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CAPITALISMO E QUESTÃO SOCIAL
Priscila Maitara Avelino Ribeiro
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0%
Introdução
Você está na unidade . Conheça aqui os fundamentosCapitalismo e questão social
do modo de produção capitalista e a relação que o capital possui com a questão social.
Aprenda ainda as características da questão social, suas várias expressões na fase do
capitalismo monopolista, suas configurações teóricas e metodológicas e seus
rebatimentos na sociabilidade e reprodução das relações sociais.
Bons estudos!
2.1 O modo de produção capitalista e as relações sociais
É na vida em sociedade que ocorre a produção. Ou seja: a produção é uma atividade
social. Assim, para produzir e reproduzir os meios de vida e de produção, os homens
estabelecem relações mútuas e acabam desenvolvendo uma ação na natureza. Essa
ação a modifica e a transforma. É quando ocorre, de fato, a produção.
O capitalismo possui uma racionalidade que se fundamenta em novas formas de
exploração e de dominação e funciona na esperança de que a expansão do capital
signifique progresso e melhoria para todos (CARDOSO, 2006).
Ele também se desenvolve e se manifesta de maneira desigual. Segundo Florestan
Fernandes (1974, p. 135),
O capitalismo enseja também uma subordinação que se cria entre vendedor e
comprador da mercadoria e da força de trabalho.
A relação de produção entre os homens e a troca de suas atividades pode variar de
acordo com os meios e níveis de produção. Todas as relações são estabelecidas
dentro de condições históricas determinadas, e tais elementos de produção se
articulam entre si. Logo, a produção social é essencialmente histórica (YASBEK, 2009).
desenvolver-se de modo desigual é próprio do capitalismo. A expansão do capital se
faz criando desigualdades. O capitalismo opera como um sistema que desenvolve e
integra ou exclui de maneira desigual as economias mais dinâmicas e as economias
capitalistas dependentes. O capitalismo dependente, portanto, é uma forma
subordinada da expansão ‘normal’ do capitalismo monopolista, é “a forma periférica e
dependente do capitalismo monopolista, o que associa inexorável e inextricavelmente
as formas ‘nacionais’ e ‘estrangeiras’ do capital financeiro.
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Em particular, esta é uma produção social dentro da produção capitalista. Para Karl
Marx, as relações sociais na produção da sociedade burguesa
Logo, o processo capitalista de produção manifesta uma forma dos homens produzirem
e reproduzirem num determinando tempo, com condições materiais da própria
existência humana e das relações sociais que levam a produção.
Importante ressaltar que a produção social não se refere a produção de objetos
materiais e, sim, de relação social entre as pessoas, entre as classes sociais que
caracterizam e personificam determinadas categorias econômicas.
Outrossim, o capital é considerado uma relação social, que, inclusive, supõe outro
termo da relação: o trabalho assalariado. Logo deste mesmo modo supõe o capital.
O capitalismo é um sistema econômico que visa ao lucro e à acumulação das riquezas
e está baseado na propriedade privada dos meios de produção. Os meios de produção
podem ser máquinas, terras, ou instalações industriais, por exemplo, e eles têm a
função de gerar renda por meio do trabalho.
Para compreender melhor o que o capital representa conceitualmente, Karl Marx
afirma, que o
de acordo com as quais os indivíduos produzem, as relações sociais de produção
alteram-se, transformam-se com a modificação e o desenvolvimento dos meios
materiais de produção das forças produtivas. Em sua totalidade as relações de
produção formam o que se chama relações sociais: a sociedade e, particularmente,
uma sociedade num determinado estágio de desenvolvimento histórico, uma sociedade
com um laço social de produção. É uma relação burguesa de produção, relação de
produção da sociedade burguesa (MARX, 1977, p. 69).
O desenvolvimento do capitalismo e a inserção da classe operária no cenário político
da época cria o fundamento necessário à institucionalização da profissão. A chamada
“questão social” manifesta-se por meio de vários problemas sociais (fome,
desemprego, violência e outras) que exigem do Estado e do empresariado uma ação
mais efetiva e organizada. A demanda do trabalho profissional (assistente social),
portanto, vem no bojo de uma demanda apresentada pelo setor patronal e pelo Estado
(PIANA, 2009, p. 90).
Capital não é uma coisa material, mas uma determinada relação social de produção,
correspondente a uma determinada formação histórica da sociedade, que toma corpo
em uma coisa material” ou ainda infunde um caráter social específico (MARX, 1977, p.
754).
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O capital também se apresenta por meio das mercadorias produzidas (meios de
produção e de vida) e por meio do dinheiro. Estas duas formas são recriadas na
relação e movimento da produção e sobre elas há também uma mistificação das
relações sociais e da relação das coisas esvaziadas, onde a relação social do capital
aparece de forma superficial da sociedade.
Sobre isso, Iamamoto e Carvalho (1996) chegam a indagar: por que a produção e
reprodução do capital é uma relação social historicamente dada que aparece como
produção e reprodução das coisas? Isso acontece porque o capital pode ser
expressado na forma de mercadorias (os meios de produção e os meios de vida
necessários para a produção da força de trabalho humano). Logo, as mercadorias não
são somente valores de uso, mas são também produto e trabalho humano.
Os produtos podem assumir historicamente a forma de mercadoria, pois são produtos
de trabalho realizados de forma privada e que, portanto, ainda precisam ser trocados.
Assim, pode ser valor de uso para alguns, enquanto que, para o possuidor, não tem a
utilidade de valor de troca. São duas dimensões para compreender o caráter social do
produto sendo:
• o produto precisa de um trabalho para atender uma necessidade social, com 
integração de trabalho coletivo da sociedade inserido na divisão social do 
trabalho, por outro lado;
• o trabalho pode satisfazer uma necessidade na medida que pode ser trocado por 
outro trabalho útil (IAMAMOTO; CARVALHO, 1996).
Aqui cabe uma ressalva:
Para entender melhor como funciona a produção social no 
capitalismo, leia o artigo O processo de produção e reprodução 
, da professora da Escola de Serviço social: trabalho e sociabilidade
Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sara 
Granemann. Disponível em: http://www.cressrn.org.br/files/arquivos
/s709726Gx6l8W29E12Si.pdf. Este material ajudará o aluno na 
compreensão acerca das relações de produção e reprodução na 
sociedade capitalista.
fique atento!
•
•
Nas relações que os homens estabelecem através da troca de seus trabalhos
equivalente, materializados em objetos, o caráter social de seus trabalhos aparece
como sendo elação entre os produtos de seus trabalhos, entre coisas, independentes
de seus produtores. O que aparece como relação entre objetos materiais é uma
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Esta relação de troca do trabalho pode ser também invertida. Ou seja: as relações
sociais concretas ficam alienadas por trás das coisas. Já o estabelecimento do modo
de produção “especificamente capitalista produz uma nova e efetiva relação de
dominação e subordinação a partir do próprio processo produtivo, processo que antes
se caracterizava por independência” (CARDOSO, 2006, p. 25).
Já na organização social e do trabalho que prevalecia anteriormente, o produtor direto
era subordinado a um senhor, à terra ou a um grêmio, mas na realização do seu
trabalho dispunha de independência e de controle sobre o processo de trabalho. Com o
capitalismo, ele perde essa independência (CARDOSO, 2006).
Cardoso (2006) aponta alguns elementos citados nas obras e pensamentos de Marx
acerca da diferença entre subsunção formal e a subsunção real do trabalho sob o
capital:
Aqui aparece a contradição da relação entre o trabalho e capital, bem como os meios e
mecanismos de exploraçãoe de dominação, que o capitalismo seu modo de produção
atua na força de trabalho nas relações sociais entre os homens.
Importante citar a biografia de Karl Marx, que é um dos principais pensadores a se
debruçar a estudar e escrever acerca da categoria trabalho em sua forma ontológica. A
obra é considerada a mais densa e também a mais completa da linha daO Capital
produção marxista, sendo também o ápice da sua produção, que consagrou de vez a
sua teoria social sobre a divisão de classes sociais, a burguesia e a exploração do
trabalho.
relação social concreta entre homens, oculta por trás das coisas (IAMAMOTO;
CARVALHO, 1996, p. 35).
Quando Marx formula e distingue a subsunção formal e a subsunção real do trabalho
sob o capital, focaliza pontos essenciais para o entendimento do modo de produção
capitalista:
• que as relações de produção capitalistas se constroem com e no próprio
processo produtivo capitalista, junto com a realização do trabalho na fábrica;
• que os mecanismos de exploração e de dominação (submissão, subjugação)
operam juntos, ditados pelo processo de trabalho e necessários a ele;
• que todo esse processo constitui e contrapõe as duas classes fundamentais
desse modo de produção: o trabalho e o capital;
• que é inerente ao modo de produção capitalista a mistificação por meio da qual o
que é produção do trabalho apareça como sendo produção do capital
(CARDOSO, 2006, p. 49).
•
•
•
•
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As imagens a seguir podem ter diversas interpretações, dependendo da visão de
homem e de mundo, mas de maneira geral, apresenta as formas de dominação e
exploração durantes vários períodos históricos desenvolvidos pelas classes
dominantes (o clero, a Igreja Católica, os reis, entre outras celebridades representantes
da burguesia).
Figura 1 - As celebridades da Alemanha
Fonte: Sergey Mikhaylov, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer: a imagem mostra o capitalismo em suas diversas vertentes conforme a
ideologia de Karl Marx.
Logo, as relações sociais que são construídas pelo capital se estabelecem, se mantêm
e se reforçam por meio de múltiplos mecanismos de dominação, administrados por
diferentes tecnologias de poder e inculcados nos diversos aparelhos ideológicos do
Estado, ou impostos repressivamente.
Para aprofundar do tema, leia , O processo de produção do capital
primeiro volume de principal obra escrita pelo filósofo O Capital, 
Karl Marx. Esta obra ajuda a compreender categorias importantes 
do marxismo e também o conceito de divisão social de classe no 
mundo do trabalho.
fique atento!
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Nas palavras de Cardoso (2006) citando e parafraseando Althusser (1992):
Althusser (1992, apud Cardoso, 2006) aponta que existe duas classes sociais (a
burguesia e o proletariado) no processo de dominação e luta, relacionando a questão
da subordinação enquanto processo de reprodução das relações sociais e ideológicas.
Nas relações capitalistas, o trabalhador vende parte de sua força de trabalho ao
proprietário ou patrão e, na maioria das vezes, o único bem que o trabalhador possui é
aquele que está sendo submetido e reduzido à uma mercadoria, por meio das leis do
mercado, levando a baixos salários devido à concorrência.
À esta diferença entre o valor do produto final e o valor pago ao trabalhador, Marx deu
o nome de mais-valia, que expressa, portanto, o grau de exploração do trabalho.
Logo, os patrões que são os donos dos meios e produção têm por finalidade natural a
chamada mais-valia relativa, fazendo-o acumular cada vez mais riquezas. Toda esta
relação coloca uma contradição constante entre dominados e classe dominante,
gerando vários conflitos durante os processos históricos de longas permanências.
Na perspectiva de Marx, o trabalho em sua forma ontológica de ser (em que o homem
transforma a natureza e se transforma numa produção e reprodução social com outros
homens) deveria ser humanizador e gerar realização.
No entanto, nas relações capitalistas, o significado de trabalho ganha novas
configurações - mais opressoras e alienantes. Ainda, o trabalho é uma forma de
dominação/exploração de uma classe social em detrimento de outra: a classe
trabalhadora que vive da venda de sua força de trabalho e a classe burguesa que
utiliza de todos os lucros da força de trabalho dos trabalhadores.
Essa alienação
Reconhece, portanto, com toda a clareza, que a reprodução das relações sociais se faz
primeiramente na ‘materialidade do processo de produção’, na qual a divisão e a
organização técnicas do trabalho são a forma e a máscara de uma divisão e de uma
organização sociais do trabalho. Reconhece ainda que essa divisão e essa
organização sociais do trabalho são divisão e organização de classe. Desde os anos
de crise, sempre que se refere à dimensão social, Althusser a entende em termos de
classe, reservando o papel principal para as relações entre as classes como relações
de exploração/dominação e de luta. É nesses termos que pensa a subordinação como
parte da reprodução das relações sociais, preocupando-se permanentemente com a
dimensão ideológica que a propicia (Althusser, 1992, apud CARDOSO, 2006, p. 55).
não estaria então na cabeça dos homens, mas na própria realidade que o capitalismo
cria e desenvolve, é indissociável dela, é essa mesma realidade; o capitalismo também 
seria precisamente um modo de produção que é modo de produção da alienação,
tornando assim impossível a separação entre o real e suas expressões imaginárias;
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Importante mencionar que os estudos e pensamentos de Marx não se constitui numa
mera crítica ao trabalho, no que diz respeito às formas do capitalismo. O que ele faz é
criar valores e novas expectativas em torno do trabalho. Marx compreendia que o
trabalho deveria ser humanizador e dignificar o homem enquanto ser genérico que se
relaciona com outros humanos e com a natureza, negando um trabalho alienado em
que há a exploração e dominação dos homens.
2.2 Questão social no capitalismo monopolista
Historicamente, desde o seu advento, o Serviço Social tem se pautado na questão
social, mas, com o desenvolvimento do capitalismo na era industrial, houve uma
intensificação maior dessa expressão devido à exploração total do trabalhador, o
empobrecimento e as péssimas condições de baixos salários.
Segundo Netto (2006), usa-se a expressão questão social para expressar o conjunto
das expressões políticas, sociais e eco nômicas vinculadas ao conflito entre o capital e
o trabalho, impostos pelo surgimento da classe operária e seu ingresso no cenário
político no curso da constituição da sociedade capitalista. Os capitalistas, no caso,
deviam aumentar seus lucros e, para isso, tinham que explorar cada vez mais os
trabalhadores. Assim, à medida que se desenvolve e se consolidar, o sistema
capitalista vai intensificar as manifestações da questão social, expressa na forma de
exploração, desemprego e exército industrial de reserva, que gera muitos benefícios
para o sistema capitalista.
Historicamente, o Estado requer um trabalho social para resolver ou amenizar esses
problemas relacionados com o conflito entre a burguesia e o proletariado. No início,
esta parecia ser uma forma de assistência. A base de sua ação estava relacionada à
Igreja e ao Estado, mas aos poucos começou a questionar seu próprio comportamento.
Hoje, as várias expressões manifestadas no capitalismo na relação trabalho e capital
acirram várias desigualdades sociais, gerando desemprego, fome, mendicância,
violências, marginalização entre outros.
contradição inescapáveí, incontornável, que fez do próprio marxismo um momento de
uma sociedade de alienação" (p. 32; grifado no original) (MARX 1977 apud CATANI,
1986, p. 2).

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