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DIRETORIA DE PRODUÇÃO EDUCACIONAL
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIVERSOS
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br
CÓDIGO:
29112023558
TIPO DE MATERIAL:
Gran Vade Mecum 
NOME DO ÓRGÃO:
EBSERH 
EDITAL:
Pós-Edital
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
Novembro/2023
SUMÁRIO
Legislações
Resolução n. 453, de 10 de Maio de 2012 .............................................4
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 .........................15
Lei n. 8.080, de 19 de Setembro de 1990. ..........................................24
Lei n. 8.142, de 28 de Dezembro de 1990 ...........................................60
Decreto n. 7.508, de 28 de Junho de 2011 ..........................................63
Resolução-Rdc n. 63, de 25 de Novembro de 2011 ...............................76
Resolução n. 553, de 09 de Agosto de 2017 ........................................90
Resolução - Rdc n. 36, de 25 de Julho de 2013 .................................. 106
Portaria n. 3.390, de 30 de Dezembro de 2013 .................................. 113
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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RESOLUÇÃO N. 453, DE 10 DE MAIO DE 2012
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Ducentésima Trigésima 
Terceira Reunião Ordinária, realizada nos dias 9 e 10 de maio de 2012, no uso 
de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei n. 8.080, 
de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, 
e pelo Decreto n. 5.839, de 11 de julho de 2006, e
Considerando os debates ocorridos nos Conselhos de Saúde, nas três es-
feras de Governo, na X Plenária Nacional de Conselhos de Saúde, nas Plená-
rias Regionais e Estaduais de Conselhos de Saúde, nas 9a, 10a e 11a Confe-
rências Nacionais de Saúde, e nas Conferências Estaduais, do Distrito Federal 
e Municipais de Saúde;
Considerando a experiência acumulada do Controle Social da Saúde à ne-
cessidade de aprimoramento do Controle Social da Saúde no âmbito nacional 
e as reiteradas demandas dos Conselhos Estaduais e Municipais referentes 
às propostas de composição, organização e funcionamento, conforme o § 5º 
inciso II art. 1º da Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;
Considerando a ampla discussão da Resolução do CNS no 333/03 realiza-
da nos espaços de Controle Social, entre os quais se destacam as Plenárias 
de Conselhos de Saúde;
Considerando os objetivos de consolidar, fortalecer, ampliar e acelerar o 
processo de Controle Social do SUS, por intermédio dos Conselhos Nacio-
nal, Estaduais, Municipais, das Conferências de Saúde e Plenárias de Conse-
lhos de Saúde;
Considerando que os Conselhos de Saúde, consagrados pela efetiva par-
ticipação da sociedade civil organizada, representam polos de qualificação de 
cidadãos para o Controle Social nas esferas da ação do Estado; e
Considerando o que disciplina a Lei Complementar n. 141, de 13 de janei-
ro de 2012, e o Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamentam 
a Lei Orgânica da Saúde.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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Resolve:
Aprovar as seguintes diretrizes para instituição, reformulação, reestrutu-
ração e funcionamento dos Conselhos de Saúde:
DA DEFINIÇÃO DE CONSELHO DE SAÚDE
Primeira Diretriz: o Conselho de Saúde é uma instância colegiada, deli-
berativa e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de 
Governo, integrante da estrutura organizacional do Ministério da Saúde, da 
Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com 
composição, organização e competência fixadas na Lei n. 8.142/90. O pro-
cesso bem-sucedido de descentralização da saúde promoveu o surgimento 
de Conselhos Regionais, Conselhos Locais, Conselhos Distritais de Saúde, 
incluindo os Conselhos dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a 
coordenação dos Conselhos de Saúde da esfera correspondente. Assim, os 
Conselhos de Saúde são espaços instituídos de participação da comunidade 
nas políticas públicas e na administração da saúde.
Parágrafo único. Como Subsistema da Seguridade Social, o Conselho de Saú-
de atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da execução 
das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros.
DA INSTITUIÇÃO E REFORMULAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Segunda Diretriz: a instituição dos Conselhos de Saúde é estabelecida 
por lei federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, obedecida a Lei 
n. 8.142/90.
Parágrafo único. Na instituição e reformulação dos Conselhos de Saúde o 
Poder Executivo, respeitando os princípios da democracia, deverá acolher as 
demandas da população aprovadas nas Conferências de Saúde, e em conso-
nância com a legislação.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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A ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Terceira Diretriz: a participação da sociedade organizada, garantida na 
legislação, torna os Conselhos de Saúde uma instância privilegiada na propo-
sição, discussão, acompanhamento, deliberação, avaliação e fiscalização da 
implementação da Política de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e 
financeiros. A legislação estabelece, ainda, a composição paritária de usuários 
em relação ao conjunto dos demais segmentos representados. O Conselho de 
Saúde será composto por representantes de entidades, instituições e movi-
mentos representativos de usuários, de entidades representativas de trabalha-
dores da área da saúde, do governo e de entidades representativas de presta-
dores de serviços de saúde, sendo o seu presidente eleito entre os membros 
do Conselho, em reunião plenária. Nos Municípios onde não existem entidades, 
instituições e movimentos organizados em número suficiente para compor o 
Conselho, a eleição da representação será realizada em plenária no Município, 
promovida pelo Conselho Municipal de maneira ampla e democrática.
I – O número de conselheiros será definido pelos Conselhos de Saúde e 
constituído em lei.
II – Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e 333/03 do CNS e 
consoante com as Recomendações da 10a e 11a Conferências Nacionais de 
Saúde, as vagas deverão ser distribuídas da seguinte forma:
a) 50% de entidades e movimentos representativos de usuários;
b) 25% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde;
c) 25% de representação de governo e prestadores de serviços privados 
conveniados, ou sem fins lucrativos.
III – A participação de órgãos, entidades e movimentos sociais terá como 
critério a representatividade, a abrangência e a complementaridade do con-
junto da sociedade, no âmbito de atuação do Conselho de Saúde. De acordo 
com as especificidades locais, aplicando o princípio da paridade, serão con-
templadas, dentre outras, as seguintes representações:
a) associações de pessoas com patologias;
b) associações de pessoas com deficiências;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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c) entidades indígenas;
d) movimentos sociais e populares, organizados (movimento ne-
gro, LGBT...);
e) movimentos organizados de mulheres, em saúde;
f) entidades de aposentados e pensionistas;
g) entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais, confederações 
e federações de trabalhadores urbanos e rurais;
h) entidades de defesa do consumidor;
i) organizações de moradores;
j) entidades ambientalistas;
k) organizações religiosas;
l) trabalhadores da área de saúde: associações, confederações, conselhos 
de profissões regulamentadas, federações e sindicatos, obedecendo as ins-
tâncias federativas;
m) comunidade científica;
n) entidades públicas, de hospitais universitários e hospitais campo de 
estágio, de pesquisa e desenvolvimento;
o) entidades patronais;
p) entidades dos prestadores de serviço de saúde; e
q) governo.
IV – As entidades, movimentos e instituições eleitas no Conselho de Saúde 
terãoos conselheiros indicados, por escrito, conforme processos estabeleci-
dos pelas respectivas entidades, movimentos e instituições e de acordo com 
a sua organização, com a recomendação de que ocorra renovação de seus 
representantes.
V – Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de representações 
de usuários, trabalhadores e prestadores de serviços, ao seu critério, promo-
vam a renovação de, no mínimo, 30% de suas entidades representativas.
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VI – A representação nos segmentos deve ser distinta e autônoma em 
relação aos demais segmentos que compõem o Conselho, por isso, um profis-
sional com cargo de direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como pres-
tador de serviços de saúde não pode ser representante dos(as) Usuários(as) 
ou de Trabalhadores(as).
VII – A ocupação de funções na área da saúde que interfiram na autono-
mia representativa do Conselheiro(a) deve ser avaliada como possível im-
pedimento da representação de Usuário(a) e Trabalhador(a), e, a juízo da 
entidade, indicativo de substituição do Conselheiro(a).
VIII – A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, represen-
tação do Poder Judiciário e do Ministério Público, como conselheiros, não é 
permitida nos Conselhos de Saúde.
IX – Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em atividade 
no Município, caberá ao Conselho Estadual de Saúde assumir, junto ao execu-
tivo municipal, a convocação e realização da Conferência Municipal de Saúde, 
que terá como um de seus objetivos a estruturação e composição do Conse-
lho Municipal. O mesmo será atribuído ao Conselho Nacional de Saúde, quan-
do não houver Conselho Estadual de Saúde constituído ou em funcionamento.
X – As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão remunera-
das, considerando-se o seu exercício de relevância pública e, portanto, garante 
a dispensa do trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de justificativa 
junto aos órgãos, entidades competentes e instituições, o Conselho de Saúde 
emitirá declaração de participação de seus membros durante o período das reu-
niões, representações, capacitações e outras atividades específicas.
XI – O conselheiro, no exercício de sua função, responde pelos seus atos 
conforme legislação vigente.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Quarta Diretriz: as três esferas de Governo garantirão autonomia admi-
nistrativa para o pleno funcionamento do Conselho de Saúde, dotação orça-
mentária, autonomia financeira e organização da secretaria-executiva com a 
necessária infraestrutura e apoio técnico:
I – cabe ao Conselho de Saúde deliberar em relação à sua estrutura admi-
nistrativa e o quadro de pessoal;
II – o Conselho de Saúde contará com uma secretaria-executiva coorde-
nada por pessoa preparada para a função, para o suporte técnico e admi-
nistrativo, subordinada ao Plenário do Conselho de Saúde, que definirá sua 
estrutura e dimensão;
III – o Conselho de Saúde decide sobre o seu orçamento;
IV – o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no mínimo, a cada mês e, 
extraordinariamente, quando necessário, e terá como base o seu Regimento 
Interno. A pauta e o material de apoio às reuniões devem ser encaminhados 
aos conselheiros com antecedência mínima de 10 (dez) dias;
V – as reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde são abertas ao público 
e deverão acontecer em espaços e horários que possibilitem a participação 
da sociedade;
VI – o Conselho de Saúde exerce suas atribuições mediante o funciona-
mento do Plenário, que, além das comissões intersetoriais, estabelecidas na 
Lei n. 8.080/90, instalará outras comissões intersetoriais e grupos de traba-
lho de conselheiros para ações transitórias. As comissões poderão contar com 
integrantes não conselheiros;
VII – o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa Diretora eleita em Plená-
rio, respeitando a paridade expressa nesta Resolução;
VIII – as decisões do Conselho de Saúde serão adotadas mediante quórum 
mínimo (metade mais um) dos seus integrantes, ressalvados os casos regi-
mentais nos quais se exija quórum especial, ou maioria qualificada de votos;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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a) entende-se por maioria simples o número inteiro imediatamente supe-
rior à metade dos membros presentes;
b) entende-se por maioria absoluta o número inteiro imediatamente supe-
rior à metade de membros do Conselho;
c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois terços) do total de mem-
bros do Conselho;
IX – qualquer alteração na organização dos Conselhos de Saúde preservará 
o que está garantido em lei e deve ser proposta pelo próprio Conselho e votada 
em reunião plenária, com quórum qualificado, para depois ser alterada em seu 
Regimento Interno e homologada pelo gestor da esfera correspondente;
X – a cada quadrimestre deverá constar dos itens da pauta o pronuncia-
mento do gestor, das respectivas esferas de governo, para que faça a presta-
ção de contas, em relatório detalhado, sobre andamento do plano de saúde, 
agenda da saúde pactuada, relatório de gestão, dados sobre o montante e a 
forma de aplicação dos recursos, as auditorias iniciadas e concluídas no perí-
odo, bem como a produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria, 
contratada ou conveniada, de acordo com o art. 12 da Lei n. 8.689/93 e com 
a Lei Complementar n. 141/2012;
XI – os Conselhos de Saúde, com a devida justificativa, buscarão auditorias 
externas e independentes sobre as contas e atividades do Gestor do SUS; e
XII – o Pleno do Conselho de Saúde deverá manifestar-se por meio de 
resoluções, recomendações, moções e outros atos deliberativos. As resolu-
ções serão obrigatoriamente homologadas pelo chefe do poder constituído 
em cada esfera de governo, em um prazo de 30 (trinta) dias, dando-se-lhes 
publicidade oficial. Decorrido o prazo mencionado e não sendo homologada a 
resolução e nem enviada justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde com 
proposta de alteração ou rejeição a ser apreciada na reunião seguinte, as 
entidades que integram o Conselho de Saúde podem buscar a validação das 
resoluções, recorrendo à justiça e ao Ministério Público, quando necessário.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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Quinta Diretriz: aos Conselhos de Saúde Nacional, Estaduais, Municipais 
e do Distrito Federal, que têm competências definidas nas leis federais, bem 
como em indicações advindas das Conferências de Saúde, compete:
I – fortalecer a participação e o Controle Social no SUS, mobilizar e articu-
lar a sociedade de forma permanente na defesa dos princípios constitucionais 
que fundamentam o SUS;
II – elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras normas de fun-
cionamento;
III – discutir, elaborar e aprovar propostas de operacionalização das dire-
trizes aprovadas pelas Conferências de Saúde;
IV – atuar na formulação e no controle da execução da política de saúde, 
incluindo os seus aspectos econômicos e financeiros, e propor estratégias 
para a sua aplicação aos setores público e privado;
V – definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde e deliberar so-
bre o seu conteúdo, conforme as diversas situações epidemiológicas e a ca-
pacidade organizacional dos serviços;
VI – anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do relatório de gestão;
VII – estabelecer estratégias e procedimentos de acompanhamento da 
gestão do SUS, articulando-se com os demais colegiados, a exemplo dos de 
seguridade social, meio ambiente, justiça, educação, trabalho, agricultura, 
idosos, criança e adolescente e outros;
VIII – proceder à revisão periódica dos planos de saúde;
IX – deliberar sobre os programas de saúde e aprovar projetos a serem 
encaminhados aoPoder Legislativo, propor a adoção de critérios definidores 
de qualidade e resolutividade, atualizando-os face ao processo de incorpora-
ção dos avanços científicos e tecnológicos na área da Saúde;
X – avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o funciona-
mento do Sistema Único de Saúde do SUS;
XI – avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e convênios, conforme as di-
retrizes dos Planos de Saúde Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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XII – acompanhar e controlar a atuação do setor privado credenciado me-
diante contrato ou convênio na área de saúde;
XIII – aprovar a proposta orçamentária anual da saúde, tendo em vista 
as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ob-
servado o princípio do processo de planejamento e orçamento ascendentes, 
conforme legislação vigente;
XIV – propor critérios para programação e execução financeira e orça-
mentária dos Fundos de Saúde e acompanhar a movimentação e destino 
dos recursos;
XV – fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de movimen-
tação de recursos da Saúde, incluindo o Fundo de Saúde e os recursos trans-
feridos e próprios do Município, Estado, Distrito Federal e da União, com base 
no que a lei disciplina;
XVI – analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, com a prestação de 
contas e informações financeiras, repassadas em tempo hábil aos conselhei-
ros, e garantia do devido assessoramento;
XVII – fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e dos ser-
viços de saúde e encaminhar denúncias aos respectivos órgãos de controle 
interno e externo, conforme legislação vigente;
XVIII – examinar propostas e denúncias de indícios de irregularidades, 
responder no seu âmbito a consultas sobre assuntos pertinentes às ações e 
aos serviços de saúde, bem como apreciar recursos a respeito de delibera-
ções do Conselho nas suas respectivas instâncias;
XIX – estabelecer a periodicidade de convocação e organizar as Conferên-
cias de Saúde, propor sua convocação ordinária ou extraordinária e estruturar 
a comissão organizadora, submeter o respectivo regimento e programa ao 
Pleno do Conselho de Saúde correspondente, convocar a sociedade para a 
participação nas pré-conferências e conferências de saúde;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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XX – estimular articulação e intercâmbio entre os Conselhos de Saúde, 
entidades, movimentos populares, instituições públicas e privadas para a pro-
moção da Saúde;
XXI – estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas sobre assuntos e 
temas na área de saúde pertinente ao desenvolvimento do Sistema Único de 
Saúde (SUS);
XXII – acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação cientí-
fica e tecnológica, observados os padrões éticos compatíveis com o desenvol-
vimento sociocultural do País;
XXIII – estabelecer ações de informação, educação e comunicação em 
saúde, divulgar as funções e competências do Conselho de Saúde, seus tra-
balhos e decisões nos meios de comunicação, incluindo informações sobre as 
agendas, datas e local das reuniões e dos eventos;
XXIV – deliberar, elaborar, apoiar e promover a educação permanente 
para o controle social, de acordo com as Diretrizes e a Política Nacional de 
Educação Permanente para o Controle Social do SUS;
XXV – incrementar e aperfeiçoar o relacionamento sistemático com os 
poderes constituídos, Ministério Público, Judiciário e Legislativo, meios de co-
municação, bem como setores relevantes não representados nos conselhos;
XXVI – acompanhar a aplicação das normas sobre ética em pesquisas 
aprovadas pelo CNS;
XXVII – deliberar, encaminhar e avaliar a Política de Gestão do Trabalho e 
Educação para a Saúde no SUS;
XXVIII – acompanhar a implementação das propostas constantes do rela-
tório das plenárias dos Conselhos de Saúde; e
XXIX – atualizar periodicamente as informações sobre o Conselho de Saú-
de no Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde (SIACS).
Fica revogada a Resolução do CNS no 333, de 4 de novembro de 2003.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
Homologo a Resolução CNS no 453, de 10 de maio de 2012, nos termos 
do Decreto n. 5.839, de 11 de julho de 2006.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Ministro de Estado da Saúde
Republicada por ter saído com incorreção no original, publicado no Diário 
Oficial da União n. 109, Seção 1, página 138
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia 
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pa-
cífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações 
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a 
seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações 
urbanas e rurais;
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – equidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas 
contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a 
ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contri-
butivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 
103, de 2019)
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante 
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, 
dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de for-
ma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na for-
ma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 
20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou credi-
tados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem 
vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 
20, de 1998)
c) o lucro; (Incluídopela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, poden-
do ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de 
contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão conce-
didas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 103, de 2019)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art194pvii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art194pvii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
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Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destina-
das à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integran-
do o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de for-
ma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e as-
sistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de 
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, 
como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. (Vide Medida Provisória 
n. 526, de 2011) (Vide Lei n. 12.453, de 2011) (Vide Emenda constitucional 
n. 106, de 2020)
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manuten-
ção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigi-
das após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver 
instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabeleci-
das em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador 
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades 
em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Mpv/526.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Mpv/526.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12453.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm
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18
para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resul-
tado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da 
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo 
poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da uti-
lização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estru-
tural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases 
de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas “b” e “c” do inciso I do 
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
§ 10 A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema úni-
co de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Fe-
deral e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva 
contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
§ 11 São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 
(sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das 
contribuições sociais de que tratam a alínea “a” do inciso I e o inciso II do 
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
§ 12 A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não 
cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
§ 13 (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 
103, de 2019)
§ 14 O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição 
ao Regime Geral de Previdência Social a competência cuja contribuição seja 
igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, 
assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional n. 103, de 2019)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195%C2%A78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195%C2%A78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
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Seção II
Da Saúde
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido median-
te políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e 
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, caben-
do ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fis-
calização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através 
de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede re-
gionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de 
acordo com as seguintes diretrizes: (Vide ADPF 672)
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, 
sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III – participação da comunidade.
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, 
com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único re-
numerado para § 1º pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anu-almente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados 
da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda Consti-
tucional n. 29, de 2000)
I – no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício fi-
nanceiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
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20
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação 
dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 
157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem 
transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 29, de 2000)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecada-
ção dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os 
arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 29, de 2000)
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco 
anos, estabelecerá: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000) 
Regulamento
I – os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde desti-
nados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados desti-
nados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das 
disparidades regionais; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000)
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saú-
de nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 29, de 2000)
IV – (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agen-
tes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de 
processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas 
atribuições e requisitos específicos para sua atuação. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 51, de 2006)
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional 
nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das ati-
vidades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp141.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc51.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc51.htm#art1
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competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira comple-
mentar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento 
do referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 63, de 
2010) Regulamento
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 
da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agen-
te comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder 
o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, 
para o seu exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 51, de 2006)
§ 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de 
combate às endemias fica sob responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, além de outros consectários e van-
tagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o tra-
balho desses profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
§ 8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento dos agentes co-
munitários de saúde e dos agentes de combate às endemias serão consigna-
dos no orçamento geral da União com dotação própria e exclusiva. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
§ 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de 
combate às endemias não será inferior a 2 (dois) salários mínimos, repas-
sados pela União aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
§ 10 Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às ende-
mias terão também, em razão dos riscos inerentes às funções desempenha-
das, aposentadoria especial e, somado aos seus vencimentos, adicional de 
insalubridade. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
§ 11 Os recursos financeiros repassados pela União aos Estados, ao Dis-
trito Federal e aos Municípios para pagamento do vencimento ou de qualquer 
outra vantagem dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de comba-
te às endemias não serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite de 
despesa com pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc63.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc63.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11350.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc51.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
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§ 12 Lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais para o en-
fermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, a 
serem observados por pessoas jurídicas de direito público e de direito priva-
do. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 124, de 2022)
§ 13 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, até o final do 
exercício financeiro em que for publicada a lei de que trata o § 12 deste arti-
go, adequarão a remuneração dos cargos ou dos respectivos planos de car-
reiras, quando houver, de modo a atender aos pisos estabelecidos para cada 
categoria profissional.(Incluído pela Emenda Constitucional n. 124, de 2022)
§ 14 Compete à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira 
complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às enti-
dades filantrópicas, bem como aos prestadores de serviços contratualizados 
que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo 
sistema único de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata 
o § 12 deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 127, de 2022)
§ 15 Os recursos federais destinados aos pagamentos da assistência finan-
ceira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às en-
tidades filantrópicas, bem como aos prestadores de serviços contratualizados 
que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo 
sistema único de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o 
§ 12 deste artigo serão consignados no orçamento geral da União com dotação 
própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 127, de 2022)
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar 
do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de 
direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as 
sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subven-
ções às instituições privadas com fins lucrativos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc124.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc124.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc127.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc127.htm#art1
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§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais 
estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a re-
moção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, 
pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de 
sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, 
nos termos da lei:
I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interes-
se para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, 
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como 
as de saúde do trabalhador;
III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de sa-
neamento básico;
V – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico 
e tecnológico e a inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 
85, de 2015)
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu 
teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda 
e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o 
do trabalho.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
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LEI N. 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação 
da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspon-
dentes e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte lei:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços 
de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou 
eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Es-
tado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e exe-
cução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de do-
enças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem 
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, 
proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas 
e da sociedade.
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre 
outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o 
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e ser-
viços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização 
social e econômica do País.
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.080-1990?OpenDocument
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Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica 
do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, 
a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos 
bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei n. 12.864, de 2013)
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força 
do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletivi-
dade condições de bem-estar físico, mental e social.
TÍTULO II
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e 
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta 
e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema 
Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas fede-
rais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de 
insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipa-
mentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde 
(SUS), em caráter complementar.
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I – a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinan-
tes da saúde;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12864.htm
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II – a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos 
econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
III – a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, pro-
teção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assisten-
ciais e das atividades preventivas.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de 
Saúde (SUS):
I – a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
c) de saúde do trabalhador; (Redação dada pela Lei n. 14.572, de 2023)
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei n. 14.572, de 2023)
II – a participação na formulação da política e na execução de ações de 
saneamento básico;
III – a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V – a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o 
do trabalho;VI – a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imuno-
biológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na 
sua produção;
VII – o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de 
interesse para a saúde;
VIII – a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para con-
sumo humano;
IX – a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, 
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
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X – o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico 
e tecnológico;
XI – a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de 
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sani-
tários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I – o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se rela-
cionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produ-
ção ao consumo; e
II – o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indi-
retamente com a saúde.
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que 
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mu-
dança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção 
e controle das doenças ou agravos.
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto 
de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e 
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim 
como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores subme-
tidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
I – assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador 
de doença profissional e do trabalho;
II – participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde 
(SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos po-
tenciais à saúde existentes no processo de trabalho;
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28
III – participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde 
(SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, 
extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substân-
cias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à 
saúde do trabalhador;
IV – avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V – informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às 
empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do 
trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e 
exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os 
preceitos da ética profissional;
VI – participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de 
saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII – revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no pro-
cesso de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades 
sindicais; e
VIII – a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão 
competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente 
de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde 
dos trabalhadores.
§ 4º Entende-se por saúde bucal o conjunto articulado de ações, em todos 
os níveis de complexidade, que visem a garantir promoção, prevenção, recu-
peração e reabilitação odontológica, individual e coletiva, inseridas no contex-
to da integralidade da atenção à saúde. (Incluído pela Lei n. 14.572, de 2023)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
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CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados con-
tratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são 
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constitui-
ção Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I – universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de 
assistência;
II – integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e 
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, 
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III – preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade 
física e moral;
IV – igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de 
qualquer espécie;
V – direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI – divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde 
e a sua utilização pelo usuário;
VII – utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a 
alocação de recursos e a orientação programática;
VIII – participação da comunidade;
IX – descentralização político-administrativa, com direção única em cada 
esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X – integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e 
saneamento básico;
XI – conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e huma-
nos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação 
de serviços de assistência à saúde da população;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#cfart198
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#cfart198
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XII – capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de as-
sistência; e
XIII – organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de 
meios para fins idênticos.
XIV – organização de atendimento público específico e especializado para 
mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre ou-
tros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas repa-
radoras, em conformidade com a Lei n. 12.845, de 1º de agosto de 2013. 
(Redação dada pela Lei n. 13.427, de 2017)
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da 
iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada 
em níveis de complexidade crescente.
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo 
com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada 
esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I – no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II – no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria 
de Saúde ou órgão equivalente; e
III – no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou 
órgão equivalente.
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em 
conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princí-
pio da direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua 
observância.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13427.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#cfart198
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§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organi-
zar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práti-
cas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.
Art. 11. (Vetado).
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subor-
dinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos 
competentes e por entidades representativas da sociedade civil.
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular 
políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas 
não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões 
intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades:
I – alimentação e nutrição;
II – saneamento e meio ambiente;
III – vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IV – recursos humanos;
V – ciência e tecnologia; e
VI – saúde do trabalhador.
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre 
os serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior.
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor 
prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada 
dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera corres-
pondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre 
essas instituições.
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reco-
nhecidas como foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos 
aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS). (Incluído pela Lei n. 
12.466, de 2011).
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
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Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripar-
tite terá por objetivo: (Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
I – decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da 
gestão compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política 
consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; 
(Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
II – definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a res-
peito da organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente 
no tocante à sua governança institucional e à integração das ações e serviços 
dos entes federados; (Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
III – fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integra-
ção de territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vincu-
lados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados. 
(Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o 
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reco-
nhecidos como entidades representativas dos entes estaduais e municipais 
para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública 
e de relevante função social, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei n. 
12.466, de 2011).
§ 1º O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da 
União por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas 
despesas institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a União. (In-
cluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
§ 2º Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são re-
conhecidos como entidades que representam os entes municipais, no âmbito 
estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados 
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. 
(Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
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CAPÍTULO IV
DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES
Seção I
Das Atribuições Comuns
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, 
em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:
I – definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fis-
calização das ações e serviços de saúde;
II – administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, 
em cada ano, à saúde;
III – acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da popu-
lação e das condições ambientais;
IV – organização e coordenação do sistema de informação de saúde;
V – elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qua-
lidade e parâmetros de custos que caracterizam a assistência à saúde;
VI – elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qua-
lidade para promoção da saúde do trabalhador;
VII – participação de formulação da política e da execução das ações de sa-
neamento básico e colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente;
VIII – elaboração e atualização periódica do plano de saúde;
IX – participação na formulação e na execução da política de formação e 
desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;
X – elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde 
(SUS), de conformidade com o plano de saúde;
XI – elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados 
de saúde, tendo em vista a sua relevância pública;
XII – realização de operações externas de natureza financeira de interesse 
da saúde, autorizadas pelo Senado Federal;
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XIII – para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transi-
tórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública 
ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera adminis-
trativa correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas 
naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização; (Vide 
ADIN 3454)
XIV – implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e 
Derivados;
XV – propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacio-
nais relativos à saúde, saneamento e meio ambiente;
XVI – elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recu-
peração da saúde;
XVII – promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício 
profissional e outras entidades representativas da sociedade civil para a defi-
nição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de saúde;
XVIII – promover a articulação da política e dos planos de saúde;
XIX – realizar pesquisas e estudos na área de saúde;
XX – definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização ineren-
tes ao poder de polícia sanitária;
XXI – fomentar,coordenar e executar programas e projetos estratégicos e 
de atendimento emergencial.
Seção II
Da Competência
Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:
Art. 16. À direção nacional do SUS compete: (Redação dada pela Lei n. 
14.572, de 2023)
I – formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;
II – participar na formulação e na implementação das políticas:
a) de controle das agressões ao meio ambiente;
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2283117
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2283117
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
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35
b) de saneamento básico; e
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
III – definir e coordenar os sistemas:
a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
b) de rede de laboratórios de saúde pública;
c) de vigilância epidemiológica; e
d) vigilância sanitária;
IV – participar da definição de normas e mecanismos de controle, com ór-
gão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham 
repercussão na saúde humana;
V – participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle 
das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde 
do trabalhador;
VI – coordenar e participar na execução das ações de vigilância epi-
demiológica;
VII – estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, ae-
roportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, 
Distrito Federal e Municípios;
VIII – estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da quali-
dade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano;
IX – promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do 
exercício profissional, bem como com entidades representativas de formação 
de recursos humanos na área de saúde;
X – formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política 
nacional e produção de insumos e equipamentos para a saúde, em articulação 
com os demais órgãos governamentais;
XI – identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional 
para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde;
XII – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de inte-
resse para a saúde;
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XIII – prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Fe-
deral e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional;
XIV – elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de 
Saúde (SUS) e os serviços privados contratados de assistência à saúde;
XV – promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os 
Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangência 
estadual e municipal;
XVI – normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de San-
gue, Componentes e Derivados;
XVII – acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, 
respeitadas as competências estaduais e municipais;
XVIII – elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, 
em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal;
XIX – estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avalia-
ção técnica e financeira do SUS em todo o Território Nacional em coopera-
ção técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. (Vide Decreto n. 
1.651, de 1995)
XX – definir as diretrizes e as normas para a estruturação física e organi-
zacional dos serviços de saúde bucal. (Incluído pela Lei n. 14.572, de 2023)
Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemio-
lógica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agra-
vos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual 
do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de dissemina-
ção nacional.
§ 1º A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitá-
ria em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à 
saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único 
de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional. (Renu-
merado do parágrafo único pela Lei n. 14.141, de 2021)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1995/D1651.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1995/D1651.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
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§ 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergência em saú-
de pública, poderá ser adotado procedimento simplificado para a remessa de 
patrimônio genético ao exterior, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei 
n. 14.141, de 2021)
§ 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto acaba-
do ou material reprodutivo oriundo de acesso ao patrimônio genético de que 
trata o § 2º deste artigo serão repartidos nos termos da Lei n. 13.123, de 20 
de maio de 2015. (Incluído pela Lei n. 14.141, de 2021)
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:
I – promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das 
ações de saúde;.
II – acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema 
Único de Saúde (SUS);
III – prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supleti-
vamente ações e serviços de saúde;
IV – coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição; e
c) de alimentação e nutrição; (Redação dada pela Lei n. 14.572, de 2023)
d) de saúde do trabalhador;
e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei n. 14.572, de 2023)
V – participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio 
ambiente que tenham repercussão na saúde humana;
VI – participar da formulação da política e da execução de ações de sane-
amento básico;
VII – participar das ações de controle e avaliação das condições e dos am-
bientes de trabalho;
VIII – em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a 
política de insumos e equipamentos para a saúde;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
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38
IX – identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir siste-
mas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional;
X – coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemo-
centros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização admi-
nistrativa;
XI – estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e ava-
liação das ações e serviços de saúde;
XII – formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, 
de procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de 
consumo humano;
XIII – colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, 
aeroportos e fronteiras;
XIV – o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadoresde 
morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.
Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:
Art. 18. À direção municipal do SUS compete: (Redação dada pela Lei n. 
14.572, de 2023)
I – planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde 
e gerir e executar os serviços públicos de saúde;
II – participar do planejamento, programação e organização da rede re-
gionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação 
com sua direção estadual;
III – participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às 
condições e aos ambientes de trabalho;
IV – executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico; e
d) de saneamento básico; (Redação dada pela Lei n. 14.572, de 2023)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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39
e) de saúde do trabalhador;
f) de saúde bucal; (Incluída pela Lei n. 14.572, de 2023)
V – dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipa-
mentos para a saúde;
VI – colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que te-
nham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos munici-
pais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;
VII – formar consórcios administrativos intermunicipais;
VIII – gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
IX – colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitá-
ria de portos, aeroportos e fronteiras;
X – observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e con-
vênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como 
controlar e avaliar sua execução;
XI – controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;
XII – normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saú-
de no seu âmbito de atuação.
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Es-
tados e aos Municípios.
CAPÍTULO V
DO SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA
(INCLUÍDO PELA LEI N. 9.836, DE 1999)
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das 
populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou individual-
mente, obedecerão ao disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, 
componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido por esta Lei, 
e pela Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual funcionará em 
perfeita integração. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
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Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Sub-
sistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por 
esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País. (Incluído 
pela Lei n. 9.836, de 1999)
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e 
não governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e execu-
ção das ações. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
§ 1º A União instituirá mecanismo de financiamento específico para os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sempre que houver necessidade 
de atenção secundária e terciária fora dos territórios indígenas. (Incluído pela 
Lei n. 14.021, de 2020)
§ 2º Em situações emergenciais e de calamidade pública: (Incluído pela 
Lei n. 14.021, de 2020)
I – a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não previstos nos 
planos de saúde dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ao Sub-
sistema de Atenção à Saúde Indígena; (Incluído pela Lei n. 14.021, de 2020)
II – deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos planos emer-
genciais para atendimento dos pacientes graves das Secretarias Municipais e 
Estaduais de Saúde, explicitados os fluxos e as referências para o atendimen-
to em tempo oportuno. (Incluído pela Lei n. 14.021, de 2020)
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a reali-
dade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas e o modelo a 
ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma 
abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência à 
saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação 
de terras, educação sanitária e integração institucional. (Incluído pela Lei n. 
9.836, de 1999)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
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Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como 
o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado. (Incluído pela Lei n. 
9.836, de 1999)
§ 1º O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os 
Distritos Sanitários Especiais Indígenas. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
§ 1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente fazer o registro e a no-
tificação da declaração de raça ou cor, garantindo a identificação de todos 
os indígenas atendidos nos sistemas públicos de saúde. (Incluído pela Lei n. 
14.021, de 2020)
§ 1º-B. A União deverá integrar os sistemas de informação da rede do SUS 
com os dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei 
n. 14.021, de 2020)
§ 2º O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção 
à Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações na estrutura e or-
ganização do SUS nas regiões onde residem as populações indígenas, para 
propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem 
discriminações. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
§ 3º As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em 
âmbito local, regional e de centros especializados, de acordo com suas neces-
sidades, compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à saúde. 
(Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos organis-
mos colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de 
saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e 
Municipais de Saúde, quando for o caso. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
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CAPÍTULO VI
DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR
(INCLUÍDO PELA LEI N. 10.424, DE 2002)
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saú-
de, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. (Incluído pela Lei n. 
10.424, de 2002)
§ 1º Na modalidade de assistência de atendimento e internação domicilia-
res incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, 
fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros necessá-
rios ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. (Incluído pela Lei n. 
10.424, de 2002)
§ 2º O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equi-
pes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, tera-
pêutica e reabilitadora. (Incluído pela Lei n. 10.424, de 2002)
§ 3º O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados 
por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua famí-
lia. (Incluído pela Lei n. 10.424, de 2002)
CAPÍTULO VII
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO 
DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
(INCLUÍDO PELA LEI N. 11.108, DE 2005)
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da 
rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à 
parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de 
parto, parto e pós-parto imediato. (Incluído pela Lei n. 11.108, de 2005)
§ 1º O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela 
parturiente. (Incluído pela Lei n. 11.108, de 2005)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm#art1
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§ 2º As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que 
trata este artigo constarão do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão 
competente do Poder Executivo. (Incluído pela Lei n. 11.108, de 2005)
§ 3º Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em local visível 
de suas dependências, aviso informando sobre o direito estabelecido no caput 
deste artigo. (Incluído pela Lei n. 12.895, de 2013)
Art. 19-L. (VETADO) (Incluído pela Lei n. 11.108, de 2005)
CAPÍTULO VIII
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE 
TECNOLOGIA EM SAÚDE”
(Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea d do 
inciso I do art. 6º consiste em: (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, 
cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas defini-
das em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, 
na falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P; (Inclu-
ído pela Lei n. 12.401, de 2011)
II – oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambu-
latorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do 
Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional por serviço 
próprio, conveniado ou contratado.
Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as se-
guintes definições: (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras 
e equipamentos médicos; (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
II – protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece 
critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento 
preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12895.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Msg/Vep/VEP-0198-05.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
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couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o 
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem segui-
dos pelos gestores do SUS. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão es-
tabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evo-
lutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles 
indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou 
reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou proce-
dimento de primeira escolha. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que 
trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia, se-
gurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas 
da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo. (Incluído pela Lei 
n. 12.401, de 2011)
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dis-
pensação será realizada: (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal 
do SUS, observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabi-
lidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite; 
(Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
II – no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, 
com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais 
do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão 
Intergestores Bipartite; (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
III – no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas 
relações de medicamentos instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a 
responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de 
Saúde. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
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Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos 
medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a 
alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do 
Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de 
Tecnologias no SUS. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
§ 1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja 
composição e regimento são definidos em regulamento, contará com a parti-
cipação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde e 
de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal 
de Medicina. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
§ 1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja 
composição e regimento são definidos em regulamento, contará com a parti-
cipação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde, 
de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal 
de Medicina e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pela 
Associação Médica Brasileira. (Redação dada pela Lei n. 14.655, de 2023)
§ 2º O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias 
no SUS levará em consideração, necessariamente: (Incluído pela Lei n. 
12.401, de 2011)
I – as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e 
a segurança do medicamento, produto ou procedimento objeto do processo, 
acatadas pelo órgão competente para o registro ou a autorização de uso; (In-
cluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
II – a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em 
relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no que se refere aos atendi-
mentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível. (Incluído pela 
Lei n. 12.401, de 2011)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14655.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
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§ 3º As metodologias empregadas na avaliação econômica a que se refere 
o inciso II do § 2º deste artigo serão dispostas em regulamento e amplamen-
te divulgadas, inclusive em relação aos indicadores e parâmetros de custo-e-
fetividade utilizados em combinação com outros critérios. (Incluído pela Lei 
n. 14.313, de 2022)
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 
19-Q serão efetuadas mediante a instauração de processo administrativo, a 
ser concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado 
da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 
(noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigirem. (Incluído pela 
Lei n. 12.401, de 2011)
§ 1º O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que cou-
ber, o disposto na Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes de-
terminações especiais: (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, das 
amostras de produtos, na forma do regulamento, com informações necessá-
rias para o atendimento do disposto no § 2º do art. 19-Q; (Incluído pela Lei 
n. 12.401, de 2011)
II – (VETADO); (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
III – realização de consulta pública que inclua a divulgação do parecer 
emitido pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS; (In-
cluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
IV – realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, se a re-
levância da matéria justificar o evento. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
V – distribuição aleatória, respeitadas a especialização e a compe-
tência técnica requeridas para a análise da matéria; (Incluído pela Lei n. 
14.313, de 2022)
VI – publicidade dos atos processuais. (Incluído pela Lei n. 14.313, de 2022)
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Art. 19-S. (VETADO). (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Msg/VEP-113.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Msg/VEP-113.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Msg/VEP-113.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
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Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: (Incluído 
pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, pro-
duto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autori-
zado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; (Incluído pela 
Lei n. 12.401, de 2011)
II – a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de me-
dicamento e produto, nacional ou importado, sem registro na Anvisa. (Inclu-
ído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo: (Incluído pela Lei 
n. 14.313, de 2022)
I – medicamento e produto em que a indicação de uso seja distinta daque-
la aprovada no registro na Anvisa, desde que seu uso tenha sido recomenda-
do pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único 
de Saúde (Conitec), demonstradas as evidências científicas sobre a eficácia, 
a acurácia, a efetividade e a segurança, e esteja padronizado em protocolo 
estabelecido pelo Ministério da Saúde; (Incluído pela Lei n. 14.313, de 2022)
II – medicamento e produto recomendados pela Conitec e adquiridos por 
intermédio de organismos multilaterais internacionais, para uso em progra-
mas de saúde pública do Ministério da Saúde e suas entidades vinculadas, 
nos termos do § 5º do art. 8º da Lei n. 9.782, de 26 de janeiro de 1999. (In-
cluído pela Lei n. 14.313, de 2022)
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medica-
mentos, produtos de interesse para a saúde ou procedimentos de que trata 
este Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite. (Incluído 
pela Lei n. 12.401, de 2011)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9782.htm#art8%C2%A75
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
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TÍTULO III
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE
CAPÍTULO I
DO FUNCIONAMENTO
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela 
atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilita-
dos, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recu-
peração da saúde.
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão 
observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de dire-
ção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu fun-
cionamento.
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de 
capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações de 
organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de 
entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos.
§ 1º Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção 
nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as 
atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que forem firmados.
§ 2º Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde mantidos, 
sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus emprega-
dos e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social.
Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, 
de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes 
casos: (Redação dada pela Lei n. 13.097, de 2015)
I – doações de organismos internacionais vinculados à Organização das 
Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e em-
préstimos; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
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49
II – pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: 
(Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, 
clínica geral e clínica especializada; e (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela Lei n. 
13.097, de 2015)
III – serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, 
para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus 
para a seguridade social; e (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
IV – demais casos previstos em legislação específica. (Incluído pela Lei n. 
13.097, de 2015)
CAPÍTULO II
DA PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garan-
tir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o Sistema 
Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciati-
va privada.
Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será 
formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as nor-
mas de direito público.
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as 
sem fins lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de 
Saúde (SUS).
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâ-
metros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do 
Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
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§ 1º Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de paga-
mento da remuneração aludida neste artigo, a direção nacional do Sistema 
Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em demonstrativo eco-
nômico-financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços 
contratados.
§ 2º Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e ad-
ministrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), 
mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
§ 3º (Vetado).
§ 4º Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou ser-
viços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no 
Sistema Único de Saúde (SUS).
TÍTULO III-A
DA TELESSAÚDE
(Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-A. A telessaúde abrange a prestação remota de serviços relacio-
nados a todas as profissões da área da saúde regulamentadas pelos órgãos 
competentes do Poder Executivo federal e obedecerá aos seguintes princí-
pios: (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
I – autonomia do profissional de saúde; (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
II – consentimento livre e informado do paciente;
III – direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde, com a 
garantia do atendimento presencial sempre que solicitado; (Incluído pela Lei 
n. 14.510, de 2022)
IV – dignidade e valorização do profissional de saúde; (Incluído pela Lei n. 
14.510, de 2022)
V – assistência segura e com qualidade ao paciente; (Incluído pela Lei n. 
14.510, de 2022)
VI – confidencialidade dos dados; (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
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VII – promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e 
aos serviços de saúde; (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
VIII – estrita observância das atribuições legais de cada profissão; (Inclu-
ído pela Lei n. 14.510, de 2022)
IX – responsabilidade digital. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-B. Para fins desta Lei, considera-se telessaúde a modalidade de 
prestação de serviços de saúdea distância, por meio da utilização das tecnolo-
gias da informação e da comunicação, que envolve, entre outros, a transmis-
são segura de dados e informações de saúde, por meio de textos, de sons, de 
imagens ou outras formas adequadas. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Parágrafo único. Os atos do profissional de saúde, quando praticados na 
modalidade telessaúde, terão validade em todo o território nacional. (Incluído 
pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-C. Ao profissional de saúde são asseguradas a liberdade e a com-
pleta independência de decidir sobre a utilização ou não da telessaúde, inclu-
sive com relação à primeira consulta, atendimento ou procedimento, e poderá 
indicar a utilização de atendimento presencial ou optar por ele, sempre que 
entender necessário. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-D. Compete aos conselhos federais de fiscalização do exercício 
profissional a normatização ética relativa à prestação dos serviços previstos 
neste Título, aplicando-se os padrões normativos adotados para as modalida-
des de atendimento presencial, no que não colidirem com os preceitos desta 
Lei. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-E. Na prestação de serviços por telessaúde, serão observadas as 
normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) 
quanto às condições para seu funcionamento, observada a competência dos 
demais órgãos reguladores. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
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Art. 26-F. O ato normativo que pretenda restringir a prestação de ser-
viço de telessaúde deverá demonstrar a imprescindibilidade da medida 
para que sejam evitados danos à saúde dos pacientes. (Incluído pela Lei n. 
14.510, de 2022)
Art. 26-G. A prática da telessaúde deve seguir as seguintes determina-
ções: (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
I – ser realizada por consentimento livre e esclarecido do paciente, ou 
de seu representante legal, e sob responsabilidade do profissional de saúde; 
(Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
II – prestar obediência aos ditames das Leis n.s 12.965, de 23 de abril de 
2014 (Marco Civil da Internet), 12.842, de 10 de julho de 2013 (Lei do Ato 
Médico), 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados), 
8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor) e, nas 
hipóteses cabíveis, aos ditames da Lei n. 13.787, de 27 de dezembro de 2018 
(Lei do Prontuário Eletrônico). (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-H. É dispensada a inscrição secundária ou complementar do pro-
fissional de saúde que exercer a profissão em outra jurisdição exclusivamente 
por meio da modalidade telessaúde. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
TÍTULO IV
DOS RECURSOS HUMANOS
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formali-
zada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em 
cumprimento dos seguintes objetivos:
I – organização de um sistema de formação de recursos humanos em to-
dos os níveis de ensino, inclusive de pós-graduação, além da elaboração de 
programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal;
II – (Vetado)
III – (Vetado)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12965.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12965.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12842.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13709.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13787.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
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53
IV – valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de 
Saúde (SUS).
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de 
Saúde (SUS) constituem campo de prática para ensino e pesquisa, mediante 
normas específicas, elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âm-
bito do Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime 
de tempo integral.
§ 1º Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos 
poderão exercer suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema 
Único de Saúde (SUS).
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em 
regime de tempo integral, com exceção dos ocupantes de cargos ou função 
de chefia, direção ou assessoramento.
Art. 29. (Vetado).
Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço sob su-
pervisão serão regulamentadas por Comissão Nacional, instituída de acordo 
com o art. 12 desta Lei, garantida a participação das entidades profissionais 
correspondentes.
TÍTULO V
DO FINANCIAMENTO
CAPÍTULO I
DOS RECURSOS
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único 
de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos necessários 
à realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua 
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54
direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da 
Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei 
de Diretrizes Orçamentárias.
Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:
I – (Vetado)
II – Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;
III – ajuda, contribuições, doações e donativos;
IV – alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
V – taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito 
do Sistema Único de Saúde (SUS); e
VI – rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
§ 1º Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que 
trata o inciso I deste artigo, apurada mensalmente, a qual será destinada à 
recuperação de viciados.
§ 2º As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) 
serão creditadas diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua 
direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas.
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas supletiva-
mente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão financiadas por recursos 
tarifários específicos e outros da União, Estados, Distrito Federal, Municípios 
e, em particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
§ 4º (Vetado).
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológi-
co em saúde serão cofinanciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas 
universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de 
fomento e financiamento ou de origem externae receita própria das institui-
ções executoras.
§ 6º (Vetado).
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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CAPÍTULO II
DA GESTÃO FINANCEIRA
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão 
depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimen-
tados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.
§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento 
da Seguridade Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fon-
tes, serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacio-
nal de Saúde.
§ 2º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de au-
ditoria, a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos 
repassados a Estados e Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não 
aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas 
previstas em lei.
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da receita efetiva-
mente arrecadada transferirão automaticamente ao Fundo Nacional de Saú-
de (FNS), observado o critério do parágrafo único deste artigo, os recursos 
financeiros correspondentes às dotações consignadas no Orçamento da Se-
guridade Social, a projetos e atividades a serem executados no âmbito do 
Sistema Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade 
Social será observada a mesma proporção da despesa prevista de cada área, 
no Orçamento da Seguridade Social.
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Esta-
dos, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes 
critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:
I – perfil demográfico da região;
II – perfil epidemiológico da população a ser coberta;
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Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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III – características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV – desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V – níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e 
municipais;
VI – previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;
VII – ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras es-
feras de governo.
§ 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribu-
ída segundo o quociente de sua divisão pelo número de habitantes, indepen-
dentemente de qualquer procedimento prévio. (Revogado pela Lei Comple-
mentar n. 141, de 2012) (Vide Lei n. 8.142, de 1990)
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de 
migração, os critérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados 
por outros indicadores de crescimento populacional, em especial o número de 
eleitores registrados.
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
§ 5º (Vetado).
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos 
de controle interno e externo e nem a aplicação de penalidades previstas em 
lei, em caso de irregularidades verificadas na gestão dos recursos transferidos.
CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO E DO ORÇAMENTO
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de 
Saúde (SUS) será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus ór-
gãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde 
com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos 
Estados, do Distrito Federal e da União.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm#art47
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm#art47
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm#art3%C2%A71
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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57
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de 
cada nível de direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento 
será previsto na respectiva proposta orçamentária.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações 
não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de 
calamidade pública, na área de saúde.
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem 
observadas na elaboração dos planos de saúde, em função das características 
epidemiológicas e da organização dos serviços em cada jurisdição administrativa.
Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a insti-
tuições prestadoras de serviços de saúde com finalidade lucrativa.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 39. (Vetado).
§ 1º (Vetado).
§ 2º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do Inamps para órgãos 
integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) será feita de modo a preservá-
-los como patrimônio da Seguridade Social.
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventariados com 
todos os seus acessórios, equipamentos e outros bens móveis e ficarão dis-
poníveis para utilização pelo órgão de direção municipal do Sistema Único de 
Saúde - SUS ou, eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição admi-
nistrativa se encontrem, mediante simples termo de recebimento.
§ 7º (Vetado).
§ 8º O acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos 
pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, 
será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos 
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Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
58
congêneres, como suporte ao processo de gestão, de forma a permitir a ge-
rencia informatizada das contas e a disseminação de estatísticas sanitárias e 
epidemiológicas médico-hospitalares.
Art. 40. (Vetado)
Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo 
Instituto Nacional do Câncer, supervisionadas pela direção nacional do Siste-
ma Único de Saúde (SUS), permanecerão como referencial de prestação de 
serviços, formação de recursos humanos e para transferência de tecnologia.
Art. 42. (Vetado).
Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos 
serviços públicos contratados, ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou 
convênios estabelecidos com as entidades privadas.
Art. 44. (Vetado).
Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino in-
tegram-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada 
a sua autonomia administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos hu-
manos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos limites conferidos pelas 
instituições a que estejam vinculados.
§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais de previ-
dência social deverão integrar-se à direção correspondente do Sistema Único 
de Saúde (SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem como quaisquer ou-
tros órgãos e serviços de saúde.
§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde 
das Forças Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), 
conforme se dispuser em convênio que, para esse fim, for firmado.
Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá mecanismos de 
incentivos à participação do setor privado no investimento em ciência e tecno-
logia e estimulará a transferência de tecnologia das universidades e institutos 
de pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, 
e às empresas nacionais.
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Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
59
Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e 
municipais do Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos, 
um sistema nacional de informações em saúde, integrado em todo o território 
nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços.
Art. 48. (Vetado).
Art. 49. (Vetado).
Art. 50. Osconvênios entre a União, os Estados e os Municípios, celebra-
dos para implantação dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, 
ficarão rescindidos à proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo Sis-
tema Único de Saúde (SUS).
Art. 51. (Vetado).
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de em-
prego irregular de verbas ou rendas públicas (Código Penal, art. 315) a utili-
zação de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em finalida-
des diversas das previstas nesta lei.
Art. 53. (Vetado).
Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de 
apoio à assistência à saúde são aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de 
genética humana, produção e fornecimento de medicamentos e produtos para 
saúde, laboratórios de analises clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico 
por imagem e são livres à participação direta ou indireta de empresas ou de 
capitais estrangeiros. (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 55. São revogadas a Lei n. 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei n. 
6.229, de 17 de julho de 1975, e demais disposições em contrário.
Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102º da 
República.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art315
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L2312.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6229.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6229.htm
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LEI N. 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990
Vide Lei n. 8.689, de 1993
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde 
(SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na 
área da saúde e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n. 8.080, de 
19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo 
das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I – a Conferência de Saúde; e 
II - o Conselho de Saúde.
§ 1º A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a re-
presentação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde 
e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis cor-
respondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por 
esta ou pelo Conselho de Saúde.
§ 2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão 
colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, 
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no 
controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclu-
sive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologa-
das pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
§ 3º O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho 
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representa-
ção no Conselho Nacional de Saúde.
§ 4º A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências 
será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.142-1990?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8689.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
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§ 5º As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organi-
zação e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas 
pelo respectivo conselho.
Art. 2º Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alo-
cados como:
I – despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e 
entidades, da administração direta e indireta;
II – investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder 
Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;
III – investimentos previstos no Plano Qüinquenal do Ministério da Saúde;
IV – cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pe-
los Municípios, Estados e Distrito Federal.
Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-
-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambula-
torial e hospitalar e às demais ações de saúde.
Art. 3º Os recursos referidos no inciso IV do art. 2º desta lei serão repas-
sados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito 
Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n. 8.080, de 
19 de setembro de 1990.
§ 1º Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos 
no art. 35 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o 
repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1º do mes-
mo artigo. (Vide Lei n. 8.080, de 1990)
§ 2º Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos se-
tenta por cento, aos Municípios, afetando- se o restante aos Estados.
§ 3º Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações 
e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no 
inciso IV do art. 2º desta lei.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35%C2%A71
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Art. 4º Para receberem os recursos, de que trata o art. 3º desta lei, os 
Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I – Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decre-
to n. 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III – plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4º do 
art. 33 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990;
V – contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI – Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários 
(PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, 
ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará 
em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pe-
los Estados ou pela União.
Art. 5º É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de Estado, 
autorizado a estabelecer condições para aplicação desta lei.
Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169º da Independência e 102º da 
República.
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
Este texto não substitui o publicado no DOU de 31.12.1990*
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D99438.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D99438.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art33%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art33%C2%A74
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DECRETO N. 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011
Regulamenta a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor 
sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planeja-
mento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa,e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o 
art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei n. 8.080, 
19 de setembro de 1990,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 
1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o 
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa.
Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se:
I – Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupa-
mentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, 
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de trans-
portes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planeja-
mento e a execução de ações e serviços de saúde;
II – Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colabora-
ção firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar 
as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com de-
finição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de ava-
liação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma 
de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à 
implementação integrada das ações e serviços de saúde;
III – Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usu-
ário no SUS;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8080.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8080.htm
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IV – Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os 
entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS;
V – Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos hu-
manos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa 
privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos 
e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema;
VI – Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde ar-
ticulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir 
a integralidade da assistência à saúde;
VII – Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos 
para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação labo-
ral, necessita de atendimento especial; e
VIII – Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que estabelece: 
critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento 
preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando 
couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o 
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem segui-
dos pelos gestores do SUS.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Art. 3º O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de pro-
moção, proteção e recuperação da saúde executados pelos entes federativos, 
de forma direta ou indireta, mediante a participação complementar da inicia-
tiva privada, sendo organizado de forma regionalizada e hierarquizada.
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Seção I
Das Regiões de Saúde
Art. 4º As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em articulação 
com os Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão 
Intergestores Tripartite - CIT a que se refere o inciso I do art. 30.
§ 1º Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interestaduais, compostas 
por Municípios limítrofes, por ato conjunto dos respectivos Estados em articu-
lação com os Municípios.
§ 2º A instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas de fronteira com 
outros países deverá respeitar as normas que regem as relações internacionais.
Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, 
ações e serviços de:
I – atenção primária;
II – urgência e emergência;
III – atenção psicossocial;
IV – atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e
V – vigilância em saúde.
Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde observará cronogra-
ma pactuado nas Comissões Intergestores.
Art. 6º As Regiões de Saúde serão referência para as transferências de 
recursos entre os entes federativos.
Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito 
de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes 
pactuadas nas Comissões Intergestores.
Parágrafo único. Os entes federativos definirão os seguintes elementos em 
relação às Regiões de Saúde:
I – seus limites geográficos;
II – população usuária das ações e serviços;
III – rol de ações e serviços que serão ofertados; e
IV – respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e escala 
para conformação dos serviços.
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Seção II
Da Hierarquização
Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de 
saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regio-
nalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço.
Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes 
de Atenção à Saúde os serviços:
I – de atenção primária;
II – de atenção de urgência e emergência;
III – de atenção psicossocial; e
IV – especiais de acesso aberto.
Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo com o pactuado 
nas Comissões Intergestores, os entes federativos poderão criar novas Portas 
de Entrada às ações e serviços de saúde, considerando as características da 
Região de Saúde.
Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais especiali-
zados, entre outros de maior complexidade e densidade tecnológica, serão 
referenciados pelas Portas de Entrada de que trata o art. 9º.
Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saú-
de será ordenado pela atenção primária e deve ser fundado na avaliação da 
gravidade do risco individual e coletivo e no critério cronológico, observadas 
as especificidades previstas para pessoas com proteção especial, conforme 
legislação vigente.
Parágrafo único. A população indígena contará com regramentos diferen-
ciados de acesso, compatíveis com suas especificidades e com a necessidade 
de assistência integral à sua saúde, de acordo com disposições do Ministé-
rio da Saúde.
Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado em saúde, 
em todas as suas modalidades, nos serviços, hospitais e em outras unidades 
integrantes da rede de atenção da respectiva região.
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Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as regras de continui-
dade do acesso às ações e aos serviços de saúde na respectiva área de atuação.
Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal, igualitário e or-
denado às ações e serviços de saúde do SUS, caberá aos entes federativos, 
além de outras atribuições que venham a ser pactuadas pelas Comissões In-
tergestores:
I – garantir a transparência, a integralidade e a equidade no acesso às 
ações e aos serviços de saúde;
II – orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de saúde;
III – monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde; e
IV – ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde.
Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios, diretrizes, procedi-
mentos e demais medidas que auxiliem os entes federativos no cumprimento 
das atribuições previstas no art. 13.
CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
Art. 15. O processo de planejamento da saúde será ascendente e integra-
do, do nível local até o federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde, 
compatibilizando-se as necessidades daspolíticas de saúde com a disponibi-
lidade de recursos financeiros.
§ 1º O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e será 
indutor de políticas para a iniciativa privada.
§ 2º A compatibilização de que trata o caput será efetuada no âmbito dos 
planos de saúde, os quais serão resultado do planejamento integrado dos en-
tes federativos, e deverão conter metas de saúde.
§ 3º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem 
observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo com as caracte-
rísticas epidemiológicas e da organização de serviços nos entes federativos e 
nas Regiões de Saúde.
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Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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Art. 16. No planejamento devem ser considerados os serviços e as ações 
prestados pela iniciativa privada, de forma complementar ou não ao SUS, os 
quais deverão compor os Mapas da Saúde regional, estadual e nacional.
Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades 
de saúde e orientará o planejamento integrado dos entes federativos, contri-
buindo para o estabelecimento de metas de saúde.
Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser realizado 
de maneira regionalizada, a partir das necessidades dos Municípios, conside-
rando o estabelecimento de metas de saúde.
Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite - CIB de que trata 
o inciso II do art. 30 pactuar as etapas do processo e os prazos do planeja-
mento municipal em consonância com os planejamentos estadual e nacional.
CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se inicia e se completa na 
Rede de Atenção à Saúde, mediante referenciamento do usuário na rede re-
gional e interestadual, conforme pactuado nas Comissões Intergestores.
Seção I
Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES
Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES 
compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para 
atendimento da integralidade da assistência à saúde.
Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em âmbito na-
cional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e 
publicará as atualizações da RENASES.
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Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios pactuarão 
nas respectivas Comissões Intergestores as suas responsabilidades em rela-
ção ao rol de ações e serviços constantes da RENASES.
Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar 
relações específicas e complementares de ações e serviços de saúde, em con-
sonância com a RENASES, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo 
seu financiamento, de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.
Seção II
Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME
Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME com-
preende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendi-
mento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS.
Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do Formulário Terapêutico 
Nacional - FTN que subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus 
medicamentos.
Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente para dispor sobre a 
RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacio-
nal, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e 
publicará as atualizações da RENAME, do respectivo FTN e dos Protocolos Clí-
nicos e Diretrizes Terapêuticas.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualiza-
ções: (Redação dada pelo Decreto n. 11.161, de 2022) Vigência
I – da RENAME, a cada dois anos, e disponibilizará, nesse prazo, a lis-
ta de tecnologias incorporadas, excluídas e alteradas pela CONITEC e com 
a responsabilidade de financiamento pactuada de forma tripartite, até que 
haja a consolidação da referida lista; (Incluído pelo Decreto n. 11.161, de 
2022) Vigência
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art5
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
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II – do FTN, à medida que sejam identificadas novas evidências sobre 
as tecnologias constantes na RENAME vigente; e (Incluído pelo Decreto n. 
11.161, de 2022) Vigência
III – de protocolos clínicos ou de diretrizes terapêuticas, quando da incor-
poração, alteração ou exclusão de tecnologias em saúde no SUS e da existên-
cia de novos estudos e evidências científicas identificados a partir de revisões 
periódicas da literatura relacionada aos seus objetos. (Incluído pelo Decreto 
n. 11.161, de 2022) Vigência
Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar rela-
ções específicas e complementares de medicamentos, em consonância com a 
RENAME, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de 
medicamentos, de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.
Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pres-
supõe, cumulativamente:
I – estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS;
II – ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exer-
cício regular de suas funções no SUS;
III – estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos 
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica complementar 
estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e
IV – ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS.
§ 1º Os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistên-
cia farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem.
§ 2º O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras diferenciadas de 
acesso a medicamentos de caráter especializado.
Art. 29. A RENAME e a relação específica complementar estadual, distrital 
ou municipal de medicamentos somente poderão conter produtos com regis-
tro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art5
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CAPÍTULO V
DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
Seção I
Das Comissões Intergestores
Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a organização e o funcio-
namento das ações e serviços de saúde integrados em redes de atenção à 
saúde, sendo:
I – a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da Saúde para efei-
tos administrativos e operacionais;
II – a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde 
para efeitos administrativos e operacionais; e
III – a Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito regional, vincu-
lada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacio-
nais, devendo observar as diretrizes da CIB.
Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores públicos de saúde po-
derão ser representados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde - 
CONASS, pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais deSaúde - CONA-
SEMS e pelo Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS.
Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão:
I – aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão com-
partilhada do SUS, de acordo com a definição da política de saúde dos entes 
federativos, consubstanciada nos seus planos de saúde, aprovados pelos res-
pectivos conselhos de saúde;
II – diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração de limites geo-
gráficos, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à inte-
gração das ações e serviços de saúde entre os entes federativos;
III – diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interestadual, a res-
peito da organização das redes de atenção à saúde, principalmente no tocante 
à gestão institucional e à integração das ações e serviços dos entes federativos;
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IV – responsabilidades dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, 
de acordo com o seu porte demográfico e seu desenvolvimento econômico-
-financeiro, estabelecendo as responsabilidades individuais e as solidárias; e
V – referências das regiões intraestaduais e interestaduais de atenção à 
saúde para o atendimento da integralidade da assistência.
Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a pactuação:
I – das diretrizes gerais para a composição da RENASES;
II – dos critérios para o planejamento integrado das ações e serviços de 
saúde da Região de Saúde, em razão do compartilhamento da gestão; e
III – das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões operacio-
nais das Regiões de Saúde situadas em fronteiras com outros países, respei-
tadas, em todos os casos, as normas que regem as relações internacionais.
Seção II
Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes federativos para a orga-
nização da rede interfederativa de atenção à saúde será firmado por meio de 
Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.
Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde é a 
organização e a integração das ações e dos serviços de saúde, sob a respon-
sabilidade dos entes federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade 
de garantir a integralidade da assistência aos usuários.
Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde resul-
tará da integração dos planos de saúde dos entes federativos na Rede de Aten-
ção à Saúde, tendo como fundamento as pactuações estabelecidas pela CIT.
Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde definirá as 
responsabilidades individuais e solidárias dos entes federativos com relação 
às ações e serviços de saúde, os indicadores e as metas de saúde, os critérios 
de avaliação de desempenho, os recursos financeiros que serão disponibiliza-
dos, a forma de controle e fiscalização da sua execução e demais elementos 
necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde.
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§ 1º O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais de garantia de 
acesso às ações e aos serviços de saúde no âmbito do SUS, a partir de dire-
trizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde.
§ 2º O desempenho aferido a partir dos indicadores nacionais de garantia 
de acesso servirá como parâmetro para avaliação do desempenho da pres-
tação das ações e dos serviços definidos no Contrato Organizativo de Ação 
Pública de Saúde em todas as Regiões de Saúde, considerando-se as especi-
ficidades municipais, regionais e estaduais.
Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde conterá as 
seguintes disposições essenciais:
I – identificação das necessidades de saúde locais e regionais;
II – oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção, proteção 
e recuperação da saúde em âmbito regional e inter-regional;
III – responsabilidades assumidas pelos entes federativos perante a po-
pulação no processo de regionalização, as quais serão estabelecidas de forma 
individualizada, de acordo com o perfil, a organização e a capacidade de pres-
tação das ações e dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde;
IV – indicadores e metas de saúde;
V – estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde;
VI – critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento 
permanente;
VII – adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em rela-
ção às atualizações realizadas na RENASES;
VIII – investimentos na rede de serviços e as respectivas responsa-
bilidades; e
IX – recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos par-
tícipes para sua execução.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir formas de incen-
tivo ao cumprimento das metas de saúde e à melhoria das ações e servi-
ços de saúde.
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Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as 
seguintes diretrizes básicas para fins de garantia da gestão participativa:
I – estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário 
das ações e dos serviços, como ferramenta de sua melhoria;
II – apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e
III – publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as 
unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele partici-
pem de forma complementar.
Art. 38. A humanização do atendimento do usuário será fator determi-
nante para o estabelecimento das metas de saúde previstas no Contrato Or-
ganizativo de Ação Pública de Saúde.
Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do Contrato Organizativo de 
Ação Pública de Saúde serão pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de 
Saúde Estadual coordenar a sua implementação.
Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS, por meio de 
serviço especializado, fará o controle e a fiscalização do Contrato Organizati-
vo de Ação Pública da Saúde.
§ 1º O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do art. 4º da Lei 
n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, conterá seção específica relativa aos 
compromissos assumidos no âmbito do Contrato Organizativo de Ação Públi-
ca de Saúde.
§ 2º O disposto neste artigo será implementado em conformidade com as 
demais formas de controle e fiscalização previstas em Lei.
Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a execução do Contrato 
Organizativo de Ação Pública de Saúde, em relação ao cumprimento das metas 
estabelecidas, ao seu desempenho e à aplicação dos recursos disponibilizados.
Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre o Contrato Organizati-
vo de Ação Pública de Saúde no sistema de informações em saúde organizado 
pelo Ministério da Saúde e os encaminhará ao respectivo Conselho de Saúde 
para monitoramento.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm#art4iv
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm#art4iv
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CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais, o Ministério da Saú-
de informará aos órgãos de controle interno e externo:
I – o descumprimento injustificado de responsabilidades na prestação de 
ações e serviços de saúde e de outras obrigações previstas neste Decreto;
II – a não apresentação do Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV 
do art. 4º da Lei n. 8.142, de 1990;
III – a não aplicação, malversação ou desvio de recursos financeiros; e
IV – outros atos de natureza ilícita de que tiver conhecimento.
Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas as ações e serviços 
de saúde que na data da publicação deste Decreto são ofertados pelo SUS à 
população, por meio dos entes federados, de forma direta ou indireta.
Art. 44. O Conselho Nacionalde Saúde estabelecerá as diretrizes de que 
trata o § 3º do art. 15 no prazo de cento e oitenta dias a partir da publicação 
deste Decreto.
Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 28 de junho de 2011; 190º da Independência e 123º da República.
DILMA ROUSSEFF
Alexandre Rocha Santos Padilha
Este texto não substitui o publicado no DOU de 29.6.2011
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm#art4iv
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm#art4iv
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RESOLUÇÃO-RDC N. 63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011
Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento 
para os Serviços de Saúde
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso 
da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11, do Regulamento aprovado 
pelo Decreto no-. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto 
no inciso II e nos § § 1º- e 3º- do art. 54 do Regimento Interno nos termos do 
Anexo I da Portaria no-. 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, republicada 
no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 24 de novembro 
de 2011, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretora- 
Presidente Substituta, determino a sua publicação:
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece os Requisi-
tos de Boas Práticas para Funcionamento de Serviços de Saúde, nos termos 
desta Resolução.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo
Art. 2º Este Regulamento Técnico possui o objetivo de estabelecer requi-
sitos de Boas Práticas para funcionamento de serviços de saúde, fundamen-
tados na qualificação, na humanização da atenção e gestão, e na redução e 
controle de riscos aos usuários e meio ambiente.
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Seção II
Abrangência
Art. 3º Este Regulamento Técnico se aplica a todos os serviços de saúde 
no país, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, in-
cluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.
Seção III
Definições
Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes 
definições:
I – garantia da qualidade: totalidade das ações sistemáticas necessárias 
para garantir que os serviços prestados estejam dentro dos padrões de qua-
lidade exigidos, para os fins a que se propõem;
II – gerenciamento de tecnologias: procedimentos de gestão, planejados 
e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, 
com o objetivo de garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade, 
segurança e em alguns casos o desempenho das tecnologias de saúde utiliza-
das na prestação de serviços de saúde, abrangendo cada etapa do gerencia-
mento, desde o planejamento e entrada das tecnologias no estabelecimento 
de saúde até seu descarte, visando à proteção dos trabalhadores, a preserva-
ção da saúde pública e do meio ambiente e a segurança do paciente;
III – humanização da atenção e gestão da saúde: valorização da dimen-
são subjetiva e social, em todas as práticas de atenção e de gestão da saúde, 
fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o res-
peito às questões de gênero, etnia, raça, orientação sexual e às populações 
específicas, garantindo o acesso dos usuários às informações sobre saúde, 
inclusive sobre os profissionais que cuidam de sua saúde, respeitando o di-
reito a acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha), e 
a valorização do trabalho e dos trabalhadores;
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IV – licença atualizada: documento emitido pelo órgão sanitário compe-
tente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão 
para o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob re-
gime de vigilância sanitária;
V – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): 
documento que aponta e descreve as ações relativas
ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, 
no âmbito dos estabelecimentos de saúde, contemplando os aspectos refe-
rentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, 
transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à 
saúde pública e ao meio ambiente.
VI – política de qualidade: refere-se às intenções e diretrizes globais relativas 
à qualidade, formalmente expressa e autorizada pela direção do serviço de saúde.
VII – profissional legalmente habilitado: profissional com formação supe-
rior ou técnica com suas competências atribuídas por lei;
VIII – prontuário do paciente: documento único, constituído de um con-
junto de informações, sinais e imagens registrados, gerados a partir de fatos, 
acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele 
prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação 
entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência 
prestada ao indivíduo;
IX – relatório de transferência: documento que deve acompanhar o pa-
ciente em caso de remoção para outro serviço, contendo
minimamente dados de identificação, resumo clínico com dados que justi-
fiquem a transferência e descrição ou cópia de laudos de exames realizados, 
quando existentes;
X – responsável técnico - RT: profissional de nível superior legalmente ha-
bilitado, que assume perante a vigilância sanitária a responsabilidade técnica 
pelo serviço de saúde, conforme legislação vigente;
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XI – segurança do Paciente: conjunto de ações voltadas à proteção do 
paciente contra riscos, eventos adversos e danos desnecessários durante a 
atenção prestada nos serviços de saúde.
XII – serviço de saúde: estabelecimento de saúde destinado a prestar as-
sistência à população na prevenção de doenças, no tratamento, recuperação 
e na reabilitação de pacientes.
CAPÍTULO II
DAS BOAS PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO
Seção I
Do gerenciamento da qualidade
Art. 5º O serviço de saúde deve desenvolver ações no sentido de estabe-
lecer uma política de qualidade envolvendo estrutura, processo e resultado na 
sua gestão dos serviços.
Parágrafo único. O serviço de saúde deve utilizar a Garantia da Qualidade 
como ferramenta de gerenciamento.
Art. 6º As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) são os componentes 
da Garantia da Qualidade que asseguram que os serviços são ofertados com 
padrões de qualidade adequados.
§ 1º As BPF são orientadas primeiramente à redução dos riscos inerentes 
a prestação de serviços de saúde.
§ 2º Os conceitos de Garantia da Qualidade e Boas Práticas de Funciona-
mento (BPF) estão inter-relacionados estando descritos nesta resolução de 
forma a enfatizar as suas relações e sua importância para o funcionamento 
dos serviços de saúde.
Art. 7º As BPF determinam que:
I – o serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços dentro dos pa-
drões de qualidade exigidos, atendendo aos requisitos das legislações e regu-
lamentos vigentes.
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II – o serviço de saúde deve fornecer todos os recursos necessários, in-
cluindo:
a) quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e identificado;
b) ambientes identificados;
c) equipamentos, materiais e suporte logístico; e
d) procedimentos e instruções aprovados e vigentes.
III – as reclamações sobre os serviços oferecidos devem ser examinadas, 
registradas e as causas dos desvios da qualidade, investigadas e documenta-
das, devendo ser tomadas medidas com relação aos serviços com desvio da 
qualidade e adotadas as providências no sentido de prevenir reincidências.
Seção II
Da Segurança do Paciente
Art. 8º O serviço de saúde deveestabelecer estratégias e ações voltadas 
para Segurança do Paciente, tais como:
I – Mecanismos de identificação do paciente;
II – Orientações para a higienização das mãos;
III – Ações de prevenção e controle de eventos adversos relacionadaà as-
sistência à saúde;
IV – Mecanismos para garantir segurança cirúrgica;
V – Orientações para administração segura de medicamentos, sangue e 
hemocomponentes;
VI – Mecanismos para prevenção de quedas dos pacientes;
VII – Mecanismos para a prevenção de úlceras por pressão;
VIII – Orientações para estimular a participação do paciente na assistên-
cia prestada.
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Seção III
Das Condições Organizacionais
Art. 9º O serviço de saúde deve possuir regimento interno ou documento 
equivalente, atualizado, contemplando a definição e a descrição de todas as 
suas atividades técnicas, administrativas e assistenciais, responsabilidades e 
competências.
Art. 10. Os serviços objeto desta resolução devem possuir licença atualiza-
da de acordo com a legislação sanitária local, afixada em local visível ao público.
Parágrafo único. Os estabelecimentos integrantes da Administração Públi-
ca ou por ela instituídos independem da licença para funcionamento, ficando 
sujeitos, porém, às exigências pertinentes às instalações, aos equipamentos 
e à aparelhagem adequada e à assistência e responsabilidade técnicas, aferi-
das por meio de fiscalização realizada pelo órgão sanitário local.
Art. 11. Os serviços e atividades terceirizadas pelos estabelecimentos de 
saúde devem possuir contrato de prestação de serviços.
§ 1º Os serviços e atividades terceirizados devem estar regularizados pe-
rante a autoridade sanitária competente, quando couber.
§ 2º A licença de funcionamento dos serviços e atividades terceirizados 
deve conter informação sobre a sua habilitação para atender serviços de saú-
de, quando couber.
Art. 12. O atendimento dos padrões sanitários estabelecidos por este re-
gulamento técnico não isenta o serviço de saúde do cumprimento dos demais 
instrumentos normativos aplicáveis.
Art. 13. O serviço de saúde deve estar inscrito e manter seus dados atu-
alizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES.
Art. 14. O serviço de saúde deve ter um responsável técnico (RT) e um 
substituto.
Parágrafo único. O órgão sanitário competente deve ser notificado sempre 
que houver alteração de responsável técnico ou de seu substituto.
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Art. 15. As unidades funcionais do serviço de saúde devem ter um profissio-
nal responsável conforme definido em legislações e regulamentos específicos.
Art. 16. O serviço de saúde deve possuir profissional legalmente habi-
litado que responda pelas questões operacionais durante o seu período de 
funcionamento.
Parágrafo único. Este profissional pode ser o próprio RT ou técnico desig-
nado para tal fim.
Art. 17. O serviço de saúde deve prover infraestrutura física, recursos hu-
manos, equipamentos, insumos e materiais necessários à operacionalização 
do serviço de acordo com a demanda, modalidade de assistência prestada e 
a legislação vigente.
Art. 18. A direção e o responsável técnico do serviço de saúde têm a res-
ponsabilidade de planejar, implantar e garantir a qualidade dos processos.
Art. 19. O serviço de saúde deve possuir mecanismos que garantam a 
continuidade da atenção ao paciente quando houver necessidade de remoção 
ou para realização de exames que não existam no próprio serviço.
Parágrafo único. Todo paciente removido deve ser acompanhado por re-
latório completo, legível, com identificação e assinatura do profissional as-
sistente, que deve passar a integrar o prontuário no destino, permanecendo 
cópia no prontuário de origem.
Art. 20. O serviço de saúde deve possuir mecanismos que garantam o 
funcionamento de Comissões, Comitês e Programas estabelecidos em legisla-
ções e normatizações vigentes.
Art. 21. O serviço de saúde deve garantir mecanismos para o controle de 
acesso dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes.
Art. 22. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de identificação 
dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes.
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Art. 23. O serviço de saúde deve manter disponível, segundo o seu tipo 
de atividade, documentação e registro referente à:
I – Projeto Básico de Arquitetura (PBA) aprovado pela vigilância sanitária 
competente.
II – controle de saúde ocupacional;
III – educação permanente;
IV – comissões, comitês e programas;
V – contratos de serviços terceirizados;
VI – controle de qualidade da água;
VII – manutenção preventiva e corretiva da edificação e instalações;
VIII – controle de vetores e pragas urbanas;
IX – manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos e instrumentos;
X – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde;
XI – nascimentos;
XII – óbitos;
XIII – admissão e alta;
XIV – eventos adversos e queixas técnicas associadas a produtos ou serviços;
XV – monitoramento e relatórios específicos de controle de infecção;
XVI – doenças de Notificação Compulsória;
XVII – indicadores previstos nas legislações vigentes;
XVIII – normas, rotinas e procedimentos;
XIX – demais documentos exigidos por legislações específicas dos esta-
dos, Distrito Federal e municípios.
Seção IV
Do Prontuário do Paciente
Art. 24. A responsabilidade pelo registro em prontuário cabe aos profis-
sionais de saúde que prestam o atendimento.
Art. 25. A guarda do prontuário é de responsabilidade do serviço de saúde 
devendo obedecer às normas vigentes.
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§ 1º O serviço de saúde deve assegurar a guarda dos prontuários no que 
se refere à confidencialidade e integridade.
§ 2º O serviço de saúde deve manter os prontuários em local seguro, em 
boas condições de conservação e organização, permitindo o seu acesso sem-
pre que necessário.
Art. 26. O serviço de saúde deve garantir que o prontuário contenha regis-
tros relativos à identificação e a todos os procedimentos prestados ao paciente.
Art. 27. O serviço de saúde deve garantir que o prontuário seja preenchi-
do de forma legível por todos os profissionais envolvidos
diretamente na assistência ao paciente, com aposição de assinatura e ca-
rimbo em caso de prontuário em meio físico.
Art. 28. Os dados que compõem o prontuário pertencem ao paciente e 
devem estar permanentemente disponíveis aos mesmos ou aos seus repre-
sentantes legais e à autoridade sanitária quando necessário.
Seção V
Da Gestão de Pessoal
Art. 29. As exigências referentes aos recursos humanos do serviço de 
saúde incluem profissionais de todos os níveis de escolaridade, de quadro 
próprio ou terceirizado.
Art. 30. O serviço de saúde deve possuir equipe multiprofissional dimen-
sionada de acordo com seu perfil de demanda.
Art. 31. O serviço de saúde deve manter disponíveis registros de formação 
e qualificação dos profissionais compatíveis com as funções desempenhadas.
Parágrafo único. O serviço de saúde deve possuir documentação referente 
ao registro dos profissionais em conselhos de classe, quando for o caso.
Art. 32. O serviço de saúde deve promover a capacitação de seus profis-
sionais antes do início das atividades e de forma permanente em conformida-
de com as atividades desenvolvidas.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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Parágrafo único. As capacitações devem ser registradas contendo data, 
horário, carga horária, conteúdo ministrado, nome e a formação ou capacita-
ção profissional do instrutor e dos trabalhadores envolvidos.
Art. 33. A capacitação de que trata o artigo anterior deve ser adaptada 
à evolução doconhecimento e a identificação de novos riscos e deve incluir:
I – os dados disponíveis sobre os riscos potenciais à saúde;
II – medidas de controle que minimizem a exposição aos agentes;
III – normas e procedimentos de higiene;
IV – utilização de equipamentos de proteção coletiva, individual e vesti-
mentas de trabalho;
V – medidas para a prevenção de acidentes e incidentes;
VI – medidas a serem adotadas pelos trabalhadores no caso de ocorrência 
de acidentes e incidentes;
VII – temas específicos de acordo com a atividade desenvolvida pelo pro-
fissional.
Seção VI
Da Gestão de Infraestrutura
Art. 34. O serviço de saúde deve ter seu projeto básico de arquitetura 
atualizado, em conformidade com as atividades desenvolvidas e aprovado 
pela vigilância sanitária e demais órgãos competentes.
Art. 35. As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, gases, 
climatização, proteção e combate a incêndio, comunicação e outras existen-
tes, devem atender às exigências dos códigos de obras e posturas locais, as-
sim como normas técnicas pertinentes a cada uma das instalações.
Art. 36. O serviço de saúde deve manter as instalações físicas dos am-
bientes externos e internos em boas condições de conservação, segurança, 
organização, conforto e limpeza.
Art. 37. O serviço de saúde deve executar ações de gerenciamento dos 
riscos de acidentes inerentes às atividades desenvolvidas.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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Art. 38. O serviço de saúde deve ser dotado de iluminação e ventilação 
compatíveis com o desenvolvimento das suas atividades.
Art. 39. O serviço de saúde deve garantir a qualidade da água necessária 
ao funcionamento de suas unidades.
§ 1º O serviço de saúde deve garantir a limpeza dos reservatórios de água 
a cada seis meses.
§ 2º O serviço de saúde deve manter registro da capacidade e da limpeza 
periódica dos reservatórios de água.
Art. 40. O serviço de saúde deve garantir a continuidade do fornecimento 
de água, mesmo em caso de interrupção do fornecimento pela concessioná-
ria, nos locais em que a água é considerada insumo crítico.
Art. 41. O serviço de saúde deve garantir a continuidade do fornecimento 
de energia elétrica, em situações de interrupção do fornecimento pela con-
cessionária, por meio de sistemas de energia elétrica de emergência, nos 
locais em que a energia elétrica é considerada insumo crítico.
Art. 42. O serviço de saúde deve realizar ações de manutenção preventi-
va e corretiva das instalações prediais, de forma própria ou terceirizada.
Seção VII
Da Proteção à Saúde do Trabalhador
Art. 43. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de orientação so-
bre imunização contra tétano, difteria, hepatite B e contra outros agentes 
biológicos a que os trabalhadores possam estar expostos.
Art. 44. O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores sejam 
avaliados periodicamente em relação à saúde ocupacional mantendo regis-
tros desta avaliação.
Art. 45. O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores com agra-
vos agudos à saúde ou com lesões nos membros superiores só iniciem suas 
atividades após avaliação médica.
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Art. 46. O serviço de saúde deve garantir que seus trabalhadores com 
possibilidade de exposição a agentes biológicos, físicos ou químicos utilizem 
vestimentas para o trabalho, incluindo calçados, compatíveis com o risco e 
em condições de conforto.
§ 1º Estas vestimentas podem ser próprias do trabalhador ou fornecidas 
pelo serviço de saúde.
§ 2º O serviço de saúde é responsável pelo fornecimento e pelo proces-
samento das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, nas 
unidades de tratamento intensivo, nas unidades de isolamento e centrais de 
material esterilizado.
Art. 47. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de prevenção dos 
riscos de acidentes de trabalho, incluindo o fornecimento de Equipamentos de 
Proteção Individual - EPI, em número suficiente e compatível com as ativida-
des desenvolvidas pelos trabalhadores.
Parágrafo único. Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho 
com os equipamentos de proteção individual
Art. 48. O serviço de saúde deve manter registro das comunicações de 
acidentes de trabalho.
Art. 49. Em serviços de saúde com mais de vinte trabalhadoresé obriga-
tória a instituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
Art. 50. O Serviço de Saúde deve manter disponível a todos os trabalhadores:
I – Normas e condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional 
e ambiental;
II – Instruções para uso dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI;
III – Procedimentos em caso de incêndios e acidentes;
IV – Orientação para manuseio e transporte de produtos para saúde con-
taminados.
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88
Seção VIII
Da Gestão de Tecnologias e Processos
Art. 51. O serviço de saúde deve dispor de normas, procedimentos e ro-
tinas técnicas escritas e atualizadas, de todos os seus processos de trabalho 
em local de fácil acesso a toda a equipe.
Art. 52. O serviço de saúde deve manter os ambientes limpos, livres de 
resíduos e odores incompatíveis com a atividade, devendo atender aos crité-
rios de criticidade das áreas.
Art. 53. O serviço de saúde deve garantir a disponibilidade dos equipa-
mentos, materiais, insumos e medicamentos de acordo com a complexidade 
do serviço e necessários ao atendimento da demanda.
Art. 54. O serviço de saúde deve realizar o gerenciamento de suas tecno-
logias de forma a atender as necessidades do serviço mantendo as condições 
de seleção, aquisição, armazenamento, instalação, funcionamento, distribui-
ção, descarte e rastreabilidade.
Art. 55. O serviço de saúde deve garantir que os materiais e equipamen-
tos sejam utilizados exclusivamente para os fins a que se destinam.
Art. 56. O serviço de saúde deve garantir que os colchões, colchonetes e 
demais mobiliários almofadados sejam revestidos de material lavável e im-
permeável, não apresentando furos, rasgos, sulcos e reentrâncias.
Art. 57. O serviço de saúde deve garantir a qualidade dos processos de 
desinfecção e esterilização de equipamentos e materiais.
Art. 58. O serviço de saúde deve garantir que todos os usuários recebam 
suporte imediato a vida quando necessário.
Art. 59. O serviço de saúde deve disponibilizar os insumos, produtos e 
equipamentos necessários para as práticas de higienização de mãos dos tra-
balhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes.
Art. 60. O serviço de saúde que preste assistência nutricional ou forneça 
refeições deve garantir a qualidade nutricional e a segurança dos alimentos.
Art. 61. O serviço de saúde deve informar aos órgãos competentes sobre 
a suspeita de doença de notificação compulsória conforme o estabelecido em 
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89
legislação e regulamentos vigentes.
Art. 62. O serviço de saúde deve calcular e manter o registro referente 
aos Indicadores previstos nas legislações vigentes.
Seção IX
Do Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas
Art. 63. O serviço de saúde deve garantir ações eficazes e contínuas de 
controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o 
abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos.
Parágrafo único. O controle químico, quando for necessário, deve ser rea-
lizado por empresa habilitada e possuidora de licença sanitária e ambiental e 
com produtos desinfestantes regularizados pela Anvisa.
Art. 64. Não é permitido comer ou guardar alimentos nos postos de tra-
balho destinados à execução de procedimentos de saúde.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 65. Os estabelecimentos abrangidos por esta resolução terão o prazo 
de 180 (cento e oitenta) dias contadosa partir da data de sua publicação para 
promover as adequações necessárias ao Regulamento Técnico.
Parágrafo único. A partir da publicação desta resolução, os novos estabe-
lecimentos e aqueles que pretendam reiniciar suas atividades, devem atender 
na íntegra às exigências nela contidas.
Art. 66. O descumprimento das disposições contidas nesta resolução e 
no regulamento por ela aprovado constitui infração sanitária, nos termos da 
Lei no-. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades 
civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 67. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
MARIA CECÍLIA MARTINS BRITO
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90
RESOLUÇÃO N. 553, DE 09 DE AGOSTO DE 2017
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua 61ª Reunião Extra-
ordinária, realizada no dia 9 de agosto de 2017, no uso de suas atribuições 
conferidas pela Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, pela Lei n. 8.142, 
de 28 de dezembro de 1990 e pelo Decreto n. 5.839, de 11 de julho de 2006, 
cumprindo as disposições da Constituição da República Federativa do Brasil 
de 1988, da legislação brasileira correlata; e
Considerando a necessidade de atualização da Carta dos Direitos dos Usu-
ários da Saúde, publicada por meio da Portaria n. 1.820, de 13 de agosto de 
2009, a partir da legislação e avanços do Sistema Único de Saúde (SUS);
Considerando a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe so-
bre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde a 
organização e funcionamento dos serviços correspondentes;
Considerando a Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que dispõe so-
bre a participação da comunidade na gestão do SUS;
Considerando a Lei n. 9.836, de 23 de setembro de 1999, que acrescenta 
dispositivos à Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, que institui o Subsis-
tema de Atenção à Saúde Indígena;
Considerando a Lei n. 13.146, de 06 de julho de 2015, que institui a Lei 
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com 
Deficiência);
Considerando a Lei n. 12.527 (Lei de Acesso à Informação), de 18 de no-
vembro de 2011;
Considerando a Lei n. 13.460, de 26 de junho de 2017, que dispõe sobre 
a participação, a proteção e a defesa dos direitos do usuário dos serviços pú-
blicos da administração pública;
Considerando o Decreto n. 6.040, de 07 de fevereiro de 2007, que institui 
a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades 
Tradicionais;
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Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
91
Considerando a Portaria n. 992, de 13 de maio de 2009, que institui a Po-
lítica Nacional de Saúde Integral da População Negra;
Considerando a Portaria n. 2.836, de 1º de dezembro de 2011, que institui 
a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis 
e Transexuais;
Considerando a Portaria n. 2.866, de 02 de dezembro de 2011, que institui 
a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta;
Considerando as Diretrizes estabelecidas na Política Nacional de Humani-
zação da Atenção e da Gestão do SUS, de 2003;
Considerando a Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no 
SUS, Portaria n. 3.027, de 26 de novembro de 2007;
Considerando a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbi-
to do SUS (PNEPS-SUS), Portaria n. 2.761, de 19 de novembro de 2013;
Considerando a Política Nacional de Educação Permanente para o Controle 
Social no SUS, Resolução CNS n. 363, de 11 de agosto de 2006;
Considerando a Portaria n. 971/GM/MS, de 3 de maio de 2006, que aprova 
a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC);
Considerando as diretrizes estabelecidas nas Conferências de Saúde, nas 
esferas Municipal, Estadual e Nacional, e no Conselho Nacional de Saúde, em 
defesa do SUS e dos seus princípios;
Considerando as proposições do Grupo de Trabalho do Conselho Nacional 
de Saúde, que elaborou propostas e sistematizou as contribuições da Consul-
ta à Sociedade, realizada de maio a junho de 2017, para atualização da Carta 
dos Direitos dos Usuários da Saúde; e
Considerando que compete ao Conselho Nacional de Saúde o fortaleci-
mento da participação e do controle social no SUS (artigo 10, IX da Resolução 
n. 407, de 12 de setembro de 2008).
Resolve:
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Aprovar a atualização da Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária 
da Saúde, que dispõe sobre as diretrizes dos Direitos e Deveres da Pessoa 
Usuária da Saúde anexa a esta Resolução.
RONALD FERREIRA DOS SANTOS
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
Homologo a Resolução CNS n. 553, de 9 de agosto de 2017, com base no 
Decreto de Delegação de Competência de 12 de novembro de 1991.
RICARDO BARROS
Ministro de Estado da Saúde
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ANEXO DA RESOLUÇÃO N. 553, DE 9 DE AGOSTO DE 2017
Primeira diretriz: toda pessoa tem direito, em tempo hábil, ao acesso a 
bens e serviços ordenados e organizados para garantia da promoção, preven-
ção, proteção, tratamento e recuperação da saúde.
I – Cada pessoa possui direito de ser acolhida no momento em que chegar 
ao serviço e conforme sua necessidade de saúde e especificidade, indepen-
dentemente de senhas ou procedimentos burocráticos, respeitando as priori-
dades garantidas em Lei.
II – A promoção e a proteção da saúde devem estar relacionadas com 
as condições sociais, culturais e econômicas das pessoas, incluídos as-
pectos como:
a) segurança alimentar e nutricional;
b) saneamento básico e ambiental;
c) tratamento às doenças negligenciadas conforme cada região do País;
d) iniciativas de combate às endemias e doenças transmissíveis;
e) combate a todas as formas de violência e discriminação;
f) educação baseada nos princípios dos Direitos Humanos;
g) trabalho digno; e
h) acesso à moradia, transporte, lazer, segurança pública e previdên-
cia social.
§1º O acesso se dará preferencialmente nos serviços de Atenção Básica.
§2º Nas situações de urgência e emergência, qualquer serviço de saúde 
deve receber e cuidar da pessoa bem como encaminhá-la para outro serviço 
no caso de necessidade.
§3º Em caso de risco de vida ou lesão grave, deverá ser assegurada a re-
moção do usuário, em tempo hábil e em condições seguras para um serviço 
de saúde com capacidade para resolver seu tipo de problema.
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94
§4º O encaminhamento às especialidades e aos hospitais, pela Atenção 
Básica, será estabelecido em função da necessidade de saúde e indicação 
clínica, levando-se em conta a gravidade do problema a ser analisado pelas 
centrais de regulação, com transparência.
§5º Quando houver alguma dificuldade temporária para atender as pes-
soas é da responsabilidade da direção e da equipe do serviço, acolher, dar 
informações claras e encaminhá-las sem discriminação e privilégios.
Segunda diretriz: toda pessoa tem direito ao atendimento integral, aos 
procedimentos adequados e em tempo hábil a resolver o seu problema de 
saúde, de forma ética e humanizada.
Parágrafo único. É direito da pessoa ter atendimento adequado, inclusivo 
e acessível, com qualidade, no tempo certo e com garantia de continuidade 
do tratamento, e para isso deve ser assegurado:
I – atendimento ágil, com estratégias para evitar o agravamento, com tec-
nologia apropriada, por equipe multiprofissional capacitada e com condições 
adequadas de atendimento;
II – disponibilidade contínua e acesso a bens e serviços de imunização 
conforme calendário e especificidades regionais;
II – espaços de diálogo entre usuários e profissionaisda saúde, gestores e 
defensoria pública sobre diferentes formas de tratamentos possíveis.
III – informações sobre o seu estado de saúde, de forma objetiva, respei-
tosa, compreensível, e em linguagem adequada a atender a necessidade da 
usuária e do usuário, quanto a:
a) possíveis diagnósticos;
b) diagnósticos confirmados;
c) resultados dos exames realizados;
d) tipos de exames solicitados, as justificativas e riscos;
e) objetivos, riscos e benefícios de procedimentos diagnósticos, cirúrgicos, 
preventivos ou de tratamento;
f) duração prevista do tratamento proposto;
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95
g) quanto a procedimentos diagnósticos e tratamentos invasivos ou 
cirúrgicos;
h) a necessidade ou não de anestesia e seu tipo e duração;
i) partes do corpo afetadas pelos procedimentos, instrumental a ser utili-
zado, efeitos colaterais, riscos ou consequências indesejáveis;
j) duração prevista dos procedimentos e tempo de recuperação;
k) evolução provável do problema de saúde;
l) informações sobre o custo das intervenções das quais a pessoa se 
beneficiou;
m) outras informações que forem necessárias;
I – que toda pessoa tem o direito de decidir se seus familiares e acompa-
nhantes deverão ser informados sobre seu estado de saúde;
II – o registro atualizado e legível no prontuário, das seguintes informações:
a) motivo do atendimento ou internação;
b) dados de observação e da evolução clínica;
c) prescrição terapêutica;
d) avaliações dos profissionais da equipe;
e) procedimentos e cuidados de enfermagem;
f) quando for o caso, procedimentos cirúrgicos e anestésicos, odontológi-
cos, resultados de exames complementares laboratoriais e radiológicos;
g) a quantidade de sangue recebida e dados que garantam a qualidade do 
sangue, como origem, sorologias efetuadas e prazo de validade;
h) identificação do responsável pelas anotações;
i) data e local e identificação do profissional que realizou o atendimento;
j) outras informações que se fizerem necessárias;
I – o acesso à anestesia em todas as situações em que for indicada, bem 
como a medicações e procedimentos que possam aliviar a dor e o sofrimento;
II – o recebimento das receitas e prescrições terapêuticas, deverão conter:
a) o nome genérico das substâncias prescritas;
b) clara indicação da dose e do modo de usar;
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96
c) escrita impressa, datilografada ou digitada, ou em caligrafia legível;
d) textos sem códigos ou abreviaturas;
e) o nome legível do profissional e seu número de registro no conselho 
profissional; e
f) a assinatura do profissional e a data;
I – o recebimento dos medicamentos, quando prescritos, que compõem a 
farmácia básica e, nos casos de necessidade de medicamentos de alto cus-
to, deve ser garantido o acesso conforme protocolos e normas do Ministé-
rio da Saúde;
II – a garantia do acesso à continuidade da atenção no domicílio, quando 
pertinente, com estímulo e orientação ao autocuidado que fortaleça sua auto-
nomia e a garantia de acompanhamento em qualquer serviço que for neces-
sário, extensivo à rede de apoio;
III – o encaminhamento para outros serviços de saúde deve ser por meio 
de um documento que contenha:
a) caligrafia legível ou datilografada ou digitada ou por meio eletrônico;
b) resumo da história clínica, possíveis diagnósticos, tratamento realizado, 
evolução e o motivo do encaminhamento;
c) linguagem clara evitando códigos ou abreviaturas;
d) nome legível do profissional e seu número de registro no conselho pro-
fissional, assinado e datado; e
e) identificação da unidade de saúde que recebeu a pessoa, assim como 
da Unidade a que está sendo encaminhada.
Terceira diretriz: toda pessoa tem direito ao atendimento inclusivo, hu-
manizado e acolhedor, realizado por profissionais qualificados, em ambiente 
limpo, confortável e acessível.
§1º Nos serviços de saúde haverá igual visibilidade aos direitos e deveres 
das pessoas usuárias e das pessoas que trabalham no serviço de saúde.
§2º A Rede de Serviços do SUS utilizará as tecnologias disponíveis para 
facilitar o agendamento de procedimentos nos serviços de saúde em todos os 
níveis de complexidade.
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97
§3º Os serviços de saúde serão organizados segundo a demanda da po-
pulação, e não limitados por produção ou quantidades de atendimento pré-
-determinados.
§4º A utilização de tecnologias e procedimentos nos serviços deverá pro-
porcionar celeridade na realização de exames e diagnósticos e na disponibili-
zação dos resultados.
§5º Haverá regulamentação do tempo de espera em filas de procedimentos.
§6º A lista de espera de média e alta complexidade deve considerar a agi-
lidade e transparência.
§7º As medidas para garantir o atendimento incluem o cumprimento da 
carga horária de trabalho dos profissionais de saúde.
§8º Nas situações em que ocorrer a interrupção temporária da oferta de 
procedimentos como consultas e exames, os serviços devem providenciar a 
remarcação destes procedimentos e comunicar aos usuários.
§9º As redes de serviço do SUS deverão se organizar e pactuar no território 
a oferta de plantão de atendimento 24 horas, inclusive nos finais de semana.
§10 Cada serviço deverá adotar medidas de manutenção permanente dos 
equipamentos, bens e serviços para prevenir interrupções no atendimento.
§11 É direito da pessoa, na rede de serviços de saúde, ter atendimento 
humanizado, acolhedor, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação 
em virtude de idade, raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, identidade 
de gênero, condições econômicas ou sociais, estado de saúde, de anomalia, 
patologia ou deficiência, garantindo-lhe:
I – identificação pelo nome e sobrenome civil, devendo existir em todo 
documento do usuário e usuária um campo para se registrar o nome social, 
independente do registro civil, sendo assegurado o uso do nome de preferên-
cia, não podendo ser identificado por número, nome ou código da doença ou 
outras formas desrespeitosas ou preconceituosas;
II – a identificação dos profissionais, por crachás visíveis, legíveis e por 
outras formas de identificação de fácil percepção;
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98
III – nas consultas, nos procedimentos diagnósticos, preventivos, cirúrgi-
cos, terapêuticos e internações, o seguinte:
a) integridade física;
b) a privacidade e ao conforto;
c) a individualidade;
d) aos seus valores éticos, culturais, religiosos e espirituais;
e) a confidencialidade de toda e qualquer informação pessoal;
f) a segurança do procedimento;
g) o bem-estar psíquico e emocional;
h) a confirmação do usuário sobre a compreensão das questões relaciona-
das com o seu atendimento e possíveis encaminhamentos.
I – o atendimento agendado nos serviços de saúde, preferencialmente 
com hora marcada;
II – o direito a acompanhante, pessoa de sua livre escolha, nas consul-
tas e exames;
III – o direito a acompanhante, nos casos de internação, nas situações 
previstas em lei, assim como naqueles em que a autonomia da pessoa esti-
ver comprometida, com oferta de orientação específica e adequada para os 
acompanhantes;
IV – o direito a visita diária não inferior a duas horas, preferencialmente, 
abertas em todas as unidades de internação, ressalvadas as situações técni-
cas não indicadas;
V – a continuidade das atividades escolares, bem como o estímulo à recre-
ação, em casos de internação de criança ou adolescente;
VI – a informação a respeito de diferentes possibilidades terapêuticas de 
acordo com sua condição clínica, baseado em evidências e a relação custo-
-benefício da escolha de tratamentos, com direito à recusa, atestado pelo 
usuário ou acompanhante;
VII – a escolha do local de morte;GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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99
VIII – o direito à escolha de tratamento, quando houver, inclusive as prá-
ticas integrativas e complementares de saúde, e à consideração da recusa de 
tratamento proposto;
IX – o recebimento de visita, quando internado, de outros profissionais de 
saúde que não pertençam àquela unidade hospitalar sendo facultado a esse 
profissional o acesso ao prontuário;
X – a opção de marcação de atendimento pessoalmente, por telefone e 
outros meios tecnológicos disponíveis e acessíveis;
XI – o recebimento de visita de religiosos de qualquer credo, sem que isso 
acarrete mudança da rotina de tratamento e do estabelecimento e ameaça à 
segurança ou perturbações a si ou aos outros;
XII – a não limitação de acesso aos serviços de saúde por barreiras físicas, 
tecnológicas e de comunicação;
XIII – a espera por atendimento em lugares protegidos, limpos e ventila-
dos, tendo a sua disposição água potável e sanitários, e devendo os serviços 
de saúde se organizarem de tal forma que seja evitada a demora nas filas;
XIV – soluções para que não haja acomodação de usuários em condições 
e locais inadequados.
Quarta diretriz: toda pessoa deve ter seus valores, cultura e direitos res-
peitados na relação com os serviços de saúde.
Parágrafo único: os direitos do caput serão garantidos por meio de:
I – escolha do tipo de plano de saúde que melhor lhe convier, de acordo 
com as exigências mínimas constantes da legislação e a informação pela ope-
radora sobre a cobertura, custos e condições do plano que está adquirindo;
II – sigilo e a confidencialidade de todas as informações pessoais, mesmo 
após a morte, salvo nos casos de risco à saúde pública;
III – acesso da pessoa ao conteúdo do seu prontuário ou de pessoa por 
ele autorizada e a garantia de envio e fornecimento de cópia, em caso de en-
caminhamento a outro serviço ou mudança de domicílio;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
100
IV – obtenção de laudo, relatório e atestado sempre que justificado por 
sua situação de saúde;
V – consentimento livre, voluntário e esclarecido, a quaisquer procedimen-
tos diagnósticos, preventivos ou terapêuticos, salvo nos casos que acarretem 
risco à saúde pública, considerando que o consentimento anteriormente dado 
poderá ser revogado a qualquer instante, por decisão livre e esclarecida, sem 
que sejam imputadas à pessoa sanções morais, financeiras ou legais;
VI – pleno conhecimento de todo e qualquer exame de saúde admissional, 
periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função, ou demissional re-
alizado e seus resultados;
VII – a indicação de sua livre escolha, a quem confiará a tomada de de-
cisões para a eventualidade de tornar-se incapaz de exercer sua autonomia;
VIII – o recebimento ou a recusa à assistência religiosa, espiritual, psico-
lógica e social;
IX – a liberdade, em qualquer fase do tratamento, de procurar segunda 
opinião ou parecer de outro profissional ou serviço sobre seu estado de saúde 
ou sobre procedimentos recomendados;
X – a não participação em pesquisa que envolva ou não tratamento ex-
perimental sem que tenha garantias claras da sua liberdade de escolha e, no 
caso de recusa em participar ou continuar na pesquisa, não poderá sofrer 
constrangimentos, punições ou sanções pelos serviços de saúde, sendo ne-
cessário, para isso:
a) que o dirigente do serviço cuide dos aspectos éticos da pesquisa e es-
tabeleça mecanismos para garantir a decisão livre e esclarecida da pessoa;
b) que o pesquisador garanta, acompanhe e mantenha a integridade da 
saúde dos participantes de sua pesquisa, assegurando-lhes os benefícios dos 
resultados encontrados; e
c) que a pessoa assine o termo de consentimento livre e esclarecido;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
101
XI – o direito de se expressar e ser ouvido nas suas queixas, denúncias, 
necessidades, sugestões e outras manifestações por meio das ouvidorias, 
urnas e qualquer outro mecanismo existente, sendo sempre respeitado na 
privacidade, no sigilo e na confidencialidade; e
XII – a participação nos processos de indicação e eleição de seus repre-
sentantes nas Conferências, nos Conselhos de Saúde e nos Conselhos Gesto-
res da Rede SUS.
Quinta diretriz: toda pessoa tem responsabilidade e direitos para que seu 
tratamento e recuperação sejam adequados e sem interrupção.
Parágrafo único. Para que seja cumprido o disposto no caput deste artigo, 
as pessoas deverão:
I – prestar informações apropriadas nos atendimentos, nas consultas e 
nas internações sobre:
a) queixas;
b) enfermidades e hospitalizações anteriores;
c) história de uso de medicamentos, drogas, reações alérgicas, exames 
anteriores;
d) demais informações sobre seu estado de saúde.
II – expressar se compreendeu as informações e orientações recebidas e, 
caso ainda tenha dúvidas, solicitar esclarecimento sobre elas;
III – seguir o plano de tratamento proposto pelo profissional ou pela equi-
pe de saúde responsável pelo seu cuidado, que deve ser compreendido e 
aceito pela pessoa que também é responsável pelo seu tratamento;
IV – informar ao profissional de saúde ou à equipe responsável sobre qual-
quer fato que ocorra em relação a sua condição de saúde;
V – assumir a responsabilidade formal pela recusa a procedimentos, exa-
mes ou tratamentos recomendados e pelo descumprimento das orientações 
do profissional ou da equipe de saúde;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
102
VI – contribuir para o bem-estar de todas e todos nos serviços de saúde, 
evitar ruídos, uso de fumo e derivados do tabaco e bebidas alcoólicas, cola-
borar com a segurança e a limpeza do ambiente;
VII – adotar comportamento respeitoso e cordial com as demais pessoas 
que usam ou que trabalham no estabelecimento de saúde;
VIII – realizar exames solicitados, buscar os resultados e apresentá-los 
aos profissionais dos serviços de saúde;
IX – ter em mão seus documentos e, quando solicitados, os resultados de 
exames que estejam em seu poder;
X – cumprir as normas dos serviços de saúde que devem resguardar todos 
os princípios desta Resolução;
XI – adotar medidas preventivas para situações de sua vida cotidiana que 
coloquem em risco a sua saúde e da comunidade;
XII – comunicar aos serviços de saúde, às ouvidorias ou à vigilância sa-
nitária irregularidades relacionadas ao uso e à oferta de produtos e serviços 
que afetem a saúde em ambientes públicos e privados;
XIII – desenvolver hábitos, práticas e atividades que melhorem a sua saú-
de e qualidade de vida;
XIV – comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de caso de do-
ença transmissível, quando a situação requerer o isolamento ou quarentena 
da pessoa ou quando a doença constar da relação do Ministério da Saúde; e
XV – não dificultar a aplicação de medidas sanitárias, bem como as ações 
de fiscalização sanitária.
Sexta diretriz: toda pessoa tem direito à informação sobre os serviços de 
saúde e aos diversos mecanismos de participação.
§1º A educação permanente em saúde e a educação permanente para o 
controle social devem estar incluídas em todas as instâncias do SUS, e envol-
ver a comunidade.
§2º As unidades básicas de saúde devem constituir conselhos locais de 
saúde com participação da comunidade.
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103
§3º As ouvidorias, Ministério Público, audiências públicas e outras formas 
institucionais de exercício da democracia garantidas em lei, são espaços de 
participação cidadã.
§4º As instâncias de controle social e o poder público devem promover a 
comunicação dos aspectos positivos do SUS.
§5º Devem ser estabelecidos espaços para as pessoas usuárias manifes-
tarem suas posições favoráveis ao SUS e promovidasestratégias para defen-
der o SUS como patrimônio do povo brasileiro.
§6º O direito previsto no caput deste artigo, inclui a informação, com lin-
guagem e meios de comunicação adequados sobre:
I – o direito à saúde, o funcionamento dos serviços de saúde e o SUS;
II – os mecanismos de participação da sociedade na formulação, acompa-
nhamento e fiscalização das políticas e da gestão do SUS;
III – as ações de vigilância à saúde coletiva compreendendo a vigilância 
sanitária, epidemiológica e ambiental; e
IV – a interferência das relações e das condições sociais, econômicas, cul-
turais, e ambientais na situação da saúde das pessoas e da coletividade.
§7º Os órgãos de saúde deverão informar as pessoas sobre a rede SUS 
mediante os diversos meios de comunicação, bem como nos serviços de saú-
de que compõem essa rede de participação popular, em relação a:
I – endereços;
II – telefones;
III – horários de funcionamento; e
IV – ações e procedimentos disponíveis.
§8º Em cada serviço de saúde deverá constar, em local visível e acessível 
à população:
I – nome do responsável pelo serviço;
II – nomes dos profissionais;
III – horário de trabalho de cada membro da equipe, inclusive do respon-
sável pelo serviço e;
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104
IV – ações e procedimentos disponíveis.
§9º As informações prestadas à população devem ser claras, para propi-
ciar a compreensão por toda e qualquer pessoa.
§ 10 Os Conselhos de Saúde deverão informar à população sobre:
I – formas de participação;
II – composição do Conselho de Saúde;
III – regimento interno dos Conselhos;
IV – Conferências de Saúde;
V – data, local e pauta das reuniões; e
VI – deliberações e ações desencadeadas.
§ 11 O direito previsto no caput desse artigo inclui a participação de Con-
selhos e Conferências de Saúde, o direito de representar e ser representado 
em todos os mecanismos de participação e de controle social do SUS.
Sétima diretriz: toda pessoa tem direito a participar dos Conselhos e 
Conferências de Saúde e de exigir que os gestores cumpram os princípios 
anteriores.
§1º As Conferências Municipais de Saúde são espaços de ampla e aberta 
participação da comunidade, complementadas por Conferências Livres, distri-
tais e locais, além das de plenárias de segmentos.
§2º Respeitada a organização da democracia brasileira, toda pessoa tem 
direito a acompanhar dos espaços de controle social, como forma de partici-
pação cidadã, observando o Regimento Interno de cada instância.
§3º Os gestores do SUS, das três esferas de governo, para observância 
dessas diretrizes, comprometem-se a:
I – promover o respeito e o cumprimento desses direitos e deveres, com 
a adoção de medidas progressivas, para sua efetivação;
II – adotar as providências necessárias para subsidiar a divulgação desta 
Resolução, inserindo em suas ações as diretrizes relativas aos direitos e de-
veres das pessoas;
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Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
105
III – incentivar e implementar formas de participação dos trabalhadores e 
usuários nas instâncias e participação de controle social do SUS;
IV – promover atualizações necessárias nos regimentos e estatutos dos 
serviços de saúde, adequando-os a esta Resolução;
V – adotar estratégias para o cumprimento efetivo da legislação e das 
normatizações do SUS;
VI – promover melhorias contínuas, na rede SUS, como a informatização 
para implantar o Cartão SUS e o Prontuário Eletrônico com os objetivos de:
a) otimizar o financiamento;
b) qualificar o atendimento aos serviços de saúde;
c) melhorar as condições de trabalho;
d) reduzir filas; e
e) ampliar e facilitar o acesso nos diferentes serviços de saúde.
Oitava diretriz: Os direitos e deveres dispostos nesta Resolução consti-
tuem a Carta dos Direitos Usuária da Saúde.
Parágrafo único. A Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saú-
de será disponibilizada nos serviços do SUS e conselhos de saúde por meios 
acessíveis e na internet, em http://www.conselho.saude.gov.br.
http://www.conselho.saude.gov.br/
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106
RESOLUÇÃO - RDC N. 36, DE 25 DE JULHO DE 2013
Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá 
outras providências.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso 
das atribuições que lhe conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n. 9.782, 
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento 
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria n. 354 da ANVISA, de 
11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e suas 
atualizações, tendo em vista o disposto nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do 
art. 7º da Lei n. 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da Portaria n. 422, de 
16 de abril de 2008, em reunião realizada em 23 de julho de 2013, adota a 
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determi-
no a sua publicação:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo
Art. 1º Esta Resolução tem por objetivo instituir ações para a promoção 
da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde.
Seção II
Abrangência
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos serviços de saúde, sejam eles públi-
cos, privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem 
ações de ensino e pesquisa.
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107
Parágrafo único. Excluem-se do escopo desta Resolução os consultórios indi-
vidualizados, laboratórios clínicos e os serviços móveis e de atenção domiciliar.
Seção III
Definições
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I – boas práticas de funcionamento do serviço de saúde: componentes 
da garantia da qualidade que asseguram que os serviços são ofertados com 
padrões de qualidade adequados;
II – cultura da segurança: conjunto de valores, atitudes, competências 
e comportamentos que determinam o comprometimento com a gestão da 
saúde e da segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de 
aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde;
III – dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qual-
quer efeito dele oriundo, incluindo doenças, lesão, sofrimento, morte, incapa-
cidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico;
IV – evento adverso: incidente que resulta em dano à saúde;
V – garantia da qualidade: totalidade das ações sistemáticas necessárias 
para garantir que os serviços prestados estejam dentro dos padrões de qua-
lidade exigidos para os fins a que se propõem;
VI – gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedi-
mentos, condutas e recursos na identificação, análise, avaliação, comunicação 
e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde hu-
mana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional;
VII – incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou re-
sultou, em dano desnecessário à saúde;
VIII – núcleo de segurança do paciente (NSP): instância do serviço de 
saúde criada para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à 
segurança do paciente;
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108
IX – plano de segurança do paciente em serviços de saúde: documento 
que aponta situações de risco e descreve as estratégias e ações definidas pelo 
serviço de saúde para a gestão de risco visando a prevenção e a mitigação 
dos incidentes, desde a admissão até a transferência, a alta ou o óbito do 
paciente no serviço de saúde;
X – segurança do paciente: redução, a um mínimo aceitável, do risco de 
dano desnecessárioassociado à atenção à saúde;
XI – serviço de saúde: estabelecimento destinado ao desenvolvimento de 
ações relacionadas à promoção, proteção, manutenção e recuperação da saúde, 
qualquer que seja o seu nível de complexidade, em regime de internação ou não, 
incluindo a atenção realizada em consultórios, domicílios e unidades móveis;
XII – tecnologias em saúde: conjunto de equipamentos, medicamentos, 
insumos e procedimentos utilizados na atenção à saúde, bem como os pro-
cessos de trabalho, a infraestrutura e a organização do serviço de saúde.
CAPÍTULO II
DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS
Seção I
Da criação do Núcleo de Segurança do Paciente
Art. 4º A direção do serviço de saúde deve constituir o Núcleo de Segu-
rança do Paciente (NSP) e nomear a sua composição, conferindo aos mem-
bros autoridade, responsabilidade e poder para executar as ações do Plano de 
Segurança do Paciente em Serviços de Saúde.
§ 1º A direção do serviço de saúde pode utilizar a estrutura de comitês, 
comissões, gerências, coordenações ou núcleos já existentes para o desem-
penho das atribuições do NSP.
§ 2º No caso de serviços públicos ambulatoriais pode ser constituído um 
NSP para cada serviço de saúde ou um NSP para o conjunto desses, conforme 
decisão do gestor local do SUS.
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109
Art. 5º Para o funcionamento sistemático e contínuo do NSP a direção do 
serviço de saúde deve disponibilizar:
I – recursos humanos, financeiros, equipamentos, insumos e materiais;
II – um profissional responsável pelo NSP com participação nas instâncias 
deliberativas do serviço de saúde.
Art. 6º O NSP deve adotar os seguintes princípios e diretrizes:
I – A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias 
da saúde;
II – A disseminação sistemática da cultura de segurança;
III – A articulação e a integração dos processos de gestão de risco;
IV – A garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde.
Art. 7º Compete ao NSP:
I – promover ações para a gestão de risco no serviço de saúde;
II – desenvolver ações para a integração e a articulação multiprofissional 
no serviço de saúde;
III – promover mecanismos para identificar e avaliar a existência de não 
conformidades nos processos e procedimentos realizados e na utilização de equi-
pamentos, medicamentos e insumos propondo ações preventivas e corretivas;
IV – elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de Seguran-
ça do Paciente em Serviços de Saúde;
V – acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente 
em Serviços de Saúde;
VI – implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar o moni-
toramento dos seus indicadores;
VII – estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes nos serviços de 
saúde;
VIII – desenvolver, implantar e acompanhar programas de capacitação em 
segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde;
IX – analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos adversos de-
correntes da prestação do serviço de saúde;
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110
X – compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do serviço de saú-
de os resultados da análise e avaliação dos dados sobre incidentes e eventos 
adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde;
XI – notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos ad-
versos decorrentes da prestação do serviço de saúde;
XII – manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade sanitária, quan-
do requisitado, as notificações de eventos adversos;
XIII – acompanhar os alertas sanitários e outras comunicações de risco 
divulgadas pelas autoridades sanitárias.
Seção II
Do Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde
Art. 8º O Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde (PSP), 
elaborado pelo NSP, deve estabelecer estratégias e ações de gestão de risco, 
conforme as atividades desenvolvidas pelo serviço de saúde para:
I – identificação, análise, avaliação, monitoramento e comunicação dos 
riscos no serviço de saúde, de forma sistemática;
II – integrar os diferentes processos de gestão de risco desenvolvidos nos 
serviços de saúde;
III – implementação de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saude;
IV – identificação do paciente;
V – higiene das mãos;
VI – segurança cirúrgica;
VII – segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos;
VIII – segurança na prescrição, uso e administração de sangue e hemo-
componentes;
IX – segurança no uso de equipamentos e materiais;
X – manter registro adequado do uso de órteses e próteses quando este 
procedimento for realizado;
XI – prevenção de quedas dos pacientes;
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111
XII – prevenção de úlceras por pressão;
XIII – prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, 
incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde;
XIV – segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral;
XV – comunicação efetiva entre profissionais do serviço de saúde e entre 
serviços de saúde;
XVI – estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência 
prestada.
XVII – promoção do ambiente seguro
CAPÍTULO III
DA VIGILÂNCIA, DO MONITORAMENTO E DA NOTIFICAÇÃO 
DE EVENTOS ADVERSOS
Art. 9º O monitoramento dos incidentes e eventos adversos será realiza-
do pelo Núcleo de Segurança do Paciente - NSP.
Art. 10. A notificação dos eventos adversos, para fins desta Resolução, 
deve ser realizada mensalmente pelo NSP, até o 15º (décimo quinto) dia útil 
do mês subsequente ao mês de vigilância, por meio das ferramentas eletrô-
nicas disponibilizadas pela Anvisa.
Parágrafo único. Os eventos adversos que evoluírem para óbito devem ser 
notificados em até 72 (setenta e duas) horas a partir do ocorrido.
Art. 11. Compete à ANVISA, em articulação com o Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária:
I – monitorar os dados sobre eventos adversos notificados pelos serviços 
de saúde;
II – divulgar relatório anual sobre eventos adversos com a análise das 
notificações realizadas pelos serviços de saúde;
III – acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital, estadual e mu-
nicipal as investigações sobre os eventos adversos que evoluíram para óbito.
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112
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 12. Os serviços de saúde abrangidos por esta Resolução terão o 
prazo de 120 (cento e vinte) dias para a estruturação dos NSP e elaboração 
do PSP e o prazo de 150 (cento e cinquenta) dias para iniciar a notificação 
mensal dos eventos adversos, contados a partir da data da publicação desta 
Resolução.
Art. 13 O descumprimento das disposições contidas nesta Resolução cons-
titui infração sanitária, nos termos da Lei n. 6.437, de 20 de agosto de 1977, 
sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
Saúde Legis - Sistema de Legislação da Saúde
http://www.saude.gov.br/saudelegis
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113
PORTARIA N. 3.390, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2013
Institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito 
do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo- se as diretrizes 
para a organização do componente hospitalar da Rede de Atenção à 
Saúde (RAS).
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe con-
ferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe so-
bre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a orga-
nização e o funcionamento dos serviços correspondentes;
Considerando a Lei n. 8.142, de28 de dezembro de 1990, que dispõe 
sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde 
(SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros 
na área da saúde;
Considerando a Lei n. 12.101, de 27 de novembro de 2009, que dispõe 
sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social; regula 
os procedimentos de isenção de contribuições para a seguridade social;
Considerando o Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011, que Regula-
menta a Lei n. 8.080, de 1990, para dispor sobre a organização do SUS, o 
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa;
Considerando o Decreto n. 7.646, de 21 de dezembro de 2011, que dispõe 
sobre a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS e sobre o 
processo administrativo para incorporação, exclusão e alteração de tecnolo-
gias em saúde pelo SUS;
Considerando a Portaria n. 1.097/GM/MS, de 22 de maio de 2006, que de-
fine o processo da Programação Pactuada e Integrada da Assistência à Saúde 
no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria n. 1.559/GM/MS, de 1º de agosto de 2008, que 
institui a Política Nacional de Regulação do SUS;
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114
Considerando a Portaria n. 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, 
que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no 
âmbito do SUS;
Considerando a Portaria n. 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, que 
institui no âmbito do SUS a Rede Cegonha;
Considerando a Portaria n. 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011, que re-
formula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Aten-
ção às Urgências no SUS;
Considerando a Portaria n. 1.970/GM/MS, de 16 de agosto de 2011, que 
dispõe sobre o processo de Certificação das Entidades Beneficentes de Assis-
tência Social na área da Saúde (CEBAS-SAÚDE);
Considerando a Portaria n. 2.395/GM/MS, de 11 de outubro de 2011, que 
organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências no âm-
bito do SUS;
Considerando a Portaria n. 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que 
aprova a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), estabelecendo a revisão 
de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia 
Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS);
Considerando a Portaria n. 3.088/GM/MS, de 23 de dezembro de 2011, 
que institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou 
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e 
outras drogas, no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria n. 793/GM/MS, de 24 de abril de 2012, que insti-
tui a Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria n. 841/GM/MS, de 2 de maio de 2012, que publica a 
Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria n. 252/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2013, que 
institui a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no 
âmbito do SUS;
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115
Considerando a Portaria n. 529/GM/MS, de 1º de abril de 2013, que insti-
tui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP);
Considerando a Portaria n. 963/GM/MS, de 27 de maio de 2013, que re-
define a Atenção Domiciliar no âmbito do SUS;
Considerando a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n. 63/ANVISA, de 
25 de novembro de 2011, que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de 
Funcionamento para os Serviços de Saúde; e
Considerando a necessidade de reorganizar e qualificar a atenção hospita-
lar no âmbito do SUS, resolve:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no 
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para 
a organização do componente hospitalar na Rede de Atenção à Saúde (RAS).
Art. 2º As disposições desta Portaria se aplicam a todos os hospitais, pú-
blicos ou privados, que prestem ações e serviços de saúde no âmbito do SUS.
Art. 3º Os hospitais são instituição complexas, com densidade tecnológi-
ca especifica, de caráter multiprofissional e interdisciplinar, responsável pela 
assistência aos usuários com condições agudas ou crônicas, que apresentem 
potencial de instabilização e de complicações de seu estado de saúde, exigin-
do-se assistência contínua em regime de internação e ações que abrangem a 
promoção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e 
a reabilitação.
Art. 4º Os hospitais que prestam ações e serviços no âmbito do SUS cons-
tituem-se como um ponto ou conjunto de pontos de atenção, cuja missão e 
perfil assistencial devem ser definidos conforme o perfil demográfico e epi-
demiológico da população e de acordo com o desenho da RAS loco-regional, 
vinculados a uma população de referência com base territorial definida, com 
acesso regulado e atendimento por demanda referenciada e/ou espontânea.
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116
§ 1º Os hospitais, enquanto integrantes da RAS, atuarão de forma articu-
lada à Atenção Básica de Saúde, que tem a função de coordenadora do cuida-
do e ordenadora da RAS, de acordo com a Portaria n. 2.488/GM/MS, de 21 de 
outubro de 2011, que aprovou a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).
§ 2º Os hospitais, além da assistência, constituem-se, ainda, em espaços 
de educação, formação de recursos humanos, pesquisa e avaliação de tecno-
logias em saúde para a RAS.
Art. 5º Para efeito desta Portaria, considera-se:
I – acessibilidade hospitalar: a condição para utilização com segurança e 
autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos do 
hospital por uma pessoa com de?ciência ou com mobilidade reduzida;
II – acolhimento: a escuta ética e adequada das necessidades de saúde 
do usuário no momento de procura ao serviço de saúde e na prestação de 
cuidados com a finalidade de atender à demanda com resolutividade e res-
ponsabilidade;
III – apoio matricial: o suporte técnico especializado que é ofertado a uma 
equipe interdisciplinar de saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e 
qualificar suas ações, invertendo a lógica da fragmentação dos saberes;
IV – auditoria clínica: a análise crítica e sistemática da qualidade de aten-
ção à saúde prestada no hospital, incluindo-se os procedimentos usados para o 
diagnóstico e o tratamento, uso dos recursos e os resultados para os usuários;
V – classificação de risco: protocolo pré-estabelecido, com a finalidade de 
dar agilidade ao atendimento a partir da análise do grau de necessidade do 
usuário, proporcionando atenção centrada no nível de complexidade e não na 
ordem de chegada;
VI – clínica ampliada: dispositivo de atenção à saúde, centrado nas ne-
cessidades de cada usuário e no seu contexto, articulando um conjunto de 
práticas capazes de potencializar a capacidade de atuação dos profissionais 
por meio da implantação das equipes de referência, construção de vínculo e 
elaboração de projetos terapêuticos compartilhados com os usuários, buscan-
do ampliar os recursos de intervenção sobre o processo saúde/doença;
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html
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VII – diretrizes terapêuticas: recomendações desenvolvidas de modo sis-
temático para auxiliar os profissionais de saúde e usuários no momento da 
tomada de decisões acerca de circunstâncias clínicas específicas;
VIII – gerência: administração de uma unidade ou órgão de saúde, tais 
como ambulatório, hospital, instituto e fundação, que se caracteriza como 
prestador de serviços do SUS;
IX – gestão: atividade e responsabilidadede comandar um sistema de 
saúde municipal, distrital, estadual ou nacional, exercendo
as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento, acom-
panhamento, controle, avaliação e auditoria, envolvendo as macro-funções 
de formulação de políticas/planejamento, financiamento, coordenação, regu-
lação, controle e avaliação do sistema/redes e dos prestadores públicos ou 
privados e prestação direta de serviços de saúde;
X – gestão da clínica: práticas assistenciais e gerenciais desenvolvidas a 
partir da carcterização do perfil dos usuários por meio da gestão de leitos, 
corresponsabilização das equipes e avaliação de indicadores assistenciais;
XI – gerenciamento de leitos: dispositivo para otimização da utilização dos 
leitos, aumentando a rotatividade dentro de critérios técnicos, visando dimi-
nuir o tempo de internação desnecessário e abrir novas vagas para demandas 
represadas;
XII – horizontalização do cuidado: a forma de organização do trabalho em 
saúde, na qual existe uma equipe multiprofissional de referência que atua 
diariamente no serviço, em contraposição à forma de organização do trabalho 
em que os profissionais têm uma carga horária distribuída por plantão;
XIII – linha de cuidado: a estratégia de organização da atenção que via-
biliza a integralidade da assistência, por meio de um conjunto de saberes, 
tecnologias e recursos necessários ao enfrentamento de riscos, agravos ou 
demais condições específicas do ciclo de vida ou outro critério sanitário a 
serem ofertados de forma oportuna, articulada e contínua, abrangendo os 
campos da promoção, prevenção, tratamento e reabilitação;
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118
XIV – Núcleo Interno de Regulação (NIR): constitui a interface com as 
Centrais de Regulação para delinear o perfil de complexidade da assistência 
que sua instituição representa no âmbito do SUS e disponibilizar consultas 
ambulatoriais, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, além dos leitos de 
internação, segundo critérios pré-estabelecidos para o atendimento, além de 
buscar vagas de internação e apoio diagnóstico e terapêutico fora do hospital 
para os pacientes internados, quando necessário;
XV – Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH): Núcleo composto 
por profissionais das diversas áreas do hospital cuja finalidade é a garantia 
da qualidade da gestão do serviço de urgência e emergência e dos leitos de 
retaguarda às urgências na forma da Portaria n. 2.395/GM/MS, de 11 de ou-
tubro de 2011;
XVI – modelo de atenção: forma como é organizado o sistema de saúde 
a partir da compreensão do processo de saúde e doença, do modo como se 
organiza a oferta de serviços e suas formas de intervenção por meio dos mo-
delos de práticas profissionais e institucionais estruturadas para o atendimen-
to de necessidades individuais e coletivas, específicas para um determinado 
contexto histórico e social;
XVII – Plano Terapêutico: plano de cuidado de cada paciente, resultado da 
discussão da equipe multiprofissional, com o objetivo de avaliar ou reavaliar 
diagnósticos e riscos, redefinindo as linhas de intervenção terapêutica dos 
profissionais envolvidos no cuidado.
XVIII – ponto de atenção: espaços onde se ofertam determinados serviços 
de saúde, por meio de uma produção singular, como uma unidade ambulato-
rial especializada, uma unidade de atenção domiciliar, uma unidade de aten-
ção paliativa, etc.;
XIX – prontuário único: o conjunto de documentos em saúde padroniza-
dos e ordenados, destinado ao registro dos cuidados que foram prestados aos 
usuários por todos os profissionais de saúde;
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.pdf
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XX – Portas Hospitalares de Urgência e Emergência: serviços instalados 
em uma unidade hospitalar para prestar atendimento ininterrupto ao con-
junto de demandas espontâneas e referenciadas de urgências e emergências 
clínicas, pediátricas, obstétricas, cirúrgicas e/ou traumatológicas, etc.
XXI – protocolo clínico: documento que normaliza um padrão de atendi-
mento a determinada patologia ou condição clínica, identificando as ações de 
prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação;
XXII – RAS: malha que integra os diversos pontos de atenção em deter-
minado território, organizando-os sistematicamente para que os diferentes 
níveis e densidades tecnológicas estejam articulados e adequados de forma 
regulada para o atendimento ao usuário; e
XXIII – visita aberta: o acesso dos visitantes às unidades de internação 
em qualquer tempo, desde que negociado previamente entre usuário, profis-
sionais, gestores e visitantes, de forma a garantir o elo entre o usuário e sua 
rede social de apoio.
CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES
Art. 6º São diretrizes da PNHOSP:
I – garantia de universalidade de acesso, equidade e integralidade na 
atenção hospitalar;
II – regionalização da atenção hospitalar, com abrangência territorial e 
populacional, em consonância com as pactuações regionais;
III – continuidade do cuidado por meio da articulação do hospital com os 
demais pontos de atenção da RAS;
IV – modelo de atenção centrado no cuidado ao usuário, de forma multi-
profissional e interdisciplinar;
V – acesso regulado de acordo com o estabelecido na Política Nacional de 
Regulação do SUS;
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120
VI – atenção humanizada em consonância com a Política Nacional de Hu-
manização;
VII – gestão de tecnologia em saúde de acordo com a Política Nacional de 
Incorporação de Tecnologias do SUS;
VIII – garantia da qualidade da atenção hospitalar e segurança do paciente;
IX – garantia da efetividade dos serviços, com racionalização da utilização 
dos recursos, respeitando as especificidades regionais;
X – financiamento tripartite pactuado entre as três esferas de gestão;
XI – garantia da atenção à saúde indígena, organizada de acordo com as ne-
cessidades regionais, respeitando-se as especificidades socioculturais e direitos 
estabelecidos na legislação, com correspondentes alternativas de financiamen-
to específico de acordo com pactuação com subsistema de saúde indígena;
XII – transparência e eficiência na aplicação de recursos;
XIII – participação e controle social no processo de planejamento e ava-
liação; e
XIV – monitoramento e avaliação.
CAPÍTULO III
DOS EIXOS ESTRUTURANTES
Art. 7º São eixos estruturantes da PNHOSP:
I – Assistência Hospitalar;
II – Gestão Hospitalar;
III – Formação, Desenvolvimento e Gestão da Força de Trabalho;
IV – Financiamento;
V – Contratualização; e
VI – Responsabilidades das Esferas de Gestão.
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Seção I
Do Eixo de Assistência Hospitalar
Art. 8º A assistência hospitalar no SUS será organizada a partir das ne-
cessidades da população, com a finalidade de garantir o atendimento aos 
usuários, baseado em equipe multiprofissional, na horizontalização do cuida-
do, na organização de linhas de cuidado e na regulação do acesso.
Art. 9º A atenção hospitalar atuará de forma integrada aos demais pontos 
de atenção da RAS e com outras politicas de forma intersetorial, mediadas 
pelo gestor, para garantir resolutividade da atenção e continuidade do cuidado.
Art. 10. O acesso à atenção hospitalar será realizado de forma regulada, 
a partir de demanda referenciada e/ou espontânea, assegurando a equidade 
e a transparência, com priorização por meio de critérios que avaliem riscos e 
vulnerabilidades.
§ 1º O acesso à atenção hospitalar será organizado em consonancia com 
as diretrizes da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) e 
da Política Nacional de Regulação,de forma pactuada na Comissão Intergesto-
res Bipartite (CIB) ou Comissão Intergestores Regional (CIR), quando houver.
§ 2º As Portas Hospitalares de Urgência e Emergência deverão imple-
mentar acolhimento e protocolo de classificação de risco e vulnerabilidades 
específicas.
§ 3º A equipe de saúde será integralmente responsável pelo usuário a 
partir do momento de sua chegada, devendo proporcionar um atendimento 
acolhedor e que respeite as especificidades socioculturais.
Art. 11. O modelo de atenção hospitalar contemplará um conjunto de 
dispositivos de cuidado que assegure o acesso, a qualidade da assistência e 
a segurança do paciente.
§ 1º A clínica ampliada e a gestão da clínica serão a base do cuidado, com 
a implementação de equipes multiprofissionais de referência, de forma a as-
segurar o vínculo entre a equipe, o usuário e os familiares, com a garantia 
de visita aberta com a presença do acompanhante e com a valorização de 
fatores subjetivos e sociais.
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Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
122
§ 2º As equipes multiprofissionais de referência serão a estrutura nuclear 
dos serviços de saúde do hospital e serão formadas por profissionais de dife-
rentes áreas e saberes, que irão compartilhar informações e decisões de forma 
horizontal, estabelecendo-se como referência para os usuários e familiares.
§ 3º A horizontalização do cuidado será uma das estratégias para efetiva-
ção da equipe de referência, com fortalecimento de vínculo entre profissio-
nais, usuários e familiares.
§ 4º O Plano Terapêutico será elaborado de forma conjunta pelas equipes, 
especialmente quando se tratar de um usuário com quadro clínico complexo 
ou de alta vulnerabilidade, com o objetivo de reavaliar diagnósticos e redefinir 
as linhas de intervenção terapêutica, devendo ser registrado em prontuário 
unificado compartilhado pela equipe multiprofissional.
§ 5º As equipes dos serviços hospitalares atuarão por meio de apoio ma-
tricial, propiciando retaguarda e suporte nas respectivas especialidades para 
as equipes de referência, visando a atenção integral ao usuário.
§ 6º O gerenciamento dos leitos será realizado na perspectiva da integra-
ção da prática clínica no processo de internação e de alta, preferencialmente 
por meio da implantação de um Núcleo Interno de Regulação (NIR) ou Núcleo 
de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) com o objetivo de aumentar a ocu-
pação de leitos e otimizar a utilização da capacidade instalada, melhorando o 
atendimento ao usuário.
§ 7º Cabe ao hospital implantar os núcleos de Segurança do Paciente nos 
moldes descritos na Resolução da Diretoria Colegiada RDC - n. 36/Anvisa, de 25 
de julho de 2013, de forma a elaborar um Plano de Segurança do Paciente, bem 
como garantir a implantação dos Protocolos Básicos de Segurança do Paciente.
§ 8º Diretrizes Terapêuticas e Protocolos Clínicos serão adotados para ga-
rantir intervenções seguras e resolutivas, além de evitar ações desnecessá-
rias, qualificando a assistência prestada ao usuário, de acordo com o estabe-
lecido pelo SUS.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.pdf
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123
§ 9º Ações que assegurem a qualidade da atenção e boas práticas em 
saúde deverão ser implementadas para garantir a segurança do paciente com 
redução de incidentes desnecessários e evitáveis, além de atos inseguros re-
lacionados ao cuidado.
Art. 12. Cabe ao hospital identificar e divulgar os profissionais que são 
responsáveis pelo cuidado do paciente nas unidades de internação, nos pron-
tos socorros, nos ambulatórios de especialidades e nos demais serviços.
Art. 13. Cabe ao hospital implantar a visita aberta, de forma a garantir 
a ampliação do acesso dos visitantes ao pronto socorro e às unidades de in-
ternação, favorecendo a relação entre o usuário, familiares e rede social de 
apoio e a equipe de referência.
Art. 14. Os usuários internados, especialmente os idosos, gestantes, 
crianças, adolescentes e indígenas, possuem direito a acompanhante 24 (vin-
te e quatro) horas por dia.
Parágrafo único. O direito de crianças e adolescentes de brincar será as-
segurado, assim como o direito de estudar, que será implementado de acordo 
com o estabelecido pela Secretaria de Educação Estadual, Distrital e Munici-
pal em articulação com gestor de saúde local.
Art. 15. A auditoria clínica interna periódica será realizada, no mínimo a cada 
2 (dois) anos, com o objetivo de qualificar o processo assistencial hospitalar.
Art. 16. A alta hospitalar responsável, entendida como transferência do 
cuidado, será realizada por meio de:
I – orientação dos pacientes e familiares quanto à continuidade do trata-
mento, reforçando a autonomia do sujeito, proporcionando o autocuidado;
II – articulaçao da continuidade do cuidado com os demais pontos de 
atenção da RAS, em particular a Atenção Básica; e
III – implantação de mecanismos de desospitalização, visando alternativas 
às práticas hospitalares, como as de cuidados domiciliares pactuados na RAS.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
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124
Seção II
Do Eixo de Gestão Hospitalar
Art. 17. A gestão da atenção hospitalar será pautada:
I – na garantia do acesso e qualidade da assistência;
II – no cumprimento de metas pactuadas na contratualização com o gestor;
III – na eficiência e transparência da aplicação dos recursos; e
IV – no planejamento participativo e democrático.
Art. 18. A gestão da atenção hospitalar no SUS será definida em conso-
nância com o desenho da RAS, de acordo com:
I – o papel do hospital na rede;
II – a implementação de fluxos regulatórios;
III – a contratualização; e
IV – os critérios de monitormaneto e avaliação.
§ 1º O gestor estadual, distrital ou municipal de saúde será responsável pela 
regulação da atenção hospitalar, nos termos da Política Nacional de Regulação 
do SUS, utilizando-se de protocolos assistenciais e de critérios de priorização 
de riscos e vulnerabilidades, conforme pactuação da CIB ou da CIR, quando 
existir, para proporcionar acesso ao cuidado adequado no tempo oportuno.
§ 2º Os hospitais disponibilizarão ações e serviços de saúde às centrais de 
regulação de acordo com o pactuado no instrumento formal de contratualização.
Art. 19. O Plano Diretor e os contratos internos de gestão do hospital, 
desde que monitorados e avaliados rotineiramente, poderão ser ferramentas 
adotadas para o cumprimento dos compromissos e metas pactuados com o 
gestor e para a sustentabilidade institucional.
§ 1º Cabe aos hospitais desenvolver estratégias para monitoramento e 
avaliação dos compromissos e metas pactuados na contratualização e da 
qualidade das ações e serviços de forma sistemática e em conjunto com as 
instâncias gestoras do SUS, utilizando-se dos resultados para subsidiar o pro-
cesso de planejamento e gestão.
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125
§ 2º A gestão participativa e democrática, a atuação da ouvidoria e as 
pesquisas de satisfação do usuário serão dispositivos de avaliação da gestão 
interna do hospital e da atenção.
§ 3º A ambiência hospitalar deverá adotar uma arquitetura inclusiva e 
com acessibilidade, seguindo as normas e legislações vigentes.
§ 4º Deverão ser garantidos o registro e a atualização regular dos dados 
nos sistemas oficiais de informação do SUS.
Art. 20. A administração dos hospitais será profissionalizada por meio de 
ações de indução e apoio à formação de competências específicas de profis-
sionais que ocupem cargos de direção e de gerência intermediária.
Art. 21. A administração dos insumos, da infraestrutura, de recursos fi-
nanceiros e a gestão da força de trabalho serão direcionadospara o cumpri-
mento do papel do hospital na RAS.
Art. 22. Para efeito de investimento pelo SUS, a direção do hospital pac-
tuará junto aos gestores do SUS a demanda para ampliação ou reforma da 
capacidade instalada e incorporação de tecnologias que impliquem em acrés-
cimos na contratualização.
Seção III
Do Eixo de Formação, Desenvolvimento e Gestão da Força 
de Trabalho
Art. 23. Todos os espaços de produção das ações e serviços de saúde no 
SUS constituem-se em campo de prática para ensino, pesquisa e incorpora-
ção tecnológica em saúde, devendo os hospitais integrantes do SUS desem-
penhar um importante papel na formação, tanto para suas equipes como para 
o matriciamento dos trabalhadores dos demais pontos de atenção da RAS, de 
acordo com o pactuado com os gestores.
§ 1º Os hospitais integrantes do SUS deverão participar tanto de ações de 
formação de novos profissionais de saúde, quanto de educação permanente 
em saúde, com prioridade para as áreas estratégicas do SUS, devendo inte-
grar programas e políticas prioritárias de formação em saúde.
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126
§ 2º Os hospitais podem ter uma missão específica de ensino para gra-
duação e pós-graduação na área da saúde, podendo receber a Certificação 
como Hospital de Ensino (HE), de acordo com os critérios estabelecidos pelos 
Ministérios da Saúde e da Educação.
Art. 24. Os hospitais adotarão as seguintes estratégias de valorização dos 
trabalhadores:
I – avaliação de desempenho;
II – educação permanente; e
III – avaliação da atenção à saúde do trabalhador.
§ 1º A avaliação de desempenho dos trabalhadores pressupõe a existência 
de oportunidades sistemáticas para análises individuais e coletivas do traba-
lho, com participação ativa dos trabalhadores, buscando a corresponsabiliza-
ção das equipes com as avaliações.
§ 2º O programa de educação permanente em saúde deve ser oferecido 
aos profissionais de saúde das equipes dos hospitais, baseado no aprendiza-
do em serviço, no qual o aprender e ensinar se incorporam ao cotidiano dos 
hospitais e das equipes.
§ 3º A atenção à saúde do trabalhador contemplará ações de promoção da 
saúde, prevenção e recuperação de doenças e reabilitação.
Art. 25. A gestão da força de trabalho na atenção hospitalar no SUS será 
direcionada para aperfeiçoar mecanismos de provimento, fixação e habilitação 
de profissionais, buscando atender aos pressupostos descritos nesta Portaria.
Seção IV
Do Eixo de Financiamento
Art. 26. O financiamento da assistencia hospitalar será realizado de forma 
tripartite, pactuado entre as três esferas de gestão, de acordo com as normas 
específicas do SUS.
Art. 27. A busca da sustentabilidade será uma das bases do custeio dos 
hospitais, considerando a sua população de referência, o território de atua-
ção, a missão e o papel desempenhado na RAS, pactuados regionalmente.
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127
§ 1º Todos os recursos que compõem o custeio das ações e serviços para 
a atenção hospitalar constarão em um único instrumento formal de contratu-
alização, mediado pelo cumprimento de metas quali-quantitativas de assis-
tência, gestão e ensino/pesquisa.
§ 2º As regiões com populações dispersas e rarefeitas em grandes exten-
sões territoriais, como a Amazônia Legal, terão mecanismos de custeio que 
considerem as especificidades regionais.
Art. 28. Os recursos de investimento destinados à atenção hospitalar con-
siderarão a ampliação da capacidade instalada, a renovação do parque tecno-
lógico e a inovação de tecnologias, respeitando as especificidades regionais 
e as pactuações locais, de acordo com os seguintes critérios de priorização:
I – estar em consonância com as prioridades estabelecidas nos Planos de 
Saúde Nacional, Estaduais, Distrital e Municipais;
II – contemplar os projetos de implementação das Redes Temáticas de 
Atenção à Saúde e Programas prioritárias do SUS; e
III – priorizar regiões remotas com grandes vazios assistenciais.
Seção V
Do Eixo de Contratualização
Art. 29. Os gestores de saúde formalizarão a relação com os hospitais que 
prestam ações e serviços ao SUS por meio de instrumentos formais de contratua-
lização, independente de sua natureza jurídica, esfera administrativa e de gestão.
Parágrafo único. A contratualização é a formalização da relação entre o 
gestor público de saúde e os hospitais integrantes do SUS, públicos e priva-
dos, com ou sem fins lucrativos, sob sua gestão, por meio de instrumento 
formal de contratualização.
Art. 30. A contratualização tem como finalidade a formalização da rela-
ção entre gestores de saúde e hospitais integrantes do SUS por meio do es-
tabelecimento de compromissos entre as partes, promovendo a qualificação 
da assistência, da gestão hospitalar e do ensino/pesquisa, de acordo com as 
seguintes diretrizes:
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128
I – adequação das ações e serviços contratualizadas às necessidades lo-
cais e regionais pactuadas na CIB ou na CIR, quando houver;
II – definição das ações e serviços de saúde e atividades de ensino e pes-
quisa que serão disponibilizadas para o gestor;
III – estabelecimento de valores e formas de repasse dos recursos financeiros 
condicionados ao cumprimento e monitoramento de metas quali-quantitativas;
IV – aprimoramento dos processos de avaliação, controle e regulação dos 
serviços assistenciais; e
V – efetivação do controle social e garantia de transparência.
Art. 31. O gestor local levará em consideração os seguintes critérios de 
priorização para a contratualização:
I – hospitais públicos, quais sejam federais, estaduais, distrital ou municipais;
II – hospitais de direito privado sem fins lucrativos, que prestam 100% 
(cem por cento) dos seus serviços ao SUS;
III – hospitais de direito privado sem fins lucrativos que prestam o mínimo 
de 60% (sessenta por cento) dos seus serviços ao SUS;
IV – demais hospitais privados sem fins lucrativos; e
V – hospitais privados com fins lucrativos.
Seção VI
Do Eixo de Responsabilidades das Esferas de Gestão
Art. 32. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, represen-
tados por suas instâncias gestoras do SUS, são responsáveis pela organização 
e execução das ações da atenção hospitalar nos seus respectivos territórios, 
de acordo com os princípios e diretrizes estabelecidos nesta Portaria.
§ 1º Compete ao Ministério da Saúde:
I – definir, implementar, monitorar e avaliar a PNHOSP em consonância 
com os princípios da universalidade, integralidade, equidade, controle social 
e descentralização com direção única em cada esfera de governo, da forma 
pactuada na CIT;
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129
II – estabelecer, no Plano Nacional de Saúde, metas e prioridades para a 
organização da atenção hospitalar em todo território nacional;
III – definir, monitorar e avaliar a contratualização da atenção hospitalar;
IV – cofinanciar a atenção hospitalar, de forma tripartite;
V – estabelecer diretrizes nacionais para a educação permanente em saú-
de na atenção hospitalar, de acordo com a pactuação na CIT;
VI – estabelecer prioridades, fomentar e realizar pesquisas que fortaleçam 
a atenção hospitalar do SUS em consonância com as realidades epidemioló-
gicas e demográficas;
VII – fomentar a gestão de tecnologias em saúde direcionadas para a 
atenção hospitalar;
VIII – articular com o Ministério da Educação mudanças curriculares para 
os cursos de graduação e pós-graduação nas áreas da
saúde, visando à formação de profissionais com perfil adequado para atu-
ação na atenção hospitalar;
IX – estabelecer, de acordo com a pactuação na CIT, mecanismos de contro-
le, regulação, monitoramento e avaliação das ações realizadas no âmbito hos-
pitalar,por meio de indicadores de desempenho, de processos e de resultados;
X – ser copartícipe da contratualização dos hospitais sob sua gerência com 
os gestores locais e realizar o monitoramento e avalição das metas pactuadas 
no instrumento contratual;
XI – organizar, executar e avaliar os serviços de atenção hospitalar sob 
sua gerência;
XII – prestar assessoria técnica aos Estados, Distrito Federal e Municípios 
no processo de qualificação da atenção hospitalar;
XIII – prestar asssessoria técnica aos hospitais no processo de qualifica-
ção da atenção hospitalar; e
XIV – viabilizar parcerias com organismos internacionais e o setor privado 
para o fortalecimento da atenção hospitalar.
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§ 2º Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal:
I – coordenar, no âmbito estadual ou do Distrito Federal, a implantação, o 
monitoramento e a avaliação da PNHOSP, de forma pactuada na CIB e na CIR;
II – estabelecer, no Plano de Saúde Estadual ou do Distrito Federal, metas 
e prioridades para a organização da atenção hospitalar no seu território;
III – estabelecer, de forma pactuada com os Municípios, o desenho da 
RAS, definindo os pontos de atenção hospitalar e suas atribuições;
IV – cofinanciar a atenção hospitalar, de forma tripartite;
V – estabelecer a contratualização dos hospitais sob sua gestão e realizar 
o monitoramento e avalição das metas pactuadas no instrumento contratual;
VI – organizar, executar e/ou gerenciar os serviços de atenção hospitalar 
sob sua responsabilidade;
VII – elaborar as prioridades e fomentar a realização de ensino e pesquisa 
que fortaleçam a assistência hospitalar aos usuários do SUS, em consonância 
com as realidades epidemiológicas e demográficas em sua área de atuação;
VIII – estabelecer, de forma pactuada com os Municípios, os mecanismos 
de controle, regulação, monitoramento e avaliação das ações realizadas no 
âmbito hospitalar, por meio de indicadores de desempenho e qualidade;
IX – prestar assessoria técnica aos Municípios e hospitais no processo de 
qualificação da atenção hospitalar no seu território;
X – propor diretrizes estaduais de Educação Permanente e disponibilizar 
instrumentos técnicos e pedagógicos em consonância com a Política Nacional 
de Educação Permanente em Saúde; e
XI – registrar e atualizar as informações relativas aos hospitais nos Siste-
mas Nacionais de Informação em Saúde.
§ 3º Compete às Secretarias Municipais de Saúde e do Distrito Federal:
I – coordenar, no âmbito municipal e do Distrito Federal, a implantação, 
execução, monitoramento e avaliação da PNHOSP, de acordo com o pactuado 
na CIB e na CIR;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
131
II – estabelecer, no Plano Municipal e do Distrito Federal de Saúde, as me-
tas e prioridades para a organização da atenção hospitalar no seu território;
III – estabelecer de forma pactuada com os Estados, o desenho da RAS, 
definindo os pontos de atenção hospitalar e suas atribuições;
IV – cofinanciar a atenção hospitalar, de forma tripartite;
V – organizar, executar e gerenciar os serviços de atenção hospitalar sob 
sua gerência;
VI – estabelecer a contratualização dos hospitais sob sua gestão e realizar 
o monitoramento e a avalição das metas pactuadas no instrumento contratual;
VII – estabelecer mecanismos de controle, regulação, monitoramento e 
avaliação das ações realizadas no âmbito hospitalar em seu território, através 
de indicadores de desempenho e qualidade;
VIII – prestar assessoria técnica aos hospitais sob sua gestão no processo 
de qualificação da atenção e gestão hospitalar;
IX – estabelecer prioridades, fomentar e realizar pesquisas que fortaleçam 
a atenção hospitalar do SUS em consonância com as realidades epidemioló-
gicas e demográficas em sua área de atuação;
X – propor diretrizes municipais de Educação Permanente e disponibilizar 
instrumentos técnicos e pedagógicos em consonância com a Política Nacional 
de Educação Permanente em Saúde; e
XI – registrar e atualizar as informações relativas aos hospitais no âmbito 
do seu território nos Sistemas Nacionais de Informação em Saúde.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 33. A implementação da PNHOSP será gradual, a partir da celebração 
de novas contratualizações, com prioridade para os hospitais que fazem parte 
das Redes Temáticas de Atenção à Saúde e Programas prioritários do SUS.
Art. 34. Fica instituído o Comitê Gestor da Atenção Hospitalar, com com-
posição tripartite, que monitorará e avaliará a PNHOSP periodicamente, além 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para EBSERH
Conhecimentos Básicos - Legislação SUS
132
de estudar e aprofundar as discussões para o aprimoramento de seus eixos 
estruturantes.
§ 1º O Comitê Gestor de que trata o caput deverá aprofundar as discus-
sões para reformulação da modelo de financiamento da atenção hospitalar.
§ 2º Ato específico do Ministro de Estado da Saúde regulamentará o fun-
cionamento e disporá acerca da composição e competências do Comitê de 
que trata o caput.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. As unidades hospitalares certificadas como Hospitais de Excelên-
cia, nos termos da Portaria n. 936/GM/MS, de 27 de abril de 2011, cumprirão 
o disposto nesta Portaria quando atuarem na prestação de ações e serviços 
de saúde para o SUS.
Art. 36. A SAS/MS publicará manuais e guias com detalhamento opera-
cional e orientações especificas para a execução da PNHOSP.
Art. 37. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Saúde Legis - Sistema de Legislação da Saúde
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0936_27_04_2011.html
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	LEI n. 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.
	LEI n. 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990
	DECRETO n. 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011
	RESOLUÇÃO-RDC N. 63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011
	RESOLUÇÃO N. 553, DE 09 DE AGOSTO DE 2017
	RESOLUÇÃO - RDC N. 36, DE 25 DE JULHO DE 2013
	PORTARIA N. 3.390, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2013

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