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DIRETORIA DE PRODUÇÃO EDUCACIONAL
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIVERSOS
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br
CÓDIGO:
1882023448
TIPO DE MATERIAL:
Gran Vade Mecum 
NOME DO ÓRGÃO:
SUS
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
Agosto/2023
SUMÁRIO
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 ...........................5
Lei n. 8.080, de 19 de Setembro de 1990. ..........................................14
Decreto n. 7.508, de 28 de Junho de 2011 ..........................................49
Lei n. 8.142, de 28 de Dezembro de 1990 ...........................................62
Resolução n. 453, de 10 de Maio de 2012 ...........................................65
Portaria n. 2.436, de 21 de Setembro de 2017 ....................................76
Resolução Cofen 543/2017 ............................................................. 154
Olá, querido(a) aluno(a).
Esse material foi feito com muito carinho e conhecimento 
para contribuir com a sua aprovação. A leitura da legislação 
seca é muito importante como etapa da preparação. 
As dúvidas sobre os artigos podem ser sanadas com as 
aulas em vídeo e em pdf dentro da nossa plataforma.
É importante que você utilize sem moderação o Gran 
Questões para treinar cada norma que foi escolhida neste 
material, pois todas elas são muito cobradas em provas.
Conte sempre conosco,
Fernanda Barboza e Natale Souza
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL DE 1988
Vide Emenda Constitucional n. 91, de 2016
Vide Emenda Constitucional n. 106, de 2020
Vide Emenda Constitucional n. 107, de 2020
Emendas
Constitucionais
Emendas
Constitucionais de 
Revisão
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º
ÍNDICE TEMÁTICO
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações 
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a 
seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações 
urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – equidade na forma de participação no custeio;
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc91.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc107.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/quadro_emc.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/quadro_emc.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm#adct
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/indicetematico44.doc
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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VI – diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas 
contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a 
ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contri-
butivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 
103, de 2019)
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante 
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, 
dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de for-
ma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na for-
ma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 
20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou credi-
tados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem 
vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 
20, de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, poden-
do ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de 
contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão conce-
didas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 103, de 2019)
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art194pvii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art194pvii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destina-
das à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integran-
do o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de for-
ma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e as-
sistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de 
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, 
como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. (Vide Medida Provisória 
n. 526, de 2011) (Vide Lei n. 12.453, de 2011) (Vide Emenda constitucional 
n. 106, de 2020)
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manuten-
ção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigi-das após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver 
instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabeleci-
das em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador 
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades 
em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão 
para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resul-
tado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da 
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Mpv/526.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Mpv/526.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12453.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195%C2%A78
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo 
poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da uti-
lização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estru-
tural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases 
de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas “b” e “c” do inciso I do 
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
§ 10 A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema úni-
co de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Fe-
deral e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva 
contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
§ 11 São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 
(sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das 
contribuições sociais de que tratam a alínea “a” do inciso I e o inciso II do 
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
§ 12 A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não 
cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
§ 13 (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 
103, de 2019)
§ 14 O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição 
ao Regime Geral de Previdência Social a competência cuja contribuição seja 
igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, 
assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional n. 103, de 2019)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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SEÇÃO II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido median-
te políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e 
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, caben-
do ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fis-
calização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através 
de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede re-
gionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de 
acordo com as seguintes diretrizes: (Vide ADPF 672)
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, 
sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III – participação da comunidade.
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, 
com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único re-
numerado para § 1º pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anu-
almente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados 
da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda Consti-
tucional n. 29, de 2000)
I – no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício fi-
nanceiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação 
dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 
157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem 
transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 29, de 2000)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecada-
ção dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os 
arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 29, de 2000)
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco 
anos, estabelecerá: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000) 
Regulamento
I – os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde desti-
nados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados desti-
nados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das 
disparidades regionais; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000)
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saú-
de nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 29, de 2000)
IV – (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agen-
tes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de 
processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas 
atribuições e requisitos específicos para sua atuação. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 51, de 2006)
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional 
nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das ati-
vidades de agente comunitário desaúde e agente de combate às endemias, 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp141.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc86.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc51.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc51.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira comple-
mentar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento 
do referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 63, de 
2010) Regulamento
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da 
Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente 
comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o 
cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, 
para o seu exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 51, de 2006)
§ 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de 
combate às endemias fica sob responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, além de outros consectários e van-
tagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o tra-
balho desses profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
§ 8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento dos agentes co-
munitários de saúde e dos agentes de combate às endemias serão consigna-
dos no orçamento geral da União com dotação própria e exclusiva. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
§ 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de 
combate às endemias não será inferior a 2 (dois) salários mínimos, repas-
sados pela União aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
§ 10 Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às ende-
mias terão também, em razão dos riscos inerentes às funções desempenha-
das, aposentadoria especial e, somado aos seus vencimentos, adicional de 
insalubridade. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
§ 11 Os recursos financeiros repassados pela União aos Estados, ao Dis-
trito Federal e aos Municípios para pagamento do vencimento ou de qualquer 
outra vantagem dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de comba-
te às endemias não serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite de 
despesa com pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 120, de 2022)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc63.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc63.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11350.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc51.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc120.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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§ 12 Lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais para o en-
fermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, a 
serem observados por pessoas jurídicas de direito público e de direito priva-
do. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 124, de 2022)
§ 13 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, até o final do 
exercício financeiro em que for publicada a lei de que trata o § 12 deste arti-
go, adequarão a remuneração dos cargos ou dos respectivos planos de car-
reiras, quando houver, de modo a atender aos pisos estabelecidos para cada 
categoria profissional. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 124, de 2022)
§ 14 Compete à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira 
complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às enti-
dades filantrópicas, bem como aos prestadores de serviços contratualizados 
que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo 
sistema único de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata 
o § 12 deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 127, de 2022)
§ 15 Os recursos federais destinados aos pagamentos da assistência finan-
ceira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às en-
tidades filantrópicas, bem como aos prestadores de serviços contratualizados 
que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo 
sistema único de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o 
§ 12 deste artigo serão consignados no orçamento geral da União com dotação 
própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 127, de 2022)
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar 
do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de 
direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as 
sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subven-
ções às instituições privadas com fins lucrativos.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc124.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc124.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc127.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc127.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais 
estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a re-
moção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, 
pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de 
sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, 
nos termos da lei:
I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interes-
se para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, 
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como 
as de saúde do trabalhador;
III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de sa-
neamento básico;
V – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico 
e tecnológico e a inovação; (Redação dada pelaEmenda Constitucional n. 
85, de 2015)
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu 
teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda 
e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o 
do trabalho.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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LEI N. 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação 
da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspon-
dentes e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte lei:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços 
de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou 
eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Es-
tado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e exe-
cução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de do-
enças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem 
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, 
proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas 
e da sociedade.
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre 
outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o 
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e ser-
viços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização 
social e econômica do País.
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.080-1990?OpenDocument
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica 
do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, 
a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos 
bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei n. 12.864, de 2013)
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força 
do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletivi-
dade condições de bem-estar físico, mental e social.
TÍTULO II
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e 
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta 
e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema 
Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas fede-
rais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de 
insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipa-
mentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde 
(SUS), em caráter complementar.
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I – a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinan-
tes da saúde;
II – a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos 
econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12864.htm
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
16
III – a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, pro-
teção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assisten-
ciais e das atividades preventivas.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de 
Saúde (SUS):
I – a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
c) de saúde do trabalhador; (Redação dada pela Lei n. 14.572, de 2023)
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei n. 14.572, de 2023)
II – a participação na formulação da política e na execução de ações de 
saneamento básico;
III – a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V – a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do 
trabalho;
VI – a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobio-
lógicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua 
produção;
VII – o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de 
interesse para a saúde;
VIII – a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para con-
sumo humano;
IX – a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, 
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X – o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico 
e tecnológico;
XI – a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de 
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sani-
tários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I – o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se rela-
cionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produ-
ção ao consumo; e
II – o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indi-
retamente com a saúde.
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que 
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mu-
dança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção 
e controle das doenças ou agravos.
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto 
de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e 
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim 
como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores subme-
tidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
I – assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador 
de doença profissional e do trabalho;
II – participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde 
(SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos po-
tenciais à saúde existentes no processo de trabalho;
III – participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde 
(SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, 
extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substân-
cias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à 
saúde do trabalhador;
IV – avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
18
V – informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às 
empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do 
trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientaise 
exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os 
preceitos da ética profissional;
VI – participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de 
saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII – revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no pro-
cesso de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sin-
dicais; e
VIII – a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão 
competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente 
de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde 
dos trabalhadores.
§ 4º Entende-se por saúde bucal o conjunto articulado de ações, em todos 
os níveis de complexidade, que visem a garantir promoção, prevenção, recu-
peração e reabilitação odontológica, individual e coletiva, inseridas no contex-
to da integralidade da atenção à saúde. (Incluído pela Lei n. 14.572, de 2023)
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados con-
tratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são 
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constitui-
ção Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I – universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de 
assistência;
II – integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e 
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, 
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#cfart198
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#cfart198
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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III – preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade 
física e moral;
IV – igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de 
qualquer espécie;
V – direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI – divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde 
e a sua utilização pelo usuário;
VII – utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a 
alocação de recursos e a orientação programática;
VIII – participação da comunidade;
IX – descentralização político-administrativa, com direção única em cada 
esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X – integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e 
saneamento básico;
XI – conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e huma-
nos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação 
de serviços de assistência à saúde da população;
XII – capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assis-
tência; e
XIII – organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de 
meios para fins idênticos.
XIV – organização de atendimento público específico e especializado para 
mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre ou-
tros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas repa-
radoras, em conformidade com a Lei n. 12.845, de 1º de agosto de 2013. 
(Redação dada pela Lei n. 13.427, de 2017)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12845.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13427.htm#art2
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
20
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da 
iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada 
em níveis de complexidade crescente.
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo 
com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada 
esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I – no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II – no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria 
de Saúde ou órgão equivalente; e
III – no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou 
órgão equivalente.
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em 
conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio 
da direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua ob-
servância.
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organi-
zar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práti-
cas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.
Art. 11. (Vetado).
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subor-
dinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos 
competentes e por entidades representativas da sociedade civil.
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular 
políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas 
não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#cfart198
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
21
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões 
intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades:
I – alimentação e nutrição;
II – saneamento e meio ambiente;
III – vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IV – recursos humanos;
V – ciência e tecnologia; e
VI – saúde do trabalhador.
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre 
os serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior.
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor 
prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada 
dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera corres-
pondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre 
essas instituições.
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reco-
nhecidas como foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos 
aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS). (Incluído pela Lei n. 
12.466, de 2011).
Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripar-
tite terá por objetivo: (Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
I – decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da 
gestão compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política 
consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; 
(Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
II – definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a res-
peito da organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente 
no tocante à sua governança institucional e à integração das ações e serviços 
dos entes federados; (Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
GRAN VADE MECUM – LegislaçãoConsolidada para o SUS
22
III – fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integra-
ção de territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vincu-
lados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados. 
(Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o 
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reco-
nhecidos como entidades representativas dos entes estaduais e municipais 
para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública 
e de relevante função social, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei n. 
12.466, de 2011).
§ 1º O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da 
União por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas 
despesas institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a União. (In-
cluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
§ 2º Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são re-
conhecidos como entidades que representam os entes municipais, no âmbito 
estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados 
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. 
(Incluído pela Lei n. 12.466, de 2011).
CAPÍTULO IV
DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES
Seção I
Das Atribuições Comuns
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, 
em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:
I – definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fis-
calização das ações e serviços de saúde;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12466.htm
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
23
II – administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, 
em cada ano, à saúde;
III – acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da popu-
lação e das condições ambientais;
IV – organização e coordenação do sistema de informação de saúde;
V – elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qua-
lidade e parâmetros de custos que caracterizam a assistência à saúde;
VI – elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qua-
lidade para promoção da saúde do trabalhador;
VII – participação de formulação da política e da execução das ações de sa-
neamento básico e colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente;
VIII – elaboração e atualização periódica do plano de saúde;
IX – participação na formulação e na execução da política de formação e 
desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;
X – elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde 
(SUS), de conformidade com o plano de saúde;
XI – elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados 
de saúde, tendo em vista a sua relevância pública;
XII – realização de operações externas de natureza financeira de interesse 
da saúde, autorizadas pelo Senado Federal;
XIII – para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitó-
rias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou 
de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa 
correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais 
como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização; (Vide ADIN 3454)
XIV – implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
XV – propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacio-
nais relativos à saúde, saneamento e meio ambiente;
XVI – elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recu-
peração da saúde;
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2283117
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
24
XVII – promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício 
profissional e outras entidades representativas da sociedade civil para a defi-
nição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de saúde;
XVIII – promover a articulação da política e dos planos de saúde;
XIX – realizar pesquisas e estudos na área de saúde;
XX – definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização ineren-
tes ao poder de polícia sanitária;
XXI – fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e 
de atendimento emergencial.
Seção II
Da Competência
Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:
Art. 16. À direção nacional do SUS compete: (Redação dada pela Lei n. 
14.572, de 2023)
I – formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;
II – participar na formulação e na implementação das políticas:
a) de controle das agressões ao meio ambiente;
b) de saneamento básico; e
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
III – definir e coordenar os sistemas:
a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
b) de rede de laboratórios de saúde pública;
c) de vigilância epidemiológica; e
d) vigilância sanitária;
IV – participar da definição de normas e mecanismos de controle, com ór-
gão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham 
repercussão na saúde humana;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
25
V – participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle 
das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde 
do trabalhador;
VI – coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica;
VII – estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, ae-
roportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, 
Distrito Federal e Municípios;
VIII – estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da 
qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso 
humano;
IX – promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do 
exercício profissional, bem como com entidades representativas de formação 
de recursos humanos na área de saúde;
X – formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política 
nacional e produção de insumos e equipamentos para a saúde, em articulação 
com os demais órgãos governamentais;
XI – identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional 
para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde;
XII – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de inte-
resse para a saúde;
XIII – prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Fe-
deral e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional;
XIV – elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de 
Saúde (SUS) e os serviços privados contratados de assistência à saúde;
XV – promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os 
Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangência 
estadual e municipal;
XVI – normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de San-
gue, Componentes e Derivados;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
26
XVII – acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, 
respeitadas as competências estaduais e municipais;
XVIII – elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, 
em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal;
XIX – estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avalia-
ção técnica e financeira do SUS em todoo Território Nacional em cooperação 
técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. (Vide Decreto n. 1.651, 
de 1995)
XX – definir as diretrizes e as normas para a estruturação física e organi-
zacional dos serviços de saúde bucal. (Incluído pela Lei n. 14.572, de 2023)
Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemioló-
gica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos 
inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do 
Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação 
nacional.
§ 1º A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitá-
ria em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à 
saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único 
de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional. (Renu-
merado do parágrafo único pela Lei n. 14.141, de 2021)
§ 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergência em saú-
de pública, poderá ser adotado procedimento simplificado para a remessa de 
patrimônio genético ao exterior, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei 
n. 14.141, de 2021)
§ 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto acaba-
do ou material reprodutivo oriundo de acesso ao patrimônio genético de que 
trata o § 2º deste artigo serão repartidos nos termos da Lei n. 13.123, de 20 
de maio de 2015. (Incluído pela Lei n. 14.141, de 2021)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1995/D1651.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1995/D1651.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14141.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
27
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:
I – promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das 
ações de saúde;.
II – acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema 
Único de Saúde (SUS);
III – prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supleti-
vamente ações e serviços de saúde;
IV – coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição; e
c) de alimentação e nutrição; (Redação dada pela Lei n. 14.572, de 2023)
d) de saúde do trabalhador;
e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei n. 14.572, de 2023)
V – participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio 
ambiente que tenham repercussão na saúde humana;
VI – participar da formulação da política e da execução de ações de sane-
amento básico;
VII – participar das ações de controle e avaliação das condições e dos am-
bientes de trabalho;
VIII – em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a 
política de insumos e equipamentos para a saúde;
IX – identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir siste-
mas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional;
X – coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocen-
tros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização administrativa;
XI – estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e ava-
liação das ações e serviços de saúde;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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XII – formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, 
de procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de 
consumo humano;
XIII – colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, 
aeroportos e fronteiras;
XIV – o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de 
morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.
Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:
Art. 18. À direção municipal do SUS compete: (Redação dada pela Lei n. 
14.572, de 2023)
I – planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde 
e gerir e executar os serviços públicos de saúde;
II – participar do planejamento, programação e organização da rede re-
gionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação 
com sua direção estadual;
III – participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às 
condições e aos ambientes de trabalho;
IV – executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico; e
d) de saneamento básico; (Redação dada pela Lei n. 14.572, de 2023)
e) de saúde do trabalhador;
f) de saúde bucal; (Incluída pela Lei n. 14.572, de 2023)
V – dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipa-
mentos para a saúde;
VI – colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que te-
nham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos munici-
pais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14572.htm#art4
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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VII – formar consórcios administrativos intermunicipais;
VIII – gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
IX – colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitá-
ria de portos, aeroportos e fronteiras;
X – observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e con-
vênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como 
controlar e avaliar sua execução;
XI – controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;
XII – normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saú-
de no seu âmbito de atuação.
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Es-
tados e aos Municípios.
CAPÍTULO V
DO SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA
(INCLUÍDO PELA LEI N. 9.836, DE 1999)
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das 
populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou individual-
mente, obedecerão ao disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, 
componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido por esta Lei, 
e pela Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual funcionará em 
perfeita integração. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Sub-
sistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por 
esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País. (Incluído 
pela Lei n. 9.836, de 1999)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e 
não governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e execu-
ção das ações. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
§ 1º A União instituirá mecanismo de financiamento específico para os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sempre que houver necessidade 
de atenção secundária e terciária fora dos territórios indígenas. (Incluído pela 
Lei n. 14.021, de 2020)
§ 2º Em situações emergenciais e de calamidade pública: (Incluído pela 
Lei n. 14.021, de 2020)
I – a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não previstos nos 
planos de saúde dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ao Sub-
sistema de Atenção à Saúde Indígena; (Incluído pela Lei n. 14.021, de 2020)
II – deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos planos emer-
genciais para atendimento dos pacientes graves das Secretarias Municipais e 
Estaduais de Saúde, explicitados os fluxos e as referências para o atendimen-
to em tempo oportuno. (Incluído pela Lei n. 14.021, de 2020)
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade 
local e as especificidades da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser ado-
tado para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma abordagem 
diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência à saúde, sanea-
mento básico, nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, edu-
cação sanitária e integração institucional. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como 
o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado. (Incluído pela Lei n. 
9.836, de 1999)
§ 1º O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os 
Distritos Sanitários Especiais Indígenas. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
§ 1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente fazer o registro e a no-
tificação da declaração de raça ou cor, garantindo a identificação de todos 
os indígenas atendidos nos sistemas públicos de saúde. (Incluído pela Lei n. 
14.021, de 2020)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
31
§ 1º-B. A União deverá integrar os sistemas de informação da rede do SUS 
com os dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei 
n. 14.021, de 2020)
§ 2º O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção 
à Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações na estrutura e or-
ganização do SUS nas regiões onde residem as populações indígenas, para 
propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem 
discriminações. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
§ 3º As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em 
âmbito local, regional e de centros especializados, de acordo com suas neces-
sidades, compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à saúde. 
(Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos organis-
mos colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de 
saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e 
Municipais de Saúde, quando for o caso. (Incluído pela Lei n. 9.836, de 1999)
CAPÍTULO VI
DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR
(INCLUÍDO PELA LEI N. 10.424, DE 2002)
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o 
atendimento domiciliar e a internação domiciliar. (Incluído pela Lei n. 10.424, 
de 2002)
§ 1º Na modalidade de assistência de atendimento e internação domicilia-
res incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, 
fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros necessá-
rios ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. (Incluído pela Lei n. 
10.424, de 2002)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14021.htm#art18.0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
32
§ 2º O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equi-
pes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, tera-
pêutica e reabilitadora. (Incluído pela Lei n. 10.424, de 2002)
§ 3º O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados 
por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua famí-
lia. (Incluído pela Lei n. 10.424, de 2002)
CAPÍTULO VII
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO 
DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
(INCLUÍDO PELA LEI N. 11.108, DE 2005)
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da 
rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à 
parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de 
parto, parto e pós-parto imediato. (Incluído pela Lei n. 11.108, de 2005)
§ 1º O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela 
parturiente. (Incluído pela Lei n. 11.108, de 2005)
§ 2º As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que 
trata este artigo constarão do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão 
competente do Poder Executivo. (Incluído pela Lei n. 11.108, de 2005)
§ 3º Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em local visível 
de suas dependências, aviso informando sobre o direito estabelecido no caput 
deste artigo. (Incluído pela Lei n. 12.895, de 2013)
Art. 19-L. (VETADO) (Incluído pela Lei n. 11.108, de 2005)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10424.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12895.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Msg/Vep/VEP-0198-05.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
33
CAPÍTULO VIII
(INCLUÍDO PELA LEI N. 12.401, DE 2011)
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE 
TECNOLOGIA EM SAÚDE”
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea d do 
inciso I do art. 6º consiste em: (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – dispensação de medicamentose produtos de interesse para a saúde, 
cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas defini-
das em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, 
na falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P; (Inclu-
ído pela Lei n. 12.401, de 2011)
II – oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambu-
latorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do 
Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional por serviço 
próprio, conveniado ou contratado.
Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as se-
guintes definições: (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras 
e equipamentos médicos; (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
II – protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece 
critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento 
preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando 
couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o 
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem segui-
dos pelos gestores do SUS. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão es-
tabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evo-
lutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles 
indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou 
reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou proce-
dimento de primeira escolha. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
34
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que 
trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia, se-
gurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas 
da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo. (Incluído pela Lei 
n. 12.401, de 2011)
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dis-
pensação será realizada: (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal 
do SUS, observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabi-
lidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite; 
(Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
II – no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, 
com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais 
do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão 
Intergestores Bipartite; (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
III – no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas 
relações de medicamentos instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a 
responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de 
Saúde. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos 
medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a 
alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do 
Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de 
Tecnologias no SUS. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
§ 1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja 
composição e regimento são definidos em regulamento, contará com a parti-
cipação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde e 
de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal 
de Medicina. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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§ 2º O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no 
SUS levará em consideração, necessariamente: (Incluído pela Lei n. 12.401, 
de 2011)
I – as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e 
a segurança do medicamento, produto ou procedimento objeto do processo, 
acatadas pelo órgão competente para o registro ou a autorização de uso; (In-
cluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
II – a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em 
relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no que se refere aos atendi-
mentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível. (Incluído pela 
Lei n. 12.401, de 2011)
§ 3º As metodologias empregadas na avaliação econômica a que se refere 
o inciso II do § 2º deste artigo serão dispostas em regulamento e amplamen-
te divulgadas, inclusive em relação aos indicadores e parâmetros de custo-e-
fetividade utilizados em combinação com outros critérios. (Incluído pela Lei 
n. 14.313, de 2022)
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 
19-Q serão efetuadas mediante a instauração de processo administrativo, a 
ser concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado 
da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 
(noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigirem. (Incluído pela 
Lei n. 12.401, de 2011)
§ 1º O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que cou-
ber, o disposto na Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes de-
terminações especiais: (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, das 
amostras de produtos, na forma do regulamento, com informações necessá-
rias para o atendimento do disposto no § 2º do art. 19-Q; (Incluído pela Lei 
n. 12.401, de 2011)
II – (VETADO); (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Msg/VEP-113.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
36
III – realização de consulta pública que inclua a divulgação do parecer 
emitido pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS; (In-
cluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
IV – realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, se a re-
levância da matéria justificar o evento. (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
V – distribuição aleatória, respeitadas a especialização e a competência téc-
nica requeridas para a análise da matéria; (Incluído pela Lei n. 14.313, de 2022)
VI – publicidade dos atos processuais. (Incluído pela Lei n. 14.313, de 2022)
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Art. 19-S. (VETADO). (Incluído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: (Incluído 
pela Lei n. 12.401, de 2011)
I – o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, pro-
duto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autori-
zado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; (Incluído pela 
Lei n. 12.401, de 2011)
II – a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de me-
dicamento e produto, nacional ou importado, sem registro na Anvisa. (Inclu-
ído pela Lei n. 12.401, de 2011)
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo: (Incluído pela Lei 
n. 14.313, de 2022)
I – medicamento e produto em que a indicação de uso seja distinta daque-
la aprovada no registro na Anvisa, desde que seu uso tenha sido recomenda-
do pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único 
de Saúde (Conitec), demonstradas as evidências científicas sobre a eficácia, 
a acurácia, a efetividade e a segurança, e esteja padronizado em protocolo 
estabelecido pelo Ministério da Saúde; (Incluído pela Lei n. 14.313, de 2022)
II – medicamento e produto recomendados pela Conitec e adquiridos por 
intermédio de organismos multilaterais internacionais, para uso em progra-
mas de saúde pública do Ministério da Saúde e suas entidades vinculadas, 
nos termos do § 5º do art. 8º da Lei n. 9.782, de 26 de janeiro de 1999. (In-
cluído pela Lei n. 14.313, de 2022)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Msg/VEP-113.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Msg/VEP-113.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9782.htm#art8%C2%A75
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medica-
mentos, produtos de interesse para a saúde ou procedimentos de que trata 
este Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite. (Incluído 
pela Lei n. 12.401, de 2011)
TÍTULO III
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE
CAPÍTULO I
DO FUNCIONAMENTO
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela 
atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilita-
dos, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recu-
peração da saúde.
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão 
observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do 
Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento.
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de 
capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações de 
organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de 
entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos.
§ 1º Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção 
nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as 
atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que forem firmados.
§ 2º Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde mantidos, 
sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus emprega-
dos e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12401.htm#art1
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, 
de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes 
casos: (Redação dada pela Lei n. 13.097, de 2015)
I – doações de organismos internacionais vinculados à Organização das 
Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e em-
préstimos; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
II – pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: 
(Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, 
clínica geral e clínica especializada; e (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela Lei n. 
13.097, de 2015)
III – serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, 
para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus 
para a seguridade social; e (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
IV – demais casos previstos em legislação específica. (Incluído pela Lei n. 
13.097, de 2015)
CAPÍTULO II
DA PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garan-
tir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o Sistema 
Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa 
privada.
Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será 
formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as nor-
mas de direito público.
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem 
fins lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâ-
metros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do 
Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
§ 1º Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento 
da remuneração aludida neste artigo, a direção nacional do Sistema Único de 
Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-finan-
ceiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços contratados.
§ 2º Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e ad-
ministrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), 
mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
§ 3º (Vetado).
§ 4º Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou ser-
viços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no 
Sistema Único de Saúde (SUS).
TÍTULO III-A
(INCLUÍDO PELA LEI N. 14.510, DE 2022)
DA TELESSAÚDE
Art. 26-A. A telessaúde abrange a prestação remota de serviços relacio-
nados a todas as profissões da área da saúde regulamentadas pelos órgãos 
competentes do Poder Executivo federal e obedecerá aos seguintes princí-
pios: (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
I – autonomia do profissional de saúde; (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
II – consentimento livre e informado do paciente;
III – direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde, com a 
garantia do atendimento presencial sempre que solicitado; (Incluído pela Lei 
n. 14.510, de 2022)
IV – dignidade e valorização do profissional de saúde; (Incluído pela Lei n. 
14.510, de 2022)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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V – assistência segura e com qualidade ao paciente; (Incluído pela Lei n. 
14.510, de 2022)
VI – confidencialidade dos dados; (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
VII – promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e 
aos serviços de saúde; (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
VIII – estrita observância das atribuições legais de cada profissão; (Inclu-
ído pela Lei n. 14.510, de 2022)
IX – responsabilidade digital. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-B. Para fins desta Lei, considera-se telessaúde a modalidade de 
prestação de serviços de saúde a distância, por meio da utilização das tecnolo-
gias da informação e da comunicação, que envolve, entre outros, a transmis-
são segura de dados e informações de saúde, por meio de textos, de sons, de 
imagens ou outras formas adequadas. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Parágrafo único. Os atos do profissional de saúde, quando praticados na 
modalidade telessaúde, terão validade em todo o território nacional. (Incluído 
pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-C. Ao profissional de saúde são asseguradas a liberdade e a com-
pleta independência de decidir sobre a utilização ou não da telessaúde, inclu-
sive com relação à primeira consulta, atendimento ou procedimento, e poderá 
indicar a utilização de atendimento presencial ou optar por ele, sempre que 
entender necessário. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-D. Compete aos conselhos federais de fiscalização do exercício 
profissional a normatização ética relativa à prestação dos serviços previstos 
neste Título, aplicando-se os padrões normativos adotados para as modalida-
des de atendimento presencial, no que não colidirem com os preceitos desta 
Lei. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-E. Na prestação de serviços por telessaúde, serão observadas as 
normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) 
quanto às condições para seu funcionamento, observada a competência dos 
demais órgãos reguladores. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
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Art. 26-F. O ato normativo que pretenda restringir a prestação de serviço de 
telessaúde deverá demonstrar a imprescindibilidade da medida para que sejam 
evitados danos à saúde dos pacientes. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-G. A prática da telessaúde deve seguir as seguintes determina-
ções: (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
I – ser realizada por consentimento livre e esclarecido do paciente, ou 
de seu representante legal, e sob responsabilidade do profissional de saúde; 
(Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
II – prestar obediência aos ditames das Leis n.s 12.965, de 23 de abril de 
2014 (Marco Civil da Internet), 12.842, de 10 de julho de 2013 (Lei do Ato 
Médico), 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados), 
8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor) e, nas 
hipóteses cabíveis, aos ditames da Lei n. 13.787, de 27 de dezembro de 2018 
(Lei do Prontuário Eletrônico). (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
Art. 26-H. É dispensada a inscrição secundária ou complementar do pro-
fissional de saúde que exercer a profissão em outra jurisdição exclusivamente 
por meio da modalidade telessaúde. (Incluído pela Lei n. 14.510, de 2022)
TÍTULO IV
DOS RECURSOS HUMANOS
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formali-
zada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em 
cumprimento dos seguintes objetivos:
I – organização de um sistema de formação de recursos humanos em to-
dos os níveis de ensino, inclusive de pós-graduação, além da elaboração de 
programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal;
II – (Vetado)
III – (Vetado)
IV – valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de 
Saúde (SUS).
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12965.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12965.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12842.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13709.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13787.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art2
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
42
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de 
Saúde (SUS) constituem campo de prática para ensino e pesquisa, mediante 
normas específicas, elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âm-
bito do Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime 
de tempo integral.
§ 1º Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos 
poderão exercer suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema 
Único de Saúde (SUS).
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em 
regime de tempo integral, com exceção dos ocupantes de cargos ou função 
de chefia, direção ou assessoramento.
Art. 29. (Vetado).
Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço sob su-
pervisão serão regulamentadas por Comissão Nacional, instituída de acordo 
com o art. 12 desta Lei, garantida a participação das entidades profissionais 
correspondentes.
TÍTULO V
DO FINANCIAMENTO
CAPÍTULO I
DOS RECURSOS
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único 
de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos necessários 
à realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua 
direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da 
Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei 
de Diretrizes Orçamentárias.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
43
Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:
I – (Vetado)
II – Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;
III – ajuda, contribuições, doações e donativos;
IV – alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
V – taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito 
do Sistema Único de Saúde (SUS); e
VI – rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
§ 1º Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que 
trata o inciso I deste artigo, apurada mensalmente, a qual será destinada à 
recuperação de viciados.
§ 2º As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) 
serão creditadas diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua 
direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas.
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas supletiva-
mente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão financiadas por recursos 
tarifários específicos e outros da União, Estados, Distrito Federal, Municípios 
e, em particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
§ 4º (Vetado).
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológi-
co em saúde serão cofinanciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas 
universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de 
fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das institui-
ções executoras.
§ 6º (Vetado).
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
44
CAPÍTULO II
DA GESTÃO FINANCEIRA
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão 
depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimen-
tados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.
§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento 
da Seguridade Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, 
serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de 
Saúde.
§ 2º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de au-
ditoria, a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos 
repassados a Estados e Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não 
aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas 
previstas em lei.
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da receita efetiva-
mente arrecadada transferirão automaticamente ao Fundo Nacional de Saú-
de (FNS), observado o critério do parágrafo único deste artigo, os recursos 
financeiros correspondentes às dotações consignadas no Orçamento da Se-
guridade Social, a projetos e atividades a serem executados no âmbito do 
Sistema Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade 
Social será observada a mesma proporção da despesa prevista de cada área, 
no Orçamento da Seguridade Social.
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Esta-
dos, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes 
critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:
I – perfil demográfico da região;
II – perfil epidemiológico da população a ser coberta;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
45
III – características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV – desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V – níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
VI – previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;
VII – ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras es-
feras de governo.
§ 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribu-
ída segundo o quociente de sua divisão pelo número de habitantes, indepen-
dentemente de qualquer procedimento prévio. (Revogado pela Lei Comple-
mentar n. 141, de 2012) (Vide Lei n. 8.142, de 1990)
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de 
migração, os critérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados 
por outros indicadores de crescimento populacional, em especial o número de 
eleitores registrados.
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
§ 5º (Vetado).
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos 
de controle interno e externo e nem a aplicação de penalidades previstas em 
lei, em caso de irregularidades verificadas na gestão dos recursos transferidos.
CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO E DO ORÇAMENTO
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de 
Saúde (SUS) será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus ór-
gãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde 
com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos 
Estados, do Distrito Federal e da União.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm#art47
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm#art47
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm#art3%C2%A71
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
46
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de 
cada nível de direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento 
será previsto na respectiva proposta orçamentária.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações 
não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de 
calamidade pública, na área de saúde.
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem 
observadas na elaboração dos planos de saúde, em função das características 
epidemiológicas e da organização dos serviços em cada jurisdição administrativa.
Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a insti-
tuições prestadoras de serviços de saúde com finalidade lucrativa.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 39. (Vetado).
§ 1º (Vetado).
§ 2º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do Inamps para órgãos 
integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) será feita de modo a preservá-
-los como patrimônio da Seguridade Social.
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventariados com 
todos os seusacessórios, equipamentos e outros bens móveis e ficarão dis-
poníveis para utilização pelo órgão de direção municipal do Sistema Único de 
Saúde - SUS ou, eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição admi-
nistrativa se encontrem, mediante simples termo de recebimento.
§ 7º (Vetado).
§ 8º O acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos 
pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, 
será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos 
congêneres, como suporte ao processo de gestão, de forma a permitir a ge-
rencia informatizada das contas e a disseminação de estatísticas sanitárias e 
epidemiológicas médico-hospitalares.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
47
Art. 40. (Vetado)
Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo 
Instituto Nacional do Câncer, supervisionadas pela direção nacional do Siste-
ma Único de Saúde (SUS), permanecerão como referencial de prestação de 
serviços, formação de recursos humanos e para transferência de tecnologia.
Art. 42. (Vetado).
Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos 
serviços públicos contratados, ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou 
convênios estabelecidos com as entidades privadas.
Art. 44. (Vetado).
Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino in-
tegram-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada 
a sua autonomia administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos hu-
manos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos limites conferidos pelas 
instituições a que estejam vinculados.
§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais de previ-
dência social deverão integrar-se à direção correspondente do Sistema Único 
de Saúde (SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem como quaisquer ou-
tros órgãos e serviços de saúde.
§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde 
das Forças Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), 
conforme se dispuser em convênio que, para esse fim, for firmado.
Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá mecanismos de 
incentivos à participação do setor privado no investimento em ciência e tecno-
logia e estimulará a transferência de tecnologia das universidades e institutos 
de pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, 
e às empresas nacionais.
Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e 
municipais do Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos, 
um sistema nacional de informações em saúde, integrado em todo o território 
nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços.
Art. 48. (Vetado).
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
48
Art. 49. (Vetado).
Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os Municípios, celebra-
dos para implantação dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, 
ficarão rescindidos à proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo Sis-
tema Único de Saúde (SUS).
Art. 51. (Vetado).
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de em-
prego irregular de verbas ou rendas públicas (Código Penal, art. 315) a utili-
zação de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em finalida-
des diversas das previstas nesta lei.
Art. 53. (Vetado).
Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de 
apoio à assistência à saúde são aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de 
genética humana, produção e fornecimento de medicamentos e produtos para 
saúde, laboratórios de analises clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico 
por imagem e são livres à participação direta ou indireta de empresas ou de 
capitais estrangeiros. (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 55. São revogadas a Lei n. 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei n. 
6.229, de 17 de julho de 1975, e demais disposições em contrário.
Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
Este texto não substitui o publicado no DOU de 20.9.1990*
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art315
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L2312.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6229.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6229.htm
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
49
DECRETO N. 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011
Regulamenta a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor 
sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planeja-
mento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, 
e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o 
art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei n. 8.080, 
19 de setembro de 1990,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 
1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o 
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa.
Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se:
I – Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupa-
mentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, 
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de trans-
portes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planeja-
mento e a execução de ações e serviços de saúde;
II – Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colabora-
ção firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar 
as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com de-
finição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de ava-
liação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma 
de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à 
implementação integrada das ações e serviços de saúde;
III – Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usu-
ário no SUS;
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8080.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8080.htm
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
50
IV – Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os 
entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS;
V – Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos hu-
manos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa 
privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos 
e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema;
VI – Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde ar-
ticulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir 
a integralidade da assistência à saúde;
VII – Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos 
para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação labo-
ral, necessita de atendimento especial; e
VIII – Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que estabelece: 
critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento 
preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando 
couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o 
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem segui-
dos pelos gestores do SUS.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Art. 3º O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de pro-
moção, proteção e recuperação da saúde executados pelos entes federativos, 
de forma direta ou indireta,mediante a participação complementar da inicia-
tiva privada, sendo organizado de forma regionalizada e hierarquizada.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
51
Seção I
Das Regiões de Saúde
Art. 4º As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em articulação 
com os Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão 
Intergestores Tripartite - CIT a que se refere o inciso I do art. 30.
§ 1º Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interestaduais, compostas 
por Municípios limítrofes, por ato conjunto dos respectivos Estados em articu-
lação com os Municípios.
§ 2º A instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas de fronteira com 
outros países deverá respeitar as normas que regem as relações internacionais.
Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, 
ações e serviços de:
I – atenção primária;
II – urgência e emergência;
III – atenção psicossocial;
IV – atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e
V – vigilância em saúde.
Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde observará cronogra-
ma pactuado nas Comissões Intergestores.
Art. 6º As Regiões de Saúde serão referência para as transferências de 
recursos entre os entes federativos.
Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito 
de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes 
pactuadas nas Comissões Intergestores.
Parágrafo único. Os entes federativos definirão os seguintes elementos em 
relação às Regiões de Saúde:
I – seus limites geográficos;
II – população usuária das ações e serviços;
III – rol de ações e serviços que serão ofertados; e
IV – respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e escala 
para conformação dos serviços.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
52
Seção II
Da Hierarquização
Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de 
saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regio-
nalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço.
Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes 
de Atenção à Saúde os serviços:
I – de atenção primária;
II – de atenção de urgência e emergência;
III – de atenção psicossocial; e
IV – especiais de acesso aberto.
Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo com o pactuado 
nas Comissões Intergestores, os entes federativos poderão criar novas Portas 
de Entrada às ações e serviços de saúde, considerando as características da 
Região de Saúde.
Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais especiali-
zados, entre outros de maior complexidade e densidade tecnológica, serão 
referenciados pelas Portas de Entrada de que trata o art. 9º.
Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saú-
de será ordenado pela atenção primária e deve ser fundado na avaliação da 
gravidade do risco individual e coletivo e no critério cronológico, observadas 
as especificidades previstas para pessoas com proteção especial, conforme 
legislação vigente.
Parágrafo único. A população indígena contará com regramentos diferen-
ciados de acesso, compatíveis com suas especificidades e com a necessidade 
de assistência integral à sua saúde, de acordo com disposições do Ministé-
rio da Saúde.
Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado em saúde, 
em todas as suas modalidades, nos serviços, hospitais e em outras unidades 
integrantes da rede de atenção da respectiva região.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
53
Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as regras de continui-
dade do acesso às ações e aos serviços de saúde na respectiva área de atuação.
Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal, igualitário e or-
denado às ações e serviços de saúde do SUS, caberá aos entes federativos, 
além de outras atribuições que venham a ser pactuadas pelas Comissões In-
tergestores:
I – garantir a transparência, a integralidade e a equidade no acesso às 
ações e aos serviços de saúde;
II – orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de saúde;
III – monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde; e
IV – ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde.
Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios, diretrizes, procedi-
mentos e demais medidas que auxiliem os entes federativos no cumprimento 
das atribuições previstas no art. 13.
CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
Art. 15. O processo de planejamento da saúde será ascendente e integra-
do, do nível local até o federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde, 
compatibilizando-se as necessidades das políticas de saúde com a disponibi-
lidade de recursos financeiros.
§ 1º O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e será 
indutor de políticas para a iniciativa privada.
§ 2º A compatibilização de que trata o caput será efetuada no âmbito dos 
planos de saúde, os quais serão resultado do planejamento integrado dos en-
tes federativos, e deverão conter metas de saúde.
§ 3º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem 
observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo com as caracte-
rísticas epidemiológicas e da organização de serviços nos entes federativos e 
nas Regiões de Saúde.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
54
Art. 16. No planejamento devem ser considerados os serviços e as ações 
prestados pela iniciativa privada, de forma complementar ou não ao SUS, os 
quais deverão compor os Mapas da Saúde regional, estadual e nacional.
Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades 
de saúde e orientará o planejamento integrado dos entes federativos, contri-
buindo para o estabelecimento de metas de saúde.
Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser realizado 
de maneira regionalizada, a partir das necessidades dos Municípios, conside-
rando o estabelecimento de metas de saúde.
Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite - CIB de que trata 
o inciso II do art. 30 pactuar as etapas do processo e os prazos do planeja-
mento municipal em consonância com os planejamentos estadual e nacional.
CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se inicia e se completa na 
Rede de Atenção à Saúde, mediante referenciamento do usuário na rede re-
gional e interestadual, conforme pactuado nas Comissões Intergestores.
Seção I
Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES
Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES 
compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para 
atendimento da integralidade da assistência à saúde.
Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em âmbito na-
cional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e 
publicará as atualizações da RENASES.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
55
Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios pactuarão 
nas respectivas Comissões Intergestores as suas responsabilidades em rela-
ção ao rol de ações e serviços constantes da RENASES.
Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar 
relações específicas e complementares de ações e serviços de saúde, em con-
sonância com a RENASES, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo 
seu financiamento, de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.
Seção II
Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME
Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME com-
preende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendi-
mento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS.
Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do Formulário Terapêutico 
Nacional - FTN que subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus 
medicamentos.Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente para dispor sobre a 
RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacio-
nal, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e 
publicará as atualizações da RENAME, do respectivo FTN e dos Protocolos Clí-
nicos e Diretrizes Terapêuticas.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualiza-
ções: (Redação dada pelo Decreto n. 11.161, de 2022) Vigência
I – da RENAME, a cada dois anos, e disponibilizará, nesse prazo, a lis-
ta de tecnologias incorporadas, excluídas e alteradas pela CONITEC e com 
a responsabilidade de financiamento pactuada de forma tripartite, até que 
haja a consolidação da referida lista; (Incluído pelo Decreto n. 11.161, de 
2022) Vigência
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art5
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
56
II – do FTN, à medida que sejam identificadas novas evidências sobre 
as tecnologias constantes na RENAME vigente; e (Incluído pelo Decreto n. 
11.161, de 2022) Vigência
III – de protocolos clínicos ou de diretrizes terapêuticas, quando da incor-
poração, alteração ou exclusão de tecnologias em saúde no SUS e da existên-
cia de novos estudos e evidências científicas identificados a partir de revisões 
periódicas da literatura relacionada aos seus objetos. (Incluído pelo Decreto 
n. 11.161, de 2022) Vigência
Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar rela-
ções específicas e complementares de medicamentos, em consonância com a 
RENAME, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de 
medicamentos, de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.
Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pres-
supõe, cumulativamente:
I – estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS;
II – ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exer-
cício regular de suas funções no SUS;
III – estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos 
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica complementar 
estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e
IV – ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS.
§ 1º Os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistên-
cia farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem.
§ 2º O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras diferenciadas de 
acesso a medicamentos de caráter especializado.
Art. 29. A RENAME e a relação específica complementar estadual, distrital 
ou municipal de medicamentos somente poderão conter produtos com regis-
tro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11161.htm#art5
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
57
CAPÍTULO V
DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
Seção I
Das Comissões Intergestores
Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a organização e o funcio-
namento das ações e serviços de saúde integrados em redes de atenção à 
saúde, sendo:
I – a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da Saúde para efei-
tos administrativos e operacionais;
II – a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde 
para efeitos administrativos e operacionais; e
III – a Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito regional, vincu-
lada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacio-
nais, devendo observar as diretrizes da CIB.
Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores públicos de saúde po-
derão ser representados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde - 
CONASS, pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONA-
SEMS e pelo Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS.
Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão:
I – aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão com-
partilhada do SUS, de acordo com a definição da política de saúde dos entes 
federativos, consubstanciada nos seus planos de saúde, aprovados pelos res-
pectivos conselhos de saúde;
II – diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração de limites geo-
gráficos, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à inte-
gração das ações e serviços de saúde entre os entes federativos;
III – diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interestadual, a res-
peito da organização das redes de atenção à saúde, principalmente no tocante 
à gestão institucional e à integração das ações e serviços dos entes federativos;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
58
IV – responsabilidades dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, 
de acordo com o seu porte demográfico e seu desenvolvimento econômico-
-financeiro, estabelecendo as responsabilidades individuais e as solidárias; e
V – referências das regiões intraestaduais e interestaduais de atenção à 
saúde para o atendimento da integralidade da assistência.
Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a pactuação:
I – das diretrizes gerais para a composição da RENASES;
II – dos critérios para o planejamento integrado das ações e serviços de 
saúde da Região de Saúde, em razão do compartilhamento da gestão; e
III – das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões operacio-
nais das Regiões de Saúde situadas em fronteiras com outros países, respei-
tadas, em todos os casos, as normas que regem as relações internacionais.
Seção II
Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes federativos para a orga-
nização da rede interfederativa de atenção à saúde será firmado por meio de 
Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.
Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde é a 
organização e a integração das ações e dos serviços de saúde, sob a respon-
sabilidade dos entes federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade 
de garantir a integralidade da assistência aos usuários.
Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde resul-
tará da integração dos planos de saúde dos entes federativos na Rede de Aten-
ção à Saúde, tendo como fundamento as pactuações estabelecidas pela CIT.
Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde definirá as 
responsabilidades individuais e solidárias dos entes federativos com relação 
às ações e serviços de saúde, os indicadores e as metas de saúde, os critérios 
de avaliação de desempenho, os recursos financeiros que serão disponibiliza-
dos, a forma de controle e fiscalização da sua execução e demais elementos 
necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
59
§ 1º O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais de garantia de 
acesso às ações e aos serviços de saúde no âmbito do SUS, a partir de dire-
trizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde.
§ 2º O desempenho aferido a partir dos indicadores nacionais de garantia 
de acesso servirá como parâmetro para avaliação do desempenho da pres-
tação das ações e dos serviços definidosno Contrato Organizativo de Ação 
Pública de Saúde em todas as Regiões de Saúde, considerando-se as especi-
ficidades municipais, regionais e estaduais.
Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde conterá as 
seguintes disposições essenciais:
I – identificação das necessidades de saúde locais e regionais;
II – oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção, proteção 
e recuperação da saúde em âmbito regional e inter-regional;
III – responsabilidades assumidas pelos entes federativos perante a po-
pulação no processo de regionalização, as quais serão estabelecidas de forma 
individualizada, de acordo com o perfil, a organização e a capacidade de pres-
tação das ações e dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde;
IV – indicadores e metas de saúde;
V – estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde;
VI – critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento 
permanente;
VII – adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em rela-
ção às atualizações realizadas na RENASES;
VIII – investimentos na rede de serviços e as respectivas responsa-
bilidades; e
IX – recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos par-
tícipes para sua execução.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir formas de incen-
tivo ao cumprimento das metas de saúde e à melhoria das ações e servi-
ços de saúde.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
60
Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as 
seguintes diretrizes básicas para fins de garantia da gestão participativa:
I – estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário 
das ações e dos serviços, como ferramenta de sua melhoria;
II – apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e
III – publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as 
unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele partici-
pem de forma complementar.
Art. 38. A humanização do atendimento do usuário será fator determi-
nante para o estabelecimento das metas de saúde previstas no Contrato Or-
ganizativo de Ação Pública de Saúde.
Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do Contrato Organizativo de 
Ação Pública de Saúde serão pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de 
Saúde Estadual coordenar a sua implementação.
Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS, por meio de 
serviço especializado, fará o controle e a fiscalização do Contrato Organizati-
vo de Ação Pública da Saúde.
§ 1º O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do art. 4º da Lei 
n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, conterá seção específica relativa aos 
compromissos assumidos no âmbito do Contrato Organizativo de Ação Públi-
ca de Saúde.
§ 2º O disposto neste artigo será implementado em conformidade com as 
demais formas de controle e fiscalização previstas em Lei.
Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a execução do Contrato 
Organizativo de Ação Pública de Saúde, em relação ao cumprimento das metas 
estabelecidas, ao seu desempenho e à aplicação dos recursos disponibilizados.
Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre o Contrato Organizati-
vo de Ação Pública de Saúde no sistema de informações em saúde organizado 
pelo Ministério da Saúde e os encaminhará ao respectivo Conselho de Saúde 
para monitoramento.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm#art4iv
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm#art4iv
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
61
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais, o Ministério da Saú-
de informará aos órgãos de controle interno e externo:
I – o descumprimento injustificado de responsabilidades na prestação de 
ações e serviços de saúde e de outras obrigações previstas neste Decreto;
II – a não apresentação do Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV 
do art. 4º da Lei n. 8.142, de 1990;
III – a não aplicação, malversação ou desvio de recursos financeiros; e
IV – outros atos de natureza ilícita de que tiver conhecimento.
Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas as ações e serviços 
de saúde que na data da publicação deste Decreto são ofertados pelo SUS à 
população, por meio dos entes federados, de forma direta ou indireta.
Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes de que 
trata o § 3º do art. 15 no prazo de cento e oitenta dias a partir da publicação 
deste Decreto.
Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 28 de junho de 2011; 190º da Independência e 123º da República.
DILMA ROUSSEFF
Alexandre Rocha Santos Padilha
Este texto não substitui o publicado no DOU de 29.6.2011
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm#art4iv
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8142.htm#art4iv
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
62
LEI N. 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990
Vide Lei n. 8.689, de 1993
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde 
(SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na 
área da saúde e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n. 8.080, de 
19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo 
das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I – a Conferência de Saúde; e 
II - o Conselho de Saúde.
§ 1º A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a re-
presentação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde 
e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis cor-
respondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por 
esta ou pelo Conselho de Saúde.
§ 2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão 
colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, 
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no 
controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclu-
sive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologa-
das pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
§ 3º O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho 
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representa-
ção no Conselho Nacional de Saúde.
§ 4º A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências 
será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 8.142-1990?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8689.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
63
§ 5º As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organi-
zação e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas 
pelo respectivo conselho.
Art. 2º Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alo-
cados como:
I – despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e 
entidades, da administração direta e indireta;
II – investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder 
Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;
III – investimentos previstos no Plano Qüinquenal do Ministério da Saúde;
IV – cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pe-
los Municípios, Estados e Distrito Federal.
Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-
-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambula-
torial e hospitalar e às demais ações de saúde.
Art. 3º Os recursos referidos no inciso IV do art. 2º desta lei serão repas-sados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito 
Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n. 8.080, de 
19 de setembro de 1990.
§ 1º Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos 
no art. 35 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o 
repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1º do mes-
mo artigo. (Vide Lei n. 8.080, de 1990)
§ 2º Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos se-
tenta por cento, aos Municípios, afetando- se o restante aos Estados.
§ 3º Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações 
e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no 
inciso IV do art. 2º desta lei.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art35%C2%A71
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
64
Art. 4º Para receberem os recursos, de que trata o art. 3º desta lei, os 
Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I – Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decre-
to n. 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III – plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4º do 
art. 33 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990;
V – contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI – Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários 
(PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, 
ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará 
em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pe-
los Estados ou pela União.
Art. 5º É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de Estado, 
autorizado a estabelecer condições para aplicação desta lei.
Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169º da Independência e 102º da 
República.
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
Este texto não substitui o publicado no DOU de 31.12.1990*
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D99438.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D99438.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art33%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art33%C2%A74
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
65
RESOLUÇÃO N. 453, DE 10 DE MAIO DE 2012
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Ducentésima Trigésima 
Terceira Reunião Ordinária, realizada nos dias 9 e 10 de maio de 2012, no uso 
de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei n. 8.080, 
de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, 
e pelo Decreto n. 5.839, de 11 de julho de 2006, e
Considerando os debates ocorridos nos Conselhos de Saúde, nas três es-
feras de Governo, na X Plenária Nacional de Conselhos de Saúde, nas Plená-
rias Regionais e Estaduais de Conselhos de Saúde, nas 9a, 10a e 11a Confe-
rências Nacionais de Saúde, e nas Conferências Estaduais, do Distrito Federal 
e Municipais de Saúde;
Considerando a experiência acumulada do Controle Social da Saúde à ne-
cessidade de aprimoramento do Controle Social da Saúde no âmbito nacional 
e as reiteradas demandas dos Conselhos Estaduais e Municipais referentes 
às propostas de composição, organização e funcionamento, conforme o § 5º 
inciso II art. 1º da Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;
Considerando a ampla discussão da Resolução do CNS no 333/92 realiza-
da nos espaços de Controle Social, entre os quais se destacam as Plenárias 
de Conselhos de Saúde;
Considerando os objetivos de consolidar, fortalecer, ampliar e acelerar o 
processo de Controle Social do SUS, por intermédio dos Conselhos Nacio-
nal, Estaduais, Municipais, das Conferências de Saúde e Plenárias de Conse-
lhos de Saúde;
Considerando que os Conselhos de Saúde, consagrados pela efetiva par-
ticipação da sociedade civil organizada, representam polos de qualificação de 
cidadãos para o Controle Social nas esferas da ação do Estado; e
Considerando o que disciplina a Lei Complementar n. 141, de 13 de janei-
ro de 2012, e o Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamentam 
a Lei Orgânica da Saúde, resolve:
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
66
Aprovar as seguintes diretrizes para instituição, reformulação, reestrutu-
ração e funcionamento dos Conselhos de Saúde:
DA DEFINIÇÃO DE CONSELHO DE SAÚDE Primeira Diretriz:
o Conselho de Saúde é uma instância colegiada, deliberativa e permanen-
te do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de Governo, integrante 
da estrutura organizacional do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com composição, organiza-
ção e competência fixadas na Lei n. 8.142/90. O processo bem-sucedido de 
descentralização da saúde promoveu o surgimento de Conselhos Regionais, 
Conselhos Locais, Conselhos Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos dos 
Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a coordenação dos Conselhos de 
Saúde da esfera correspondente. Assim, os Conselhos de Saúde são espaços 
instituídos de participação da comunidade nas políticas públicas e na admi-
nistração da saúde.
Parágrafo único. Como Subsistema da Seguridade Social, o Conselho de Saú-
de atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da execução 
das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros.
DA INSTITUIÇÃO E REFORMULAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Segunda Diretriz: a instituição dos Conselhos de Saúde é estabelecida 
por lei federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, obedecida a Lei 
n. 8.142/90.
Parágrafo único. Na instituição e reformulação dos Conselhos de Saúde o 
Poder Executivo, respeitando os princípios da democracia, deverá acolher as 
demandas da população aprovadas nas Conferências de Saúde, e em conso-
nância com a legislação.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
67
A ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Terceira Diretriz: a participação da sociedade organizada, garantida na 
legislação, torna os Conselhos de Saúde uma instância privilegiada na propo-
sição, discussão, acompanhamento, deliberação, avaliação e fiscalização da 
implementação da Política de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos 
e financeiros. A legislação estabelece, ainda, a composição paritária de usu-
ários em relação ao conjunto dos demais segmentos representados. O Con-
selho de Saúde será composto por representantes de entidades, instituições 
e movimentos representativos de usuários, de entidades representativas de 
trabalhadores da área da saúde, do governo e de entidades representativas 
de prestadores de serviços de saúde, sendo o seu presidente eleito entre os 
membros do Conselho, em reunião plenária. Nos Municípios onde não exis-
tem entidades, instituições e movimentos organizados em número suficiente 
para compor o Conselho, a eleição da representação será realizada em ple-
nária no Município, promovida pelo Conselho Municipal de maneira ampla e 
democrática.
I – O número de conselheiros será definido pelos Conselhos de Saúde e 
constituído em lei.
II – Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e 333/03 do CNS e 
consoante com as Recomendações da 10a e 11a Conferências Nacionais de 
Saúde, as vagas deverão ser distribuídas da seguinte forma:
a)50% de entidadese movimentos representativos de usuários;
b)25% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde;
c)25% de representação de governo e prestadores de serviços privados 
conveniados, ou sem fins lucrativos.
III – A participação de órgãos, entidades e movimentos sociais terá como 
critério a representatividade, a abrangência e a complementaridade do con-
junto da sociedade, no âmbito de atuação do Conselho de Saúde. De acordo 
com as especificidades locais, aplicando o princípio da paridade, serão con-
templadas, dentre outras, as seguintes representações:
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
68
a)associações de pessoas com patologias;
b)associações de pessoas com deficiências;
c)entidades indígenas;
d)movimentos sociais e populares, organizados (movimento ne-
gro, LGBT...);
e)movimentos organizados de mulheres, em saúde;
f)entidades de aposentados e pensionistas;
g)entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais, confederações 
e federações de trabalhadores urbanos e rurais;
h)entidades de defesa do consumidor;
i)organizações de moradores;
j)entidades ambientalistas;
k)organizações religiosas;
l)trabalhadores da área de saúde: associações, confederações, conselhos 
de profissões regulamentadas, federações e sindicatos, obedecendo as ins-
tâncias federativas;
m)comunidade científica;
n)entidades públicas, de hospitais universitários e hospitais campo de es-
tágio, de pesquisa e desenvolvimento;
o)entidades patronais;
p)entidades dos prestadores de serviço de saúde; e
q)governo.
IV – As entidades, movimentos e instituições eleitas no Conselho de Saúde 
terão os conselheiros indicados, por escrito, conforme processos estabeleci-
dos pelas respectivas entidades, movimentos e instituições e de acordo com 
a sua organização, com a recomendação de que ocorra renovação de seus 
representantes.
V – Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de representações 
de usuários, trabalhadores e prestadores de serviços, ao seu critério, promo-
vam a renovação de, no mínimo, 30% de suas entidades representativas.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
69
VI – A representação nos segmentos deve ser distinta e autônoma em 
relação aos demais segmentos que compõem o Conselho, por isso, um profis-
sional com cargo de direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como pres-
tador de serviços de saúde não pode ser representante dos(as) Usuários(as) 
ou de Trabalhadores(as).
VII – A ocupação de funções na área da saúde que interfiram na autono-
mia representativa do Conselheiro(a) deve ser avaliada como possível im-
pedimento da representação de Usuário(a) e Trabalhador( a), e, a juízo da 
entidade, indicativo de substituição do Conselheiro( a).
VIII – A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, represen-
tação do Poder Judiciário e do Ministério Público, como conselheiros, não é 
permitida nos Conselhos de Saúde.
IX – Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em ativida-
de no Município, caberá ao Conselho Estadual de Saúde assumir, junto ao 
executivo municipal, a convocação e realização da Conferência Municipal de 
Saúde, que terá como um de seus objetivos a estruturação e composição do 
Conselho Municipal. O mesmo será atribuído ao Conselho Nacional de Saúde, 
quando não houver Conselho
Estadual de Saúde constituído ou em funcionamento.
X – As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão remu-
neradas, considerando-se o seu exercício de relevância pública e, portanto, 
garante a dispensa do trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de 
justificativa junto aos órgãos, entidades competentes e instituições, o Con-
selho de Saúde emitirá declaração de participação de seus membros duran-
te o período das reuniões, representações, capacitações e outras atividades 
específicas.
XI – O conselheiro, no exercício de sua função, responde pelos seus atos 
conforme legislação vigente.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
70
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Quarta Diretriz: as três esferas de Governo garantirão autonomia admi-
nistrativa para o pleno funcionamento do Conselho de Saúde, dotação orça-
mentária, autonomia financeira e organização da secretaria-executiva com a 
necessária infraestrutura e apoio técnico:
I – cabe ao Conselho de Saúde deliberar em relação à sua estrutura admi-
nistrativa e o quadro de pessoal;
II – o Conselho de Saúde contará com uma secretaria-executiva coorde-
nada por pessoa preparada para a função, para o suporte técnico e admi-
nistrativo, subordinada ao Plenário do Conselho de Saúde, que definirá sua 
estrutura e dimensão;
III – o Conselho de Saúde decide sobre o seu orçamento;
IV – o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no mínimo, a cada mês e, 
extraordinariamente, quando necessário, e terá como base o seu Regimento 
Interno. A pauta e o material de apoio às reuniões devem ser encaminhados 
aos conselheiros com antecedência mínima de 10 (dez) dias;
V – as reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde são abertas ao público 
e deverão acontecer em espaços e horários que possibilitem a participação 
da sociedade;
VI – o Conselho de Saúde exerce suas atribuições mediante o funciona-
mento do Plenário, que, além das comissões intersetoriais, estabelecidas na 
Lei n. 8.080/90, instalará outras comissões intersetoriais e grupos de traba-
lho de conselheiros para ações transitórias.As comissões poderão contar com 
integrantes não conselheiros;
VII – o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa Diretora eleita em Plená-
rio, respeitando a paridade expressa nesta Resolução;
VIII – as decisões do Conselho de Saúde serão adotadas mediante quórum 
mínimo (metade mais um) dos seus integrantes, ressalvados os casos regi-
mentais nos quais se exija quórum especial, ou maioria qualificada de votos;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
71
a) entende-se por maioria simples o número inteiro imediatamente supe-
rior à metade dos membros presentes;
b) entende-se por maioria absoluta o número inteiro imediatamente supe-
rior à metade de membros do Conselho;
c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois terços) do total de mem-
bros do Conselho;
IX – qualquer alteração na organização dos Conselhos de Saúde preser-
vará o que está garantido em lei e deve ser proposta pelo próprio Conselho 
e votada em reunião plenária, com quórum qualificado, para depois ser al-
terada em seu Regimento Interno e homologada pelo gestor da esfera cor-
respondente;
X – a cada três meses, deverá constar dos itens da pauta o pronuncia-
mento do gestor, das respectivas esferas de governo, para que faça a presta-
ção de contas, em relatório detalhado, sobre andamento do plano de saúde, 
agenda da saúde pactuada, relatório de gestão, dados sobre o montante e a 
forma de aplicação dos recursos, as auditorias iniciadas e concluídas no perí-
odo, bem como a produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria, 
contratada ou conveniada, de acordo com o art. 12 da Lei n. 8.689/93 e com 
a Lei Complementar n. 141/2012;
XI – os Conselhos de Saúde, com a devida justificativa, buscarão auditorias 
externas e independentes sobre as contas e atividades do Gestor do SUS; e
XII – o Pleno do Conselho de Saúde deverá manifestar-se por meio de re-
soluções, recomendações, moções e outros atos deliberativos.
As resoluções serão obrigatoriamente homologadas pelo chefe do poder 
constituído em cada esfera de governo, em um prazo de 30 (trinta) dias, 
dando-se-lhes publicidade oficial. Decorrido o prazo mencionado e não sendo 
homologada a resolução e nem enviada justificativa pelo gestor ao Conselho 
de Saúde com proposta de alteração ou rejeição a ser apreciada na reunião 
seguinte, as entidades que integram o Conselho de Saúde podem buscar a 
validação das resoluções, recorrendo à justiça e ao Ministério Público, quando 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS72
necessário. Quinta Diretriz: aos Conselhos de Saúde Nacional, Estaduais, Mu-
nicipais e do Distrito Federal, que têm competências definidas nas leis fede-
rais, bem como em indicações advindas das Conferências de Saúde, compete:
I – fortalecer a participação e o Controle Social no SUS, mobilizar e articu-
lar a sociedade de forma permanente na defesa dos princípios constitucionais 
que fundamentam o SUS;
II – elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras normas de fun-
cionamento;
III – discutir, elaborar e aprovar propostas de operacionalização das dire-
trizes aprovadas pelas Conferências de Saúde;
IV – atuar na formulação e no controle da execução da política de saúde, 
incluindo os seus aspectos econômicos e financeiros, e propor estratégias 
para a sua aplicação aos setores público e privado;
V – definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde e deliberar so-
bre o seu conteúdo, conforme as diversas situações epidemiológicas e a ca-
pacidade organizacional dos serviços;
VI – anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do relatório de gestão;
VII – estabelecer estratégias e procedimentos de acompanhamento da 
gestão do SUS, articulando-se com os demais colegiados, a exemplo dos de 
seguridade social, meio ambiente, justiça, educação, trabalho, agricultura, 
idosos, criança e adolescente e outros;
VIII – proceder à revisão periódica dos planos de saúde;
IX – deliberar sobre os programas de saúde e aprovar projetos a serem 
encaminhados ao Poder Legislativo, propor a adoção de critérios definidores 
de qualidade e resolutividade, atualizando-os face ao processo de incorpora-
ção dos avanços científicos e tecnológicos na área da Saúde;
X – a cada quadrimestre deverá constar dos itens da pauta o pronuncia-
mento do gestor, das respectivas esferas de governo, para que faça a presta-
ção de contas, em relatório detalhado, sobre andamento do plano de saúde, 
agenda da saúde pactuada, relatório de gestão, dados sobre o montante e a 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
73
forma de aplicação dos recursos, as auditorias iniciadas e concluídas no perí-
odo, bem como a produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria, 
contratada ou conveniada, de acordo com a Lei Complementar n. 141/2012.
XI – avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o funcio-
namento do Sistema Único de Saúde do SUS;
XII – avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e convênios, conforme 
as diretrizes dos Planos de Saúde Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e 
Municipais;
XIII – acompanhar e controlar a atuação do setor privado credenciado 
mediante contrato ou convênio na área de saúde;
XIV – aprovar a proposta orçamentária anual da saúde, tendo em vista 
as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ob-
servado o princípio do processo de planejamento e orçamento ascendentes, 
conforme legislação vigente;
XV – propor critérios para programação e execução financeira e orça-
mentária dos Fundos de Saúde e acompanhar a movimentação e destino 
dos recursos;
XVI – fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de movimen-
tação de recursos da Saúde, incluindo o Fundo de Saúde e os recursos trans-
feridos e próprios do Município, Estado, Distrito Federal e da União, com base 
no que a lei disciplina;
XVII – analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, com a prestação 
de contas e informações financeiras, repassadas em tempo hábil aos conse-
lheiros, e garantia do devido assessoramento;
XVIII – fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e dos ser-
viços de saúde e encaminhar denúncias aos respectivos órgãos de controle 
interno e externo, conforme legislação vigente;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
74
XIX – examinar propostas e denúncias de indícios de irregularidades, res-
ponder no seu âmbito a consultas sobre assuntos pertinentes às ações e aos 
serviços de saúde, bem como apreciar recursos a respeito de deliberações do 
Conselho nas suas respectivas instâncias;
XX – estabelecer a periodicidade de convocação e organizar as Conferên-
cias de Saúde, propor sua convocação ordinária ou extraordinária e estruturar 
a comissão organizadora, submeter o respectivo regimento e programa ao 
Pleno do Conselho de Saúde correspondente, convocar a sociedade para a 
participação nas pré-conferências e conferências de saúde;
XXI – estimular articulação e intercâmbio entre os Conselhos de Saúde, 
entidades, movimentos populares, instituições públicas e privadas para a pro-
moção da Saúde;
XXII – estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas sobre assuntos e 
temas na área de saúde pertinente ao desenvolvimento do Sistema Único de 
Saúde (SUS);
XXIII – acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação cien-
tífica e tecnológica, observados os padrões éticos compatíveis com o desen-
volvimento sociocultural do País;
XXIV – estabelecer ações de informação, educação e comunicação em 
saúde, divulgar as funções e competências do Conselho de Saúde, seus tra-
balhos e decisões nos meios de comunicação, incluindo informações sobre as 
agendas, datas e local das reuniões e dos eventos;
XXV – deliberar, elaborar, apoiar e promover a educação permanente para 
o controle social, de acordo com as Diretrizes e a Política Nacional de Educa-
ção Permanente para o Controle Social do SUS;
XXVI – incrementar e aperfeiçoar o relacionamento sistemático com os 
poderes constituídos, Ministério Público, Judiciário e Legislativo, meios de co-
municação, bem como setores relevantes não representados nos conselhos;
XXVII – acompanhar a aplicação das normas sobre ética em pesquisas 
aprovadas pelo CNS;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
75
XXVIII – deliberar, encaminhar e avaliar a Política de Gestão do Trabalho 
e Educação para a Saúde no SUS;
XXIX – acompanhar a implementação das propostas constantes do relató-
rio das plenárias dos Conselhos de Saúde; e
XXX – atualizar periodicamente as informações sobre o Conselho de Saú-
de no Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde (SIACS).
Fica revogada a Resolução do CNS no 333, de 4 de novembro de 2003.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Presidente do Conselho Homologo a Resolução CNS no 453, de 10 de maio 
de 2012, nos termos do Decreto n. 5.839, de 11 de julho de 2006.
ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Ministro de Estado da Saúde
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
76
PORTARIA N. 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão 
de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sis-
tema Único de Saúde (SUS).
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe con-
ferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando a Lei n. 8.080, de 19 de setembro 1990, que dispõe sobre 
as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organiza-
ção e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providên-
cias, considerando:
Considerando a experiência acumulada do Controle Social da Saúde à ne-
cessidade de aprimoramento do Controle Social da Saúde no âmbito nacional 
e as reiteradas demandas dos Conselhos Estaduais e Municipais referentes às 
propostas de composição, organização e funcionamento, conforme o art. 1º, 
§ 2º, da Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;
Considerando a Portaria n. 971/GM/MS, de 3 de maio de 2006, que apro-
va a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no 
Sistema Único de Saúde;
Considerando a Portaria n. 2.715/GM/MS, de 17 de novembro de 2011, 
que atualiza a Política Nacional de Alimentação e Nutrição;
Considerando a Portaria Interministerial N. 1, de 2 de janeiro de 2014, que 
institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas 
de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) no âmbito do Sistema Único de 
Saúde(SUS);
Considerando as Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal;
Considerando a Lei n. 12.871, de 22 de outubro de 2013, que Institui o 
Programa Mais Médicos, alterando a Lei n. 8.745, de 9 de dezembro de 1993, 
e a Lei n. 6.932, de 7 de julho de 1981;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
77
Considerando o Decreto n. 7.508, de 21 de junho de 2011, que regula-
menta a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a or-
ganização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a 
assistência à saúde, e a articulação interfederativa;
Considerando a Portaria n. 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2007, que 
regulamenta o financiamento e a transferência de recursos federais para as 
ações e serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com respec-
tivo monitoramento e controle;
Considerando a Portaria n. 687, de 30 de março de 2006, que aprova a 
Política de Promoção da Saúde;
Considerando a Portaria n. 4.279, de 30 de dezembro de 2010, que esta-
belece diretrizes para a organização da Rede de Aten- ção à Saúde no âmbito 
do Sistema Único de Saúde (SUS);
Considerando a Resolução CIT N. 21, de 27 de julho de 2017 Consulta 
Pública sobre a proposta de revisão da Política Nacional de Atenção Básica 
(PNAB). agosto de 2017; e
Considerando a pactuação na Reunião da Comissão Intergestores Triparti-
te do dia 31 de agosto de 2017, resolve:
Art. 1º Esta Portaria aprova a Política Nacional de Atenção Básica - PNAB, 
com vistas à revisão da regulamentação de implantação e operacionalização 
vigentes, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, estabelecendo-se as 
diretrizes para a organização do componente Atenção Básica, na Rede de 
Atenção à Saúde - RAS.
Parágrafo único. A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos 
Atenção Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concep-
ções, como termos equivalentes, de forma a associar a ambas os princípios e 
as diretrizes definidas neste documento.
Art. 2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, fami-
liares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, 
tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
78
saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão quali-
ficada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em terri-
tório definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.
§1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comu-
nicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços 
disponibilizados na rede.
§ 2º A Atenção Básica será ofertada integralmente e gratuitamente a to-
das as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território, 
considerando os determinantes e condicionantes de saúde.
§ 3º É proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, 
etnia, crença, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, estado 
de saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectu-
al, funcional e outras.
§ 4º Para o cumprimento do previsto no § 3º, serão adotadas estratégias 
que permitam minimizar desigualdades/iniquidades, de modo a evitar exclu-
são social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação, 
de maneira que impacte na autonomia e na situação de saúde.
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operaciona-
lizados na Atenção Básica:
I – Princípios:
a) Universalidade;
b) Equidade; e
c) Integralidade.
II – Diretrizes:
a) Regionalização e Hierarquização:
b) Territorialização;
c) População Adscrita;
d) Cuidado centrado na pessoa;
e) Resolutividade;
f) Longitudinalidade do cuidado;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
79
g) Coordenação do cuidado;
h) Ordenação da rede; e
i) Participação da comunidade.
Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para 
expansão e consolidação da Atenção Básica.
Parágrafo único. Serão reconhecidas outras estratégias de Atenção Bási-
ca, desde que observados os princípios e diretrizes previstos nesta portaria e 
tenham caráter transitório, devendo ser estimulada sua conversão em Estra-
tégia Saúde da Família.
Art. 5º A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é con-
dição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de 
saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde e visa es-
tabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes, os riscos 
e danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade.
Art. 6º Todos os estabelecimentos de saúde que prestem ações e serviços 
de Atenção Básica, no âmbito do SUS, de acordo com esta portaria serão de-
nominados Unidade Básica de Saúde - UBS. Parágrafo único. Todas as UBS são 
consideradas potenciais espaços de educação, formação de recursos humanos, 
pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a RAS.
CAPÍTULO I
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 7º São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo:
I – contribuir para a reorientação do modelo de atenção e de gestão com 
base nos princípios e nas diretrizes contidas nesta portaria;
II – apoiar e estimular a adoção da Estratégia Saúde da Família - ESF 
como estratégia prioritária de expansão, consolidação e qualificação da Aten-
ção Básica;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
80
III – garantir a infraestrutura adequada e com boas condições para o fun-
cionamento das UBS, garantindo espaço, mobiliário e equipamentos, além de 
acessibilidade de pessoas com deficiência, de acordo com as normas vigentes;
IV – contribuir com o financiamento tripartite para fortalecimento da Aten-
ção Básica;
V – assegurar ao usuário o acesso universal, equânime e ordenado às 
ações e serviços de saúde do SUS, além de outras atribuições que venham a 
ser pactuadas pelas Comissões Intergestores;
VI – estabelecer, nos respectivos Planos Municipais, Estaduais e Nacio-
nal de Saúde, prioridades, estratégias e metas para a organização da Aten-
ção Básica;
VII – desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de 
qualificação da força de trabalho para gestão e atenção à saúde, estimular e 
viabilizar a formação, educação permanente e continuada dos profissionais, 
garantir direitos trabalhistas e previdenciários, qualificar os vínculos de traba-
lho e implantar carreiras que associem desenvolvimento do trabalhador com 
qualificação dos serviços ofertados às pessoas;
VIII – garantir provimento e estratégias de fixação de profissionais de 
saúde para a Atenção Básica com vistas a promover ofertas de cuidado e 
o vínculo;
IX – desenvolver, disponibilizar e implantar os Sistemas de Informação da 
Atenção Básica vigentes, garantindo mecanismos que assegurem o uso qua-
lificado dessas ferramentas nas UBS, de acordo com suas responsabilidades;
X – garantir, de forma tripartite, dispositivos para transporte em saúde, 
compreendendo as equipes, pessoas para realização de procedimentos eleti-
vos, exames, dentre outros, buscando assegurar a resolutividade e a integra-
lidade do cuidado na RAS, conforme necessidade do território e planejamen-
to de saúde;
XI – planejar, apoiar, monitorar e avaliar as ações da Atenção Básica nos 
territórios;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
81
XII – estabelecer mecanismos de autoavaliação, controle, regulação e 
acompanhamento sistemático dos resultados alcançados pelas ações da Aten-
ção Básica, como parte do processo de planejamento e programação;
XIII – divulgar as informações e os resultados alcançados pelas equipes 
que atuam na Atenção Básica, estimulando a utilização dos dados para o pla-
nejamento das ações;
XIV – promover o intercâmbio de experiências entre gestores e entre tra-
balhadores, por meio de cooperação horizontal,e estimular o desenvolvimen-
to de estudos e pesquisas que busquem o aperfeiçoamento e a disseminação 
de tecnologias e conhecimentos voltados à Atenção Básica;
XV – estimular a participação popular e o controle social;
XVI – garantir espaços físicos e ambientes adequados para a formação de 
estudantes e trabalhadores de saúde, para a formação em serviço e para a 
educação permanente e continuada nas Unidades Básicas de Saúde;
XVII – desenvolver as ações de assistência farmacêutica e do uso racional 
de medicamentos, garantindo a disponibilidade e acesso a medicamentos e 
insumos em conformidade com a RENAME, os protocolos clínicos e diretrizes 
terapêuticas, e com a relação específica complementar estadual, municipal, 
da união, ou do distrito federal de medicamentos nos pontos de atenção, vi-
sando a integralidade do cuidado;
XVIII – adotar estratégias para garantir um amplo escopo de ações e ser-
viços a serem ofertados na Atenção Básica, compatíveis com as necessidades 
de saúde de cada localidade;
XIX – estabelecer mecanismos regulares de auto avaliação para as equi-
pes que atuam na Atenção Básica, a fim de fomentar as práticas de monito-
ramento, avaliação e planejamento em saúde; e
XX – articulação com o subsistema Indígena nas ações de Educação Per-
manente e gestão da rede assistencial.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
82
Art. 8º Compete ao Ministério da Saúde a gestão das ações de Atenção 
Básica no âmbito da União, sendo responsabilidades da União:
I – definir e rever periodicamente, de forma pactuada, na Comissão Inter-
gestores Tripartite (CIT), as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica;
II – garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento da 
Atenção Básica;
III – destinar recurso federal para compor o financiamento tripartite da 
Atenção Básica, de modo mensal, regular e automático, prevendo, entre ou-
tras formas, o repasse fundo a fundo para custeio e investimento das ações 
e serviços;
IV – prestar apoio integrado aos gestores dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos municípios no processo de qualificação e de consolidação da Aten-
ção Básica;
V – definir, de forma tripartite, estratégias de articulação junto às gestões 
estaduais e municipais do SUS, com vistas à institucionalização da avaliação 
e qualificação da Atenção Básica;
VI – estabelecer, de forma tripartite, diretrizes nacionais e disponibilizar 
instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de gestão, for-
mação e educação permanente dos gestores e profissionais da Atenção Básica;
VII – articular com o Ministério da Educação estratégias de indução às 
mudanças curriculares nos cursos de graduação e pósgraduação na área da 
saúde, visando à formação de profissionais e gestores com perfil adequado à 
Atenção Básica; e
VIII – apoiar a articulação de instituições, em parceria com as Secretarias 
de Saúde Municipais, Estaduais e do Distrito Federal, para formação e garan-
tia de educação permanente e continuada para os profissionais de saúde da 
Atenção Básica, de acordo com as necessidades locais.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
83
Art. 9º Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao Distrito Federal a 
coordenação do componente estadual e distrital da Atenção Básica, no âmbito 
de seus limites territoriais e de acordo com as políticas, diretrizes e priorida-
des estabelecidas, sendo responsabilidades dos Estados e do Distrito Federal:
I – pactuar, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e Colegiado de Ges-
tão no Distrito Federal, estratégias, diretrizes e normas para a implantação e 
implementação da Política Nacional de Atenção Básica vigente nos Estados e 
Distrito Federal;
II – destinar recursos estaduais para compor o financiamento triparti-
te da Atenção Básica, de modo regular e automático, prevendo, entre ou-
tras formas, o repasse fundo a fundo para custeio e investimento das ações 
e serviços;
III – ser corresponsável pelo monitoramento das ações de Atenção Básica 
nos municípios;
IV – analisar os dados de interesse estadual gerados pelos sistemas de 
informação, utilizá-los no planejamento e divulgar os resultados obtidos;
V – verificar a qualidade e a consistência de arquivos dos sistemas de in-
formação enviados pelos municípios, de acordo com prazos e fluxos estabe-
lecidos para cada sistema, retornando informações aos gestores municipais;
VI – divulgar periodicamente os relatórios de indicadores da Atenção Bá-
sica, com intuito de assegurar o direito fundamental de acesso à informação;
VII – prestar apoio institucional aos municípios no processo de implan-
tação, acompanhamento e qualificação da Atenção Básica e de ampliação e 
consolidação da Estratégia Saúde da Família;
VIII – definir estratégias de articulação com as gestões municipais, com 
vistas à institucionalização do monitoramento e avaliação da Atenção Básica;
IX – disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e pedagógicos 
que facilitem o processo de formação e educação permanente dos membros 
das equipes de gestão e de atenção;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
84
X – articular instituições de ensino e serviço, em parceria com as Secreta-
rias Municipais de Saúde, para formação e garantia de educação permanente 
aos profissionais de saúde das equipes que atuam na Atenção Básica; e
XI – fortalecer a Estratégia Saúde da Família na rede de serviços como a 
estratégia prioritária de organização da Atenção Básica.
Art. 10. Compete às Secretarias Municipais de Saúde a coordenação do 
componente municipal da Atenção Básica, no âmbito de seus limites territo-
riais, de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas, sendo 
responsabilidades dos Municípios e do Distrito Federal:
I – organizar, executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção Básica, 
de forma universal, dentro do seu território, incluindo as unidades próprias e 
as cedidas pelo estado e pela União;
II – programar as ações da Atenção Básica a partir de sua base territorial 
de acordo com as necessidades de saúde identificadas em sua população, 
utilizando instrumento de programação nacional vigente;
III – organizar o fluxo de pessoas, inserindo-as em linhas de cuidado, 
instituindo e garantindo os fluxos definidos na Rede de Atenção à Saúde en-
tre os diversos pontos de atenção de diferentes configurações tecnológicas, 
integrados por serviços de apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir 
a integralidade do cuidado.
IV – estabelecer e adotar mecanismos de encaminhamento responsável 
pelas equipes que atuam na Atenção Básica de acordo com as necessidades 
de saúde das pessoas, mantendo a vinculação e coordenação do cuidado;
V – manter atualizado mensalmente o cadastro de equipes, profissionais, 
carga horária, serviços disponibilizados, equipamentos e outros no Sistema 
de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde vigente, conforme regu-
lamentação específica;
VI – organizar os serviços para permitir que a Atenção Básica atue como 
a porta de entrada preferencial e ordenadora da RAS;
VII – fomentar a mobilização das equipes e garantir espaços para a parti-
cipação da comunidade no exercício do controle social;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
85
VIII – destinar recursos municipais para compor o financiamento tripartite 
da Atenção Básica;
IX – ser corresponsável, junto ao Ministério da Saúde, e Secretaria Es-
tadual de Saúde pelo monitoramento da utilização dos recursos da Atenção 
Básica transferidos aos município;
X – inserir a Estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços como 
a estratégia prioritária de organização da Atenção Básica;
XI – prestar apoio institucional às equipes e serviços no processo de im-
plantação, acompanhamento, e qualificação da Atenção Básica e de amplia-
ção e consolidação da Estratégia Saúde da Família;
XII – definir estratégias de institucionalização daavaliação da Aten-
ção Básica;
XIII – desenvolver ações, articular instituições e promover acesso aos tra-
balhadores, para formação e garantia de educação permanente e continuada 
aos profissionais de saúde de todas as equipes que atuam na Atenção Básica 
implantadas;
XIV – selecionar, contratar e remunerar os profissionais que compõem as 
equipes multiprofissionais de Atenção Básica, em conformidade com a legis-
lação vigente;
XV – garantir recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o 
funcionamento das UBS e equipes, para a execução do conjunto de ações propostas;
XVI – garantir acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial necessário ao cui-
dado resolutivo da população;
XVII – alimentar, analisar e verificar a qualidade e a consistência dos dados 
inseridos nos sistemas nacionais de informação a serem enviados às outras es-
feras de gestão, utilizá-los no planejamento das ações e divulgar os resultados 
obtidos, a fim de assegurar o direito fundamental de acesso à informação;
XVIII – organizar o fluxo de pessoas, visando à garantia das referências a 
serviços e ações de saúde fora do âmbito da Atenção Básica e de acordo com 
as necessidades de saúde das mesmas; e
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
86
IX – assegurar o cumprimento da carga horária integral de todos os pro-
fissionais que compõem as equipes que atuam na Atenção Básica, de acordo 
com as jornadas de trabalho especificadas no Sistema de Cadastro Nacional 
de Estabelecimentos de Saúde vigente e a modalidade de atenção.
Art. 11. A operacionalização da Política Nacional de Atenção Básica está 
detalhada no Anexo a esta Portaria.
Art. 12 Fica revogada a Portaria n. 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011.
Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
RICARDO BARROS
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
87
ANEXO
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA OPERACIONALIZAÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiên-
cia acumulada por um conjunto de atores envolvidos historicamente com o 
desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como 
movimentos sociais, população, trabalhadores e gestores das três esferas de 
governo. Esta Portaria, conforme normatização vigente no SUS, que define a 
organização em Redes de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia para um 
cuidado integral e direcionado às necessidades de saúde da população, desta-
ca a Atenção Básica como primeiro ponto de atenção e porta de entrada pre-
ferencial do sistema, que deve ordenar os fluxos e contrafluxos de pessoas, 
produtos e informações em todos os pontos de atenção à saúde.
Esta Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua es-
tratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica. Contudo 
reconhece outras estratégias de organização da Atenção Básica nos territó-
rios, que devem seguir os princípios e diretrizes da Atenção Básica e do SUS, 
configurando um processo progressivo e singular que considera e inclui as 
especificidades locorregionais, ressaltando a dinamicidade do território e a 
existência de populações específicas, itinerantes e dispersas, que também 
são de responsabilidade da equipe enquanto estiverem no território, em con-
sonância com a política de promoção da equidade em saúde.
A Atenção Básica considera a pessoa em sua singularidade e inserção 
sociocultural, buscando produzir a atenção integral, incorporar as ações de 
vigilância em saúde - a qual constitui um processo contínuo e sistemático de 
coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacio-
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
88
nados à saúde - além disso, visa o planejamento e a implementação de ações 
públicas para a proteção da saúde da população, a prevenção e o controle de 
riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde.
Destaca-se ainda o desafio de superar compreensões simplistas, nas quais, 
entre outras, há dicotomia e oposição entre a assistência e a promoção da 
saúde. Para tal, deve-se partir da compreensão de que a saúde possui múlti-
plos determinantes e condicionantes e que a melhora das condições de saúde 
das pessoas e coletividades passa por diversos fatores, os quais grande parte 
podem ser abordados na Atenção Básica.
1 - PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ATENÇÃO BÁSICA
Os princípios e diretrizes, a caracterização e a relação de serviços oferta-
dos na Atenção Básica serão orientadores para a sua organização nos muni-
cípios, conforme descritos a seguir:
1.1 - Princípios
- Universalidade: possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de 
saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aber-
ta e preferencial da RAS (primeiro contato), acolhendo as pessoas e promo-
vendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades 
de saúde. O estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e 
acolhimento pressupõe uma lógica de organização e funcionamento do servi-
ço de saúde que parte do princípio de que as equipes que atuam na Atenção 
Básica nas UBS devem receber e ouvir todas as pessoas que procuram seus 
serviços, de modo universal, de fácil acesso e sem diferenciações excludentes, 
e a partir daí construir respostas para suas demandas e necessidades.
- Equidade: ofertar o cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições 
de vida e saúde e de acordo com as necessidades das pessoas, considerando 
que o direito à saúde passa pelas diferenciações sociais e deve atender à di-
versidade. Ficando proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, cor, 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
89
crença, nacionalidade, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, estado 
de saúde, condição socioeconômica, escolaridade ou limitação física, intelectual, 
funcional, entre outras, com estratégias que permitam minimizar desigualda-
des, evitar exclusão social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou 
discriminação; de maneira que impacte na autonomia e na situação de saúde.
- Integralidade: É o conjunto de serviços executados pela equipe de saúde 
que atendam às necessidades da população adscrita nos campos do cuidado, 
da promoção e manutenção da saúde, da prevenção de doenças e agravos, 
da cura, da reabilitação, redução de danos e dos cuidados paliativos. Inclui a 
responsabilização pela oferta de serviços em outros pontos de atenção à saú-
de e o reconhecimento adequado das necessidades biológicas, psicológicas, 
ambientais e sociais causadoras das doenças, e manejo das diversas tecno-
logias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins, além da ampliação da 
autonomia das pessoas e coletividade.
1.2 - Diretrizes
- Regionalização e Hierarquização: dos pontos de atenção da RAS, tendo a 
Atenção Básica como ponto de comunicação entre esses. Considera-se regi-
ões de saúde como um recorte espacial estratégico para fins de planejamen-
to, organização e gestão de redes de ações e serviços de saúde em determi-
nada localidade, e a hierarquização como forma de organização de pontos de 
atenção da RAS entre si, com fluxos e referências estabelecidos.
- Territorialização e Adstrição: de forma a permitir o planejamento, a pro-
gramação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e interse-
toriais com foco em um território específico, com impacto na situação, nos 
condicionantes e determinantes da saúde das pessoas e coletividades que 
constituem aquele espaço e estão, portanto, adstritos a ele. Para efeitos des-
ta portaria, considerase Território a unidade geográfica única, de construção 
descentralizada do SUS na execução das ações estratégicas destinadas à vigi-
lância, promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde. Os Territórios 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
90
são destinados para dinamizara ação em saúde pública, o estudo social, eco-
nômico, epidemiológico, assistencial, cultural e identitário, possibilitando uma 
ampla visão de cada unidade geográfica e subsidiando a atuação na Atenção 
Básica, de forma que atendam a necessidade da população adscrita e ou as 
populações específicas.
III – População Adscrita: população que está presente no território da 
UBS, de forma a estimular o desenvolvimento de relações de vínculo e res-
ponsabilização entre as equipes e a população, garantindo a continuidade 
das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado e com o objetivo de ser 
referência para o seu cuidado.
- Cuidado Centrado na Pessoa: aponta para o desenvolvimento de ações 
de cuidado de forma singularizada, que auxilie as pessoas a desenvolverem 
os conhecimentos, aptidões, competências e a confiança necessária para ge-
rir e tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde e seu cuidado de 
saúde de forma mais efetiva. O cuidado é construído com as pessoas, de 
acordo com suas necessidades e potencialidades na busca de uma vida inde-
pendente e plena. A família, a comunidade e outras formas de coletividade 
são elementos relevantes, muitas vezes condicionantes ou determinantes na 
vida das pessoas e, por consequência, no cuidado.
- Resolutividade: reforça a importância da Atenção Básica ser resolutiva, 
utilizando e articulando diferentes tecnologias de cui-dado individual e co-
letivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positi-
vos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, centrada na pessoa, na 
perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos 
sociais. Deve ser capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde 
da população, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS, 
quando necessário.
VI – Longitudinalidade do cuidado: pressupõe a continuidade da relação 
de cuidado, com construção de vínculo e responsabilização entre profissionais 
e usuários ao longo do tempo e de modo permanente e consistente, acom-
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
91
panhando os efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na 
vida das pessoas, evitando a perda de referências e diminuindo os riscos de 
iatrogenia que são decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e 
da falta de coordenação do cuidado.
VII – Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos 
usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de co-
municação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo 
cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação ho-
rizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão comparti-
lhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes 
de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais.
VIII – Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da popula-
ção sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população 
em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que o 
planejamento das ações, assim como, a programação dos serviços de saúde, 
parta das necessidades de saúde das pessoas.
IX – Participação da comunidade: estimular a participação das pessoas, a 
orientação comunitária das ações de saúde na Atenção Básica e a competên-
cia cultural no cuidado, como forma de ampliar sua autonomia e capacidade 
na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do ter-
ritório. Considerando ainda o enfrentamento dos determinantes e condicio-
nantes de saúde, através de articulação e integração das ações intersetoriais 
na organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais 
centradas nas pessoas e no exercício do controle social.
2 - A ATENÇÃO BÁSICA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
Esta portaria, conforme normatização vigente do SUS, define a organi-
zação na RAS, como estratégia para um cuidado integral e direcionado às 
necessidades de saúde da população. As RAS constituem-se em arranjos or-
ganizativos formados por ações e serviços de saúde com diferentes configura-
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
92
ções tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma complemen-
tar e com base territorial, e têm diversos atributos, entre eles, destaca-se: a 
Atenção Básica estruturada como primeiro ponto de atenção e principal porta 
de entrada do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a 
população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo as necessidades 
de saúde das pessoas do seu território.
O Decreto n. 7.508, de 28 de julho de 2011, que regulamenta a Lei n. 
8.080/90, define que “o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e 
serviços de saúde se inicia pelas portas de entrada do SUS e se completa na 
rede regionalizada e hierarquizada”.
Para que a Atenção Básica possa ordenar a RAS, é preciso reconhecer as 
necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando-
-as em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que 
a programação dos serviços de saúde parta das necessidades das pessoas, 
com isso fortalecendo o planejamento ascendente.
A Atenção Básica é caracterizada como porta de entrada preferencial do 
SUS, possui um espaço privilegiado de gestão do cuidado das pessoas e cum-
pre papel estratégico na rede de atenção, servindo como base para o seu or-
denamento e para a efetivação da integralidade. Para tanto, é necessário que a 
Atenção Básica tenha alta resolutividade, com capacidade clínica e de cuidado 
e incorporação de tecnologias leves, leve duras e duras (diagnósticas e tera-
pêuticas), além da articulação da Atenção Básica com outros pontos da RAS.
Os estados, municípios e o distrito federal, devem articular ações inter-
setoriais, assim como a organização da RAS, com ênfase nas necessidades 
locorregionais, promovendo a integração das referências de seu território.
Recomenda-se a articulação e implementação de processos que aumen-
tem a capacidade clínica das equipes, que fortaleçam práticas de microrregu-
lação nas Unidades Básicas de Saúde, tais como gestão de filas próprias da 
UBS e dos exames e consultas descentralizados/programados para cada UBS, 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
93
que propiciem a comunicação entre UBS, centrais de regulação e serviços es-
pecializados, com pactuação de fluxos e protocolos, apoio matricial presencial 
e/ou a distância, entre outros.
Um dos destaques que merecem ser feitos é a consideração e a incorpora-
ção, no processo de referenciamento, das ferramentas de telessaúde articu-
lado às decisões clínicas e aos processos de regulação do acesso. A utilização 
de protocolos de encaminhamento servem como ferramenta, ao mesmo tem-
po, de gestão e de cuidado, pois tanto orientam as decisões dos profissionais 
solicitantes quanto se constituem como referência que modula a avaliação 
das solicitações pelos médicos reguladores.
Com isso, espera-se que ocorra uma ampliação do cuidado clínico e da re-
solutividade na Atenção Básica, evitando a exposição das pessoas a consultas 
e/ou procedimentos desnecessários. Além disso, com a organização do acesso, 
induz-se ao uso racional dos recursos em saúde, impede deslocamentos des-
necessários e traz maior eficiência e equidade à gestão das listas de espera.
A gestão municipal deve articular e criar condições para que a referência 
aos serviços especializados ambulatoriais, sejam realizados preferencialmen-
te pela Atenção Básica, sendo de sua responsabilidade:
a) Ordenar o fluxo das pessoas nos demais pontos de atenção da RAS;
b) Gerir a referência e contrarreferência em outros pontos de atenção; e
c) Estabelecer relação com os especialistas que cuidam das pessoas do 
território.
3 - INFRAESTRUTURA, AMBIÊNCIA E FUNCIONAMENTO DA ATEN-
ÇÃO BÁSICA
Este item refere-se ao conjunto de procedimentosque objetiva adequar a 
estrutura física, tecnológica e de recursos humanos das UBS às necessidades 
de saúde da população de cada território.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
94
3.1 Infraestrutura e ambiência
A infraestrutura de uma UBS deve estar adequada ao quantitativo de po-
pulação adscrita e suas especificidades, bem como aos processos de trabalho 
das equipes e à atenção à saúde dos usuários. Os parâmetros de estrutura 
devem, portanto, levar em consideração a densidade demográfica, a compo-
sição, atuação e os tipos de equipes, perfil da população, e as ações e servi-
ços de saúde a serem realizados. É importante que sejam previstos espaços 
físicos e ambientes adequados para a formação de estudantes e trabalhado-
res de saúde de nível médio e superior, para a formação em serviço e para a 
educação permanente na UBS.
As UBS devem ser construídas de acordo com as normas sanitárias e 
tendo como referência as normativas de infraestrutura vigentes, bem como 
possuir identificação segundo os padrões visuais da Atenção Básica e do SUS. 
Devem, ainda, ser cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de Estabe-
lecimentos de Saúde (SCNES), de acordo com as normas em vigor para tal.
As UBS poderão ter pontos de apoio para o atendimento de populações 
dispersas (rurais, ribeirinhas, assentamentos, áreas pantaneiras, etc.), com 
reconhecimento no SCNES, bem como nos instrumentos de monitoramento 
e avaliação. A estrutura física dos pontos de apoio deve respeitar as normas 
gerais de segurança sanitária.
A ambiência de uma UBS refere-se ao espaço físico (arquitetônico), en-
tendido como lugar social, profissional e de relações interpessoais, que deve 
proporcionar uma atenção acolhedora e humana para as pessoas, além de 
um ambiente saudável para o trabalho dos profissionais de saúde.
Para um ambiente adequado em uma UBS, existem componentes que atu-
am como modificadores e qualificadores do espaço, recomenda-se contem-
plar: recepção sem grades (para não intimidar ou dificultar a comunicação e 
também garantir privacidade à pessoa), identificação dos serviços existentes, 
escala dos profissionais, horários de funcionamento e sinalização de fluxos, 
conforto térmico e acústico, e espaços adaptados para as pessoas com defi-
ciência em conformidade com as normativas vigentes.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
95
Além da garantia de infraestrutura e ambiência apropriadas, para a rea-
lização da prática profissional na Atenção Básica, é necessário disponibilizar 
equipamentos adequados, recursos humanos capacitados, e materiais e insu-
mos suficientes à atenção à saúde prestada nos municípios e Distrito Federal.
3.2 Tipos de unidades e equipamentos de Saúde
São considerados unidades ou equipamentos de saúde no âmbito da Aten-
ção Básica:
a) Unidade Básica de Saúde
Recomenda-se os seguintes ambientes:
consultório médico e de enfermagem, consultório com sanitário, sala de 
procedimentos, sala de vacinas, área para assistência farmacêutica, sala 
de inalação coletiva, sala de procedimentos, sala de coleta/exames, sala de 
curativos, sala de expurgo, sala de esterilização, sala de observação e sala de 
atividades coletivas para os profissionais da Atenção Básica. Se forem com-
postas por profissionais de saúde bucal, será necessário consultório odonto-
lógico com equipo odontológico completo;
a. área de recepção, local para arquivos e registros, sala multiprofissio-
nal de acolhimento à demanda espontânea, sala de administração e gerên-
cia, banheiro público e para funcionários, entre outros ambientes conforme a 
necessidade.
b) Unidade Básica de Saúde Fluvial
Recomenda-se os seguintes ambientes:
a. consultório médico; consultório de enfermagem; área para assistência 
farmacêutica, laboratório, sala de vacina; sala de procedimentos; e, se fo-
rem compostas por profissionais de saúde bucal, será necessário consultório 
odontológico com equipo odontológico completo;
b. área de recepção, banheiro público; banheiro exclusivo para os funcio-
nários; expurgo; cabines com leitos em número suficiente para toda a equi-
pe; cozinha e outro ambientes conforme necessidade.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
96
c) Unidade Odontológica Móvel
Recomenda-se veículo devidamente adaptado para a finalidade de aten-
ção à saúde bucal, equipado com:
Compressor para uso odontológico com sistema de filtragem; aparelho de 
raios-x para radiografias periapicais e interproximais; aventais de chumbo; 
conjunto peças de mão contendo micro-motor com peça reta e contra ângulo, 
e alta rotação; gabinete odontológico; cadeira odontológica, equipo odonto-
lógico e refletor odontológico; unidade auxiliar odontológica; mocho odonto-
lógico; autoclave; amalgamador; fotopolimerizador; e refrigerador.
3.3 - Funcionamento
Recomenda-se que as Unidades Básicas de Saúde tenham seu funcionamen-
to com carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias 
da semana e nos 12 meses do ano, possibilitando acesso facilitado à população.
Horários alternativos de funcionamento podem ser pactuados através das 
instâncias de participação social, desde que atendam expressamente a ne-
cessidade da população, observando, sempre que possível, a carga horária 
mínima descrita acima.
Como forma de garantir a coordenação do cuidado, ampliando o acesso e 
resolutividade das equipes que atuam na Atenção Básica, recomenda-se:
i) - População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da 
Família (eSF) de 2.000 a 3.500 pessoas, localizada dentro do seu território, 
garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica.
Além dessa faixa populacional, podem existir outros arranjos de adscri-
ção, conforme vulnerabilidades, riscos e dinâmica comunitária, facultando aos 
gestores locais, conjuntamente com as equipes que atuam na Atenção Básica 
e Conselho Municipal ou Local de Saúde, a possibilidade de definir outro pa-
râmetro populacional de responsabilidade da equipe, podendo ser maior ou 
menor do que o parâmetro recomendado, de acordo com as especificidades 
do território, assegurando-se a qualidade do cuidado.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
97
ii) - 4 (quatro) equipes por UBS (Atenção Básica ou Saúde da Família), 
para que possam atingir seu potencial resolutivo.
iii) - Fica estipulado para cálculo do teto máximo de equipes de Atenção 
Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF), com ou sem os profissionais de 
saúde bucal, pelas quais o Município e o Distrito Federal poderão fazer jus ao 
recebimento de recursos financeiros específicos, conforme a seguinte fórmu-
la: População/2.000.
iv) - Em municípios ou territórios com menos de 2.000 habitantes, que 
uma equipe de Saúde da Família (eSF) ou de Atenção Básica (eAB) seja res-
ponsável por toda população;
Reitera-se a possibilidade de definir outro parâmetro populacional de res-
ponsabilidade da equipe de acordo com especificidades territoriais, vulnerabi-
lidades, riscos e dinâmica comunitária respeitando critérios de equidade, ou, 
ainda, pela decisão de possuir um número inferior de pessoas por equipe de 
Atenção Básica (eAB) e equipe de Saúde da Família (eSF) para avançar no 
acesso e na qualidade da Atenção Básica.
Para que as equipes que atuam na Atenção Básica possam atingir seu po-
tencial resolutivo, de forma a garantir a coordenação do cuidado, ampliando 
o acesso, é necessário adotar estratégias que permitam a definição de um 
amplo escopo dos serviços a serem ofertados na UBS, de forma que seja 
compatível com as necessidades e demandas de saúde da população adscrita, 
seja por meio da Estratégia Saúde da Família ou outros arranjos de equipes 
de Atenção Básica (eAB), que atuem em conjunto, compartilhando o cuidado 
e apoiando as práticas de saúde nos territórios. Essa oferta de ações e servi-
ços na Atenção Básica devem considerar políticas e programas prioritários, as 
diversasrealidades e necessidades dos territórios e das pessoas, em parceria 
com o controle social.
As ações e serviços da Atenção Básica, deverão seguir padrões essenciais 
e ampliados:
Padrões Essenciais - ações e procedimentos básicos relacionados a condi-
ções básicas/essenciais de acesso e qualidade na Atenção Básica; e
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
98
- Padrões Ampliados -ações e procedimentos considerados estratégicos 
para se avançar e alcançar padrões elevados de acesso e qualidade na Aten-
ção Básica, considerando especificidades locais, indicadores e parâmetros es-
tabelecidos nas Regiões de Saúde.
A oferta deverá ser pública, desenvolvida em parceria com o controle so-
cial, pactuada nas instâncias interfederativas, com financiamento regulamen-
tado em normativa específica.
Caberá a cada gestor municipal realizar análise de demanda do território 
e ofertas das UBS para mensurar sua capacidade resolutiva, adotando as 
medidas necessárias para ampliar o acesso, a qualidade e resolutividade das 
equipes e serviços da sua UBS.
A oferta de ações e serviços da Atenção Básica deverá estar disponível aos 
usuários de forma clara, concisa e de fácil visualização, conforme padroniza-
ção pactuada nas instâncias gestoras.
Todas as equipes que atuam na Atenção Básica deverão garantir a ofer-
ta de todas as ações e procedimentos do Padrão Essencial e recomenda-se 
que também realizarem ações e serviços do Padrão Ampliado, considerando 
as necessidades e demandas de saúde das populações em cada localidade. 
Os serviços dos padrões essenciais, bem como os equipamentos e materiais 
necessários, devem ser garantidos igualmente para todo o país, buscando 
uniformidade de atuação da Atenção Básica no território nacional. Já o elenco 
de ações e procedimentos ampliados deve contemplar de forma mais flexível 
às necessidades e demandas de saúde das populações em cada localidade, 
sendo definido a partir de suas especificidades locorregionais.
As unidades devem organizar o serviço de modo a otimizar os processos 
de trabalho, bem como o acesso aos demais níveis de atenção da RAS.
Toda UBS deve monitorar a satisfação de seus usuários, oferecendo o 
registro de elogios, críticas ou reclamações, por meio de livros, caixas de 
sugestões ou canais eletrônicos. As UBS deverão assegurar o acolhimento 
e escuta ativa e qualificada das pessoas, mesmo que não sejam da área de 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
99
abrangência da unidade, com classificação de risco e encaminhamento res-
ponsável de acordo com as necessidades apresentadas, articulando-se com 
outros serviços de forma resolutiva, em conformidade com as linhas de cui-
dado estabelecidas.
Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS:
 – Identificação e horário de atendimento;
 – Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe;
 – Identificação do Gerente da Atenção Básica no território e dos com-
ponentes de cada equipe da UBS;
 – Relação de serviços disponíveis; e
 – Detalhamento das escalas de atendimento de cada equipe.
3.4 - Tipos de Equipes:
1 - Equipe de Saúde da Família (eSF): É a estratégia prioritária de atenção 
à saúde e visa à reorganização da Atenção Básicano país, de acordo com os 
preceitos do SUS. É considerada como estratégia de expansão, qualificação e 
consolidação da Atenção Básica, por favorecer uma reorientação do processo 
de trabalho com maior potencial de ampliar a resolutividade e impactar na 
situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma impor-
tante relação custo-efetividade.
Composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade me-
dicina de família e comunidade, enfermeiro, preferencialmente especialista 
em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comu-
nitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de comba-
te às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, 
preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em 
saúde bucal.
O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base 
populacional, critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos, de 
acordo com definição local.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
100
Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade 
social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máxi-
mo de 750 pessoas por ACS.
Para equipe de Saúde da Família, há a obrigatoriedade de carga horária de 
40 (quarenta) horas semanais para todos os profissionais de saúde membros 
da ESF. Dessa forma, os profissionais da ESF poderão estar vinculados a ape-
nas 1 (uma) equipe de Saúde da Família, no SCNES vigente.
2 - Equipe da Atenção Básica (eAB): esta modalidade deve atender aos 
princípios e diretrizes propostas para a AB. A gestão municipal poderá compor 
equipes de Atenção Básica (eAB) de acordo com características e necessida-
des do município. Como modelo prioritário é a ESF, as equipes de Atenção Bá-
sica (eAB) podem posteriormente se organizar tal qual o modelo prioritário.
As equipes deverão ser compostas minimamente por médicos preferen-
cialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro 
preferencialmente especialista em saúde da família, auxiliares de enferma-
gem e ou técnicos de enfermagem. Poderão agregar outros profissionais como 
dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal, agentes 
comunitários de saúde e agentes de combate à endemias.
A composição da carga horária mínima por categoria pro-fissional deverá 
ser de 10 (dez) horas, com no máximo de 3 (três) profissionais por categoria, 
devendo somar no mínimo 40 horas/semanais.
O processo de trabalho, a combinação das jornadas de trabalho dos profis-
sionais das equipes e os horários e dias de funcionamento devem ser organi-
zados de modo que garantam amplamente acesso, o vínculo entre as pessoas 
e profissionais, a continuidade, coordenação e longitudinalidade do cuidado.
A distribuição da carga horária dos profissionais é de responsabilidade do 
gestor, devendo considerar o perfil demográfico e epidemiológico local para 
escolha da especialidade médica, estes devem atuar como generalistas nas 
equipes de Atenção Básica (eAB).
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
101
Importante ressaltar que para o funcionamento a equipe deverá con-
tar também com profissionais de nível médio como técnico ou auxiliar de 
enfermagem.
3 - Equipe de Saúde Bucal (eSB): Modalidade que pode compor as equi-
pes que atuam na atenção básica, constituída por um cirurgião-dentista e um 
técnico em saúde bucal e/ou auxiliar de saúde bucal.
Os profissionais de saúde bucal que compõem as equipes de Saúde da Famí-
lia (eSF) e de Atenção Básica (eAB) e de devem estar vinculados à uma UBS ou a 
Unidade Odontológica Móvel, podendo se organizar nas seguintes modalidades:
Modalidade I: Cirurgião-dentista e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou téc-
nico em saúde bucal (TSB) e;
Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, ou outro TSB.
Independente da modalidade adotada, os profissionais de Saúde Bucal 
são vinculados a uma equipe de Atenção Básica (eAB) ou equipe de Saúde 
da Família (eSF), devendo compartilhar a gestão e o processo de trabalho da 
equipe, tendo responsabilidade sanitária pela mesma população e território 
adstrito que a equipe de Saúde da Família ou Atenção Básica a qual integra.
Cada equipe de Saúde de Família que for implantada com os profissionais 
de saúde bucal ou quando se introduzir pela primeira vez os profissionais de 
saúde bucal numa equipe já implantada, modalidade I ou II, o gestor recebe-
rá do Ministério da Saúde os equipamentos odontológicos, através de doação 
direta ou o repasse de recursos necessários para adquiri-los (equipo odonto-
lógico completo).
4 - Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB)Constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por ca-
tegorias de profissionais da saúde, complementar àsequipes que atuam na 
Atenção Básica. É formada por diferentes ocupações (profissões e especia-
lidades) da área da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte 
(clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da 
Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB).
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
102
Busca-se que essa equipe seja membro orgânico da Atenção Básica, vi-
vendo integralmente o dia a dia nas UBS e trabalhando de forma horizontal 
e interdisciplinar com os demais profissionais, garantindo a longitudinalida-
de do cuidado e a prestação de serviços diretos à população. Os diferentes 
profissionais devem estabelecer e compartilhar saberes, práticas e gestão do 
cuidado, com uma visão comum e aprender a solucionar problemas pela co-
municação, de modo a maximizar as habilidades singulares de cada um.
Deve estabelecer seu processo de trabalho a partir de problemas, deman-
das e necessidades de saúde de pessoas e grupos sociais em seus territórios, 
bem como a partir de dificuldades dos profissionais de todos os tipos de equi-
pes que atuam na Atenção Básica em suas análises e manejos. Para tanto, 
faz-se necessário o compartilhamento de saberes, práticas intersetoriais e de 
gestão do cuidado em rede e a realização de educação permanente e gestão 
de coletivos nos territórios sob responsabilidade destas equipes.
Ressalta-se que os Nasf-AB não se constituem como serviços com unida-
des físicas independentes ou especiais, e não são de livre acesso para atendi-
mento individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados 
pelas equipes que atuam na Atenção Básica). Devem, a partir das demandas 
identificadas no trabalho con-junto com as equipes, atuar de forma integra-
da à Rede de Atenção à Saúde e seus diversos pontos de atenção, além de 
outros equipamentos sociais públicos/privados, redes sociais e comunitárias.
Compete especificamente à Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Fa-
mília e Atenção Básica (Nasf- AB):
a. Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na 
Atenção Básica à que estão vinculadas;
b. Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS princi-
palmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da 
capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de 
saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários; e c. Realizar discussão 
de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
103
conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no 
território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de vida, e da 
coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, 
discussão do processo de trabalho das equipes dentre outros, no território.
Poderão compor os NASF-AB as ocupações do Código Brasileiro de Ocupa-
ções - CBO na área de saúde: Médico Acupunturista; Assistente Social; Pro-
fissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fono-
audiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; 
Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médi-
co Geriatra; Médico Internista (clinica médica), Médico do Trabalho, Médico 
Veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) 
e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de 
saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado direta-
mente em uma dessas áreas conforme normativa vigente.
A definição das categorias profissionais é de autonomia do gestor local, 
devendo ser escolhida de acordo com as necessidades do territórios.
5 - Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS):
É prevista a implantação da Estratégia de Agentes Comunitários de Saú-
de nas UBS como uma possibilidade para a reorganização inicial da Atenção 
Básica com vistas à implantação gradual da Estratégia de Saúde da Família 
ou como uma forma de agregar os agentes comunitários a outras maneiras 
de organização da Atenção Básica. São itens necessários à implantação desta 
estratégia:
a.a existência de uma Unidade Básica de Saúde, inscrita no SCNES vigen-
te que passa a ser a UBS de referência para a equipe de agentes comunitá-
rios de saúde;
b.o número de ACS e ACE por equipe deverá ser definido de acordo com 
base populacional (critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômi-
cos), conforme legislação vigente.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
104
c.o cumprimento da carga horária integral de 40 horas semanais por toda 
a equipe de agentes comunitários, por cada membro da equipe; composta 
por ACS e enfermeiro supervisor;
d.o enfermeiro supervisor e os ACS devem estar cadastrados no SCNES 
vigente, vinculados à equipe;
e.cada ACS deve realizar as ações previstas nas regulamentações vigen-
tes e nesta portaria e ter uma microárea sob sua responsabilidade, cuja po-
pulação não ultrapasse 750 pessoas;
f. a atividade do ACS deve se dar pela lógica do planejamento do processo 
de trabalho a partir das necessidades do território, com priorização para po-
pulação com maior grau de vulnerabilidade e de risco epidemiológico;
g. a atuação em ações básicas de saúde deve visar à integralidade do cui-
dado no território; e h.cadastrar, preencher e informar os dados através do 
Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica vigente.
3.5 - Equipes de Atenção Básica para Populações Específicas
Todos os profissionais do SUS e, especialmente, da Atenção Básica são 
responsáveis pela atenção à saúde de populações que apresentem vulne-
rabilidades sociais específicas e, por consequência, necessidades de saúde 
específicas, assim como pela atenção à saúde de qualquer outra pessoa. Isso 
porque a Atenção Básica possui responsabilidade direta sobre ações de saúde 
em determinado território, considerando suas singularidades, o que possibili-
ta intervenções mais oportunas nessas situações específicas, com o objetivo 
de ampliar o acesso à RAS e ofertar uma atenção integral à saúde.
Assim, toda equipe de Atenção Básica deve realizar atenção à saúde de 
populações específicas. Em algumas realidades, contudo, ainda é possível e 
necessário dispor, além das equipes descritas anteriormente, de equipes adi-
cionais para realizar as ações de saúde à populações específicas no âmbito 
da Atenção Básica, que devem atuar de forma integrada para a qualificação 
do cuidado no território. Aponta-se para um horizonte em que as equipes que 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
105
atuam na Atenção Básica possam incorporar tecnologias dessas equipes es-
pecíficas, de modo que se faça uma transição para um momento em que não 
serão necessárias essas equipes específicas, e todas as pessoas e populações 
serão acompanhadas pela eSF.
São consideradas equipes de Atenção Básica para Populações Específicas:
3.6 - Especificidades da Estratégia Saúde da Família
1 - Equipes de Saúde da Família para o atendimento da População Ribeiri-
nha da Amazônia Legal e Pantaneira: Considerando as especificidades locor-
regionais, os municípios da Amazônia Legal e Pantaneiras podem optar entre 
2 (dois) arranjos organizacionais para equipes Saúde da Família, além dos 
existentes para o restante do país:
a. Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR): São equipes que de-
sempenham parte significativa de suas funções em UBS construídas e/ou 
localizadas nas comunidades pertencentes à área adstrita e cujo acesso se dá 
por meio fluvial e que, pela grande dispersão territorial, necessitam de em-
barcações para atender as comunidades dispersas no território. As eSFR são 
vinculadas a uma UBS, que pode estar localizada na sede do Município ou em 
alguma comunidaderibeirinha localizada na área adstrita.
A eSFR será formada por equipe multiprofissional composta por, no mí-
nimo: 1 (um) médico, preferencialmente da especialidade de Família e Co-
munidade, 1 (um) enfermeiro, preferencialmente especialista em Saúde da 
Família e 1 (um) auxiliar ou técnico de enfermagem, podendo acrescentar a 
esta composição, como parte da equipe multiprofissional, o ACS e ACE e os 
profissionais de saúde bucal:1 (um) cirurgião dentista, preferencialmente es-
pecialista em saúde da família e 1 (um) técnico ou auxiliar em saúde bucal.
Nas hipóteses de grande dispersão populacional, as ESFR podem contar, 
ainda, com: até 24 (vinte e quatro) Agentes Comunitários de Saúde; até 
12 (doze) microscopistas, nas regiões endêmicas; até 11 (onze) Auxiliares/
Técnicos de enfermagem; e 1 (um) Auxiliar/Técnico de saúde bucal. As ESFR 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
106
poderão, ainda, acrescentar até 2 (dois) profissionais da área da saúde de 
nível superior à sua composição, dentre enfermeiros ou outros profissionais 
previstos nas equipes de Nasf-AB.
Os agentes comunitários de saúde, os auxiliares/técnicos de enferma-
gem extras e os auxiliares/técnicos de saúde bucal cumprirão carga horária 
de até 40 (quarenta) horas semanais de trabalho e deverão residir na área 
de atuação.
As eSFR prestarão atendimento à população por, no mínimo, 14 (quator-
ze) dias mensais, com carga horária equivalente a 8 (oito) horas diárias.
Para as comunidades distantes da UBS de referência, as eSFR adotarão 
circuito de deslocamento que garanta o atendimento a todas as comunidades 
assistidas, ao menos a cada 60 (sessenta) dias, para assegurar a execução 
das ações de Atenção Básica. Caso necessário, poderão possuir unidades de 
apoio, estabelecimentos que servem para atuação das eSFR e que não pos-
suem outras equipes de Saúde da Família vinculadas.
Para operacionalizar a atenção à saúde das comunidades ribeirinhas dis-
persas no território de abrangência, a eSFR receberá incentivo financeiro de 
custeio para logística, que considera a existência das seguintes estruturas:
a) até 4 (quatro) unidades de apoio (ou satélites), vinculadas e informa-
das no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde vigente, utilizada(s) 
como base(s) da(s) equipe(s), onde será realizada a atenção de forma des-
centralizada; e
b) até 4 (quatro) embarcações de pequeno porte exclusivas para o deslo-
camento dos profissionais de saúde da(s) equipe(s) vinculada(s)s ao Estabe-
lecimento de Saúde de Atenção Básica.
Todas as unidades de apoio ou satélites e embarcações devem estar de-
vidamente informadas no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde 
vigente, a qual as eSFR estão vinculadas.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
107
Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): São equipes que desempe-
nham suas funções em Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), respon-
sáveis por comunidades dispersas, ribeirinhas e pertencentes à área adstrita, 
cujo acesso se dá por meio fluvial.
A eSFR será formada por equipe multiprofissional composta por, no mí-
nimo: 1 (um) médico, preferencialmente da especialidade de Família e Co-
munidade, 1 (um) enfermeiro, preferencialmente especialista em Saúde da 
Família e 1 (um) auxiliar ou técnico de enfermagem, podendo acrescentar a 
esta composição, como parte da equipe multiprofissional, o ACS e ACE e os 
profissionais de saúde bucal:1 (um) cirurgião dentista, preferencialmente es-
pecialista em saúde da família e 1 (um) técnico ou auxiliar em saúde bucal.
Devem contar também, com um (01) técnico de laboratório e/ou bioquí-
mico. Estas equipes poderão incluir, na composição mínima, os profissionais 
de saúde bucal, um (1) cirurgião dentista, preferencialmente especialista em 
saúde da família, e um (01) Técnico ou Auxiliar em Saúde Bucal.
Poderão, ainda, acrescentar até 2 (dois) profissionais da área da saúde de 
nível superior à sua composição, dentre enfermeiros ou outros profissionais 
previstos para os Nasf - AB
Para as comunidades distantes da Unidade Básica de Saúde de referência, 
a eSFF adotará circuito de deslocamento que garanta o atendimento a todas 
as comunidades assistidas, ao menos a cada 60 (sessenta) dias, para asse-
gurar a execução das ações de Atenção Básica.
Para operacionalizar a atenção à saúde das comunidades ribeirinhas dis-
persas no território de abrangência, onde a UBS Fluvial não conseguir apor-
tar, a eSFF poderá receber incentivo financeiro de custeio para logística, que 
considera a existência das seguintes estruturas:
a. até 4 (quatro) unidades de apoio (ou satélites), vinculadas e informadas 
no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde vigente, utilizada(s) como 
base(s) da(s) equipe(s), onde será realizada a atenção de forma descentra-
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
108
lizada; e b. até 4 (quatro) embarcações de pequeno porte exclusivas para o 
deslocamento dos profissionais de saúde da(s) equipe(s) vinculada(s)s ao 
Estabelecimento de Saúde de Atenção Básica.
1 - Equipe de Consultório na Rua (eCR) -equipe de saúde com composi-
ção variável, responsável por articular e prestar atenção integral à saúde de 
pessoas em situação de rua ou com características análogas em determinado 
território, em unidade fixa ou móvel, podendo ter as modalidades e respecti-
vos regramentos descritos em portaria específica.
São itens necessários para o funcionamento das equipes de Consultório 
na Rua (eCR):
a. Realizar suas atividades de forma itinerante, desenvolvendo ações na 
rua, em instalações específicas, na unidade móvel e também nas instalações 
de Unidades Básicas de Saúde do território onde está atuando, sempre arti-
culadas e desenvolvendo ações em parceria com as demais equipes que atu-
am na atenção básica do território (eSF/eAB/UBS e Nasf-AB), e dos Centros 
de Atenção Psicossocial, da Rede de Urgência/Emergência e dos serviços e 
instituições componentes do Sistema Único de Assistência Social entre outras 
instituições públicas e da sociedade civil;
b. Cumprir a carga horária mínima semanal de 30 horas. Porém seu ho-
rário de funcionamento deverá ser adequado às demandas das pessoas em 
situação de rua, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno em todos 
os dias da semana; e c. As eCR poderão ser compostas pelas categorias pro-
fissionais especificadas em portaria específica.
Na composição de cada eCR deve haver, preferencialmente, o máximo 
de dois profissionais da mesma profissão de saúde, seja de nível médio ou 
superior. Todas as modalidades de eCR poderão agregar agentes comunitá-
rios de saúde.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
109
O agente social, quando houver, será considerado equivalente ao pro-
fissional de nível médio. Entende-se por agente social o pro-fissional que 
desempenha atividades que visam garantir a atenção, a defesa e a proteção 
às pessoas em situação de risco pessoal e social, assim como aproximar as 
equipes dos valores, modos de vida e cultura das pessoas em situação de rua.
Para vigência enquanto equipe, deverá cumprir os seguintes requisitos:
I – demonstração do cadastramento da eCR no Sistema de Cadastro Na-
cional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES); e
II – alimentação de dados no Sistema de Informação da Atenção Básica 
vigente, conforme norma específica.
Em Municípios ou áreas que não tenham Consultórios na Rua, o cuidado 
integral das pessoas em situação de rua deve seguir sendo de responsabili-
dade das equipes que atuam na Atenção Básica, incluindo os profissionais de 
saúde bucal e os Núcleos Ampliados à Saúde da Família e equipes de Atenção 
Básica (Nasf-AB) do território onde estas pessoas estão concentradas.
Para cálculo do teto das equipes dos Consultórios na Rua de cada municí-
pio, serão tomados como base os dados dos censos populacionais relaciona-
dos à população em situação de rua realizados por órgãos oficiaise reconhe-
cidos pelo Ministério da Saúde.
As regras estão publicadas em portarias específicas que disciplinam com-
posição das equipes, valor do incentivo financeiro, diretrizes de funcionamen-
to, monitoramento e acompanhamento das equipes de consultório na rua 
entre outras disposições.
1 - Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP): São compostas por equipe 
multiprofissional que deve estar cadastrada no Sistema Nacional de Estabe-
lecimentos de Saúde vigente, e com responsabilidade de articular e prestar 
atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade.
Com o objetivo de garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no 
sistema prisional ao cuidado integral no SUS, é previsto na Política Nacional 
de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
110
Prisional (PNAISP), que os serviços de saúde no sistema prisional passam a 
ser ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do SUS, qualifican-
do também a Atenção Básica no âmbito prisional como porta de entrada do 
sistema e ordenadora das ações e serviços de saúde, devendo realizar suas 
atividades nas unidades prisionais ou nas Unidades Básicas de Saúde a que 
estiver vinculada, conforme portaria específica.
4 - ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA
As atribuições dos profissionais das equipes que atuam na Atenção Básica 
deverão seguir normativas específicas do Ministério da Saúde, bem como as 
definições de escopo de práticas, protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, 
além de outras normativas técnicas estabelecidas pelos gestores federal, es-
tadual, municipal ou do Distrito Federal.
4.1 Atribuições Comuns a todos os membros das Equipes que atuam na 
Atenção Básica:
- Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atu-
ação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos 
e vulnerabilidades;
- Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde 
das famílias e dos indivíduos no sistema de informação da Atenção Básica vi-
gente, utilizando as informações sistematicamente para a análise da situação 
de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, de-
mográficas e epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem 
acompanhadas no planejamento local;
- Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita, prioritaria-
mente no âmbito da Unidade Básica de Saúde, e quando necessário, no do-
micílio e demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros), 
com atenção especial às populações que apresentem necessidades especí-
ficas (em situação de rua, em medida socioeducativa, privada de liberdade, 
ribeirinha, fluvial, etc.).
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
111
- Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde 
da população local, bem como aquelas previstas nas prioridades, protocolos, 
diretrizes clínicas e terapêuticas, assim como, na oferta nacional de ações e 
serviços essenciais e ampliados da AB;
V – Garantir a atenção à saúde da população adscrita, buscando a integra-
lidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação 
da saúde, prevenção de doenças e agravos e da garantia de atendimento da 
demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de 
vigilância em saúde, e incorporando diversas racionalidades em saúde, inclu-
sive Práticas Integrativas e Complementares;
VI – Participar do acolhimento dos usuários, proporcionando atendimento 
humanizado, realizando classificação de risco, identificando as necessidades 
de intervenções de cuidado, responsabilizando-se pela continuidade da aten-
ção e viabilizando o estabelecimento do vínculo;
VII – Responsabilizar-se pelo acompanhamento da população adscrita ao 
longo do tempo no que se refere às múltiplas situações de doenças e agravos, 
e às necessidades de cuidados preventivos, permitindo a longitudinalidade 
do cuidado;
VIII – Praticar cuidado individual, familiar e dirigido a pessoas, famílias e 
grupos sociais, visando propor intervenções que possam influenciar os pro-
cessos saúde-doença individual, das coletividades e da própria comunidade;
IX – Responsabilizar-se pela população adscrita mantendo a coordenação 
do cuidado mesmo quando necessita de atenção em outros pontos de atenção 
do sistema de saúde;
X – Utilizar o Sistema de Informação da Atenção Básica vigente para re-
gistro das ações de saúde na AB, visando subsidiar a gestão, planejamento, 
investigação clínica e epidemiológica, e à avaliação dos serviços de saúde;;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
112
XI – Contribuir para o processo de regulação do acesso a partir da Atenção 
Básica, participando da definição de fluxos assistenciais na RAS, bem como 
da elaboração e implementação de protocolos e diretrizes clínicas e terapêu-
ticas para a ordenação desses fluxos;
XII – Realizar a gestão das filas de espera, evitando a prática do en-
caminhamento desnecessário, com base nos processos de regulação locais 
(referência e contrarreferência), ampliando-a para um processo de comparti-
lhamento de casos e acompanhamento longitudinal de responsabilidade das 
equipes que atuam na atenção básica;
XIII – Prever nos fluxos da RAS entre os pontos de atenção de diferentes 
configurações tecnológicas a integração por meio de serviços de apoio logís-
tico, técnico e de gestão, para garantir a integralidade do cuidado;
XIV – Instituir ações para segurança do paciente e propor medidas para 
reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos;
XV – Alimentar e garantir a qualidade do registro das atividades nos siste-
mas de informação da Atenção Básica, conforme normativa vigente;
XVI – Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação 
compulsória, bem como outras doenças, agravos, surtos, acidentes, violên-
cias, situações sanitárias e ambientais de importância local, considerando 
essas ocorrências para o planejamento de ações de prevenção, proteção e 
recuperação em saúde no território;
XVII – Realizar busca ativa de internações e atendimentos de urgência/
emergência por causas sensíveis à Atenção Básica, a fim de estabelecer es-
tratégias que ampliem a resolutividade e a longitudinalidade pelas equipes 
que atuam na AB;
XVIII – Realizar visitas domiciliares e atendimentos em domicílio às fa-
mílias e pessoas em residências, Instituições de Longa Permanência (ILP), 
abrigos, entre outros tipos de moradia existentes em seu território, de acordo 
com o planejamento da equipe, necessidades e prioridades estabelecidas;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
113
XIX – Realizar atenção domiciliar a pessoas com problemas de saúde con-
trolados/compensados com algum grau de dependência para as atividades da 
vida diária e que não podem se deslocar até a Unidade Básica de Saúde;
XX – Realizar trabalhos interdisciplinares e em equipe, integrando áreas 
técnicas, profissionais de diferentes formações e até mesmo outros níveis de 
atenção, buscando incorporar práticas de vigilância, clínica ampliada e matri-
ciamento ao processo de trabalho cotidiano para essa integração (realização 
de consulta compartilhada reservada aos profissionais de nível superior, cons-
trução de Projeto Terapêutico Singular, trabalho com grupos, entre outras es-
tratégias, em consonância com as necessidades e demandas da população);
XXI – Participar de reuniões de equipes a fim de acompanhar e discutir 
em conjunto o planejamento e avaliação sistemática das ações da equipe, a 
partir da utilização dos dados disponíveis, visando a readequação constante 
do processo de trabalho;
XXII – Articular e participar das atividades de educação permanente e 
educação continuada;
XXIII – Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, con-
forme planejamento da equipe e utilizando abordagens adequadasàs neces-
sidades deste público;
XXIV – Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o ade-
quado funcionamento da UBS;
XIV – Promover a mobilização e a participação da comunidade, estimu-
lando conselhos/colegiados, constituídos de gestores locais, profissionais de 
saúde e usuários, viabilizando o controle social na gestão da Unidade Bási-
ca de Saúde;
XXV – Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam poten-
cializar ações intersetoriais;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
114
XXVI – Acompanhar e registrar no Sistema de Informação da Atenção Bá-
sica e no mapa de acompanhamento do Programa Bolsa Família (PBF), e/ou 
outros pro-gramas sociais equivalentes, as condicionalidades de saúde das 
famílias beneficiárias;e
XXVII – Realizar outras ações e atividades, de acordo com as prioridades 
locais, definidas pelo gestor local.
4.2. São atribuições específicas dos profissionais das equipes que 
atuam na Atenção Básica:
4.2.1 - Enfermeiro:
I – Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às equi-
pes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços 
comunitários (escolas, associações entre outras), em todos os ciclos de vida;
II – Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames 
complementares, prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clí-
nicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor 
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições 
legais da profissão;
III – Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e 
classificação de risco, de acordo com protocolos estabelecidos;
IV – Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para 
as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais 
membros da equipe;
V – Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, usuá-
rios a outros serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede local;
VI – Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos técnicos/
auxiliares de enfermagem, ACS e ACE em conjunto com os outros membros 
da equipe;
VII – Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de enfermagem e ACS;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
115
VIII – Implementar e manter atualizados rotinas, protocolos e fluxos rela-
cionados a sua área de competência na UBS; e
IX – Exercer outras atribuições conforme legislação profissional, e que se-
jam de responsabilidade na sua área de atuação.
4.2.2 - Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem:
I – Participar das atividades de atenção à saúde realizando procedimentos 
regulamentados no exercício de sua profissão na UBS e, quando indicado ou 
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, as-
sociações, entre outros);
II – Realizar procedimentos de enfermagem, como curativos, administra-
ção de medicamentos, vacinas, coleta de material para exames, lavagem, 
preparação e esterilização de materiais, entre outras atividades delegadas 
pelo enfermeiro, de acordo com sua área de atuação e regulamentação; e
III – Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua 
área de atuação.
4.2.1 - Médico:
I – Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua respon-
sabilidade;
II – Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, ati-
vidades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/
ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre outros); em 
conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, bem como 
outras normativas técnicas estabelecidas pelos gestores (federal, estadual, 
municipal ou Distrito Federal), observadas as disposições legais da profissão;
III – Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para 
as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais 
membros da equipe;
IV – Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, 
respeitando fluxos locais, mantendo sob sua responsabilidade o acompanha-
mento do plano terapêutico prescrito;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
116
V – Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, manten-
do a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa;
VI – Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE 
em conjunto com os outros membros da equipe; e
VII – Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua 
área de atuação.
4.2.2 - Cirurgião-Dentista:
I – Realizar a atenção em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, 
prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, acompanhamento, reabili-
tação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a 
indivíduos e a grupos específicos, atividades em grupo na UBS e, quando 
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários 
(escolas, associações entre outros), de acordo com planejamento da equipe, 
com resolubilidade e em conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e 
terapêuticas, bem como outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor 
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições 
legais da profissão;
II – Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico 
para o planejamento e a programação em saúde bucal no território;
III – Realizar os procedimentos clínicos e cirúrgicos da AB em saúde bu-
cal, incluindo atendimento das urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e 
procedimentos relacionados com as fases clínicas de moldagem, adaptação e 
acompanhamento de próteses dentárias (elementar, total e parcial removível);
IV – Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da 
saúde e à prevenção de doenças bucais;
V – Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde com 
os demais membros da equipe, buscando aproximar saúde bucal e integrar 
ações de forma multidisciplinar;
VI – Realizar supervisão do técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em 
saúde bucal (ASB);
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
117
VII – Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE 
em conjunto com os outros membros da equipe;
VIII – Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para 
as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais 
membros da equipe; e
IX – Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área 
de atuação.
4.2.3 - Técnico em Saúde Bucal (TSB):
I – Realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva das famílias, 
indivíduos e a grupos específicos, atividades em grupo na UBS e, quando 
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários 
(escolas, associações entre outros), segundo programação e de acordo com 
suas competências técnicas e legais;
II – Coordenar a manutenção e a conservação dos equipamentos 
odontológicos;
III – Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bu-
cal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações 
de saúde de forma multidisciplinar;
IV – Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e 
promoção da saúde bucal;
V – Participar do treinamento e capacitação de auxiliar em saúde bucal e 
de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde;
VI – Participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na 
prevenção das doenças bucais;
VII – Participar da realização de levantamentos e estudos epidemiológi-
cos, exceto na categoria de examinador;
VIII – Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
IX – Fazer remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica defini-
da pelo cirurgião-dentista;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
118
X – Realizar fotografias e tomadas de uso odontológico exclusivamente em 
consultórios ou clínicas odontológicas;
XI – Inserire distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na 
restauração dentária direta, sendo vedado o uso de materiais e instrumentos 
não indicados pelo cirurgião-dentista;
XII – Auxiliar e instrumentar o cirurgião-dentista nas intervenções clínicas 
e procedimentos demandados pelo mesmo;
XIII – Realizar a remoção de sutura conforme indicação do Cirur-
gião Dentista;
XIV – Executar a organização, limpeza, assepsia, desinfecção e este-
rilização do instrumental, dos equipamentos odontológicos e do ambiente 
de trabalho;
XV – Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após 
atos cirúrgicos;
XVI – Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e 
descarte de produtos e resíduos odontológicos;
XVII – Processar filme radiográfico;
XVIII – Selecionar moldeiras;
XIX – Preparar modelos em gesso;
XX – Manipular materiais de uso odontológico.
XXI – Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua 
área de atuação.
4.2.4 - Auxiliar em Saúde Bucal (ASB):
I – Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famí-
lias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de aten-
ção à saúde;
II – Executar organização, limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização 
do instrumental, dos equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho;
III – Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas,
IV – Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
119
V – Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal 
com os demais membros da equipe de Atenção Básica, buscando aproximar 
e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar;
VI – Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, 
manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos;
VII – Processar filme radiográfico;
VIII – Selecionar moldeiras;
IX – Preparar modelos em gesso;
X – Manipular materiais de uso odontológico realizando manutenção e 
conservação dos equipamentos;
XI – Participar da realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, 
exceto na categoria de examinador; e
XII – Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua 
área de atuação.
4.2.5 - Gerente de Atenção Básica
Recomenda-se a inclusão do Gerente de Atenção Básica com o objetivo 
de contribuir para o aprimoramento e qualificação do processo de trabalho 
nas Unidades Básicas de Saúde, em especial ao fortalecer a atenção à saúde 
prestada pelos profissionais das equipes à população adscrita, por meio de 
função técnico-gerencial. A inclusão deste profissional deve ser avaliada pelo 
gestor, segundo a necessidade do território e cobertura de AB.
Entende-se por Gerente de AB um profissional qualificado, preferencial-
mente com nível superior, com o papel de garantir o planejamento em saúde, 
de acordo com as necessidades do território e comunidade, a organização do 
processo de trabalho, coordenação e integração das ações. Importante res-
saltar que o gerente não seja profissional integrante das equipes vinculadas à 
UBS e que possua experiência na Atenção Básica, preferencialmente de nível 
superior, e dentre suas atribuições estão:
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
120
I – Conhecer e divulgar, junto aos demais profissionais, as diretrizes e 
normas que incidem sobre a AB em âmbito nacional, estadual, municipal e 
Distrito Federal, com ênfase na Política Nacional de Atenção Básica, de modo 
a orientar a organização do processo de trabalho na UBS;
II – Participar e orientar o processo de territorialização, diagnóstico situ-
acional, planejamento e programação das equipes, avaliando resultados e 
propondo estratégias para o alcance de metas de saúde, junto aos demais 
profissionais;
III – Acompanhar, orientar e monitorar os processos de trabalho das equi-
pes que atuam na AB sob sua gerência, contribuindo para implementação de 
políticas, estratégias e programas de saúde, bem como para a mediação de 
conflitos e resolução de problemas;
IV – Mitigar a cultura na qual as equipes, incluindo profissionais envolvidos 
no cuidado e gestores assumem responsabilidades pela sua própria segu-
rança de seus colegas, pacientes e familiares, encorajando a identificação, a 
notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança;
V – Assegurar a adequada alimentação de dados nos sistemas de infor-
mação da Atenção Básica vigente, por parte dos profissionais, verificando sua 
consistência, estimulando a utilização para análise e planejamento das ações, 
e divulgando os resultados obtidos;
VI – Estimular o vínculo entre os profissionais favorecendo o trabalho 
em equipe;
VII – Potencializar a utilização de recursos físicos, tecnológicos e equi-
pamentos existentes na UBS, apoiando os processos de cuidado a partir da 
orientação à equipe sobre a correta utilização desses recursos;
VIII – Qualificar a gestão da infraestrutura e dos insumos (manutenção, 
logística dos materiais, ambiência da UBS), zelando pelo bom uso dos recur-
sos e evitando o desabastecimento;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
121
IX – Representar o serviço sob sua gerência em todas as instâncias ne-
cessárias e articular com demais atores da gestão e do território com vistas à 
qualificação do trabalho e da atenção à saúde realizada na UBS;
X – Conhecer a RAS, participar e fomentar a participação dos profissionais 
na organização dos fluxos de usuários, com base em protocolos, diretrizes 
clínicas e terapêuticas, apoiando a referência e contrarreferência entre equi-
pes que atuam na AB e nos diferentes pontos de atenção, com garantia de 
encaminhamentos responsáveis;
XI – Conhecer a rede de serviços e equipamentos sociais do território, e 
estimular a atuação intersetorial, com atenção diferenciada para as vulnera-
bilidades existentes no território;
XII – Identificar as necessidades de formação/qualificação dos profissio-
nais em conjunto com a equipe, visando melhorias no processo de trabalho, 
na qualidade e resolutividade da atenção, e promover a Educação Permanen-
te, seja mobilizando saberes na própria UBS, ou com parceiros;
XIII – Desenvolver gestão participativa e estimular a participação dos pro-
fissionais e usuários em instâncias de controle social;
XIV – Tomar as providências cabíveis no menor prazo possível quanto a 
ocorrências que interfiram no funcionamento da unidade; e
XV – Exercer outras atribuições que lhe sejam designadas pelo gestor mu-
nicipal ou do Distrito Federal, de acordo com suas competências.
4.2.6 - Agente Comunitário de Saúde (ACS) e Agente de Combate a En-
demias (ACE)
Seguindo o pressuposto de que Atenção Básica e Vigilância em Saúde de-
vem se unir para a adequada identificação de problemas de saúde nos terri-
tórios e o planejamento de estratégias de intervenção clínica e sanitária mais 
efetivas e eficazes, orienta-se que as atividades específicas dos agentes de 
saúde (ACS e ACE) devem ser integradas.
Assim, além das atribuições comuns a todos os profissionais da equipe de 
AB, são atribuições dos ACS e ACE:
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
122
a) Atribuições comuns do ACS e ACE
I – Realizar diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental, epide-
miológico e sanitário do território em que atuam, contribuindo para o proces-
so de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe;
II – Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção de do-
enças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de 
vigilância em saúde, por meio de visitas domiciliares regulares e de ações 
educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da 
comunidade, incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de 
doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário;
III – Realizar visitas domiciliares com periodicidadeestabelecida no plane-
jamento da equipe e conforme as necessidades de saúde da população, para 
o monitoramento da situação das famílias e indivíduos do território, com es-
pecial atenção às pessoas com agravos e condições que necessitem de maior 
número de visitas domiciliares;
IV – Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças 
ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatores ambien-
tais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças in-
fecciosas e agravos;
V – Orientar a comunidade sobre sintomas, riscos e agentes transmissores 
de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva;
VI – Identificar casos suspeitos de doenças e agravos, encaminhar os usu-
ários para a unidade de saúde de referência, registrar e comunicar o fato à 
autoridade de saúde responsável pelo território;
VII – Informar e mobilizar a comunidade para desenvolver medidas sim-
ples de manejo ambiental e outras formas de intervenção no ambiente para 
o controle de vetores;
VIII – Conhecer o funcionamento das ações e serviços do seu território 
e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
123
IX – Estimular a participação da comunidade nas políticas públicas volta-
das para a área da saúde;
X – Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencia-
lizar ações intersetoriais de relevância para a promoção da qualidade de vida 
da população, como ações e programas de educação, esporte e lazer, assis-
tência social, entre outros; e
XI – Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, mu-
nicipal ou do Distrito Federal.
b) Atribuições do ACS:
I – Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em base geográfica 
definida e cadastrar todas as pessoas de sua área, man-tendo os dados atua-
lizados no sistema de informação da Atenção Básica vigente, utilizando-os de 
forma sistemática, com apoio da equipe, para a análise da situação de saúde, 
considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas 
e epidemiológicas do território, e priorizando as situações a serem acompa-
nhadas no planejamento local;
II – Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no 
diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade;
III – Registrar, para fins de planejamento e acompanhamento das ações 
de saúde, os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saú-
de, garantido o sigilo ético;
IV – Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saú-
de e a população adscrita à UBS, considerando as características e as fina-
lidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou 
coletividades;
V – Informar os usuários sobre as datas e horários de consultas e exames 
agendados;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
124
VI – Participar dos processos de regulação a partir da Atenção Básica para 
acompanhamento das necessidades dos usuários no que diz respeito a agen-
damentos ou desistências de consultas e exames solicitados;
VII – Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, mu-
nicipal ou do Distrito Federal.
Poderão ser consideradas, ainda, atividades do Agente Comunitário de 
Saúde, a serem realizadas em caráter excepcional, assistidas por profissional 
de saúde de nível superior, membro da equipe, após treinamento específico e 
fornecimento de equipamentos adequados, em sua base geográfica de atua-
ção, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de referência.
I – aferir a pressão arterial, inclusive no domicílio, com o objetivo de pro-
mover saúde e prevenir doenças e agravos;
II – realizar a medição da glicemia capilar, inclusive no domicílio, para o 
acompanhamento dos casos diagnosticados de diabetes mellitus e segundo 
projeto terapêutico prescrito pelas equipes que atuam na Atenção Básica;
III – aferição da temperatura axilar, durante a visita domiciliar;
IV – realizar técnicas limpas de curativo, que são realizadas com material 
limpo, água corrente ou soro fisiológico e cobertura estéril, com uso de cober-
turas passivas, que somente cobre a ferida; e
V – Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, manten-
do a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa;
VI – Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE 
em conjunto com os outros membros da equipe; e
VII – Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua 
área de atuação.
4.2.2 - Cirurgião-Dentista:
I – Realizar a atenção em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, pre-
venção de agravos, diagnóstico, tratamento, acompanhamento, reabilitação e 
manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a 
grupos específicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou neces-
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
125
sário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações 
entre outros), de acordo com planejamento da equipe, com resolubilidade e em 
conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, bem como ou-
tras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal 
ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão;
II – Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico 
para o planejamento e a programação em saúde bucal no território;
III – Realizar os procedimentos clínicos e cirúrgicos da AB em saúde bu-
cal, incluindo atendimento das urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e 
procedimentos relacionados com as fases clínicas de moldagem, adaptação e 
acompanhamento de próteses dentárias (elementar, total e parcial removível);
IV – Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da 
saúde e à prevenção de doenças bucais;
V – Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde com 
os demais membros da equipe, buscando aproximar saúde bucal e integrar 
ações de forma multidisciplinar;
VI – Realizar supervisão do técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em 
saúde bucal (ASB);
VII – Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE 
em conjunto com os outros membros da equipe;
VIII – Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para 
as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais 
membros da equipe; e
IX – Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área 
de atuação.
4.2.3 - Técnico em Saúde Bucal (TSB):
I – Realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva das famílias, 
indivíduos e a grupos específicos, atividades em grupo na UBS e, quando 
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários 
(escolas, associações entre outros), segundo programação e de acordo com 
suas competências técnicas e legais;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
126
II – Coordenar a manutenção e a conservação dos equipamentos 
odontológicos;
III – Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bu-
cal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações 
de saúde de forma multidisciplinar;
IV – Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e 
promoção da saúde bucal;
V – Participar do treinamento e capacitação de auxiliar em saúde bucal e 
de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde;
VI – Participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na 
prevenção das doenças bucais;
VII – Participar da realização de levantamentos e estudos epidemiológi-
cos, exceto na categoria de examinador;
VIII – Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
IX – Fazer remoção do biofilme, de acordo com a indicaçãotécnica defini-
da pelo cirurgião-dentista;
X – Realizar fotografias e tomadas de uso odontológico exclusivamente em 
consultórios ou clínicas odontológicas;
XI – Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na 
restauração dentária direta, sendo vedado o uso de materiais e instrumentos 
não indicados pelo cirurgião-dentista;
XII – Auxiliar e instrumentar o cirurgião-dentista nas intervenções clínicas 
e procedimentos demandados pelo mesmo;
XIII – Realizar a remoção de sutura conforme indicação do Cirur-
gião Dentista;
XIV – Executar a organização, limpeza, assepsia, desinfecção e este-
rilização do instrumental, dos equipamentos odontológicos e do ambiente 
de trabalho;
XV – Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após 
atos cirúrgicos;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
127
XVI – Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e 
descarte de produtos e resíduos odontológicos;
XVII – Processar filme radiográfico;
XVIII – Selecionar moldeiras;
XIX – Preparar modelos em gesso;
XX – Manipular materiais de uso odontológico.
XXI – Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua 
área de atuação.
4.2.4 - Auxiliar em Saúde Bucal (ASB):
I – Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famí-
lias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de aten-
ção à saúde;
II – Executar organização, limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização 
do instrumental, dos equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho;
III – Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas,
IV – Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
V – Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal 
com os demais membros da equipe de Atenção Básica, buscando aproximar 
e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar;
VI – Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, 
manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos;
VII – Processar filme radiográfico;
VIII – Selecionar moldeiras;
IX – Preparar modelos em gesso;
X – Manipular materiais de uso odontológico realizando manutenção e 
conservação dos equipamentos;
XI – Participar da realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, 
exceto na categoria de examinador; e
XII – Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua 
área de atuação.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
128
4.2.5 - Gerente de Atenção Básica
Recomenda-se a inclusão do Gerente de Atenção Básica com o objetivo 
de contribuir para o aprimoramento e qualificação do processo de trabalho 
nas Unidades Básicas de Saúde, em especial ao fortalecer a atenção à saúde 
prestada pelos profissionais das equipes à população adscrita, por meio de 
função técnico-gerencial. A inclusão deste profissional deve ser avaliada pelo 
gestor, segundo a necessidade do território e cobertura de AB.
Entende-se por Gerente de AB um profissional qualificado, preferencial-
mente com nível superior, com o papel de garantir o planejamento em saúde, 
de acordo com as necessidades do território e comunidade, a organização do 
processo de trabalho, coordenação e integração das ações. Importante res-
saltar que o gerente não seja profissional integrante das equipes vinculadas à 
UBS e que possua experiência na Atenção Básica, preferencialmente de nível 
superior, e dentre suas atribuições estão:
I – Conhecer e divulgar, junto aos demais profissionais, as diretrizes e 
normas que incidem sobre a AB em âmbito nacional, estadual, municipal e 
Distrito Federal, com ênfase na Política Nacional de Atenção Básica, de modo 
a orientar a organização do processo de trabalho na UBS;
II – Participar e orientar o processo de territorialização, diagnóstico situ-
acional, planejamento e programação das equipes, avaliando resultados e 
propondo estratégias para o alcance de metas de saúde, junto aos demais 
profissionais;
III – Acompanhar, orientar e monitorar os processos de trabalho das equi-
pes que atuam na AB sob sua gerência, contribuindo para implementação de 
políticas, estratégias e programas de saúde, bem como para a mediação de 
conflitos e resolução de problemas;
IV – Mitigar a cultura na qual as equipes, incluindo profissionais envolvidos 
no cuidado e gestores assumem responsabilidades pela sua própria segu-
rança de seus colegas, pacientes e familiares, encorajando a identificação, a 
notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
129
V – Assegurar a adequada alimentação de dados nos sistemas de infor-
mação da Atenção Básica vigente, por parte dos profissionais, verificando sua 
consistência, estimulando a utilização para análise e planejamento das ações, 
e divulgando os resultados obtidos;
VI – Estimular o vínculo entre os profissionais favorecendo o trabalho 
em equipe;
VII – Potencializar a utilização de recursos físicos, tecnológicos e equi-
pamentos existentes na UBS, apoiando os processos de cuidado a partir da 
orientação à equipe sobre a correta utilização desses recursos;
VIII – Qualificar a gestão da infraestrutura e dos insumos (manutenção, 
logística dos materiais, ambiência da UBS), zelando pelo bom uso dos recur-
sos e evitando o desabastecimento;
IX – Representar o serviço sob sua gerência em todas as instâncias ne-
cessárias e articular com demais atores da gestão e do território com vistas à 
qualificação do trabalho e da atenção à saúde realizada na UBS;
X – Conhecer a RAS, participar e fomentar a participação dos profissionais 
na organização dos fluxos de usuários, com base em protocolos, diretrizes 
clínicas e terapêuticas, apoiando a referência e contrarreferência entre equi-
pes que atuam na AB e nos diferentes pontos de atenção, com garantia de 
encaminhamentos responsáveis;
XI – Conhecer a rede de serviços e equipamentos sociais do território, e 
estimular a atuação intersetorial, com atenção diferenciada para as vulnera-
bilidades existentes no território;
XII – Identificar as necessidades de formação/qualificação dos profissio-
nais em conjunto com a equipe, visando melhorias no processo de trabalho, 
na qualidade e resolutividade da atenção, e promover a Educação Permanen-
te, seja mobilizando saberes na própria UBS, ou com parceiros;
XIII – Desenvolver gestão participativa e estimular a participação dos pro-
fissionais e usuários em instâncias de controle social;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
130
XIV – Tomar as providências cabíveis no menor prazo possível quanto a 
ocorrências que interfiram no funcionamento da unidade; e
XV – Exercer outras atribuições que lhe sejam designadas pelo gestor mu-
nicipal ou do Distrito Federal, de acordo com suas competências.
4.2.6 - Agente Comunitário de Saúde (ACS) e Agente de Combate a En-
demias (ACE)
Seguindo o pressuposto de que Atenção Básica e Vigilância em Saúde de-
vem se unir para a adequada identificação de problemas de saúde nos terri-
tórios e o planejamento de estratégias de intervenção clínica e sanitária mais 
efetivas e eficazes, orienta-se que as atividades específicas dos agentes de 
saúde (ACS e ACE) devem ser integradas.
Assim, além das atribuições comuns a todos os profissionais da equipe de 
AB, são atribuições dos ACS e ACE:
a) Atribuições comuns do ACS e ACE
I – Realizar diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental, epide-
miológico e sanitário do território em que atuam, contribuindo para o proces-
so de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe;
II – Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção de do-
enças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de 
vigilância em saúde, por meio de visitas domiciliares regulares e de ações 
educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da 
comunidade, incluindo a investigaçãoepidemiológica de casos suspeitos de 
doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário;
III – Realizar visitas domiciliares com periodicidade estabelecida no plane-
jamento da equipe e conforme as necessidades de saúde da população, para 
o monitoramento da situação das famílias e indivíduos do território, com es-
pecial atenção às pessoas com agravos e condições que necessitem de maior 
número de visitas domiciliares;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
131
IV – Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças 
ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatores ambien-
tais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças in-
fecciosas e agravos;
V – Orientar a comunidade sobre sintomas, riscos e agentes transmissores 
de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva;
VI – Identificar casos suspeitos de doenças e agravos, encaminhar os usu-
ários para a unidade de saúde de referência, registrar e comunicar o fato à 
autoridade de saúde responsável pelo território;
VII – Informar e mobilizar a comunidade para desenvolver medidas sim-
ples de manejo ambiental e outras formas de intervenção no ambiente para 
o controle de vetores;
VIII – Conhecer o funcionamento das ações e serviços do seu território 
e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;
IX – Estimular a participação da comunidade nas políticas públicas volta-
das para a área da saúde;
X – Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencia-
lizar ações intersetoriais de relevância para a promoção da qualidade de vida 
da população, como ações e programas de educação, esporte e lazer, assis-
tência social, entre outros; e
XI – Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, mu-
nicipal ou do Distrito Federal.
b)Atribuições do ACS:
I – Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em base geográfica 
definida e cadastrar todas as pessoas de sua área, man-tendo os dados atua-
lizados no sistema de informação da Atenção Básica vigente, utilizando-os de 
forma sistemática, com apoio da equipe, para a análise da situação de saúde, 
considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas 
e epidemiológicas do território, e priorizando as situações a serem acompa-
nhadas no planejamento local;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
132
II – Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no 
diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade;
III – Registrar, para fins de planejamento e acompanhamento das ações 
de saúde, os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saú-
de, garantido o sigilo ético;
IV – Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saú-
de e a população adscrita à UBS, considerando as características e as fina-
lidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou 
coletividades;
V – Informar os usuários sobre as datas e horários de consultas e exames 
agendados;
VI – Participar dos processos de regulação a partir da Atenção Básica para 
acompanhamento das necessidades dos usuários no que diz respeito a agen-
damentos ou desistências de consultas e exames solicitados;
VII – Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, mu-
nicipal ou do Distrito Federal.
Poderão ser consideradas, ainda, atividades do Agente Comunitário de 
Saúde, a serem realizadas em caráter excepcional, assistidas por profissional 
de saúde de nível superior, membro da equipe, após treinamento específico e 
fornecimento de equipamentos adequados, em sua base geográfica de atua-
ção, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de referência.
I – aferir a pressão arterial, inclusive no domicílio, com o objetivo de pro-
mover saúde e prevenir doenças e agravos;
II – realizar a medição da glicemia capilar, inclusive no domicílio, para o 
acompanhamento dos casos diagnosticados de diabetes mellitus e segundo 
projeto terapêutico prescrito pelas equipes que atuam na Atenção Básica;
III – aferição da temperatura axilar, durante a visita domiciliar;
IV – realizar técnicas limpas de curativo, que são realizadas com material 
limpo, água corrente ou soro fisiológico e cobertura estéril, com uso de cober-
turas passivas, que somente cobre a ferida; e
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
133
V – orientação e apoio, em domicílio, para a correta administração da me-
dicação do paciente em situação de vulnerabilidade.
Importante ressaltar que os ACS só realizarão a execução dos procedi-
mentos que requeiram capacidade técnica específica se detiverem a respecti-
va formação, respeitada autorização legal.
c) Atribuições do ACE:
I – Executar ações de campo para pesquisa entomológica, malacológica ou 
coleta de reservatórios de doenças;
II – Realizar cadastramento e atualização da base de imóveis para plane-
jamento e definição de estratégias de prevenção, intervenção e controle de 
doenças, incluindo, dentre outros, o recenseamento de animais e levanta-
mento de índice amostral tecnicamente indicado;
III – Executar ações de controle de doenças utilizando as medidas de con-
trole químico, biológico, manejo ambiental e outras ações de manejo integra-
do de vetores;
IV – Realizar e manter atualizados os mapas, croquis e o reconhecimento 
geográfico de seu território; e
V – Executar ações de campo em projetos que visem avaliar novas meto-
dologias de intervenção para prevenção e controle de doenças; e
VI – Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, mu-
nicipal ou do Distrito Federal.
O ACS e o ACE devem compor uma equipe de Atenção Básica (eAB) ou 
uma equipe de Saúde da Família (eSF) e serem coordenados por profissionais 
de saúde de nível superior realizado de forma compartilhada entre a Atenção 
Básica e a Vigilância em Saúde. Nas localidades em que não houver cobertu-
ra por equipe de Atenção Básica (eAB) ou equipe de Saúde da Família (eSF), 
o ACS deve se vincular à equipe da Estratégia de Agentes Comunitários de 
Saúde (EACS). Já o ACE, nesses casos, deve ser vinculado à equipe de vigi-
lância em saúde do município e sua supervisão técnica deve ser realizada por 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
134
profissional com comprovada capacidade técnica, podendo estar vinculado à 
equipe de atenção básica, ou saúde da família, ou a outro serviço a ser defi-
nido pelo gestor local.
5. DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA
A Atenção Básica como contato preferencial dos usuários na rede de aten-
ção à saúde orienta-se pelos princípios e diretrizes do SUS, a partir dos quais 
assume funções e características específicas. Considera as pessoas em sua sin-
gularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral, por 
meio da promoção da saúde, da prevenção de doenças e agravos, do diagnós-
tico, do tratamento, da reabilitação e da redução de danos ou de sofrimentos 
que possam comprometer sua autonomia.
Dessa forma, é fundamental que o processo de trabalho na Atenção Básica 
se caracteriza por:
I – Definição do território e Territorialização - A gestão deve definir o terri-
tório de responsabilidade de cada equipe, e esta deve conhecer o território de 
atuação para programar suas ações de acordo com o perfil e as necessidades 
da comunidade, considerando diferentes elementos para a cartografia: am-
bientais, históricos, demográficos, geográficos, econômicos, sanitários, sociais, 
culturais, etc. Importante refazer ou complementar a territorialização sempre 
que necessário, já que o território é vivo. Nesse processo, a Vigilância em Saú-
de (sanitária, ambiental,epidemiológica e do trabalhador) e a Promoção da 
Saúde se mostram como referenciais essenciais para a identificação da rede 
de causalidades e dos elementos que exercem determinação sobre o processo 
saúde-doença, auxiliando na percepção dos problemas de saúde da população 
por parte da equipe e no planejamento das estratégias de intervenção.
Além dessa articulação de olhares para a compreensão do território sob a 
responsabilidade das equipes que atuam na AB, a integração entre as ações 
de Atenção Básica e Vigilância em Saúde deve ser concreta, de modo que se 
recomenda a adoção de um território único para ambas as equipes, em que o 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
135
Agente de Combate às Endemias trabalhe em conjunto com o Agente Comu-
nitário de Saúde e os demais membros da equipe multiprofissional de AB na 
identificação das necessidades de saúde da população e no planejamento das 
intervenções clínicas e sanitárias.
Possibilitar, de acordo com a necessidade e conformação do território, 
através de pactuação e negociação entre gestão e equipes, que o usuário 
possa ser atendido fora de sua área de cobertura, mantendo o diálogo e a 
informação com a equipe de referência.
II – Responsabilização Sanitária - Papel que as equipes devem assumir 
em seu território de referência (adstrição), considerando questões sanitárias, 
ambientais (desastres, controle da água, solo, ar), epidemiológicas (surtos, 
epidemias, notificações, controle de agravos), culturais e socioeconômicas, 
contribuindo por meio de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de 
saúde da população com residência fixa, os itinerantes (população em situa-
ção de rua, ciganos, circenses, andarilhos, acampados, assentados, etc) ou 
mesmo trabalhadores da área adstrita.
III – Porta de Entrada Preferencial - A responsabilização é fundamental 
para a efetivação da Atenção Básica como contato e porta de entrada prefe-
rencial da rede de atenção, primeiro atendimento às urgências/emergências, 
acolhimento, organização do escopo de ações e do processo de trabalho de 
acordo com demandas e necessidades da população, através de estratégias 
diversas (protocolos e diretrizes clínicas, linhas de cuidado e fluxos de enca-
minhamento para os outros pontos de atenção da RAS, etc). Caso o usuário 
acesse a rede através de outro nível de atenção, ele deve ser referenciado à 
Atenção Básica para que siga sendo acompanhado, assegurando a continui-
dade do cuidado.
IV – Adscrição de usuários e desenvolvimento de relações de vínculo e 
responsabilização entre a equipe e a população do seu território de atuação, 
de forma a facilitar a adesão do usuário ao cuidado compartilhado com a 
equipe (vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, 
com o objetivo de ser referência para o seu cuidado).
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
136
V – Acesso - A unidade de saúde deve acolher todas as pessoas do seu 
território de referência, de modo universal e sem diferenciações excludentes. 
Acesso tem relação com a capacidade do serviço em responder às necessi-
dades de saúde da população (residente e itinerante). Isso implica dizer que 
as necessidades da população devem ser o principal referencial para a defi-
nição do escopo de ações e serviços a serem ofertados, para a forma como 
esses serão organizados e para o todo o funcionamento da UBS, permitindo 
diferenciações de horário de atendimento (estendido, sábado, etc), formas de 
agendamento (por hora marcada, por telefone, e-mail, etc), e outros, para 
assegurar o acesso. Pelo mesmo motivo, recomenda-se evitar barreiras de 
acesso como o fechamento da unidade durante o horário de almoço ou em 
períodos de férias, entre outros, impedindo ou restringindo a acesso da popu-
lação. Destaca-se que horários alternativos de funcionamento que atendam 
expressamente a necessidade da população podem ser pactuados através 
das instâncias de participação social e gestão local.
Importante ressaltar também que para garantia do acesso é necessário 
acolher e resolver os agravos de maior incidência no território e não apenas 
as ações programáticas, garantindo um amplo escopo de ofertas nas unida-
des, de modo a concentrar recursos e maximizar ofertas.
VI – O acolhimento deve estar presente em todas as relações de cuidado, 
nos encontros entre trabalhadores de saúde e usuários, nos atos de receber 
e escutar as pessoas, suas necessidades, problematizando e reconhecendo 
como legítimas, e realizando avaliação de risco e vulnerabilidade das famílias 
daquele território, sendo que quanto maior o grau de vulnerabilidade e risco, 
menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe, com especial atenção 
para as condições crônicas.
Considera-se condição crônica aquela de curso mais ou me-nos longo ou 
permanente que exige resposta e ações contínuas, proativas e integradas do 
sistema de atenção à saúde, dos profissionais de saúde e das pessoas usuá-
rias para o seu controle efetivo, eficiente e com qualidade.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
137
Ressalta-se a importância de que o acolhimento aconteça durante todo o 
horário de funcionamento da UBS, na organização dos fluxos de usuários na 
unidade, no estabelecimento de avaliações de risco e vulnerabilidade, na defi-
nição de modelagens de escuta (individual, coletiva, etc), na gestão das agen-
das de atendimento individual, nas ofertas de cuidado multidisciplinar, etc.
A saber, o acolhimento à demanda espontânea na Atenção Básica pode se 
constituir como:
a. Mecanismo de ampliação/facilitação do acesso - a equipe deve atender 
todos as pessoas que chegarem na UBS, conforme sua necessidade, e não 
apenas determinados grupos populacionais, ou agravos mais prevalentes e/
ou fragmentados por ciclo de vida. Dessa forma a ampliação do acesso ocor-
re também contemplando a agenda programada e a demanda espontânea, 
abordando as situações con-forme suas especificidades, dinâmicas e tempo.
b. Postura, atitude e tecnologia do cuidado - se estabelece nas relações 
entre as pessoas e os trabalhadores, nos modos de escuta, na maneira de 
lidar com o não previsto, nos modos de construção de vínculos (sensibilidade 
do trabalhador, posicionamento ético situacional), podendo facilitar a conti-
nuidade do cuidado ou facilitando o acesso sobretudo para aqueles que pro-
curam a UBS fora das consultas ou atividades agendadas.
c. Dispositivo de (re)organização do processo de trabalho em equipe - a 
implantação do acolhimento pode provocar mudanças no modo de organiza-
ção das equipes, relação entre trabalhadores e modo de cuidar. Para acolher a 
demanda espontânea com equidade e qualidade, não basta distribuir senhas 
em número limitado, nem é possível encaminhar todas as pessoas ao médico, 
aliás o acolhimento não deve se restringir à triagem clínica. Organizar a par-
tir do acolhimento exige que a equipe reflita sobre o conjunto de ofertas que 
ela tem apresentado para lidar com as necessidades de saúde da população 
e território. Para isso é importante que a equipe defina quais profissionais 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
138
vão receber o usuário que chega; como vai avaliar o risco e vulnerabilidade; 
fluxos e protocolos para encaminhamento; como organizar a agenda dos pro-
fissionais para o cuidado; etc.
Destacam-se como importantes ações no processo de avaliação de risco e 
vulnerabilidade na Atenção Básica o Acolhimento com Classificação de Risco 
(a) e a Estratificação de Risco (b).
a) Acolhimento com Classificação de Risco: escuta qualificada e compro-
metida com a avaliação do potencial de risco, agravo à saúde e grau de sofri-
mento dos usuários, considerando dimensões de expressão (física, psíquica, 
social, etc) e gravidade, que possibilita priorizar os atendimentos a eventos 
agudos (condições agudas e agudizações de condições crônicas) conforme a 
necessidade,a partir de critérios clínicos e de vulnerabilidade disponíveis em 
diretrizes e protocolos assistenciais definidos no SUS.
O processo de trabalho das equipes deve estar organizado de modo a per-
mitir que casos de urgência/emergência tenham prioridade no atendimento, 
independentemente do número de consultas agendadas no período. Caberá à 
UBS prover atendimento adequado à situação e dar suporte até que os usuá-
rios sejam acolhidos em outros pontos de atenção da RAS.
As informações obtidas no acolhimento com classificação de risco deve-
rão ser registradas em prontuário do cidadão (físico ou preferencialmente 
eletrônico).
Os desfechos do acolhimento com classificação de risco poderão ser defi-
nidos como: 1- consulta ou procedimento imediato;
1. consulta ou procedimento em horário disponível no mesmo dia;
2. agendamento de consulta ou procedimento em data futura, para usuá-
rio do território;
3. procedimento para resolução de demanda simples prevista em proto-
colo, como renovação de receitas para pessoas com condições crônicas, con-
dições clínicas estáveis ou solicitação de exames para o seguimento de linha 
de cuidado bem definida;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
139
4. encaminhamento a outro ponto de atenção da RAS, mediante contato 
prévio, respeitado o protocolo aplicável; e
5. orientação sobre territorialização e fluxos da RAS, com indicação espe-
cífica do serviço de saúde que deve ser procurado, no município ou fora dele, 
nas demandas em que a classificação de risco não exija atendimento no mo-
mento da procura do serviço.
b) Estratificação de risco: É o processo pelo qual se utiliza critérios clíni-
cos, sociais, econômicos, familiares e outros, com base em diretrizes clínicas, 
para identificar subgrupos de acordo com a complexidade da condição crônica 
de saúde, com o objetivo de diferenciar o cuidado clínico e os fluxos que cada 
usuário deve seguir na Rede de Atenção à Saúde para um cuidado integral.
A estratificação de risco da população adscrita a determinada UBS é fun-
damental para que a equipe de saúde organize as ações que devem ser ofe-
recidas a cada grupo ou estrato de risco/vulnerabilidade, levando em consi-
deração a necessidade e adesão dos usuários, bem como a racionalidade dos 
recursos disponíveis nos serviços de saúde.
VII – Trabalho em Equipe Multiprofissional - Considerando a diversidade e 
complexidade das situações com as quais a Atenção Básica lida, um atendi-
mento integral requer a presença de diferentes formações profissionais traba-
lhando com ações compartilhadas, assim como, com processo interdisciplinar 
centrado no usuário, incorporando práticas de vigilância, promoção e assis-
tência à saúde, bem como matriciamento ao processo de trabalho cotidiano. 
É possível integrar também profissionais de outros níveis de atenção.
VIII – Resolutividade - Capacidade de identificar e intervir nos riscos, ne-
cessidades e demandas de saúde da população, atingindo a solução de pro-
blemas de saúde dos usuários. A equipe deve ser resolutiva desde o contato 
inicial, até demais ações e serviços da AB de que o usuário necessite. Para 
tanto, é preciso garantir amplo escopo de ofertas e abordagens de cuidado, 
de modo a concentrar recursos, maximizar as ofertas e melhorar o cuidado, 
encaminhando de forma qualificada o usuário que necessite de atendimento 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
140
especializado. Isso inclui o uso de diferentes tecnologias e abordagens de 
cuidado individual e coletivo, por meio de habilidades das equipes de saúde 
para a promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos, proteção e re-
cuperação da saúde, e redução de danos. Importante promover o uso de fer-
ramentas que apoiem e qualifiquem o cuidado realizado pelas equipes, como 
as ferramentas da clínica ampliada, gestão da clínica e promoção da saúde, 
para ampliação da resolutividade e abrangência da AB.
Entende-se por ferramentas de Gestão da Clínica um con-junto de tecno-
logias de microgestão do cuidado destinado a promover uma atenção à saúde 
de qualidade, como protocolos e diretrizes clínicas, planos de ação, linhas de 
cuidado, projetos terapêuticos singulares, genograma, ecomapa, gestão de 
listas de espera, auditoria clínica, indicadores de cuidado, entre outras. Para a 
utilização dessas ferramentas, deve-se considerar a clínica centrada nas pes-
soas; efetiva, estruturada com base em evidências científicas; segura, que 
não cause danos às pessoas e aos profissionais de saúde; eficiente, oportuna, 
prestada no tempo certo; equitativa, de forma a reduzir as desigualdades e 
que a oferta do atendimento se dê de forma humanizada.
VIII – Promover atenção integral, contínua e organizada à população ads-
crita, com base nas necessidades sociais e de saúde, através do estabeleci-
mento de ações de continuidade informacional, interpessoal e longitudinal com 
a população. A Atenção Básica deve buscar a atenção integral e de qualidade, 
resolutiva e que contribua para o fortalecimento da autonomia das pessoas no 
cuidado à saúde, estabelecendo articulação orgânica com o conjunto da rede 
de atenção à saúde. Para o alcance da integralidade do cuidado, a equipe deve 
ter noção sobre a ampliação da clínica, o conhecimento sobre a realidade local, 
o trabalho em equipe multiprofissional e transdisciplinar, e a ação intersetorial.
Para isso pode ser necessário realizar de ações de atenção à saúde nos 
estabelecimentos de Atenção Básica à saúde, no domicílio, em locais do ter-
ritório (salões comunitários, escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços 
que comportem a ação planejada.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
141
IX – Realização de ações de atenção domiciliar destinada a usuários que 
possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade 
ou impossibilidade física de locomoção até uma Unidade Básica de Saúde, 
que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de 
recursos de saúde, para famílias e/ou pessoas para busca ativa, ações de 
vigilância em saúde e realizar o cuidado compartilhado com as equipes de 
atenção domiciliar nos casos de maior complexidade.
X – Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de 
acordo com as necessidades de saúde da população, com a priorização de in-
tervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo critérios de 
frequência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui o planejamento 
e organização da agenda de trabalho compartilhada de todos os profissionais, 
e recomenda- se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas 
de saúde, ciclos de vida, gênero e patologias dificultando o acesso dos usuá-
rios. Recomenda-se a utilização de instrumentos de planejamento estratégico 
situacional em saúde, que seja ascendente e envolva a participação popular 
(gestores, trabalhadores e usuários).
XI – Implementação da Promoção da Saúde como um princípio para o cui-
dado em saúde, entendendo que, além da sua importância para o olhar sobre 
o território e o perfil das pessoas, considerando a determinação social dos 
processos saúde-doença para o planejamento das intervenções da equipe, 
contribui também para a qualificação e diversificação das ofertas de cuidado. 
A partir do respeito à autonomia dos usuários, é possível estimular formas 
de andar a vida e comportamentos com prazer que permaneçam dentro de 
certos limites sensíveis entre a saúde e a doença, o saudável e o prejudicial, 
que sejam singulares e viáveis para cada pessoa. Ainda, numa acepção mais 
ampla, é possível estimular a transformação das condições de vida e saúde 
de indivíduos e coletivos, através de estratégias transversais que estimulem 
a aquisição de novas atitudes entre as pessoas, favorecendo mudanças para 
modos de vida mais saudáveis e sustentáveis.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
142
Embora seja recomendadoque as ações de promoção da saúde estejam 
pautadas nas necessidades e demandas singulares do território de atuação da 
AB, denotando uma ampla possibilidade de temas para atuação, destacam-se 
alguns de relevância geral na população brasileira, que devem ser considera-
dos na abordagem da Promoção da Saúde na AB: alimentação adequada e sau-
dável; práticas corporais e atividade física; enfrentamento do uso do tabaco e 
seus derivados; enfrentamento do uso abusivo de álcool; promoção da redução 
de danos; promoção da mobilidade segura e sustentável; promoção da cultura 
de paz e de direitos humanos; promoção do desenvolvimento sustentável.
XII – Desenvolvimento de ações de prevenção de doenças e agravos em 
todos os níveis de acepção deste termo (primária, secundária, terciária e 
quartenária), que priorizem determinados perfis epidemiológicos e os fatores 
de risco clínicos, comportamentais, alimentares e/ou ambientais, bem como 
aqueles determinados pela produção e circulação de bens, prestação de ser-
viços de interesse da saúde, ambientes e processos de trabalho. A finalidade 
dessas ações é prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças, agra-
vos e complicações preveníveis, evitar intervenções desnecessárias e iatrogê-
nicas e ainda estimular o uso racional de medicamentos.
Para tanto é fundamental a integração do trabalho entre Atenção Básica 
e Vigilância em Saúde, que é um processo contínuo e sistemático de coleta, 
consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados 
à saúde, visando ao planejamento e a implementação de medidas de saúde 
pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de 
riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde.
As ações de Vigilância em Saúde estão inseridas nas atribuições de todos 
os profissionais da Atenção Básica e envolvem práticas e processos de traba-
lho voltados para:
a. vigilância da situação de saúde da população, com análises que subsi-
diem o planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monito-
ramento e avaliação das ações de saúde pública;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
143
b. detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta de 
saúde pública;
c. vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; e d. vigi-
lância das violências, das doenças crônicas não transmissíveis e acidentes.
A AB e a Vigilância em Saúde deverão desenvolver ações integradas vi-
sando à promoção da saúde e prevenção de doenças nos territórios sob sua 
responsabilidade. Todos profissionais de saúde deverão realizar a notificação 
compulsória e conduzir a investigação dos casos suspeitos ou confirmados de 
doenças, agravos e outros eventos de relevância para a saúde pública, con-
forme protocolos e normas vigentes.
Compete à gestão municipal reorganizar o território, e os processos de 
trabalho de acordo com a realidade local.
A integração das ações de Vigilância em Saúde com Atenção Básica, pres-
supõe a reorganização dos processos de trabalho da equipe, a integração das 
bases territoriais (território único), preferencialmente e rediscutir as ações e 
atividades dos agentes comunitários de saúde e do agentes de combate às 
endemias, com definição de papéis e responsabilidades.
A coordenação deve ser realizada por profissionais de nível superior das 
equipes que atuam na Atenção Básica.
XIII – Desenvolvimento de ações educativas por parte das equipes que 
atuam na AB, devem ser sistematizadas de forma que possam interferir no 
processo de saúde-doença da população, no desenvolvimento de autonomia, 
individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida e promoção do auto-
cuidado pelos usuários.
XIV – Desenvolver ações intersetoriais, em interlocução com escolas, 
equipamentos do SUAS, associações de moradores, equipamentos de segu-
rança, entre outros, que tenham relevância na comunidade, integrando pro-
jetos e redes de apoio social, voltados para o desenvolvimento de uma aten-
ção integral;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
144
XV – Implementação de diretrizes de qualificação dos modelos de atenção 
e gestão, tais como, a participação coletiva nos processos de gestão, a valori-
zação, fomento a autonomia e protagonismo dos diferentes sujeitos implica-
dos na produção de saúde, autocuidado apoiado, o compromisso com a am-
biência e com as condições de trabalho e cuidado, a constituição de vínculos 
solidários, a identificação das necessidades sociais e organização do serviço 
em função delas, entre outras;
XVI – Participação do planejamento local de saúde, assim como do mo-
nitoramento e a avaliação das ações na sua equipe, unidade e município; 
visando à readequação do processo de trabalho e do planejamento frente às 
necessidades, realidade, dificuldades e possibilidades analisadas.
O planejamento ascendente das ações de saúde deverá ser elaborado de 
forma integrada nos âmbitos das equipes, dos municípios, das regiões de 
saúde e do Distrito Federal, partindo-se do reconhecimento das realidades 
presentes no território que influenciam a saúde, condicionando as ofertas da 
Rede de Atenção Saúde de acordo com a necessidade/demanda da popula-
ção, com base em parâmetros estabelecidos em evidências científicas, situ-
ação epidemiológica, áreas de risco e vulnerabilidade do território adscrito.
As ações em saúde planejadas e propostas pelas equipes deverão conside-
rar o elenco de oferta de ações e de serviços prestados na AB, os indicadores 
e parâmetros, pactuados no âmbito do SUS.
As equipes que atuam na AB deverão manter atualizadas as informações 
para construção dos indicadores estabelecidos pela gestão, com base nos pa-
râmetros pactuados alimentando, de forma digital, o sistema de informação 
de Atenção Básica vigente;
XVII – Implantar estratégias de Segurança do Paciente na AB, estimulan-
do prática assistencial segura, envolvendo os pacientes na segurança, criando 
mecanismos para evitar erros, garantir o cui-dado centrado na pessoa, reali-
zando planos locais de segurança do paciente, fornecendo melhoria contínua 
relacionando a identificação, a prevenção, a detecção e a redução de riscos.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
145
XVIII – Apoio às estratégias de fortalecimento da gestão local e do con-
trole social, participando dos conselhos locais de saúde de sua área de abran-
gência, assim como, articular e incentivar a participação dos trabalhadores e 
da comunidade nas reuniões dos conselhos locais e municipal; e
XIX – Formação e Educação Permanente em Saúde, como parte do pro-
cesso de trabalho das equipes que atuam na Atenção Básica. Considera-se 
Educação Permanente em Saúde (EPS) a aprendizagem que se desenvolve 
no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das 
organizações e do trabalho, baseandose na aprendizagem significativa e na 
possibilidade de transformar as práticas dos trabalhadores da saúde. Nesse 
contexto, é importante que a EPS se desenvolva essencialmente em espa-
ços institucionalizados, que sejam parte do cotidiano das equipes (reuniões, 
fóruns territoriais, entre outros), devendo ter espaço garantido na carga ho-
rária dos trabalhadores e contemplar a qualificação de todos da equipe mul-
tiprofissional, bem como os gestores.
Algumas estratégias podem se aliar a esses espaços institucionais em que 
equipe e gestores refletem, aprendem e trans-formam os processos de traba-
lho no dia a dia, de modo a potencializá-los, tais como Cooperação Horizontal, 
Apoio Institucional, Tele Educação, Formação em Saúde.
Entende-se que o apoio institucional deve ser pensado como uma função 
gerencial que busca a reformulação do modo tradicional de se fazer coorde-
nação, planejamento, supervisão e avaliação em saúde. Ele deve assumir 
como objetivo a mudança nas organizações, tomando como matéria-prima 
os problemas e tensões do cotidiano Nesse sentido,pressupõe-se o esforço 
de transformar os modelos de gestão verticalizados em relações horizontais 
que ampliem a democratização, autonomia e compromisso dos trabalhadores 
e gestores, baseados em relações contínuas e solidárias.
A Formação em Saúde, desenvolvida por meio da relação entre trabalha-
dores da AB no território (estágios de graduação e residências, projetos de 
pesquisa e extensão, entre outros), beneficiam AB e instituições de ensino 
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
146
e pesquisa, trabalhadores, docentes e discentes e, acima de tudo, a popu-
lação, com profissionais de saúde mais qualificados para a atuação e com a 
produção de conhecimento na AB. Para o fortalecimento da integração entre 
ensino, serviços e comunidade no âmbito do SUS, destaca-se a estratégia de 
celebração de instrumentos contratuais entre instituições de ensino e serviço, 
como forma de garantir o acesso a todos os estabelecimentos de saúde sob 
a responsabilidade do gestor da área de saúde como cenário de práticas para 
a formação no âmbito da graduação e da residência em saúde no SUS, bem 
como de estabelecer atribuições das partes relacionadas ao funcionamento 
da integração ensino-serviço- comunidade.
Além dessas ações que se desenvolvem no cotidiano das equipes, de for-
ma complementar, é possível oportunizar processos formativos com tempo 
definido, no intuito de desenvolver reflexões, conhecimentos, competências, 
habilidades e atitudes específicas, através dos processos de Educação Conti-
nuada, igualmente como estratégia para a qualificação da AB. As ofertas edu-
cacionais devem, de todo modo, ser indissociadas das temáticas relevantes 
para a Atenção Básica e da dinâmica cotidiana de trabalho dos profissionais.
6. DO FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE ATENÇÃO BÁSICA
O financiamento da Atenção Básica deve ser tripartite e com detalhamen-
to apresentado pelo Plano Municipal de Saúde garantido nos instrumentos 
conforme especificado no Plano Nacional, Estadual e Municipal de gestão do 
SUS. No âmbito federal, o montante de recursos financeiros destinados à 
viabilização de ações de Atenção Básica à saúde compõe o bloco de financia-
mento de Atenção Básica (Bloco AB) e parte do bloco de financiamento de 
investimento e seus recursos deverão ser utilizados para financiamento das 
ações de Atenção Básica.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
147
Os repasses dos recursos da AB aos municípios são efetuados em conta 
aberta especificamente para este fim, de acordo com a normatização geral de 
transferências de recursos fundo a fundo do Ministério da Saúde com o obje-
tivo de facilitar o acompanhamento pelos Conselhos de Saúde no âmbito dos 
municípios, dos estados e do Distrito Federal.
O financiamento federal para as ações de Atenção Básica deverá ser 
composto por:
I – Recursos per capita; que levem em consideração aspectos sociodemo-
gráficos e epidemiológicos;
II – Recursos que estão condicionados à implantação de estratégias e pro-
gramas da Atenção Básica, tais como os recursos específicos para os municípios 
que implantarem, as equipes de Saúde da Família (eSF), as equipes de Atenção 
Básica (eAB), as equipes de Saúde Bucal (eSB), de Agentes Comunitários de 
Saúde (EACS), dos Núcleos Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica 
(Nasf-AB), dos Consultórios na Rua (eCR), de Saúde da Família Fluviais (eSFF) e 
Ribeirinhas (eSFR) e Programa Saúde na Escola e Programa Academia da Saúde;
III – Recursos condicionados à abrangência da oferta de ações e serviços;
IV – Recursos condicionados ao desempenho dos serviços de Atenção Bá-
sica com parâmetros, aplicação e comparabilidade nacional, tal como o Pro-
grama de Melhoria de Acesso e Qualidade;
V – Recursos de investimento;
Os critérios de alocação dos recursos da AB deverão se ajustar conforme 
a regulamentação de transferência de recursos federais para o financiamento 
das ações e serviços públicos de saúde no âmbito do SUS, respeitando espe-
cificidades locais, e critério definido na LC n. 141/2012.
I – Recurso per capita:
O recurso per capita será transferido mensalmente, de forma regular e au-
tomática, do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde e do 
Distrito Federal com base num valor multiplicado pela população do Município.
A população de cada município e do Distrito Federal será a população de-
finida pelo IBGE e publicada em portaria específica pelo Ministério da Saúde.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
148
II – Recursos que estão condicionados à implantação de estratégias e pro-
gramas da Atenção Básica
1. Equipe de Saúde da Família (eSF): os valores dos incentivos financeiros 
para as equipes de Saúde da Família implantadas serão prioritário e superior, 
transferidos a cada mês, tendo como base o número de equipe de Saúde da 
Família (eSF) registrados no sistema de Cadastro Nacional vigente no mês 
anterior ao da respectiva competência financeira.
O valor do repasse mensal dos recursos para o custeio das equipes de 
Saúde da Família será publicado em portaria específica
2. Equipe de Atenção Básica (eAB): os valores dos incentivos financeiros 
para as equipes de Atenção Básica (eAB) implantadas serão transferidos a 
cada mês, tendo como base o número de equipe de Atenção Básica (eAB) 
registrados no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 
vigente no mês anterior ao da respectiva competência financeira.
O percentual de financiamento das equipes de Atenção Básica (eAB), será 
definido pelo Ministério da Saúde, a depender da disponibilidade orçamentá-
ria e demanda de credenciamento.
1. Equipe de Saúde Bucal (eSB): Os valores dos incentivos financeiros quan-
do as equipes de Saúde da Família (eSF) e/ou Atenção Básica (eAB) forem com-
postas por profissionais de Saúde Bucal, serão transferidos a cada mês, o valor 
correspondente a modalidade, tendo como base o número de equipe de Saúde 
Bucal (eSB) registrados no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos 
de Saúde vigente no mês anterior ao da respectiva competência financeira.
1. O repasse mensal dos recursos para o custeio das Equipes de Saúde 
Bucal será publicado em portaria específica.
1. Equipe Saúde da Família comunidades Ribeirinhas e Fluviais
4.1. Equipes Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR): os valores dos incenti-
vos financeiros para as equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR) im-
plantadas serão transferidos a cada mês, tendo como base o número de equi-
pe de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR) registrados no sistema de Cadastro 
Nacional vigente no mês anterior ao da respectiva competência financeira.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
149
O valor do repasse mensal dos recursos para o custeio das equipes de 
Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR) será publicado em portaria específica e 
poderá ser agregado um valor nos casos em que a equipe necessite de trans-
porte fluvial para acessar as comunidades ribeirinhas adscritas para execução 
de suas atividades.
4.2. Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): os valores dos incentivos 
financeiros para as equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF) implantadas 
serão transferidos a cada mês, tendo como base o número de Unidades Bá-
sicas de Saúde Fluviais (UBSF) registrados no sistema de Cadastro Nacional 
vigente no mês anterior ao da respectiva competência financeira.
O valor do repasse mensal dos recursos para o custeio das Unidades Bási-
cas de Saúde Fluviais será publicado em portaria específica. Assim como, os 
critérios mínimos para o custeio das Unidades preexistentes ao Programa de 
Construção de Unidades Básicas de Saúde Fluviais.
4.3. Equipes Consultório na Rua (eCR)
Os valores do incentivo financeiro para as equipes dos Consultórios na Rua 
(eCR) implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como base a moda-
lidade e o número de equipes cadastradas no sistema de Cadastro Nacional 
vigente no mêsanterior ao da respectiva competência financeira.
Os valores do repasse mensal que as equipes dos Consultórios na Rua 
(eCR) farão jus será definido em portaria específica.
5. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) O valor 
do incentivo federal para o custeio de cada NASFAB, dependerá da sua moda-
lidade (1, 2 ou 3) e será determinado em portaria específica. Os valores dos 
incentivos financeiros para os NASF-AB implantados serão transferidos a cada 
mês, tendo como base o número de NASF-AB cadastrados no SCNES vigente.
6. Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
Os valores dos incentivos financeiros para as equipes de ACS (EACS) im-
plantadas são transferidos a cada mês, tendo como base o número de Agen-
tes Comunitários de Saúde (ACS), registrados no sistema de Cadastro Na-
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
150
cional vigente no mês anterior ao da respectiva competência financeira. Será 
repassada uma parcela extra, no último trimestre de cada ano, cujo valor 
será calculado com base no número de Agentes Comunitários de Saúde, re-
gistrados no cadastro de equipes e profissionais do SCNES, no mês de agosto 
do ano vigente.
A efetivação da transferência dos recursos financeiros descritos no item 
B tem por base os dados de alimentação obrigatória do Sistema de Cadastro 
Nacional de Estabelecimentos de Saúde, cuja responsabilidade de manuten-
ção e atualização é dos gestores dos estados, do Distrito Federal e dos mu-
nicípios, estes devem transferir os dados mensalmente, para o Ministério da 
Saúde, de acordo com o cronograma definido anualmente pelo SCNES.
III – Do credenciamento
Para a solicitação de credenciamento dos Serviços e de todas as equipes 
que atuam na Atenção Básica, pelos Municípios e Distrito Federal, deve-se 
obedecer aos seguintes critérios:
I – Elaboração da proposta de projeto de credenciamento das equipes que 
atuam na Atenção Básica, pelos Municípios/Distrito Federal;
a. O Ministério da Saúde disponibilizará um Manual com as orientações para a 
elaboração da proposta de projeto, considerando as diretrizes da Atenção Básica;
b. A proposta do projeto de credenciamento das equipes que atuam na 
Atenção Básica deverá estar aprovada pelo respectivo Conselho de Saúde 
Municipal ou Conselho de Saúde do Distrito Federal; e c. As equipes que 
atuam na Atenção Básica que receberão incentivo de custeio fundo a fundo 
devem estar inseridas no plano de saúde e programação anual.
II – Após o recebimento da proposta do projeto de credenciamento das 
eABs, as Secretarias Estaduais de Saúde, conforme prazo a ser publicado em 
portaria específica, deverão realizar:
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
151
a. Análise e posterior encaminhamento das propostas para aprovação da 
Comissão Intergestores Bipartite (CIB); e b. após aprovação na CIB, encami-
nhar, ao Ministério da Saúde, a Resolução com o número de equipes por es-
tratégia e modalidades, que pleiteiam recebimento de incentivos financeiros 
da atenção básica.
Parágrafo único: No caso do Distrito Federal a proposta de projeto de cre-
denciamento das equipes que atuam na Atenção Básica deverá ser diretamen-
te encaminhada ao Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde.
III – O Ministério da Saúde realizará análise do pleito da Resolução CIB 
ou do Distrito Federal de acordo com o teto de equipes, critérios técnicos e 
disponibilidade orçamentária; e
IV – Após a publicação de Portaria de credenciamento das novas equipes 
no Diário Oficial da União, a gestão municipal deverá cadastrar a(s) equipe(s) 
no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde, num prazo 
máximo de 4 (quatro) meses, a contar a partir da data de publicação da re-
ferida Portaria, sob pena de descredenciamento da(s) equipe(s) caso esse 
prazo não seja cumprido.
Para recebimento dos incentivos correspondentes às equipes que atuam 
na Atenção Básica, efetivamente credenciadas em portaria e cadastradas no 
Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, os Municípios/
Distrito Federal, deverão alimentar os dados no sistema de informação da 
Atenção Básica vigente, comprovando, obrigatoriamente, o início e execução 
das atividades.
1. Suspensão do repasse de recursos do Bloco da Atenção Básica
O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos da Atenção Bási-
ca aos municípios e ao Distrito Federal, quando:
I – Não houver alimentação regular, por parte dos municípios e do Distrito 
Federal, dos bancos de dados nacionais de informação, como:
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
152
a. inconsistência no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos 
de Saúde (SCNES) por duplicidade de profissional, ausência de profissional da 
equipe mínima ou erro no registro, con-forme normatização vigente; e b. não 
envio de informação (produção) por meio de Sistema de Informação da Atenção 
Básica vigente por três meses consecutivos, conforme normativas específicas.
- identificado, por meio de auditoria federal, estadual e municipal, malver-
sação ou desvio de finalidade na utilização dos recursos.
Sobre a suspensão do repasse dos recursos referentes ao item II: O Minis-
tério da Saúde suspenderá os repasses dos incentivos referentes às equipes 
e aos serviços citados acima, nos casos em que forem constatadas, por meio 
do monitoramento e/ou da supervisão direta do Ministério da Saúde ou da 
Secretaria Estadual de Saúde ou por auditoria do DENASUS ou dos órgãos de 
controle competentes, qualquer uma das seguintes situações:
I – inexistência de unidade básica de saúde cadastrada para o trabalho 
das equipes e/ou;
II – ausência, por um período superior a 60 dias, de qualquer um dos 
profissionais que compõem as equipes descritas no item B, com exceção dos 
períodos em que a contratação de profissionais esteja impedida por legislação 
específica, e/ou;
III – descumprimento da carga horária mínima prevista para os profissio-
nais das equipes; e < >- ausência de alimentação regular de dados no Siste-
ma de Informação da Atenção Básica vigente.
Especificamente para as equipes de saúde da família (eSF) e equipes de 
Atenção Básica (eAB) com os profissionais de saúde bucal.
As equipes de Saúde da Família (eSF) e equipes de Atenção Básica (eAB) 
que sofrerem suspensão de recurso, por falta de pro-fissional conforme pre-
visto acima, poderão manter os incentivos financeiros específicos para saúde 
bucal, conforme modalidade de implantação.
Parágrafo único: A suspensão será mantida até a adequação das irregula-
ridades identificadas.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
153
6.2-Solicitação de crédito retroativo dos recursos suspensos
Considerando a ocorrência de problemas na alimentação do SCNES e do 
sistema de informação vigente, por parte dos estados, Distrito Federal e dos 
municípios, o Ministério da Saúde poderá efetuar crédito retroativo dos incen-
tivos financeiros deste recurso variável. A solicitação de retroativo será válida 
para análise desde que a mesma ocorra em até 6 meses após a competência 
financeira de suspensão. Para solicitar os créditos retroativos, os municípios 
e o Distrito Federal deverão:
- preencher o formulário de solicitação, conforme será disponibilizado em 
manual específico;- realizar as adequações necessárias nos sistemas vigentes 
(SCNES e/ou SISAB) que justifiquem o pleito de retroativo; e-enviar ofício à 
Secretaria de Saúde de seu estado, pleiteando o crédito retroativo, acompa-
nhado do anexo referido no item I e documentação necessária a depender do 
motivo da suspensão.Parágrafo único: as orientações sobre a documentação 
a ser encaminhada na solicitação de retroativo constarão em manual especí-
fico a ser publicado.
As Secretarias Estaduais de Saúde, após analisarem a documentação re-
cebida dos municípios, deverão encaminhar ao Departamento de Atenção Bá-
sica da Secretaria de Atenção à Saúde,Ministério da Saúde (DAB/SAS/MS), 
a solicitação de complementação de crédito dos incentivos tratados nesta 
Portaria, acompanhada dos documentos referidos nos itens I e II. Nos casos 
em que o solicitante de crédito retroativo for o Distrito Federal, o ofício deverá 
ser encaminhado diretamente ao DAB/SAS/MS.
O DAB/SAS/MS procederá à análise das solicitações recebidas, verificando 
a adequação da documentação enviada e dos sistemas de informação vigen-
tes (SCNES e/ou SISAB), bem como a pertinência da justificativa do gestor, 
para deferimento ou não da solicitação.
RICARDO BARROS
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
154
RESOLUÇÃO COFEN 543/2017
O Conselho Federal de Enfermagem – Cofen, no uso das atribuições que lhe 
são conferidas pela Lei n. 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da 
Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen n. 421, de 15 de fevereiro de 2012, e
CONSIDERANDO a prerrogativa estabelecida ao Cofen no artigo 8º, incisos 
IV, V e XIII, da Lei n. 5.905/73, de baixar provimentos e expedir instruções, 
para uniformidade de procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Re-
gionais, dirimir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e exercer as 
demais atribuições que lhe são conferidas por lei;
CONSIDERANDO que o artigo 15, inciso II, III, IV, VIII e XIV, da Lei n. 
5.905/73, dispõe que compete aos Conselhos Regionais de Enfermagem: dis-
ciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas as diretrizes gerais do 
Conselho; fazer executar as instruções e provimentos do Conselho Federal; 
manter o registro dos profissionais com exercício na respectiva jurisdição; 
conhecer e decidir os assuntos atinentes à ética profissional impondo as pe-
nalidades cabíveis; e exercer as demais atribuições que lhes forem conferidas 
por esta Lei ou pelo Conselho Federal;
CONSIDERANDO a Lei n. 7.498, de 25 de junho de 1986, e o Decreto n. 
94.406, de 08 de junho de 1987, que regulamentam o exercício da Enferma-
gem no país;
CONSIDERANDO o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem;
CONSIDERANDO a Resolução Cofen n. 358, de 15 de outubro de 2009, 
que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a imple-
mentação do Processo de Enfermagem em ambientes públicos, privados e 
filantrópicos, e dá outras providências;
CONSIDERANDO o Regimento Interno da Autarquia aprovado pela Resolu-
ção Cofen n. 421/2012;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
155
CONSIDERANDO Resolução Cofen n. 429, de 30 de maio de 2012, que 
dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente e 
em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de 
suporte – tradicional ou eletrônico;
CONSIDERANDO as recomendações do relatório das atividades realizadas 
pelo Grupo de Trabalho – GT do Coren-SP, indicadas no Processo Administra-
tivo Cofen n. 0562/2015;
CONSIDERANDO as pesquisas que validaram as horas de assistência de 
enfermagem preconizadas na Resolução COFEN n. 293/2004 e aquelas que 
apontam novos parâmetros para áreas especificas;
CONSIDERANDO os avanços tecnológicos e as necessidades requeridas 
pelos gestores, gerentes das instituições de saúde, dos profissionais de enfer-
magem e da fiscalização dos Conselhos Regionais, para revisão e atualização 
de parâmetros que subsidiem o planejamento, controle, regulação e avalia-
ção das atividades assistenciais de enfermagem;
CONSIDERANDO que o quantitativo e o qualitativo de profissionais de 
enfermagem interferem, diretamente, na segurança e na qualidade da assis-
tência ao paciente;
CONSIDERANDO que compete ao enfermeiro estabelecer o quadro quan-
tiqualitativo de profissionais necessário para a prestação da Assistência de 
Enfermagem;
CONSIDERANDO a necessidade de atingir o padrão de excelência do cui-
dado de enfermagem e favorecer a segurança do paciente, do profissional e 
da instituição de saúde;
CONSIDERANDO as sugestões e recomendações emanadas da Consulta 
Pública no período de 09/07/2016 à 16/09/2016 no site do Conselho Federal 
de Enfermagem;
CONSIDERANDO as deliberações do Plenário do Cofen em sua 481ª Reunião 
Ordinária, ocorrida em 27 de setembro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro;
CONSIDERANDO tudo o que mais consta do PAD Cofen n. 562/2015;
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
156
RESOLVE:
Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução e de seus anexos I e II 
(que poderão ser consultados no endereço eletrônico: www.cofen.gov.br), 
os parâmetros mínimos para dimensionar o quantitativo de profissionais das 
diferentes categorias de enfermagem para os serviços/locais em que são re-
alizadas atividades de enfermagem.
Parágrafo único. Os referidos parâmetros representam normas técnicas 
mínimas, constituindo-se em referências para orientar os gestores, gerentes 
e enfermeiros dos serviços de saúde, no planejamento do quantitativo de pro-
fissionais necessários para execução das ações de enfermagem.
Art. 2º O dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem 
deve basear-se em características relativas:
I – ao serviço de saúde: missão, visão, porte, política de pessoal, recursos 
materiais e financeiros; estrutura organizacional e física; tipos de serviços 
e/ou programas; tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas; 
atribuições e competências, específicas e colaborativas, dos integrantes dos 
diferentes serviços e programas e requisitos mínimos estabelecidos pelo Mi-
nistério da Saúde;
II – ao serviço de enfermagem: aspectos técnico-científicos e administra-
tivos: dinâmica de funcionamento das unidades nos diferentes turnos; mode-
lo gerencial; modelo assistencial; métodos de trabalho; jornada de trabalho; 
carga horária semanal; padrões de desempenho dos profissionais; índice de 
segurança técnica (IST); proporção de profissionais de enfermagem de nível 
superior e de nível médio e indicadores de qualidade gerencial e assistencial;
III – ao paciente: grau de dependência em relação a equipe de enferma-
gem (sistema de classificação de pacientes – SCP) e realidade sociocultural.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
157
Art. 3º O referencial mínimo para o quadro de profissionais de enferma-
gem, para as 24 horas de cada unidade de internação (UI), considera o SCP, 
as horas de assistência de enfermagem, a distribuição percentual do total de 
profissionais de enfermagem e a proporção profissional/paciente. Para efeito 
de cálculo, devem ser consideradas:
I – como horas de enfermagem, por paciente, nas 24 horas:
1) 4 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado mínimo;
2) 6 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado intermediário;
3) 10 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado de alta dependência (2);
4) 10 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado semi-intensivo;
5) 18 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado intensivo.
II – A distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem, 
deve observar:
a) O SCP e as seguintes proporções mínimas:
1) Para cuidado mínimo e intermediário: 33% são enfermeiros (mínimo de 
seis) e os demais auxiliares e/ou técnicos de enfermagem;
2) Para cuidado de alta dependência: 36% são enfermeiros e os demais 
técnicos e/ou auxiliares de enfermagem;
3) Para cuidado semi-intensivo: 42% são enfermeiros e os demais técni-
cos de enfermagem;
4) Para cuidado intensivo: 52% são enfermeiros e os demais técnicos de 
enfermagem.
III – Para efeito de cálculo devem ser consideradas: o SCP e a proporção 
profissional/paciente nos diferentes turnos de trabalho respeitando os per-
centuais descritos na letra “a” do item II:
1) cuidado mínimo: 1 profissional de enfermagem para 6 pacientes;
2) cuidado intermediário: 1 profissional de enfermagem para 4 pacientes;
3) cuidado de alta dependência: 1 profissional de enfermagem para 2,4;
4) cuidado semi-intensivo: 1 profissional de enfermagem para 2,4;
5) cuidado intensivo: 1 profissional de enfermagem para1,33.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
158
§ 1º A distribuição de profissionais por categoria referido no inciso II, de-
verá seguir o grupo de pacientes que apresentar a maior carga de trabalho.
§ 2º Cabe ao enfermeiro o registro diário da classificação dos pacientes 
segundo o SCP, para subsidiar a composição do quadro de enfermagem para 
as unidades de internação.
§ 3º Para alojamento conjunto, o binômio mãe/filho deve ser classificado, 
no mínimo, como cuidado intermediário(3)
§ 4º Para berçário e unidade de internação em pediatria todo recém-nasci-
do e criança menor de 6 anos deve ser classificado, no mínimo, como cuidado 
intermediário, independente da presença do acompanhante.
§ 5º Os pacientes de categoria de cuidados intensivos deverão ser inter-
nados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com infraestrutura e recursos 
tecnológicos e humanos adequados.
§ 6º Os pacientes classificados como de cuidado semi-intensivo deverão 
ser internados em unidades que disponham de recursos humanos e tecnolo-
gias adequadas.
Art. 4º Para assistir pacientes de saúde mental, considerar(4):
a) Como horas de enfermagem(4):
1) CAPS I – 0,5 horas por paciente (8 horas/dia);
2) CAPS II (CAPS Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 1,2 horas por paciente 
(8 horas/dia);
3) CAPS Infantil e Adolescente – 1,0 hora por paciente (8 horas/dia);
4) CAPS III (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 10 horas por paciente, ou 
utilizar SCP, (24 horas);
5) UTI Psiquiátrica – aplicar o mesmo método da UTI convencional – 18 
horas por paciente, ou utilizar SCP (24 horas);
6) Observação de paciente em Pronto Socorro Psiquiátrico e Enfermaria 
Psiquiátrica – 10 horas por paciente, ou utilizar SCP (24 horas);
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
159
7) Lar Abrigado/Serviço de Residência Terapêutica – deve ser acompanha-
do pelos CAPS ou ambulatórios especializados em saúde mental, ou ainda, 
equipe de saúde da família (com apoio matricial em saúde mental).
b) Como proporção profissional/paciente, nos diferentes turnos de traba-
lho, respeitando os percentuais descritos na letra “a” do item II:
1) CAPS I – 1 profissional para cada 16 pacientes;
2) CAPS II 9 (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 1 profissional para cada 6,6;
3) CAPS Infantil e Adolescente – 1 profissional para cada 8 pacientes;
4) CAPS III (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) -1 profissional para cada 2,4;
5) UTI Psiquiátrica – 1 profissional para cada 1,33 pacientes;
6) Observação de paciente em Pronto Socorro Psiquiátrico e Enfermaria 
Psiquiátrica – 1 profissional para cada 2,4.
c) A distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem deve 
observar as seguintes proporções mínimas(4):
1) CAPS I – 50% de enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de 
enfermagem;
2) CAPS II (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 50% de enfermeiros e os 
demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem;
3) CAPS Infantil e Adolescente – 50% de enfermeiros e os demais técnicos 
e/ou auxiliares de enfermagem;
4) CAPS III (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 50% de enfermeiros e os 
demais técnicos de enfermagem, ou percentual relativo a maior carga de tra-
balho obtida do SCP;
5) UTI Psiquiátrica – 52% de enfermeiros e os demais técnicos de enfer-
magem, ou percentual relativo a maior carga de trabalho obtida do SCP;
6) Observação de pacientes em Pronto Socorro Psiquiátrico e Enfermaria 
Psiquiátrica – 42% de enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de 
enfermagem, ou percentual relativo a maior carga de trabalho obtida do SCP.
Nota: Nas alíneas 4, 5 e 6 quando adotado o SCP o percentual de enfer-
meiros deverá seguir o disposto no Art. 3º, item III, § 1º.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
160
Art. 5º Para Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), as horas de assis-
tência de enfermagem por paciente em cada setor, deverá considerar o tempo 
médio da assistência identificado no estudo de Cruz(5):
(*) Nos setores de Mamografia e Rx Convencional a participação do enfer-
meiro se faz indispensável em situações pontuais de supervisão da assistên-
cia de enfermagem, urgência e emergência.
Nota:
1) O cálculo do THE das diferentes categorias profissionais deverá ser rea-
lizado separadamente, uma vez que os tempos de participação são distintos.
2) O Serviço de Diagnóstico por Imagem deverá garantir a presença de 
no mínimo um enfermeiro durante todo período em que ocorra assistência de 
enfermagem.
Art. 6º O referencial mínimo para o quadro dos profissionais de enferma-
gem em Centro Cirúrgico (CC) considera a Classificação da Cirurgia, as horas 
de assistência segundo o porte cirúrgico, o tempo de limpeza das salas e o 
tempo de espera das cirurgias, conforme indicado no estudo de Possari(6,7). 
Para efeito de cálculo devem ser considerados:
I – Como horas de enfermagem, por cirurgia no período eletivo:
1) 1,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 1;
2) 2,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 2;
3) 4,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 3;
4) 8,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 4.
II – Para cirurgias de urgência/emergência, e outras demandas do bloco 
cirúrgico (transporte do paciente, arsenal/farmácia, RPA entre outros), utili-
zar o Espelho Semanal Padrão.
III – Como tempo de limpeza, por cirurgia:
1) Cirurgias eletivas – 0,5 horas;
2) Cirurgias de urgência e emergência – 0,6 horas.
IV – Como tempo de espera, por cirurgia:
1) 0,2 horas por cirurgia.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
161
V – Como proporção profissional/categoria, nas 24 horas:
a) Relação de 1 enfermeiro para cada três salas cirúrgicas (eletivas);
b) Enfermeiro exclusivo nas salas de cirurgias eletivas e de urgência/emer-
gência de acordo com o grau de complexidade e porte cirúrgico;
c) Relação de 1 profissional técnico/auxiliar de enfermagem para cada sala 
como circulante (de acordo com o porte cirúrgico);
d) Relação de 1 profissional técnico/auxiliar de enfermagem para a instru-
mentação (de acordo com o porte cirúrgico).
Art. 7º A Carga de trabalho dos profissionais de enfermagem para a uni-
dade Central de Materiais e Esterilização (CME), deve fundamentar-se na pro-
dução da unidade, multiplicada pelo tempo padrão das atividades realizadas, 
nas diferentes áreas, conforme indicado no estudo de Costa(8):
OBS.:
Indicadores de Produção de cada posição de trabalho:
(*) Quantidade de kits recebidos, processados, conferidos e devolvidos;
(**) Quantidade de cargas/ciclos realizados;
(***) Quantidade de carros montados.
1) A tabela acima se refere aos procedimentos executados pelo técnico/
auxiliar de enfermagem, portanto, o quantitativo total refere-se a estes pro-
fissionais.
2) Para o cálculo do quantitativo de enfermeiros utiliza-se o espelho sema-
nal padrão, adequando-se à necessidade do serviço, respeitando-se o mínimo 
de um enfermeiro em todos os turnos de funcionamento do setor, além do 
enfermeiro responsável pela unidade.
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
162
Art. 8º Nas Unidades de Hemodiálise convencional, considerando os es-
tudos de Lima(9), o referencial mínimo para o quadro de profissionais de 
enfermagem, por turno, de acordo com os tempos médios do preparo do ma-
terial, instalação e desinstalação do procedimento, monitorização da sessão, 
desinfecção interna e limpeza das máquinas e mobiliários, recepção e saída 
do paciente, deverá observar:
1) 4 horas de cuidado de enfermagem/paciente/turno;
2) 1 profissional para 2 pacientes;
3) Como proporção mínima de profissional/paciente/turno, 33% dos pro-
fissionais devem ser enfermeiros e 67% técnicos de enfermagem;
4) O quantitativo de profissionais de enfermagem para as intervenções de 
Diálise Peritoneal Ambulatorial Continua – CAPD, deverão ser calculadas com 
aplicação do Espelho Semanal Padrão.
Art. 9º Para a Atenção Básica, considerar o modelo, intervenções e pa-
râmetros do estudo de Bonfim(10) – (anexoII). Conforme os dados de pro-
dução de cada unidade ou do município, ou ser extraídos no site do Departa-
mento de Atenção Básica do Ministério da Saúde.
Nota:
O TTD para ausências por feriado, férias, licença saúde e ausência em ra-
zão de outras licenças, deverá ser obtido pela média anual.
Art. 10. Ao quantitativo de profissionais estabelecido deverá ser acrescido 
o índice de segurança técnica (IST) de no mínimo 15% do total, dos quais 
8,3% são referentes a férias e 6,7% a ausências não previstas.
Art. 11 Para o serviço em que a referência não pode ser associada ao 
leito-dia, a unidade de medida será o sítio funcional (SF), devendo ser con-
siderado as variáveis: intervenção/atividade desenvolvida com demanda ou 
fluxo de atendimento, área operacional ou local da atividade e jornada diária 
de trabalho.
Art. 12. Para efeito de cálculo deverá ser observada a cláusula contratual 
quanto à carga horária semanal (CHS).
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o SUS
163
Art. 13 O responsável técnico de enfermagem deve dispor de no mínimo 
5% do quadro geral de profissionais de enfermagem da instituição para co-
bertura de situações relacionadas à rotatividade de pessoal e participação em 
programas de educação permanente.
Parágrafo único. O quantitativo de enfermeiros para o exercício de ativi-
dades gerenciais, educacionais, pesquisa e comissões permanentes, deverá 
ser dimensionado, à parte, de acordo com a estrutura do serviço de saúde.
Art. 14. O quadro de profissionais de enfermagem de unidades assistenciais, 
composto por 50% ou mais de pessoas com idade superior a 50 (cinquenta) 
anos ou 20% ou mais de profissionais com limitação/restrição para o exercício 
das atividades, deve ser acrescido 10% ao quadro de profissionais do setor.
Art. 15 O disposto nesta Resolução aplica-se a todos os serviços/locais 
em que são realizadas atividades de enfermagem.
Art. 16. Esta Resolução entra em vigor 60 (sessenta) dias após sua publi-
cação, revogando as disposições em contrário, em especial as Resoluções Co-
fen n. 293 de 21 de setembro de 2004 e a n. 527 de 03 de novembro de 2016.
Brasília/DF, 18 de abril de 2017.
MANOEL CARLOS N. DA SILVA
COREN-RO N. 63592
Presidente
MARIA R. F. B. SAMPAIO
COREN-PI N. 19084
Primeira Secretária
(*) Esta Resolução foi republicada devido à ILEGIBILIDADE DAS TABELAS DO 
ART. 9º no DOU n. 86, de 8-5-2017, seção 1, página 120. Assim, entra em vi-
gor 60 (sessenta) dias após sua republicação, ou seja, dia 16 de maio de 2017.
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	CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
	LEI n. 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.
	DECRETO n. 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011
	LEI n. 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990
	RESOLUÇÃO N. 453, DE 10 DE MAIO DE 2012
	PORTARIA N. 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017
	RESOLUÇÃO COFEN 543/2017

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