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APROVAÇÃO CARIRI - CONCURSOS PÚBLICOS NOÇÕES DE DIREITO PENAL / PROCESSO PENAL Aula 01 Prof(a) Justino Goiana Aluno(a):_____________________________________________________ Data:______/_______/________ NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA / ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ORGANIZAÇÕES FORMAIS MODERNAS: TIPOS DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, NATUREZA, FINALIDADES E CRITÉRIOS DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO. Administração é a utilização de todos os recursos organizacionais (pessoas, equipamentos, dinheiro, etc.), de forma planejada, organizada, dirigida e controlada, para o alcance dos objetivos da organização, que não poderiam ser alcançados por uma só pessoa (de forma autônoma). Organização é uma entidade estruturada, onde estão alocadas as pessoas e os recursos, que trabalham juntos para que os resultados (objetivos comuns) sejam alcançados. Perceba que há uma forte ligação entre os conceitos de administração e organização. Nada mais natural, tendo em vista que o papel do administrador é, de fato, cuidar da organização (ou de parte dela). Então, de um lado temos a administração, cujo papel é orientar e conduzir pessoas e recursos, para que objetivos sejam alcançados (a administração conduz a organização). De outro lado, temos a organização, que é o local onde essas pessoas e recursos encontram-se alocados para o desempenho das funções precípuas da administração. Ambientes Organizacionais Os ambientes organizacionais podem ser classificados em 3 tipos: Ambiente Geral: É o “macro ambiente”. É composto por participantes que não sofrem interferência da organização, mas que influenciam a organização de maneira indireta. Exemplos: economia, política, tecnologia e demografia. Ambiente Operacional: Também chamado de ambiente competitivo, setorial, ou imediato, é formado por componentes que influenciam a organização de maneira direta. São os participantes que estão mais “próximos” da organização. Exemplos: clientes, fornecedores, concorrentes, agências reguladoras. Ambiente Interno: É composto pelos elementos internos da organização. Exemplos: funcionários, administradores, equipamentos, estrutura física e cultura organizacional. Estruturas Organizacionais Organização Formal: É aquela pautada pela racionalidade e pela lógica. É o conjunto de normas que orientam o andamento dos processos organizacionais. A estrutura da organização e as funções são definidas em regulamentos e organogramas. Os relacionamentos no ambiente de trabalho se darão baseados na missão, visão e valores da organização. A organização formal é criada propositalmente para que a organização alcance seus objetivos. Organização Informal: É aquela baseada na espontaneidade. Está associada a questões de ordem social e pessoal que os colaboradores da empresa compartilham dentro do ambiente organizacional. É formada por relações pessoais e pela afinidade entre os membros de uma organização. São aquelas “panelinhas” (ou grupos de amizade) que se formam dentro da empresa e não aparecem no organograma. Muitas vezes, pautam-se pelo status. São os próprios membros que definem quais comportamentos são positivos para o grupo (não existem regras ou manuais). Por exemplo: aquele grupo de colegas de trabalho que sempre estão juntos (no almoço, na festa da empresa, etc.). A organização informal surge naturalmente e não possui objetivos claros. *Níveis Organizacionais Nível estratégico: É o nível mais elevado da hierarquia. É onde encontram-se os Diretores, os Presidentes, os CEO´s e outros gestores de cúpula da organização. Nesse nível, são discutidos temas que afetam a organização como um todo. São discutidos os objetivos gerais da organização. As decisões tomadas no nível estratégico norteiam o rumo da organização e estão relacionadas ao longo prazo. Nesse nível, são discutidos temas como: clima e cultura organizacional; estratégias da organização; mudança ambiental e comportamental do meio externo (clientes, concorrentes), entre outros. O nível estratégico está em contato direto e tem uma maior interação com o ambiente externo. Nível tático: É o nível “intermediário”, ou nível gerencial. É o “elo de articulação” entre o nível estratégico e o nível operacional. No nível tático estão os gerentes e chefes de departamento. A função dos administradores deste nível é de interpretar as decisões tomadas no nível estratégico, e buscar meios para que estas decisões sejam implementadas pelo nível operacional. O foco se dá em unidades específicas da organização. Esse nível se preocupa, normalmente, com o médio prazo. Nível operacional: É o nível administrativo mais baixo. É onde estão os supervisores. O foco é no curto prazo, no desempenho das tarefas. Os administradores desse nível devem se preocupar em Organização Formal Criada propositalmente Baseada na racionalidade e na lógica É planejada e estruturada Regras e regulamentos É representada no organograma Objetivos pré-estabelecidos Organização Informal Surge naturalmente (espontaneidade) Baseada na afinidade Não é planejada e nem estruturada Não existem regras ou manuais Não aparece no organograma Não possui objetivos claros para colocar em prática o que foi estabelecido pelo nível tático. Para tanto, devem guiar e administrar seus subordinados (os funcionários e operários “chão de fábrica”) para que executem as atividades e desempenhem suas funções de maneira eficiente. 2 PROCESSO ORGANIZACIONAL: PLANEJAMENTO, DIREÇÃO, COMUNICAÇÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO. - Processo Administrativo (Processo Organizacional) Segundo Chiavenato10, a tarefa básica da administração é “interpretar os objetivos globais propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional global por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa a fim de atingir tais objetivos da melhor maneira possível.De acordo com Chiavenato, o processo administrativo é composto pelas seguintes funções administrativas: Planejamento, Organização, Direção e Controle (mnemônico: PODC – “pódicê”). Para Chiavenato, o processo administrativo é mais do que uma sequência cíclica, pois as funções estão relacionadas entre si. Portanto, pode-se dizer que o processo administrativo é cíclico, interativo e dinâmico ou seja, não é estático. (IF-PA – IF-PA – 2019) De acordo com a abordagem neoclássica da administração, a gestão de um processo administrativo percorre, naturalmente, as quatro funções básicas do administrador, universalmente aceitas - planejamento, organização, direção e controle. Associe cada uma dessas funções às definições apresentadas a seguir e indique a sequência que completa CORRETAMENTE as frases abaixo. __________ é a função administrativa que orienta e indica o comportamento dos indivíduos no sentido dos objetivos a serem alcançados; __________ é a função administrativa que busca assegurar se os objetivos pretendidos realmente foram alcançados; __________ é a função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e quais os objetivos a alcançar; __________ é a função administrativa que consiste no agrupamento das atividades necessárias para realizar aquilo que foi planejado. a) Planejamento, Organização, Direção, Controle. b) Controle, Direção, Organização, Planejamento. c) Planejamento, Controle, Direção, Organização. d) Direção, Controle, Planejamento, Organização. e) Organização, Controle, Direção, Planejamento. 3 Organização administrativa: centralização, descentralização, concentração e desconcentração; organização administrativa da União; administração direta e indireta; agências executivas e reguladoras. A criação de uma entidade administrativa está relacionada ao fenômeno da descentralização. Existem duas maneiras de o Estado prestar seus serviços, de forma centralizada ou descentralizada. Quando o Estado presta os serviços pelos órgãos e agentes que compõem as pessoas políticas, diz-se que o serviço é prestado de forma centralizada. Nesse caso, os serviços são prestados pelos órgãos despersonalizadosintegrantes da própria entidade política. Por exemplo, ministérios, pelas secretarias estaduais e municipais ou seus órgãos subordinados. A descentralização poderá ser política ou administrativa. Ocorre a descentralização política quando a Constituição Federal atribui competências aos estados, DF e municípios. Logo, a distribuição de competências, entre os entes políticos, que ocorre no nível constitucional, é chamada de descentralização política. Ademais, a entidade política pode optar por transferir a terceiro (outra pessoa, física ou jurídica) a competência para determinada atividade administrativa. Nesses casos, há a descentralização administrativa, que envolve duas pessoas distintas: de um lado, o Estado – seja a União, estados, Distrito Federal ou municípios –, e, de outro, a pessoa que executará o serviço, uma vez que recebeu essa atribuição do Estado. Nesse contexto, podemos mencionar três formas de descentralização administrativa: ✓ descentralização por outorga, por serviços, técnica ou funcional; ✓ descentralização por delegação ou colaboração; ✓ descentralização territorial ou geográfica Diferentemente da descentralização, a desconcentração ocorre dentro de uma mesma pessoa jurídica, como uma técnica administrativa para distribuir internamente as competências. Ocorre desconcentração quando a União se organiza em ministérios ou quando uma autarquia ou empresa pública se organiza em departamentos. Logo, a desconcentração pode ocorrer tanto no âmbito das pessoas políticas (União, DF, estados ou municípios) quanto nas entidades da Administração indireta. Por meio da desconcentração, surgem os órgãos públicos. Como a desconcentração ocorre na mesma pessoa jurídica, ela se realiza dentro de uma estrutura hierarquizada, com relação de subordinação entre os diversos níveis. Nas entidades desconcentradas, temos o controle hierárquico, que compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, punição, delegação, avocação, solução de conflitos de competência, etc (TCE PB - 2018) No processo de descentralização por serviço, em que o órgão passa a deter a titularidade e a execução do serviço, ocorre a distribuição interna de competências no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. A Administração Pública Indireta é composta pelas entidades administrativas. Como já estudado, elas possuem personalidade jurídica própria, são responsáveis por executar atividades administrativas de forma descentralizada, não possuem autonomia política e estão vinculadas à Administração Direta, em qualquer dos Poderes (embora, na prática, só observamos Administração Indireta vinculada ao Poder Executivo). São elas: as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e sociedades de economia mista (TCE PB - 2018) As entidades que integram a administração pública indireta incluem as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. EBSERH - 2018) Somente por decreto específico poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar definir as áreas de atuação. AGÊNCIAS REGULADORAS são autarquias sob regime especial, integrantes da Administração Indireta, criadas por lei, dotadas de autonomia financeira e orçamentária, organizadas em colegiado cujos membros detém mandato fixo, com a finalidade de regular e fiscalizar as atividades de prestação de serviços públicos. Nesse sentido, o art. 3º da Lei 13.848/2019: Assim, as agências reguladoras não representam uma nova entidade administrativa, elas são apenas uma forma especial de autarquia, isto é, autarquias sob regime especial. Como tal, elas não estão subordinadas a qualquer órgão público, mas sujeitam-se à supervisão ministerial. AGÊNCIA EXECUTIVA é a qualificação dada à autarquia ou fundação que tenha celebrado contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, para melhoria da eficiência e redução de custos. Não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a qualificação de agência executiva, podendo perdê-la, se deixar de atender aos requisitos. Portanto, as agências executivas não representam uma nova forma de entidade administrativa, mas tão somente uma qualificação especial outorgada à autarquia ou à fundação pública que celebre um contrato de gestão com o órgão supervisor. Busca-se, com a qualificação, aumentar a eficiência das autarquias e fundações públicas federais 4 Gestão de processos. Processo é um conjunto de atividades inter-relacionadas, sequencialmente e logicamente estruturadas e encadeadas, por meio das quais as entradas/inputs (insumos) são transformadas (processamento) em saídas/outputs (produtos / serviços). Em outras palavras, um processo consiste em “dividir” o trabalho em diversas “etapas” sequenciais e lógicas (estruturar uma cadeia de valor), com o objetivo de agregar valor aos insumos (entradas) produzindo produtos e serviços (saídas) que atendam e satisfaçam às necessidades de clientes internos e externos. Cadeia de valor é um conjunto de atividades que a empresa realiza para elaborar, produzir e comercializar os seus produtos e serviços. Ou seja, ela demonstra todas as etapas, desde a entrada da matéria-prima e sua transformação em produto, até a chegada deste produto ao cliente final. O processo é estruturado da seguinte forma: Entradas (inputs / insumos): correspondem aos recursos utilizados, insumos, matériasprimas, etc. Tratam-se dos elementos que serão “transformados”. Processamento (throughput / transformação): corresponde às diversas atividades interrelacionadas que são realizadas com o objetivo de transformar as “entradas” (insumos) em saídas (resultados). As atividades são realizadas com o objetivo de agregar valor às “entradas”. Vale destacar que essas atividades são interdependentes. Ou seja, as etapas dependem umas das outras. Portanto, caso ocorra algum “problema” em uma das etapas, o resultado final (saídas) será afetado. Saídas (outputs / resultados): correspondem aos produtos e serviços gerados. É o resultado final do processo. -->>>> GESTÃO DE PROCESSOS X GESTÃO POR PROCESSOS<<<<-- Gestão DE Processos: Trata-se do gerenciamento de processos específicos da organização. Ou seja, consiste em aplicar técnicas e ferramentas de planejamento e controle sobre determinados processos organizacionais, com o objetivo de aprimorar (melhorar) esses processos. Em outras palavras, consiste em gerenciar o próprio processo. Pode-se dizer que é um “tipo de gestão” que busca entender os processos que são gerenciados pela organização. Por exemplo: aplicar técnicas de gestão para aprimorar o processo de produção de pizzas no setor de “montagem” de uma pizzaria. Gestão POR Processos: Trata-se de um conceito muito mais abrangente. Consiste em uma forma diferenciada de gerenciar a organização, baseada nos diversos processos organizacionais e no inter-relacionamento e integração entre esses processos, com foco no atendimento e satisfação das necessidades dos clientes. Ou seja, leva em consideração os processos de trabalho (fluxos de trabalho), a inter-relação entre esses processos, bem como interdependência entre as diversas unidades organizacionais (departamentos). Em outras palavras, significa dizer que a organização passou a ser orientada pelos seus processos. GESTÃO FUNCIONAL (TRADICIONAL) X GESTÃO POR PROCESSOS GUIA CBOK Primeiramente, o Guia BPM CBOK não é uma metodologia! O Guia BPM CBOK é um “guia de boas práticas”. A versão 3.0, “Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM – Business Process Managementé uma disciplina gerencial que integra estratégias e objetivos de uma organização com expectativas e necessidades de clientes, por meio do foco em processos ponta a ponta. BPM engloba estratégias, objetivos, cultura, estruturas organizacionais, papéis, políticas, métodos e tecnologias para analisar, desenhar, implementar, gerenciar desempenho, transformare estabelecer a governança de processos.” A versão 4.0 do Guia BPM CBOK15, por sua vez, expõe que o “Gerenciamento de Processos de Negócio Business Process Management - BPM) é uma abordagem de gerenciamento disciplinada para identificar, projetar, executar, documentar, medir, monitorar e controlar processos de negócio, tanto automatizados como não automatizados, para alcançar resultados consistentes e direcionados, alinhados aos objetivos estratégicos da organização. O BPM envolve a definição deliberada, colaborativa e, cada vez mais assistida, por tecnologia, melhoria, inovação e gerenciamento de processos de negócio de ponta a ponta que direcionam resultados de negócio, criam valor para os clientes e permitem que uma organização atinja seus objetivos de negócio com mais agilidade.” De acordo com o Guia BPM CBOK, as Áreas de Conhecimento 07 e 08 (“Organização do Gerenciamento de Processos” e “Gerenciamento Corporativo de Processos”) constituem a Perspectiva Organizacional. Todas as demais Áreas de Conhecimento, constituem a Perspectiva de Processo. Rotinas Administrativas: As rotinas administrativas são um conjunto de processos que ocorrem de forma sistemática, e que contribuem para o alcance dos objetivos da organização. As rotinas administrativas requerem conhecimento técnico, científico e o domínio de tecnologias. Portanto, para o bom desempenho das rotinas administrativas, cada funcionário deve desempenhar atividades que estejam de acordo com o seu nível de competência e capacidade. GESTOR DE PROCESSOS O dono de processos pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas com a responsabilidade e a prestação de contas contínuas pelo desenho (design), desenvolvimento, execução e desempenho bem-sucedidos de um ou mais processos de negócio. A propriedade dos processos pode ser uma responsabilidade em tempo integral ou uma responsabilidade em tempo parcial (ou seja, uma responsabilidade “adicional”, como uma função de linha ou equipe). Gestor de Processos x Gerente de Processos O Guia COM CBPOK destaca, ainda, que em organizações mais maduras, o Gestor do Processo (Dono do Processo) tem um subordinado, chamado de Gerente do Processo. O Gerente de Processos é responsável por coordenar e gerenciar o desempenho dos processos no dia a dia, bem como liderar as iniciativas de transformação dos processos. Ou seja, ao Gerente de Processos compete apoiar a rotina dos processos no dia a dia. TIPOS DE PROCESSOS Processos Primários: Trata-se dos processos que representam as atividades essenciais que a organização executa para cumprir sua missão. Processos Secundários: Tratam-se dos processos que dão suporte aos processos primários e também aos processos gerenciais. São processos que agregam valor a outros processos (e não diretamente aos clientes). Processos Gerenciais:Tratam-se dos processos que têm por objetivo monitorar, medir, controlar e avaliar as atividades, com o objetivo de administrar o presente e o futuro do negócio organizacional. Processos de Negócio (de Clientes):Tratam-se dos processos que estão relacionados à essência do funcionamento da organização. (Perceba que são equivalentes aos processos primários do Guia BPM CBOK). Processos Organizacionais (Administrativos): Se referem aos processos que produzem resultados imperceptíveis para os clientes externos. Contudo, são processos fundamentais para a efetiva gestão do negócio organizacional. Perceba que são equivalentes aos processos secundários do Guia BPM CBOK.Processos Gerenciais (de Gestão): Tratam-se dos processos que incluem as atividades que os gestores realizam para dar suporte aos processos de negócio. Esse tipo de processo auxilia os gestores na tomada de decisões. A “avaliação da qualidade do atendimento” é um exemplo de processo gerencial.Processos Primários: Tratam-se dos processos que incluem atividades que geram valor para o cliente. Equivalem aos processos de negócio. Processos de Suporte: Tratam-se dos processos que dão o apoio e o suporte necessário para que os processos primários funcionem de forma adequada. Englobam tanto os processos organizacionais quanto os processos gerenciais.Processos Verticais (Intrafuncionais): Tratam-se dos processos que ocorrem “de cima para baixo” (dos níveis organizacionais mais elevados para os níveis mais baixos) ou “de baixo para cima” (dos níveis organizacionais mais baixos para os níveis mais elevados). Se referem aos processos que são inteiramente realizados dentro de uma única unidade funcional (um único departamento). Gonçalves ressalta que os processos verticais “se referem ao planejamento e ao orçamento empresarial e se relacionam com a alocação de recursos escassos (fundos e talentos)”. Processos Horizontais (Interfuncionais / Interdepartamentais / Transversais): São processos que atravessam as fronteiras das “áreas funcionais” (dos departamentos) da organização. São os processos que ocorrem lateralmente.Esses processos são desenhados de acordo com o fluxo do trabalho. Os processos primários (ou processos de negócio) são um exemplo de processos horizontais. NÍVEIS DE DETALHAMENTO DOS PROCESSOS Macroprocesso: Consiste em um conjunto de processos que geram alto impacto na organização. O macroprocesso está relacionado à missão organizacional. Normalmente, envolve diversas unidades e funções organizacionais. É o “nível hierárquico” mais alto. O macroprocesso traz o menor nível de detalhamento. > Processo: É um conjunto de atividades inter-relacionadas (ou conjunto de subprocessos), sequencialmente e logicamente estruturadas e encadeadas, por meio das quais as entradas/inputs (insumos) são transformadas (processamento) em saídas/outputs (produtos / serviços). Subprocesso: é um desdobramento do processo em fluxos menores. O subprocesso demonstra os fluxos de trabalho e atividades que são necessários à execução de cada processo. > Atividade: Corresponde ao conjunto de ações, operações ou tarefas que são realizadas dentro de um subprocesso ou dentro de um processo. Normalmente, as atividades são executadas por uma unidade organizacional (departamento) ou por um invíviduo. As atividades indicam “o que” deve ser feito para o alcance de algum objetivo específico. > Tarefa: É o maior nível de detalhamento. É uma parte específica da atividade. A tarefa é o menor nível em um mapeamento de processo. A tarefa indica de forma mais detalhada como a atividade deve ser executada. Corresponde a uma sequência de etapas que devem ser executadas para a realização da tarefa. As tarefas indicam “como” deve ser feito. É o “nível hierárquico” mais baixo. A tarefa traz o maior nível de detalhamento. Alguns autores não consideram o “subprocesso” como parte dos níveis de detalhamento. Portanto, na sua prova poderão aparecer apenas 04 níveis: Macroprocesso > Processo > Atividade > Tarefa (COPEVE-UFAL – Prefeitura de Maceió-AL – Técnico Administrativo - 2017) A gestão por processos é uma abordagem sistêmica dos negócios adotada nas organizações, que visa alcançar melhores resultados através do aperfeiçoamento dos processos de trabalho. Ao se analisar os processos, conforme sua prioridade de execução e sua importância na organização, estes podem ser separados hierarquicamente. A sequência da hierarquia de processos numa organização, do nível mais alto ao nível mais baixo, conforme estabelecida na literatura, é: a) Macroprocesso – Processo – Subprocesso – Atividades – Tarefas b) Subprocesso – Macroprocesso – Tarefas – Atividades – Processo c) Processo – Macroprocesso – Subprocesso – Tarefas – Atividades d) Processo – Subprocesso – Macroprocesso – Tarefas – Atividades e) Tarefas – Atividades – Macroprocesso – Subprocesso – Processo (UFPR – SES-PR – Administrador) Um processo pode ser detalhado em diversos níveis, dependendo da necessidade da organização. Assinale a alternativa que apresenta essa hierarquia, do menor para o maior nível de detalhe. a) tarefa, atividade, processo e macroprocesso. b) macroprocesso, atividade, processo e tarefa. c) tarefa, processo atividade e macroprocesso. d) macroprocesso, processo,atividade e tarefa. e) processo, macroprocesso, tarefa e atividade. Mapeamento e Modelagem de Processos O mapeamento de processos tem por objetivo descrever o “fluxo” atual do processo, com o objetivo de auxiliar na “visualização” de todo o processo. Ou seja, busca-se entender o “passo a passo” do processo atual. A modelagem de processo, por sua vez, tem por objetivo compreender a situação atual (“as-is”) que foi identificada pelo mapeamento, e “desenhar” a situação futura desejada (“to-be”). Ou seja, busca-se entender o processo atual, e desenhar novas situações, com o objetivo de otimizar (aprimorar, melhorar) o processo. O profissional responsável pelo mapeamento dos processos deve ser capaz de entender e compreender os seguintes elementos: Fornecedor, Entrada, Processo, Saída e Cliente (FEPSC). MELHORIA DE PROCESSOS DE ACORDO COM O GUIA BPM CBOK56, A “melhoria de processos de negócio (BPI – Business Process Improvement) é uma iniciativa específica ou um projeto para melhorar o alinhamento e o desempenho de processos com a estratégia organizacional e as expectativas do cliente”. Assim melhoria contínua é uma evolução incremental de um processo utilizando uma abordagem disciplinada para assegurar que o processo continue atingindo seus objetivos”. Portanto, a melhoria contínua dos processos se dá de forma incremental. Ou seja, de forma gradual, buscando apenas acrescentar, agregar ou somar melhorias. REDESENHO E PROCESSOS: O Redesenho tem por base uma perspectiva holística dos processos. Ou seja, o Redesenho busca entender e modificar o processo de forma integral (e não apenas através da implementação de mudanças incrementais, como ocorre na Melhoria de Processos). De acordo com o Guia BPM CBOK58, o “redesenho de processos é o repensar ponta a ponta sobre o que o processo está realizando atualmente”. Embora o redesenho de processos envolva mudanças mais significativas e abrangentes, as mudanças implementadas continuam a ser baseadas nos conceitos fundamentais do processo existente. É exatamente isso que diferencia o “redesenho” da “reengenharia” (que estudaremos a seguir). Reengenharia A REENGENHARIA é uma técnica que foi criada com o objetivo de que as organizações fossem capazes de se adaptar e se ajustar a grandes e intensas mudanças ambientais. A Reengenharia consiste em realizar uma nova e diferente “engenharia” da estrutura organizacional. Ou seja, trata-se de uma reconstrução total dos processos fundamentais da organização. A reengenharia descarta todos os processos existentes e vai em busca de outros totalmente novos. A reengenharia “parte do zero”. De acordo com o Guia BPM CBOK59, a “reengenharia de processos (BRP – Business Process Reengineering) é um repensar fundamental e um redesenho radical de processos para obter melhorias dramáticas no negócio”. A Reengenharia é uma mudança organizacional drástica, radical e com foco nos processos e na agregação de valor para o cliente (ou seja, o foco não está nas tarefas ou funções). PROCESSOS E A CERTIFICAÇÃO ISO 9000: A ISO 9000 é um conjunto de normas técnicas internacionais, que definem modelo de gestão da qualidade para as organizações. A obtenção do certificado ISO 9000 não garante a qualidade dos produtos! Quando a organização obtém a certificação ISO 9000, significa dizer apenas que a organização está adotando a padronização e os princípios previstos pela norma ISO 9000. 5 Gestão de contratos. No serviço público, exige especial cautela. Afinal, podemos indicar a sua vulnerabilidade sob os seguintes aspectos: - comprometimento dos resultados na Administração Pública; - presença dos órgãos de controle; - situações de constrangimento, em razão de possíveis notícias na imprensa. Na verdade, contratos mal gerenciados podem levar a prejuízos de toda ordem. Imaginemos a contratação dos serviços terceirizados, quando empregados que trabalham dentro dos órgãos públicos envolvem-se em incidentes com administrados. Isso repercute na rotina administrativa, pode ensejar medidas da área de controle, questionando a ação do fi scal do contrato e, ainda, pode ter conseqüências até escandalosas, quando os episódios chegam a imprensa e tomam, muitas vezes, proporções multiplicadas. (Lembre que, para os olhos de terceiros, não há distinção entre o funcionário e o empregado da empresa que presta o serviço terceirizado.) É por isso que insistimos na atenção a esse item. O administrador público deve desenvolver mecanismos para o acompanhamento dos contratos porque, assim procedendo, estará resguardando o interesse público e resguardando a si próprio. COMO PREVENIR Podemos dizer que, nessa área de contratação, há uma seqüência de prevenções que devem ser consideradas e que iremos examinar como medidas fundamentais de prestígio à efi ciência administrativa. São elas: a) a correta identificação do que deve ser contratado; b) a qualidade na licitação; c) o controle do recebimento do objeto; d) a fi scalização da execução do contrato; e) o gerenciamento dos incidentes contratuais. A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DO QUE DEVE SER CONTRATADO É importante que se estabeleça uma perfeita comunicação entre o setor que necessita do objeto e os funcionários encarregados do expediente licitatório. Muitas vezes, há a requisição para compra de determinado produto, sem que se descreva com nitidez as características, as peculiaridades daquilo que se precisa. Na etapa seguinte, os responsáveis pela compra acabam fazendo uma descrição do objeto que não atende rigorosamente o interesse de quem solicitou. IMPRECISÃO NA DESCRIÇÃO DO OBJETO Como medida de resguardo desse incidente, temos recomendado que a descrição do objeto seja feita pelo funcionário que o requisita; ou que este busque o assessoramento técnico para fazê-lo. Sem isso, corremos o risco de termos um contrato impróprio, com dinheiro público posto no ralo. Ou, então, remendos na execução, transferindo ao contratado encargos de troca ou ajustes. Ou seja, repassando a terceiros um ônus que decorre da ineficiência da Administração A QUALIDADE NA LICITAÇÃO A segurança nessa etapa começa com a correta identifi cação e o devido preparo dos funcionários responsáveis pelos procedimentos licitatórios. Veja-se que impõem-se aqui dois requisitos: a) identifi cação dos funcionários; b) treinamento. Identifi car signifi ca atribuir a tarefa àqueles funcionários que apresentam um perfi l para tarefa. Esse perfi l começa pelo conhecimento e avança para a personalidade. Não é qualquer pessoa que está apta a atuar em licitação. Ela até pode deter um conhecimento teórico, mas o seu perfi l, de caráter e de temperamento, pode não ser ajustado a esse tipo de atividade. No plano amplo do direito, temos a doutrina, a jurisprudência e os princípios. Isso é complexo. Isso evolui. Isso modifi ca-se. Isso enseja diferentes e novas interpretações. Logo, os agentes públicos precisam ser permanentemente atualizados. IMPORTANTE O gestor público precisa estar atento a esses requisitos na escolha do seus prepostos. Uma incorreta indicação pode gerar responsabilidade. É a fi gura da culpa in eligendo, ou seja, a culpa pela má eleição dos funcionários. O CONTROLE DO RECEBIMENTO DO OBJETO A Lei nº 8.666/93 – Lei de Licitações e Contratos - trata do recebimento do objeto, determinando à Administração que indique um funcionário ou comissão para tal tarefa. A ordem vem no art. 73. Veja-se que se trata: ¾ primeiro, de um dever do administrador em nomear um funcionário (ou comissão), para o desempenho de uma tarefa específica; O agente público que oficia no campo das licitações tem que ser seguro, porque irá enfrentar, frequentemente, interesses contrariados; precisa ser cordial, posto que na sua conduta estará espelhada a imagem da própria instituição; deve ser detalhista, para que nas suas ações a Administração alcance o melhor resultado; (...) segundo, de uma obrigação que o funcionário (ou a comissão) recebe e que deve ser cumprida com responsabilidade A FISCALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO DO CONTRATO Aqui entra outro aspecto de relevância para a qualidadedos contratos públicos: a sua fi scalização. Veja-se que: a) houve a requisição do objeto – que tem quer bem descrito; b) procedeu-se a licitação – que precisa ser conduzida com atendimento aos requisitos formais; c) celebrou-se o contrato. Agora, o contrato será executado. E, DEPOIS, quando concluído, haverá o recebimento do objeto, que é a matéria tratado no item anterior. Entre o CONTRATO e o RECEBIMENTO, dá-se a EXECUÇÃO. A Lei nº 8.666/93 – Lei de Licitações e Contratos -, no art. 67, impõe (o verbo é esse: impor) o seguinte: “A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado...” GESTÃO E FISCALIZAÇÃO Não se confunda GESTÃO com FISCALIZAÇÃO de contrato. A gestão é o serviço geral de gerenciamento de todos os contratos; a fi scalização é pontual. Na gestão, cuida-se, por exemplo, do reequilíbrio econômico-fi nanceiro, de incidentes relativos a pagamentos, de questões ligadas à documentação, ao controle dos prazos de vencimento, de prorrogação, etc. É um serviço administrativo propriamente dito, que pode ser exercido por uma pessoa ou um setor. Já a fi scalização é exercida necessariamente por um representante da Administração, especialmente designado, como preceitua a lei, que cuidará pontualmente de cada contrato. CLÁUSULAS EXORBITANTES As cláusulas exorbitantes colocam o poder público em um patamar de superioridade em relação ao particular contratado (VERTICALIDADE). Vale destacar que essa verticalidade não retira a comutatividade e isso se verifica quando se evidencia a garantia do particular em relação à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Instuitu Personae (Pessoalidade) É a própria empresa contratada quem deverá prestar os serviços ou fornecer as mercadorias contratadas. Obs.: A Lei n. 8.666/1993 veda a subcontratação parcial ou integral do objeto contratado. Além da subcontratação, são vedadas a associação do contratado com outrem, a cessão e a transferência, total ou parcial. Tais medidas somente serão possíveis em caráter excepcional, mediante previsão expressa no edital da licitação e no contrato. Além disso, quando autorizado, é necessário que a empresa contratada obedeça aos limites admitidos pela Administração, não se admitindo a subcontratação integral (apenas parcial). 6 Planejamento estratégico. Estratégia Estratégia é definir os caminhos que serão adotados, mediante a alocação dos recursos e levandose em consideração o ambiente externo (ambiente no qual a organização está inserida), para que os objetivos organizacionais sejam alcançados. Planejamento estratégico é o processo de definir as metas da sua organização, as ações que serão utilizadas para alcançá-las e com quais recursos poderá contar. É a porta de entrada para investir em inovação, cultura organizacional e ações que funcionem como respostas a um ambiente de constante mudança no mercado. Planejamento Estrat gico •Realizado pela alta cúpula (presidentes e diretores) •Envolve e impacta toda a organização •É orientado para o futuro e para o "destino" da organização •É voltado para o longo prazo •Realiza o "mapeamento" ambiental, otimizando a relação com o ambiente externo •Envolve a "construção do consenso" •Alto nível de incertezas •É gen rico e sint tico Vantagens do Planejamento · Dá um "norte" (senso de direção) para a organização · Maximização da Eficiência · Definição dos parâmetros de controle · Funciona como fonte de motivação e comprometimento · Aumenta o “autoconhecimento” organizacional Reduz o impacto ambiental 7. Princípios da Administração Pública. Os princípios do direito administrativo estão discriminados especificamente no artigo 37 da Constituição Federal, que estipula o seguinte: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” Princípio da legalidade O princípio da legalidade é uma garantia que o cidadão possui de que ninguém será obrigado a fazer, ou deixar de fazer, nada senão em virtude de lei. É preciso pontuar que o princípio da legalidade não é apenas interpretar o que é permitido, ou proibido, de acordo com uma interpretação literal da lei, mas sim, mesmo sem existir dispositivo literal numa lei, o sistema jurídico poderá impor restrição à autonomia privada e obrigatoriedade de atuação administrativa (JUSTEN FILHO p. 210, 2015). Na área do direito administrativo, o princípio da legalidade é sempre lembrado pela seguinte frase: No direito privado, tudo aquilo que não é proibido, é permitido. No direito administrativo, só é permitido aquilo que é autorizado por lei.” Princípio impessoalidade O princípio da impessoalidade, por sua vez, pode ser representado pela necessidade de a administração pública aplicar a lei de maneira equânime e isonômica para todos os administrados. É justamente a frase: todos são iguais perante a lei. Há que se fazer uma ressalva de que não basta tratar todos iguais, pois existem casos em que é fundamental que exista um tratamento igualitário para os iguais e não igualitário para os desiguais. É o caso da assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. O que o princípio da impessoalidade busca impedir é justamente a atribuição de uma vantagem de acordo com o rosto do freguês. Ou seja, ninguém pode ser tratado de forma diferente apenas por ser amigo do rei. Princípio da moralidade Ladeando o princípio da impessoalidade está o princípio da moralidade, que é fundamental para que o princípio da impessoalidade seja respeitado. É o princípio da moralidade que impede a obtenção de vantagens não resguardadas pela boa fé, ou ainda, que exige que a atividade administrativa seja desenvolvida de modo probo, afastando o uso da expressão: os fins justificam os meios. O fato é que nem a invocação do bem comum legitima a expropriação ardilosa de bens ou a destruição de interesses de um particular. É neste ponto que ingressa no direito administrativo o princípio da moralidade (JUSTEN FILHO p. 203, 2015). Princípio publicidade O princípio da publicidade decorre da transparência que poder público necessita demonstrar aos administrados. É permitir que os atos públicos sejam levados ao conhecimento de todos, salvo, evidente, nos casos de sigilo. Mais do que permitir o acesso aos atos públicos, a transparência decorrente do princípio da publicidade funciona como uma via de mão dupla: Por um lado, todos podem fiscalizar os atos administrativos e este fato evita, ou pelo menos tenta evitar, a prática de atos de improbidade. Por outro lado, o respeito a impessoalidade também ocorre, pois todos podem obter as cópias e o acesso, não apenas aqueles amigos do rei. Um exemplo desta publicidade dos atos envolvendo o Poder Público são as arbitragens envolvendo a união ou as entidades da administração pública federal e concessionários, sub concessionários, permissionários, arrendatários, autorizatários ou operadores portuários (Decreto nº. 10.025/2019). Elas devem ser obrigatoriamente públicas, conforme dicção do artigo 3º: As informações sobre o processo de arbitragem serão públicas, ressalvadas aquelas necessárias à preservação de segredo industrial ou comercial e aquelas consideradas sigilosas pela legislação brasileira.” Outro exemplo concreto é a previsão do princípio da publicidade na Lei Geral de Licitações Públicas, que determina que as sessões de aberturas dos envelopes serão públicas. Aliás, em alguns órgãos as licitações já são transmitidas online, de modo que todos podem fiscalizá-la em tempo real. Princípio da eficiência O princípio da eficiência, também previsto na Constituição Federal, impõe que a Administração Pública deve evitar o desperdício e a falha. É a utilização dos recursos públicos de uma maneira produtiva, com a otimização dos recursos econômicos. É produzir melhor resultados e índices de eficiência. O que não se pode confundir com a aplicação deste princípioé que a administração deve pagar e utilizar sempre o produto mais barato. Isso porque, a eficiência no direito administrativo não está umbilicalmente ligada à eficiência econômica, mas sim uma eficiência ao uso do recurso público. Princípios Constitucionais Implícitos do Direito Administrativo. O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é considerado um princípio fundamental do regime jurídico administrativo. Trata das prerrogativas administrativas. Em uma situação de conflito entre interesse de um particular e o interesse público, este último deve predominar. O princípio da supremacia se fundamenta na própria razão de ser do Estado, na busca de sua finalidade de garantir o interesse coletivo. Assim, é possível ver sua aplicação em diversas ocasiões como, por exemplo: a) nos atributos dos atos administrativos, como a presunção de veracidade, legitimidade e imperatividade; b) na existência das chamadas cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos, que permitem, por exemplo, a alteração ou rescisão unilateral do contrato; c) no exercício do poder de polícia administrativa, que impõe condicionamentos e limitações ao exercício da atividade privada, buscando preservar o interesse geral; d) nas diversas formas de intervenção do Estado na propriedade privada, como a desapropriação (assegurada a indenização), a servidão administrativa, o tombamento de imóvel de valor histórico, a ocupação temporária, etc. PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO trata das sujeições administrativas. As sujeições administrativas são limitações e restrições impostas à Administração com o intuito de evitar que ela atue de forma lesiva aos interesses públicos ou de modo ofensivo aos direitos fundamentais dos administrados1 . Exemplos: necessidade de licitar – para poder contratar serviços e adquirir bens; e a realização de concursos públicos, para fins de contratação de pessoas. Uma informação importante é que, enquanto o princípio da supremacia do interesse público não se aplica em algumas situações – como na exploração de atividade econômica – o princípio da indisponibilidade do interesse público está diretamente presente em qualquer atuação da Administração Pública. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE exigem da administração pública a aplicação de limites e sanções dentro dos limites estritamente necessários para satisfazer o interesse público, sem aplicação de sanções ou restrições exageradas. Esses princípios não estão previstos de forma expressa na Constituição Federal, mas estão previstos na Lei 9.784/1999, que regula o processo administrativo na Administração Pública federal. Muitas vezes, esses dois princípios são tratados como sinônimos ou, pelo menos, são aplicados de forma conjunta. Esses princípios realizam uma limitação à discricionariedade administrativa, em particular na restrição ou condicionamento de direitos dos administrados ou na imposição de sanções administrativas, A razoabilidade impõe que, ao atuar dentro da discrição administrativa, o agente público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas. A proporcionalidade, por outro lado, exige o equilíbrio entre os meios que a Administração utiliza e os fins que ela deseja alcançar, segundo os padrões comuns da sociedade, analisando cada caso concreto. PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA estabelece que a Administração Pública possui o poder de controlar os seus próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos. Assim, a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para corrigir os seus atos, podendo fazê-lo diretamente. Súmula nº 473 - A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Princípio da motivação A motivação representa que o administrador deve indicar os fundamentos de fato e de direito que o levam a adotar qualquer decisão no âmbito da administração pública, demonstrando a correlação lógica entre a situação ocorrida e as providências adotadas. Dessa forma, a motivação serve de fundamento para examinar a finalidade, a legalidade e a moralidade da conduta administrativa. Princípio da continuidade do serviço público Pelo princípio da continuidade, os serviços públicos devem ser prestados de maneira contínua, ou seja, sem parar. Princípio do contraditório e da ampla defesa O princípio do contraditório e da ampla defesa decorre do art. 5º, LV, da Constituição Federal, que determina que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Além disso, eles constam expressamente no caput do art. 2º da Lei 9.784/1999 8. Inovações introduzidas pela Constituição de 1988: agências executivas; serviços essencialmente públicos e serviços de utilidade pública; delegação de serviços públicos a terceiros; agências reguladoras; convênios e consórcios. CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS Existem diversas classificações sobre os serviços públicos. Muitas delas possuem relevância somente teórica ou, ainda, são contraditórias. Por esse motivo, vamos apresentar somente aquelas classificações que entendemos relevantes e com menos contradições. a) Serviços coletivos (gerais) e singulares (individuais): essa é a mais pacífica das classificações e costuma ser adotada, inclusive, pelo Supremo Tribunal Federal. Os serviços públicos gerais (uti universi) são aqueles prestados a toda coletividade, indistintamente. Logo, não é possível mensurar o quanto cada usuário usufrui do serviço. Diz-se, portanto, que eles são prestados a usuários indeterminados. Por conseguinte, não é possível mensurar o quanto cada usuário utilizou do serviço. Exemplos: a conservação de vias públicas, a iluminação pública, a varrição de ruas e praças, etc. Além disso, se considerarmos um conceito amplo de serviço público, pode-se incluir como exemplos de serviços uti universi o policiamento urbano, a garantia de segurança nacional, a defesa de fronteiras, etc. Por outro lado, os serviços singulares (uti singuli) são aqueles em que é possível mensurar a sua prestação individual, ou seja, o quanto cada usuário utilizou do serviço. Assim, mesmo que o serviço se destine à coletividade como um todo, é possível mensurar individualmente o quanto cada usuário utilizou do serviço. São exemplos os serviços de energia elétrica, água encanada, telefonia, gás canalizado, coleta domiciliar de lixo, etc. CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO A Lei 8.987/1995 estabelece normas gerais para o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, aplicável a todos os entes (União, estados, Distrito Federal e municípios), sendo que cada um poderá editar normas complementares, específicas para suas situações. A União também editou a Lei 11.079/2004, que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. A partir dessa nova Lei, podemos falar em três tipos de concessão: (a) concessão comum (ordinária); (b) concessão patrocinada; e (c) concessão administrativa. A primeira consta na Lei 8.987/1995, enquanto as duas últimas são novidades da Lei das PPPs. Assim, vamos iniciar trabalhando as modalidades de delegação de serviços públicos, utilizando, para tanto, a definição de concessão prevista na Lei 8.987/1995. Características básicas das modalidades de delegação de serviços públicos3 : CONCESSÃO de serviços públicos, precedida ou não de obra pública: é celebrada por contrato administrativo; é necessariamente por tempo determinado, admitindo-se prorrogação; exige licitação – na modalidade de concorrência ou diálogo competitivo, exceto no caso em que é aplicável o leilão ou nos casos de inexigibilidade; só se aplica a pessoas jurídicas ea consórcio de empresas; exige lei autorizativa prévia, com exceção das hipóteses previstas no art. 2º da Lei 9.074/1995 (saneamento básico, limpeza urbana e hipóteses previstas nas constituições e leis orgânicas). PERMISSÃO de serviços públicos: é celebrada por contrato de adesão, de caráter precário, revogável4 a qualquer tempo pela Administração; é necessariamente por tempo determinado, admitindo-se prorrogação; sempre exige licitação, mas não necessariamente por concorrência ou diálogo competitivo; pode ser feita a pessoas físicas ou jurídicas exige lei autorizativa prévia, exceto nas hipóteses previstas no art. 2º da Lei 9.074/1995 (saneamento básico, limpeza urbana e hipóteses previstas nas constituições e leis orgânicas). AUTORIZAÇÃO de serviços públicos: é formalizada por ato administrativo, unilateral e de caráter precário, revogável a qualquer momento pela Administração e sem direito à indenização; pode ser feita por prazo indeterminado; não exige licitação; pode ser feita a pessoas físicas ou jurídicas; não exige lei autorizativa prévia. Cebraspe – TCE PE/2017) Diferentemente da delegação, a permissão para prestar um serviço público consiste em ato unilateral da administração, com dispensa de licitação e possibilidade de revogação a qualquer tempo. Comentários: a permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão (o contrato é bilateral), que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente. LICITAÇÃO O art. 14 da Lei estabelece que toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório. Conforme escrito acima, toda concessão (e também as permissões) será precedida de licitação. Não temos aqui exceções como faz a Lei 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos). Dessa forma, qualquer caso de concessão, seja precedido ou não de obra, deverá ser licitado. Os critérios de julgamento estão disciplinados no art. 15 da Lei 8.987/1995. A Lei 8.666/1993 apresenta alguns critérios, porém, nas concessões, temos critérios próprios, ainda que alguns deles sejam bem semelhantes aos da Lei de Licitações. Assim, a própria Lei das Concessões estabelece os critérios utilizados para julgar as propostas, são eles: • o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado; • a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga da concessão; • a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos itens 1, 2 e 7 (somente será admitida quando previamente prevista no edital, inclusive com regras e fórmulas precisas para a avaliação econômico-financeira); • melhor proposta técnica, com preço fixado no edital; • melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado com o de melhor técnica; melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor técnica; ou • melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de propostas técnicas. (SUFRAMA - 2014) Tanto as concessões como as permissões de serviços públicos devem ser precedidas de licitação. Comentários: os dois regimes exigem a aplicação de licitação precedendo o serviço. Contudo, no caso das concessões, a modalidade licitatória deverá ser a concorrência ou diálogo competitivo; e para as permissões, não existe uma determinação legal. Prerrogativas do poder concedente O contrato de concessão é uma espécie de contrato administrativo e, por conseguinte, está sujeito às prerrogativas da Administração Pública, fundamentadas no princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. Em geral, essas prerrogativas são materializadas pelas chamadas “cláusulas exorbitantes”, que são regras previstas nos contratos administrativos, mas que não possuem equivalentes nos contratos de direito privado. Por exemplo, a Administração Pública pode alterar o contrato, em determinadas situações, de forma unilateral, ou seja, independentemente do consentimento do particular. No direito privado, porém, as cláusulas contratuais só podem ser modificados por acordo das partes. Na Lei 8.987/1995, contudo, não há um artigo enumerando as cláusulas exorbitantes. Porém, no art. 29 podemos encontrar as competências do poder concedente, como, por exemplo, as de regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação; aplicar as penalidades regulamentares e contratuais; intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei e extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato, entre outras. 8. Relações Humanas no Trabalho. Grupos de Trabalho são, portanto, um conjunto de dois ou mais indivíduos interdependentes, que interagem entre si para trocar informações, com o objetivo de alcançar objetivos particulares (objetivos individuais). ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DOS GRUPOS (BRUCE TUCKMAN) Equipes de Alto Desempenho: As equipes de alto desempenho são pautadas pela confiança, envolvimento dos membros, comunicação aberta e efetiva, busca pelo crescimento individual, crescimento da equipe e crescimento da organização como um todo. As equipes de alto desempenho produzem sinergia positiva e superam os resultados e expectativas ATITUDES NECESSÁRIAS AO BOM RELACIONAMENTO INTERPESSOAL Empatia: Consiste na habilidade de buscar entender os sentimentos e as emoções de outra pessoa, buscando experimentar de forma racional e objetiva o que o outro indivíduo está sentindo. Uma pessoa que possui empatia é capaz de “se imaginar e se colocar no lugar do outro”, com o objetivo de entender o que essa pessoa está sentindo para poder ajudá-la da melhor maneira possível. Compreensão Mútua: É o “resultado” da empatia. Quando ocorre a compreensão mútua, significa que os indivíduos “compreenderam” os sentimentos e as situações uns dos outros. Para que ocorra a compreensão mútua, é necessário que haja uma comunicação eficaz entre as partes envolvidas. Comportamento Defensivo x Comportamento Receptivo PROATIVIDADE Está relacionada à capacidade de identificar as oportunidades e os problemas antes que eles aconteçam. Trata-se de “antever” os resultados e “antecipar” as decisões e soluções. Um indivíduo proativo busca os melhores cursos de ação para aproveitar as oportunidades e para solucionar os problemas. O indivíduo proativo assume as responsabilidades e o controle da ação. O indivíduo proativo é flexível, é capaz de se adaptar às mudanças e tem a habilidade de influenciar as pessoas e o ambiente de trabalho em que atua. Muitas vezes, ele assume o papel de líder para engajar as pessoas, os grupos e as equipes a alcançarem os objetivos 10. ÉTICA E CIDADANIA. Ética x Moral CÓDIGO DE ÉTICA Os códigos de ética podem ser entendidos como um conjunto de normas e valores que tem por objetivo orientar os indivíduos em suas ações e decisões, através do fornecimento de “diretrizes” que buscam diferenciar condutas e ações “certas” de condutas e ações “erradas”. Chiavenato, por sua vez, explica que “muitas organizações têm o seu código de ética como uma declaração formal para orientar e guiar o comportamento de seus parceiros” (internos e externos). De acordo com o autor, “para que o código de ética estimule decisões e comportamentos éticos das pessoas, são necessárias duas providências” a) As organizações devem comunicar o seu código de ética a todos os seus parceiros, isto é, às pessoas dentro e fora da organização. b) As organizações devem cobrar continuamente comportamentos éticos de seus parceiros, pelo respeito a seus valores básicos ou adotando práticas transparentes de negócios 11. Lei de Improbidade Administrativa (lei 8.429/92) e suas alterações. Atos de Improbidade AdministrativaA improbidade administrativa é uma conduta reprovável praticada por agentes públicos ou outros envolvidos, que causa danos à Administração Pública. Pode-se considerar agente público toda pessoa que presta algum tipo de serviço à Administração, sendo funcionário público ou não, remunerado ou não, incluindo até mesmo quem presta serviços temporários. Atos de improbidade administrativa dependem apenas de condutas dolosas A primeira grande mudança que podemos ressaltar é que a lei passou a contar com texto expresso no sentido da exigência de dolo para responsabilização por improbidade, ou seja, danos causados por imprudência, imperícia ou negligência não podem mais ser configurados como atos ímprobos. Anteriormente, a atuação culposa que causava algum tipo de prejuízo ao erário também poderia ensejar punição nesse sentido. Nepotismo e promoção pessoal como atos ímprobos Outra mudança importante diz respeito à inserção da promoção pessoal e do nepotismo como novos tipos de improbidade. Mas a nova lei também estabelece que não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação política por parte dos detentores de mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do agente. Rol taxativo A redação da nova Lei de Improbidade Administrativa passa a especificar os casos que caracterizam a improbidade por desobediência a princípios da Administração Pública, ou seja, os incisos do artigo 11, que anteriormente traziam exemplos de condutas ímprobas, passaram a prever taxativamente essas hipóteses. Prazo Prescricional Mais uma alteração pertinente que a Lei n.14.320/21 trouxe foi a modificação no prazo prescricional para apuração de atos de improbidade, que aumentou de 5 para 8 anos, sendo estes contados a partir do momento em que o fato ocorreu. Esse aumento de prazo acaba favorecendo a apuração e repressão das infrações, pois na maioria das vezes esses eventos de investigação podem ser complexos. Titularidade da ação de improbidade Quanto à titularidade da ação de improbidade, passou a ser exclusiva do Ministério Público, com o objetivo de evitar o seu uso político por entes administrativos. A lei ainda estabelece que no período de transição após a sua publicação, o Ministério Público deverá demonstrar a intenção de assumir os casos previamente iniciados. Caso isso não ocorra em um prazo de 1 ano, os casos serão arquivados e o processo será extinto. Prazo do Inquérito Civil O prazo para que o inquérito ocorra também sofreu alteração. De acordo com a nova Lei de Improbidade Administrativa, o prazo para condução do Inquérito Civil passa a ter duração de 1 ano e pode ser prorrogado uma única vez. Antes da alteração, ele era de 180 dias. Sanções Também ocorreram mudanças nas sanções pelos atos ímprobos. Para os casos de prejuízo ao erário, a suspensão dos direitos políticos, que possuía prazo mínimo de 5 e máximo de 8 anos, foi elevada para até 12 anos. A multa civil foi reduzida para o valor do próprio dano causado e a proibição de contratar com o Poder Público foi ampliada para 12 anos. Já para os casos de enriquecimento ilícito, o prazo de suspensão dos direitos políticos, que era de 8 a 10 anos, passa a ser de até 14 anos. A multa civil, que era de até 3 vezes o valor do acréscimo patrimonial, foi reduzida para o valor do próprio acréscimo. E a proibição de contratar ou receber incentivo do Poder Público que possuía um prazo de 10 anos, passou a ser de 14 anos. E finalmente, com relação aos casos de improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública, as sanções foram significativamente amenizadas. A suspensão dos direitos políticos foi excluída, a multa civil que era de até 100 vezes a remuneração, passou a ser de até 24 vezes e a proibição de contratar com o Poder Público passou de 3 para até 4 anos. Conclusão sobre as alterações na Lei de Improbidade Administrativa Portanto, pudemos observar que, com o advento da Lei 14.320/2021, o impacto nas análises de processos administrativos disciplinares foi grande e significativo. Essas alterações trazidas pela nova lei podem ser consideradas como uma resposta legislativa aos excessos verificados na apuração e punição dos desvios na administração pública. Podemos concluir, então, que elas buscam centrar esforços nos atos efetivamente graves, dolosos e de má-fé, de forma a garantir a necessária segurança jurídica ao administrador público no desempenho de suas funções. Bom, pessoal, hoje ficamos por aqui, espero que este artigo tenha esclarecido o efeito das principais mudanças com a nova Lei de Improbidade Administrativa. QUESTÕES 1. (CEBRASPE – SEFAZ-CE – Auditor - 2021) No processo administrativo, a tarefa de motivar colaboradores se insere no escopo da função de organização. 2. (CEBRASPE – IBGE – Supervisor de Coleta e Qualidade - 2021) As funções de organização e planejamento possuem, respectivamente, foco em a) recursos e ideias. b) b) pessoas e recursos. c) c) resultados e pessoas. d) d) recursos e resultados. e) e) pessoas e ideias. 3. (CEBRASPE – IBGE – Supervisor de Coleta e Qualidade - 2021) Definir os objetivos organizacionais é tarefa típica da seguinte função administrativa a) organização. b) b) direção. c) c) controle. d) planejamento. e) liderança. 4. (CEBRASPE – IBGE – Supervisor de Coleta e Qualidade - 2021)Fazem parte dos níveis operacional e de execução em uma fábrica, respectivamente, a) presidente e diretor. b) diretor e operário. c) gerente e presidente. d) operário e diretor. e) supervisor e operário. 5. (CEBRASPE – IBGE – Supervisor de Coleta e Qualidade - 2021) Ao processo de realização de tarefas por meio da gestão de planejamento, organização de tarefas, direção de pessoas e controle de resultados dá-se o nome de a) governança. b) condução. c) administração. d) planejamento estratégico. e) resolução de problemas. 6. (CEBRASPE – CODEVASF – Analista - 2021) A função administrativa que atua sobre os resultados organizacionais é o planejamento. 7. (CESPE – SLU-DF – Analista – 2019) A adoção da abordagem por processos em organizações da administração pública requer técnicas específicas destinadas a organizações dessa natureza, pois a forma de classificação dos processos centrais e de apoio nessas organizações difere do comumente adotado em organizações privadas. 8. (CESPE – SLU-DF – Analista – 2019) Em organizações públicas, a prestação de serviços públicos, a gestão de pessoas e o atendimento a clientes são considerados processos centrais. 9. (CESPE – SLU-DF – Analista – 2019) Os processos organizacionais constituem a forma básica de funcionamento das organizações públicas e permitem transformar insumos em resultados. 10. (CESPE – PGE-PE – Analista – 2019) Pedro, gestor de qualidade de uma organização que fiscaliza o transporte público, deseja introduzir ferramentas clássicas de gerenciamento de processos com vistas à melhoria do fluxo de informações e qualidade dos serviços prestados. Nessa situação, para que Pedro tenha uma visão geral do funcionamento do serviço de fiscalização de transporte público, é ideal aplicar a ferramenta diagrama de processo, que auxilia no entendimento das principais atividades e do fluxo do processo de forma macro. 11. (CESPE - IFF - Administrador – 2018) Assinale a opção correspondente à sequência correta das etapas de desenvolvimento de grupo, segundo Bruce W. Tuckman em Teoria de Desenvolvimento de Grupo, de 1965, revisitada em 1977. a) formação / adiamento / turbulência / normatização / desempenho b) turbulência / adiamento / formação / normatização / desempenho c) formação / turbulência / normatização / desempenho / adiamento d) turbulência / formação / normatização / desempenho / adiamento e) formação / turbulência / adiamento / normatização / desempenho 12. (CESPE - FUB - Técnico – 2018) Para que haja interação verdadeira entre uma equipe, os integrantes precisam se despojar de alguns caprichos individuais. 13. (CESPE - FUB - Técnico – 2018) A crescente demanda por opiniões novas e criativas capazes de ajudar as organizaçõesna tomada de decisões, em um mundo de negócios globalizado e em constante transformação, motiva o reconhecimento das atividades de inteligência individual em detrimento do trabalho em equipe. 14. (CESPE - EBSERH – Tecnólogo em Gestão Pública – 2018) Organizações com profissionais bem qualificados possuem maior facilidade de promover a autogestão das equipes de trabalho e o consequente enxugamento da estrutura hierárquica. 15. (CESPE - PRF - Policial Rodoviário Federal - 2019) A respeito de ética no serviço público, julgue o item a seguir. Servidor público que, no exercício da função pública, desviar outro servidor para atender a seu interesse particular, ou, movido pelo espírito de solidariedade, for conivente com prática como esta, poderá ser submetido à Comissão de Ética. 16. (CESPE - PRF - Policial Rodoviário Federal - 2019) A respeito de ética no serviço público, julgue o item a seguir. No estrito exercício de sua função, o servidor público deve nortear-se por primados maiores — como a consciência dos princípios morais, o zelo e a eficácia —; fora dessa função, porém, por estar diante de situação particular, não está obrigado a agir conforme tais primados. 17. (CESPE - IPHAN - Técnico I - Área 2 - 2018) À luz da Lei n.º 8.112/1990, da Lei n.º 12.527/2011 e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue o item subsecutivo. Em regra, a publicidade do ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade; por isso, a sua omissão enseja comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. 18. (Quadrix - CREFONO - 1ª Região - Profissional Administrativo - 2020) O exercício da função pública deve basear‐se em princípios éticos estabelecidos pela sociedade. A respeito da ética no Setor Público, julgue o item. A conduta ética do servidor público não pode extrapolar a escolha entre o bem e o mal, não se devendo levar em consideração o atendimento do interesse coletivo ou do bem comum no exercício da função pública. 19. De acordo com as regras deontológicas constantes do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de A) atitude individual sem ressonância coletiva B) desconforto momentâneo para o administrado C) desmoralização do serviço público D) reparação justa por parte do cidadão E) desinformação do servidor faltoso. 20(CESPE - MPE-PI - Técnico Ministerial - Área Administrativa - 2028) Com relação aos princípios e aos valores éticos e morais no serviço público, julgue o seguinte item. O servidor público poderá abrir mão do elemento ético de sua conduta quando, no exercício de sua função, determinada situação exigir rapidez e celeridade. 21.(CESPE - IPHAN - Auxiliar Institucional - Área 1 - 2018) Com base no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue o item a seguir. É proibido ao servidor público utilizar de notícia obtida em razão do exercício de suas funções em proveito próprio ou de terceiros. 22. (FCC – AL AP/2020) Considerando os princípios que regem a Administração Pública, de acordo com o princípio da: I. Indisponibilidade do interesse público, os interesses públicos não se encontram à livre disposição do Administrador público. II. Supremacia do interesse público, a Administração Pública está sempre acima dos direitos e garantias individuais. III. Segurança jurídica, deve ser prestada a assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovem insuficiência de recursos. IV. Continuidade do serviço público, o serviço público, atendendo a necessidades essenciais da coletividade, como regra, não deve parar. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I e II. c) III e IV. d) I e IV. e) II e IV. 23.(FCC – AL AP/2020) Gerson, Governador de determinado Estado, fez constar na publicidade de determinada obra pública realizada durante o seu governo, seu nome e sua fotografia a fim de caracterizar sua promoção pessoal. Gerson a) feriu o princípio da impessoalidade, sendo permitida, pela Constituição Federal, a promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos na publicidade das obras públicas apenas de forma indireta, sem a utilização de imagens. b) feriu o princípio da publicidade, pois, de acordo com esse princípio, a divulgação das obras públicas deve ter apenas caráter informativo ou de orientação social. c) agiu corretamente e de acordo com o princípio da publicidade, segundo o qual a obra pública deve ser divulgada e identificada para conhecimento da população, ainda que caracterize a promoção pessoal de quem a realizou. d) feriu o princípio da impessoalidade, não sendo permitida na publicidade de obras públicas, pela Constituição Federal, a promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. e) agiu corretamente e de acordo com o princípio da legalidade, segundo o qual as obras públicas devem conter a identificação da autoridade ou servidor público que a realizou por meio de escritos, símbolos ou imagens. 24.(FCC – Copergás/2016) O Governador de determinado Estado praticou ato administrativo sem interesse público e sem conveniência para a Administração pública, visando unicamente a perseguição de Prefeito Municipal. Trata-se de violação do seguinte princípio de Direito Administrativo, dentre outros, a) publicidade. b) impessoalidade. c) proporcionalidade. d) especialidade. e) continuidade do serviço público. 25. (FCC – DPE AM/2021) Para efeito de arbitragem, pode-se considerar como objeto da solução alternativa de conflitos entre particular e Administração Pública: a) prerrogativas de autoridade. b) cláusulas regulamentares. c) cláusulas financeiras. d) atos de império. e) qualquer tipo de objeto, desde que haja previsão contratual. 26. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) As cláusulas contratuais devem ser claras e precisas, contendo sua finalidade, bem como os direitos, obrigações e responsabilidade das partes. 27. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) A convocação do licitante vencedor para assinar o contrato deverá ocorrer dentro do prazo estabelecido no edital, autorizando-se a prorrogação por igual período caso haja solicitação da parte, devidamente justificada. 28. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Os contratos devem ser divulgados e mantidos à disposição do público em sítio eletrônico oficial, exceto nos casos em que o sigilo for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 29. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) O contrato deve, necessariamente, conter cláusulas que estabeleçam o objeto e seus elementos característicos, além da legislação aplicável à execução do contrato, inclusive quanto aos casos omissos. 30. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) As cláusulas exorbitantes, fundamentadas no princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, colocam a administração posição de verticalidade perante o particular. 31.(CESPE – SLU-DF – Analista de Gestão de Recursos Sólidos - 2019) Cabe ao planejamento tático prever ações de longo prazo que envolvam a organização de forma integral. 32.(CESPE – EBSERH – Tecnólogo em Gestão Pública - 2018) As flutuações cambiais são irrelevantes para o planejamento da estratégia de uma empresa brasileira revendedora de medicamentos inserida no contexto nacional, independentemente do mercado de atuação. GABARITO 1. ERRADA 2. Letra A 3. Letra D 4. Letra E 5. Letra C 6. ERRADA 7.ERRADA; 8. ERRADA; 9. CORRETA; 10. CORRETA. 11. letra C; 12. Correta; 13. Errada; 14. Correta; 15. Correta 16. Errada 17. Correta. 18. Errada. 19. C 20. Errada 21. Correta. 22. D; 23. D; 24. B; 25. C; 26. C; 27. C; 28. C; 29. C; 30. C 31. Errada, 32. Errada image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image1.jpeg image2.png image3.png image4.png