfenovomeral
Figura 146 – Vista inferior do crânio
 Lembrete
Há quatro tipos de articulações fibrosas: as suturas, as sindesmoses, as 
gonfoses e as esquindileses. 
Nas articulações fibrosas, o movimento entre os ossos é reduzido.
6.1.2 Articulações cartilagíneas
Abordaremos agora as articulações cartilagíneas. Elas conectam dois ossos, por meio de 
cartilagem hialina ou fibrosa. Podem ser divididas em dois tipos: primária e secundária. Uma 
articulação primária, como acontece nas sincondroses, é aquela na qual os ossos são unidos por 
uma lâmina ou barra de cartilagem hialina. Desse modo, a união entre a epífise e a diáfise de um 
osso em crescimento e a que ocorre entre a I costela e o manúbrio do esterno são exemplos de tal 
articulação. Na região da base do crânio localiza-se a sincondrose esfenoccipital, conforme ilustra 
a figura a seguir. Nenhum movimento é possível. 
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Unidade II
Sincondrose 
esfenoccipital
Sutura incisiva
Figura 147 –Vista inferior de um crânio infantil 
Uma articulação cartilagínea secundária é aquela na qual os ossos são unidos por uma lâmina de 
fibrocartilagem e as faces articulares dos ossos são cobertas por uma fina lâmina de cartilagem hialina. 
Encontramos esse tipo na sínfise púbica, entre os ossos do quadril, e nos discos intervertebrais, entre os 
corpos das vértebras (veja as figuras a seguir). Uma pequena quantidade de movimento é possível.
Sínfise púbica
(a cartilagem foi removida)
Figura 148 – Vista anterior da pelve óssea
Gilberto
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133
ANATOMIA
Sínfise 
intervertebral
Figura 149 – Corte sagital paramediano da cabeça e do pescoço. Vista medial
 Lembrete
Algumas articulações cartilagíneas possibilitam pequenos movimentos 
entre os ossos. Elas são de dois tipos: as sincondroses e as sínfises.
6.1.3 Articulações sinoviais
Estudaremos agora as articulações sinoviais, também chamadas de diartroses, como vimos 
anteriormente. Com grande mobilidade, elas possuem diversas estruturas anatômicas essenciais, as 
quais serão comentadas a seguir.
Nas articulações sinoviais, as terminações ósseas articulares são recobertas por cartilagem hialina, de 
maneira a compor uma superfície lisa, o que leva a uma diminuição máxima do atrito. São chamadas de 
superfícies articulares e serão as primeiras estruturas anatômicas que veremos. As superfícies articulares 
são convexas (esse formato de corpo articular é chamado de cabeça articular) ou côncavas (nesse caso, 
diz-se de um acetábulo). O acetábulo pode estar elevado em tamanho em virtude de uma protuberância 
de suas margens, por meio do lábio glenoidal – são exemplos as articulações do ombro e do quadril. A 
incongruência de algumas superfícies articulares é contrabalançada por discos ou meniscos, estruturas 
anatômicas que descreveremos em breve.
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134
Unidade II
 Lembrete
A cartilagem articular, formada de tecido conjuntivo, consiste em uma 
camada protetora de 1 a 5 milímetros de espessura desse material que reveste 
as extremidades dos ossos que se articulam nas articulações sinoviais. 
 Observação
Durante o crescimento normal, a cartilagem articular em uma 
articulação sinovial (por exemplo, o joelho) aumenta em volume conforme 
a criança vai ficando mais alta.
A segunda estrutura anatômica que encontraremos nas articulações sinoviais é a cápsula articular. 
Ela forma um “folheto” de tecido conjuntivo em torno da articulação, isolando-a de modo hermético. 
A cápsula articular encontra-se presa aos dois ossos articulares, em geral, na margem das superfícies 
articulares recobertas por cartilagem. Ela é formada por uma camada interna e outra externa. A 
camada interna de uma cápsula interna é a terceira característica anatômica, que define a articulação 
sinovial, pois é constituída de uma membrana sinovial que produz e aprisiona o líquido sinovial 
dentro da cavidade articular.
 Observação
A membrana sinovial é altamente vascularizada, e transporta muitas 
das trocas fisiológicas necessárias para manter as superfícies articulares 
em funcionamento.
Assim, a quarta estrutura anatômica que encontraremos nas articulações sinoviais é a cavidade 
articular. Ela, na realidade, não existe como uma “cavidade”, uma vez que entre as duas partes articuladas 
há tão-só uma fenda capilar em razão da pressão negativa existente ou da tração dos músculos que 
passam sobre a articulação.
A quinta estrutura anatômica que compõe as articulações sinoviais é o líquido sinovial ou 
sinóvia. Ele é um líquido viscoso, claro ou amarelo-claro, assim chamado por sua semelhança em 
aspecto e consistência com a clara do ovo. Como vimos anteriormente, o líquido sinovial é secretado 
por células sinoviais na membrana sinovial e líquido intersticial filtrado do plasma sanguíneo. Ele 
tem três papéis principais:
• Fornecer lubrificação: a fina camada de líquido sinovial que reveste a face interna da cápsula 
articular e as faces expostas das cartilagens articulares oferecem lubrificação e diminuem o atrito. 
Isso é alcançado pelo ácido hialurônico e pela lubricina do líquido sinovial, que diminuem o 
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ANATOMIA
atrito entre as superfícies das cartilagens articulares em uma articulação sinovial até cerca de um 
quinto daquele visto entre dois pedaços de gelo.
• Nutrir os condrócitos: a quantidade total de líquido sinovial em uma articulação é normalmente 
inferior a 3 mL, mesmo em uma articulação grande como a do joelho. Esse volume relativamente 
pequeno de líquido deve circular para oferecernutrientes e uma via de rejeite de resíduos para 
os condrócitos das cartilagens articulares. A circulação do líquido sinovial é estimulada pelo 
movimento articular, que também traz ciclos de compressão e expansão nas cartilagens articulares 
contrárias. À compressão, o líquido sinovial é forçado para fora das cartilagens articulares; à 
reexpansão, ele é trazido de volta para as mesmas cartilagens. Esse fluxo de líquido sinovial para 
fora e para dentro das cartilagens articulares provê nutrição para seus condrócitos.
• Agir como amortecedor de impactos: o líquido sinovial amortece os impactos nas articulações 
sujeitas à compressão. Por exemplo, as articulações de quadril, joelho e tornozelo são contidas 
durante a deambulação e intensamente contidas durante a deambulação acelerada ou a corrida. 
Quando a pressão eleva abruptamente, o líquido sinovial concentra o impacto e o dissemina de 
maneira invariável sobre as faces articulares.
 Observação
O líquido sinovial também contém células fagocíticas que retiram 
micróbios e resíduos resultantes do uso e desgaste da articulação.
Quando uma articulação sinovial fica imobilizada por algum período, o líquido se torna bastante 
viscoso, “como se fosse um gel”, contudo, conforme o movimento articular se intensifica, o líquido se 
torna menos viscoso. Uma das benfeitorias do aquecimento antes da execução de atividades, conforme 
ilustra a figura a seguir, é a estimulação da produção e secreção de líquido sinovial; mais líquido quer 
dizer menos estresse nas articulações durante a prática de exercícios.
Figura 150 – Aquecimento antes de uma partida de futebol
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Unidade II
 Saiba mais
Toda atividade física exige preparo para um desempenho máximo. O 
aquecimento é habitualmente praticado antes de uma atividade esportiva 
e parece ser eficaz para a prevenção de lesões e melhorias no desempenho 
esportivo. Para isso recomendamos o link abaixo. Nesse artigo você verá 
qual o tipo de aquecimento, segundo os autores, é mais eficiente para o 
desempenho da força máxima.
SANTIAGO, E. L. et al. Efeitos de diferentes formas de aquecimento no 
desempenho da avaliação de força. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia 
do Exercício, v. 10, n. 58, p. 273-281, 2016. Disponível em: <http://www.
rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/933>. Acesso em: 30 abr. 2018. 
As articulações sinoviais podem apresentar uma diversidade de estruturas anatômicas acessórias, 
como o disco de fibrocartilagem e os corpos adiposos, os ligamentos, os tendões, as bolsas sinoviais e as 
bainhas tendíneas sinoviais.
Nas articulações complexas, como a do joelho, estruturas anatômicas acessórias podem localizar-se 
entre as faces articulares opostas e alterar as formas dessas faces. Isso inclui o seguinte:
• Meniscos e discos articulares são estruturas fibrocartilagíneas. Os papéis dos meniscos e discos 
articulares não são totalmente entendidos, contudo os conhecidos incluem: 
— absorção de impacto; 
— melhor encaixe entre as superfícies ósseas da articulação; 
— oferecimento de superfícies amoldáveis para movimentos combinados; 
— distribuição de peso sobre uma superfície de contato maior; 
— propagação do líquido sinovial pelas faces articulares da articulação.
• Corpos adiposos, geralmente, estão localizados próximo à periferia da articulação, delicadamente 
revestidos pela membrana sinovial. Os coxins de corpos adiposos oferecem proteção para as 
cartilagens articulares e servem como material de arranjo para a articulação como um todo. 
Eles ocupam os espaços produzidos quando os ossos se movimentam e a cavidade articular 
altera de formato.
• A cápsula articular que circunda toda a articulação é contínua com o periósteo dos ossos que 
se articulam. Os ligamentos são estruturas anatômicas acessórias que amparam, fortalecem 
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ANATOMIA
e reforçam as articulações sinoviais. Os ligamentos intrínsecos, ou ligamentos capsulares, são 
adensamentos da própria cápsula articular. Os ligamentos extrínsecos são separados da cápsula 
articular. Esses ligamentos podem ser encontrados externa ou internamente à cápsula articular e 
são chamados ligamentos extracapsulares e intracapsulares, respectivamente.
• Os tendões, ainda que caracteristicamente não componham parte da articulação como uma 
estrutura anatômica essencial ou acessória, geralmente atravessam-na ou em sua proximidade. A 
tonicidade muscular normal mantém os tendões tensos, e a tensão pode restringir a amplitude de 
movimento. Em algumas articulações, os tendões são partes complementares da cápsula articular 
e oferecem resistência significativa à cápsula.
• As bolsas sinoviais são pequenas estruturas anatômicas preenchidas por líquido sinovial 
no tecido conectivo. As bolsas sinoviais são recobertas pela membrana sinovial e podem 
comunicar-se ou não com a cavidade articular. Elas constituem-se onde o tendão ou os 
ligamentos atritam contra outros tecidos. Seu papel é diminuir o atrito e atuar como 
amortecedores de choque. As bolsas sinoviais são localizadas ao redor da maioria das 
articulações sinoviais, por exemplo, a do ombro. 
• As bainhas tendíneas sinoviais são bolsas tubulares que rodeiam os tendões onde eles atravessam 
as superfícies ósseas. As bolsas também podem surgir embaixo da pele que recobre um osso ou no 
interior de outros tecidos conectivos sujeitados a atrito ou pressão. As bolsas que se desenvolvem 
em situação anormal ou devido a pressões anormais são chamadas de bolsas adventícias.
 Observação
As inflamações dos tendões são chamadas de tendinites. A 
inflamação da bolsa sinovial é chamada de bursite. Na presença de 
cargas elevadas, pode acontecer uma inflamação da bainha tendínea, 
chamada de tendovaginite.
 Saiba mais
Selecionamos alguns artigos científicos que abordam temas relacionados 
com as lesões esportivas. Certamente a leitura trará grandes benefícios para 
a sua formação acadêmica. 
DE CARVALHO, B. T. S. et al. Lesões esportivas em atletas de basquete 
masculino veterano de Maringá. Revista Uningá, n. 26, p. 21-32, 2010. Disponível 
em: <http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/908/579>. Acesso 
em: 30 abr. 2018. 
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Unidade II
CRUZ, R. S. et al. Compreendendo as lesões das raízes posteriores dos 
meniscos: da ciência básica ao tratamento. Revista Brasileira de Ortopedia, 
v. 52, n. 4, p. 463-472, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbort/
v52n4/pt_1982-4378-rbort-52-04-00463.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2018.
BALDON, R. M. et al. Diferenças biomecânicas entre os gêneros e sua 
importância nas lesões do joelho. Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 1, 
p. 157-166, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/fm/v24n1/
v24n1a18>. Acesso em: 12 jun. 2018. 
ALMEIDA NETO, A. F.; TONIN, J. P.; NAVEGA, M. T. Caracterização de 
lesões desportivas no basquetebol. Fisioterapia em Movimento, v. 26, n. 2, 
p. 361-368, 2013. Disponível em: <https://periodicos.pucpr.br/index.php/
fisio/article/view/21567/20673>. Acesso em: 12 jun. 2018.
 Lembrete
Os meniscos articulares apresentam forma de meia-lua e estão 
localizados no joelho. 
É interessante notar que não há relação entre o aumento da cartilagem no joelho e mudanças na 
massa corporal. As crianças que realizam atividades esportivas vigorosas acumulam cartilagem articular 
de forma mais rápida que aquelas que não realizam as mesmas práticas, e os meninos tendem a adquirir 
cartilagem articular no joelho mais rapidamente que as meninas.
 Lembrete
Os ligamentos conectam os ossos uns aos outros. Todas as articulações 
sinoviais são reforçadas, contudo, não muito, por ligamentos de tecido 
conectivo elástico.
As articulações mais numerosas no organismo são as articulações 
sinoviais. Elas apresentam a superfície articular, a cápsula articular, a 
cavidade articular, a membrana sinovial, o líquidosinovial, os ligamentos, 
os meniscos e os discos articulares.
Exemplo de aplicação
Agora é com você! Estude as figuras a seguir. Faça ilustrações em papel vegetal, utilizando lápis Hb2, 
lápis para colorir e caneta Stabilo e elabore pranchas de Anatomia, apontando os detalhes anatômicos 
das articulações sinoviais.
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ANATOMIA
Cápsula 
articular
Ligamento 
extracapsular
Ligamento 
intracapsular
Menisco Cartilagem 
articular
Figura 151 – Articulações sinoviais
Cápsula 
articular
Faces 
articulares
Cavidade 
articular
Figura 152 – Articulações sinoviais
Disco articular
Figura 153 – Articulações sinoviais
140
Unidade II
6.1.3.1 Classificação das articulações sinoviais
Iremos, em um primeiro momento, classificar as articulações sinoviais, de acordo com a sua 
função em uniaxiais, biaxiais, triaxiais e não axiais:
• Uniaxiais: executam movimento em torno de um só eixo de movimento. Exemplos: a articulação 
umeroulnar e as articulações interfalângicas, que possibilitam apenas movimentos de flexão 
e extensão.
• Biaxiais: executam movimento em torno de dois eixos de movimento. Exemplo: a articulação 
radiocarpal, que possibilita movimentos de flexão, extensão, adução e abdução.
• Triaxiais: executam movimento em torno de três eixos de movimento. Exemplos: as articulações 
do ombro e do quadril, que possibilitam extensão, flexão, adução, abdução e rotação.
• Não axiais: não executam movimentos em torno de eixos, apresentando apenas um pequeno 
movimento de deslizamento entre os ossos. Exemplo: as articulações intercarpais.
Agora vamos classificar as articulações sinoviais, de acordo com o formato das faces articulares. 
Elas serão classificadas em plana, gínglimo ou dobradiça, trocoide, condilar, elipsoide, selar e 
esferoide. Veja:
• Plana: as faces articulares são planas ou ligeiramente curvas. O movimento que acontece nessas 
articulações é o deslizamento de uma face sobre a outra. Exemplos: as articulações intercarpais 
e intertarsais.
• Gínglimo ou dobradiça: essas articulações contêm uma superfície óssea convexa e outra côncava. 
Os ligamentos colaterais resistentes da região restringem o movimento a um deslocamento planar, 
como o de uma dobradiça. Exemplos incluem as articulações umeroulnar e interfalangeanas.
• Trocoide: nesse tipo de articulação uma das faces articulares tem o aspecto semelhante a uma 
roda ou pivô. Exemplo: a articulação radioulnar proximal.
• Condilar: nesse tipo, pelo menos uma das faces tem o formato elíptico. Exemplos: a articulação 
temporomandibular e a articulação atlantoccipital.
• Elipsoide: uma estrutura elipsoidal possui um formato tipo fuso na qual uma superfície convexa 
um tanto plana se articula com uma superfície côncava profunda. Exemplo: a articulação 
radiocarpal no punho.
• Selar: a face articular apresenta o formato de sela, ou seja, cada um dos ossos tem uma superfície 
côncavo-convexa. Exemplo: a articulação carpometacarpo do polegar.
• Esferoide: uma das faces articulares apresenta formato de segmento de esfera, que se encaixa 
um receptáculo oco. Exemplos: as articulações do ombro e do quadril.
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ANATOMIA
A figura a seguir ilustra os diversos tipos de estruturas articulares das articulações sinoviais: gínglimo 
ou dobradiça, condilar, elipsoide, selar, trocoide e esferoide.
Articulações uniaxiais
Articulações biaxiais
Articulação triaxial
Articulação elipsoide Articulação em sela
Articulação em dobradiça Articulação trocoide Articulação esferoide
Articulação condilar
Figura 154 – Classificação das articulações sinoviais
 Lembrete
Funcionalmente, as articulações são classificadas como:
• Sinartrose: uma articulação imóvel, como as suturas.
• Anfiartrose: uma articulação discretamente móvel, como a 
sínfise púbica.
• Diartrose: uma articulação livremente móvel. Todas as diartroses são 
articulações sinoviais. Elas possuem diversos formatos e permitem 
vários tipos diferentes de movimentos, como o joelho.
6.1.3.2 Denominação dos movimentos em articulações
Como as articulações são junções entre partes ósseas ou segmentos, sua denominação segue uma 
convenção muito simples. Elas são chamadas usando-se os nomes dos dois ossos que compõem essa 
junção, normalmente com o osso proximal primeiro. Por exemplo, a articulação do punho está entre o 
rádio distal e a linha proximal dos ossos do carpo; portanto, ela é a radiocarpal. A terminologia descritiva 
direcional é usada para descrever os tipos de movimentos vistos entre os dois segmentos articulares, 
como descreveremos a seguir:
• Flexão e extensão: são considerados movimentos angulares. Na flexão, há diminuição do ângulo 
existente entre o segmento que permanece fixo e aquele que se desloca. Na extensão, há aumento 
do ângulo entre o segmento fixo e o que se desloca.
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Unidade II
 Lembrete
Os movimentos de extensão e flexão acontecem no plano sagital e, 
segundo a regra, o eixo é laterolateral ou transversal.
• Adução e abdução: adução é o movimento no qual um segmento se aproxima do plano sagital 
e abdução é o movimento no qual um segmento se afasta dele.
 Lembrete
Os movimentos de adução e abdução são efetuados no plano frontal e 
seu eixo de movimento é anteroposterior ou sagital.
• Rotação: é o movimento em que um segmento gira em torno de um eixo longitudinal. O 
plano em que isso acontece é o horizontal, portanto, perpendicular ao eixo de movimento. 
Nos membros, podemos ter uma rotação medial quando a face anterior do membro gira em 
direção ao plano mediano do corpo. Esse movimento, de maneira especial para o antebraço, 
é chamado pronação, e a rotação lateral, que é o movimento contrário à rotação medial, é 
chamada supinação.
• Circundução: é o movimento combinatório que inclui adução, extensão, abdução e flexão. Ele 
acontece nos planos sagital e frontal e nos eixos transversal e sagital.
Veremos agora que as articulações sinoviais realizam movimentos especiais, os quais 
acontecem apenas em certas articulações. Eles são a elevação, depressão, protração, retração, 
inversão, eversão, dorsiflexão, flexão plantar e oposição, conforme se verá a seguir: 
• Elevação: é o movimento para cima de uma parte do corpo, como fechar a boca na articulação 
temporomandibular, elevando a mandíbula ou encolher os ombros na articulação acromioclavicular 
elevando a escápula e a clavícula. A depressão é seu movimento contrário. O hioide e as costelas 
são outros ossos que podem ser elevados ou deprimidos.
• Depressão: é o movimento para baixo de uma parte do corpo, como na abertura da boca, que 
deprime a mandíbula ou no retorno dos ombros para a posição anatômica, deprimindo a escápula 
e a clavícula.
• Protração: é o movimento anterior de uma parte do corpo no plano transverso. A retração é 
o movimento contrário. É possível protrair a mandíbula na articulação temporomandibular 
empurrando-a para frente ou as clavículas nas articulações acromioclavicular e esternoclavicular 
cruzando os braços.
• Retração: é o movimento de retorno à posição anatômica de uma parte corporal protraída.
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143
ANATOMIA
• Inversão: é o movimento medial da planta do pé nas articulações intertarsais. Seu movimento 
contrário é a eversão. Também podemos chamar a inversão combinada com a flexão plantar dos 
pés de supinação.
• Eversão: é o movimento lateral da planta do pé nas articulações intertarsais. Também podemos 
chamar a eversão combinada com a dorsiflexão dos pés de pronação.
• Dorsiflexão: é a flexão do pé na articulação do tornozelo ou articulação talocrural, ou seja, entre 
a tíbia, a fíbula e o tálus, na direção do dorso. A dorsiflexão acontece quando ficamos de pé sobre 
os calcanhares. Seu movimento contrário é a flexão plantar.
• Flexão plantar: é a flexão do pé na articulação do tornozelo na direção da face inferior ou 
plantar do pé, comoquando elevamos o corpo ao ficarmos na ponta dos pés.
• Oposição: é o movimento do polegar na articulação carpometacarpo, no qual o polegar se move 
de um lado a outro pela palma da mão para tocar as pontas dos dedos da mesma mão. 
 Lembrete
Esses “polegares que realizam oposição” permitem o movimento 
diferencial que confere aos humanos e outros primatas a capacidade de 
segurar e manipular objetos de maneira muito precisa.
Exemplo de aplicação
Realize as seguintes atividades:
1 – Para treinar os diversos tipos de movimentos articulares, coloque uma vestimenta adequada 
e se dirija a um local arejado. Leia o capítulo 1 da obra a seguir: 
HOUGLUM, P. A. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 6. ed. Barueri: Manole, 2014. 
Na sequência, realize todos os movimentos demonstrados nas imagens. Você fixará bem os 
conceitos. Vamos lá!
2 – Leia também o capítulo 7 (p. 68-69) da obra: 
LAROSA, P. R. R. Anatomia Humana: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
Elabore uma tabela em seu caderno com as importantes articulações sinoviais do corpo humano 
e a sua classificação. Bom trabalho!
144
Unidade II
3 – Você está lembrado dos detalhes ósseos estudados? Vamos associá-los com as articulações? 
Solicitamos que notassem os principais detalhes ósseos dos esqueletos axial e apendicular e das 
cinturas escapular e pélvica. Assim, por exemplo, encontramos na escápula a cavidade glenoide, 
a qual se une com o úmero, ou seja, pela sua cabeça, formando a articulação do ombro ou 
glenoumeral. Sabemos que a articulação do ombro é classificada morfologicamente como esferoide 
e funcionalmente realiza movimentos nos três eixos, ou seja, flexão, extensão, adução, abdução e 
rotação. Esportes de alto rendimento levam a lesões nas articulações, como as luxações e os entorses. 
Partindo desse exemplo, desejamos que você faça uma descrição de algumas articulações sinoviais: 
quadril, joelho, tornozelo, ombro, cotovelo, punho e mão, contendo os principais componentes 
anatômicos, os movimentos que podem ocorrer e a significância clínica.
Para tal atividade, recomendamos os capítulos dos seguintes livros (observação: utilize pelo 
menos três dos livros indicados):
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed, 2009.
TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 10. 
ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
VANPUTTE, C. L. et al. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. São Paulo: AMGH, 2016. 
VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2003. 
Boa atividade!
6.2 Miologia
Veremos agora os músculos, cujo estudo é chamado miologia. Quimicamente, eles consistem 
em água e sólidos; esses sólidos são as proteínas, os carboidratos e os sais inorgânicos (abrangendo 
o cloreto de cálcio, o ferro, o magnésio, o fósforo, o potássio e o sódio), além das enzimas, dos 
glóbulos de gordura, dos extrativos nitrogenados (como o ácido úrico e a creatina) e dos extrativos 
não nitrogenados (como o ácido láctico e o glicogênio). Sem os músculos, nós, seres humanos, 
seríamos pouco mais do que “bonecos” de lojas de shopping, impossibilitados de deambular, 
articular as palavras, piscar os olhos ou até mesmo segurar uma bola de futebol. Todavia, 
nenhuma dessas inconveniências nos importunaria, porque também permaneceríamos inábeis de 
respirar. Uma das principais qualidades dos seres humanos é a nossa competência de se mover, 
mas também utilizamos os nossos músculos esqueléticos quando não estamos em movimento. 
Os músculos chamados posturais estão constantemente contraindo para nos manter nas posturas 
sentado ou em pé. Os músculos chamados respiratórios estão constantemente trabalhando para 
nos manter respirando, mesmo durante o adormecer. A nossa comunicação depende dos músculos 
esqueléticos, seja para escrever, digitar ou conversar. Mesmo a comunicação silenciosa, utilizando 
sinais manuais ou expressões faciais, carece do trabalho dos músculos esqueléticos.
145
ANATOMIA
A quantidade de músculos em nosso corpo depende de uma série de fatores. Nem todos os indivíduos 
apresentam exatamente a mesma quantidade. Alguns podem surgir em um lado do corpo, mas não no 
lado oposto, como o músculo psoas menor. Outros estão totalmente ausentes em certos indivíduos, 
como o músculo palmar longo. Essas características, como vimos anteriormente, são chamadas variações 
anatômicas. Assim, em conjunto, encontraremos aproximadamente 700 músculos no corpo humano, 
sendo eles controlados voluntariamente com variações de tamanho e formato.
 Observação
Manter bons estoques de glicogênio muscular é essencial para o 
desempenho esportivo e a recuperação muscular pós-treino.
 Saiba mais
A fim de ter um melhor desempenho diversos atletas e desportistas, 
estão buscando a utilização dos recursos ergogênicos. São tratamentos ou 
substâncias usadas para melhorar a performance. Estas são classificadas 
em diferentes tipos sendo recursos mecânicos, fisiológicos, farmacológicos, 
psicológicos ou nutricionais. Dentre os diversos recursos está a creatina. O 
artigo recomendado faz uma revisão sobre os uso desse recursos ergogênico.
OLIVEIRA, L. M. et al. Efeitos da suplementação de creatina sobre a 
composição corporal de praticantes de exercícios físicos: uma revisão 
de literatura. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 11, n. 61, 
p. 10-15, 2017. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/
articulo?codigo=5771924>. Acesso em: 30 abr. 2018.
6.2.1 Tipos de músculos
Quando a contração de um músculo resulta de uma ação de vontade, dizemos que esse é um 
músculo voluntário, mas quando a contração muscular escapa ao controle consciente do indivíduo, 
chamamos o músculo de involuntário.
Os músculos voluntários diferenciam-se histologicamente dos involuntários por possuirem estriações 
transversais, sendo, por isso, chamados de estriados. Já́ os músculos involuntários não possuem 
estriações, sendo por esse motivo ditos lisos.
Possuímos ainda outro tipo de músculo, o músculo cardíaco, que se semelha histologicamente ao 
músculo esquelético, ainda que apresente uma ação involuntária, conforme ilustra a figura a seguir:
Gilberto
Realce
146
Unidade II
Estriação
Estriação
Fibra muscular
Fibra muscular
Fibra de 
músculo liso
Disco muscular
Núcleo
Núcleo
Núcleo
Figura 155 – Tipos de músculos
Podemos também distinguir os músculos estriados dos lisos pela topografia, já que os músculos 
estriados, na maioria das vezes, estão fixados ao menos por uma de suas extremidades ao esqueleto. 
Já os músculos lisos são viscerais, isto é, são localizados na parede das vísceras de vários sistemas 
do organismo.
O principal papel do tecido muscular estriado esquelético é movimentar o organismo ao executar 
tração sobre os ossos do esqueleto, permitindo-nos diversas atividades, como andar, dançar ou tocar 
um instrumento musical. O músculo estriado cardíaco impulsiona o sangue para os vasos do sistema 
cardiovascular; já o tecido muscular liso conduz líquidos e sólidos ao longo do canal alimentar e exerce 
papéis variados em outros sistemas, portanto não serão neste momento foco dos nossos estudos.
 Observação
Anatomicamente, os músculos são classificados como esqueléticos, 
quando possuem pelo menos uma extremidade ligada a osso, ou viscerais, 
quando formam a parede de órgãos moles e cavitários.
6.2.2 Papéis dos músculos 
Desses três tipos de músculos, aquele que nos interessa diretamente é o estriado ou voluntário. A 
lista a seguir resume os principais papéis de todos os três tipos de músculos:
Gilberto
Realce
147
ANATOMIA
• Manutenção da postura e posicionamento do organismo: as contrações de músculos 
específicos sustentam a postura corporal. Por exemplo, conservar a cabeça em posição durante 
a leitura de um livro ou equilibrar a massa corporal sobre os pés ao caminhar compreende à 
contração de músculos que estabilizam as articulações. Sem a constante contração muscular, não 
seria possível sentar em postura eretasem cair nem levantar sem tombar para frente.
• Sustentação de tecidos moles: a parede abdominal e o soalho da cavidade pélvica consistem 
em camadas de músculos estriados esqueléticos. Esses músculos suportam o peso das vísceras e 
protegem os tecidos internos contra lesões.
• Regulação da entrada e saída de materiais: as aberturas ou os orifícios do canal alimentar e das 
vias urinárias são circundados por músculos estriados esqueléticos. Esses músculos possibilitam o 
controle voluntário da deglutição, defecação e micção.
• Manutenção da temperatura corporal: a contração muscular necessita de energia, e sempre 
que o organismo usa energia, transforma parte dela em calor. A perda de calor pela contração 
muscular conserva nossa temperatura corporal dentro do intervalo indispensável para o seu 
funcionamento normal.
• Reserva de nutrientes: os lipídios são armazenados nos músculos estriados esqueléticos como 
elementos de reserva e usados nas reações energéticas; já as substâncias minerais influenciam 
as alterações químicas musculares e a sua contração. Além disso, o glicogênio é armazenado em 
grande quantidade nas fibras musculares, transformando-se em glicose quando há necessidade 
de energia para as células.
6.2.3 Componentes macroscópicos dos músculos estriados esqueléticos
O músculo estriado esquelético possui uma porção carnosa, vermelha no vivente, chamada 
de ventre muscular, em que prevalecem as fibras musculares, sendo, portanto, a parte contrátil 
do músculo. Apresenta também extremidades que, quando são cilíndricas ou possuem formato 
de fita, chamamos de tendões, e quando têm formato de lâminas, denominamos aponeuroses, 
conforme ilustram as figuras a seguir:
Tendões
Ventre 
muscular
Figura 156 – Vista anterolateral do braço
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
148
Unidade II
Fáscia 
muscular 
(rebatida) Aponeuroses
Ventre 
muscular
Figura 157 – Vista lateral da cabeça
Os tendões e as aponeuroses são esbranquiçados e brilhantes, muito resistentes, formados por 
tecido conectivo denso rico em fibras colágenas, sendo responsáveis pela fixação dos músculos 
ao esqueleto. Contudo, podem estar fixados também em cartilagens, em cápsulas articulares, 
em tendões de outros músculos e na derme. Os tendões possuem um ponto de fixação. Já as 
aponeuroses apresentam diversos deles.
Frequentemente, a fixação de um tendão muscular ao osso estacionário é chamada de origem 
e a fixação do outro tendão muscular ao osso móvel é chamada de inserção. Uma boa associação 
de ideias é a mola de uma porta. Nesse exemplo, observamos que a parte da mola fixada à estrutura 
é a origem e que a parte presa à porta representa a inserção. Geralmente, a origem é proximal e a 
inserção é distal. A inserção normalmente é tracionada em direção à origem. 
 Lembrete
A porção carnosa do músculo entre os tendões é chamada ventre 
muscular. Ele representa a porção espiral do meio da mola do nosso exemplo.
É importante lembrarmos também que existem alguns poucos músculos em que temos tendões 
interpostos a seus ventres; todavia, esses tendões não servem para fixação no esqueleto.
Envolvendo o músculo, existe uma lâmina de tecido conectivo com espessura variável, às vezes 
muito espessa, outras não: a fáscia muscular. Ela desempenha os papéis de:
• Bainha elástica de contenção: esse papel desempenhado pela fáscia, de conter ou manter 
próximas as fibras musculares entre si, é relevante para possibilitar que o músculo possa executar 
um trabalho competente de tração ao se contrair.
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
149
ANATOMIA
• Facilitação do deslizamento dos músculos entre si: relevante para impedir o atrito entre os 
músculos durante a contração.
Outro componente macroscópico que encontraremos são os retináculos. Eles são alças de sustentação 
compostas de tecido conjuntivo que sustentam os tendões em seu lugar e, em parte, agem como apoio. 
Trata-se de locais de desvio de músculos em seu caminho de origem até a inserção, como o retináculo 
extensor dos músculos extensores longos da mão e dos dedos que, durante uma extensão dorsal, evita 
o afastamento do tendão em sentido dorsal. 
 Lembrete
Os músculos estriados esqueléticos fixam-se normalmente aos ossos 
por meio de suas extremidades. O ponto fixo (origem) do músculo não se 
desloca durante a ação muscular, enquanto a extremidade contrária, que 
se desloca, é o ponto móvel (inserção).
Durante a realização de muitos movimentos, acontecem mudanças da posição de ambos os pontos 
fixos do músculo, podendo acontecer até mesmo uma “inversão do movimento”, quando o local de 
inserção muscular chamado de ponto móvel é fixado e, então, o “ponto fixo” se aproxima do “ponto 
móvel”. Podemos exemplificar tal fato durante a realização de uma suspensão na barra fixa: como os 
braços não podem alterar de posição devido à barra fixa, o tronco se aproxima dos braços, conforme 
ilustra a figura a seguir:
Figura 158 – Flexão na barra fixa
Gilberto
Realce
150
Unidade II
 Saiba mais
Leia, no capítulo 9 da obra destacada, os seguintes tópicos: tecido 
muscular estriado esquelético e organização muscular, anatomia 
macroscópica, anatomia microscópica das fibras musculares estriadas 
esqueléticas, contração muscular, unidades motoras e controle muscular, 
nota clínica – rigor mortis, tono muscular e tipos de fibras musculares 
estriadas esqueléticas. Você certamente apreciará a leitura.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia Humana. 
Porto Alegre: Artmed, 2009. 
 Lembrete
Qualquer músculo apresenta sempre duas partes principais: o ventre 
muscular e os tendões e/ou as aponeuroses.
6.2.4 Nomenclatura dos músculos estriados esqueléticos
Os músculos estriados esqueléticos são classificados de acordo com diversas características, 
incluindo a sua localização, o tamanho, a forma, a disposição das fibras musculares, a origem, a 
inserção, o número de cabeças, a embriologia e a função. Dedicando atenção a essas dicas, a tarefa 
de estudar os nomes dos músculos estriados esqueléticos ficará mais fácil:
• Localização do músculo: alguns nomes de músculos lembram o osso ou a região do organismo 
com a qual o músculo está integrado. Por exemplo, o músculo temporal localiza-se sobre o osso 
temporal; o músculo peitoral está localizado no tórax; ou, ainda, o músculo glúteo está nas 
nádegas, conforme ilustra a figura a seguir; e um músculo braquial está no braço.
• Tamanho relativo do músculo: termos como máximo, mínimo, longo e curto são comumente 
usados em nomes de músculos. Um músculo longo é mais comprido do que um curto. Além disso, 
uma segunda parte do nome imediatamente nos fala se existe mais de um músculo relacionado. 
Se existe um músculo curto, muito possivelmente um músculo longo está presente na mesma 
região, como o músculo palmar longo. Ainda podemos dar como exemplos o músculo glúteo 
máximo, grande, que é o maior músculo das nádegas, e o músculo glúteo mínimo, pequeno, que 
é o menor (veja a figura a seguir).
• Forma do músculo: alguns músculos são chamados conforme a sua forma, como o músculo 
pronador quadrado, que apresenta um formato que lembra essa figura geométrica.
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
151
ANATOMIA
 Observação
A letra grega delta maiúscula se escreve Δ (em formato de triângulo 
isósceles). Inicialmente, o termo era utilizado apenas em sentido geográfico, 
representando a foz do rio Nilo, em forma triangular. Foi Jean Riolan quem 
deu esse nome ao músculo deltoide.
Músculo 
glúteo 
máximo
Músculo 
deltoide
Figura 159 – Região glútea Figura 160 – Vista lateral de membro superior 
• Disposição das fibras musculares: de um modo geral, os músculos apresentam as fibras 
dispostas paralela ou obliquamente à direção de tração exercida por eles. Há, ainda, os 
músculos dispostos de forma circular. Assim, os músculos estriados esqueléticos podem 
ser classificados quanto à disposição paralela, à disposição oblíqua e à disposição circular. 
Entre os músculos que apresentam a disposição paralela, citamosos músculos longos, 
nos quais o comprimento é predominante (por exemplo, o músculo sartório); os músculos 
largos, nos quais o comprimento e a largura são equivalentes (por exemplo, o músculo 
glúteo máximo); os músculos fusiformes, predominantemente nos membros e que são 
longos, contudo, nota-se uma convergência das fibras em direção aos tendões de origem 
e inserção (por exemplo, o músculo braquial); e os músculos em formato de leque, que são 
largos, em que as fibras convergem para um tendão em uma das extremidades, dando-lhes 
a aparência de um leque (por exemplo, o músculo temporal). O músculo que possui fibras 
dirigidas obliquamente e inseridas apenas em um lado do tendão, à semelhança da metade 
de uma pena de ave é classificado como peniforme, cujo exemplo clássico é o músculo 
extensor longo do hálux. Músculos bipeniformes são os que mostram o formato de uma 
pena inteira, como o músculo reto femoral.
Gilberto
Realce
152
Unidade II
Músculo 
sartório
Músculo 
bíceps 
braquial
Músculo 
braquial
Figura 161 – Vista anterior da coxa Figura 162 – Vista anterolateral do braço
Músculo 
extensor longo 
do hálux
Músculo reto 
femoral
Figura 163 – Vista anterior da perna Figura 164 – Vista anterior da coxa e do dorso do pé
Como exemplos da disposição das fibras musculares, citamos os músculos orbiculares da 
boca e dos olhos, conforme ilustram as linhas azul-claro da figura a seguir, que têm os seus 
fascículos dispostos em círculo em torno de uma abertura, atuando como esfíncteres para 
fechar a abertura. 
 
153
ANATOMIA
Músculo orbicular 
dos olhos
Músculo orbicular 
da boca
Figura 165 – Peças de cadáver fresco com compartimento de gordura 
superficial (CGS) e músculos zigomático maior (MZM) expostos
• Número de origens: quando bíceps, tríceps ou quadríceps compõem parte do nome de um 
músculo, pode-se adotar que o músculo tem duas, três ou quatro origens, respectivamente. São 
exemplos o músculo bíceps femoral, a tríceps da perna e o quadríceps femoral.
— O músculo bíceps femoral é formado por duas cabeças de origem: o músculo bíceps femoral 
cabeça longa e o músculo bíceps femoral cabeça curta.
— O músculo tríceps da perna é formado por três cabeças de origem: os músculos gastrocnêmios 
(medial e lateral) e o músculo sóleo.
— O músculo quadríceps femoral é formado por quatro cabeças de origem: o músculo reto 
femoral e os músculos vastos (medial, intermédio e lateral), conforme ilustra a figura a seguir:
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
154
Unidade II
Músculo quadríceps femoral:
A B
M. sartório
M. reto femoral
M. vasto intermédio
M. vasto lateral
M. vasto medial
Figura 166 – A) Vista anterior da coxa; B) Vista anterior da coxa com o músculo reto femoral rebatido
 Observação
A expressão calcanhar de Aquiles (veja a figura a seguir), em sentido 
geral, significa qualquer ponto desprotegido. 
Em Anatomia, chamamos de tendão do calcâneo. 
Na mitologia grega, o herói Aquiles foi tornado inatingível pela mãe ao ser 
banhado nas águas do rio Estige. Porém, como foi seguro pelos calcanhares para 
não afundar, essa parte ficou desprotegida, pois não entrou em contato com a 
água. Mais tarde, na guerra de Troia, foi mortalmente golpeado por Páris com 
uma flechada no calcanhar.
Figura 167 – O calcanhar de Aquiles
155
ANATOMIA
 Lembrete
O calcanhar de Aquiles é o ponto de inserção do músculo tríceps 
da perna.
• Número de inserções: os músculos também podem se inserir por mais de um tendão, sendo eles 
classificados como bicaudados, quando existir dois tendões de inserção (um exemplo é o músculo 
flexor curto do hálux), ou policaudados, quando existirem três ou mais tendões de inserção (como 
no músculo extensor dos dedos). Veja as figuras:
Músculo flexor 
curto do hálux
Figura 168 – Músculos da planta do pé
Músculo 
extensor 
dos dedos
Figura 169 – Vista posterior do antebraço
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
156
Unidade II
• Localização de suas fixações: alguns músculos são nomeados conforme os seus pontos de origem 
e inserção. A origem é sempre o primeiro nome. Por exemplo, o músculo esternocleidomastóideo 
tem duas origens, no esterno e na clavícula, e sua inserção é no processo mastoide do osso 
temporal. Veja a figura:
 
Músculo 
esternocleidomastóideo
Figura 170 – Vista anterolateral da cabeça e do pescoço
• Número de ventres: existem músculos que apresentam mais de um ventre muscular, com tendões 
intermediários entre eles. Podem ser digástricos, quando possuem dois ventres musculares (como 
o músculo digástrico), ou poligástricos, quando apresentam três ou mais ventres musculares (um 
exemplo é o músculo reto do abdome). Veja as figuras:
Músculo 
temporal
Músculo 
digástrico
Músculo reto 
do abdome
Figura 171 – Vista lateral da cabeça Figura 172 – Vista anterior do tronco
• Embriologia: os músculos podem ser divididos em tipo miomérico, ou seja, derivados de 
miótomos, que são a grande maioria, e tipo branquiomérico, ou seja, derivados dos arcos branquais 
(faríngeos), como os músculos da mastigação, da face, da faringe e da laringe e os músculos 
trapézio e esternocleidomastóideo.
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
157
ANATOMIA
• Ação: quando os músculos são chamados pelas suas ações, são utilizadas palavras como 
flexor, extensor ou adutor no nome. Um exemplo é o músculo extensor longo do hálux.
 Lembrete
Os nomes dos músculos são dados conforme certos critérios, como a 
sua localização, o tamanho, a forma, a disposição das fibras musculares, a 
origem, a inserção, o número de cabeças, a embriologia e a função. 
A figura a seguir ilustra e resume algumas das classificações estudadas:
Tendão de 
origem
Tendão de 
inserção
Tendão 
intermediário
Tendão 
intermediário
Intersecções 
musculares
Ventre
Ventre
Bíceps
Tríceps
Quadríceps
Superfície 
de corte do 
músculo 
esfincter
Secção 
transversal 
fisiológica 
do músculo
Secção 
anatômica 
do músculo
Ângulo de 
inclinação 
das fibras
Origens 
musculares
Aponeurose 
(inserção)
A
B
D
E
C
Figura 173 – Tipos de músculos estriados esqueléticos: A) Número de origens (pontos fixos); B) Direção das fibras; 
C) Músculo poligástrico; D) Fibras horizontais; E) Origem e inserção de um músculo largo
Gilberto
Realce
158
Unidade II
6.2.5 Agonistas, sinergistas e antagonistas
Vamos compreender alguns conceitos novos? O que serão os músculos agonistas, sinergistas e 
antagonistas? O músculo que se contrai durante um movimento é chamado de agonista. Durante um 
movimento, sempre acontece a ação conjugada ou na sequência de diversos músculos. Um músculo 
dificilmente se contrai só. Músculos que trabalham em conjunto durante certo movimento são chamados 
de sinergistas. Músculos que durante a realização de um movimento trabalham na direção oposta ao 
movimento, mesmo que apenas em seu alongamento passivo, são chamados de antagonistas. Portanto, 
a realização de qualquer movimento é motivada pela ação conjunta dos sinergistas e antagonistas. 
Um músculo que antes de sua contração é alongado pelos antagonistas alcança uma contração 
máxima maior. Por esse motivo é realizado um movimento de regresso, por exemplo, no arremesso 
de peso. Contudo, quando um músculo é conduzido a uma posição que lhe possibilite somente um 
pequeno alongamento, sua força de contração diminui-se imensamente, por exemplo, na “chave de 
braço”. Veja as figuras a seguir:
Figura 174 – Arremesso de peso 
Figura 175 – “Chave de braço”
Gilberto
Realce
159
ANATOMIA
6.2.6 Anatomia dos músculos
Estudaremos agora os principais grupos musculares. Os músculos serão considerados na seguinte 
ordem: cabeça e pescoço, dorso, tórax, abdome, períneo, membro superior e membro inferior.
Os músculos situados na região da cabeça são do tipo estriado esquelético, de contração voluntária. 
Nem sempre a inserção do músculo está em ossos; os músculos da expressão facial, por exemplo, se 
inserem na pele da face, conformeilustra a figura a seguir:
Figura 176 – Músculos da expressão facial: 1) Músculo nasal (parte alar); 2) Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz; 
3) Músculo levantador do lábio superior; 4) Músculo levantador do ângulo da boca; 5) Músculo zigomático menor; 6) Músculo 
zigomático maior (seccionado); 7) Músculo bucinador; 8) Músculo orbicular da boca
Nessas situações, os músculos movem as estruturas anatômicas nas quais se inserem. Os músculos 
da expressão facial ou da mímica facial se distribuem ao redor dos orifícios orbitais, nasais, oral e 
nas bochechas e se continuam com o platisma, no pescoço. São, desse modo, músculos superficiais, 
sem revestimento de fáscia muscular, que se inserem na pele da face, movimentando-a. Os papéis 
dos músculos da expressão facial, conforme a sua localização, estão relacionados com a preensão e a 
mastigação dos alimentos, a respiração, o olfato, a visão, a participação na comunicação e, em muitos 
indivíduos, a música, o canto e os instrumentos de sopro. A maioria desses músculos serve para a 
expressão dos sentimentos. A contração dos músculos da expressão facial determina a formação de 
pregas na pele perpendiculares ao sentido das fibras do músculo. Com o avanço da idade, as pregas 
formadas na pele pela contração dos músculos da expressão facial vão se tornando permanentes, em 
razão da redução de elasticidade da pele.
Os músculos da mastigação atuam sobre a mandíbula, movendo-a em diferentes direções e planos. 
Podemos considerá-los como os músculos da mandíbula: o músculo masseter, o músculo temporal e os 
músculos pterigóideos medial e lateral, conforme ilustram as figuras a seguir:
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
160
Unidade II
Figura 177 – Músculos da mastigação: 1) Músculo temporal, fibras anteriores; 2) Músculo temporal, fibras médias; 3) Músculo 
temporal, fibras posteriores; 4) Músculo masseter, feixe superficial; 5) Músculo masseter, feixe profundo
Figura 178 – Músculos da mastigação: 1) Músculo pterigóideo medial; 2) Músculo pterigóideo lateral
Os músculos do pescoço incluem vários grupos de músculos estriados esqueléticos, alguns 
relacionados com a cabeça e outros com o tórax, como o músculo esternocleidomastóideo, os músculos 
supra-hióideos, os músculos infra-hióideos, os músculos suboccipitais e os músculos escalenos. Apenas 
os músculos supra e infra-hióideos serão descritos neste momento. Os músculos supra-hióideos 
constituem-se de quatro pares de músculos: o digástrico, o estilo-hióideo, o milo-hióideo e o genio-
hióideo, que se ligam ao crânio e ao hioide. Surgem na face anterior do pescoço, acima do osso hioide, 
onde se inserem. Movem o hioide durante a deglutição e quase todos eles movimentam a mandíbula, 
abaixando-a. Por isso, apesar de não serem classificados como músculos da mastigação, participam 
também dos movimentos mandibulares e podem ser chamados de músculos abaixadores da mandíbula. 
As figuras a seguir ilustram os músculos supra-hióideos:
Gilberto
Realce
161
ANATOMIA
Figura 179 – Músculos supra-hióideos: 1) Músculo digástrico, ventre posterior; 2) Músculo digástrico, ventre anterior; 3) Músculo 
estilo-hióideo, dividido em dois feixes que envolvem o tendão intermediário do digástrico; 4) Músculo milo-hióideo
Figura 180 – Músculos supra-hióideos: 1) Músculos genio-hióideos; 2) Músculo milo-hióideo; 3) Osso hioide
 Saiba mais
No capítulo 8 da obra a seguir (páginas 76 a 80), os músculos da cabeça 
estão ilustrados nas figuras 8.5 a 8.8. Os quadros 8.1 e 8.2 descrevem os 
músculos da mastigação e da expressão facial. Leia:
LAROSA, P. R. R. Anatomia Humana: texto e atlas. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2016. 
Todos os músculos infra-hióideos são pares (direito e esquerdo). São eles: músculo esterno-hióideo, 
omo-hióideo, tireo-hióideo e esternotireóideo, conforme ilustra a figura a seguir: 
Gilberto
Realce
162
Unidade II
M. tireo-hióideo
M. omo-hióideo 
(superior e inferior)
M. esternocleidomastóideo
M. esterno-hióideo
M. esternotireóideo
Figura 181 – Vista anterolateral do pescoço
 Saiba mais
No capítulo 15 (páginas 141 a 147) da obra a seguir você obterá maiores 
detalhes sobre esses músculos:
ROSSI, M. A. Anatomia craniofacial aplicada à Odontologia: abordagem 
fundamental e clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
Concentraremos agora os nossos estudos nos músculos do dorso e da coluna vertebral. Se você 
buscar no livro Gray Anatomia, de Henry Gray (1988), observará que não existe nada menos do que 
cinco camadas de músculos do dorso. A mais superficial é formada por dois músculos grandes e potentes 
com os quais os educadores físicos estão acostumados: os músculos latíssimo do dorso e trapézio. 
Alguns músculos nas camadas médias tendem a estender-se horizontalmente e apresentam como papel 
escorar a escápula e as costelas. Têm ainda camadas longitudinais mais profundas organizadas ao longo 
da coluna. As superficiais tendem a ser relacionadas aos movimentos mais amplos e potentes, à medida 
que as mais profundas apresentam especialmente papel postural.
Começaremos de forma oposta, inicialmente com os músculos mais profundos e, a partir daí, 
examinaremos os mais superficiais que estão sobre eles. Existem duas camadas de músculos profundos 
do dorso que apresentam papel postural e compõem o sistema extensor da coluna e do tronco; 
portanto, são os músculos que nos mantêm na postura ereta. A primeira camada é composta de uma 
sequência de músculos pequenos que adéquam sustentação à coluna ao longo de toda sua extensão; 
alguns deles agem como pequenos ligamentos que prendem cada vértebra com as outras localizadas 
sucesivamente superior e inferior a ela. Assim, a primeira camada mais profunda do dorso é formada 
Gilberto
Realce
163
ANATOMIA
pelos músculos transversoespinais, que contêm três grupos: os multífidos, os semiespinais do tórax, do 
pescoço e da cabeça e os rotadores. A segunda camada muscular mais profunda do dorso é composta 
de três outros músculos relacionados que estão relacionados com a coluna vertebral. São os músculos 
intertransversário, interespinal e levantadores das costelas. As figuras a seguir ilustram as duas camadas 
profundas de músculos do dorso:
M. semiespinal da cabeça
M. rotadores
M. multífidos
M. semiespinal do tórax
M. semiespinal do pescoço
Figura 182 – Camada profunda dos músculos do dorso
M. interespinal
M. levantadores das costelas
M. rotadores
M. intertransversário
M. levantadores das costelas
M. interespinal
Figura 183 – Camada profunda dos músculos do dorso
Existe ainda um grupo de músculos muito relevante que devemos notar para concluirmos a 
camada profunda dos músculos extensores da coluna. Esses são os músculos suboccipitais, assim 
chamados porque estão situados sob o occipital. Os músculos suboccipitais incluem os retos (maior e 
menor) e os oblíquos (superior e inferior) da cabeça, que auxiliam no equilíbrio da cabeça, conforme 
ilustra a figura a seguir: 
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
164
Unidade II
M. oblíquo inferior da cabeça
M. oblíquo superior da cabeçaM. reto posterior menor da cabeça
M. reto posterior maior da cabeça
Figura 184 – Músculos suboccipitais
 Lembrete
A camada mais profunda de músculos do dorso é formada pelos 
multífidos, semiespinal do tórax, semiespinal do pescoço, semiespinal da 
cabeça e rotadores, compondo o grupo transversoespinal. Os músculos 
levantadores das costelas, intertransversários e interespinais formam a 
segunda camada de músculos profundos do dorso. 
A segunda camada de músculos do dorso é chamada de eretor da espinha e é incubida de sustentar 
a postura ereta. Resumindo esse grupo de músculos, pense nele como se fosse composto de “três 
colunas de músculos”, ou seja, a coluna lateral, com o músculo iliocostal, a coluna média, com o 
músculo longuíssimo, e a coluna mais medial, com o músculo espinal. Cada um dos músculos apresenta 
diferentes segmentos, cada qual chamado conforme o território que ocupa. Assim,o músculo iliocostal 
tem dois segmentos: o iliocostal do lombo (parte lombar e torácica) e o iliocostal do pescoço. O músculo 
longuíssimo também apresenta três segmentos: o longuíssimo do tórax, o longuíssimo do pescoço e o 
longuíssimo da cabeça. E por fim, os músculos espinais possuem dois segmentos: o espinal do tórax e o 
espinal do pescoço, conforme ilustra a figura a seguir:
Coluna lateral
M. iliocostal do pescoço
Coluna lateral
M. iliocostal do tórax
Coluna medial
M. espinal do tórax
Coluna lateral
M. iliocostal do lombo
Coluna intermédia
M. longuíssimo da cabeça
Coluna intermédia
M. longuíssimo do pescoço
Coluna intermédia
M. longuíssimo do tórax
Coluna medial
M. espinal do pescoço
Figura 185 – Músculos eretores da espinha
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Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
165
ANATOMIA
 Lembrete
Existem três feixes de músculos: o iliocostal, o longuíssimo e o espinal, 
que formam o eretor da espinha.
 Observação
Os músculos suboccipitais e o eretor da espinha constituem os 
extensores do tronco, músculos posturais que auxiliam a manter a postura 
ereta e são projetados para não sofrer cansaço.
Seguiremos agora com as camadas médias, ou seja, a terceira e a quarta camadas dos músculos do 
dorso, as quais, desigualmente da primeira e da segunda, estão relacionadas, não tanto na postura ereta, 
mas na sustentação das costelas e da escápula. A terceira camada é formada pelos quatro músculos que 
se prosseguem: o serrátil posterior superior, o serrátil posterior inferior, o esplênio da cabeça e o esplênio 
do pescoço, conforme ilustra a figura a seguir:
M. esplênio da cabeça
M. serrátil posterior superior
M. serrátil posterior inferior
M. esplênio da pescoço
Figura 186 – Terceira camada dos músculos do dorso
A quarta camada é formada pelo levantador da escápula e pelos romboides menor e maior, conforme 
ilustra a figura a seguir:
M. levantador da escápula
M. romboide menor
M. romboide maior
Figura 187 – Quarta camada dos músculos do dorso
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
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Gilberto
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166
Unidade II
A quinta camada muscular ou superficial do dorso é formada por duas lâminas musculares 
“enérgicas” que revestem quase todo o dorso: os músculos trapézio e latíssimo do dorso, conforme 
ilustra a figura a seguir:
M. latíssimo do dorso
M. trapézio
Figura 188 – Quinta camada dos músculos do dorso
Antes de continuarmos com os músculos do tórax e do abdome, notaremos rapidamente um grupo 
de músculos que se insere anteriormente na coluna, na região do pescoço: os três músculos escalenos 
(anterior, médio e posterior, conforme ilustra a figura a seguir). Eles sustentam as costelas e estão 
associados à respiração.
M. esternocleidomastóideo M. esternocleidomastóideo 
(rebatido)(rebatido)
M. escaleno M. escaleno 
posteriorposterior
M. escaleno médioM. escaleno médio
M. escaleno M. escaleno 
anterioranterior
M. omo-hióideo (cortado)M. omo-hióideo (cortado)
Plexo Plexo 
braquialbraquial
Figura 189 – Vista anterolateral do pescoço após remoção do platisma, rebatimento do músculo 
Gilberto
Realce
Gilberto
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167
ANATOMIA
esternocleidomastóideo e secção do músculo omo-hióideo
Abordaremos agora os músculos do tórax. Eles podem ser divididos nos seguintes grupos:
• Os músculos tóraco-apendiculares, ou seja, os músculos torácicos dos membros 
superiores. Eles conectam o tórax ao esqueleto do membro superior, mais exatamente à 
cintura escapular e ao úmero. Eles são considerados “músculos do peito”, pois revestem 
a parte anterolateral do tórax e se distribuem em três camadas: (I) músculo peitoral 
maior e músculo esternal; (II) músculo peitoral menor e músculo subclávio; (III) músculo 
serrátil anterior.
• Os músculos intrínsecos do tórax, ou seja, os músculos próprios do tórax. Eles vão da 
coluna vertebral ao tórax e estendem-se entre as costelas ou entre o esterno e as costelas. 
São eles: os levantadores das costelas, os levantadores longos das costelas, os levantadores 
curtos das costelas, os subcostais, os intercostais e o transverso do tórax. Temos duas 
camadas de músculos entre as costelas, os intercostais internos e externos, conforme 
ilustra a figura a seguir, que são responsáveis pela respiração. O músculo transverso do 
tórax que auxilia na expiração forçada é aquele que, às vezes, podemos sentir contrair no 
interior do tórax; ele colabora para a rijeza do tórax naqueles indivíduos que o elevam e o 
fixam durante a fala e a respiração.
Músculos 
intercostais 
internos
Músculos 
intercostais 
externos
Músculos 
transversais 
do torax
Figura 190 – Os músculos do tórax
Definiremos o diafragma, representado na figura a seguir, como um septo muscular tóraco-abdominal, 
que separa o tórax do abdome, sendo a base do tórax e a cúpula do abdome. Poderia ser incluído entre 
os músculos do abdome, contudo, motivos fisiológicos, relacionados com a respiração, o levam a ser 
compreendido entre os músculos torácicos.
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Gilberto
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Gilberto
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168
Unidade II
Inspiração Expiração
Figura 191 – O diafragma
Vamos agora fixar-nos aos músculos do abdome. Se você notar os músculos intercostais ou da 
parte superior do tronco e checá-los aos músculos do abdome, observará que assim como no tórax, os 
músculos da região abdominal expandem-se de maneira oblíqua e são apenas extensões dos músculos 
do tórax. Os músculos do abdome são formados por três camadas correspondentes aos músculos 
intercostais externos e internos e o transverso do tórax, o músculo posterior ao esterno. Existem quatro 
músculos principais no região do abdome. São eles: os músculos oblíquos (externo e interno) do abdome, 
o músculo transverso do abdome e o músculo reto do abdome, conforme ilustra a figura a seguir: 
Músculo oblíquo 
interno abdome
Músculo oblíquo 
externo abdome
Músculo 
transverso 
do abdome
Músculo reto 
do abdome
Figura 192 – Os músculos do abdome
Partiremos agora para a pelve e o períneo. A pelve é um anel de osso, como vimos anteriormente 
ao estudarmos os ossos. Ela possui uma abertura inferior fechada por uma parede de músculos, pelos 
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169
ANATOMIA
quais o ânus e as aberturas urogenitais adentram. A maior parte do assoalho pélvico é composta de 
músculo coccígeo e de músculo levantador do ânus, que chamados em conjunto de diafragma pélvico. 
A área inferior do assoalho pélvico é o períneo, semelhante com a forma de diamante. A metade anterior 
do diamante é o triângulo urogenital, e a metade posterior é o triângulo anal. Durante a gestação, os 
músculos do diafragma pélvico e do triângulo urogenital podem ser alongados pelo peso extra do feto, 
e exercícios físicos especiais são elaborados para tonificá-los.
 Saiba mais
Leia o capítulo 11 (páginas 360-363) da obra a seguir e veja as 
características específicas dos músculos do assoalho pélvico que 
suportam as vísceras pélvicas e agem como esfíncteres:
TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de 
Anatomia e Fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Vamos estudar os músculos dos membros superiores? Eles são desenhados para fixar o braço no corpo 
e prover potência e perfeição aos movimentos dos dedos e do polegar. Para uma melhor compreensão, 
dividiremos os músculos do ombro e do braço em três grupos: 
• os músculos ligados do tronco ou crânio à cintura escapular; 
• os músculos ligados da cintura escapular ao úmero; 
• os músculos ligados do tronco ao úmero. 
No primeiro grupo encontramos os seguintes músculos: o esternocleidomastóideo, o trapézio, os 
romboides e o levantador da escápula, já vistos na musculatura do dorso. No segundo grupo temos 
os seguintes músculos: deltoide, redondos (maior e menor), coracobraquial, bíceps braquial, tríceps 
braquial, supraespinal, infraespinal e subescapular. No terceiro grupo nos deparamos com os seguintes 
músculos: latíssimo do dorso (visto na musculatura do dorso) e peitoral maior. 
 ObservaçãoA ação muscular reversa do músculo latíssimo do dorso permite que a 
coluna vertebral e o tronco sejam elevados, como nos exercícios na barra. 
É frequentemente chamado de músculo do nadador porque suas muitas 
ações são utilizadas na natação; consequentemente, muitos nadadores 
possuem esses músculos bem desenvolvidos.
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Gilberto
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Gilberto
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170
Unidade II
As figuras a seguir ilustram esses músculos citados:
M. deltoide
M. serrátil anterior
M. oblíquo externo
M. peitoral maior
M. peitoral menor
M. bíceps braquial
M. latíssimo do dorso
Figura 193 – Vista lateral 
Figura 194 – Vista posterior
Figura 195 – Vista anterior
171
ANATOMIA
 Observação
Os músculos supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor 
formam o manguito rotador.
 Observação
Jogadores de beisebol, por arremessarem muito forte, podem romper 
seus manguitos rotadores. Esses rompimentos procedem em dor na parte 
anterossuperior do ombro. Indivíduos senis também podem desenvolver 
essa dor, em virtude de tendinite degenerativa do manguito rotador. 
O tendão do supraespinal é a parte mais frequentemente atingida do 
manguito rotador, seja em trauma ou degeneração, possivelmente porque 
ele tem um suprimento sanguíneo relativamente pobre. Se a lesão é grave, 
cirurgia é imprescindível para restaurar a região.
Passaremos agora para os músculos do cotovelo e do antebraço. Nessa região encontraremos o 
bíceps braquial e o tríceps braquial, estudados anteriormente; além dos músculos braquial, ancôneo, 
braquiorradial, pronadores (redondo e quadrado) e supinador, conforme ilustra a figura a seguir: 
M. deltoide
M. latíssimo do dorso
M. bíceps braquial
M. braquial
M. tríceps braquial
M. braquiorradial
M. braquiorradial
Nervo mediano
M. oblíquo externo
M. serrátil anterior
M. peitoral maior
Clavícula
Figura 196 – Vista anterior superficial
Entre os músculos que atuam no punho temos dois compartimentos: o anterior e o posterior. A 
maioria dos músculos do antebraço do compartimento anterior é responsável pela flexão do punho e dos 
dedos, enquanto a maioria dos músculos do antebraço do compartimento posterior realiza a extensão do 
Gilberto
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Gilberto
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Gilberto
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172
Unidade II
punho e dos dedos. Assim, encontraremos os seguintes músculos, respectivamente, nos compartimentos 
anterior e posterior: flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo, palmar longo, extensores radiais (longo 
e curto do carpo) e extensor ulnar do carpo, como ilustram as figuras a seguir: 
Artéria radial
M. flexor radial do carpo
M. pronador redondo
M. braquiorradial
M. palmar longo
M. flexor ulnar 
do carpo
M. flexor superficial 
dos dedos
Figura 197 – Vista anterior
M. ancôneo
M. extensor ulnar do carpo
M. extensor do dedo mínimo
M. extensor curto dos dedos
M. abdutor longo do polegar
M. extensor dos dedos
M. extensor radial curto do carpo
M. braquiorradial
M. extensor radial longo do carpo
Retináculo 
dos músculos 
extensores
Tendões dos 
músculos 
extensores do 
dedo mínimo
Tendões dos 
músculos 
extensores dos 
dedos 
Figura 198 – Vista posterior superficial
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Gilberto
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173
ANATOMIA
Por fim, nos membros superiores, estudaremos os músculos das mãos. Há dois grupos: os músculos 
extrínsecos e os intrínsecos. Os músculos extrínsecos da mão estão no antebraço, contudo apresentam 
tendões que se estendem para dentro da mão. Entre eles, citamos o flexor radial do carpo, o flexor 
ulnar do carpo, o extensor radial longo do carpo, o extensor radial curto do carpo e o extensor ulnar 
do carpo, vistos anteriormente. Os músculos intrínsecos da mão estão inteiramente dentro da mão. Os 
músculos intrínsecos da mão encontrados na eminência tenar são o abdutor do polegar, o adutor curto 
do polegar, o flexor curto do polegar e o oponente do polegar, enquanto os músculos intrínsecos da 
mão encontrados na eminência hipotênar são o abdutor curto do dedo mínimo, o flexor curto do dedo 
mínimo e o oponente do dedo mínimo, conforme ilustram as figuras a seguir:
Tendões do m. flexor 
superficial dos dedos
M. flexor curto do dedo mínimo 
M. abdutor curto do dedo mínimo 
Retináculo dos 
músculos flexores
M. abdutor curto do polegar
M. flexor curto do polegar
M. adutor curto do polegar
Tendão do m. flexor longo 
do polegar
Mm. lumbricais
Figura 199 – Vista superficial anterior
Tendões do mm. 
flexores (cortados)
Mm. Interósseos palmares
M. oponente do dedo mínimo
M. flexor curto do dedo mínimo 
M. abdutor curto do dedo mínimo 
M. oponente do polegar
M. adutor curto do polegar
Mm. Interósseos dorsais
Figura 200 – Vista profunda anterior
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174
Unidade II
 Observação
Os tendões dos músculos abdutor longo do polegar e extensor curto do 
polegar formam as laterais de uma depressão na parte posterolateral do 
punho chamada de tabaqueira anatômica. Quando cheirar rapé estava em 
moda, uma pequena pitada poderia ser posta na tabaqueira anatômica e 
inalada pelo nariz.
Estudaremos agora os músculos dos membros inferiores. Eles suportam a massa corporal em uma 
postura ereta e mobilizam o peso em movimento. Em muitos enfoques, a arquitetura anatômica do 
membro inferior é idêntica à do membro superior; contudo, em áreas funcionais-chave, as mudanças 
que o membro inferior deve adotar para suportar peso são evidentes. Primeiro veremos os músculos 
localizados no quadril e na coxa. Para facilitar o entendimento, dividiremos a coxa em quatro 
compartimentos: anterior, medial, posterior e lateral. Nos compartimentos anterior e medial da coxa 
encontraremos os seguintes músculos: sartório, íliopsoas, reto femoral, pectíneo, adutores (longo, curto 
e magno) e grácil, conforme ilustra a figura a seguir: 
Figura 201 – Vista anterior
No compartimento posterior da coxa encontraremos os seguintes músculos: bíceps femoral (cabeça 
longa e curta), semitendíneo e semimembranáceo, conforme ilustra a figura a seguir: 
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Gilberto
Realce
Gilberto
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175
ANATOMIA
Figura 202 – Vista posterior
 Observação
Os músculos bíceps femoral cabeça longa, semitendíneo e 
semimembranáceo formam os isquiotibiais. 
Agora abordaremos os músculos encontrados no compartimento lateral da coxa e os da região 
glútea. Entre eles temos os seguintes: tensor da fáscia lata, glúteos (máximo, médio e mínimo), piriforme, 
obturatório (interno e externo), quadrado da coxa e gêmeos (superior e inferior), conforme ilustram as 
figuras a seguir: 
Figura 203 – Vista lateral 
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176
Unidade II
Figura 204 – Vista posterior: 1) Músculo piriforme; 2) Músculo obturatório interno; 3) Músculo gêmeo superior; 
4) Músculo gêmeo inferior; 5) Músculo quadrado da coxa
 Observação
O trato iliotibial é uma fáscia longa que se encontra na face lateral da coxa.
 Observação
Você já ouviu sobre a síndrome do trato iliotibial ou joelho de corredor? 
Ela é uma lesão inflamatória aguda vista em ciclistas, corredores e esportistas 
de longa distância, especialmente quando o mecanismo do esporte envolve 
flexões repetidas dos joelhos. 
Por fim, estudaremos os músculos encontrados na perna e no pé. Vamos dividi-los em dois grupos: 
os músculos extrínsecos do pé e os músculos intrínsecos do pé. No primeiro grupo faremos uma 
subdivisão em compartimentos: anterior, posterior e lateral. Encontraremos os seguintes músculos 
em cada um dos compartimentos: 
• Anterior: músculo tibial anterior, músculo extensor longo do hálux, músculo extensor longo dos 
dedos e músculo fibular terceiro. 
• Posterior: músculo tibial posterior, músculo flexor longo dos dedos, músculo flexor longo do 
hálux e músculo tríceps da perna.
• Lateral: músculos fibulares (longo e curto). 
Por fim, relacionaremos os músculos intrínsecos do pé. Na região dorsal encontraremos o músculo 
extensor curto dos dedos. Já na região plantar teremos três grupos: mediano, medial e lateral. 
Identificaremosos seguintes músculos em cada um dos grupos:
• Mediano: músculos interósseos (plantares e dorsais), músculos lumbricais, músculo quadrado da 
planta e músculo flexor curto dos dedos.
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Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
Gilberto
Realce
177
ANATOMIA
• Medial: músculo flexor curto do hálux, músculo abdutor do hálux e músculo adutor do hálux. 
• Lateral: músculo abdutor do dedo mínimo e músculo flexor curto do dedo mínimo. 
As figuras a seguir ilustram músculos encontrados nos membros inferiores:
Tendão e músculos 
fibulares longo e curto
Músculo extensor 
longo do hálux
Tendão do músculo extensor 
longo dos dedos
Tendão do músculo 
fibular terceiro
Figura 205 – Vista lateral dos músculos da perna e dorso
Músculo tibial 
anterior
Músculo extensor 
longo dos dedos
Figura 206 – Vista anterior dos músculos da perna e dorso
178
Unidade II
Músculo sóleo
Músculos 
gastrocnêmios 
Músculos 
gastrocnêmios
Tendão do 
calcâneo
Figura 207 – Vista posterior da camada superficial dos músculos
Músculo tibial 
posterior
Figura 208 – Vista posterior da camada profunda dos músculos da perna direita 
179
ANATOMIA
Músculos 
extensor curto 
dos dedos e 
do hálux
Músculo 
flexor curto 
dos dedos
A B
Figura 209 – Vista plantar dos músculos da planta do pé direito: A) Camada profunda após remoção parcial 
da aponeurose plantar e do músculo flexor curto dos dedos; B) Camada mais profunda após extensa remoção 
dos músculos das camadas superficial e profunda
Exemplo de aplicação
Vamos aplicar todo o nosso aprendizado? Pesquise as origens e as inserções dos músculos 
apresentados ao longo desta unidade. Elabore uma tabela contendo o nome do músculo e as suas 
ações. Aproveite e veja quais são os nervos responsáveis pela inervação de cada um deles. 
Bons estudos! 
 Resumo
O aparelho locomotor é composto de esqueleto, de articulações e de 
músculos. O esqueleto é dividido em esqueleto axial, que consiste no crânio, 
hioide, coluna vertebral e tórax. O esqueleto apendicular consiste em ossos 
dos membros superior e inferior. Há duas cinturas, a escapular e a pélvica. 
As funções do esqueleto abrangem a sustentação, a proteção, a produção 
de células de sangue e o armazenamento de gordura e minerais.
180
Unidade II
Os ossos podem ser classificados de acordo com a sua forma em: longos, 
curtos, planos e irregulares. As superfícies externas dos ossos apresentam 
detalhes anatômicos, como tuberosidades, fossas, forames e incisuras. Um 
típico osso longo possui diáfise, com um canal medular preenchido por 
medula óssea, epífises, periósteo e endósteo. O osso compacto é a parte 
densa externa; o osso esponjoso é a parte interna porosa e vascular.
As articulações são formadas quando os ossos vizinhos se articulam. 
Elas são classificadas de acordo com o tecido interposto em fibrosas, 
cartilagíneas e sinoviais. As articulações fibrosas são de quatro tipos: 
suturas, sindesmoses, gonfoses e esquindileses. Os dois tipos de articulações 
cartilagíneas são as sincondroses e as sínfises. As articulações sinoviais 
com liberdade de movimentos apresentam estruturas anatômicas, como 
a cápsula articular, a membrana sinovial, o líquido sinovial, a cartilagem 
articular, os ligamentos, os meniscos e os discos articulares.
Os músculos estriados esqueléticos possuem características 
macroscópicas, como o ventre muscular, os tendões, as aponeuroses e 
as fáscias musculares. Os nomes que os músculos estriados esqueléticos 
receberam foram baseados na forma, no tamanho, na direção das fibras, 
no número de origens, na localização de suas fixações e nas ações. 
Os músculos do esqueleto axial incluem aqueles responsáveis pela 
expressão facial, mastigação, parede abdominal e coluna vertebral. Os 
músculos do esqueleto apendicular incluem os músculos dos membros 
superiores e inferiores.
 Exercícios
Questão 1. As articulações fibrosas, que apresentam uma pequena porção de tecido conjuntivo 
fibroso entre os ossos, podem ser classificadas em suturas e sindesmoses. Denominam-se de suturas as 
articulações encontradas:
A) entre a tíbia e a fíbula.
B) entre os ossos da costela e o esterno.
C) entre os ossos do crânio.
D) entre os ossos da mão.
E) entre os ossos dos pés.
Resposta correta: alternativa C.
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Gilberto
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181
ANATOMIA
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: é uma articulação sinovial plana entre a face articular da cabeça da fíbula e a face 
articular fibular da tíbia.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: as articulações das cartilagens costais com o esterno são sinoviais (diartroses) planas, 
apresentando todas as características de uma articulação sinovial com uma exceção: a cartilagem da 
primeira costela está diretamente unida ao esterno e se trata de uma sincondrose.
C) Alternativa correta.
Justificativa: as suturas são as articulações fibrosas encontradas entre os ossos do crânio.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: entre os ossos da mão temos as articulações metafalângicas ou metacarpais.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: entre os ossos dos pés temos as articulações metatarsais.
Questão 2. (Fuvest 2007). A arte de Leonardo da Vinci se beneficiou de seus estudos pioneiros de 
anatomia, que revelam como músculos, tendões e ossos constituem sistemas mecânicos de trações, 
alavancas e torques, como é possível ver em alguns dos seus desenhos. Para que Leonardo da Vinci 
pudesse representar ações de abraçar-se ou abrirem-se os braços, foi importante saber que entre os 
principais músculos contraídos em cada situação estão, respectivamente,
182
Unidade II
Dorsais
Bíceps
Tríceps
Peitorais
Figura
Músculos contraídos
(abraçar-se)
Músculos contraídos
(abrirem-se os braços)
A) Os peitorais e os tríceps Os dorsais e os bíceps
B) Os peitorais e os bíceps Os dorsais e os tríceps
C) Os dorsais e os tríceps Os peitorais e os bíceps
D) Os dorsais e os bíceps Os peitorais e os tríceps
E) Os peitorais e os dorsais Os bíceps e os tríceps
Resolução desta questão plataforma.

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