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ATENÇÃO BÁSICA - PARTE II - 
A ESTRATégIA SAúdE dA FAmílIA (ESF) 
PREVENTIVA 4 – SISTEmA dE SAúdE BRASIlEIRo II –
ATENção BáSIcA E mEdIcINA dE FAmílIA
AdAPTAmEd - 2017
. Fundamentos e diretrizes 
. Atenção Básica nas Redes de Atenção à 
Saúde (RAS) 
. Responsabilidades das Ações na Atenção 
Básica 
- 1 – Comuns a Todas as Esferas de Poder 
(União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal)
- 2 – Compete ao MS
- 3 – Compete às Secretarias Estaduais de 
Saúde e ao Distrito Federal
- 4 – Compete às Secretarias Municipais de 
Saúde e ao Distrito Federal
- 5 – Infraestrutura 
- 6 – Atribuições dos Membros das Equipes 
de Atenção Básica 
> Atribuições Comuns a Todos os 
Profissionais
> Atribuições Específicas 
. Características 
- Da Composição 
- Cobertura Populacional 
. Funcionamento 
. Programa de Agentes Comunitários de Saúde 
(PACS) 
. Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) 
. Atenção domiciliar – melhor em Casa 
. Equipes de Atenção Básica para Populações 
Específicas 
- Equipes do Consultório na Rua (eCR) 
- Equipes de Saúde da Família para o 
Atendimento da População Ribeirinha da 
Amazônia Legal e Pantanal Sul 
Mato-Grossense
- Programa de Requalificação das Unidades 
Básicas de Saúde 
- Programa de Valorização do Profissional 
da Atenção Básica – PROVAB 
- Programa Mais Médicos 
ATENÇÃO BÁSICA - PARTE I 
SiStema de Saúde 
BraSileiro ii –
Atenção BásicA e MedicinA de FAMíliA
VÍDEO DE INTRODUÇÃO
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_25_ADAPTAPREV04_2017
3PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte IADAPTAMED
• SiStema de Saúde 
BraSileiro ii•
ATENÇÃO BÁSICA -
PARTE I
Vamos conversar agora sobre o primeiro nível 
de atenção, também conhecido como Atenção 
Primária, a qual deve ser o carro-chefe de todo 
o sistema de saúde público brasileiro. 
Engloba atuação individual e coletiva, abrangen-
do promoção, proteção, prevenção, diagnóstico, 
tratamento, reabilitação, redução de danos e 
manutenção da saúde, ou seja, tem que oferecer 
atenção integral, resolvendo, sempre que possível, 
todos os problemas de saúde de uma região. Deve, 
ainda, ter o maior grau de descentralização pos-
sível, para estar mais próxima à vida das pessoas. 
Sua regulamentação é feita pela Portaria Nº 
2.488, de 21 de outubro de 2011, que aprova 
a Política Nacional de Atenção Básica, estabe-
lecendo a revisão de diretrizes e normas para a 
organização da atenção básica, para a Estratégia 
Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde (PACS).
QUadro de CoNCeitoS
Definição: é o conjunto de ações de saú-
de (individual e coletiva) que abrangem a 
PROMOÇÃO, a PROTEÇÃO, a PREVENÇÃO, 
o DIAGNÓSTICO, o TRATAMENTO, a REA-
BILITAÇÃO e a MANUTENÇÃO da saúde. É 
o contato preferencial dos usuários com os 
sistemas de saúde. Também é conhecida 
como atenção primária. 
Fundamentos e Diretrizes
- Territorialização = território bem definido.
- Porta de Entrada = primeiro contato. 
- Vinculação = referência na assistência à saúde.
- Acolhimento = chegar e ter sua demanda 
atendida. 
- Responsabilização = ser responsável pela 
saúde. 
- Resolutividade = resolver a maioria dos pro-
blemas de saúde. 
- Adscrição de Clientela = população cadastrada. 
- Longitudinalidade= acompanhamento. 
- Coordenação do Cuidado = saber tudo que 
acontece com o paciente, mesmo se ele for 
para outros níveis de atenção.
- Estímulo à Participação dos Usuários = 
ações centradas na pessoa e não na doença. 
Atenção Básica nas Redes de Atenção à 
Saúde (RAS): conjunto de ações e serviços de 
saúde articulados em níveis de complexidade 
crescente, com a finalidade de garantir a inte-
gralidade da assistência à saúde.
Infraestrutura: consultório médico/enferma-
gem, área de recepção, sala de procedimentos, 
entre outros.
Equipes: multiprofissionais compostos, con-
forme modalidade, por médicos, enfermeiros, 
cirurgiões-dentistas, auxiliar em saúde bucal 
ou técnico em saúde bucal, auxiliar de enfer-
magem ou técnico de enfermagem e agentes 
Figura 1
4PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte IADAPTAMED
FUNdameNtoS e 
diretriZeS
A seguir, expomos o que diz a Portaria da Aten-
ção Básica. Não é, de jeito nenhum, para memo-
rizar a portaria... É para ler e entender, focando 
muito mais no resumo que vem após o texto 
contido na portaria.
I - Ter território adstrito sobre o mesmo, de for-
ma a permitir o planejamento, a programação 
descentralizada e o desenvolvimento de ações 
setoriais e intersetoriais com impacto na situa-
ção, nos condicionantes e nos determinantes da 
saúde das coletividades que constituem aquele 
território, sempre em consonância com o prin-
cípio da equidade; 
II - Possibilitar o acesso universal e contínuo 
a serviços de saúde de qualidade e resoluti-
vos, caracterizados como a porta de entrada 
aberta e preferencial da rede de atenção, aco-
lhendo os usuários e promovendo a vinculação 
e corresponsabilização pela atenção às suas 
necessidades de saúde. O estabelecimento de 
mecanismos que assegurem acessibilidade e 
acolhimento pressupõe uma lógica de organiza-
ção e funcionamento do serviço de saúde que 
parte do princípio de que a unidade de saúde 
deva receber e ouvir todas as pessoas que pro-
curam os seus serviços, de modo universal e sem 
diferenciações excludentes. O serviço de saúde 
deve se organizar para assumir sua função cen-
tral de acolher, escutar e oferecer uma resposta 
positiva, capaz de resolver a grande maioria dos 
problemas de saúde da população e/ou de mino-
rar danos e sofrimentos desta, ou ainda se res-
ponsabilizar pela resposta, ainda que esta seja 
ofertada em outros pontos de atenção da rede. 
A proximidade e a capacidade de acolhimento, 
vinculação, responsabilização e resolutividade 
são fundamentais para a efetivação da atenção 
básica como contato e porta de entrada prefe-
rencial da rede de atenção;
III - Adscrever os usuários e desenvolver relações 
de vínculo e responsabilização entre as equipes 
e a população adscrita, garantindo a continuida-
de das ações de saúde e a longitudinalidade do 
cuidado. A adscrição dos usuários é um processo 
de vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos 
a profissionais/equipes, com o objetivo de ser 
referência para o seu cuidado. O vínculo, por sua 
vez, consiste na construção de relações de afeti-
vidade e confiança entre o usuário e o trabalhador 
comunitários de saúde, entre outros profissio-
nais, em função da realidade local.
Quantidade: uma Unidade Básica de Saú-
de (UBS) sem Saúde da Família em grandes 
centros urbanos para, no máximo, 18 mil ha-
bitantes; uma UBS com Saúde da Família em 
grandes centros urbanos para, no máximo, 12 
mil habitantes.
Atribuições dos Membros das Equipes de 
Atenção Básica: veja mais detalhes no texto.
da saúde, permitindo o aprofundamento do pro-
cesso de corresponsabilização pela saúde, cons-
truído ao longo do tempo, além de carregar, em 
si, um potencial terapêutico. A longitudinalidade 
do cuidado pressupõe a continuidade da relação 
clínica, com construção de vínculo e responsabi-
lização entre profissionais e usuários ao longo do 
tempo e de modo permanente, acompanhando 
os efeitos das intervenções em saúde e de ou-
tros elementos na vida dos usuários, ajustando 
condutas quando necessário, evitando a perda de 
referências e diminuindo os riscos de iatrogenia 
decorrentes do desconhecimento das histórias 
de vida e da coordenação do cuidado;
IV - Coordenar a integralidade em seus vários 
aspectos, a saber: integrando as ações progra-
máticas e demanda espontânea; articulando 
as ações de promoção à saúde, prevenção de 
agravos, vigilância à saúde, tratamento e rea-
bilitação e manejo das diversas tecnologias de 
cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à 
ampliação da autonomia dos usuários e coletivi-
dades; trabalhando de forma multiprofissional, 
interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão 
do cuidado integral do usuário e coordenando-o 
no conjunto da rede de atenção. A presençade 
diferentes formações profissionais, assim como 
um alto grau de articulação entre os profissio-
nais, é essencial, de forma que não só as ações 
sejam compartilhadas, mas também tenha lugar 
um processo interdisciplinar no qual progres-
sivamente os núcleos de competência profis-
sionais específicos vão enriquecendo o campo 
comum de competências, ampliando, assim, a 
capacidade de cuidado de toda a equipe. Essa 
organização pressupõe o deslocamento do pro-
cesso de trabalho centrado em procedimentos, 
profissionais para um processo centrado no 
usuário, onde o cuidado do usuário é o impera-
tivo ético-político que organiza a intervenção 
técnico-científica; e
V - Estimular a participação dos usuários como 
forma de ampliar sua autonomia e capacidade 
na construção do cuidado à sua saúde e das 
pessoas e coletividades do território, no enfren-
tamento dos determinantes e condicionantes de 
saúde, na organização e orientação dos serviços 
de saúde a partir de lógicas mais centradas no 
usuário e no exercício do controle social.
RESUMINDO:
- Territorialização (ter território bem definido 
como ponto de atuação);
- Porta de Entrada (deve ser o primeiro contato 
da população com o sistema de saúde);
- Vinculação (a pessoa tem como referência 
para procurar assistência à saúde);
- Acolhimento (tem que chegar e ter sua dúvida 
atendida);
- Responsabilização (deve ser responsável pela 
saúde da população);
- Resolutividade (tem que ser capaz de resolver a 
maioria dos problemas de saúde daquela região);
5PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte IADAPTAMED
- Adscrição de Clientela (trabalha com uma 
população cadastrada);
- Longitudinalidade (acompanhamento);
- Coordenação do Cuidado (como o processo de 
atenção é multidisciplinar deve-se saber tudo 
que acontece com o paciente, mesmo se ele for 
para outros níveis de atenção);
- Estímulo à Participação dos Usuários (para ter 
mais ações centrada na pessoa e não na doen-
ça. O usuário passa a ter a corresponsabilização 
pela saúde).
ateNÇÃo BÁSiCa NaS 
redeS de ateNÇÃo À 
Saúde (raS)
Vamos lembrar que o Decreto 7.508, publica-
do em julho de 2011, criou o conceito de Rede 
de Atenção a Saúde (RAS): “conjunto de ações 
e serviços de saúde articulados em níveis de 
complexidade crescente, com a finalidade de ga-
rantir a integralidade da assistência à saúde”, e, 
observando isso, perceber que a atenção básica 
tem que ter papel fundamental nesse processo. 
Portanto, ela tem que cumprir algumas funções 
essenciais para as Redes, que são:
I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de 
serviço de saúde com o mais elevado grau de 
descentralização e capilaridade, cuja participa-
ção no cuidado se faz sempre necessária;
II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades 
e demandas de saúde, utilizando e articulando 
diferentes tecnologias de cuidado individual e 
coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz 
de construir vínculos positivos e intervenções 
clínica e sanitariamente efetivas, na perspec-
tiva de ampliação dos graus de autonomia dos 
indivíduos e grupos sociais; 
III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar 
e gerir projetos terapêuticos singulares, bem 
como acompanhar e organizar o fluxo dos usu-
ários entre os pontos de atenção das RAS. Atu-
ando como o centro de comunicação entre os 
diversos pontos de atenção, responsabilizando-
-se pelo cuidado dos usuários por meio de uma 
relação horizontal, contínua e integrada, com o 
objetivo de produzir a gestão compartilhada da 
atenção integral. Articulando também as outras 
estruturas das redes de saúde e intersetoriais, 
públicas, comunitárias e sociais. Para isso, é 
necessário incorporar ferramentas e disposi-
tivos de gestão do cuidado, tais como: gestão 
das listas de espera (encaminhamentos para 
consultas especializadas, procedimentos e exa-
mes), prontuário eletrônico em rede, protocolos 
de atenção organizados sob a lógica de linhas 
de cuidado, discussão e análise de casos traça-
dores, eventos-sentinela e incidentes críticos, 
entre outros. As práticas de regulação realizadas 
na atenção básica devem ser articuladas com 
os processos regulatórios realizados em outros 
espaços da rede, de modo a permitir, ao mesmo 
tempo, a qualidade da microrregulação realizada 
pelos profissionais da atenção básica e o acesso 
a outros pontos de atenção nas condições e no 
tempo adequado, com equidade; e
IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessida-
des de saúde da população sob sua responsa-
bilidade, organizando-as em relação aos outros 
pontos de atenção, contribuindo para que a 
programação dos serviços de saúde parta das 
necessidades de saúde dos usuários.
RESUMINDO: nada diferente do que foi dito até 
agora...
reSPoNSaBilidadeS 
daS aÇÕeS Na 
ateNÇÃo BÁSiCa
1 – Comuns a Todas as EsfEras dE 
PodEr (união, EsTados, muniCíPios 
E disTriTo fEdEral)
I - Contribuir para a reorientação do modelo de 
atenção e de gestão com base nos fundamentos 
e diretrizes assinalados;
II - Apoiar e estimular a adoção da Estratégia 
Saúde da Família pelos serviços municipais 
de saúde como tática prioritária de expansão, 
consolidação e qualificação da Atenção Básica 
à Saúde;
III - Garantir a infraestrutura necessária ao fun-
cionamento das Unidades Básicas de Saúde, de 
acordo com suas responsabilidades;
IV - Contribuir com o financiamento tripartite 
da atenção básica;
V - Estabelecer, nos respectivos planos de saúde, 
prioridades, estratégias e metas para a organi-
zação da atenção básica;
VI - Desenvolver mecanismos técnicos e estraté-
gias organizacionais de qualificação da força de tra-
balho para gestão e atenção à saúde, valorizar os 
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_26_ADAPTAPREV04_2017
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_27_ADAPTAPREV04_2017
6PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte IADAPTAMED
profissionais de saúde estimulando e viabilizando 
a formação e educação permanente dos profissio-
nais das equipes, a garantia de direitos trabalhistas 
e previdenciários, a qualificação dos vínculos de 
trabalho e a implantação de carreiras que associem 
desenvolvimento do trabalhador com qualificação 
dos serviços ofertados aos usuários;
VII - Desenvolver, disponibilizar e implantar os 
sistemas de informações da atenção básica de 
acordo com suas responsabilidades;
VIII - Planejar, apoiar, monitorar e avaliar a aten-
ção básica;
IX - Estabelecer mecanismos de controle, re-
gulação e acompanhamento sistemático dos 
resultados alcançados pelas ações da atenção 
básica, como parte do processo de planejamen-
to e programação;
X - Divulgar as informações e os resultados al-
cançados pela atenção básica;
XI - Promover o intercâmbio de experiências 
e estimular o desenvolvimento de estudos e 
pesquisas que busquem o aperfeiçoamento e a 
disseminação de tecnologias e conhecimentos 
voltados à atenção básica;
XII - Viabilizar parcerias com organismos inter-
nacionais, com organizações governamentais, 
não governamentais e do setor privado, para 
fortalecimento da atenção básica e da Estraté-
gia Saúde da Família no País; e
XIII - Estimular a participação popular e o con-
trole social.
2 - ComPETE ao minisTério
da saúdE (ms):
I - Definir e rever periodicamente, de forma pactu-
ada, na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), as 
diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica;
II - Garantir fontes de recursos federais para 
compor o financiamento da atenção básica;
III - Prestar apoio institucional aos gestores dos 
Estados, ao Distrito Federal e aos municípios no 
processo de qualificação e de consolidação da 
atenção básica;
IV - Definir, de forma tripartite, estratégias de 
articulação com as gestões estaduais e muni-
cipais do SUS, com vistas à institucionalização 
da avaliação e qualificação da atenção básica;
V - Estabelecer, de forma tripartite, diretrizes 
nacionais e disponibilizar instrumentos técni-
cos e pedagógicos que facilitem o processo de 
gestão, formação e educaçãopermanente dos 
gestores e profissionais da atenção básica;
VI - Articular com o Ministério da Educação estra-
tégias de indução às mudanças curriculares nos 
cursos de graduação e pós-graduação na área 
da saúde visando à formação de profissionais e 
gestores com perfil adequado à atenção básica; e
VII - Apoiar a articulação de instituições, em 
parceria com as Secretarias de Saúde Estaduais, 
Municipais e do Distrito Federal, para formação 
e garantia de educação permanente para os 
profissionais de saúde da atenção básica.
3 - ComPETE às sECrETarias
EsTaduais dE saúdE E ao disTriTo 
fEdEral:
I - Pactuar, com a Comissão Intergestores Bi-
partite (CIB), estratégias, diretrizes e normas de 
implementação da atenção básica no Estado, 
de forma complementar às existentes, desde 
que não haja restrições destas e que sejam 
respeitados as diretrizes e os princípios gerais 
regulamentados nesta portaria;
II - Destinar recursos estaduais para compor o 
financiamento tripartite da atenção básica pre-
vendo, entre outras, formas de repasse fundo a 
fundo para custeio e investimento das ações e 
serviços;
III - Ser corresponsável pelo monitoramento da 
utilização dos recursos federais da atenção bá-
sica transferidos aos municípios;
IV - Submeter à CIB, para resolução acerca das 
irregularidades constatadas na execução dos 
recursos do Bloco de Atenção Básica, conforme 
regulamentação nacional, visando à(ao):
a) Aprazamento para que o gestor municipal 
corrija as irregularidades;
b) Comunicação ao MS;
c) Bloqueio do repasse de recursos ou demais 
providências, conforme regulamentação nacio-
nal, consideradas necessárias e devidamente 
oficializadas pela CIB.
V - Analisar os dados de interesse estadual gera-
dos pelos sistemas de informação, utilizá-los no 
planejamento e divulgar os resultados obtidos;
VI - Verificar a qualidade e a consistência dos 
dados enviados pelos municípios por meio dos 
sistemas informatizados, retornando informa-
ções aos gestores municipais;
VII - Consolidar, analisar e transferir para o MS 
os arquivos dos sistemas de informação envia-
dos pelos municípios de acordo com os fluxos e 
prazos estabelecidos para cada sistema;
VIII - Prestar apoio institucional aos municí-
pios no processo de implantação, acompa-
nhamento e qualificação da atenção básica 
e de ampliação e consolidação da Estratégia 
Saúde da Família;
IX - Definir estratégias de articulação com as 
gestões municipais do SUS com vistas à insti-
tucionalização da avaliação da atenção básica;
X - Disponibilizar aos municípios instrumentos 
técnicos e pedagógicos que facilitem o processo 
de formação e educação permanente dos mem-
bros das equipes de gestão e de atenção à saúde;
7PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte IADAPTAMED
XI - Articular instituições, em parceria com as 
Secretarias Municipais de Saúde, para formação 
e garantia de educação permanente aos profis-
sionais de saúde das equipes de atenção básica 
e das equipes de Saúde da Família; e
XII - Promover o intercâmbio de experiências 
entre os diversos municípios, para disseminar 
tecnologias e conhecimentos voltados à melho-
ria dos serviços da atenção básica.
4 - ComPETE às sECrETarias 
muniCiPais dE saúdE E ao 
disTriTo fEdEral:
I - Pactuar, com a Comissão Intergestores Bipar-
tite, por meio do COSEMS, estratégias, diretrizes 
e normas de implementação da atenção básica 
no Estado, mantidas as diretrizes e os princípios 
gerais regulamentados nesta portaria;
II - Destinar recursos municipais para compor o 
financiamento tripartite da atenção básica;
III - Ser corresponsável, junto ao MS e Secre-
taria Estadual de Saúde, pelo monitoramento 
da utilização dos recursos da atenção básica 
transferidos aos municípios;
IV - Inserir a Estratégia Saúde da Família em 
sua rede de serviços como tática prioritária de 
organização da atenção básica;
V - Organizar, executar e gerenciar os serviços 
e ações de atenção básica, de forma universal, 
dentro do seu território, incluindo as unidades 
próprias e as cedidas pelo Estado e pela União;
VI - Prestar apoio institucional às equipes e servi-
ços no processo de implantação, acompanhamen-
to e qualificação da atenção básica e de ampliação 
e consolidação da Estratégia Saúde da Família;
VII - Definir estratégias de institucionalização 
da avaliação da atenção básica;
VIII - Desenvolver ações e articular instituições 
para formação e garantia de educação perma-
nente aos profissionais de saúde das equipes de 
atenção básica e das equipes de Saúde da Família;
IX - Selecionar, contratar e remunerar os profis-
sionais que compõem as equipes multiprofissio-
nais de atenção básica, em conformidade com 
a legislação vigente;
X - Garantir a estrutura física necessária para o 
funcionamento das Unidades Básicas de Saúde e 
para a execução do conjunto de ações propostas, 
podendo contar com apoio técnico e/ou financei-
ro das Secretarias de Estado da Saúde e do MS;
XI - Garantir recursos materiais, equipamentos 
e insumos suficientes para o funcionamento das 
Unidades Básicas de Saúde e para a execução 
do conjunto de ações propostas;
XII - Programar as ações da atenção básica a 
partir de sua base territorial e de acordo com as 
necessidades de saúde das pessoas, utilizando 
instrumento de programação nacional ou cor-
respondente local;
XIII - Alimentar, analisar e verificar a qualidade 
e a consistência dos dados alimentados nos 
sistemas nacionais de informação a serem 
enviados às outras esferas de gestão, utilizá-
-los no planejamento e divulgar os resultados 
obtidos;
XIV - Organizar o fluxo de usuários visando 
à garantia das referências a serviços e ações 
de saúde fora do âmbito da atenção básica e 
de acordo com as necessidades de saúde dos 
usuários;
XV - Manter atualizado o cadastro no sistema de 
cadastro nacional vigente dos profissionais, de 
serviços e de estabelecimentos ambulatoriais, 
públicos e privados, sob sua gestão; e
XVI - Assegurar o cumprimento da carga horária 
integral de todos os profissionais que compõem 
as equipes de atenção básica, de acordo com as 
jornadas de trabalho especificadas no SCNES e 
a modalidade de atenção.
5 - infraEsTruTura
As Unidades Básicas de Saúde devem ter:
- Consultório médico/enfermagem; consultório 
odontológico e consultório com sanitário; sala 
multiprofissional de acolhimento à demanda 
espontânea; sala de administração e gerência; 
e sala de atividades coletivas para os profis-
sionais da atenção básica;
- Área de recepção, local para arquivos e regis-
tros; sala de procedimentos; sala de vacinas; 
área de dispensação de medicamentos e sala 
de armazenagem de medicamentos (quando 
há dispensação na UBS); sala de inalação cole-
tiva; sala de procedimentos; sala de coleta; sala 
de curativos; sala de observação, entre outros;
- Equipes multiprofissionais compostas, con-
forme modalidade das equipes, por médicos, 
enfermeiros, cirurgiões-dentistas, auxiliar em 
saúde bucal ou técnico em saúde bucal, au-
xiliar de enfermagem ou técnico de enferma-
gem e agentes comunitários de saúde, entre 
outros profissionais em função da realidade 
epidemiológica, institucional e das necessi-
dades de saúde da população;
- Uma Unidade Básica de Saúde (UBS) sem 
Saúde da Família em grandes centros urbanos 
para, no máximo, 18 mil habitantes;
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_28_ADAPTAPREV04_2017
8PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte IADAPTAMED
- Uma UBS com Saúde da Família em gran-
des centros urbanos para, no máximo, 12 mil 
habitantes.
6 - aTribuiçõEs dos mEmbros das
EquiPEs dE aTEnção básiCa
atriBUiÇÕeS ComUNS 
a todoS oS ProFiSSioNaiS:
I - Participar do processo de territorialização 
e mapeamento da área de atuação da equipe, 
identificando grupos, famílias e indivíduos ex-
postos a riscos e vulnerabilidades;
II - Manter atualizado o cadastramento das fa-
mílias e dos indivíduos no sistema de informação 
indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma 
sistemática, os dados paraa análise da situação 
de saúde, considerando as características sociais, 
econômicas, culturais, demográficas e epidemio-
lógicas do território, priorizando as situações a 
serem acompanhadas no planejamento local;
III - Realizar o cuidado da saúde da população 
adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade 
de saúde, e, quando necessário, no domicílio e 
nos demais espaços comunitários (escolas, as-
sociações, entre outros);
IV - Realizar ações de atenção à saúde conforme 
a necessidade de saúde da população local, bem 
como as previstas nas prioridades e protocolos 
da gestão local;
V - Garantir a atenção à saúde buscando a in-
tegralidade por meio da realização de ações de 
promoção, proteção e recuperação da saúde e pre-
venção de agravos; e da garantia de atendimento 
da demanda espontânea, da realização das ações 
programáticas, coletivas e de vigilância à saúde;
VI - Participar do acolhimento dos usuários reali-
zando a escuta qualificada das necessidades de 
saúde, procedendo à primeira avaliação (classifi-
cação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta 
de informações e sinais clínicos) e identificação 
das necessidades de intervenções de cuidado, 
proporcionando atendimento humanizado, res-
ponsabilizando-se pela continuidade da atenção 
e viabilizando o estabelecimento do vínculo;
VII - Realizar busca ativa e notificar doenças e 
agravos de notificação compulsória e de outros 
agravos e situações de importância local;
VIII - Responsabilizar-se pela população adscri-
ta, mantendo a coordenação do cuidado mesmo 
quando necessitar de atenção em outros pontos 
de atenção do sistema de saúde;
IX - Praticar cuidado familiar e dirigido a co-
letividades e grupos sociais que visa a propor 
intervenções que influenciem os processos de 
saúde-doença dos indivíduos, das famílias, das 
coletividades e da própria comunidade;
X - Realizar reuniões de equipes a fim de dis-
cutir em conjunto o planejamento e avaliação 
das ações da equipe, a partir da utilização dos 
dados disponíveis;
XI - Acompanhar e avaliar sistematicamente as 
ações implementadas, visando à readequação 
do processo de trabalho;
XII - Garantir a qualidade do registro das atividades 
nos sistemas de informação na atenção básica;
XIII - Realizar trabalho interdisciplinar e em equi-
pe, integrando áreas técnicas e profissionais de 
diferentes formações;
XIV - Realizar ações de educação em saúde à 
população adstrita, conforme planejamento da 
equipe;
XV - Participar das atividades de educação per-
manente;
XVI - Promover a mobilização e a participação da 
comunidade, buscando efetivar o controle social;
XVII - Identificar parceiros e recursos na comu-
nidade que possam potencializar ações inter-
setoriais; e
XVIII - Realizar outras ações e atividades a serem 
definidas de acordo com as prioridades locais.
atriBUiÇÕeS eSPeCÍFiCaS
Do enfermeiro:
I - Realizar atenção à saúde aos indivíduos e fa-
mílias cadastradas nas equipes e, quando indica-
do ou necessário, no domicílio e/ou nos demais 
espaços comunitários (escolas, associações 
etc.), em todas as fases do desenvolvimento 
humano: infância, adolescência, idade adulta e 
terceira idade;
II - Realizar consulta de enfermagem, procedi-
mentos, atividades em grupo e conforme proto-
colos ou outras normativas técnicas estabeleci-
das pelo gestor federal, estadual, municipal ou 
do Distrito Federal, observadas as disposições 
legais da profissão, solicitar exames comple-
mentares, prescrever medicações e encaminhar, 
quando necessário, usuários a outros serviços;
III - Realizar atividades programadas e de aten-
ção à demanda espontânea;
IV - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desen-
volvidas pelos ACS em conjunto com os outros 
membros da equipe;
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_29_ADAPTAPREV04_2017
9PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte IADAPTAMED
V - Contribuir, participar e realizar atividades de 
educação permanente da equipe de enferma-
gem e outros membros da equipe; e
VI - Participar do gerenciamento dos insumos 
necessários para o adequado funcionamento 
da UBS.
Do Auxiliar e do Técnico em Enfermagem:
I - Participar das atividades de atenção realizan-
do procedimentos regulamentados no exercício 
de sua profissão na UBS e, quando indicado ou 
necessário, no domicílio e/ou nos demais espa-
ços comunitários (escolas, associações etc.);
II - Realizar atividades programadas e de aten-
ção à demanda espontânea;
III - Realizar ações de educação em saúde à popu-
lação adstrita, conforme planejamento da equipe;
IV - Participar do gerenciamento dos insumos 
necessários para o adequado funcionamento 
da UBS; e
V - Contribuir, participar e realizar atividades de 
educação permanente.
Do Médico:
I - Realizar atenção à saúde aos indivíduos sob 
sua responsabilidade;
II - Realizar consultas clínicas, pequenos proce-
dimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS 
e, quando indicado ou necessário, no domicílio 
e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, 
associações etc.);
III - Realizar atividades programadas e de aten-
ção à demanda espontânea;
IV - Encaminhar, quando necessário, usuários a 
outros pontos de atenção, respeitando fluxos 
locais, mantendo sua responsabilidade pelo 
acompanhamento do plano terapêutico deles;
V - Indicar, de forma compartilhada com outros 
pontos de atenção, a necessidade de internação 
hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsa-
bilização pelo acompanhamento do usuário;
VI - Contribuir, realizar e participar das ativi-
dades de educação permanente de todos os 
membros da equipe; e
VII - Participar do gerenciamento dos insumos ne-
cessários para o adequado funcionamento da USB.
Do Agente Comunitário de Saúde:
I - Trabalhar com adscrição de famílias em base 
geográfica definida, a microárea;
II - Cadastrar todas as pessoas de sua microárea 
e manter os cadastros atualizados;
III - Orientar as famílias quanto à utilização dos 
serviços de saúde disponíveis;
IV - Realizar atividades programadas e de aten-
ção à demanda espontânea;
V - Acompanhar, por meio de visita domiciliar, 
todas as famílias e indivíduos sob sua respon-
sabilidade. As visitas deverão ser programadas 
em conjunto com a equipe, considerando os 
critérios de risco e vulnerabilidade de modo que 
famílias com maior necessidade sejam visitadas 
mais vezes, mantendo como referência a média 
de uma visita/família/mês;
VI - Desenvolver ações que busquem a integra-
ção entre a equipe de saúde e a população ads-
crita à UBS, considerando as características e 
as finalidades do trabalho de acompanhamento 
de indivíduos e grupos sociais ou coletividade;
VII - Desenvolver atividades de promoção da 
saúde, de prevenção das doenças e agravos e de 
vigilância à saúde, por meio de visitas domicilia-
res e de ações educativas individuais e coletivas 
nos domicílios e na comunidade, por exemplo, 
combate à dengue, malária, leishmaniose, entre 
outras, mantendo a equipe informada, principal-
mente a respeito das situações de risco; e
VIII - Estar em contato permanente com as famí-
lias, desenvolvendo ações educativas, visando à 
promoção da saúde, à prevenção das doenças e 
ao acompanhamento das pessoas com proble-
mas de saúde, bem como ao acompanhamento 
das condicionalidades do Programa Bolsa-
-Família ou de qualquer outro programa similar 
de transferência de renda e enfrentamento de 
vulnerabilidades implantado pelo governo fe-
deral, estadual e municipal, de acordo com o 
planejamento da equipe.
É permitido ao ACS desenvolver outras ativida-
des nas Unidades Básicas de Saúde, desde que 
vinculadas às atribuições acima.
Do Cirurgião-Dentista:
I - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter 
o perfil epidemiológico para o planejamento e a 
programação em saúde bucal;
II - Realizar a atenção em saúde bucal (promo-
ção e proteção da saúde, prevenção de agravos, 
diagnóstico, tratamento, acompanhamento, 
reabilitação e manutenção da saúde) individual 
e coletiva a todas as famílias, a indivíduose a 
grupos específicos, de acordo com planejamen-
to da equipe, com resolubilidade;
III - Realizar os procedimentos clínicos da aten-
ção básica em saúde bucal, incluindo atendi-
mento das urgências, pequenas cirurgias am-
bulatoriais e procedimentos relacionados com a 
fase clínica da instalação de próteses dentárias 
elementares;
IV - Realizar atividades programadas e de aten-
ção à demanda espontânea;
V - Coordenar e participar de ações coletivas 
voltadas à promoção da saúde e à prevenção 
de doenças bucais;
10PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte IADAPTAMED
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver ativida-
des referentes à saúde bucal com os demais 
membros da equipe, buscando aproximar e in-
tegrar ações de saúde de forma multidisciplinar;
VII - Realizar supervisão técnica do Técnico em 
Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal 
(ASB); e
VIII - Participar do gerenciamento dos insumos 
necessários para o adequado funcionamento 
da UBS.
Do Técnico em Saúde Bucal (TSB):
I - Realizar a atenção em saúde bucal individual 
e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a 
grupos específicos, segundo programação e de 
acordo com suas competências técnicas e legais;
II - Coordenar a manutenção e a conservação 
dos equipamentos odontológicos;
III - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades 
referentes à saúde bucal com os demais mem-
bros da equipe, buscando aproximar e integrar 
ações de saúde de forma multidisciplinar;
IV - Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas 
ações de prevenção e promoção da saúde bucal;
V - Participar do gerenciamento dos insumos ne-
cessários para o adequado funcionamento da UBS;
VI - Participar do treinamento e capacitação de 
auxiliar em saúde bucal e de agentes multipli-
cadores das ações de promoção à saúde;
VII - Participar das ações educativas atuando na 
promoção da saúde e na prevenção das doenças 
bucais;
VIII - Participar da realização de levantamentos 
e estudos epidemiológicos, exceto na categoria 
de examinador;
IX - Realizar atividades programadas e de aten-
ção à demanda espontânea;
X - Realizar o acolhimento do paciente nos ser-
viços de saúde bucal;
XI - Fazer remoção do biofilme, de acordo com 
a indicação técnica definida pelo cirurgião-
-dentista;
XII - Realizar fotografias e tomadas de uso 
odontológico exclusivamente em consultórios 
ou clínicas odontológicas;
XIII - Inserir e distribuir no preparo cavitário ma-
teriais odontológicos na restauração dentária 
direta, vedado o uso de materiais e instrumentos 
não indicados pelo cirurgião-dentista;
XIV - Proceder à limpeza e à antissepsia do 
campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, 
inclusive em ambientes hospitalares; e
XV - Aplicar medidas de biossegurança no arma-
zenamento, manuseio e descarte de produtos e 
resíduos odontológicos.
Do Auxiliar em Saúde Bucal (ASB):
I - Realizar ações de promoção e prevenção em 
saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos, 
mediante planejamento local e protocolos de 
atenção à saúde;
II - Realizar atividades programadas e de aten-
ção à demanda espontânea;
III - Executar limpeza, assepsia, desinfecção e 
esterilização do instrumental, dos equipamen-
tos odontológicos e do ambiente de trabalho;
IV - Auxiliar e instrumentar os profissionais nas 
intervenções clínicas;
V - Realizar o acolhimento do paciente nos ser-
viços de saúde bucal;
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver ativida-
des referentes à saúde bucal com os demais 
membros da equipe de Saúde da Família (eSF), 
buscando aproximar e integrar ações de saúde 
de forma multidisciplinar;
Cuidado para não confundir a sigla “ESF” – 
Estratégia de Saúde da Família – com a si-
gla “eSF”, iniciada com “e” minúsculo, que se 
refere à equipe de Saúde da Família.
ateNÇÃo
VII - Aplicar medidas de biossegurança no arma-
zenamento, transporte, manuseio e descarte de 
produtos e resíduos odontológicos;
VIII - Processar filme radiográfico;
IX - Selecionar moldeiras;
X - Preparar modelos em gesso;
XI - Manipular materiais de uso odontológico; e
XII - Participar da realização de levantamentos 
e estudos epidemiológicos, exceto na categoria 
de examinador.
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_30_ADAPTAPREV04_2017
PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 11ADAPTAMED
- Cobertura populacional: 100% da popula-
ção do território, respeitando 4.000 pessoas 
por equipe, sendo a média recomendada de 
3.000 pessoas.
- Composição: no mínimo: um médico de fa-
mília, um enfermeiro, um auxiliar (ou técnico) 
de enfermagem e agentes comunitários de 
saúde. Quando ampliada, conta ainda com: 
um dentista, um auxiliar de consultório den-
tário e um técnico em higiene dental.
- Programa de Agentes Comunitários de 
Saúde (PACS): formado somente por agen-
tes comunitários de saúde, que é o principal 
intermediário entre Estado e População no 
que diz respeito à saúde.
- NASF: Núcleo de Apoio à Saúde da Família. 
Formado por equipes de profissionais de dife-
rentes áreas de atuação, para agirem em par-
ceria com os profissionais das Equipes de Saúde 
da Família, aumentando o campo de atuação 
desta. Existem três tipos: NASF 1, 2 e 3.
- ATENÇÃO DOMICILIAR – MELHOR EM 
CASA: objetiva reduzir a demanda por 
atendimento hospitalar e/ou do período de 
internação.
- Equipes do Consultório na Rua (eCR): 
têm responsabilidade exclusiva de prestar 
atenção integral à saúde das pessoas em 
situação de rua.
- Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas 
(eSFR): desempenham a maior parte de suas 
funções em Unidades Básicas de Saúde (UBS) 
ATENÇÃO BÁSICA -
PARTE II -
A ESTRATégIA SAúdE 
dA FAmílIA (ESF)
Introduzida em 1994, a Estratégia da Saúde da 
Família (ESF) tem como objetivo reorganizar 
a atenção básica no País, ou seja, substituir a 
atenção básica tradicional. Deve ampliar a re-
solutividade e melhorar a situação de saúde das 
pessoas e coletividades, além de ter importante 
relação custo-efetividade (alta complexidade – 
muito conhecimento técnico e baixa densidade 
– pouco equipamento), sendo a porta de entrada 
preferencial do sistema de saúde público.
Trabalha com território bem definido e popula-
ção cadastrada, sendo responsável pela atenção 
integral da sua área de atuação, através da PRO-
MOÇÃO, PREVENÇÃO, CURA E REABILITAÇÃO.
Figura 1
QUadro de CoNCeitoS
Programa de saúde da família
- Definição: é a estratégia prioritária para 
organização da atenção básica de acordo 
com os preceitos do Sistema Único de Saúde. 
Trabalha com ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA E 
TERRITORIALIZAÇÃO. Deve fornecer atenção 
integral à população. 
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PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 12ADAPTAMED
construídas/localizadas nas comunidades 
pertencentes a regiões à beira de rios e lagos 
cujo acesso se dá por meio fluvial.
- Equipes de Saúde da Família Fluviais 
(eSFF): realizam suas funções em Unidades 
Básicas de Saúde Fluviais (barco UBS).
- Programa de Requalificação das Unidades 
Básicas de Saúde: tem como objetivo forne-
cer infraestrutura adequada às Equipes de 
Atenção Básica.
- Programa de Valorização do Profissional da 
Atenção Básica – Provab: objetiva estimular e 
valorizar o profissional de saúde que atue em 
equipes multiprofissionais no âmbito da Aten-
ção Básica e da Estratégia de Saúde da Família.
- Programa Mais Médicos: objetiva diminuir 
a carência de médicos nas regiões prioritárias 
para o SUS, a fim de reduzir as desigualdades 
regionais na área da saúde.
CaraCterÍStiCaS
da ComPosição:
Deve ser uma equipe multiprofissional composta 
por, no mínimo, um médico generalista ou especia-
lista em Saúde da Família ou médico de Família e 
Comunidade, um enfermeiro generalista ou espe-
cialista em Saúde da Família, um auxiliar ou técnico 
de enfermagem e agentes comunitários de saúde. 
Pode ser ampliada com profissionais de saúde 
bucal: cirurgião-dentista generalistaou especia-
lista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico 
em saúde bucal.
CobErTura PoPulaCional:
O número de Agentes Comunitários de Saúde 
(ACS) deve ser suficiente para cobrir 100% da 
população cadastrada, com um máximo de 
750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe 
de Saúde da Família, não ultrapassando o limite 
máximo recomendado de pessoas por equipe;
Cada equipe de Saúde da Família deve ser res-
ponsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo 
a média recomendada de 3.000, respeitando 
critérios de equidade para essa definição. 
Recomenda-se que o número de pessoas por 
equipe considere o grau de vulnerabilidade das 
famílias daquele território, sendo que, quanto 
maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá 
ser a quantidade de pessoas por equipe.
FUNCioNameNto
Cada profissional de saúde deve ser cadastrado 
em apenas uma eSF, exceto o médico, que pode 
atuar em, no máximo, duas eSF, com carga ho-
rária total de 40 horas semanais.
Na jornada de 40 horas semanais, deve se ter, 
no mínimo, 32 horas da carga horária para ati-
vidades na eSF. As outras oito horas podem ser 
utilizadas para prestação de serviços na rede 
de urgência do município ou para atividades 
de especialização em Saúde da Família, resi-
dência multiprofissional e/ou de Medicina de 
Família e de Comunidade, bem como ativida-
des de educação permanente e apoio matri-
cial. Essas atividades devem ser previamente 
autorizadas pelo gestor.
Todos os profissionais da eSF devem ter carga 
horária de 40 horas semanais, exceto os médi-
cos, que podem ter 20 ou 30 horas semanais. 
É importante guardar que as eSF que possuem 
médicos trabalhando por 20 horas semanais 
NÃO recebem o total do incentivo financeiro 
para a equipe, mas recebem um percentual me-
nor, que pode ser de 60 ou 85%.
I - Dois médicos integrados a uma única equipe 
em uma mesma UBS, cumprindo individualmente 
carga horária semanal de 30 horas – equivalente 
a um médico com jornada de 40 horas semanais 
–, com repasse integral do incentivo financeiro 
referente a uma equipe de Saúde da Família;
II - Três médicos integrados a uma equipe em uma 
mesma UBS, cumprindo individualmente carga 
horária semanal de 30 horas – equivalente a dois 
médicos com jornada de 40 horas, de duas equi-
pes –, com repasse integral do incentivo financeiro 
referente a duas equipes de Saúde da Família;
III - Quatro médicos integrados a uma equipe em 
uma mesma UBS, com carga horária semanal 
de 30 horas – equivalente a três médicos com 
jornada de 40 horas semanais, de três equipes 
–, com repasse integral do incentivo financeiro 
referente a três equipes de Saúde da Família;
IV - Dois médicos integrados a uma equipe, 
cumprindo individualmente jornada de 20 horas 
semanais, e demais profissionais com jornada de 
40 horas semanais, com repasse mensal equi-
valente a 85% do incentivo financeiro referente 
a uma equipe de Saúde da Família; e
V - Um médico cumprindo jornada de 20 horas 
semanais e demais profissionais com jornada de 
40 horas semanais, com repasse mensal equi-
valente a 60% do incentivo financeiro referente 
a uma equipe de Saúde da Família. 
Tendo em vista a presença do médico em ho-
rário parcial, o gestor municipal deve organizar 
os protocolos de atuação da equipe, os fluxos e 
a retaguarda assistencial, para atender a esta 
especificidade. Além disso, é recomendável que 
o número de usuários por equipe seja próximo de 
2.500 pessoas. As equipes com essa configura-
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PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 13ADAPTAMED
ção são denominadas equipes transitórias, pois, 
ainda que não tenham tempo mínimo estabele-
cido de permanência nesse formato, é desejável 
que o gestor, tão logo tenha condições, transite 
para um dos formatos anteriores que preveem 
horas de médico disponíveis durante todo o 
tempo de funcionamento da equipe.
A quantidade de equipes de Saúde da Família 
na modalidade transitória ficará condicionada 
aos seguintes critérios:
I - Município com até 20 mil habitantes e contando 
com uma a três equipes de Saúde da Família pode-
rá ter até duas equipes na modalidade transitória;
II - Município com até 20 mil habitantes e com mais 
de três equipes poderá ter até 50% das equipes 
de Saúde da Família na modalidade transitória;
III - Municípios com população entre 20 mil e 50 
mil habitantes poderá ter até 30% das equipes 
de Saúde da Família na modalidade transitória;
IV - Município com população entre 50 mil e 100 
mil habitantes poderá ter até 20% das equipes 
de Saúde da Família na modalidade transitória; e
V - Município com população acima de 100 mil 
habitantes poderá ter até 10% das equipes de 
Saúde da Família na modalidade transitória.
Em todas as possibilidades de inserção do profis-
sional médico que acabamos de ver, considerando 
a importância de manutenção do vínculo e da lon-
gitudinalidade do cuidado, esse profissional deverá 
ter usuários adscritos de modo que cada usuário 
seja obrigatoriamente acompanhado por um 
agente comunitário de saúde, um auxiliar ou téc-
nico de enfermagem, um enfermeiro e um médico 
e preferencialmente por um cirurgião-dentista, um 
auxiliar e/ou técnico em saúde bucal, sem que a 
carga horária diferente de trabalho comprometa 
o cuidado e/ou processo de trabalho da equipe.
ProGrama 
de aGeNteS 
ComUNitÁrioS de 
Saúde (PaCS)
Teve início no fim da década de 80, como ini-
ciativa de algumas áreas do Nordeste (e outros 
lugares, como o Distrito Federal e São Paulo) em 
buscar alternativas para melhorar as condições 
de saúde de suas comunidades. Oficialmente, foi 
implantado pelo Ministério da Saúde em 1991.
O agente comunitário de saúde tem papel muito 
importante no acolhimento, pois é o membro da 
equipe que faz parte da comunidade (obrigato-
riamente deve ser morador da comunidade). É o 
principal intermediário entre Estado e População 
no que diz respeito a saúde, sendo fundamental 
no acolhimento da população. 
Sua implantação ocorre naquelas UBS sem ESF 
com a intenção de reorganização do funciona-
mento da atenção básica até a implantação 
completa da ESF, ou ainda como forma de agre-
gar os agentes comunitários a outras maneiras 
de organização da atenção básica.
Para implantação desta estratégia é necessário:
I - A existência de uma Unidade Básica de Saúde, 
inscrita no sistema de cadastro nacional vigen-
te, que passa a ser a UBS de referência para a 
equipe de agentes comunitários de saúde;
II - A existência de um enfermeiro para até, no 
máximo, 12 ACS e, no mínimo, quatro, consti-
tuindo, assim, uma equipe de agentes comuni-
tários de saúde; e
III - O cumprimento da carga horária integral 
de 40 horas semanais por toda a equipe de 
agentes comunitários, composta por ACS e 
enfermeiro supervisor.
Para melhorar o acesso e a resolução da Aten-
ção Básica, outras iniciativas foram criadas e/ou 
alteradas, como, por exemplo, Atenção Domici-
liar, Equipes de Atenção Básica para Populações 
Específicas, Equipes de Saúde da Família para o 
Atendimento da População Ribeirinha da Amazô-
nia Legal e Pantanal Sul Mato-Grossense e Núcleo 
de Apoio à Saúde da Família (NASF), entre outros. 
NúCleoS de aPoio 
À Saúde da FamÍlia 
(NaSF)
Figura 2
Foram criados em 2008 com o objetivo de am-
pliar a capacidade de resolução da atenção básica 
(saúde da família, consultórios na rua, equipes 
ribeirinhas e fluviais, e o Programa Academia da 
Saúde), atuando de maneira integrada com esta, 
oferecendo uma equipe multiprofissional. Ou seja, 
surgiram para apoiar as equipes de atenção básica. 
Tem como exemplos de ações de apoio: discus-
são de casos, atendimento conjunto ou não, in-
terconsulta, construção conjunta de projetos te-
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_33_ADAPTAPREV04_2017
PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 14ADAPTAMED
rapêuticos, educação permanente, intervençõesno território e na saúde de grupos populacionais 
e da coletividade, ações intersetoriais, ações de 
prevenção e promoção da saúde, discussão do 
processo de trabalho das equipes etc.
É importante guardar que, embora o NASF faça 
parte da atenção básica, não é serviço com uni-
dade física independente ou especial (suas ati-
vidades podem acontecer nas Unidades Básicas 
de Saúde, Academias da Saúde ou em outros 
pontos do território), e não é de livre acesso para 
atendimento da população! O atendimento nos 
NASF destina-se a pacientes encaminhados 
pela ESF ou outras equipes da atenção básica. 
Os NASF devem funcionar nos mesmos horários 
que as equipes de Saúde da Família ou de aten-
ção básica às quais estão vinculados.
A Secretarias de Saúde dos municípios e do 
Distrito Federal devem ter os seguintes papéis 
na implementação nos NASF:
I - Definir o território de atuação de cada NASF 
de acordo com as equipes de Saúde da Família 
e/ou equipes de atenção básica para populações 
específicas às quais eles estiverem vinculados;
II - Propiciar o planejamento das ações que serão 
realizadas pelos NASF, de forma compartilha-
da entre os profissionais (equipe de NASF, eSF 
e equipes de atenção básica para populações 
específicas);
III - Selecionar, contratar e remunerar os profis-
sionais dos NASF, em conformidade com a legis-
lação vigente nos municípios e Distrito Federal; e
VI - Disponibilizar espaço físico adequado nas 
UBS e garantir os recursos de custeio necessá-
rios ao desenvolvimento das atividades mínimas 
descritas no escopo de ações dos diferentes 
profissionais que comporão os NASF, não sendo 
recomendada estrutura física específica para a 
equipe de NASF.
Os NASF podem ser organizados em três mo-
dalidades, NASF 1, NASF 2 e NASF 3, sempre 
constituídos por equipes formadas de profissio-
nais com nível superior. 
NASF 1: preenche os seguintes requisitos:
a) a soma das cargas horárias semanais dos 
membros da equipe deve acumular no mínimo 
200 (duzentas) horas semanais;
b) nenhum profissional poderá ter carga horária 
semanal menor que 20 (vinte) horas; e
c) cada ocupação, considerada isoladamente, 
deve ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máxi-
mo 80 (oitenta) horas de carga horária semanal.
Cada NASF 1 deverá estar vinculado a no míni-
mo 5 (cinco) e a no máximo 9 (nove) Equipes de 
Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Bá-
sica para populações específicas (consultórios 
na rua, equipes ribeirinhas e fluviais).
NASF 2: preenche os seguintes requisitos:
a) a soma das cargas horárias semanais dos 
membros da equipe deve acumular no mínimo 
120 (cento e vinte) horas semanais;
b) nenhum profissional poderá ter carga horária 
semanal menor que 20 (vinte) horas; e
c) cada ocupação, considerada isoladamente, 
deve ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máximo 
40 (quarenta) horas de carga horária semanal.
Cada NASF 2 deverá estar vinculado a no míni-
mo 3 (três) e a no máximo, 4 (quatro) Equipes 
de Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção 
Básica para populações específicas (consultó-
rios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais).
NASF 3: preenche os seguintes requisitos:
a) a soma das cargas horárias semanais dos 
membros da equipe deve acumular no mínimo 
80 (oitenta) horas semanais;
b) nenhum profissional poderá ter carga horária 
semanal menor que 20 (vinte horas); e
c) cada ocupação, considerada isoladamente, 
deve ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máximo 
40 (quarenta) horas de carga horária semanal.
Cada NASF 3 deverá estar vinculado a no mí-
nimo 1 (uma) e a no máximo 2 (duas) Equipes 
de Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção 
Básica para populações específicas (consul-
tórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais), 
agregando-se de modo específico ao proces-
so de trabalho das mesmas, configurando-se 
como uma equipe ampliada. 
Os NASF podem ser compostos pelos seguintes 
profissionais, que serão definidos pelo gestor 
municipal, conforme necessidade:
Médico acupunturista; assistente social; pro-
fissional/professor de educação física; farma-
cêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico 
ginecologista/obstetra; médico homeopata; 
nutricionista; médico pediatra; psicólogo; mé-
dico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico 
geriatra; médico internista (clínica médica), 
médico do trabalho, médico veterinário, profis-
sional com formação em arte e educação (arte 
educador) e profissional de saúde sanitarista, ou 
seja, profissional graduado na área de saúde com 
pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou 
graduado diretamente em uma dessas áreas.
PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 15ADAPTAMED
Figura 3
ateNÇÃo domiCiliar 
– melHor em CaSa
Figura 4
II - Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): servi-
ço substitutivo ou complementar à internação 
hospitalar ou ao atendimento ambulatorial, res-
ponsável pelo gerenciamento e operacionaliza-
ção das Equipes Multiprofissionais de Atenção 
Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais 
de Apoio (EMAP); e
III - Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar 
com o usuário, capacitada para auxiliá-lo em suas 
necessidades e atividades da vida cotidiana.
As Equipes Multiprofissionais de Atenção Domi-
ciliar (EMAD) devem ter a seguinte composição 
mínima:
- Médicos;
- Enfermeiros;
- Fisioterapeuta e/ou assistente social; e
- Auxiliares/técnicos de enfermagem.
As Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP) 
devem ter a composição mínima de três profis-
sionais dentre os abaixo:
- Assistente Social;
- Fisioterapeuta;
- Fonoaudiólogo;
- Nutricionista;
- Odontólogo;
- Psicólogo;
- Farmacêutico; e
- Terapeuta Ocupacional.
eQUiPeS de 
ateNÇÃo BÁSiCa 
Para PoPUlaÇÕeS 
eSPeCÍFiCaS
EquiPEs do ConsulTório na rua (ECr)
modalidades Nº de Equipes 
Vinculadas
Somatória das cargas 
Horárias Profissionais*
NASF 1 5 a 9 eSF e/ou eAB para populações 
específicas (eCR, eSFR e eSFF)
Mínimo 200 horas semanais; Cada 
ocupação deve ter no mínimo 20h e no 
máximo 80h de carga horária semanal;
NASF 2 3 a 4 eSF e/ou eAB para populações 
específicas (eCR, eSFR e eSFF)
Mínimo 120 horas semanais; Cada 
ocupação deve ter no mínimo 20h e no 
máximo 40h de carga horária semanal;
NASF 3 1 a 2 eSF e/ou eAB para populações 
específicas (eCR, eSFR e eSFF)
Mínimo 80 horas semanais; Cada ocupação 
deve ter no mínimo 20h e no máximo 40h 
de carga horária semanal.
*Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas. eCR - equipe Consultório na Rua; 
eSFR - equipe Saúde da Família Ribeirinha; eSFF - equipe Saúde da Família Fluvial.
Tabela 1 
Foi criada em 2013 com o objetivo de reduzir a 
demanda por atendimento hospitalar e/ou do 
período de internação, a humanização da aten-
ção, a desinstitucionalização e a ampliação da 
autonomia dos usuários.
A Atenção Domiciliar, apesar de ajudar no fun-
cionamento da Atenção Básica, é um dos com-
ponentes da Rede de Atenção às Urgências. 
Outro conceito importante é que esta NÃO RE-
PRESENTA A FORMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR 
DA ESF – lembre que a ESF fornece esse tipo de 
cuidado através das visitas domiciliares.
Fique atento a três conceitos implantados com 
essa política:
I - Atenção Domiciliar: nova modalidade de aten-
ção à saúde, substitutiva ou complementar às 
já existentes, caracterizada por um conjunto de 
ações de promoção à saúde, prevenção e trata-
mento de doenças e reabilitação prestadas em 
domicílio, com garantia de continuidade de cui-
dados e integrada às redes de atenção à saúde;
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_34_ADAPTAPREV04_2017
PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 16ADAPTAMED
Criadas em 2011, fazem parte da Rede de 
Atenção Psicossocial, mas têm o objetivo de 
desenvolver ações de Atenção Básica, seguin-
do, inclusive, seus fundamentos e diretrizes. 
Tem responsabilidade exclusiva de prestar 
atenção integral à saúde das pessoas em si-
tuação de rua. 
Podem estar vinculadas aos Núcleos de Apoio 
à Saúde da Família,sendo que, nessa situação, 
cada equipe será considerada como uma equipe 
de Saúde da Família para a NASF.
Nas suas atividades estão incluídas:
- busca ativa e o cuidado aos usuários de álcool, 
crack e outras drogas;
- atividades in loco, de forma itinerante, de-
senvolvendo ações compartilhadas e integra-
das às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, 
quando necessário, também com as equipes 
dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), 
dos serviços de Urgência e Emergência e de 
outros pontos de atenção, de acordo com a 
necessidade do usuário;
- utilizarão, quando necessário, as instalações 
das UBS do território;
- o horário de funcionamento deverá se adequar 
às demandas das pessoas, podendo ocorrer em 
período diurno e/ou noturno e em qualquer dia 
da semana;
- podem ter agentes comunitários de saúde;
- podem ser compostas pelos seguintes profis-
sionais: enfermeiro, psicólogo, assistente social, 
terapeuta ocupacional, médico, agente social, 
técnico ou auxiliar de enfermagem, e técnico 
em saúde bucal.
EquiPEs dE saúdE da família Para 
o aTEndimEnTo da PoPulação 
ribEirinha da amazônia lEgal E 
PanTanal sul maTo-grossEnsE
Os municípios da Amazônia Legal e Mato Grosso 
do Sul podem optar entre duas formas para as 
equipes de Saúde da Família, além dos tradicio-
nais já existentes no restante do País: Equipes 
de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR) e Equipes 
de Saúde da Família Fluvial (eSFF).
As eSF desempenham a maior parte de suas 
funções em Unidades Básicas de Saúde (UBS) 
construídas/localizadas nas comunidades per-
tencentes a regiões a beira de rios e lagos cujo 
acesso se dá por meio fluvial. 
Já as eSFF realizam suas funções em Unidades 
Básicas de Saúde Fluviais (são embarcações 
com condições físicas necessárias para atender 
à população ribeirinha – é um barco UBS). 
Figura 5
As equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e 
Fluviais deverão ser compostas, durante todo 
o período de atendimento à população, por, no 
mínimo: um médico generalista ou especialista 
em Saúde da Família, ou médico de Família e 
Comunidade, um enfermeiro generalista ou es-
pecialista em Saúde da Família, um técnico ou 
auxiliar de enfermagem e seis a 12 agentes co-
munitários de saúde. Podem ter acrescentadas 
um dentista e um técnico ou auxiliar em saúde 
bucal, e em áreas endêmicas, um microscopista.
Nas hipóteses de grande dispersão populacional, 
as eSFR e as eSFF podem contar, ainda, com: 
I - até 24 Agentes Comunitários de Saúde;
II - até 12 Microscopistas, nas regiões endêmicas;
III - até 11 Auxiliares/Técnicos de enfermagem; e
IV – um Auxiliar/Técnico de saúde bucal.
As eSFR deverão prestar atendimento à popu-
lação por, no mínimo, 14 dias. Já as eSFF devem 
funcionar, no mínimo, 20 dias/mês. 
Os Agentes Comunitários de Saúde, os Auxilia-
res/Técnicos de enfermagem extras e os Auxi-
liares/Técnicos de saúde bucal cumprirão carga 
horária de até 40 (quarenta) horas semanais de 
trabalho e deverão residir na área de atuação.
Programa dE rEqualifiCação das
unidadEs básiCas dE saúdE
Tem como objetivo fornecer infraestrutura ade-
quada às Equipes de Atenção Básica.
O Componente Reforma do Programa de Requa-
lificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) é 
composto pelos seguintes grupos de serviços:
demolições e retiradas, infraestrutura, estrutu-
ra, alvenaria, cobertura, esquadrias, instalações 
hidrossanitárias, instalações elétricas, rede lógi-
ca, instalações especiais, pisos, revestimentos, 
vidros, pinturas e limpeza da obra.
São 4 (quatro) Portes de UBS financiados por 
meio desse componente:
I - UBS Porte I: UBS destinada e apta a abrigar, 
no mínimo, 1 (uma) Equipe de Atenção Básica, 
com número de profissionais compatível a 1 
(uma) Equipe de Atenção Básica;
PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 17ADAPTAMED
II - UBS Porte II: UBS destinada e apta a abrigar, 
no mínimo, 2 (duas) Equipes de Atenção Básica, 
com número de profissionais compatível a 2 
(duas) Equipes de Atenção Básica;
III - UBS Porte III: UBS destinada e apta a abrigar, 
no mínimo, 3 (três) Equipes de Atenção Básica, 
com número de profissionais compatível a 3 
(três) Equipes de Atenção Básica; e
IV - UBS Porte IV: UBS destinada e apta a abri-
gar, no mínimo, 4 (quatro) Equipes de Atenção 
Básica, com número de profissionais compatível 
a 4 (quatro) Equipes de Atenção Básica.
Dentro do programa existe o Componente de 
Informatização e Telessaúde Brasil Redes na 
Atenção Básica, integrado ao Programa Nacio-
nal Telessaúde Brasil Redes.
O Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes 
tem como objetivos ampliar a resolutividade da 
Atenção Básica e promover sua integração com 
o conjunto da Rede de Atenção à Saúde.
I - Teleconsultoria: consulta/pergunta e resposta 
registrada para esclarecer dúvidas sobre o ma-
nejo, condutas e procedimentos clínicos, ações 
de saúde e questões relativas ao processo de 
trabalho, baseadas em evidências científicas, 
mas adequadas às características loco-regio-
nais. Funciona de duas maneiras:
a) Síncrona – teleconsultoria realizada em tem-
po real:
- por meio de chat, webconferência ou video-
conferência;
- por serviço telefônico gratuito 0800. Funciona 
por meio de um call center, no qual, do outro 
lado da linha, estarão profissionais da Atenção 
Básica ou especialistas;
b) Assíncrona – teleconsultoria realizada por 
meio de mensagens off-line, que deverá ser res-
pondida em até 72 horas pelos consultores do 
Núcleo Telessaúde.
II - Segunda Opinião Formativa: respostas siste-
matizadas às perguntas originadas de telecon-
sultorias e selecionadas a partir de critérios de 
relevância e pertinência em relação às diretrizes 
do SUS. Tais respostas são construídas com base 
em revisão bibliográfica nas melhores evidências 
científicas e clínicas.
III - Telediagnóstico: serviço de apoio ao diag-
nóstico, onde os exames são realizados em 
uma determinada localidade e enviados para 
emissão de laudo por meio de tecnologias da 
informação e da comunicação. O laudo será 
emitido por um especialista vinculado ao Nú-
cleo de Telessaúde.
IV - Teleducação: atividades educacionais minis-
tradas à distância por meio de tecnologias de in-
formação e comunicação. A teleducação é uma 
atividade educacional que utiliza as ferramentas 
tecnológicas como meio para apoiar a forma-
ção de trabalhadores do SUS, de acordo com a 
Figura 6
Política Nacional de Educação Permanente em 
Saúde. São atividades de teleducação: cursos, 
módulos educacionais, webaulas/palestras em 
modalidade à distância.
Profissionais:
I - Telerregulador: profissional de nível supe-
rior generalista com experiência em Atenção 
Básica, que coordena as solicitações de tele-
consultoria com função de: receber, analisar, 
classificar e orientar o fluxo de solicitações de 
teleconsultoria, distribuindo-as aos telecon-
sultores de acordo com a área profissional de 
cada um. Também é sua função realizar audi-
toria interna sobre as respostas produzidas, 
de forma a garantir a qualidade das telecon-
sultorias respondidas;
II - Teleconsultor: profissional de nível superior 
na área da saúde generalista com experiência 
em Atenção Básica. Compõem a equipe míni-
ma de teleconsultores: médico, enfermeiro e 
dentista. Deverá responder as teleconsultorias 
e selecionar as teleconsultorias com potencial 
para serem transformadas em Segunda Opi-
nião Formativa;
III - Coordenador de Campo: tem a função de 
coordenar e auxiliar as atividades dos monitores 
de campo. Atua como articulador entre o Núcleo 
Telessaúde e gestores municipais;
IV - Monitor de Campo: acompanhar todos os 
serviços de saúde com pontos de Telessaúde 
sob a sua responsabilidade.
Programa dE Valorização do
Profissional da aTEnção básiCa – 
ProVab
Como vários municípios estavam com dificulda-
des para atrair profissionais médicos para tra-
balharem na atenção básica, principalmente no 
interior, foi criado, em 2011, o PROVAB, que tem 
como objetivo estimular e valorizar o profissional 
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_35_ADAPTAPREV04_2017PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 18ADAPTAMED
de saúde que atue em equipes multiprofissionais 
no âmbito da Atenção Básica e da Estratégia de 
Saúde da Família. 
Os profissionais contemplados por esse pro-
grama são médicos, enfermeiros e cirurgiões-
-dentistas já formados e cadastrados nos seus 
respectivos conselhos. 
Esse programa tem supervisão presencial e à 
distância desenvolvida por tutores de instituição 
de ensino superior, hospitais de ensino ou outros 
serviços de saúde com experiência em ensino, 
sendo que se os profissionais participarem do 
programa pelo prazo de dois anos será oferecido 
curso de especialização em Saúde da Família, 
sob responsabilidade das universidades públicas 
participantes do Sistema Universidade Aberta 
do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS).
Outra atração do programa é a bonificação de 
10% na pontuação nas provas de residência mé-
dica. Mas isso só vale para aqueles que ficarem 
por pelo menos um ano no programa e obterem 
notas satisfatórias nas avaliações realizadas.
Programa mais médiCos
I - diminuir a carência de médicos nas regiões 
prioritárias para o SUS, a fim de reduzir as desi-
gualdades regionais na área da saúde;
II - fortalecer a prestação de serviços de atenção 
básica em saúde no País;
III - aprimorar a formação médica no País e 
proporcionar maior experiência no campo de 
prática médica durante o processo de formação;
IV - ampliar a inserção do médico em formação 
nas unidades de atendimento do SUS, desen-
volvendo seu conhecimento sobre a realidade 
da saúde da população brasileira;
V - fortalecer a política de educação permanen-
te com a integração ensino-serviço, por meio da 
atuação das instituições de educação superior 
na supervisão acadêmica das atividades desem-
penhadas pelos médicos;
VI - promover a troca de conhecimentos e expe-
riências entre profissionais da saúde brasileiros e 
médicos formados em instituições estrangeiras;
VII - aperfeiçoar médicos para atuação nas polí-
ticas públicas de saúde do País e na organização 
e no funcionamento do SUS; e
VIII - estimular a realização de pesquisas apli-
cadas ao SUS.
Para execução dos seus objetivos, três pontos 
de ação foram criados:
I - reordenação da oferta de cursos de Medicina 
e de vagas para residência médica, priorizando 
regiões de saúde com menor relação de vagas e 
médicos por habitante e com estrutura de servi-
ços de saúde em condições de ofertar campo de 
prática suficiente e de qualidade para os alunos;
II - estabelecimento de novos parâmetros para 
a formação médica no País; e
III - promoção, nas regiões prioritárias do SUS, 
de aperfeiçoamento de médicos na área de 
atenção básica em saúde, mediante integração 
ensino-serviço, inclusive por meio de intercâm-
bio internacional.
SAIBA MAIS!
Observe alguns dos capítulos importantes da 
Lei do Programa Mais Médicos:
CAPÍTULO III
DA FORMAÇÃO MÉDICA NO BRASIL
Art. 4º O funcionamento dos cursos de Medici-
na é sujeito à efetiva implantação das diretrizes 
curriculares nacionais definidas pelo Conselho 
Nacional de Educação (CNE).
§ 1º Ao menos 30% (trinta por cento) da car-
ga horária do internato médico na graduação 
serão desenvolvidos na Atenção Básica e em 
Serviço de Urgência e Emergência do SUS, res-
peitando-se o tempo mínimo de 2 (dois) anos 
de internato, a ser disciplinado nas diretrizes 
curriculares nacionais.
§ 2º As atividades de internato na Atenção Bá-
sica e em Serviço de Urgência e Emergência do 
SUS e as atividades de Residência Médica serão 
Figura 7
Foi instituído em 2013, com os seguintes objetivos:
http://arearestrita.adaptamed.com.br/v2/run/videoadapta.aspx?videocode=VIDEO_36_ADAPTAPREV04_2017
PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 19ADAPTAMED
SAIBA MAIS! 
realizadas sob acompanhamento acadêmico e 
técnico, observado o art. 27 desta Lei.
§ 3º O cumprimento do disposto no caput e 
nos §§ 1º e 2º deste artigo constitui ponto de 
auditoria nos processos avaliativos do Sinaes.
Art. 5º Os Programas de Residência Médica de 
que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, 
ofertarão anualmente vagas equivalentes ao 
número de egressos dos cursos de graduação 
em Medicina do ano anterior.
Parágrafo único. A regra de que trata o caput 
é meta a ser implantada progressivamente até 
31 de dezembro de 2018.
Art. 6º Para fins de cumprimento da meta de 
que trata o art. 5º, será considerada a oferta 
de vagas de Programas de Residência Médica 
nas seguintes modalidades:
I - Programas de Residência em Medicina 
Geral de Família e Comunidade; e
II - Programas de Residência Médica de aces-
so direto, nas seguintes especialidades:
a) Genética Médica;
b) Medicina do Tráfego;
c) Medicina do Trabalho;
d) Medicina Esportiva;
e) Medicina Física e Reabilitação;
f) Medicina Legal;
g) Medicina Nuclear;
h) Patologia; e
i) Radioterapia.
Art. 7º O Programa de Residência em Me-
dicina Geral de Família e Comunidade terá 
duração mínima de 2 (dois) anos.
§ 1º O primeiro ano do Programa de Residên-
cia em Medicina Geral de Família e Comu-
nidade será obrigatório para o ingresso nos 
seguintes Programas de Residência Médica:
I - Medicina Interna (Clínica Médica);
II - Pediatria;
III - Ginecologia e Obstetrícia;
IV - Cirurgia Geral;
V - Psiquiatria;
VI - Medicina Preventiva e Social.
§ 2º Será necessária a realização de 1 (um) 
a 2 (dois) anos do Programa de Residência 
em Medicina Geral de Família e Comunida-
de para os demais Programas de Residência 
Médica, conforme disciplinado pela Comis-
são Nacional de Residência Médica (CNRM), 
excetuando-se os Programas de Residência 
Médica de acesso direto.
§ 3º O pré-requisito de que trata este artigo 
apenas será exigido quando for alcançada a 
meta prevista no parágrafo único do art. 5º, na 
forma do regulamento.
§ 4º Os Programas de Residência Médica 
estabelecerão processos de transição para 
implementação, integração e consolidação 
das mudanças curriculares, com o objetivo de 
viabilizar a carga horária e os conteúdos ofe-
recidos no currículo novo e permitir o fluxo na 
formação de especialistas, evitando atrasos 
curriculares, repetições desnecessárias e dis-
persão de recursos.
§ 5º O processo de transição previsto no § 4º 
deverá ser registrado por meio de avaliação do 
currículo novo, envolvendo discentes de diver-
sas turmas e docentes.
§ 6º Os Programas de Residência em Medi-
cina Geral de Família e Comunidade deverão 
contemplar especificidades do SUS, como as 
atuações na área de Urgência e Emergência, 
Atenção Domiciliar, Saúde Mental, Educação 
Popular em Saúde, Saúde Coletiva e Clínica 
Geral Integral em todos os ciclos de vida.
§ 7º O MS coordenará as atividades da Resi-
dência em Medicina Geral de Família e Comu-
nidade no âmbito da rede saúde-escola.
Art. 8º As bolsas de Residência em Medicina 
Geral de Família e Comunidade poderão rece-
ber complementação financeira a ser estabe-
lecida e custeada pelos Ministérios da Saúde 
e da Educação.
Art. 9º É instituída a avaliação específica para 
curso de graduação em Medicina, a cada 2 (dois) 
anos, com instrumentos e métodos que avaliem 
conhecimentos, habilidades e atitudes, a ser im-
plementada no prazo de 2 (dois) anos, conforme 
ato do Ministro de Estado da Educação.
§ 1º É instituída avaliação específica anual para 
os Programas de Residência Médica, a ser imple-
mentada no prazo de 2 (dois) anos, pela CNRM.
§ 2º As avaliações de que trata este artigo serão 
implementadas pelo Instituto Nacional de Es-
tudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 
(Inep), no âmbito do sistema federal de ensino.
Art. 10. Os cursos de graduação em Medicina 
promoverão a adequação da matriz curricular 
para atendimento ao disposto nesta Lei, nos pra-
zos e na forma definidos em resolução do CNE, 
aprovada pelo Ministro de Estado da Educação.
Parágrafo único. O CNE terá o prazo de 180 (cen-
to e oitenta) dias, contado da data de publicação 
desta Lei, para submeter a resolução de quetrata 
o caput ao Ministro de Estado da Educação.
PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 20ADAPTAMED
SAIBA MAIS!
Art. 11. A regulamentação das mudanças 
curriculares dos diversos programas de re-
sidência médica será realizada por meio de 
ato do Ministério da Educação, ouvidos a 
CNRM e o MS.
CAPÍTULO IV
DO PROJETO MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL
Art. 13. É instituído, no âmbito do Programa 
Mais Médicos, o Projeto Mais Médicos para o 
Brasil, que será oferecido:
I - aos médicos formados em instituições de 
educação superior brasileiras ou com diploma 
revalidado no País; e
II - aos médicos formados em instituições de 
educação superior estrangeiras, por meio de 
intercâmbio médico internacional.
§ 1º A seleção e a ocupação das vagas ofertadas 
no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil 
observarão a seguinte ordem de prioridade:
I - médicos formados em instituições de edu-
cação superior brasileiras ou com diploma 
revalidado no País, inclusive os aposentados;
II - médicos brasileiros formados em institui-
ções estrangeiras com habilitação para exer-
cício da Medicina no exterior; e
III - médicos estrangeiros com habilitação para 
exercício da Medicina no exterior.
§ 2º Para fins do Projeto Mais Médicos para o 
Brasil, considera-se:
I - médico participante: médico intercambista 
ou médico formado em instituição de educação 
superior brasileira ou com diploma revalidado; e
II - médico intercambista: médico formado em 
instituição de educação superior estrangeira 
com habilitação para exercício da Medicina no 
exterior.
§ 3º A coordenação do Projeto Mais Médicos 
para o Brasil ficará a cargo dos Ministérios da 
Educação e da Saúde, que disciplinarão, por 
meio de ato conjunto dos Ministros de Estado 
da Educação e da Saúde, a forma de partici-
pação das instituições públicas de educação 
superior e as regras de funcionamento do Pro-
jeto, incluindo a carga horária, as hipóteses de 
afastamento e os recessos.
Art. 14. O aperfeiçoamento dos médicos parti-
cipantes ocorrerá mediante oferta de curso de 
especialização por instituição pública de educa-
ção superior e envolverá atividades de ensino, 
pesquisa e extensão que terão componente as-
sistencial mediante integração ensino-serviço.
§ 1º O aperfeiçoamento de que trata o caput 
terá prazo de até 3 (três) anos, prorrogável 
por igual período caso ofertadas outras mo-
dalidades de formação, conforme definido 
em ato conjunto dos Ministros de Estado da 
Educação e da Saúde.
§ 2º A aprovação do médico participante no 
curso de especialização será condicionada ao 
cumprimento de todos os requisitos do Projeto 
Mais Médicos para o Brasil e à sua aprovação 
nas avaliações periódicas.
§ 3º O primeiro módulo, designado acolhimento, 
terá duração de 4 (quatro) semanas, será exe-
cutado na modalidade presencial, com carga 
horária mínima de 160 (cento e sessenta) horas, 
e contemplará conteúdo relacionado à legislação 
referente ao sistema de saúde brasileiro, ao fun-
cionamento e às atribuições do SUS, notadamen-
te da Atenção Básica em saúde, aos protocolos 
clínicos de atendimentos definidos pelo MS, à 
língua portuguesa e ao código de ética médica. 
§ 4º As avaliações serão periódicas, realizadas 
ao final de cada módulo, e compreenderão o 
conteúdo específico do respectivo módulo, 
visando a identificar se o médico participante 
está apto ou não a continuar no Projeto.
§ 5º A coordenação do Projeto Mais Médicos 
para o Brasil, responsável pelas avaliações de que 
tratam os §§ 1º a 4º, disciplinará, acompanhará e 
fiscalizará a programação em módulos do aper-
feiçoamento dos médicos participantes, a adoção 
de métodos transparentes para designação dos 
avaliadores e os resultados e índices de aprovação 
e reprovação da avaliação, zelando pelo equilíbrio 
científico, pedagógico e profissional.
Art. 15. Integram o Projeto Mais Médicos para 
o Brasil:
I - o médico participante, que será submetido ao 
aperfeiçoamento profissional supervisionado;
II - o supervisor, profissional médico responsável 
pela supervisão profissional contínua e perma-
nente do médico; e
III - o tutor acadêmico, docente médico que 
será responsável pela orientação acadêmica.
§ 1º São condições para a participação do 
médico intercambista no Projeto Mais Mé-
dicos para o Brasil, conforme disciplinado 
em ato conjunto dos Ministros de Estado da 
Educação e da Saúde:
I - apresentar diploma expedido por instituição 
de educação superior estrangeira;
II - apresentar habilitação para o exercício da 
Medicina no país de sua formação; e
III - possuir conhecimento em língua portugue-
sa, regras de organização do SUS e protocolos e 
diretrizes clínicas no âmbito da Atenção Básica.
§ 2º Os documentos previstos nos incisos I e 
II do § 1º sujeitam-se à legalização consular 
gratuita, dispensada a tradução juramentada, 
nos termos de ato conjunto dos Ministros de 
Estado da Educação e da Saúde.
PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 21ADAPTAMED
SAIBA MAIS!
§ 3º A atuação e a responsabilidade do médico 
supervisor e do tutor acadêmico, para todos 
os efeitos de direito, são limitadas, respectiva 
e exclusivamente, à atividade de supervisão 
médica e à tutoria acadêmica.
Art. 16. O médico intercambista exercerá 
a Medicina exclusivamente no âmbito das 
atividades de ensino, pesquisa e extensão 
do Projeto Mais Médicos para o Brasil, dis-
pensada, para tal fim, nos 3 (três) primeiros 
anos de participação, a revalidação de seu 
diploma nos termos do § 2º do art. 48 da 
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 
(Vide Decreto nº 8.126, de 2013.) (Vide Lei 
nº 13.333, de 2016.)
§ 1º (VETADO).
§ 2º A participação do médico intercambista 
no Projeto Mais Médicos para o Brasil, ates-
tada pela coordenação do Projeto, é condição 
necessária e suficiente para o exercício da 
Medicina no âmbito do Projeto Mais Médicos 
para o Brasil, não sendo aplicável o art. 17 da 
Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957.
§ 3º O MS emitirá número de registro único 
para cada médico intercambista participan-
te do Projeto Mais Médicos para o Brasil e a 
respectiva carteira de identificação, que o 
habilitará para o exercício da Medicina nos 
termos do § 2º.
§ 4º A coordenação do Projeto comunicará 
ao Conselho Regional de Medicina (CRM) que 
jurisdicionar na área de atuação a relação 
de médicos intercambistas participantes do 
Projeto Mais Médicos para o Brasil e os res-
pectivos números de registro único.
§ 5º O médico intercambista estará sujeito à 
fiscalização pelo CRM.
Art. 17. As atividades desempenhadas no 
âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil 
não criam vínculo empregatício de qualquer 
natureza.
Art. 18. O médico intercambista estrangeiro 
inscrito no Projeto Mais Médicos para o Brasil 
fará jus ao visto temporário de aperfeiçoamen-
to médico pelo prazo de 3 (três) anos, prorro-
gável por igual período em razão do disposto 
no § 1º do art. 14, mediante declaração da 
coordenação do Projeto. (Vide Lei nº 13.333, 
de 2016.)
§ 1º O Ministério das Relações Exteriores po-
derá conceder o visto temporário de que trata 
o caput aos dependentes legais do médico 
intercambista estrangeiro, incluindo compa-
nheiro ou companheira, pelo prazo de validade 
do visto do titular.
§ 2º Os dependentes legais do médico inter-
cambista estrangeiro poderão exercer ativi-
dades remuneradas, com emissão de Carteira 
de Trabalho e Previdência Social (CTPS) pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego.
§ 3º É vedada a transformação do visto tem-
porário previsto neste artigo em permanente.
§ 4º Aplicam-se os arts. 30, 31 e 33 da Lei nº 
6.815, de 19 de agosto de 1980, ao disposto 
neste artigo.
Art. 19. Os médicos integrantes do Projeto 
Mais Médicos para o Brasil poderão perceber 
bolsas nas seguintes modalidades:
I - bolsa-formação;
II - bolsa-supervisão; e
III - bolsa-tutoria.
§ 1º Além do disposto no caput, a União conce-
derá ajuda de custo destinada a compensar as 
despesas de instalaçãodo médico participante, 
que não poderá exceder a importância corres-
pondente ao valor de 3 (três) bolsas-formação.
§ 2º É a União autorizada a custear despesas 
com deslocamento dos médicos participantes 
e seus dependentes legais, conforme dispuser 
ato conjunto dos Ministros de Estado do Pla-
nejamento, Orçamento e Gestão e da Saúde.
§ 3º Os valores das bolsas e da ajuda de custo 
a serem concedidas e suas condições de pa-
gamento serão definidos em ato conjunto dos 
Ministros de Estado da Educação e da Saúde.
Art. 20. O médico participante enquadra-se 
como segurado obrigatório do Regime Geral de 
Previdência Social (RGPS), na condição de con-
tribuinte individual, na forma da Lei nº 8.212, 
de 24 de julho de 1991.
Parágrafo único. São ressalvados da obriga-
toriedade de que trata o caput os médicos 
intercambistas:
I - selecionados por meio de instrumentos de 
cooperação com organismos internacionais que 
prevejam cobertura securitária específica; ou
II - filiados a regime de seguridade social em 
seu país de origem, o qual mantenha acordo 
internacional de seguridade social com a Re-
pública Federativa do Brasil.
Art. 21. Poderão ser aplicadas as seguintes 
penalidades aos médicos participantes do 
Projeto Mais Médicos para o Brasil que des-
cumprirem o disposto nesta Lei e nas normas 
complementares:
I - advertência;
II - suspensão; e
III - desligamento das ações de aperfeiçoamento.
§ 1º Na hipótese do inciso III do caput, poderá 
ser exigida a restituição dos valores recebidos 
a título de bolsa, ajuda de custo e aquisição de 
passagens, acrescidos de atualização mone-
tária, conforme definido em ato conjunto dos 
Ministros de Estado da Educação e da Saúde.
PREVENTIVA 4 – ATENÇÃO BÁSICA – Parte II – a estratégIa saúde da FamílIa (esF) 22ADAPTAMED
§ 2º Na aplicação das penalidades previstas 
neste artigo, serão consideradas a natureza e 
a gravidade da infração cometida, assegurados 
o contraditório e a ampla defesa.
§ 3º No caso de médico intercambista, o des-
ligamento do Programa implicará o cancela-
mento do registro único no MS e do registro 
de estrangeiro.
§ 4º Para fins do disposto no § 3º, a coorde-
nação do Projeto Mais Médicos para o Brasil 
comunicará o desligamento do médico parti-
cipante ao CRM e ao Ministério da Justiça.
Art. 22. As demais ações de aperfeiçoamen-
to na área de Atenção Básica em saúde em 
regiões prioritárias para o SUS, voltadas es-
pecificamente para os médicos formados em 
instituições de educação superior brasileiras ou 
com diploma revalidado, serão desenvolvidas 
por meio de projetos e programas dos Minis-
térios da Saúde e da Educação.
§ 1º As ações de aperfeiçoamento de que 
trata o caput serão realizadas por meio de 
instrumentos de incentivo e mecanismos de 
integração ensino-serviço.
§ 2º O candidato que tiver participado das ações 
previstas no caput deste artigo e tiver cumprido 
integralmente aquelas ações, desde que realiza-
do o programa em 1 (um) ano, receberá pontu-
ação adicional de 10% (dez por cento) na nota 
de todas as fases ou da fase única do processo 
de seleção pública dos Programas de Residência 
Médica a que se refere o art. 2º da Lei nº 6.932, 
de 1981.
§ 3º A pontuação adicional de que trata o § 
2º não poderá elevar a nota final do candidato 
para além da nota máxima prevista no edital 
do processo seletivo referido no § 2º deste 
artigo.
§ 4º O disposto nos §§ 2º e 3º terá validade 
até a implantação do disposto no parágrafo 
único do art. 5º desta Lei.
§ 5º Aplica-se o disposto nos arts. 17, 19, 
20 e 21 aos projetos e programas de que 
trata o caput.
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