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Aprovação
Cariri
Concursos Públicos
	PROFESSOR (A): Ludimilla Barreira
	
	CURSO: PREPARATÓRIO CONCURSO SD/PM
	
	DISCIPLINA: Criminologia
	
	PERÍODO:
	DATA: 
	
	ALUNO:
	
Aula 1
1.Considerações Preliminares
Inicialmente, vamos entender o significado etimológico da palavra criminologia que vem do latim crimino (crime) e do grego logos (estudo, tratado), significando o “estudo do crime”; da criminalidade, suas causas e autores. 
A palavra criminologia foi inaugurada por Paul Topinard e utilizada internacionalmente por Raffaele Garófalo no ano de 1885, no livro intitulado Criminologia.
Conceituada como uma ciência empírica (baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar que tem por objeto de pesquisa o crime, o autor e sua personalidade, a vítima e o controle social.
	O crime não é apenas objeto de estudo e explicação da sociologia unicamente pelo aspecto da infração legal, mas também com os meios utilizados pela sociedade para lidar com a conduta criminosa e com os atos desviantes, além da natureza das posturas com que as vítimas dos crimes são atendidas pela sociedade, e, por fim, o enfoque destinado ao autor do fato criminoso.
Antonio García-Pablos de Molina e Luiz Flávio Gomes (2008, p. 32) sustentam que as características da moderna criminologia são: 
· O crime deve ser analisado como um problema com sua face humana e dolorosa;
· Aumenta o espectro de ação da criminologia, para alcançar a vítima e as instâncias de controle social;
· Acentua a necessidade de prevenção, em contraposição à ideia de repressão dos modelos tradicionais;
· Substitui o conceito de “tratamento” (conotação clínica e individual) por “intervenção” (noção mais dinâmica, complexa, pluridimensional e próxima da realidade social);
· Empresta destaque aos modelos de reação social ao delito como um dos objetos da criminologia;
· Não afasta a ideia etiológica do delito (desvio primário). 
Por um longo período na história diferentes grupos investigaram cientificamente apenas sobre comportamentos antissociais, como se em sua maioria os infratores fossem aqueles em que se podia encontrar anormalidades da personalidade, constitutivas ou adquiridas. Porém, percebeu-se com o avanço da ciência que os delinquentes que sofrem de distúrbios ou sintomas inequívocos são minoria, surgindo então a necessidade de enfoque em outras circunstâncias além da apresentada fisiologicamente pelo indivíduo que delinque.
	Desde as escolas iniciais até a atualidade a criminologia sofreu mudanças importantes em seu objeto de estudo. Para Nestor Sampaio (2008, p. 23), “em um tempo ela se ocupava apenas do crime (Beccaria), passando pela verificação do delinquente (Escola Positiva)”. Sendo na segunda metade do século XX alcançado o estudo das vítimas e do controle social, ampliando seu objeto e atingindo uma feição pluridimensional. Atualmente, o objeto é dividido em quatro vetores: delito, delinquente, vítima e controle social. 
2. Método, Finalidade e Objetivo
2.1 Método
	Método é a forma utilizada pelo homem para revelar um fato, podendo este ser referente à natureza, à sociedade ou ao homem. Na seara da criminologia, essa reflexão deve estar apoiada em bases científicas, cultivada através de experiências que visam buscar a realidade que se quer alcançar.
	A partir da fase conhecida como científica, a criminologia “passou a utilizar o método empírico ou experimental e indutivo, cunhado pela Escola Positiva, para estudar seu objeto (crime, criminoso, vítima e controle social), partindo da análise dos fatos, da realidade…, para a regra, com base no método biológico e sociológico.” (Oliveira, 2020). Sendo assim, podemos distinguir as Escolas: Clássica - método formal, dedutivo e abstrato; e Positivista - Empírico e indutivo. 
	Isto posto, observa-se a necessidade de ser uma ciência interdisciplinar, pois dialoga com as ciências de diversos ramos do saber, como o direito penal, filosofia, psicologia, psiquiatria etc.
	Para Natacha Alves de Oliveira (2020), “tal postura se afigura necessária porquanto 0 crime é um fenômeno cultural e humano, demandando uma visão aberta e multidisciplinar por parte do criminólogo para a compreensão do fenômeno criminal.”
2.2. Finalidade
	Tem por finalidade entregar uma compreensão científica do problema criminal à sociedade, a partir do estudo do crime, do criminoso, da vítima e do aos mecanismos de controle social, com enfoque na prevenção criminal e no controle.
	Dessa forma, fornece um laudo qualificado e conjuntural sobre o fenômeno delitivo e por tratar-se de uma ciência prática, voltada para a análise dos conflitos concretos, aufere dados dos diversos ramos do saber para evitar que sejam utilizados apenas a intuição e o subjetivismo. 
2.3. Objetivo
 	Durante a história o objeto da criminologia já teve diferentes moldes, inicialmente tratava apenas do crime(delito), posteriormente passou a abordar apenas o delinquente e após a Segunda Guerra passou a ter também um olhar voltado para a vítima e o controle social.
	Assim, na atualidade, os criminólogos apontam como objeto da criminologia: 0 delito, 0 delinquente, a vítima e o controle social.
· Delito: o crime, no enfoque criminológico, é visto como um fenômeno cultural, social e humano, pois só existe na sociedade. Para a sua definição é preciso que a sociedade, conforme seus valores e costumes, determine as condutas vistas como fora do que é permitido. 
“A sociologia criminal valia-se do conceito de conduta desviada ou desvio, correspondente à violação do padrão de comportamento esperado pela sociedade em determinado momento, sendo o conceito de desvio mais abrangente que 0 de crime, na medida em que este se restringe aos comportamentos desviantes sancionados por lei. Por sua vez, a filosofia utiliza-se da moral e da razão para a definição de crime.”.
· Delinquente: teve sua importância acentuada com o advento da Escola Positiva, “a partir do estudo do delinquente procurou-se investigar a gênese do comportamento delitivo, ou seja, os motivos que o levaram a violar o ordenamento jurídico.” A visão da figura do delinquente muda de acordo com a escola criminológica.
· Vítima: o conceito de vítima alcança toda pessoa, física ou jurídica, ou ente coletivo prejudicado por uma conduta humana que constitua infração penal, adotando-se como paradigma o conceito criminológico de crime. Atualmente, o comportamento provocador da vítima pode amenizar a resposta penal, como no homicídio cometido sob violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima.
· Controle social: o controle social relaciona-se aos meios adotados pela sociedade para fazer com que o indivíduo observe os padrões de comportamentos referentes aos valores predominantes na sociedade, garantindo uma convivência harmoniosa e pacífica. A criminologia estuda as formas de resposta social ao delito, investigando a eficácia e efeitos das sanções penais no processo de controle e prevenção do crime. Controle Social Informal: exercido pela sociedade civil e Controle Social Formal: exercido pelo sistema de justiça criminal 
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3. História da Criminologia
	Não se estabeleceu com exatidão na doutrina o surgimento da criminologia, em conformidade com os padrões científicos, pois são diversos os parâmetros utilizados para que possam situá-la no tempo e no espaço, para Nestor Sampaio (2008, p. 28), “a criminologia como ciência autônoma existe há pouco tempo, mas também é indiscutível que ela ostenta um grande passado, uma enorme fase pré-científica”. No período pré-científico, o conhecimento produzido resultava da observação realizada pelo homem, de modo que essas observações lhe permitiam constatar e descrever fenômenos. 
Na Antiguidade, alguns pensadores se destacam por terem contribuído para os estudos criminológicos, estabelecendo o que seriam os alicerces do entendimento do que seria o delito e a necessidade de se estabelecer uma punição
Para Protágoras, filósofo da Grécia Antiga, já expunha a necessidade de haver um efeito preventivo à pena e utilizá-la como mecanismo para evitar a prática denovas infrações. No estudo socrático, encontramos a necessidade de ensinar ao criminoso a necessidade de não cometer novos delitos e consequentemente o instituto da ressocialização. Hipócrates estabeleceu parâmetros para a imputabilidade penal, reconhecendo como irresponsável o homem acometido de insanidade mental. Por fim, temos Platão e Sócrates, ambos relacionam a prática do delito a fatores de ordem econômica, sustentaram que a ganância, cobiça ou cupidez geravam a criminalidade.
Além do Código de Hamurabi¹, que distinguia a necessidade de o rico ser julgado com mais severidade que o pobre, considerando a maior gama de oportunidades que os mais abastados possuem.
 	Destacam-se como características desse período: a ausência de um estudo sistematizado sobre o crime e o criminoso; a explicação sobrenatural ou religiosa para o crime, o qual era visto como pecado; e o demonismo, que explicava o mal a partir da figura do demônio, atribuindo ao criminoso uma personalidade diabólica. Importante mencionar que os doentes mentais foram os principais atingidos pela demonologia, alegando-se que estariam submetidos a uma possessão demoníaca, que perdurou até a revolução propiciada pela psiquiatria. 
1.Código de Hamurabi: Acredita-se que foi escrito pelo rei Hamurábi, aproximadamente em 1 772 a.C. Foi encontrado
por uma expedição francesa em 1901 na região da antiga Mesopotâmia, correspondente à cidade de Susa, no sudoeste do Irã ou Irão.
	É entendimento majoritário na doutrina que o fundador da criminologia moderna foi Cesare Lombroso, com a publicação, em 1876, de seu livro O homem delinquente. De outra banda, temos como iniciador o antropólogo Paul Topinard, pois empregou pela primeira vez, em 1879, a palavra “criminologia”, e há quem defenda que foi Rafael Garófalo quem, em 1885, quando usou o termo como nome de um livro científico. No Brasil, a criminologia foi introduzida pelo pernambucano João Vieira de Araújo, com a obra Ensaios sobre Direito Penal, em 1884.
	Nesta etapa pré-científica havia dois enfoques muito nítidos: de um lado os clássicos, influenciados pelo Iluminismo, com seus métodos dedutivos e lógico-formais, e, de outro lado, os empíricos que investigavam o nascimento delitivo por meio de técnicas fracionadas, tais como as empregadas pelos fisionomistas, antropólogos, biólogos etc, os quais substituíram a lógica formal e a dedução pelo método indutivo experimental (empirismo). 
Essa dicotomia existente entre os clássicos (pré-científico) versus positivistas (cientificidade), ensejou aquilo que se entendeu por “luta de escolas”. 
4. Escolas criminológicas
4.1 Escola Clássica/Liberal-Clássica
	Conhecida como “época dos pioneiros”, adotou o método lógico, abstrato, dedutivo e faz parte da fase pré-científica da criminologia na qual se desenvolveram teorias sobre o crime, sobre o direito penal e sobre a pena (século XVIII e início do século XIX) – sendo alguns de seus expoentes Feuerbach, Cesare Beccaria e Escola Clássica De Direito Penal na Itália. 
Baseou-se no movimento filosófico iluminista, desenvolveu- -se no século XVIII em contraposição ao antigo regime absolutista, procurando estabelecer limitações ao poder punitivo do Estado, como garantia dos direitos individuais, devendo a pena ser certa, previamente estabelecida em lei e proporcional ao delito praticado, assume um caráter retribucionista e dissuasório. 
Merece destaque a obra Dos delitos e das penas (1764), de Cesare Bonesa, conhecido como o Marquês de Beccaria, onde este defendia a humanização da pena e a redução do poder estatal, assentando os princípios da legalidade e da anterioridade em matéria penal, explicitando a necessidade de leis claras e simples.
Da mesma forma, temos Francesco Carrara, a este atribui-se a concepção de delito como ente jurídico, sendo o crime considerado não apenas como simples fato, mas uma relação contraditória entre a conduta humana e o exigido pela lei.	
Para Romagnosi, o princípio natural é a conservação da espécie humana e a obtenção da máxima utilidade, também defendia que a pena constitui um desestímulo ao impulso criminoso. Corroborando seu pensamento, “Se depois do primeiro delito existisse uma certeza moral de que não ocorreria nenhum outro, a sociedade não teria direito algum de punir o delinquente”.
Trazia influências do contrato social, no sentido de que o homem que decide por delinquir opta por rompê-lo. Além disso, trazia aspectos da divisão dos poderes e de uma teoria jurídica do delito e da pena, fortemente influenciada pelos ideais iluministas franceses. 
A Escola Clássica não pretendeu oferecer uma teoria etiológica da criminalidade, isto é, das causas da criminalidade, senão o suporte de uma resposta racional e justa ao delito, em movimento contrário ao que era aplicado pelo estado absolutista. 
Pontos importantes da Escola Clássica:
	a. Defensores: Francesco Carrara, Cesare Bonesana, Jean Domenico Romagnosi, Jeremias Bentham, Franz Joseph Gall, Anselmo Von Feuberbach e Giovanni Carmignani;
	b. Inspirada no movimento filosófico iluminista, procurou estabelecer limitações ao poder punitivo do Estado como garantia;
	c. O crime é um ente jurídico; não é uma ação, mas sim uma infração (Carrara);
	d. Método lógico-dedutivo;
	e. Responsabilidade penal fundada no livre-arbítrio e na autodeterminação do indivíduo (signatário do contrato social).
	f. A pena deve ter nítido caráter de retribuição pela culpa moral do delinquente (maldade), de modo a prevenir o delito com certeza, rapidez e severidade e a restaurar a ordem externa social.
4.2 Escola Positiva
	A Escola Positivista foi a responsável por abrir a fase científica da criminologia, utilizando de metodologia e objetos próprios de estudo, com sua abertura no final do século XIX e início do século XX, estava voltada às causas e os fatores da criminalidade, sobretudo no sujeito criminoso, buscando explicar através da anomalia e dos comportamentos o delinquente. 
	O nascimento da criminologia científica, segundo a doutrina majoritária, deu-se com a publicação da obra L'Uomo delinquente, de Cesare Lombroso, em 1876.
Sob a crença no determinismo e a defesa do tratamento do criminoso, o positivismo negou o livre-arbítrio e conduziu o delinquente para o centro de sua análise, buscando apreender caracteres decisivos da criminalidade.
A Escola Positiva está dividida em três vertentes: 
· Antropológica: representada por Cesare Lombroso, pois em sua obra procurou explicar o fenômeno criminal através de características humanas e fatores biológicos, valendo-se de dados estatísticos. o crime é um fenômeno biológico e não um ente jurídico (como sustentavam os clássicos), razão pela qual o método a ser utilizado para o seu estudo deve ser o empírico. Nesse entendimento, o delito é um ENTE NATURAL, um fenômeno necessário determinado por causas biológicas de natureza, sobretudo, hereditária. Dessa forma, o criminoso é um ser atávico que representa a regressão do homem ao primitivismo. Portanto, é considerado um selvagem que já nasce delinquente. (DETERMINISMO BIOLÓGICO)
· Sociológica: com a obra Sociologia Criminale, Enrico Ferri
· Jurídica: Raffaele Garofalo com a obra Criminologia.
	Ferri e Garofalo, afastando o retribucionista atribuído à pena pela Escola Clássica, sustentaram que a mesma deveria ser aplicada como um instrumento de defesa social em função da periculosidade do delinquente. E, para Ferrri, o fenômeno da criminalidade decorria de fatores antropológicos, físicos e sociais: 	
· Constituição orgânica e psíquica do indivíduo, raça, idade, sexo, estado civil etc. 
· Clima, estações, temperatura etc.
· Densidade da população, opinião pública, família, moral, religião, educação etc. 
	Ferri também contribuiu para a criação da principal categorização de delinquentes, quais sejam: criminoso nato, louco, habitual, ocasional e passional.
· Criminoso nato: conforme a classificação original de Lombroso, caracterizando-se por impulsividade ínsita. 
· Criminoso louco: levado ao crime não somente pela doença mental, mas também pelaatrofia do senso moral, que é sempre a condição decisiva na gênese da delinquência. 
· Criminoso habitual: descrição daquele nascido e crescido num ambiente de miséria e pobreza, começando por pequenos delitos até delitos mais graves. Possui como características a grave periculosidade e a difícil readaptabilidade. 
· Criminoso ocasional: forte influência de circunstâncias ambientais, injusta provocação, necessidades familiares ou pessoais etc. Menor a periculosidade e maior a readaptabilidade social. 
· Criminoso passional: praticam crimes impelidos por paixões pessoais, como também políticas e sociais.
Garófalo afirmou que o crime estava no homem e que se revelava como degeneração deste, criou o conceito de temibilidade e periculosidade, que seria a definição do delinquente e a porção da maldade que deve se temer em face deste, como também, apresentou a necessidade de conceber outra forma de intervenção penal, a medida de segurança.
Pontos importantes da Escola Positiva:
	a. Defensores: Cesare Lombroso, Raffaele Garófalo e Enrico Ferri. 
	b. Nascimento da Criminologia científica
	c. Método indutivo, empírico e interdisciplinar.
	d. O direito Penal é obra humana
	e. A responsabilidade social decorre do determinismo social
	f. Centralização dos estudos na figura do delinquente; O delito é um fenômeno natural e social (fatores biológicos, físicos e sociais)
	g. Pena: fim curativo ou de reeducação.
4.3 Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã
A Escola alemã adotou uma perspectiva sociológica através de Franz von Liszt, com sua aula inaugural em Marburgo, em 1882, intitulada “A ideia de fim no Direito Penal”, sendo posteriormente chamada de Programa de Marburgo. 
	Negando a corrente Positivista, buscou enfrentar a criminalidade através de uma investigação sociológica do delito, negando a existência de um tipo antropológico de criminoso, sustentando a importância dos fatores sociais.
	Dessa forma, considerando que a sociedade é responsável pela criminalidade, indicou a necessidade em implementar políticas sociais como principal fator de combate à delinquência. 
	Esta Escola tem como principais postulados: método indutivo-experimental; distinção entre imputáveis e inimputáveis (penas para os normais e medida de segurança para os perigosos); o crime como fenômeno humano-social e como fato- jurídico; função finalística da pena; a eliminação ou substituição das penas privativas de liberdade de curta duração. 
Pontos importantes da Escola Sociológica Alemã:
	a. Defensores: Franz von Lizst, Adolphe Prins e Von Hammel
	b. Crime: Preponderância dos fatores sociais
	c. Pena Finalista: finalidade de prevenção, sobretudo especial 
	d. Distinção entre imputáveis (pena) e inimputáveis (medida de segurança)
4.4 “Terza Scuola” Italiana (Terceira Escola Italiana)
	Reconhece o crime como um fenômeno individual e social e fundamenta a pena, com base no determinismo, na responsabilidade moral do criminoso e atribui à pena um caráter aflitivo com a finalidade de defesa social e, para o controle da criminalidade, além de defender a necessidade de uma reforma social., distinguindo os imputáveis dos inimputáveis.
Pontos importantes da Terceira Escola Italiana:
	a. Defensores: Bernardino Alimena, Giuseppe Impallomeni e Manuel Carnevale
	b. Crime: fenômeno individual e social
	c. Pena: fundada na responsabilidade moral, caráter aflitivo, finalidade de defesa social
	d. Distinção entre imputáveis e inimputáveis 
	e. Controle da criminalidade: reforma social
Questões:
1 Julgue o item a seguir: 
As discussões sobre a legitimidade do direito de punir, o controle dos abusos praticados pelas autoridades, a ideia de prevenção geral da pena e o estudo do delinquente estiveram entre as principais preocupações da escola criminológica clássica, representada, dentre outros, por Cesare Beccaria e Francesco Carrara. ( ) Certo ( ) Errado
2 Considerando o conceito de vítima e as implicações suscitadas pelo tema, julgue o item que se segue. 
O direito penal, a partir de sua vertente clássica, sempre concentrou seus estudos no trinômio delinquente, vítima e crime. ( ) Certo ( ) Errado
3 (PC-SP). A Escola Clássica: 
a) Tem em Garófalo um dos seus precursores. 
b) baseia-se no método empírico-indutivo. 
c) crê no livre arbítrio. 
d) surge na etapa científica da Criminologia. 
e) criou a figura do criminoso nato.
4 A criminologia pode ser conceituada como uma ciência _____, baseada na observação e na experiência, e _______ que tem por objeto de análise o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.
a) exata _ multidisciplinar; 
b) objetiva _ monodisciplinar; 
c) humana _ unidisciplinar; 
d) biológica _ transdisciplinar; 
e) empírica _ interdisciplinar.
5 A criminologia é conceituada como uma ciência: 
a) jurídica (baseada nos estudos dos crimes e nas leis) monodisciplinar. 
b) empírica (baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar. 
c) social (baseada somente nos estudos do comportamento social do criminoso) e unidisciplinar. 
d) exata (baseada nas estatísticas da criminalidade) e multidisciplinar. 
e) humana (baseada na observação do criminoso e da vítima) e unidisciplinar.
6 A Criminologia dos dias atuais: 
a) é uma ciência empírica, interdisciplinar, multidisciplinar e integrada. 
b) é uma ciência jurídica, autônoma, não controlável e sistematizada. 
c) não é considerada uma ciência, mas parte do Direito Penal. 
d) não é considerada uma ciência, mas parte da Sociologia. 
e) não é considerada uma ciência, mas parte da Antropologia.
7 A obra o homem delinquente, publicada em 1876, foi escrita por: 
a) Cesare Lombroso. 
b) Enrico Ferri. 
c) Rafael Garófalo. 
d) Cesare Bonesana. 
e) Adolphe Quetelet.
8 A história da Criminologia conta com grandes autores que, com suas obras, contribuíram significativamente na construção desse ramo do conhecimento. É correto afirmar que Cesare Bonesana (1738-1794), o marquês de Beccaria, foi autor da obra: 
a) O Homem Delinquente. 
b) Dos Delitos e das Penas. 
c) Antropologia Criminal. 
d) O Ambiente Criminal. 
e) Sociologia Criminal.
9 Cesare Bonesana, o Marquês de Beccaria, pertenceu à seguinte escola dos estudos da criminologia: 
a) Clássica. 
b) Moderna. 
c) Positiva. 
d) Política criminal ou moderna alemã. 
e) Terza Scuola italiana. 
10 ___________é considerado pai da criminologia, por ter utilizado o método empírico em suas pesquisas, revolucionando e inovando os estudos da criminalidade. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
a) Enrico Ferri; 
b) Cesare Lombroso; 
c) Adolphe Quetelet; 
d) Emile Durkheim; 
e) Cesare Bonesana.
11 Os estudos de vitimologia são relativamente recentes em matéria criminológica. Embora seja possível citar referências históricas, tiveram grande impulso e ganharam corpo somente após: a) 0 extermínio de judeus na Segunda Grande Guerra. 
b) a abolição da escravatura na América do Sul. 
c) a independência tardia dos países africanos, ex-colônias europeias. 
d) a grande depressão iniciada nos Estados Unidos da América após a crise de 1929. 
e) a exposição das fragilidades humanitárias da Europa Oriental após a queda do Muro de Berlim.
12 A moderna criminologia se dedica, também, ao estudo do controle social do delito, tendo este objeto representado um giro metodológico de grande importância. Assinale a alternativa correta: 
a) a família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer 0 controle social primário. 
b) a polícia, o Judiciário, a administração penitenciária, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social informal. 
c) a polícia, o Judiciário, a administração penitenciária, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social formal. 
d) a família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social terciário. 
e) a família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social secundário. 
13 Julgueo item a seguir: 
A Escola de Política Criminal ou Escola Sociológica Alemã reúne entre os seus postulados a distinção entre imputáveis e inimputáveis - prevendo pena para os "normais" e medida de segurança para os "perigosos" - e a eliminação o ou substituição das penas privativas de liberdade de curta duração.
( ) Certo ( ) Errado
Bibliografia
MOLINA, Antonio García-Pablos de. Criminologia: introdução e fundamentos teóricos. Trad. Luís Flávio Gomes. 2.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. Manual esquemático de criminologia. 8 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
OLIVEIRA, Natacha Alves 	de. Criminologia. 2.ed. Salvador: Editora Jus Podium, 2020. 
ANDRADE, Gabriela Barboza de. Criminologia. 1ª ed. Brasília: CP Iuris, 2020.
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